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Faculdade de Informática e Administração Paulista Bacharelado em Sistemas de Informação ACESSIBILIDADE EM SITES DE ENSINO A DISTÂNCIA PARA DEFICIENTES VISUAIS CURSO DE HTML Ricardo Schmidt RM 58462 Wallace Cardoso RM 58248 São Paulo 2009

Transcript of Html course for_visually_impaired_persons

Faculdade de Informática e Administração Paulista

Bacharelado em Sistemas de Informação

ACESSIBILIDADE EM SITES DE

ENSINO A DISTÂNCIA PARA

DEFICIENTES VISUAIS – CURSO DE

HTML

Ricardo Schmidt – RM 58462

Wallace Cardoso – RM 58248

São Paulo

2009

Faculdade de Informática e Administração Paulista

Bacharelado em Sistemas de Informação

ACESSIBILIDADE EM SITES DE

ENSINO A DISTÂNCIA PARA

DEFICIENTES VISUAIS – CURSO DE

HTML

Monografia apresentada à Faculdade de

Informática e Administração Paulista como parte do

Trabalho de Conclusão de Curso, requisito parcial

para obtenção do diploma de bacharel em Sistemas

de Informação.

Orientador: Prof. MS. Luiz Carlos Rampazzo Filho

São Paulo

2009

Dedicamos este trabalho, às nossas famílias,

namoradas e amigos, que nos apoiaram durante

toda trajetória da faculdade.

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, pela oportunidade de desenvolver esse

trabalho, e podermos conhecer um pouco sobre a vida, os desafios e a força

de vontade de pessoas portadoras de deficiência visual.

Agradecimento ao Antônio Carlos e Adriana Kravchenko da

Fundação Dorina Nowill, que nos receberam na fundação e nos ajudaram no

desenvolvimento do projeto, e ao Ivo Ramalho e Carolina Venancio, da

Fundação Bradesco, que nos orientaram com dicas e sugestões para

realização desse trabalho.

Aos nossos amigos, e antigos chefes, Reinaldo Santos e Jefferson

Amado, que nos apoiaram no desenvolvimento desse projeto desde o início.

Ao nosso professor e orientador Luiz Carlos Rampazzo, que

acompanhou, ajudou e incentivou a execução deste trabalho.

Agradecimentos carinhosos à família do aluno Ricardo Schmidt:

Edson Schmidt, Cleonice Schmidt, Rafael Schmidt, Rodrigo Schmidt, Caike

Schmidt, e a namorada Amanda Queiroz de Souza, que incentivaram o

aluno na realização deste trabalho desde seu início.

Agradecimentos carinhosos à família do aluno Wallace Cardoso:

Maria José Cardoso, Gislaine Cardoso Colaço Ricardo, e a namorada

Camila Rodrigues Vitale, que incentivaram o aluno na realização deste

trabalho desde seu início.

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE GRÁFICOS

LISTA DE TABELAS

RESUMO

ABSTRACT

CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO ...................................................................... 1

1.1. Objetivo do Estudo ............................................................................ 1

1.2. O problema que motivou este estudo ............................................... 1

1.3. Composição do trabalho ................................................................... 1

CAPÍTULO 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................... 3

2.1. Inclusão Social dos Deficientes ........................................................ 3

2.2. O direito ao trabalho.......................................................................... 9

2.3. Portadores de deficiência no Brasil ................................................. 10

2.4. Educação Especial.......................................................................... 11

2.5. Deficiência Visual ............................................................................ 17

2.6. Principais Causas da Deficiência Visual ......................................... 19

2.7. Introdução ao Sistema Braille ......................................................... 20

2.7.1. A Cela Básica .............................................................................. 21

2.7.2. O Alfabeto Básico da Língua Portuguesa .................................... 21

2.8. Inclusão Digital de Deficientes Visuais............................................ 21

2.9. Como Deficientes Visuais Usam o Computador ............................. 22

2.9.1. Acesso ao Computador sem Mouse ............................................ 23

2.9.2. Acesso ao Computador sem Monitor ........................................... 24

2.9.3. Softwares Leitores de Tela .......................................................... 24

2.9.3.1. Jaws ......................................................................................... 24

2.9.3.2. Virtual Vision ............................................................................ 25

2.9.3.3. Dosvox ..................................................................................... 26

2.10. EAD - Ensino a Distância............................................................. 27

2.10.1. A Evolução do EAD no Brasil ................................................... 29

2.10.2. EAD para Deficientes Visuais usando a Internet ...................... 30

2.10.3. Formação de Professores para Educação Especial ................. 32

2.11. Acessibilidade .............................................................................. 32

2.11.1. Acessibilidade na Internet ........................................................ 33

2.11.1.1. W3C - World Wide Web Consortium ..................................... 35

2.11.1.2. W3C-WAI - Web Accessibility Initiative ................................. 36

2.11.1.3. WCAG - Web Content Accessibility Guidelines ..................... 36

2.11.1.4. Recomendações do WCAG .................................................. 37

2.11.1.5. WCAG – Pontos de Verificação e Níveis de Prioridade ........ 39

2.11.1.6. WCAG - Selos de Conformidade de Acessibilidade .............. 46

2.11.1.7. Responsabilidade pelo nível de Acessibilidade..................... 47

2.11.2. Desenvolvendo Sites Acessíveis .............................................. 48

2.11.2.1. Exemplos de códigos acessíveis .......................................... 50

2.11.2.1.1. Formulários Acessíveis ...................................................... 50

2.11.2.1.2. Utilizando Texto Alternativo em Imagem ........................... 52

2.11.3. Avaliadores e Validadores Automáticos de Acessibilidade ...... 53

CAPÍTULO 3 – Materiais e métodos ............................................................ 57

3.1. Metodologias no desenvolvimento do site ...................................... 57

3.1.1. Acessibilidade .............................................................................. 57

3.1.2. Padrões Web ............................................................................... 58

3.1.3. Conteúdo acessível ..................................................................... 59

3.1.4. Ensino a distância para deficientes visuais.................................. 61

3.2. Técnicas de acessibilidade usadas no desenvolvimento do site .... 61

3.2.1. Aplicando as técnicas do WCAG ................................................. 62

3.2.1.1. Atributo TABINDEX .................................................................. 62

3.2.1.2. Atributo ACCESSKEY .............................................................. 63

3.2.1.3. Tag de Cabeçalho .................................................................... 64

3.3. Validando a acessibilidade do site .................................................. 65

3.3.1. Validando o site através de softwares leitores de tela ................. 65

3.3.2. Validando o site através de softwares de validação automática .. 66

3.3.3. Validação do site por deficientes visuais ..................................... 66

3.4. Tecnologias usadas no desenvolvimento do site ............................ 66

3.4.1. XHTML......................................................................................... 67

3.4.2. CSS ............................................................................................. 67

3.4.3. JavaScript .................................................................................... 67

3.4.4. PHP ............................................................................................. 67

3.4.5. Apache ........................................................................................ 68

3.4.6. MySQL ......................................................................................... 68

3.5. Realização do curso de HTML ........................................................ 69

3.6. Divulgação do site na internet ......................................................... 70

CAPÍTULO 4 – SISTEMA ............................................................................ 71

4.1. Codificação padrão em todas as páginas do site ............................ 71

4.2. Menu da área do aluno ................................................................... 73

4.3. Formulário de cadastro ................................................................... 74

4.4. Demais códigos utilizados no site ................................................... 77

CAPÍTULO 5 - RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................... 78

5.1. Comparativo de validações realizado em sites de ensino a distância

pela internet .............................................................................................. 78

5.2. Alunos do site www.cursodehtml.com.br ........................................ 87

5.3. Discussão sobre os resultados ....................................................... 92

CAPÍTULO 6 – CONCLUSÃO...................................................................... 93

CAPÍTULO 7 – BIBLIOGRAFIA ................................................................... 95

APÊNDICE A – GLOSSÁRIO .................................................................... 101

APÊNDICE B – ANEXO 1 .......................................................................... 105

Como utilizar o site ................................................................................. 105

Mapa do site ........................................................................................... 105

Página inicial ........................................................................................... 106

Realizar cadastro no curso de HTML...................................................... 107

Área do aluno ......................................................................................... 107

Esqueci minha senha.............................................................................. 108

O Curso .................................................................................................. 108

Conheça o Projeto .................................................................................. 108

Fale conosco .......................................................................................... 108

Página principal da ‗Área do aluno‘ ........................................................ 109

Realização do curso ............................................................................... 109

Índice do curso ....................................................................................... 110

Exercícios ............................................................................................... 111

Esclarecer dúvida ................................................................................... 111

Avaliação do curso.................................................................................. 112

Criar meu site ......................................................................................... 112

Lista de arquivos criados ........................................................................ 113

Área administrativa ................................................................................. 113

Administração de alunos ......................................................................... 114

Administração de avaliações .................................................................. 114

Administração de dúvidas ....................................................................... 114

Relatório administrativo .......................................................................... 114

APÊNDICE B – ANEXO 2 .......................................................................... 115

APÊNDICE B – ANEXO 3 .......................................................................... 117

APÊNDICE B – ANEXO 4 .......................................................................... 121

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Cela Básica, Sistema Braille [17]. ................................................ 21

Figura 2 - Alfabeto Básico, Sistema Braille [17]. .......................................... 21

Figura 3 - Tela inicial do Jaws. Fonte: criação própria. ................................ 25

Figura 4 - Tela inicial do Dosvox. Fonte: Criação própria. ........................... 27

Figura 5 - Selos de conformidade do WCAG 1.0 [38]. ................................. 47

Figura 6 - Código HTML de formulário acessível [46]. ................................. 51

Figura 7 - Formulário acessível visualizado através de um navegador [46]. 52

Figura 8 - Código HTML para exibir imagem com texto alternativo [47]. ..... 53

Figura 9 - Selos usados quando o XHTML e CSS do site são válidos [49]. . 56

Figura 10 - Código HTML utilizando TABINDEX em formulário. Fonte:

Criação Própria. ........................................................................................... 62

Figura 11 - Código HTML utilizando TABINDEX em links. Fonte: Criação

Própria. ........................................................................................................ 63

Figura 12 - Código HTML utilizando o atributo ACCESSKEY. Fonte: Criação

Própria. ........................................................................................................ 64

Figura 13 - Código HTML utilizando a tag de cabeçalho H1. Fonte: Criação

Própria. ........................................................................................................ 65

Figura 14 - Página principal do site www.escolavirtual.com.br. Fonte: Criação

Própria. ........................................................................................................ 79

Figura 15 - Página principal do site www.iped.com.br. Fonte: Criação

Própria. ........................................................................................................ 80

Figura 16 - Página principal do site www.catho.com.br/cursos. Fonte:

Criação Própria. ........................................................................................... 80

Figura 17 - Página principal do site www.portaleducacao.com.br. Fonte:

Criação Própria. ........................................................................................... 81

Figura 18 - Resultado da avaliação do site www.cursodehtml.com.br. Fonte:

Criação Própria. ........................................................................................... 84

Figura 19 - Resultado da avaliação do site www.escolavirtual.org.br. Fonte:

Criação Própria. ........................................................................................... 84

Figura 20 - Resultado da avaliação do site www.catho.com.br/cursos. Fonte:

Criação Própria. ........................................................................................... 85

Figura 21 - Resultado da avaliação do site www.iped.com.br. Fonte: Criação

Própria. ........................................................................................................ 85

Figura 22 - Resultado da avaliação do site www.portaleducacao.com.br.

Fonte: Criação Própria. ................................................................................ 85

Figura 23 - Código HTML criado por Deficiente Visual. Fonte: Criação

Própria. ........................................................................................................ 91

Figura 24 - Visualização da página criada por Deficiente Visual. Fonte:

Criação Própria. ........................................................................................... 91

Figura 25 - Mapa com principais funcionalidades do site. Fonte: Criação

Própria. ...................................................................................................... 105

Figura 26 - Página principal do site www.cursodehtml.com.br. Fonte: Criação

Própria. ...................................................................................................... 106

Figura 27 - Formulário de cadastro do site www.cursodehtml.com.br. Fonte:

Criação Própria. ......................................................................................... 107

Figura 28 - Página da área do aluno www.cursodehtml.com.br. Fonte:

Criação Própria. ......................................................................................... 109

Figura 29 - Modelo de página usada nos capítulos do curso de HTML. Fonte:

Criação Própria. ......................................................................................... 110

Figura 30 – Modelo de página dos exercícios propostos na finalização de

cada capítulo do curso de HTML. Fonte: Criação Própria. ........................ 111

Figura 31 - Formulário de avaliação exibido quando o aluno finaliza todos

capítulos do curso de HTML. Fonte: Criação Própria. ............................... 112

Figura 32 - Formulário onde o aluno pode criar seu site em HTML. Fonte:

Criação Própria. ......................................................................................... 113

Figura 33 - 5 primeiras perguntas da avaliação do curso de HTML. Fonte:

Criação Própria. ......................................................................................... 115

Figura 34 - Figura 40 - 5 últimas perguntas da avaliação do curso de HTML.

Fonte: Criação Própria. .............................................................................. 116

Figura 35 - Divulgação do curso de HTML no site www.ethos.org.br. Fonte:

Criação Própria. ......................................................................................... 117

Figura 36 - Divulgação do curso de HTML no site www.terra.com.br. Fonte:

Criação Própria. ......................................................................................... 118

Figura 37 - Divulgação do curso de HTML no site www.lerparaver.com.

Fonte: Criação Própria. .............................................................................. 118

Figura 38 - Divulgação do curso de HTML no site

www.muitoespecial.com.br. Fonte: Criação Própria. .................................. 119

Figura 39 - Divulgação do curso de HTML no site www.dasilva.org.br. Fonte:

Criação Própria. ......................................................................................... 119

Figura 40 - Divulgação do curso de HTML no site

www.empresaresponsavel.com. Fonte: Criação Própria. .......................... 120

Figura 41 - Divulgação do curso de HTML no site www.praxys.com.br. Fonte:

Criação Própria. ......................................................................................... 120

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Tipos de deficiências no Brasil [7]. ............................................ 11

Gráfico 2 - Professores para atender PNEE [10]. ........................................ 15

Gráfico 3 - Formação de professores na Educação Especial [10]. .............. 16

Gráfico 4 - Evolução de matrículas das PNEE [10]. ..................................... 16

Gráfico 5 - Condições de Informática nas escolas especiais [10]. ............... 17

Gráfico 6 - Deficiência Visual Congênita e Adquirira [9]. .............................. 19

Gráfico 7- Total de alunos cadastrados no curso de HTML. Fonte: Criação

Própria. ........................................................................................................ 87

Gráfico 8 - Faixa etária dos alunos Deficientes Visuais cadastrados no curso

de HTML. Fonte: Criação Própria. ............................................................... 88

Gráfico 9 - Faixa etária dos alunos Videntes cadastrados no curso de HTML.

Fonte: Criação Própria. ................................................................................ 88

Gráfico 10 - Conclusão do Curso de HTML. Fonte: Criação Própria. .......... 89

Gráfico 11 - Resultado das avaliações respondidas pelos alunos. Fonte:

Criação Própria. ........................................................................................... 90

Gráfico 12 - Total de alunos que enviaram dúvidas. Fonte: Criação Própria.

..................................................................................................................... 90

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Comparativo das avaliações realizadas em sites de ensino a

distância. Fonte: Criação Própria. ................................................................ 86

RESUMO

A inclusão social e digital de pessoas com deficiência visual deve ser

tratada com seriedade e prioridade em nosso país. Muitos deficientes visuais

são excluídos das comunidades em que vivem e um dos principais motivos é

a falta de recursos adequados para que a inclusão aconteça.

