Homenagem à Irmã Elvira Nadais

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Conversas da República PRÓXIMA CONVERSA: DIA 7 DE ABRIL, QUINTA-FEIRA, ÀS 21H00 ELVIRA NADAIS Uma Portuguesa Extraordinária No próximo dia 7 de Abril, venha ao auditório Maria de Jesus Barroso, na Casa das Histórias Paula Rego, participar no agradecimento publico que o Concelho de Cascais deseja fazer à corajosa Irmã Elvira Nadais, homenageando-a, na altura em que faz 50 anos que decidiu vir para o nosso Concelho ajudar as crianças pobres, os doentes, os idosos e tanta gente sem esperança, que vivia no Bairro do Fim do Mundo, na Galiza, hoje chamadoBairro Novo do Pinhal. Obrigado, Irmã Elvira.

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Folheto da Fundação D. Luís I que celebra a homenagem feita por Cascais à Irmã Elvira Nadais, Salesiana do Estoril, religiosa Filha de Maria Auxiliadora, que dedicou 50 anos da sua vida (1966 - 2016) a trabalhar no bairro do Fim do Mundo, ajudando as familias mais carenciadas, apoiando os idosos mais frágeis e indefesos, incentivando os mais jovens a não se deixarem cair na marginalidade. Conheça por este folheto, em resumo, a Vida que a Irmã Elvira

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Conversas da República

PRÓXIMA CONVERSA: DIA 7 DE ABRIL, QUINTA-FEIRA, ÀS 21H00

ELVIRA NADAIS Uma Portuguesa Extraordinária

No próximo dia 7 de Abril, venha ao auditório Maria de Jesus Barroso, na Casa das Histórias Paula Rego, participar no agradecimento publico que o Concelho de Cascais deseja fazer à corajosa Irmã Elvira Nadais, homenageando-a, na altura em que faz 50 anos que decidiu vir para o nosso Concelho ajudar as crianças pobres, os doentes, os idosos e tanta gente sem esperança, que vivia no Bairro do Fim do Mundo, na Galiza, hoje chamadoBairro Novo do Pinhal. Obrigado, Irmã Elvira.

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Todos   os   pretextos   e   todos   os   momentos   são   adequados   a   refletir   sobre   as   múltiplas   questões   da   nossa  contemporaneidade    que    drasticamente    influenciam    e    frequentemente    condicionam    a  nossa  vida  colectiva.  É  com  esse  objetivo  que  a  Fundação  D.  Luís  I  tem  promovido,  há  já  vários  anos,  diversos  encontros,  palestras  e  debates  em  torno  de  muitas  dezenas  de  temas.  Em  2016,  essas  atividades  vão  decorrer  de  11  de  Fevereiro  a  16  de   Junho   no   auditório   Maria   de   Jesus   Barroso,   na   Casa   das   Histórias   Paula   Rego,   propondo   o   debate   e   o  confronto   de   ideias   sobre   questões   como   Saúde,   Cultura,   Televisão,   Desenvolvimento,   Políticas   Sociais,  Municipalismo,  Educação,  Ambiente,  Europa,  Justiça,  envolvendo  a  presence  e  participação  de  personalidades  de  inquestionável  competência,  que  protagonizam  o  debate.  Neste  conjunto  de  Conversas  da  República  –  2016,  destaca-­‐se  a  decisão  de  honrar  o  tema  de  cada  sessão  com  a  inspiração  de  uma  figura  tutelar  de  Cascais  ou  com  fortes  ligações  ao  nosso  Concelho.    

Para  conhecer  os  detalhes  de  toda  a  programação,  consulte  o  Site  da  Fundação  D.  Luís  I  em:  www.fundacaodomluis.pt    Ou  contacte-­‐nos  através  do  e-­‐mail:  [email protected]  

As   sessões   relizam-­‐se   quinzenalmente,   sempre   à  quinta-­‐feira,  e   a   entrada  é   livre  no   limite  dos   lugares  disponíeis.  

Auditório  Maria  de  Jesus  Barroso  

CASA  DAS  HISTÓRIAS  PAULA  REGO  

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Numa   época   em  que   todos   nós   passamos   a   vida  preocupados   com  o   nosso   futuro,   com   as   nossas  vidas,   com   o   nosso   bem-­‐estar,   há   pessoas   que  passam  a  maior  parte  do  seu  tempo  preocupadas  com   a   vida   dos   outros   e   lutando   todos   os   dias,  contra  a  pobreza,  a  discriminação,  o  isolamento,  o  preconceito,  a  exclusão  social,  a  intolerância.      

