Horticultura Brasileira Produtividade de tomate tipo ... · cultivo de tomateiro em ambiente...

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431 Hortic. bras., v. 24, n. 4, out.-dez. 2006 O cultivo de tomateiro em ambiente protegido expandiu-se muito na região Sudeste, principalmente no Es- tado de São Paulo, atualmente o tercei- ro centro produtor do Brasil, superado apenas por Goiás e Minas Gerais, nesta ordem (Fontes et al., 1997). A utiliza- ção do tomate tipo cereja como adorno, aperitivo e na confecção de pratos di- versos é uma opção a mais de consumo dessa hortaliça (Gusmão et al., 2000a). De acordo com Lopes & Stripari (1998), o tomateiro é uma planta muito sensí- vel às condições climáticas e estas, quando desfavoráveis e aliadas a outros fatores, contribuem para que seu culti- vo, em condições protegidas, aumente rapidamente nos últimos anos. O uso de filme plástico como cober- tura (“mulch”), conserva a umidade e a temperatura do solo, diminuindo a am- GUSMÃO MTA; GUSMÃO SAL; ARAÚJO JAC. 2006. Produtividade de tomate tipo cereja cultivado em ambiente protegido e em diferentes substratos. Horticultura Brasileira 24: 431-436 Produtividade de tomate tipo cereja cultivado em ambiente protegido e em diferentes substratos Mônica T A de Gusmão 1 ; Sérgio A L de Gusmão 1 ; Jairo A C de Araújo 2 1 UFRA-ICA, Av. Presidente Tancredo Neves, 2501, 66077-530, Belém-PA; 2 UNESP-FCAV-Dep to . Engenharia Rural, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n°, 14884-900 Jaboticabal-SP; E-mail: [email protected] plitude térmica e a umidade relativa, favorecendo ainda o metabolismo da planta e a precocidade do ciclo vegetativo (Lopes, 1997; Martins et al., 1999). Por outro lado, de acordo com Moraes & Furlani (1999), o uso inten- sivo do solo em condições de ambiente protegido, promove sua contaminação por bactérias, fungos e nematóides fitopatogênicos, além da salinização do mesmo. Esses problemas, em algumas regiões, têm limitado a produção nesse sistema e, os produtores nem sempre dominam técnicas para solucioná-los. Entretanto, uma alternativa para contor- nar esses problemas em cultivo prote- gido é a utilização de substratos remo- víveis associados com a fertirrigação por gotejamento. Vários requisitos são importantes para o uso de um substrato hortícola associado à fertirrigação, tais como: alta capacidade de retenção de água, aeração satisfatória, boa capacidade de tamponamento, ausência de pragas e agentes fitopatogênicos, ausência de inibidores de crescimento e pouca ati- vidade biológica (Martinez & Barbosa, 1999). É ainda fundamental que as pro- priedades físicas, químicas e biológicas permaneçam as mesmas por longo pe- ríodo de tempo, para que os processos do sistema de cultivo possam ser padro- nizados (Abad Berjon & Noguera Murray, 1998; Röber, 2000). De acordo com Norrie et al. (1994) e Marouelli et al. (2002b), o sucesso do cultivo em substrato depende da otimização de diversas variáveis, den- tre as quais as práticas de irrigação e nutrição. O volume explorado pelo sis- tema radicular da cultura é reduzido, RESUMO O experimento foi realizado em Jaboticabal-SP, sob ambiente protegido, objetivando avaliar quatro substratos (Rendimax-Estu- fa ® , areia, solo coberto com filme de polietileno preto e solo desco- berto) e quatro híbridos de tomateiro tipo cereja (‘Mascot’, ‘Gisela’, ‘Cheri’ e ‘Sweet Million’), sendo os substratos comercial e areia acondicionados em sacos plásticos. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 4 x 4, com quatro repetições. Utilizou-se irrigação por gotejamento, sendo a dotação hídrica realizada em função dos dados obtidos em um tanque Classe A. A solução nutritiva utilizada foi a recomendada por Castellane & Araújo (1995) para a cultura do tomateiro. Os frutos foram colhidos semanalmente, durante o período de 24/11/2000 a 24/01/2001, sen- do avaliados o número e produtividade diária de frutos. Os cultivos em solo proporcionaram maior produção diária que no substrato co- mercial e em areia, para os híbridos Gisele e ‘Mascot’. O híbrido ‘Gisela’ mostrou-se mais produtivo nos cultivos em solo, enquanto o híbrido ‘Cheri’, embora tenha proporcionado menores produções em peso, produziu maior número de frutos por planta. A produtivi- dade dos tratamentos mais produtivos foi satisfatória, estando de acordo com os padrões de produção para a cultura no Brasil. Palavras-chave: Lycopersicon esculentum Mill., cultivo protegido, tomate cereja, híbridos, nutrição. ABSTRACT Productivity of cherry tomato cultivated in a protected environment and in different substrates The experiment was carry out in Jaboticabal-SP, under a protected environment, aiming to evaluate four substrates of root development (substrates Rendimax ® , sand, soil with mulch of black polyethylene film and soil without mulch) and four hybrids of cherry tomato (‘Mascot’, ‘Gisela’, ‘Cheri’ and ‘Sweet Million’). The experimental design was a randomized complete blocks, in a factorial array (4 x 4), with four replications. The irrigation/fertigation was done with a trickle system, being the hydric dotation established based upon the measurements of the class A pan. The nutritious solution was recommended by Castellane & Araújo (1995) for tomato cropping. The fruits were harvested from 24/11 to 24/01, the number and daily productivity of fruits being appraised. The cultivations in soil provided higher production than in the commercial and sand substrates. The hybrid ‘Gisela’ was shown to be more productive in the cultivations in soil, while the hybrid ‘Cheri’, although it provided smaller productions in weight, produced larger number of fruits for plant. The productivity, of the most productive treatments was satisfactory, being in agreement with the production for the culture in Brazil. Keywords: Lycopersicon esculentum Mill., protected cultivation, cherry tomato, hybrids, nutrition. (Recebido para publicação em 24 de outubro de 2005; aceito em 18 de dezembro de 2006)