O objetivo deste trabalho é demonstrar que o desenvolvimento de

sites de ensino a distância seguindo as recomendações de acessibilidade do

W3C é uma importante alternativa para incluir socialmente e digitalmente

deficientes visuais.

Neste trabalho também são apresentadas informações das principais

metodologias para desenvolver e validar a acessibilidade de sites.

ABSTRACT

Social and digital inclusion of people with visual disability has to be

treated seriously and priority in our country. Several people with visual

disability are excluded of the communities where they live and one of the

main reasons is the lack of appropriate resources for this inclusion to

happen.

The objective of this work is to demonstrate how the development of

sites for distance learning accordingly to the accessibility recommendations

of W3C is an important alternative to count up socially and digitally people

with visual disabilities.

This work also introduces information regarding the main

methodologies for developing and validating the accessibility on websites.

1

CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO

1.1. Objetivo do Estudo

É evidente que em nosso país existe um grande déficit no campo da

educação, e que no grupo de pessoas com deficiência este é um fator ainda

mais agravante. Por isso, é extremamente importante que existam

ambientes de aprendizagem que favoreçam o atendimento e o ensino de

pessoas portadoras de deficiência. É fundamental a criação de novas

alternativas de ensino para que deficientes se integrem socialmente e

digitalmente em nossa sociedade, e então possam evoluir como pessoas e

profissionais.

O objetivo do presente trabalho é demonstrar que sites de ensino a

distância pela internet, desenvolvidos de acordo com as recomendações de

acessibilidade do W3C, é um importante meio de ensino para pessoas com

deficiência visual.

1.2. O problema que motivou este estudo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística estima que no ano de

2000 aproximadamente 14,5% da população Brasileira possuía algum tipo

de deficiência, onde 48% eram portadoras de deficiência visual. As

dificuldades que essas pessoas encontram para se integrarem com a

comunidade são imensas, pois muitas vezes o acesso a escolas e cursos é

dificultado para essas pessoas.

1.3. Composição do trabalho

Esta monografia está dividida em 7 capítulos e 2 apêndices:

No capítulo 2, é explanado sobre a inclusão social de deficientes, os

problemas e desafios que eles enfrentam, as leis e direitos dos deficientes,

números estatísticos sobre deficiência no Brasil, educação especial para

2

pessoas deficientes e a importância da formação de professores para

interagir e ensinar pessoas com necessidades educacionais especiais. No

final desse capítulo é explicado o conceito de acessibilidade, a importância

da acessibilidade na internet para deficientes visuais, e informações de

como os sites devem ser desenvolvidos para prover acesso adequado a

deficientes visuais.

No capítulo 3 são apresentados os materiais e métodos que foram

utilizados para o desenvolvimento deste projeto.

No capítulo 4 é apresentado como foi desenvolvido o sistema

aplicando os materiais e métodos apresentados no capítulo 3.

No capítulo 5 são apresentados os resultados e as discussões obtidas

através da criação do site www.cursodehtml.com.br.

O capítulo 6 traz as conclusões do trabalho e o capítulo 7 relaciona a

bibliografia consultada.

Adicionalmente, no apêndice A, é apresentado um glossário com os

principais termos utilizados neste trabalho. No apêndice B, são apresentados

os anexos deste trabalho.

3

CAPÍTULO 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Inclusão Social dos Deficientes

O fato das pessoas com algum tipo de deficiência ou com alguma

necessidade especial serem excluídos socialmente é tão antigo quanto a

socialização do homem. Milhares de pessoas com algum tipo de deficiência

são discriminadas nas comunidades em que vivem ou são excluídas do

mercado de trabalho [1].

O processo de exclusão social muitas vezes acontecesse até

mesmo antes do período de escolarização, ocorrendo no nascimento ou no

momento em que aparece algum tipo de deficiência em algum membro da

família. Isso ocorre em qualquer tipo de constituição familiar, independente

das classes sociais [1].

A falta de conhecimento da sociedade, em geral, faz com que a

deficiência seja considerada como uma doença. Pessoas cegas, surdas e

com deficiências mentais ou físicas são tachadas de seres incapazes,

indefesos, sem direitos, sempre deixados em segundo plano [1].

Pessoas portadoras de deficiência enfrentam grandes dificuldades

na inclusão escolar, onde só as grandes cidades possuem algum tipo de

atendimento especial voltado aos deficientes. A realidade tem mostrado que

os ciclos do ensino fundamental, com sua passagem automática de ano, e a

falta de formação de professores, de recursos técnico-pedagógicos, de

acompanhamento de equipe multidisciplinar, fonoaudiólogos, assistentes

sociais, psicólogos, de salas e de professores de apoio, deixam a questão

da inclusão escolar sem estrutura eficiente [1].

Segundo BRUMER, no caso do ensino superior, os deficientes

visuais enfrentam outro tipo de dificuldade ao freqüentarem a faculdade,

uma vez que a bibliografia específica de seu curso é de uso por demais

restrito para justificar sua impressão em Braille [2].

4

Algumas das dificuldades encontradas pelos deficientes visuais que

retardam a inclusão social destacam-se na [2]:

Falta de escolas especiais na rede pública.

Existência de poucas classes com os recursos didáticos

necessários ao atendimento de portadores de necessidades

especiais.

Falta de profissionais qualificados no atendimento de deficientes

visuais.

Dificuldade de produzir material em Braille quando a demanda é

muito reduzida, como é o caso de alunos deficientes visuais

isolados em alguns cursos universitários.

Baixa quantidade de material em Braille comparado a demanda

que existe.

A conscientização das pessoas é outro ponto fundamental para que

a inclusão social não fique apenas na teoria. A família ou responsáveis por

pessoas portadoras de deficiência, também se tornam pessoas com

necessidades especiais: eles precisam de orientação e principalmente do

acesso a grupos de apoio. Na verdade, são eles que intermediarão a

integração ou inclusão de seus filhos junto à comunidade [1].

Segundo MACIEL [1], existem 3 passos fundamentais para a

inclusão social de pessoas deficientes:

1. O primeiro passo é conseguir a alteração da visão social

através:

- de um trabalho de sensibilização contínuo e permanente por

parte de grupos e instituições que já atingiram um grau efetivo de

compromisso com a inclusão de portadores de necessidades

especiais junto à sociedade;

- da capacitação de profissionais de todas as áreas para o

atendimento das pessoas com algum tipo de deficiência;

5

- da elaboração de projetos que ampliem e inovem o

atendimento dessas pessoas;

- da divulgação da Declaração de Salamanca e outros

documentos similares, da legislação, de informações e necessidades

dos portadores de deficiência e da importância de sua participação

em todos os setores da sociedade.

2. O segundo passo no processo de inclusão social é o da

inclusão escolar. É necessário analisar se o ambiente de

aprendizagem é favorecedor, se existem ofertas de recursos

audiovisuais, se ocorreu as eliminações de barreiras arquitetônicas,

sonoras e visuais, se existem salas de apoio pedagógico para

estimulação e acompanhamento suplementar, se os currículos e

estratégias de ensino estão adequados à realidade dos alunos e se

todos os que compõem a comunidade escolar estão sensibilizados

para atender o portador de deficiência com respeito e consideração.

3. O terceiro passo para a inclusão social de portadores de

deficiência é a instituição de mecanismos fortalecedores desses

direitos, tais como destinação de maiores verbas públicas para os

projetos que atendam esse segmento e participação de entidades de

defesa de deficientes nos processos decisórios de todas as áreas

diretamente envolvidas no atendimento dessa população.

Movimentos nacionais e internacionais têm buscado a criação de

políticas de integração e de educação inclusiva. O resultado desses esforços

resultou na Conferência Mundial de Educação Especial, onde participou 88

países e 25 organizações internacionais. Esse congresso aconteceu na

cidade de Salamanca, na Espanha, em junho de 1994 [1].

Esta Conferência Mundial teve como ponto mais importante a

'Declaração de Salamanca', no qual está descrita a seguir, onde são

apresentados pontos que devem servir de reflexão e mudanças da realidade

atual [3].

6

"Acreditamos e Proclamamos que:

- toda criança tem direito fundamental à educação e

deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível

adequado de aprendizagem;

- toda criança possui características, interesses,

habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas;

- sistemas educacionais deveriam ser designados e

programas educacionais deveriam ser implementados no

sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais

características e necessidades;

- aqueles com necessidades educacionais especiais

devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los

dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de

satisfazer tais necessidades;

- escolas regulares, que possuam tal orientação

inclusiva, constituem os meios mais eficazes de combater

atitudes discriminatórias, criando-se comunidades acolhedoras,

construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação

para todos; além disso, tais escolas provêem uma educação

efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em

última instância, o custo da eficácia de todo o sistema

educacional.

Nós congregamos todos os governos e demandamos

que eles:

- atribuam a mais alta prioridade política e financeira ao

aprimoramento de seus sistemas educacionais no sentido de

se tornarem aptos a incluírem todas as crianças,

independentemente de suas diferenças ou dificuldades

individuais;

7

- adotem o princípio de educação inclusiva em forma

de lei ou de política, matriculando todas as crianças em escolas

regulares, a menos que existam fortes razões para agir de

outra forma;

- desenvolvam projetos de demonstração e encorajem

intercâmbios em países que possuam experiências de

escolarização inclusiva;

- estabeleçam mecanismos participatórios e

descentralizados para planejamento, revisão e avaliação de

provisão educacional para crianças e adultos com

necessidades educacionais especiais;

- encorajem e facilitem a participação de pais,

comunidades e organizações de pessoas portadoras de

deficiências nos processos de planejamento e tomada de

decisão concernentes à provisão de serviços para

necessidades educacionais especiais;

- invistam maiores esforços em estratégias de

identificação e intervenção precoces, bem como nos aspectos

vocacionais da educação inclusiva;

- garantam que, no contexto de uma mudança

sistêmica, programas de treinamento de professores, tanto em

serviço como durante a formação, incluam a provisão de

educação especial dentro das escolas inclusivas.

Nós também congregamos a comunidade internacional;

em particular, nós congregamos governos com programas de

cooperação internacional, agências financiadoras

internacionais, especialmente as responsáveis pela

Conferência Mundial em Educação para Todos, Unesco,

Unicef, UNDP e o Banco Mundial:

8

- a endossar a perspectiva de escolarização inclusiva e

apoiar o desenvolvimento da educação especial como parte

integrante de todos os programas educacionais;

- as Nações Unidas e suas agências especializadas,

em particular a ILO, WHO, Unesco e Unicef;

- a reforçar seus estímulos de cooperação técnica, bem

como reforçar suas cooperações e redes de trabalho para um

apoio mais eficaz à já expandida e integrada provisão em

educação especial;

- a reforçar sua colaboração com as entidades oficiais

nacionais e intensificar o envolvimento crescente delas no

planejamento, implementação e avaliação de provisão em

educação especial que seja inclusiva;

- Unesco, enquanto a agência educacional das Nações

Unidas;

- a assegurar que educação especial faça parte de toda

discussão que lide com educação para todos em vários foros;

- a mobilizar o apoio de organizações dos profissionais

de ensino em questões relativas ao aprimoramento do

treinamento de professores no que diz respeito a necessidades

educacionais especiais;

- a estimular a comunidade acadêmica no sentido de

fortalecer pesquisa, redes de trabalho e o estabelecimento de

centros regionais de informação e documentação e, da mesma

forma, a servir de exemplo em tais atividades e na

disseminação dos resultados específicos e dos progressos

alcançados em cada país no sentido de realizar o que almeja a

presente Declaração;

9

- a mobilizar Fundos através da criação (dentro de seu

próximo Planejamento a Médio Prazo 1996-2000) de um

programa extensivo de escolas inclusivas e programas de

apoio comunitário, que permitiriam o lançamento de projetos-

piloto que demonstrassem novas formas de disseminação e o

desenvolvimento de indicadores de necessidade e de provisão

de educação especial".

2.2. O direito ao trabalho

No que se refere ao trabalho, a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991,

estabelece quotas de empregos para deficientes nas empresas e no serviço

público, garantindo o acesso ao mercado de trabalho e a manutenção do

emprego, por pessoas portadoras de deficiência. [4].

Ao mesmo tempo, como a lei é ampla, não há quotas específicas

para cada tipo de deficiência, e as empresas podem escolher, entre os

deficientes, os que lhes são mais úteis, dando também preferência aos

portadores de deficiência parcial [5].

A lei sobre a contratação de portadores de necessidades especiais

apresenta [4]:

Lei nº 8.213 de 25 de julho de 1991

"Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência e dá

outras providências a contratação de portadores de necessidades

especiais."

Art. 93 - a empresa com 100 ou mais funcionários está

obrigada a preencher de dois a cinco por cento dos seus cargos com

beneficiários reabilitados, ou pessoas portadoras de deficiência, na

seguinte proporção:

- até 200 empregados - 2%

10

- de 201 a 500 empregados - 3%

- de 501 a 1000 empregados - 4%

- de 1001 em diante - 5%

Dados divulgados pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego)

demonstram a dificuldade que os deficientes têm em ocupar uma posição

dentro do mercado de trabalho. De acordo com os números divulgados em

2007, do total de 37,6 milhões de vínculos empregatícios formais, 348,8 mil

foram declarados como portadores de necessidades especiais, o que

representa menos de 1% de empregos formais no Brasil [6].

Desse total de 348,8 mil trabalhadores portadores de necessidades

especiais, 50,28% são deficientes físicos, 28,16% auditivos, 2,95% visuais,

2,41% mentais e 1,67% portadores de deficiências múltiplas [6].

Segundo BRUMER [2], as vagas de trabalho para deficientes visuais

limitam-se a um número reduzido de ocupações, tais como telefonista,

vendedor e ascensorista, embora haja um número mais amplo de funções

que eles poderiam exercer com competência. Pela dificuldade da inclusão

escolar, são poucos os deficientes visuais que conseguem uma formação de

curso superior, dificultando a especialização em áreas específicas.

2.3. Portadores de deficiência no Brasil

Segundo o Decreto Federal n.º 914/93, portador de deficiência é

"aquela pessoa que apresenta, em caráter permanente, perdas ou

anomalias de sua estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica,

que gerem incapacidade para o desempenho de atividades, dentro do

padrão considerado normal para o ser humano" [6].

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em pesquisa

do Censo Demográfico, apurou que a população Brasileira estimada no ano

de 2000 era de 169.799.170 pessoas, sendo que 14,5% da população

possuíam algum tipo de deficiência [7].

11

A relação dos tipos de deficiências e a porcentagem de pessoas

deficientes são apresentadas no Gráfico 1.

Gráfico 1 – Tipos de deficiências no Brasil [7].

2.4. Educação Especial

A Educação Especial é a modalidade de educação para pessoas

que, por alguma espécie de limitação, necessitam de modificações ou

adaptações no programa educacional, para que possam atingir seu potencial

máximo. Essas limitações podem decorrer de problemas visuais, auditivos,

mentais ou motores [8].

A educação é um dos fatores essenciais para que a inclusão social

aconteça, e isso não é apenas para pessoas que possuem alguma

deficiência, mas da população em geral. Se em nosso país já existe um

grande déficit neste campo da educação, no grupo de pessoas com

deficiência este é um fator ainda mais agravante [9].