Neste   nosso   Concelho   de   Cascais,   que   já  ultrapassou   os   200  mil   habitantes,   há   felizmente  muitos  Homens  e  Mulheres  solidários  com  os  que  mais  precisam.  Mas  há  uma  Mulher  extraordinária  que  se  destaca.  Está  à  beira  de  cumprir  79  anos  de  idade  e  50  de  uma  vida  inteiramente  dedicada  aos  outros.    

Nasceu  nas  Caldas  de  São  Jorge,  uma  aldeia  perto  de   Santa   Maria   da   Feira,   e   admite   que   já   em  criança  sentia  o  impulso  de  ajudar  quem  precisava  de  ajuda.      

Foi   certamente   esse   impulso   que,   um   dia,   a   fez  meter  pés  a  caminho  de  uma  vida  diferente.  Tinha  26   anos   e   o   destino   que   para   si   própria   tinha  traçado   era  o  Monte  Estoril,   onde   passou  a   viver  na  Casa  de  Formação  das   Irmãs  Salesianas.   Foi   a  primeira  casa  que  teve,  a  seguir  à  casa  onde  vivia  com  os  pais  e  os  seus  5  irmãos.    A   Irmã   Elvira  Nadais   chegou  ao   nosso   Concelho   no  

início  de  1966.  Faz  agora,  exactamente,  50  anos.    

Bem  vinda,  Irmã  Elvira.  

O Castelo de Santa Maria da Feira singularize-se pela configuração das Torres de Menagem e pela profusão e

diversidade de elementos defensivos. O seu estado de conservação é notável.

Intimamente ligado às origens da nacionalidade, o fantastic Castelo de Santa Maria da Feira é um espaço

onde se sente o peso da História e onde o imaginário se vai rever na Memória que tem do seu passado.

É uma das terras de Portugal que merece uma visita, absolutamente.

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Foi   logo  nos  primeiros  anos  de  vida  religiosa  e  com  o  apoio  do  seu  Instituto  das  Filhas  de  Maria  Auxiliadora,  que   a   Irmã   Elvira  Nadais   iniciou   a   sua   acção   no   aglomerado   de   barracas   conhecido   pelo   Bairro   do   Fim   do  Mundo,  na  Galiza.  Dividia  diariamente  o  seu  tempo  entre  as  aulas  que  lecionava  no  Colégio  Maria  Auxiliadora  e  a  presença  educativa  e  evangelizadora  no  Bairro  do  Fim  do  Mundo,  onde  mais  tarde,  em  1988,  a  acção  se  concretizou  com  o  Centro  Social  Nossa  Senhora  de  Fátima.      Talvez  lhe  chamassem  do  Fim  Do  Mundo  porque  era  um  enorme  amontoado  de  barracas,  maioritariamente  ocupado  por  famílias  da  Comunidade  Cigana,  que  ali  viviam  em  condições  de  extrema  degradação  humana,  em  casas  que  não  eram  casas,  erguidas  com  pedaços  de  contraplacado  e  tapadas  com  telhados  de   lusalite,  que  no  inverno  se  carregavam  de  frio  e  no  verão  aqueciam  que  nem  um  forno.  

De  modo  que  foi  também  com  pedaços  de  contraplacado,  telhados   de   lusalite   e   inimaginável   coragem,  determinação   e   invulgar   espirito   de   solidariedade   que   a  Irmã  Elvira  ergueu  a  primeira  sede  do  Centro  Social  Nossa  Senhora   de   Fátima,   do   Bairro   do   Fim   do   Mundo,   onde  começou   a   cuidar   dos   mais   doentes,   dos   idosos  abandonados  e  das  crianças  que  viviam  num  sub-­‐mundo  já  para   a   época   defícil   de   compreender.   Corriam   então   os  primeiros   tempos   dos   anos   70.   De   então   para   cá,   iriam  passar   quase   50   anos   ,   dia-­‐a-­‐dia   dedicado   aos   outros.  Nunca  desistiu.  

Bairro  do  Fim  Do  Mundo    c.  1967

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Foi   nessa   espécie   de   barracão   que   a   Irmã   Elvira   se   dedicou   à  promoção   de   uma   comunidade  multirracial,   ajudando   as   famílias  mais   carenciadas   a   sobreviver,   apoiando   os   idosos  mais   frágeis   e  indefesos,   incentivando  os  mais   jovens  a  não  se  deixarem  cair   na  marginalidade  E  Elvira  Nadais  pensa  como  o  poeta  pensava:  

Grande  é  a  poesia,  a  bondade  e  as  danças...  Mas  o  melhor  do  mundo  são  as  crianças.  