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O cultivo de tomateiro em ambienteprotegido expandiu-se muito na

região Sudeste, principalmente no Es-tado de São Paulo, atualmente o tercei-ro centro produtor do Brasil, superadoapenas por Goiás e Minas Gerais, nestaordem (Fontes et al., 1997). A utiliza-ção do tomate tipo cereja como adorno,aperitivo e na confecção de pratos di-versos é uma opção a mais de consumodessa hortaliça (Gusmão et al., 2000a).De acordo com Lopes & Stripari (1998),o tomateiro é uma planta muito sensí-vel às condições climáticas e estas,quando desfavoráveis e aliadas a outrosfatores, contribuem para que seu culti-vo, em condições protegidas, aumenterapidamente nos últimos anos.

O uso de filme plástico como cober-tura (“mulch”), conserva a umidade e atemperatura do solo, diminuindo a am-

GUSMÃO MTA; GUSMÃO SAL; ARAÚJO JAC. 2006. Produtividade de tomate tipo cereja cultivado em ambiente protegido e em diferentes substratos.Horticultura Brasileira 24: 431-436

Produtividade de tomate tipo cereja cultivado em ambiente protegido eem diferentes substratosMônica T A de Gusmão1; Sérgio A L de Gusmão1; Jairo A C de Araújo2

1UFRA-ICA, Av. Presidente Tancredo Neves, 2501, 66077-530, Belém-PA; 2UNESP-FCAV-Depto. Engenharia Rural, Via de Acesso Prof.Paulo Donato Castellane, s/n°, 14884-900 Jaboticabal-SP; E-mail: [email protected]

plitude térmica e a umidade relativa,favorecendo ainda o metabolismo daplanta e a precocidade do ciclovegetativo (Lopes, 1997; Martins et al.,1999). Por outro lado, de acordo comMoraes & Furlani (1999), o uso inten-sivo do solo em condições de ambienteprotegido, promove sua contaminaçãopor bactérias, fungos e nematóidesfitopatogênicos, além da salinização domesmo. Esses problemas, em algumasregiões, têm limitado a produção nessesistema e, os produtores nem sempredominam técnicas para solucioná-los.Entretanto, uma alternativa para contor-nar esses problemas em cultivo prote-gido é a utilização de substratos remo-víveis associados com a fertirrigação porgotejamento.