8% 4%

48%

17%

23%

Porcentagens dos tipos de deficiências no Brasil

Deficiência Mental

Deficiência Física

Deficiência Visual

Deficiência Auditiva

Deficiência Motora

12

Dados do Censo realizado pelo Ministério da Educação (MEC) em

2005 demonstram que enquanto no ensino fundamental estudavam 419 mil

alunos com deficiência, somente 11 mil estavam matriculados no ensino

médio. Já nas universidades o número de estudantes com deficiência é

praticamente insignificante, representando apenas 0,1% do total. Ou seja,

existe uma relação direta entre as barreiras enfrentadas pelas crianças com

deficiência e o índice de desistência escolar [9].

Os dados referentes à educação da população com deficiência são

dos mais importantes e preocupantes, pois esse é um fator chave na

inclusão dos deficientes em nossa sociedade. Além disso, o nível de

educação adquirida pelo deficiente refletirá em sua profissão frente ao

mercado de trabalho [9].

No ano de 2006, o Congresso Nacional decretou e o Sr. Fernando

Henrique Cardoso aprovou a Lei nº 9.394, estabelecendo diretrizes e bases

da educação nacional [8]. O Capítulo V da lei trata da educação especial,

apresentado no trecho abaixo:

LEI Nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996 - LEI DE

DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL

Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

CAPÍTULO V

Da Educação Especial

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos

desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida

preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos

portadores de necessidades especiais.

§ 1º. Haverá, quando necessário, serviços de apoio

especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da

clientela de educação especial.

13

§ 2º. O atendimento educacional será feito em classes, escolas

ou serviços especializados, sempre que, em função das condições

específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes

comuns de ensino regular.

§ 3º. A oferta de educação especial, dever constitucional do

Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a

educação infantil.

Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos

com necessidades especiais:

I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e

organização específicos, para atender às suas necessidades;

II - terminalidade específica para aqueles que não puderem

atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em

virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor

tempo o programa escolar para os superdotados;

III - professores com especialização adequada em nível médio

ou superior, para atendimento especializado, bem como professores

do ensino regular capacitados para a integração desses educandos

nas classes comuns;

IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva

integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas

para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho

competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem

como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas

áreas artística, intelectual ou psicomotora;

V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais

suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.

Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino

estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas

14

sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em

educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder

Público.

Parágrafo único. O Poder Público adotará, como alternativa

preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com

necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino,

independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo.

Pesquisas realizadas pelo MEC (Ministério da Educação) apontam

algumas evoluções na área de educação especial no Brasil para PNEEs

(Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais) [10]:

Professores tem se especializado em atender alunos com

necessidades educacionais especiais;

A cada novo ano a quantidade de matrículas de alunos com

algum tipo de deficiência aumenta em relação ao ano anterior;

As escolas especializadas na educação especial possuem cada

vez mais recursos como computadores, internet e laboratórios de

informática para seus alunos.

No Gráfico 2, uma pesquisa realizada pelo MEC apresenta as

distribuições dos professores com curso de no mínimo 40 horas,

especializados no atendimento de alunos com necessidades educacionais

especiais no ano de 2006 [10].

15

Gráfico 2 - Professores para atender PNEE [10].

No Gráfico 3, o MEC registra que 54.625 professores formaram-se

em 2006 para atender alunos com necessidades educacionais especiais,

onde mais de 75% dos professores especializou-se na área de educação

especial no ensino superior [10].

4%

15%

66%

13%

2%

Distribuições dos professores especializados no ensino especial

Creche

Pré-Escola

Ensino Fundamental

Ensino Médio

Educação Profissional

16

Gráfico 3 - Formação de professores na Educação Especial [10].

A evolução de matrículas de alunos com necessidades educacionais

especiais no ensino superior teve um crescimento significativo em 2005,

comparado aos anos de 2003 e 2004. A formação de professores

especializados foi um dos fatores nessa crescente quantidade de matrículas

[10].

Gráfico 4 - Evolução de matrículas das PNEE [10].

1%

24%

75%

Distribuição de professores formados para atender PNEE

Com Ensino Fundamental

Com Ensino Médio

Com Ensino Superior

Def. Auditiva Def. Física Def. Mental Def. Múltipla Def. Visual

665

1.387

96 83

920974

1.704

72 140

1.665

2.428

3.914

225515

3.418

Evolução de Matrículas de alunos com Deficiência

2003 2004 2005

17

Segundo pesquisa realizada pelo MEC, observa-se que a

informática é uma realidade positiva nas escolas para alunos com

necessidades educacionais especiais. Como é apresentado no Gráfico 5, no

ano de 2006 existiam 7053 escolas especiais (especializadas em educação

especial), sendo que 90% tinham computadores disponíveis para seus

alunos, e 63,4% tinham acesso à internet .

Gráfico 5 - Condições de Informática nas escolas especiais [10].

2.5. Deficiência Visual

Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), existem

aproximadamente 40 milhões de pessoas com necessidades especiais com

limitação visual no mundo, das quais 75% são provenientes de regiões de

baixo poder socioeconômico [11].

No Brasil, a incidência de Pessoas com Necessidade Educacionais

Especiais com limitação visual está na faixa de 1,0% a 1,5% da população,

sendo de uma entre 3 mil crianças com cegueira, e de uma entre 500

40,4 %

90 %

63,4 %

Informática nas 7.053 Escolas Especiais

Escolas com Laboratórios de Informática

Escolas com Computadores

Escolas com Acesso à Internet

18

crianças com baixa visão. A proporção é de 80% de pessoas com baixa

visão e de 20% de pessoas totalmente cegas [11].

Outra pesquisa aponta que a falta de atendimento especializado

está fortemente relacionada à origem dos problemas de visão. Segundo

pesquisa realizada pela OMS, acredita-se que 2/3 dos portadores de

deficiência visual, poderiam ter sua deficiência prevenida, evitada e até

mesmo curada se tivessem um atendimento oftalmológico imediato [12].

De acordo com o Decreto nº 3.298/99 e o Decreto nº 5.296/04,

conceitua-se como deficiência visual [13]:

Cegueira – na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no

melhor olho, com a melhor correção óptica;

Baixa Visão – significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor

olho, com a melhor correção óptica;

Os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em

ambos os olhos for igual ou menor que 60°;

Ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições

anteriores.

A partir da edição do Decreto nº 5.296/04 pessoas com baixa visão

também foram considerados como Deficientes Visuais. As pessoas com

baixa visão são aquelas que, mesmo usando óculos comuns, lentes de

contato, ou implantes de lentes intra-oculares, não conseguem ter uma visão

nítida. As pessoas com baixa visão podem ter sensibilidade ao contraste,

percepção das cores e intolerância à luminosidade, dependendo da

patologia causadora da perda visual [13].

Segundo TONET [12], a cegueira caracteriza-se como aquela

pessoa que possui perda total da visão ou perda da percepção da luz. A

cegueira é considerada como sendo uma deficiência de grau severo, mas

que pode ser amenizada por tratamento médico, reeducação e uso das

19

tecnologias assistivas1, tais como: bengala, sistema Braille, leitores de tela

com síntese de voz, Braille eletrônico, impressoras Brailles, etc.

TONET [12] define visão subnormal ou baixa visão, como aquela

pessoa que mesmo com a limitação visual utiliza ou é potencialmente capaz

de utilizar a visão para o planejamento ou execução de uma tarefa/atividade,

ou ainda, que seja capaz de perceber luminosidade até o grau em que a

deficiência visual interfira ou limite seu desempenho.

A deficiência visual é a situação de diminuição da resposta visual,

podendo ser de causa congênita ou hereditária, mesmo após tratamento

clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos [9]:

a) Deficiência congênita: aquelas provenientes desde o nascimento.

b) Deficiência adquirida: aquelas adquiridas ao longo da vida.

Gráfico 6 - Deficiência Visual Congênita e Adquirira [9].

2.6. Principais Causas da Deficiência Visual

Em uma pesquisa realizada no ano de 2004 pelo Setor de

Oftalmologia do HC da Unicamp (Hospital das Clínicas), concluiu-se que a

catarata é a maior causa de cegueira em Campinas, onde 40% dos casos a

catarata aparece como principal causa da perda da visão. Outras causas

prevalentes ou importantes foram retinopatia diabética (doença na retina),

com 16%, e glaucoma, com 11% [15].

1 Tecnologia assistiva: Ferramenta ou recurso utilizado com a finalidade de proporcionar

uma maior independência e autonomia à pessoa com deficiência [14].

20

Segundo oftalmologista Carlos Arieta, o percentual de deficiências

visuais causadas pela catarata em Campinas coincidiu com a incidência

média da doença na maior parte dos países. Segundo ele, a doença

responde por uma margem que vai de 40% a 60% dos casos de cegueira no

mundo [15].

2.7. Introdução ao Sistema Braille

O sistema Braille foi inventado na França em 1825, por um jovem

cego chamado Louis Braille. Ele se inspirou numa invenção denominada

sonografia ou código militar, desenvolvida por Charles Barbier, oficial do

exército francês, que tinha como objetivo possibilitar a comunicação noturna

entre oficiais nas campanhas de guerra [16].

Em 1854, o Sistema Braille foi adotado no Imperial Instituto dos

Meninos Cegos (hoje, Instituto Benjamin Constant), sendo a primeira

instituição na América Latina a utilizá-lo. Atualmente o Braille é usado no

mundo inteiro, para a educação e integração dos deficientes visuais na

sociedade [16].

O Sistema Braille é um sistema de leitura e escrita tátil que consta

de seis pontos em relevo, dispostos em duas colunas de três pontos. Os seis

pontos formam o que convencionou-se chamar de "cela Braille". Para

facilitar a sua identificação, os pontos são numerados em duas colunas [17]:

Do alto para baixo, coluna da esquerda: pontos 1-2-3;

Do alto para baixo, coluna da direita: pontos 4-5-6.

A diferente disposição desses seis pontos permite a formação de 63

combinações ou símbolos Braille, usados em todo o mundo para representar

letras, números, símbolos — usados na matemática, na química, na música,

na informática, e etc. [17].

21

2.7.1. A Cela Básica

Figura 1 - Cela Básica, Sistema Braille [17].

2.7.2. O Alfabeto Básico da Língua Portuguesa

Figura 2 - Alfabeto Básico, Sistema Braille [17].

2.8. Inclusão Digital de Deficientes Visuais

A Inclusão digital é considerada como um caminho essencial para a

inclusão social, pois proporciona igualdade de oportunidades na sociedade

da informação para qualquer pessoa, independente de suas deficiências

[18].

Segundo SANTAROSA, a informática é um meio extremamente

importante na inclusão digital e social de pessoas portadoras de deficiência

22

visual, além disso, é o meio de propiciar o acesso à informação de cidadãos

excluídos. SANTAROSA ainda diz que as tecnologias assistivas propiciam

aos deficientes visuais uma forma de compartilhar, aprender e interagir,

construindo coletivamente em uma sociedade que muitas vezes as exclui

[11].

As dificuldades e empecilhos que os deficientes visuais encontram

na utilização da informática como meio de estudo podem ser superados se

houver, acima de tudo, a vontade de construir, de superar, e de aceitar os

desafios existentes [8].

Segundo BRUMER, a falta ou redução de visão não é o principal

obstáculo para a inclusão dos portadores de deficiência visual como

cidadãos. Se existem condições de aprendizado e meios de desenvolver e

aplicar suas habilidades, os portadores de deficiência visual têm condições

para estudar, trabalhar e de participar da vida social, econômica, cultural e

política da sociedade [2].

Dessa forma, o acesso ao computador é uma ferramenta

extremamente importante no processo de inclusão social e digital, pois o

acesso à informação, a troca de experiências e a facilidade de comunicação

proporcionada pelo meio digital e pela internet contribuem para uma

sociedade mais inclusiva, além de gerar um grande diferencial no

aprendizado e na capacidade de ascensão financeira para o cidadão

deficiente [9] [19].

2.9. Como Deficientes Visuais Usam o Computador

Os deficientes visuais contam com a ajuda das tecnologias

assistivas para utilizarem computadores. As tecnologias mais conhecidas e

utilizadas no Brasil são os softwares chamados de leitores de tela e os

softwares ampliadores de tela [21].

Segundo MELO, os ampliadores de telas têm a função de ampliar e

modificar as cores na tela, visando melhorar a leitura de textos e a

23

percepção das imagens às pessoas com dificuldade em enxergar. São

exemplos deste tipo de tecnologia assistiva a Lente de Aumento do Sistema

Operacional Microsoft® Windows e a Lente Pro.

No caso dos Leitores de telas, a função do software é explicar o que

está sendo mostrado na tela por meio de sintetizadores de voz ou displays

em Braille, promovendo acesso à informação às pessoas cegas ou com

dificuldades de leitura. SPELA explica que termo "explicar" é usado ao invés

de "ler", porque, além de saber o que está escrito, os deficientes visuais

precisam saber se aquilo é um título, um campo de formulário, uma caixa de

diálogo, uma lista, ou um botão. São exemplos de leitores de telas: Jaws for

Windows, Virtual Vision, DosVox e NVDA. Todos estes leitores de tela foram

desenvolvidos para o ambiente Windows, porém já existem softwares

similares para Unix [21] [22].

No caso das pessoas deficientes visuais que utilizam leitores de

telas, a diferença está na ausência do mouse, pois todas as operações para

utilizar o software são realizadas pelo teclado, motivo pelo qual é necessário

que o deficiente visual domine a localização dos caracteres (teclas

alfanuméricas, símbolos e funções). Para facilitar o posicionamento no

teclado, os deficientes visuais contam com a presença de uma saliência nas

teclas F, J e no número 5 [21].

2.9.1. Acesso ao Computador sem Mouse

Existem várias dificuldades na utilização do mouse por pessoas com

deficiência visual, paralisia, amputação de um membro superior ou

dificuldade de controle dos movimentos. Em muitos casos, essas

dificuldades podem ser resolvidas através das opções de acessibilidade dos

sistemas operacionais. Por exemplo, no sistema operacional Windows, com

as teclas ―Ctrl+Esc‖ é possível abrir o menu "Iniciar" do Windows, navegar

entre os itens do menu com as setas do teclado, e pressionar a tecla "Enter"

ao invés de usar o botão esquerdo do mouse [22].

24

2.9.2. Acesso ao Computador sem Monitor

Segundo SPELTA, deficientes visuais com cegueira não precisam

utilizar um monitor para acessar o computador, pois essas informações são

captadas pelos softwares leitores de tela e então enviadas para um

sintetizador de voz ou para um terminal Braille [22].

2.9.3. Softwares Leitores de Tela

Além do software leitor de tela explicar o que é mostrado na tela, o

software tem que interagir com o usuário, pois este precisa ter o controle do

que está ouvindo, e pode precisar, por exemplo, configurar a velocidade que

um texto é lido, deixando a leitura mais lenta, ou voltar a leitura de uma

frase, ou soletrar uma palavra [22].

SPLETA explica que os softwares leitores de tela também possuem

limitações. Por exemplo, eles não são capazes de interpretar uma

informação apresentada em formato gráfico, mesmo que o seu conteúdo

seja um texto. Outro ponto importante é que, pelo fato dos deficientes visuais

substituírem a utilização do mouse, utilizando basicamente os recursos de

navegação através do teclado, se algum elemento apresentado na tela não

puder ser focado através dos recursos de navegação do teclado, dificilmente

ele será acessível a um usuário deficiente visual [22].