 

E  conta,  com  um  sorriso  tão  maravilhoso  que  enternece:    

Eu   ia   correr  com  a  miudagem  para  os  campos,  jogava  à  bola  com  eles.  E   tinha   um   gravador   daqueles  antigos,   de   fita,   e   gravava   as  conversas   que   tínhamos   e   as  canções   que   cantávamos   todos  juntos.   Todos   adoravam   porque  nunca  tinham  ouvido  a  sua  própria  voz.   E   muitas   vezes   até   não  reconheciam   a   sua   própria   voz,  

porque   não   estavam   habituados   a   ouvir-­‐se.   Hoje,   com   os  computadores,   eles   já   são   capazes   de   fazer   tudo.   Mas   aí,   nos  computadores,  eu  …  eu  não  tenho  jeito!  Mas  fiz  o  que  pude,  com  a  ajuda  de  Deus.  

Foi  ali,  no  Bairro  do  Fim  do  Mundo,  que  Elvira  encontrou  a  miséria:  crianças  descalças,  com  farrapos  a  fingir  roupas,  com  fome  e  olhos  brilhantes   que   pediam   ajuda.   Encontrou   adultos   sem   orgulho   por  viver,  quase  todos  analfabetos,  a  maior  parte  doentes  e  olhos  tristes  que   viviam   em   barracas   em   vez   de   casas,   esgotos   que   escorriam  pela   lama  abaixo,   a   céu   aberto,  pelo  meio  de  gatos  escanzelados,  cães   famintos   e   ratos   por   todo   o   lado.   Gente   a   viver   na   pobreza  extrema  -­‐  sem  dinheiro,  sem  habitação,  sem  acesso  à  informação,  à  educação,  à  saúde.  Quase  sem  acesso  ao  direito  de  brincar.  

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A   seguir   ao   25   de   Abril,   com   a   descolonização,   as  barracas  multiplicaram-­‐se,  as  crianças  em  risco  também  e  a  pobreza,  que  já  era  grande,  ficou  pior.    No     entanto   a   Irmã   Elvira   acreditou   sempre   que   era  possível  mudar  a  vida  daquelas  pessoas.  Sabia  que  eram  as   desigualdades   e   a   falta   de   oportunidades     que  moldavam  a  vida  dos  mais  pobres  e  traçavam  o  destino  dos  excluídos.    A   corajosa   Elvira  Nadais   sabia   que   o  mais   difícil   estava  feito:   todos   confiavam  na   freira  divertida,  que   jogava   à  bola  com  os  miúdos  e  os  ensinava  a  ler  e  a  escrever,  que  tratava  dos  doentes  e  conseguiu  garantir  a  vacinação  de  todas  as  crianças,  tratava  da  legalização  dos  muitos  que  nem   sequer   tinham   documentos,   conseguia   arranjar  medicamentos,   mercearias,   algumas   roupas   e  brinquedos  que  os  mais  abastados  do  Estoril  e  Cascais  já  não  quizessem.  

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No   ano   1993   as   superioras   das   Irmãs   Salesianas   em  Portugal   decidiram   consolidar   e   reforçar   o   trabalho   da  Irmã  Elvira  estabelecendo  uma  comunidade  com  outras  Irmãs  para  levarem  em  frente  esta  missão  assumida  pela  Província   das   Filhas   de  Maria  Auxiliadora.   É   no   Lote   11  do   referido   Bairro   que   a   Comunidade   das   Irmãs  Salesianas  estão  estabelecidas  até  hoje.  Foi  já  muito  perto  do  ano  2000  que  as  barracas  do  Fim  do  Mundo   foram   finalmente   demolidas,   dando   lugar   a   um  bairro  de  prédios  amarelos,  com  o  nome  de  Bairro  Novo  do  Pinhal.  Em  2003  o  Centro  Social  foi  reconhecido  como  Instituição   Particular   de   Solidariedade   Social,   com  valências  de  creche  e  jardim  de  infância,  centro  de  apoio  escolar,  assistência  aos  mais  pobres  e  centro  de  dia  para  os  idosos.      Da   acção   do   Centro   Social,   em   parceria   com   a   Câmara  Municipal   de   Cascais,   nasceu   em   2004   a   Ludoteca   da  Galiza,   no   rés   do   chão   do   prédio   amarelo   próximo   do  Centro   Social.   A   Ludoteca   da   Galiza   pertence   à   IPSS  Centro  Social  e  ainda  hoje  tem  como  missão  promover  a  formação   integral   e   inclusiva   de   crianças   e   jovens,   em  corresponsabilidade  educativa  e  comunitária,  através  de  projetos   lúdicos-­‐pedagógicos,   de   apoio   escolar  individualizado   e   de   expressão   salesiana,   no   qual   as  crianças   e   jovens   a   quem   é   destinada   são   os  protagonistas   da   sua   própria   formação,   num   espaço  aberto  à  comunidade.  