Vários requisitos são importantespara o uso de um substrato hortícola

associado à fertirrigação, tais como: altacapacidade de retenção de água, aeraçãosatisfatória, boa capacidade detamponamento, ausência de pragas eagentes fitopatogênicos, ausência deinibidores de crescimento e pouca ati-vidade biológica (Martinez & Barbosa,1999). É ainda fundamental que as pro-priedades físicas, químicas e biológicaspermaneçam as mesmas por longo pe-ríodo de tempo, para que os processosdo sistema de cultivo possam ser padro-nizados (Abad Berjon & NogueraMurray, 1998; Röber, 2000).

De acordo com Norrie et al. (1994)e Marouelli et al. (2002b), o sucesso docultivo em substrato depende daotimização de diversas variáveis, den-tre as quais as práticas de irrigação enutrição. O volume explorado pelo sis-tema radicular da cultura é reduzido,

RESUMOO experimento foi realizado em Jaboticabal-SP, sob ambiente

protegido, objetivando avaliar quatro substratos (Rendimax-Estu-fa®, areia, solo coberto com filme de polietileno preto e solo desco-berto) e quatro híbridos de tomateiro tipo cereja (‘Mascot’, ‘Gisela’,‘Cheri’ e ‘Sweet Million’), sendo os substratos comercial e areiaacondicionados em sacos plásticos. O delineamento experimentalfoi em blocos casualizados, em esquema fatorial 4 x 4, com quatrorepetições. Utilizou-se irrigação por gotejamento, sendo a dotaçãohídrica realizada em função dos dados obtidos em um tanque ClasseA. A solução nutritiva utilizada foi a recomendada por Castellane &Araújo (1995) para a cultura do tomateiro. Os frutos foram colhidossemanalmente, durante o período de 24/11/2000 a 24/01/2001, sen-do avaliados o número e produtividade diária de frutos. Os cultivosem solo proporcionaram maior produção diária que no substrato co-mercial e em areia, para os híbridos Gisele e ‘Mascot’. O híbrido‘Gisela’ mostrou-se mais produtivo nos cultivos em solo, enquantoo híbrido ‘Cheri’, embora tenha proporcionado menores produçõesem peso, produziu maior número de frutos por planta. A produtivi-dade dos tratamentos mais produtivos foi satisfatória, estando deacordo com os padrões de produção para a cultura no Brasil.

Palavras-chave: Lycopersicon esculentum Mill., cultivo protegido,tomate cereja, híbridos, nutrição.

ABSTRACTProductivity of cherry tomato cultivated in a protected

environment and in different substrates

The experiment was carry out in Jaboticabal-SP, under a protectedenvironment, aiming to evaluate four substrates of root development(substrates Rendimax®, sand, soil with mulch of black polyethylenefilm and soil without mulch) and four hybrids of cherry tomato(‘Mascot’, ‘Gisela’, ‘Cheri’ and ‘Sweet Million’). The experimentaldesign was a randomized complete blocks, in a factorial array (4 x4), with four replications. The irrigation/fertigation was done with atrickle system, being the hydric dotation established based upon themeasurements of the class A pan. The nutritious solution wasrecommended by Castellane & Araújo (1995) for tomato cropping.The fruits were harvested from 24/11 to 24/01, the number and dailyproductivity of fruits being appraised. The cultivations in soilprovided higher production than in the commercial and sandsubstrates. The hybrid ‘Gisela’ was shown to be more productive inthe cultivations in soil, while the hybrid ‘Cheri’, although it providedsmaller productions in weight, produced larger number of fruits forplant. The productivity, of the most productive treatments wassatisfactory, being in agreement with the production for the culturein Brazil.

Keywords: Lycopersicon esculentum Mill., protected cultivation,cherry tomato, hybrids, nutrition.