No caso específico da internet, para que os softwares leitores de tela

consigam explicar as informações corretamente dos sites, existem diversas

diretrizes e metodologias de programação que devem ser seguidas no

desenvolvimento desses sites [22].

2.9.3.1. Jaws

O software Jaws é um leitor de tela desenvolvido pela empresa

norte-americana Henter-Joyce, pertencente ao grupo Freedom Scientific.

25

Segundo SANTAROSA, estima-se que no ano de 2003, a quantidade de

usuários deste programa era em torno de 50.000, espalhados por vários

países [23].

O Jaws trabalha em ambiente Windows, nas versões Windows Vista,

Windows XP Professional, Windows XP Home, Windows XP Media Center

Edition, Windows 2008 Server, e Windows 2003 Server. O Jaws é um

software pago, e a versão básica tem um custo de $895.00 [24].

Após a instalação do software, é possível utilizar a grande maioria

dos aplicativos existentes para o ambiente Windows, como os aplicativos do

Office, o Internet Explorer, E-mail, Chat, entre diversos outros [23].

Figura 3 - Tela inicial do Jaws. Fonte: criação própria.

2.9.3.2. Virtual Vision

O software Virtual Vision é um leitor de tela desenvolvido pela

empresa brasileira MicroPower. A primeira versão foi lançada em janeiro de

1998. Sua última versão é a 6.0, e o valor da licença do software é de

R$1.440 para pessoa física, e R$1.800 para pessoa jurídica. Correntistas do

banco Real e do banco Bradesco podem adquirir uma licença gratuita do

software. Assim como o software Jaws, após a instalação do Virtual Vision é

possível utilizar a grande maioria dos aplicativos existentes para o ambiente

26

Windows, como os softwares Word, Excel, Internet Explorer, Outlook, MSN,

Skype, entre outros. [25].

Segundo informações divulgadas no site da MicroPower, o Virtual

Vision é atualmente acessado por aproximadamente 10 mil pessoas com

deficiência visual, sendo que cerca de 1.000 deles já se encontram

ocupados no mercado de trabalho [25].

2.9.3.3. Dosvox

O Dosvox, diferente do Jaws e Virtual Vision, é um sistema

operacional com mais de 80 softwares próprios, desenvolvidos

especialmente para deficientes visuais. Além disso, não existem custos para

utilizar o Dosvox [26].

Esse sistema operacional vem sendo desenvolvido desde 1993, pelo

Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de

Janeiro, sob a coordenação do professor José Antônio dos Santos Borges

[23].

Segundo SANTAROSA, uma das importantes características desse

sistema operacional é que ele foi desenvolvido com tecnologia totalmente

nacional, sendo o primeiro sistema comercial a sintetizar vocalmente textos

genéricos na língua portuguesa [23].

Segundo informações divulgadas no site do Dosvox, em dezembro

de 2002 existiam cerca de 6000 usuários no Brasil e alguns países da

América Latina utilizando esse sistema operacional. Nesta época, o número

desses usuários que acessavam a Internet era estimado em cerca de 1000

deficientes visuais [26].

Dentre as limitações do DOSVOX destaca-se o acesso à Internet,

que apresenta algumas restrições pelo fato da maioria das páginas

apresentarem figuras, gráficos e frames, o que torna difícil para o deficiente

visual compreender o que está sendo exibido na tela [23].

27

Figura 4 - Tela inicial do Dosvox. Fonte: Criação própria.

2.10. EAD - Ensino a Distância

A sigla EAD, cujo significado é ‗ensino a distância‘, é a modalidade

educacional alternativa para transmitir informações e instruções aos alunos,

sem que alunos e professores estejam localizados no mesmo espaço físico

[27].

ALMEIDA ainda define EAD como uma modalidade educacional cujo

desenvolvimento relaciona-se com a administração do tempo pelo aluno, o

desenvolvimento da autonomia para realizar as atividades indicadas no

momento em que considere adequado, o diálogo com os pares para a troca

de informações e o desenvolvimento de produções em colaboração [27].

Inicialmente, o EAD surgiu como uma modalidade educacional

alternativa para pessoas residentes em áreas isoladas e para aqueles que

não tinham condições de estudar nos períodos estabelecidos pelas

instituições de ensino. Dessa forma, as informações e instruções eram

transmitidas aos alunos pelo correio, e os professores, por sua vez,

recebiam destes as respostas às lições propostas [27].

28

O rádio e a televisão deram um novo impulso no EAD, favorecendo

a disseminação e a popularização do acesso à educação em diferentes

níveis, permitindo atender grande massa de alunos, onde o grande

diferencial era a emissão rápida de informações [27].

Com o advento da internet, evidenciou-se uma ampliação ao acesso

da educação, e com isso o surgimento dos ‗ambientes digitais de

aprendizagem‘, que são sistemas computacionais disponíveis na internet,

destinados ao suporte de atividades mediadas pelas TICs (tecnologias de

informação e comunicação). Através desses ambientes digitais de

aprendizagem, é possível integrar múltiplas mídias, linguagens e recursos,

apresentar informações de maneira organizada, desenvolver interações

entre pessoas, elaborar e socializar produções tendo em vista atingir

determinados objetivos [27].

No modelo do EAD usando a internet, através dos ambientes digitais

de aprendizagem, conta-se com a presença do professor para elaborar os

materiais instrucionais e planejar as estratégias de ensino e, na maioria das

situações, com um tutor encarregado de responder as dúvidas dos alunos de

forma online. É muito importante que o tutor compreenda a concepção do

curso e esteja devidamente preparado para orientar o aluno, pois do

contrário corre-se o risco de um atendimento inadequado que pode levar o

aluno a abandonar a possibilidade de interação com o tutor, passando a

trabalhar sozinho sem ter com quem dialogar a respeito de suas dificuldades

e progressos [27].

Atualmente, o EAD não é mais apenas uma modalidade educacional

alternativa e paliativa para atender alunos residentes em áreas isoladas, e

nem trata da simples mudança de conteúdos e métodos de ensino

presencial para o ensino a distância. Para o representante no Brasil da

Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura

(Unesco), Abdul Waheed Khan, o ensino a distância faz parte do cotidiano e

se tornou fundamental para se alcançar os objetivos mundiais de educação.

KHAN destaca que "O Brasil já é referência mundial em educação a

29

distância, pelo trabalho sério que vem realizando. Apostamos que será um

ponto determinante no desenvolvimento do País" [28].

É importante destacar que para desenvolver a educação a distância

através dos ambientes digitais de aprendizagem é necessário a preparação

de profissionais que possam implementar recursos tecnológicos (software)

condizentes com as necessidades educacionais, o que implica estruturar

equipes de interdisciplinares constituídas por educadores, profissionais de

design, programação e desenvolvimento de ambientes computacionais para

EAD, com competência na criação, gerenciamento e uso desses ambientes

[27].

2.10.1. A Evolução do EAD no Brasil

O ensino a distância está ganhando força a cada ano em nosso país.

No site do MEC são apresentados diversos projetos e investimentos que

estão sendo realizados no ano de 2009 para o incentivo e desenvolvimento

do ensino a distância. No dia 27 de maio de 2009, o Secretário de Educação

a Distância, Carlos Eduardo Bielschowsky, afirmou que "A educação a

distância tem contribuído para a democratização do acesso ao ensino

superior público". Essa afirmação foi feita na Comissão de Educação da

Câmara dos Deputados [29].

Na palestra de abertura dos trabalhos da comissão, Bielschowsky

apresentou dados da evolução da modalidade de educação a distância nos

últimos oito anos, que deu um salto de 1.682 para 760.599 alunos, de 2000

a 2008 [29].

Bielschowsky também abordou a formação profissional técnica a

distância, que revelou a meta de atender 200 mil alunos em mil até 2010. O

investimento para este ano no programa será de mais de R$ 160 milhões. "A

cultura da educação a distância é nova. Estamos construindo uma cultura

que possa se traduzir em ensino de qualidade", explica [30].

30

O Censo da Educação Superior de 2006 realizado pelo INEP (Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) apresenta

um grande crescimento nos cursos de ensino a distância. De 2003 a 2006

houve um aumento de 571% em número de cursos e de 315% no número de

matrículas. Em 2005, os alunos de EAD representavam 2,6% do universo

dos estudantes. Em 2006 essa participação passou a ser de 4,4% [31].

2.10.2. EAD para Deficientes Visuais usando a Internet

A sociedade deve propiciar as pessoas deficientes visuais condições

de acesso à educação, à aprendizagem e ao desenvolvimento, da mesma

forma que propicia para as pessoas com visão normal. A Internet e o uso

das TICs evidenciaram uma ampliação ao acesso da educação, dessa

forma, o EAD gera novas possibilidades de inclusão de pessoas com

deficiência visual no cenário educacional [32].

Em um trabalho realizado por SANTAROSA, MORO e ESTABEL,

onde o objetivo era que um deficiente visual realizasse um curso de HTML

(HyperText Markup Language) pela internet, é detalhado as barreiras e

dificuldades enfrentadas e superadas pelo aluno deficiente visual. É

importante destacar que o aluno deficiente visual já sabia usar um

computador e acessar a internet, porém, não conhecia o conteúdo do curso,

e nunca teve contato com desenvolvimento de páginas na internet [11].

Desde o primeiro momento, quando foi proposta a atividade de

desenvolvimento da página em HTML, tinha-se consciência do desafio que a

tarefa seria por causa da distância física e das limitações apresentadas pela

ausência de visão do aluno. No entanto, a experiência teve resultado

positivo, e o deficiente visual alcançou os objetivos de forma surpreendente,

conseguindo concluir o curso e desenvolver suas próprias páginas em

HTML. Segundo SANTAROSA, MORO e ESTABEL, esse trabalho foi uma

das experiências, com resultados positivos, que demonstram que o EAD

para deficientes visuais usando a internet é totalmente possível, e que essa

31

é uma metodologia de ensino importante e viável para inclusão digital e

social dos deficientes visuais [11].

Para tanto, existem itens fundamentais que devem ser analisados e

praticados para o sucesso do EAD para deficientes visuais [27]:

Conteúdo do curso disponibilizado: a criação e adaptação do

conteúdo dos cursos disponibilizados pela internet para

deficientes visuais precisam ser validados por pessoas

competentes, com conhecimento nos assuntos abordados no

curso, e especialização na modalidade de educação especial

para deficientes visuais. Além disso, os textos do conteúdo dos

cursos devem seguir as recomendações de conteúdo acessível

do W3C [27].

Estrutura do site que os cursos são disponibilizados: os sites

criados para o EAD pela internet para deficientes visuais devem

ser desenvolvidos utilizando padrões de programação

internacionais extremamente importantes para garantir a

acessibilidade aos deficientes visuais [27].

Conhecimento e preparação dos professores e tutores: é

fundamental que os professores e tutores que auxiliarão os

alunos tenham conhecimento no conteúdo apresentado e tenham

experiência na modalidade de ensino especial e ensino a

distância [27].

Acompanhamento na realização das atividades: o papel do

professor e do tutor no EAD é ser orientador do aluno,

acompanhar seu desenvolvimento no curso, estimular a

realização do curso, fazê-lo refletir, compreender os equívocos e

depurar suas produções [27].

32

2.10.3. Formação de Professores para Educação Especial

A utilização de ambientes digitais de aprendizagem a distância, em

um país nas dimensões do Brasil, constitui-se um dever social e ético, por

isso, é fundamental a formação de professores na área da educação

especial e na área da educação a distância [33].

Ações mobilizando a formação de professores nessas áreas vêm

sendo realizadas no Brasil desde 1999. Assim, por meio da Secretaria de

Educação Especial, o MEC criou o PROINESP (Programa Nacional de

Informática na Educação Especial) [34].

O PROINESP incentiva o uso pedagógico das TICs na educação

para alunos com necessidades educacionais especiais, disponibilizando

recursos tecnológicos em escolas públicas inclusivas e, simultaneamente,

formando, na dimensão técnica e metodológica, professores dessas

unidades educativas, criando estratégias pedagógicas e de acessibilidade

pela interface das TICs [33].

2.11. Acessibilidade

Segundo a legislação brasileira, acessibilidade é a ―possibilidade e

condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos

espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos

transportes e dos sistemas e meios de comunicação por pessoa portadora

de deficiência ou com mobilidade reduzida‖ [35].

A falta de acessibilidade dificulta, e chega até a impossibilitar o

convívio social, aumentando os níveis de exclusão social. A falta de

acessibilidade está diretamente ligada à qualificação e formação escolar de

pessoas com deficiência, fortemente impactada pela dificuldade de acesso

as escolas e universidades [9].

A acessibilidade está em edificações, nas ruas, no transporte público

e nas comunicações. Construção de rampas de acesso, mobiliário

apropriado, vias públicas rebaixadas, sinais sonoros e outras iniciativas

33

revelam-se imprescindíveis para permitir o desenvolvimento e a inclusão das

pessoas com deficiência [9].

É evidente que a acessibilidade é imprescindível na sociedade, pois

ela permite que todas as pessoas, independente de suas limitações físicas,

possam desfrutar das mesmas oportunidades em educação, saúde,

trabalho, lazer, turismo e cultura [9].

No Brasil, destacam-se as seguintes leis de acessibilidade [35]:

Lei nº 10.048/2000 – 08 de Novembro de 2000: aborda o

assunto de atendimento prioritário e de acessibilidade nos meios de

transportes e introduz penalidades ao não cumprimento da lei.

Lei nº 10.098/2000 – 19 de Dezembro de 2000: estabelece

normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade

das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida,

e dá outras providências.

Comitê CB-40 da ABNT (Associação Brasileira de Normas

Técnicas): dedica-se à normalização no campo de acessibilidade,

atendendo aos preceitos de desenho universal. Este Comitê possui

diversas comissões, definindo normas de acessibilidade em todos os

níveis, desde o espaço físico até o virtual.

2.11.1. Acessibilidade na Internet

Conforme definição do W3C (World Wide Web Consortium),

acessibilidade na internet significa prover recursos nos sites para que

pessoas com necessidades especiais tenham a capacidade de utilizar a

internet como outra pessoa qualquer [36].

Uma das regras básicas da acessibilidade na internet é em relação à

flexibilidade para atender diversos tipos de necessidades, situações e

preferências. Esta flexibilidade acaba beneficiando todas as pessoas que

usam a internet, inclusive aquelas sem qualquer tipo de limitação em

diferentes situações (pessoas que usam conexão lenta para acessar a

34

internet), pessoas com restrições temporárias (com um braço quebrado) e

pessoas idosas [36].

É fundamental proporcionar oportunidades iguais a todas as

pessoas. A participação de pessoas portadoras de necessidades especiais

na internet é extremamente importante, pois a internet exerce um papel

crescentemente nas diversas áreas como a educação, os negócios, o

comércio, o governo e recreação [36].

Atualmente existem milhões de pessoas portadoras de

necessidades especiais que tem o seu acesso a internet restrita, pois a

maioria dos sites tem barreiras de acessibilidade, que dificultam ou mesmo

tornam impossível o acesso ao site por essas pessoas [36].

Segundo SANTAROSA, o desenvolvimento de sites deve seguir

recomendações e princípios de acessibilidade para possibilitar o acesso

pelas pessoas com necessidades especiais [37].