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Num   prédio   da   rua   que   tem   o   nome   da   Irmã   Elvira   Nadais,   um  grupo   de   jovens   pintou   um  mural   para   a   Freira   de   quem   todos  gostam.  E  acrescentaram:  

CONSIGO  CRESCEMOS  E  APRENDEMOS  OBRIGADO  IRMÃ  ELVIRA  

Em   2009/2010   a   Paróquia   de   Santo  António   do   Estoril   inaugurou   o   Centro   Comunitário   Senhora   da   Boa  Nova,   de   enorme   qualidade.   Em   diálogo   e   acordo   com   o   Instituto   das   Filhas   de   Maria   Auxiliadora,   as  valências  de  assistência  social,  de  centro  de  dia  e  apoio  de   idosos  e  doentes  ao  domicílio  passaram  para  o  centro  Comunitário   da  Boa  Nova.  Mas  não   se  perdeu  um  único  pedacinho  nem  da   força   nem  do  enorme  respeito  que  todos,  ali,  gostosamente  lhe  guardam,  desde  o  dia  em  que  ergueu  a  primeira  sede  do  Centro  Social   da  Galiza,   com  pedaços  de   contraplacado  e   telhado  de   lusalite  que  os   pobres  do  Bairro  do  Fim  do  Mundo   lhe   traziam,   para   a   ajudar.   O   espaço   do   Centro   Social   foi   demolido   e   é   hoje   um   parque   de  estacionamento  daquele  bairro.  Contudo,  a  presença  da  Comunidade  das  Irmãs  Salesianas  é  bem  visível,  no  serviço  alegre  e  generoso  de  apoio  aos  mais  pobres  no  dia  a  dia,  na  proximidade  às  famílias  carenciadas  do  Bairro  e  através  da  Ludoteca  da  Galiza,  que  continua  a  ser  uma  força  educativa  salesiana  de  referência  para  todos,  de  um  modo  especial  para  as  crianças,  adolescentes  e  jovens  que  frequentam  o  espaço  como  a  sua  segunda  casa.  

O  convívio  diário  da  Irmã  Elvira  com  as  crianças  e  jovens  foi  crucial  para  que  o  Bairro  do  Fim  do  Mundo  desse  lugar   ao   Bairro   Novo   do   Pinhal.   Falava-­‐lhes   sempre   de   forma   divertida   e   carinhosa,   jamais   negava   um  sorriso,  um  abraço,  um  carinho.  E  os  valores  que  lhes  foi  transmitindo,  a  educação,  o  respeito  pelos  outros,  o  gosto   pela   partilha,   pela   amizade,   a   solidariedade,     a   tolerância,   ajudou   a   tornar   as   crianças   e   jovens   do  Bairro  do  Fim  do  Mundo  em  adultos  “diferentes”  com  outras  mameiras  de  agir,  de  compreender,  de  serem  amigos,  tolerantes  e  solidários.  

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CONSULTE NO SITE DA

FUNDAÇÃO D. LUÍS I

UMA BREVE BIOGRAFIA DAS

PERSONALIDADES HOMENAGEADAS

NAS SESSÕES ANTERIORES

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informações

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SAÚDE dia 11 de Fevereiro

Personalidade homenageada MARIA DE SOUSA Participantes ALEXANDRE CASTRO CALDAS GERMANO REGO DE SOUSA JORGE SIMÕES Moderador RICARDO BAPTISTA LEITE

CULTURA dia 25 de Fevereiro

Personalidade homenageada BRANQUINHO DA FONSECA

Participantes: ISABEL PIRES DE LIMA FILIPA MELO JOSÉ D’ENCARNAÇÃO

Moderador: SALVATO TELLES DE MENEZES

TELEVISÃO dia 10 de Março

Personalidade homenageada: FRANCISCO PINTO BALSEMÃO

Participantes: ANTÓNIO BORGA ANA SOUSA DIAS NICOLAU BREYNER

Moderador: EDUARDO CINTRA TORRES

DESENVOLVIMENTO Dia 17 de Março

Personalidade homenageada: FAUSTO FIGUEIREDO

Participantes: AUGUSTO MATEUS JORGE BRAGA DE MACEDO LUIS CAMPOS E CUNHA

Moderador: MIGUEL LUZ

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As sessões anteriores