(Recebido para publicação em 24 de outubro de 2005; aceito em 18 de dezembro de 2006)

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assim como a retenção de água pelosubstrato. Assim, as irrigações devemser realizadas em regime de alta freqüên-cia (até 20 por dia) e baixo volume, oque torna o manejo de água um fatorlimitante para a obtenção de altos ren-dimentos e a racionalização no uso deágua e nutrientes.

O uso de substratos está relaciona-do, em geral, com o cultivo em recipien-tes, seja em sacos plásticos, latas, vasosou bandejas. Em comparação com ocultivo em solo, onde as plantas dispõemde um volume ilimitado para o cresci-mento de suas raízes, no cultivo em re-cipientes esse volume é bastante redu-zido, o que diminui a drenagem e a su-perfície de contato com a atmosfera,essencial para as trocas gasosas (Kämpf,2000).

O sistema de cultivo em substratos,especialmente sob irrigação porgotejamento, limita, portanto, o cresci-mento das raízes a um volume menor,cujas condições de contorno são deter-minadas pelos limites físicos docontentor, disponibilidade de água enutrientes, nível de salinidade e aeraçãono substrato (Marfá & Guri, 1999). Es-tudando a distribuição do sistemaradicular do tomateiro, em substratosacondicionados em sacos de cultivo,Marouelli et al. (2002a) observaram quea maior concentração de raízes se deunas proximidades do gotejador. Obser-varam ainda, que o crescimento dasraízes foi determinado principalmentepela salinidade ao longo do contentorde substrato, que variou de 2,0 a 8,3 dSm-1, dependendo do tipo de substrato eda posição do gotejador no contentor:quanto mais afastado do gotejador maiora salinidade.

Gualberto et al. (2000), observaramque híbridos de tomateiro apresentamdiferentes padrões de estabilidade eadaptabilidade. Portanto, é esperado quetenham comportamento diferenciado, jáque são provenientes de diferentes pro-dutores de sementes, utilizandogenótipos bem distintos na formação doshíbridos. Pádua et al. (2002 a,b), com-parando dois híbridos de tomateiro tipocereja (‘Cheri’ e ‘Sindy’) em cultivo sobambiente protegido não obtiveram di-ferenças em produtividade por planta,em função da temperatura.

Existem citações sobre a possibili-dade de crescimento das plantas por atédez metros de comprimento (Lopes &Stripari, 1998). Entretanto, há poucaspesquisas com esse tipo de tomateiro noBrasil, em termos de cultivares,substratos e sistemas de cultivo.

O presente trabalho teve por objeti-vo avaliar o cultivo de híbridos de to-mateiros tipo cereja em substratos decultivo e em solo coberto com filme depolietileno preto e em descoberto, nascondições de primavera-verão, emJaboticabal-SP.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido emJaboticabal-SP, latitude de 21o15’22"S,longitude de 48o18’58"W e altitude de595 m, com médias anuais de precipita-ção de 1552 mm, temperatura de 22oC eumidade relativa do ar de 70% (Volpeet al., 1989).

O ambiente protegido, do tipo cape-la, com pé direito de quatro metros, 30m de comprimento e 10 m de largura,foi coberto com filme de polietilenotransparente aditivado contra raiosultravioleta, com 150 mm de espessurae laterais protegidas com telas depolipropileno preto (sombrite®) com30% de sombreamento. Os tratamentosconsistiram de quatro substratos(Rendimax-Estufa®, areia, solo cobertocom filme de polietileno preto e a teste-munha constituída pelo solo descober-to) e de quatro híbridos de tomateiro tipocereja (‘Mascot’, ‘Gisela’, ‘Cheri’ e‘Sweet Million’). O solo utilizado éaquele da própria área do experimentoe foi classificado como LATOSSOLOVERMELHO ESCURO Embrapa(1999).