Essas recomendações e princípios abordam dois eixos: assegurar

uma transformação harmoniosa, e tornar o conteúdo compreensível e

navegável [37]:

Assegurar uma transformação harmoniosa da informação:

deve-se apresentar a informação de mais de uma maneira. Por

exemplo: o que for áudio deve ter uma versão em texto; o que for

imagem deve ser descrito. Este princípio se justifica tanto em

função de possíveis limitações dos usuários quanto da existência

de tecnologias de qualidades distintas.

Fazer o conteúdo compreensível e navegável: deve-se utilizar

um estilo bem simples, observando a estrutura lógica do site, em

termos da compreensão dos seus diversos pontos de enlace. O

usuário pode ter dificuldades em compreender a informação, seja

devido ao idioma, seja devido ao contexto em que ela é

apresentada.

35

SANTAROSA e CONFORTO explicam que as causas mais

freqüentes da falta de acessibilidade em muitos sites na internet estão

muitas vezes associados [38]:

A falta de planejamento na estrutura do site, desorientando e

dificultando a navegação pelo usuário;

O uso abusivo de informações gráficas (imagens, mapas de

imagens, tabelas para formatar o conteúdo das páginas,

elementos multimídias, e etc.) sem proporcionar alternativas

adequadas de texto ou outro tipo de comentário.

Esse tipo de desenvolvimento de site gera problemas de

acessibilidade principalmente as pessoas com limitação visual, pois esses

dependem da informação que é falada pelos leitores de tela [38].

Segundo o W3C, o trabalho requerido para desenvolver um site

acessível depende de vários fatores, entre eles o tipo de conteúdo, o

tamanho e a complexidade do site, e das ferramentas e ambiente de

desenvolvimento [36].

Muitos dos aspectos da acessibilidade podem ser facilmente

implementados se forem planejados antes do início do desenvolvimento de

um novo site. Contudo, adaptar sites já existentes pode demandar uma

quantidade considerável de trabalho e esforço, especialmente para aqueles

sites que não seguem as recomendações do W3C [36].

2.11.1.1. W3C - World Wide Web Consortium

Criado por Tim Berners-Lee, o W3C é um consórcio internacional no

qual organizações filiadas, uma equipe em tempo integral e o público

trabalham juntos para desenvolver padrões para a internet. Berners-Lee

também é o criador da World Wide Web, criada em 1989 enquanto

trabalhava na Organização Européia para Pesquisa Nuclear [39].

36

Criada em 1994, a missão do W3C é conduzir a World Wide Web

para que atinja todo seu potencial, desenvolvendo protocolos e diretrizes

que garantam seu crescimento de longo prazo. O W3C já publicou mais de

110 desses padrões, denominados Recomendações do W3C, onde constam

recomendações de como desenvolver para a internet [39].

2.11.1.2. W3C-WAI - Web Accessibility Initiative

Em Outubro de 1997, o W3C lança o WAI (Web Accessibility

Initiative). Esta iniciativa tem como missão promover a acessibilidade na

internet para pessoas com deficiência. Entre várias atividades no domínio da

tecnologia, investigação e educação, destacam-se as relacionadas com o

desenvolvimento de normas de acessibilidade do conteúdo na internet, e de

ferramentas de criação de conteúdo [39].

2.11.1.3. WCAG - Web Content Accessibility Guidelines

Em Maio de 1999, o W3C-WAI publicou o documento WCAG 1.0

(Web Content Accessibility Guidelines), primeiro documento que serve de

referência mundial para a acessibilidade na internet, onde constam

recomendações de acessibilidade de conteúdo para internet, abordando

técnicas a serem implementadas por designers e desenvolvedores na

internet. Um site seguindo os WCAG irá beneficiar as pessoas portadoras de

deficiências, mas estende benefícios para usuários em diversas situações,

tais como: usuários de dispositivo móvel com tela pequena, acesso à

internet com conexão lenta, equipamento sem áudio, navegadores que não

são comuns na internet, ambiente com ruídos ou com luminosidade precária,

usuários temporariamente impossibilitados de exercer certas ações e idosos

[40].

Em Dezembro de 2008, o W3C-WAI publicou a versão WCAG 2.0.

Embora seja possível estar em conformidade com a WCAG 1.0 ou com a

WCAG 2.0 (ou ambos), o W3C recomenda que conteúdos novos e

atualizações usem o WCAG 2.0 [42].

37

A WCAG é, a princípio, direcionada para [40]:

Desenvolvedores de conteúdo para internet (autores de páginas

de internet, projetistas de sites, etc.).

Desenvolvedores de ferramentas para internet.

Desenvolvedores de ferramentas de avaliação da acessibilidade.

2.11.1.4. Recomendações do WCAG

Segundo o W3C, as recomendações do WCAG proporcionam, a

qualquer usuário, acesso mais rápido às informações na internet. Estas

recomendações não visam restringir a utilização de imagem ou vídeo, mas

sim explicam como tornar o conteúdo mais acessível a um público mais

vasto [41].

O WCAG 1.0, descreve quatorze princípios ou diretrizes que

abordam questões acessibilidade na internet. Embora já exista a versão do

WCAG 2.0, os quatorzes princípios publicados na versão 1.0 continuam

válidas para a versão 2.0 [41]:

Recomendação 1 - Fornecer alternativas equivalentes ao

conteúdo sonoro e visual: Proporcionar conteúdo que, ao ser

apresentado ao usuário, transmita, em essência, as mesmas

funções e finalidade que o conteúdo sonoro ou visual.

Recomendação 2 - Não recorrer apenas à cor: Assegurar a

percepção do texto e dos elementos gráficos quando vistos sem

cores.

Recomendação 3 - Utilizar corretamente marcações e folhas de

estilo: Marcar os documentos com os elementos estruturais

adequados. Controlar a apresentação por meio de folhas de estilo,

em vez de elementos de apresentação e atributos.

38

Recomendação 4 - Indicar claramente qual o idioma utilizado:

Utilizar marcações que facilitem a pronúncia e a interpretação de

abreviaturas ou texto em língua estrangeira.

Recomendação 5 - Criar tabelas passíveis de transformação

harmoniosa: Assegurar que as tabelas têm as marcações

necessárias para poderem ser transformadas harmoniosamente

por navegadores acessíveis e outros agentes do usuário.

Recomendação 6 - Assegurar que as páginas dotadas de novas

tecnologias sejam transformadas harmoniosamente: Assegurar

que as páginas são acessíveis mesmo quando as tecnologias

mais recentes não forem suportadas ou tenham sido desativadas.

Recomendação 7 - Assegurar o controle do usuário sobre as

alterações temporais do conteúdo: Assegurar a possibilidade de

interrupção momentânea ou definitiva do movimento, intermitência,

transcurso ou atualização automática de objetos ou páginas.

Recomendação 8 - Assegurar a acessibilidade direta de

interfaces do usuário integradas: Assegurar que a interface do

usuário obedeça a princípios de design para a acessibilidade:

acesso independente de dispositivos, operacionalidade pelo

teclado, emissão automática de voz (verbalização).

Recomendação 9 - Projetar páginas considerando a

independência de dispositivos: Utilizar funções que permitam a

ativação de elementos de página por meio de uma grande

variedade de dispositivos de entrada de comandos.

Recomendação 10 - Utilizar soluções de transição: Utilizar

soluções de acessibilidade transitórias, para que as tecnologias de

apoio e os navegadores mais antigos funcionem corretamente.

39

Recomendação 11 - Utilizar tecnologias e recomendações do

W3C: Utilizar tecnologias do W3C (de acordo com suas

especificações) e seguir as recomendações de acessibilidade.

Quando não for possível utilizar tecnologia, ou quando tal

utilização produzir materiais que não possam ser objeto de

transformação harmoniosa, fornecer uma versão alternativa,

acessível, do conteúdo.

Recomendação 12 - Fornecer informações de contexto e

orientações: Fornecer contexto e orientações para ajudar os

usuários a compreenderem páginas ou elementos complexos.

Recomendação 13 - Fornecer mecanismos de navegação claros:

Fornecer mecanismos de navegação coerentes e sistematizados,

informações de orientação, barras de navegação, mapa do site,

para aumentar as probabilidades de uma pessoa encontrar o que

procura em um determinado site.

Recomendação 14 - Assegurar a clareza e a simplicidade dos

documentos: Assegurar a produção de documentos claros e

simples, para que sejam mais fáceis de compreender.

2.11.1.5. WCAG – Pontos de Verificação e Níveis de

Prioridade

Para cada uma das 14 recomendações, o WCAG apresenta pontos

de verificação que devem ser implementados e alcançados para que sites

fiquem de acordo com os padrões de acessibilidade do W3C-WAI. Cada um

dos pontos de verificação foi elaborado de forma que fosse suficientemente

específico, permitindo que qualquer pessoa que examine a página ou site

possa verificar facilmente se o ponto de verificação em questão foi satisfeito

[41].

40

Existem 3 níveis de prioridade, onde o grupo de determinados

pontos de verificação são atribuídos a um dos níveis, com base no

respectivo impacto, em termos de acessibilidade [41].

Nível de Prioridade 1 - Pontos que os desenvolvedores de

conteúdo para internet devem satisfazer inteiramente. Se não o fizerem, um

ou mais grupos de usuários ficarão impossibilitados de acessar as

informações contidas no documento. A satisfação desse tipo de pontos é um

requisito básico para que determinados grupos possam acessar documentos

disponíveis na internet [43].

Pontos de verificação:

1. Fornecer um equivalente textual a cada elemento não textual.

Isso abrange: imagens, representações gráficas do texto, etc.

2. Assegurar que todas as informações veiculadas com cor

estejam também disponíveis sem cor.

3. Identificar claramente quaisquer mudanças de idioma no texto

de um documento, bem como nos equivalentes textuais. Exemplo:

legendas.

4. Organizar os documentos de tal forma que possam ser lidos

sem recurso a folhas de estilo.

5. Assegurar que os equivalentes de conteúdo dinâmico sejam

atualizados sempre que esse conteúdo mudar.

6. Evitar concepções que possam provocar interrupção

momentânea na tela, até que os dispositivos de auxílio do usuário

possibilitem o seu controle.

7. Utilizar linguagem a mais clara e simples possível, adequada

ao conteúdo do site.

Na utilização de imagens, abaixo dois pontos de verificação:

8. Fornecer links de texto redundantes relativos a cada região

ativa de um mapa de imagem armazenado no servidor.

41

9. Fornecer mapas de imagem armazenados no cliente ao invés

de no servidor, exceto quando as regiões não puderem ser definidas

por forma geométrica disponível.

Na utilização de tabelas, abaixo dois pontos de verificação:

10. Em tabelas de dados, identificar os cabeçalhos de linha e de

coluna.

11. Em tabelas de dados com dois ou mais níveis lógicos de

cabeçalhos de linha ou de coluna, utilizar marcações para associar as

células de dados às células de cabeçalho.

Na utilização de frames, abaixo um ponto de verificação:

12. Disponibilizar, a cada frame, um título que facilite a

identificação dos frames e sua navegação

Na utilização de frames, abaixo um ponto de verificação:

13. Assegurar que todas as páginas possam ser utilizadas mesmo

que os programas interpretáveis, os applets ou outros objetos

programados tenham sido desativados ou não sejam suportados. Se

isso não for possível, fornecer informações equivalentes em uma

página alternativa, acessível.

Na utilização de multimídia, abaixo dois pontos de verificação:

14. Fornecer uma descrição sonora das informações importantes

veiculadas em trechos visuais das apresentações multimídia, até que

os agentes do usuário consigam ler, automaticamente e em voz alta,

o equivalente textual dos trechos visuais.

15. Em apresentações multimídia baseadas em tempo (filme ou

animação), sincronizar as alternativas equivalentes (legendas ou

descrições sonoras dos trechos visuais) e a apresentação.

No item 16, é apresentada uma solução caso os pontos de verificação

não tenha sido atendidos:

42

16. Fornecer um link a uma página alternativa que utilize

tecnologias do W3C, que seja acessível, contenha informações (ou

funcionalidades) equivalentes e seja atualizada tão freqüentemente

quanto à página original, considerada inacessível.

Nível de Prioridade 2 - Pontos que os desenvolvedores de

conteúdo para internet deveriam satisfazer. Se não o fizerem, um ou mais

grupos de usuários terão dificuldades em acessar as informações contidas

no documento. A satisfação desse tipo de pontos promoverá a remoção de

barreiras significativas ao acesso a documentos disponíveis na internet [43].

Pontos de verificação:

1. Assegurar que a combinação de cores entre o fundo e o

primeiro plano seja suficientemente contrastante para poder ser vista

por pessoas com cromodeficiências, bem como pelas que utilizam

monitores de vídeo monocromático.

2. Sempre que existir uma linguagem de marcação apropriada,

utilizar marcações em vez de imagens para transmitir informações.

3. Criar documentos passíveis de validação por gramáticas

formais, publicadas.

4. Utilizar folhas de estilo para controlar a paginação (disposição

em página) e a apresentação.

5. Utilizar unidades relativas, e não absolutas, nos valores dos

atributos da linguagem de marcação e nos valores das propriedades

das folhas de estilo.

6. Utilizar elementos de cabeçalho indicativos da estrutura do

documento, de acordo com as especificações.

7. Marcar corretamente listas e pontos de enumeração em listas.

8. Marcar as citações. Não utilizar marcações de citação para

efeitos de formatação, como, por exemplo, o avanço de texto.

9. Assegurar a acessibilidade do conteúdo dinâmico ou fornecer

apresentação ou páginas alternativas.

43

10. Evitar situações que possam provocar o piscar do conteúdo

das páginas (isto é, alterar a apresentação a intervalos regulares,

como ligar e desligar), até que os agentes do usuário possibilitem o

controle desse efeito.

11. Não criar páginas de atualização automática periódica, até que

os agentes do usuário possibilitem parar essa atualização.

12. Não utilizar marcações para redirecionar as páginas

automaticamente, até que os agentes do usuário possibilitem parar o

redirecionamento automático. Ao invés de utilizar marcações,

configurar o servidor para que execute os redirecionamentos.

13. Não provocar o aparecimento de janelas de sobreposição ou

outras quaisquer, e não fazer com que o conteúdo da janela atual

seja modificado sem que o usuário seja informado disso, até que os

agentes do usuário tornem possível a desativação de janelas

secundárias.

14. Utilizar tecnologias do W3C sempre disponíveis e adequadas a

uma determinada tarefa; utilizar as versões mais recentes, desde que

suportadas.

15. Evitar funcionalidades desatualizadas de tecnologias do W3C.

16. Dividir grandes blocos de informação em grupos mais fáceis

de gerenciar, sempre que for o caso.

17. Identificar claramente o destino de cada link.

18. Fornecer informações de dados para acrescentar informações

semânticas a páginas ou sites.

19. Dar informações sobre a organização geral de um site.

20. Utilizar os mecanismos de navegação de maneira coerente e

sistemática.

Na utilização de tabelas, abaixo dois pontos de verificação:

21. Não utilizar tabelas para efeitos de disposição em página, a

não ser que a tabela continue a fazer sentido depois de ser

linearizada. Se não for o caso, fornecer um equivalente alternativo.

44

22. Se for utilizada uma tabela para efeitos de disposição em

página, não utilizar qualquer marcação estrutural para efeitos de

formatação visual.

Na utilização de frames, abaixo um ponto de verificação:

23. Descrever a finalidade dos frames e o modo como se

relacionam entre si, se isso não for óbvio a partir unicamente dos

títulos.

Na utilização de formulários, abaixo dois pontos de verificação:

24. Assegurar o correto posicionamento de todos os controles de

formulários que tenham rótulos implicitamente associados, até que os

agentes do usuário venham a suportar associações explícitas entre

rótulos e controles de formulários.

25. Associar explicitamente os rótulos aos respectivos controles.

Na utilização de applets e scripts, abaixo cinco pontos de verificação:

26. Em programas interpretáveis e applets, assegurar que a

resposta a eventos seja independente do dispositivo de entrada.

27. Evitar páginas contendo movimento, até que os agentes do

usuário possibilitem a imobilização do conteúdo.

28. Criar elementos de programação, tais como programas

interpretáveis e applets, diretamente acessíveis pelas tecnologias de

apoio ou com elas compatíveis

29. Assegurar que qualquer elemento dotado de interface própria

possa funcionar de modo independente de dispositivos.

30. Em programas interpretáveis, especificar respostas a eventos,

preferindo-as a rotinas dependentes de dispositivos.

Nível de Prioridade 3 - Pontos que os desenvolvedores de

conteúdo para internet podem satisfazer. Se não o fizerem, um ou mais

grupos poderão se deparar com algumas dificuldades em acessar

45

informações contidas nos documentos. A satisfação deste tipo de pontos irá

melhorar o acesso a documentos armazenados na internet [43].

Ponto de Verificação:

1. Especificar por extenso, cada abreviatura ou sigla quando da

sua primeira ocorrência em um documento.

2. Identificar o principal idioma utilizado nos documentos.

3. Criar uma seqüência lógica de tabulação para percorrer links,

controles de formulários e objetos.

4. Fornecer atalhos por teclado que apontem para links

importantes (incluindo os contidos em mapas de imagem

armazenados no cliente), controles de formulários e grupo de

controles de formulários.

5. Inserir, entre links adjacentes, caracteres que não funcionem

como link e sejam passíveis de impressão (com um espaço de início

e outro de fim), até que os agentes do usuário (incluindo as

tecnologias de apoio) reproduzam clara e distintamente os links

adjacentes.

6. Fornecer informações que possibilitem aos usuários receber os

documentos de acordo com as suas preferências (por ex., por idioma

ou por tipo de conteúdo)

7. Fornecer barras de navegação para destacar e dar acesso ao

mecanismo de navegação.

8. Agrupar links relacionados entre si, identificar o grupo (em

benefício dos agentes do usuário) e, até que os agentes do usuário

se encarreguem de tal função, fornecer um modo de contornar

determinado grupo.

9. Se forem oferecidas funções de pesquisa, ativar diferentes

tipos de pesquisa de modo a corresponderem a diferentes níveis de

competência e às preferências dos usuários.

10. Colocar informações para identificação no início de

cabeçalhos, parágrafos, listas e etc.

46

11. Fornecer informações sobre coleções de documentos (isto é,

documentos compostos por várias páginas).

12. Fornecer meios para ignorar inserções de arte ASCII com

várias linhas.

13. Complementar o texto com apresentações gráficas ou

sonoras, sempre que facilitarem a compreensão da página.

14. Criar um estilo de apresentação coerente e sistemático, ao

longo das diferentes páginas.

Na utilização de imagens e mapas de imagens, abaixo um ponto de

verificação:

15. Fornecer links textuais redundantes para cada região ativa dos

mapas de imagem no cliente, até que os agentes do usuário

proporcionem equivalentes textuais dos links a mapas de imagem

armazenados no cliente.

Na utilização de tabelas, abaixo três pontos de verificação:

16. Fornecer resumos das tabelas.

17. Fornecer abreviaturas para os rótulos de cabeçalho.

18. Proporcionar uma alternativa de texto linear (na mesma ou em

outra página), em relação a todas as tabelas que apresentem o texto

em colunas paralelas e com mudanças de linha, até que os agentes

do usuário (incluindo as tecnologias de apoio) reproduzam

corretamente texto colocado lado a lado.

2.11.1.6. WCAG - Selos de Conformidade de Acessibilidade

Com a finalidade de promover a acessibilidade na internet, criaram-

se os selos de conformidade com as WCAG 1.0 e as WCAG 2.0.

Desenvolvedores de site usam esses selos para indicar a conformidade com

determinado nível de prioridade que o site atende [38].

47

Nível "A" de conformidade: todos os pontos de verificação para

Prioridade 1 são satisfeitos.

Nível "Duplo-A" de conformidade: todos os pontos de

verificação para Prioridade 1 e 2 são satisfeitos.

Nível "Triplo-A" de conformidade: todos os pontos de

verificação para Prioridade 1, 2 e 3 são satisfeitos.

Figura 5 - Selos de conformidade do WCAG 1.0 [38].

2.11.1.7. Responsabilidade pelo nível de Acessibilidade

Segundo o W3C, os desenvolvedores de sites são os únicos

responsáveis pelo uso dos selos. É importante que antes de utilizar um selo

de conformidade, o desenvolvedor conheça bem as WCAG, e utilize vários

métodos de revisões e verificações para ter certeza que o conteúdo esteja

realmente em conformidade com o nível solicitado [44].

Além disso, qualquer pessoa responsável pela atualização ou

manutenção do site deve conhecer o significado do uso do selo de

conformidade, e a cada atualização do site de ser feita uma nova verificação,

para que tenha certeza que o site continue seguindo a recomendações do

W3C-WAI. Caso a atualização no site interfira negativamente em alguma

recomendação do WCAG, o selo de conformidade deverá ser retirado [44].

Por padrão um selo de conformidade refere-se a uma página

somente. Se a indicação de conformidade for para mais de uma página o

selo de conformidade deverá ser complementado com informações

explicando quais são as páginas indicadas com as conformidades [26].

48

2.11.2. Desenvolvendo Sites Acessíveis

Segundo Departamento de Governo Eletrônico Brasileiro, padrões

web são especificações estabelecidas pelo W3C, utilizadas na criação e

interpretação do conteúdo da internet. Essas tecnologias são desenvolvidas

prevendo a acessibilidade de sites ao maior grupo de pessoas possível [45].

Quando um site segue os padrões web, significa que [45]:

É escrito em uma linguagem de marcação válida, mais

comumente em HTML (HyperText Markup Language) ou XHTML

(eXtensible Hypertext Markup Language);

Utiliza folhas de estilo CSS (Cascading Style Sheets) para a

apresentação;

Está estruturado de forma semântica;

Funciona em qualquer navegador ou dispositivo que acesse a

rede.

Desenvolver um documento com uma estrutura semântica significa

utilizar os elementos da linguagem de acordo com a função para as quais

foram criados [45].

Embora o desenvolvimento utilizando padrões web requeira um

maior esforço inicial, os padrões web oferecem uma série de benefícios [45]:

Simplifica o desenvolvimento e a manutenção: Os ciclos de

desenvolvimento e manutenção são mais curtos, pois o código é

menor, sem tabelas de estrutura ou elementos desnecessários;

Independência de legado: Utilizar e conhecer os padrões web

permite que os membros da equipe compreendam o código

independente de quem o tenha escrito;

Estabelece métricas consistentes: O desenvolvimento

seguindo os padrões web tem parâmetros consistentes de

qualidade de código;

Compatibilidade com navegadores futuros e outros

dispositivos: Utilizar os padrões web reduz o risco das páginas

49

não serem funcionais em outros dispositivos ou navegadores

futuros;

Carregamento e apresentação de página mais ágil: A

utilização de padrões web incorre em menos código escrito e os

navegadores conseguem montar a página de forma mais ágil;

Melhora na acessibilidade: Separar a estrutura da

apresentação auxilia a interpretação do conteúdo por leitores de

tela e dispositivos alternativos de navegação;

Melhor posicionamento nos resultados de busca: Assim

como a separação do conteúdo da apresentação facilita a

acessibilidade também o torna mais representativo aos motores

de busca;

Facilidade de evoluir e adaptar: A adoção de padrões web

facilita a transposição para outras mídias, como a impressão das

páginas e outros dispositivos como celulares;

Diminuição nos custos de hospedagem, manutenção e

banda: O redesenho de páginas seguindo os padrões web tem

um impacto no tamanho/peso dos arquivos e uma diminuição no

tempo de carregamento e número de arquivos requisitados,

reduzindo os custos com hospedagem e banda.

Segundo os documentos de padrão web do W3C, um site deve ser

organizado em camadas de conteúdo, de apresentação e de comportamento

[45]:

Camada de conteúdo: O desenvolvimento da página de internet

deve sempre começar por essa camada, porque dessa forma, o

restante do desenvolvimento vai depender de como foi

estruturado o conteúdo. Caso o conteúdo não tenha sido bem

estruturado, é provável que as camadas posteriores apresentem

problemas e dificuldades no desenvolvimento, que seriam

facilmente resolvidas se a camada de conteúdo tivesse sido

construída corretamente. Para desenvolver essa camada são

50

utilizadas linguagens de estruturação como HTML e XHTML. O

conteúdo é dividido em partes lógicas com seus blocos de

informações, utilizando os elementos corretos na sua marcação

[45].

Camada de apresentação: A camada de apresentação é a parte

visual do conteúdo. Ela deve ser construída após a camada de

conteúdo. Para desenvolver essa camada é utilizada a linguagem

CSS. O desenvolvimento dessa camada deve ter como objetivo

principal a simplicidade [45].

Camada de Comportamento: É utilizada para modificar o

comportamento dos elementos presentes na camada de

conteúdo, visando melhorar a experiência do usuário. Essa

camada é opcional e geralmente, não suportada por dispositivos

mais antigos. A página ou aplicação deve funcionar na ausência

dessa camada. Para desenvolver essa camada é utilizada a

linguagem Java Script [45].

2.11.2.1. Exemplos de códigos acessíveis

Existem diversos códigos disponibilizados no documento do WCAG

que servem como base para a criação de sites acessíveis. Nos códigos a

seguir são apresentados apenas alguns exemplos de códigos seguindo as

recomendações de acessibilidade do WCAG [40].

2.11.2.1.1. Formulários Acessíveis

Para tornar um formulário HTML acessível, primeiramente é preciso

organizá-lo de forma compreensível, tanto na sua formatação quanto

visualmente. O formulário deve ser acessível não só pelos programas

leitores de tela, mas pelas pessoas que utilizam navegadores gráficos [46].

Os elementos básicos para a construção de um formulário são:

51

FORM: o grupo de elementos do formulário;

INPUT: que específica vários tipos de campos como text, submit,

button, radio, button e checkbox:

TEXTAREA: campo de texto multi-linha, como observações e

comentários;

SELECT: Utilizado para listas selecionáveis (como um menu);

BUTTON: Utilizado para botões.

Depois da criação do formulário com os elementos básicos de

construção, é necessário adicionar elementos que garantam a acessibilidade

dos formulários. Alguns desses elementos são: LABEL, FIELDSET e,

LEGEND [46].

O elemento LABEL é utilizado, em conjunto com o atributo "id" para

relacionar de forma clara o elemento ao seu rótulo. O elemento LABEL pode

ser usado em conjunto com todos os elementos de formulário, exceto o

elemento BUTTON [46].

O elemento FIELDSET é utilizado para agrupar os itens de

formulários com características em comum. Além disso, ele é utilizado em

conjunto com o elemento LEGEND, que melhora a acessibilidade do

elemento FIELDSET quando este não é visível em navegadores gráficos

[46].

Figura 6 - Código HTML de formulário acessível [46].

52

Figura 7 - Formulário acessível visualizado através de um navegador [46].

2.11.2.1.2. Utilizando Texto Alternativo em Imagem

Um texto alternativo é utilizado para elementos não textuais em uma

página HTML. No caso dos deficientes visuais que utilizam leitores de tela

para navegar na internet, é extremamente importante que os sites utilizem

textos alternativos nas imagens apresentadas, pois os navegadores de tela

não conseguem ‗ler‘ uma imagem, e por isso, os textos alternativos precisam

explicar e detalhar o conteúdo de cada imagem apresentado no site [47].

O texto alternativo é implementado através do atributo ALT, e deve

ser usado em conjunto com a tag IMG. Segundo o W3C, toda a imagem

deve ter o atributo ALT mesmo que vazio ou nulo, pois isto é um requisito

dos padrões de internet. Imagens sem o atributo ALT são inacessíveis.

Quando os leitores de tela encontram uma imagem sem o atributo ALT eles

extraem a informação de outro lugar, como o nome do arquivo da imagem,

suas dimensões ou sua localização, ou seja, dados que não representam a

função e conteúdo da imagem [47].

Dentre algumas características do atributo ALT, destacam-se os

itens a seguir [47]:

O texto apresentado dentro do atributo ALT de ser equivalente e

representar o mesmo conteúdo e função da imagem;

O texto deve ser escrito de forma resumida, com poucas palavras

ou uma frase curta.

53

Figura 8 - Código HTML para exibir imagem com texto alternativo [47].

2.11.3. Avaliadores e Validadores Automáticos de

Acessibilidade

Segundo o Departamento de Governo Eletrônico Brasileiro, em sua

Cartilha Técnica de Acessibilidade, é explicado que as recomendações do

W3C apenas orientam os desenvolvedores de como eles devem

desenvolver um site para que os requisitos de acessibilidade sejam

cumpridos, por isso é recomendável, e super importante, que os sites sejam

avaliados e validados por softwares de acessibilidade, e softwares

específicos para pessoas portadores de necessidade especiais, como por

exemplo, os programas leitores de tela utilizados por deficientes visuais [48].

Esses softwares avaliadores e validadores de acessibilidade fazem

uma pesquisa automática no código do site, emitindo relatórios onde

constam erros e avisos de acordo com as recomendações sugeridas no

documento do WCAG. Os erros são códigos HTML identificados pelo

software como códigos que irão dificultar ou até mesmo impossibilitar o

acesso ao conteúdo por determinado grupo de usuários. Os avisos são os

códigos que o software não conseguiu identificar como erro, mas que podem

vir a causar alguma dificuldade de acesso ao conteúdo e, por isso, precisam

ser verificados pelo desenvolvedor de forma manual [41].

ESTABEL, MORO E SANTAROSA explicam que ao término do

desenvolvimento de um site, é muito importante verificar se o site atende aos

critérios de acessibilidade, submetendo-o aos softwares automáticos, com o

objetivo de garantir uma acessibilidade adequada [11].

54

Com base nas recomendações internacionais do W3C-WAI, foram

desenvolvidos softwares que avaliam o nível de acessibilidade em sites na

Internet. Os softwares mais conhecidos e usados são [11]:

W3C Validator : http://validator.w3.org

DaSilva : http://www.dasilva.org.br

oTAW : http://www.tawdis.net

Bobby : http://www.cast.org/bobby

Os sites validados positivamente por esses softwares poderão

utilizar os selos de conformidade de acessibilidade, sendo que o resultado

da validação determinará qual o nível do selo que poderá ser utilizado no

site [38].

Conforme orientações do W3C, é importante que desde o início do

desenvolvimento de um site sejam realizadas avaliações e validações do

site, com o objetivo de garantir sua acessibilidade. Uma maneira para

efetuar o teste de site, após ter usado as recomendações acessibilidade do

WCAG, é realizando as verificações a seguir [41]:

1. Utilizar softwares automáticos de avaliação e validação de

acessibilidade, e ferramentas de validação de navegadores.

2. Validar a sintaxe do site (por exemplo, o HTML, XML, etc.).

3. Validar as folhas de estilo (por exemplo, o CSS).

4. Utilizar um navegador só de texto ou um emulador.

5. Utilizar vários navegadores gráficos com:

O som e os gráficos ativos;

Sem gráficos;

Sem mouse;

Sem carregar frames, programas interpretáveis, folhas de

estilo ou applets.