O experimento foi conduzido emdelineamento blocos casualizados, es-quema fatorial 4 x, com quatro repeti-ções. A parcela experimental constituiude fileiras duplas, espaçadas de 1,00 x0,60 x 0,30 m, com densidade aproxi-mada de quatro plantas m-2, totalizando12 plantas, tendo como área útil, as oitoplantas centrais de cada parcela. No cul-tivo em substrato comercial e em areia,foram utilizadas três plantas por saco,mantendo-se a densidade aproximada dequatro plantas m-2.

Os híbridos foram escolhidos a par-tir de consultas feitas às empresas pro-dutoras de sementes ou seus represen-tantes no Brasil, sendo todos indicadospara plantio em ambiente protegido oua campo, possuindo boa produtividadee coloração vermelha de fruto, com re-sistência ao vírus do mosaico-do-taba-co (TMV), Fusarium raças 1 e 2 eVerticillium, a exceção do híbrido‘Sweet Million’ que é resistente ao ví-rus do mosaico do tomate (ToMV),Fusarium raça 1 e Stemphylium.

A semeadura foi realizada no dia 06/09/2000, em bandejas de poliestirenoexpandido, com 128 células, distribuin-do-se uma semente por célula e utilizan-do-se o substrato comercial Plantimax®.As mudas foram produzidas em siste-ma de nebulização e sombreamento comredução em 30% da luminosidade. Nesteperíodo, foi efetuada uma aplicação comThiametoxam, para controle de moscabranca (Bemisia argentifolli).

O transplantio foi realizado em 02/10/2000, quando as plantas apresenta-vam quatro a cinco folhas definitivas.

Para o preparo do solo realizou-searação e gradagem. Após estas opera-ções, incorporou-se 150 g m-2 de calcáriodolomítico à profundidade mínima de20 cm (60 dias antes do transplantio dasmudas) e, levantou-se canteiros com lar-gura de 0,80 m e altura de 0,20 m. Notratamento de solo com cobertura, foiutilizado o mesmo procedimento, sen-do que a seguir os canteiros foram co-bertos com o filme de polietileno preto,com espessura de 0,05 mm.

As características químicas dosubstrato comercial, solo e areia podemser observados nas Tabelas 1, 2 e 3.

O substrato comercial utilizado já seencontrava acondicionado em sacos decultivo, com dimensões de 0,40 m delargura, 0,15 m de altura e 0,90 m decomprimento, produzido pela EmpresaEucatex, com nome comercial deRendimax-Estufa®. Cada saco de culti-vo comportou 15 kg de substrato comer-cial, constituído de casca de pinuscompostada, vermiculita expandida,perlita expandida e turfa. Esses sacos decultivo apresentavam microperfuraçõespara facilitar a drenagem do excesso deágua e aeração do meio. Em vista disso,tornou-se necessário a cobertura do solo,

MTA Gusmão et al.

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sob os sacos de cultivo com filme depolietileno, para evitar possível conta-minação por fitopatógenos e desenvol-vimento de raízes fora do recipiente. Aareia utilizada também foi acondiciona-da em sacos plásticos de dimensõesiguais às do saco com substrato comer-cial, sendo essa areia lavada de rio compredominância granulométrica entre0,10 mm e 0,5 mm.

A irrigação foi feita diariamente,fracionada em duas ou três aplicaçõesdiárias, de acordo com o substrato,sendo controlada por 16 tensiômetrosde mercúrio, instalados um em cadatratamento, na profundidade de 0,2 m.Acionava-se o sistema de irrigaçãoquando os tensiômetros atingiam 40 a60 kPa nos substratos com solo cober-to com filme de polietileno preto e natestemunha; no substrato comercial,de 40 a 50 kPa, e no substrato areia,de 5 a 20 kPa, dependendo do estádiode desenvolvimento da cultura e dascondições ambientais (Marouelli etal.,1996). O sistema de irrigação uti-lizado foi o gotejamento, sendo insta-lado um gotejador flecha por planta li-gado a um conector com quatro saí-das, com vazão de 2,0 L h-1. A dotaçãohídrica foi realizada em função dosdados obtidos em um tanque Classe A,instalado no interior do ambiente pro-tegido.