55

6. Utilizar vários navegadores, antigos e recentes.

7. Utilizar um navegador de emissão automática de fala, com leitores

de tela, com software de ampliação, monitores monocromáticos, etc.

8. Utilizar corretores ortográficos e gramaticais. Um usuário que

utilize para ler uma página um sintetizador de voz pode não ser

capaz de decifrar a melhor aproximação do sintetizador a uma

palavra que contém um erro ortográfico. A eliminação dos problemas

gramaticais aumenta o grau de compreensão.

9. Rever o documento, verificando-lhe a clareza e a simplicidade. A

estatística de legibilidade, como a que é gerada por alguns

programas de tratamento de texto, pode ser um valioso indicador da

clareza e simplicidade da redação. É fundamental submeter o

documento a um revisor literário experiente para rever o conteúdo

escrito e avaliar a clareza da redação, podendo também, identificar

questões culturais potencialmente delicadas que possam decorrer

do tipo de linguagem ou do emprego dos ícones.

10. Validar as páginas com usuários reais. Esses usuários, com ou

sem experiência, são uma fonte inestimável de informações sobre o

estado da página ou site, no que diz respeito ao seu grau de

acessibilidade e de facilidade de utilização.

Além dos Selos de Conformidade de Acessibilidade disponibilizados

pelo W3C, existem dois outros selos que são usados quando um validador

avalia e aprova o código XHTML e o código CSS de um site. As validações

são realizadas de acordo com as recomendações estabelecidas nos

documentos de padronização web do W3C. As validações do XHTML e do

CSS são realizadas no site W3C Validator - http://validator.w3.org [49].

56

Figura 9 - Selos usados quando o XHTML e CSS do site são válidos [49].

57

CAPÍTULO 3 – MATERIAIS E MÉTODOS

O projeto final se dá pela realização do curso de HTML por pessoas

deficientes visuais (através do site www.cursodehtml.com.br), e pelo

conhecimento que esses alunos devem adquirir na realização do mesmo.

Para que isso fosse possível, os seguintes requisitos foram essenciais

no desenvolvimento desse projeto:

1. Desenvolvimento do site www.cursodehtml.com.br seguindo as

recomendações de acessibilidade do W3C.

2. Conteúdo do curso desenvolvido e adaptado para atender

pessoas com deficiência visual.

3. Testes e validações realizadas em todo o site para garantir a

acessibilidade.

4. Acompanhamento e tutoria na realização do curso para os alunos

deficientes visuais.

Para atender esses requisitos, foram usadas diversas metodologias

de desenvolvimento, técnicas de acessibilidade e tecnologias, no qual são

apresentados a seguir. Após a explanação desses requisitos, é apresentado

o conteúdo do curso de HTML, e as ferramentas e exercícios disponíveis

para a avaliação do conhecimento adquirido pelos alunos deficientes visuais.

3.1. Metodologias no desenvolvimento do site

3.1.1. Acessibilidade

Conforme a heurística de acessibilidade apresentado na revisão

bibliográfica, antes de iniciar o desenvolvimento de um site acessível é

necessário observar a estrutura do site a ser desenvolvido, analisando as

diversas possibilidades de navegação dentro do site.

58

O site www.cursodehtml.com.br foi desenhado e planejado antes de

iniciar-se o desenvolvimento dos códigos e do banco de dados, e dessa

forma, foi possível definir quais as páginas necessárias que deveriam ser

desenvolvidas, qual o objetivo de cada página, e qual o fluxo para que uma

determinada página fosse acessada.

Além disso, nessa análise foi possível identificar todas as

funcionalidades necessárias que o site deveria contemplar para atender os

alunos deficientes visuais. A seguir destacam-se duas funcionalidades

essenciais em sites para deficientes visuais, ambas aplicadas nesse projeto:

Recursos para aumentar ou diminuir os textos apresentados no

site: esse recurso é utilizado por deficientes visuais que

apresentam baixa visão, e que necessitam de recursos para

controlar o tamanho dos textos do site.

Recurso para alterar o contraste das cores do site: esse recurso é

necessário para as pessoas com baixa visão, que podem ter

sensibilidade ao contraste, percepção das cores e intolerância à

luminosidade.

Ambas as funcionalidades foram desenvolvidas usando a linguagem

Java Script, no qual é explicada em capítulos posteriores.

3.1.2. Padrões Web

Conforme explanado na revisão bibliográfica, o desenvolvimento de

um site acessível deve seguir os padrões web estabelecidos pelo W3C. No

desenvolvimento do site www.cursodehtml.com.br foram seguidos todos os

padrões web propostos pelo W3C. A seguir são apresentados os padrões

utilizados:

Desenvolvimento do site através da linguagem XHTML, que é uma

linguagem de marcação válida pelo W3C.

59

Estrutura do site organizado em camadas de conteúdo, de

apresentação e de comportamento:

Na camada de conteúdo foi utilizada a linguagem XHTML.

Na camada de apresentação, foram criados arquivos com a

extensão CSS, que são responsáveis pela ‗aparência‘ do site

(aparência em um site é dada pelo layout do site, pelas cores

utilizadas, pela formatação de texto, pela disposição dos

elementos na tela, entre outros).

Na camada de comportamento, foram criados arquivos com a

extensão JS, que são responsáveis em modificar o

comportamento de elementos apresentados na camada de

apresentação, como por exemplo, um botão que tem a função

de aumentar e diminuir o tamanho dos textos apresentados no

site.

3.1.3. Conteúdo acessível

O desenvolvimento ou adaptação dos textos disponibilizados em sites

de ensino a distância para deficientes visuais devem seguir as

recomendações do W3C para garantir que o conteúdo seja acessível e

compreensível a deficientes visuais.

Os textos disponibilizados no site www.cursodehtml.com.br foram

escritos pelos próprios alunos responsáveis por este projeto. Todos os textos

foram criados seguindo as recomendações de conteúdo acessível do W3C.

A seguir são apresentadas as recomendações que foram utilizadas no

desenvolvimento do conteúdo do curso:

Os softwares leitores de tela não conseguem interpretar os textos

que são apresentados dentro de imagens ou gráficos, por isso,

todo conteúdo do site www.cursodehtml.com.br se dá através de

60

texto. Dessa forma, os leitores de tela conseguirão ler todo

conteúdo disponibilizado dentro do site.

Para que o conteúdo do curso e do site fique acessível é

extremamente importante que os textos disponibilizados sejam

escritos com um português correto (sem erros de português), e

usando as pontuações de forma correta. Do contrário, o deficiente

visual terá dificuldades em compreender o texto que está sendo

falado pelo software leitor de tela. Dessa forma, antes de

disponibilizar o site na internet, todos os textos apresentados no

site www.cursodehtml.com.br foram revisados no corretor

ortográfico do software Microsoft Word 2007. Além disso, foram

realizados diversos testes utilizando softwares leitores de tela,

onde o objetivo era ouvir como o leitor de tela falava os textos

apresentados no site, e então validar se texto falado era

compreensível ou não.

Uma das regras fundamentais em sites acessíveis é que os textos

usados em links sejam descritivos. Conforme orientação do W3C,

links que possuem apenas o texto ‗clique aqui‘ não são eficientes,

pois eles não são descritivos. Dessa forma, todos os textos de

links disponíveis no site www.cursodehtml.com.br são detalhados.

Ao invés de criar um link apenas a palavra ‗clique aqui‘, o correto é

criar um texto onde o link abranja a frase inteira, detalhando para o

usuário qual é o destino daquele link. Por exemplo, para direcionar

um usuário para uma página com mais detalhes do projeto, o

correto é criar um link com a frase ‗Para entender mais sobre esse

projeto clique neste link‘, ao invés de criar um link apenas o texto

‗clique neste link‘.

Em sites acessíveis não se pode recorrer a cores para transmitir

algum tipo informação. Por exemplo, em formulários na internet é

comum os desenvolvedores de sites utilizarem um texto na cor

61

vermelho ao lado de campos de formulário, indicando ao usuário

que aqueles campos são de preenchimento obrigatório, porém,

deficientes visuais não conseguirão identificar a cor usada no

formulário, e não identificarão quais campos são obrigatórios. Por

isso, o site www.cursodehtml.com.br não recorreu a cores para

transmitir qualquer tipo de informação.

3.1.4. Ensino a distância para deficientes visuais

Conforme apresentado na revisão bibliográfica, em um site de ensino

a distância pela internet é extremamente importante que exista um tutor que

interaja, acompanhe e estimule os alunos a realizarem o curso. Esse tutor

também tem o papel de esclarecer as dúvidas dos alunos, eliminando todas

as dúvidas relacionadas ao conteúdo do curso.

Nesse projeto de curso de HTML para deficientes visuais, os tutores

do curso foram os próprios criadores desse projeto, Ricardo Schmidt e

Wallace Colaço.

Durante a realização do curso, os alunos deficientes visuais tiveram a

possibilidade de acessar um link dentro do site para enviar suas dúvidas, e

então os tutores esclarecerem todas essas dúvidas.

3.2. Técnicas de acessibilidade usadas no desenvolvimento

do site

No documento do WCAG são apresentadas diversas técnicas de

como desenvolver sites acessíveis a deficientes visuais. Seguindo essas

técnicas, foi desenvolvido o site www.cursodehtml.com.br, possibilitando

assim que deficientes visuais consigam realizar o curso de HTML.

A seguir são apresentados alguns códigos utilizados no

desenvolvimento do site.

62

3.2.1. Aplicando as técnicas do WCAG

3.2.1.1. Atributo TABINDEX

A ordem de tabulação em uma página HTML é a ordem na qual os

elementos de links e formulários recebem o foco à medida que a tecla "TAB"

é pressionada. Normalmente os deficientes visuais que utilizam leitores de

tela para navegar na internet usam essa tecla para percorrer esses

elementos e então conhecer a estrutura do site que esta visitando.

A ordem de tabulação padrão é definida pela ordem que os elementos

aparecem no código HTML. Porém, é possível definir a ordem de tabulação

usando o atributo "TABINDEX". Os elementos que tiverem o atributo

TABINDEX com menor valor terão a ordem de tabulação priorizada.

Na figura 10 é apresentado o código HTML utilizado no formulário de

‗fale conosco‘ do site www.cursodehtml.com.br. Em todos os elementos do

formulário foram utilizados o atributo TABINDEX.

Ao clicar a tecla TAB, o foco será dado inicialmente no campo LOGIN,

pois ele possui um TABINDEX menor que os demais campos. Ao clicar pela

segunda vez a tecla TAB, o foco mudará para o campo SENHA, pois esse

campo tem o atributo TABINDEX maior que o campo LOGIN.

Figura 10 - Código HTML utilizando TABINDEX em formulário. Fonte: Criação Própria.

63

Na figura 11 é apresentado um exemplo de utilização do TABINDEX

em links. Ao clicar a tecla TAB o primeiro link que receberá o foco é o link

utilizado caso um aluno tenha esquecido sua senha, pois esse link tem um

TABINDEX com valor menor que os demais links. Ao clicar a tecla TAB pela

segunda vez, o link que receberá o foco será o link para cadastrar-se no

curso de HTML, pois esse tem um valor do TABINDEX maior que o link

anterior.

Figura 11 - Código HTML utilizando TABINDEX em links. Fonte: Criação Própria.

No site www.cursodehtml.com.br o atributo TABINDEX foi utilizado em

todos os elementos de links e formulários, garantindo assim uma melhor

acessibilidade aos deficientes visuais.

3.2.1.2. Atributo ACCESSKEY

O atributo ACCESSKEY é utilizado para atribuir uma tecla de atalho a

um link. A tecla de atalho deve ser composta por um caractere alfanumérico.

Existe uma diferença desse atributo quando utilizado nos

navegadores Internet Explorer e Firefox.

64

No Internet Explorer, o caractere alfanumérico escolhido para a

tecla de atalho, deve ser combinado com a tecla ALT. Ao apertar

essas duas teclas simultaneamente, foco será dado ao link

correspondente.

No Firefox, o caractere alfanumérico escolhido para a tecla de

atalho, deve ser combinado com as teclas ALT e SHIFT. Ao

apertar essas três teclas simultaneamente, foco será dado ao link

correspondente.

Na figura 12 é apresentado um exemplo da utilização do atributo

ACCESSEKEY para o navegador FIREFOX.

Figura 12 - Código HTML utilizando o atributo ACCESSKEY. Fonte: Criação Própria.

3.2.1.3. Tag de Cabeçalho

Conforme o W3C, a importância do uso correto dos cabeçalhos no

HTML destaca-se na acessibilidade que é oferecida aos deficientes visuais,

e também porque é a escolha semanticamente correta na criação de

páginas HTML.

65

Os cabeçalhos auxiliam deficientes visuais que utilizam softwares

leitores de tela a navegarem pelos cabeçalhos de uma página HTML, e

então conhecerem o conteúdo apresentado na página em questão.

A utilização de cabeçalhos no HTML se dá pela tag H*, onde o *

representa o valor correspondente ao nível do tópico do cabeçalho no qual

deseja aplicar, podendo utilizar até 6 níveis de tópicos de cabeçalho para a

definição dos títulos e subtítulos das páginas HTML. O primeiro cabeçalho

deve ser necessariamente o de nível H1 seguido dos cabeçalhos de níveis

inferiores.

Em todo o site www.cursodehtml.com.br foi utilizado as tags de

cabeçalhos, seguindo as recomendações do W3C, dessa forma, facilitando a

navegação dos usuários deficientes visuais. Na figura 13 é apresentado um

exemplo da utilização da tag H1.

Figura 13 - Código HTML utilizando a tag de cabeçalho H1. Fonte: Criação Própria.

3.3. Validando a acessibilidade do site

O W3C recomenda que ao finalizar um site sejam realizados

diferentes tipos de validações para assegurar que a acessibilidade do site

seja positiva para os usuários deficientes visuais. A seguir são apresentadas

3 metodologias de validações sugeridas pelo W3C, e que foram realizadas

no site www.cursodehtml.com.br.

3.3.1. Validando o site através de softwares leitores de tela

Durante o desenvolvimento do site www.cursodehtml.com.br foram

realizados testes utilizando os softwares Jaws, Virtual Vision e DosVox.

Conforme recomendação do W3C, todas as páginas de um site devem ser

66

testadas utilizando-se softwares leitores de tela, e com isso, verificando se

tudo que foi desenvolvido será apresentado corretamente para deficientes

visuais que usam esses softwares. As validações realizadas com os

softwares leitores de tela são para garantir que a estrutura e o conteúdo das

páginas sejam acessíveis aos deficientes visuais, e também para garantir

que as ações e fluxos desenvolvidos sejam executados corretamente.

3.3.2. Validando o site através de softwares de validação

automática

Os softwares de validação automática pesquisam todos os códigos

XHTML e CSS utilizados no desenvolvimento de um site. O site

www.cursodehtml.com.br foi validado pelos softwares DaSilva e W3C

Validator.

3.3.3. Validação do site por deficientes visuais

Além das validações utilizando leitores de tela e as validações

utilizando validadores automáticos, o W3C recomenda que os sites sejam

testados e validados por deficientes visuais que tenham experiência na

internet, e que conheçam as barreiras que normalmente são apresentadas

em sites. O site www.cursodehtml.com.br foi validado e aprovado por 5

deficientes visuais que possuem grande experiência na utilização da

internet.