A fertirrigação foi realizada duasvezes por semana, utilizando-se siste-ma aberto, onde a solução nutritiva erabombeada do reservatório para os diver-sos tratamentos, sem recirculação. Aquantidade de nutrientes para 1.000 Lde solução nutritiva, fornecida atravésde fertirrigação, foi calculada conformerecomendação de Castellane & Araújo(1995) para a cultura do tomate, sendode: 184; 21; 248; 153; 43; 47,5; 0,31;0,06; 4,5; 0,06; 0,4 e 0,4 mg L-1 de N, P,K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mo, Zn e Mn,respectivamente.

Foi feito o monitoramento da tem-peratura e da umidade relativa do ardurante o desenvolvimento da cultura,utilizando-se um termohigrógrafo ins-talado no interior do ambiente protegi-do sob um abrigo de madeira a 1,0 m de

altura do solo. Também foramregistrados os dados das temperaturasdos substratos, sendo para isto, instala-dos termômetros de solo a 0,05 m deprofundidade.

As plantas foram conduzidas verti-calmente em haste única, utilizando-sefita plástica para tutoramento, sendocultivada uma planta por cova, fazen-do-se a eliminação de todos os ramoslaterais. Não foi feito o raleio dos fru-tos.

Os frutos foram colhidos semanal-mente, durante o período de 24/11/2000a 24/01/2001, procurando-se colher osfrutos que já haviam iniciado a mudan-ça de coloração, de verde para verme-lho, sendo avaliados o número total defrutos, a produtividade total de frutos ea produtividade de frutos por dia.

Os resultados foram analisados pormeio de análise de variância pelo testeF e as médias comparadas pelo teste deTukey, a 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O período no qual o trabalho foi de-senvolvido apresentou elevação de tem-peratura e intensas chuvas, que são fa-tores limitantes à produção de tomate.Conforme pode ser observado na Figu-ra 1, neste período a temperatura máxi-ma no ambiente protegido atingiu valo-res médios semanais superiores a 350 C,permanecendo quase que durante todoo período, superiores a 300 C. Esses va-lores de temperatura são consideradoslimitantes à produção do tomateiro(Martins et al., 1999). Por outro lado, aumidade relativa do ar, manteve-se emvalores aceitáveis durante o dia, elevan-do-se durante a noite. O que reflete osefeitos do sistema de irrigação porgotejamento, mantendo o ambiente maisseco, diminuindo a probabilidade deocorrência de doenças.

A produtividade de frutos foi in-fluenciada tanto pelos híbridos comopelos substratos, sendo as interaçõessignificativas (Tabela 4). O cultivoem sacos com substrato proporcionoumenor produtividade do que o culti-vo em solo. O híbrido ‘Gisela’ mos-

trou-se mais produtivo do que os de-mais híbridos no cultivo em solo co-berto e descoberto. O híbrido ‘Cheri’foi o que apresentou menores produ-tividades em todos os substratos (Ta-bela 4), demonstrando que, emboraproduza inflorescências com elevadonúmero de frutos (Tabela 5), apresen-ta maior sensibilidade às altas tem-peraturas ou a fatores nutricionais,levando à redução no tamanho dosfrutos formados.

Ao analisar o número de frutos pro-duzidos (Tabela 5), verifica-se que, ofator genético teve grande influência naformação de frutos. ‘Cheri’ e ‘SweetMillion’ são híbridos mais característi-cos dos tomates tipo cereja, uma vez queapresentam inflorescência com elevadonúmero de frutos, enquanto ‘Gisela’ e‘Mascot’ formam frutos maiores (mini)com inflorescências menores e poucoramificadas. Por isso, embora tenhamhavido menores produções, em peso, dohíbrido ‘Cheri’, ainda assim, este, obte-ve maiores valores em número de fru-tos formados. Esse fato pode ser positi-vo em regiões quentes, onde é signifi-cativa a queda de flores, podendo haveralguma compensação pela quantidaderemanescente na planta originando osfrutos.

As maiores produtividades obtidasneste trabalho pelo híbrido ‘Gisela’, emcondições de cultivo em solo, são equi-valentes às obtidas por Gusmão et al.(2000a; 2000b), em cultivo em condi-ções de campo, com solo coberto comfilme de polietileno preto, enquanto queos tratamentos com menores produtivi-dades tiveram valores semelhantesàqueles obtidos por Pádua et al. (2002a,2002b) em cultivos em ambiente prote-gido. Esses resultados evidenciam com-portamento diferencial de cultivares ede sistemas de cultivo do tomateiro tipocereja.

A expectativa de aumento em pro-dutividade com o uso de substratos emrecipientes não foi confirmada. Esse tipode resposta também foi obtido por ou-tros autores quando o tomateiro foi cul-tivado em recipientes (Andriolo et al.1997; Andriolo et al. 1999; Fernandes

Produtividade de tomate tipo cereja cultivado em ambiente protegido e em diferentes substratos

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et al., 2002; Pádua et al. 2002a). Prova-velmente a baixa qualidade dossubstratos utilizados no Brasil seja umadas razões, por não reunirem um con-junto de características físicas, quími-cas e biológicas adequadas. Além dis-so, vários outros fatores influenciaramo comportamento das plantas, tais como

clima, composição da solução nutritiva,freqüência de irrigação e fertirrigação,estado fitossanitário da cultura e seupotencial genético, os quais certamenteinteragem com os substratos utilizados.

Fernandes et al. (2002), concluíramque o fracionamento da irrigação favo-receu a produção de tomate em cultivo

com substratos compostos por areia,bagaço de cana e casca de amendoimmoída. Marouelli et al. (2002b),fracionaram a irrigação, com ou semfertilizantes, seis a 18 vezes ao dia, in-dicando ser essa prática, ponto chavepara o sucesso do cultivo em substrato.No presente trabalho, a freqüência dereposição de água variou de duas a trêsvezes ao dia, o que pode ter influencia-do na produção em sistema de sacos decultivo.

Outro aspecto que merece atenção éa forma de determinar a reposição deágua, via tensiômetros e tanque classeA. Fernandes et al. (2002), ressaltam asdificuldades em se determinar a quanti-dade de água a aplicar em diferentessubstratos, quando se usa tensiômetrose tanque classe A. Neste trabalho, pode-se adicionar os efeitos dos sacos de cul-tivo e da cobertura do solo com filmede polietileno, que funcionam comouma barreira à evaporação. Portanto, ouso de tanque classe A em trabalhosdessa natureza não é recomendável.Andriolo et al. (1997), citam que, nomanejo da água devem ser evitadas va-riações bruscas do potencial matricial dosubstrato, especialmente nos períodos deforte demanda evaporativa pela atmos-fera. As condições de temperatura e deumidade relativa do ar, no período derealização do experimento, foram favo-ráveis a esses efeitos.

Tabela 2. Produtividade de frutos de híbridos de tomateiro tipo cereja, em kg m-2, cultivadosem ambiente protegido e em diferentes substratos. Jaboticabal-SP, UNESP-FCAV, 2000-2001.

*Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal ou minúscula na vertical, nãodiferem entre si, pelo teste de Tukey (P>0,05).

Tabela 3. Número de frutos por planta produzidos por híbridos de tomateiro tipo cereja,cultivados em ambiente protegido e em diferentes substratos. Jaboticabal-SP, UNESP-FCAV,2000-2001.

*Médias seguidas de mesma letra, na vertical, não diferem entre si, pelo teste de Tukey(P>0,05).

MTA Gusmão et al.

Tabela 1. Análises químicas do substrato comercial Rendimax-Estufa®, do solo e da areia. Jaboticabal-SP, UNESP-FCAV, 2000-2001.

*AÑS: Análise não significativa

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Em condições de cultivo em solo, adistribuição de água ao longo do perfilé mais abrangente e reduz a possibili-dade de altas concentrações salinas emprimeiro cultivo, permitindo um maiordesenvolvimento de raízes comparati-vamente ao sistema de recipientes. Es-pera-se também, que as concentraçõesde CO

2 e O

2 no ambiente radicular se-

jam favorecidas, enquanto em condiçõesde sacos de cultivos, deverão haveradaptações que reduzam esses proble-mas, o que pode ser obtido por maiorfracionamento da irrigação. Há ainda oefeito positivo de nutrientes no solo, osquais também facilitam o desenvolvi-mento das plantas.

Uma das formas de avaliar a produ-tividade das culturas é considerando oseu ciclo, sobretudo sob condições deambiente protegido, em razão do eleva-do custo da área. Fontes (1997), ressal-ta a importância de analisar o compor-tamento produtivo do tomateiro, pormeio da produção por hectare ao dia. Emtomateiros tipo cereja, em que são cita-das extensões de hastes de até dezmetros e em que o tamanho dos frutosassume menor importância comercialque os tomates tipo salada, a avaliaçãoda produção em relação não só ao espa-ço, mas considerando também o tempo,permite melhor visualização do cultivo.Na Tabela 6 pode-se observar que a pro-dutividade diária manteve as mesmastendências comportamentais da produ-tividade total. Entretanto, os híbridos‘Sweet Million’ e ‘Cheri’, não diferiramsignificativamente quando cultivadosnos diversos substratos avaliados, en-quanto que ‘Gisela’ e ‘Mascot’ apresen-taram maior produção em g m-1 dia-1

cultivados em solos coberto e descober-to. É possível se observar que os valo-res de produtividade diária, dos trata-mentos mais produtivos sãosatisfatórios, estando de acordo com ospadrões de produção no Brasil(Agrianual, 2003).

Quanto ao sistema de cultivo, ossubstratos que possibilitaram maior pro-dução em peso, também favoreceram aformação de frutos por planta em que osolo descoberto foi superior aos demais(Tabela 5). Comparando-se estes resul-

Figura 1. Variações das médias diurnas (A) e noturnas (B) de temperaturas semanais máxi-mas, médias e mínimas e da umidade relativa do ar, medidas no interior do ambiente prote-gido. Jaboticabal-SP, UNESP-FCAV, 2000-2001.

tados com os de outros trabalhos, pode-se observar que são semelhantes aos dePádua et al. (2002a), com cultivo de to-mate cereja em substrato, e superioresaos de Gusmão et al. (2000a) e Pádua etal. (2002b), que trabalharam respecti-vamente em campo e em casa de vege-tação, avaliando os efeitos da coberturado solo com filme de polietileno preto.

De acordo com Goto (1995), a ca-pacidade ótima de fixação de frutos em

tomateiro requer temperaturas noturnasentre 15oC e 20oC. A queda de flores emtomateiro pode ser provocada por tem-peraturas excessivamente elevadas du-rante o dia, principalmente acima de 32o

C e com mais de três horas. Além deprovocar a queda de flores, devido ainviabilidade do pólen e/ou não fertili-zação dos óvulos, as temperaturas ele-vadas também prejudicam a fixação dosfrutos.

Tabela 4. Produtividade de frutos de híbridos de tomateiro tipo cereja, em g m-2dia-1, culti-vados em ambiente protegido e em diferentes substratos. Jaboticabal-SP, UNESP-FCAV,2000-2001.

*Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal ou minúscula na vertical, nãodiferem entre si, pelo teste de Tukey (P>0,05).

Produtividade de tomate tipo cereja cultivado em ambiente protegido e em diferentes substratos

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O fator genético pode ter interferidotanto por razões anatômicas das plan-tas, uma vez que as inflorescências pos-suíam número diferente de flores, comotambém pela maior tolerância às condi-ções adversas de clima. Segundo Grilliet al. (2000), há genótipos mais adapta-dos a altas temperaturas que outros.

Conclui-se que há necessidade deajustes de irrigação e da nutrição parasistemas de cultivo e que esses são maisrelevantes quando são utilizados siste-mas de plantio em sacos de cultivo. Aescolha do híbrido para cultivo, além dapreferência de mercado, deve levar emconsideração as características de adap-tação às condições do clima e o sistemade cultivo a se utilizar. Embora o culti-vo em solo tenha apresentado melhoresresultados de produtividade, deve-seconsiderar que não haviam fatores res-tritivos à produção em solo, principaisjustificativas para se adotar o cultivo emsubstrato.

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