3.4. Tecnologias usadas no desenvolvimento do site

No desenvolvimento do site www.cursodehtml.com.br foram utilizadas

diversas linguagens e tecnologias. A seguir são apresentadas cada uma

delas, com uma breve explicação sobre sua utilização.

67

3.4.1. XHTML

O XHTML é uma reformulação da linguagem HTML, baseada em XML

(eXtensible Markup Language). O XHTML combina as tags de HTML com

regras da XML. Este processo de padronização tem o objetivo de melhorar a

acessibilidade das páginas da internet para que possam ser acessadas por

diferentes dispositivos.

.

3.4.2. CSS

O CSS é uma linguagem de estilo utilizada para formatar a exibição

de páginas da internet escritas com as linguagens de marcação como

HTML, XHTML ou XML.

Uma das principais vantagens da utilização do CSS é a facilidade de

manutenção do layout das páginas de um site.

3.4.3. JavaScript

O JavaScript é uma linguagem de programação feita para

complementar as capacidades do HTML. O código de JavaScript é enviado

ao navegador como parte do código HTML de uma página, e pode ser

utilizado para criar efeitos especiais, como botões animados, sons etc.

3.4.4. PHP

PHP (Hypertext Preprocessor) é uma linguagem de script de código

aberto que tem como objetivo a geração de conteúdo dinâmico para páginas

da internet. As vantagens dessa linguagem destacam-se nos seguintes

itens:

• Alto desempenho;

• Interfaces para muitos sistemas diferentes de banco de dados;

68

• Bibliotecas integradas para muitas tarefas comuns da web;

• Baixo custo;

• Fácil de aprender e utilizar;

• Portabilidade;

• Disponibilidade de código-fonte.

3.4.5. Apache

O servidor Apache é um servidor WEB, criado em 1995 por Rob

McCool. A linguagem PHP é executada através do servidor Apache.

3.4.6. MySQL

O MySQL é um banco de dados relacional que utiliza a linguagem

padrão SQL, e é largamente utilizado em aplicações para a internet. É o

mais popular entre os bancos de dados com código-fonte aberto.

O MySQL é uma alternativa atrativa porque seu custo é

extremamente baixo comparado com outros banco de dados. As vantagens

desse banco de dados destacam-se nos seguintes itens:

Velocidade, escalabilidade e confiabilidade do banco de dados;

Número ilimitado de utilização por usuários simultâneos;

Capacidade de manipulação de tabelas com mais de

50.000.000 de registros;

Alta velocidade de execução de comandos;

Fácil e eficiente controle de privilégio de usuários.

69

3.5. Realização do curso de HTML

O curso disponibilizado no site www.cursodehtml.com.br conta com 9

capítulos que tratam da linguagem básica do HTML. Os capítulos são:

Capítulo 1: Como usar este site.

Capítulo 2: Algumas dicas importantes.

Capítulo 3: Como tudo funciona.

Capítulo 4: Conceitos Básicos do HTML.

Capítulo 5: Atributos, e a formatação de texto.

Capítulo 6: Definindo cores nos textos, e no fundo de tela.

Capítulo 7: Criando links.

Capítulo 8: Utilizando imagens na página HTML.

Capítulo 9: Criando Listas no HTML.

Nos 2 primeiros capítulos são apresentadas dicas de como utilizar o

site, e de como tirar o máximo proveito na realização do curso. No capítulo 3

são apresentados conceitos básicos de internet (o que são navegadores,

servidores, etc.).

Do capítulo 4 em diante são explicados como criar páginas HTML. No

final de cada um desses capítulos são apresentados exercícios para o aluno

resolver. Os exercícios propostos são relacionados ao último capítulo

estudado, e sua realização não é obrigatória, porém, o aluno é estimulado a

realizar os exercícios, para que então absorva melhor o conteúdo.

Ao finalizar os 9 capítulos, é proposto ao aluno a realização de uma

avaliação, contendo 10 perguntas, onde cada pergunta possui 5 alternativas,

sendo que apenas 1 alternativa é a correta. O objetivo dessa avaliação é

avaliar se o aluno entendeu alguns dos conceitos e códigos essenciais da

linguagem HTML. Ao responder a avaliação, é apresentado ao aluno

70

quantas perguntas ele acertou. No caso das questões respondidas erradas,

é apresentado ao aluno qual era a alternativa correta. A avaliação com as

perguntas e alternativas propostas ao aluno encontra-se no anexo deste

trabalho.

Para todos os alunos que finalizarem os 9 capítulos, e responderem a

avaliação do curso, é disponibilizado uma ferramenta onde o aluno pode

criar seu site, e então hospedá-lo dentro do site www.cursodehtml.com.br.

3.6. Divulgação do site na internet

O site foi publicado na internet no dia 25/07/2009, e foi realizada uma

divulgação intensa na internet, focando em instituições de ensino para

deficientes visuais, em grupos de e-mails utilizados por deficientes visuais, e

em sites que tratam dos temas de acessibilidade, inclusão social e inclusão

digital. As páginas em que o site www.cursodehtml.com.br foi divulgado

encontram-se no anexo deste trabalho.

71

CAPÍTULO 4 – SISTEMA

Neste capítulo são apresentados os códigos HTML de algumas das

principais páginas do site www.cursodehtml.com.br. Os códigos

apresentados a seguir é o que garantem a acessibilidade do site, permitindo

que os deficientes visuais realizem o curso disponibilizado.

As telas resultantes dos códigos apresentados neste capítulo podem

ser visualizadas no manual do site, disponível no anexo deste trabalho.

4.1. Codificação padrão em todas as páginas do site

No site www.cursodehtml.com.br são utilizados trechos de códigos

padrões, que são incluídos em todas as páginas do site. Esses códigos têm

os seguintes objetivos:

Definir da versão do XHTML utilizado nas páginas.

A implementação desse item é através do código:

1. <!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0

Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-

strict.dtd">.

Definir o idioma utilizado nas páginas.

A implementação desse item é através dos códigos:

1. <html xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml" xml:lang="pt"

lang="pt-br">.

2. <meta http-equiv="content-language" content="pt-br" />.

Incluir os arquivos da camada de apresentação e da

camada de comportamento.

72

A implementação desse item é através dos códigos:

1. <script type="text/javascript"

src="http://www.cursodehtml.com.br/js/site.js"

></script><noscript>.

2. <link rel="stylesheet" type="text/css"

href="http://www.cursodehtml.com.br/css//estilos.css"

title="normal" /> .

3. <link rel="alternate stylesheet" type="text/css"

href="http://www.cursodehtml.com.br/css//contraste.css"

title="preto_branco" media="screen" />.

Incluir códigos para aumentar e diminuir texto do site.

A implementação desse item é através dos códigos a seguir,

funcionando juntamente com os arquivos de apresentação e

comportamento:

1. <a href="#" id='aMais' class="NOBORDER

TAMANHO_TEXTO_LINK" title="Aumentar tamanho do

texto." tabindex="1" ><img

src="http://www.cursodehtml.com.br/img/a_mais.gif"

alt="Aumentar tamanho do texto." /></a>.

2. <a href="#" id='aMenos' class="NOBORDER

TAMANHO_TEXTO_LINK" title="Diminuir tamanho do

texto." tabindex="2" ><img

src="http://www.cursodehtml.com.br/img/a_menos.gif"

alt="Diminuir tamanho do texto." /></a>.

73

Incluir códigos alterar o contraste do site.

A implementação desse item é através dos códigos a seguir,

funcionando juntamente com os arquivos de apresentação e

comportamento:

1. <a id="contraste" class="NOBORDER

TAMANHO_TEXTO_LINK" href="#topo" title="Alterar o

contraste da página." tabindex="3" >Mudar contraste</a>.

Incluir link para o navegador voltar ao topo da página.

A implementação desse item é através do código:

1. <a name="topo" id="topo"></a> (esse código fica localizado

no topo de cada página).

2. <a href='#topo' title="Voltar ao topo da página.">Voltar ao

topo.</a> (esse código fica localizado no final de cada

página).

4.2. Menu da área do aluno

O menu disponível na área do aluno utiliza códigos específicos para

garantir a acessibilidade e facilitar a navegação do aluno. O código HTML foi

desenvolvido utilizando os atributos accesskey, title, e tabindex.

A implementação do menu é através dos códigos a seguir:

<div id="MENU_TOPO_CURSO">

<ul>

<li><h2><a

href="http://www.cursodehtml.com.br/curso/index.php?state=Di

splayNextCapitulo&amp;moduloId=awrfTVRrNU5RPT0%3D"

title="Ir para o próximo capítulo. Tecla de atalho: Alt + Shift +

74

1" accesskey="1" tabindex="6" ><strong>Próximo

capítulo</strong></a></h2></li>

<li><h2><a

href="http://www.cursodehtml.com.br/curso/index.php?state=Di

splayEnviarDuvida&amp;moduloId=awrfTVRrNU5BPT0%3D"

accesskey="2" title="Esclarecer dúvida. Tecla de atalho: Alt +

Shift + 2" tabindex="7" ><strong>Esclarecer

dúvida</strong></a></h2></li>

<li><h2><a

href="http://www.cursodehtml.com.br/curso/index.php?state=Di

splayIndice" accesskey="3" title="Ir para o índice do curso.

Tecla de atalho: Alt + Shift + 3" tabindex="8" ><strong>Índice

do curso</strong></a></h2></li>

<li><h2><a

href="http://www.cursodehtml.com.br/curso/index.php?state=Di

splayContato" title="Fale com os criadores do site"

class="MENU_1" tabindex="9" >Fale Conosco</a></h2></li>

<li><h2><a

href="http://www.cursodehtml.com.br/index.php?state=DisplayS

air" accesskey="4" title="Sair do curso e voltar para a página

inicial. Tecla de atalho: Alt + Shift + 4" tabindex="10"

><strong>Sair do curso</strong></a></h2></li>

</ul>

</div>

4.3. Formulário de cadastro

O desenvolvimento do formulário de cadastro no curso de HTML

seguiu diversas recomendações de acessibilidade do W3C. Essas

75

recomendações garantem que o deficiente visual, ao acessar o formulário de

cadastro, consiga preencher corretamente os campos solicitados.

A implementação do formulário de cadastro no curso de HTML é

através dos códigos a seguir:

<form method="get"

action='http://www.cursodehtml.com.br/cursos.php'

class="FORM_INSCRICAO">

<pre><input type='hidden' name='cursoId'

value='awrfTVE9PQ%3D%3D' /><input type='hidden'

name='state' value='SaveInscricao' /></pre>

<fieldset>

<legend>Formulário de cadastro no curso de HTML.</legend>

<label for="nome">

Preencha seu nome:<br />

<input type='text' name='nome' id='nome' value=' '

title='Preencha seu nome:' tabindex="4" class="input_textbox"

/>

</label>

<label for="email">

Preencha seu e-mail, não obrigatório:<br />

<input type='text' name='email' id='email' value=' '

title='Preencha seu e-mail, não obrigatório:' tabindex="5"

class="input_textbox" />

</label>

<label for="login">

Preencha seu login:<br />

76

<input type='text' name='login' id='login' value=' '

title='Preencha seu login:' tabindex="6" class="input_textbox"

/>

</label>

<label for="senha">

Preencha sua senha:<br />

<input type='password' name='senha' id='senha' value=' '

title='Preencha sua senha:' tabindex="7" class="input_textbox"

/>

</label>

<label for="anoNascimento">

Preencha o ano de seu nascimento:<br />

<input type='text' name='anoNascimento' id='anoNascimento'

value=" " title='Preencha o ano de seu nascimento:'

tabindex="8" maxlength="4" class="input_textbox" />

</label>

<label for="instituicao">

Caso frequente alguma escola especial, digite o nome da

escola:<br />

<input type='text' name='instituicao' id='instituicao' value=" "

title='Caso frequente alguma escola especial, digite o nome da

escola:' tabindex="9" maxlength="200" class="input_textbox"

/>

</label>

<label for="deficiente_sim">Você é deficiente

visual?<br/><input type='radio' name='deficiente'

77

id='deficiente_sim' value='sim' title='Marque esta opção caso

você seja deficiente visual' checked="checked" tabindex="10"

/> Sim </label>

<label for="deficiente_nao"><input type='radio'

name='deficiente' id="deficiente_nao" value='nao' title='Marque

esta opção se você não é deficiente visual' tabindex="11" />

Não</label>

<input type="submit" value='Realizar cadastro' tabindex="12"

/>

</fieldset>

</form>

4.4. Demais códigos utilizados no site

Os códigos utilizados na criação do site www.cursodehtml.com.br não

se limitam apenas aos códigos explicados neste capítulo, porém, grande

parte das páginas do site segue a lógica dos códigos apresentados, sempre

utilizando as metodologias de desenvolvimento e técnicas de acessibilidade

explicadas anteriormente no capítulo 3.

78

CAPÍTULO 5 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

Conforme os objetivos deste trabalho, que é demonstrar que sites de

ensino a distância pela internet é uma importante alternativa de ensino para

pessoas com deficiência visual, neste capítulo são apresentados resultados

de avaliações realizadas em 4 sites de ensino a distância, com o objetivo de

comparar a acessibilidade desses sites com o site www.cursodehtml.com.br.

Além disso, no final deste capítulo são apresentados todos os resultados

obtidos com o desenvolvimento deste trabalho.

5.1. Comparativo de validações realizado em sites de ensino

a distância pela internet

Para comparar a acessibilidade do site www.cursodehtml.com.br com

outros sites de ensino a distância, foram selecionados 4 sites com cursos

disponibilizados pela internet, e então, todos esses sites foram submetidos

as validações realizadas pelo software DaSilva.

A seguir é apresentada uma breve descrição sobre cada um desses 4

sites selecionados.

Site 1: www.escolavirtual.org.br - Projeto sem fins lucrativos criado

pela Fundação Bradesco. O site disponibiliza 42 cursos pela internet, sendo

que 3 desses cursos são acessíveis a deficientes visuais. Todos os cursos

são gratuitos.

79

Figura 14 - Página principal do site www.escolavirtual.com.br. Fonte: Criação Própria.

Site 2: www.iped.com.br – Site que disponibiliza 60 cursos pela

internet, tanto para pessoas videntes2 como para deficientes visuais. As

pessoas com deficiência visual não pagam para realizar os cursos, porém,

os cursos para videntes são pagos.

2 Vidente : Pessoa que enxerga normalmente, sem nenhuma deficiência visual.

80

Figura 15 - Página principal do site www.iped.com.br. Fonte: Criação Própria.

Site 3: www.catho.com.br/cursos - Site de cursos pela internet da

empresa Catho Online. O site disponibiliza 56 cursos, todos são pagos, e

são destinados a pessoas videntes.

Figura 16 - Página principal do site www.catho.com.br/cursos. Fonte: Criação Própria.

81

Site 4: www.portaleducacao.com.br – Empresa que trabalha com

ensino a distância pela internet desde 2001. O site disponibiliza um total de

350 cursos online, todos são cursos pagos e são direcionados apenas a

pessoas videntes.

Figura 17 - Página principal do site www.portaleducacao.com.br. Fonte: Criação

Própria.

Ao realizar as validações de acessibilidade nos 5 sites de ensino a

distância utilizando o software DaSilva, apenas no site

www.cursodehtml.com.br não foram encontrados erros, sendo que nos

outros 4 sites foram encontrados diversos problemas críticos, que

comprometem, e até impedem a utilização do site por deficientes visuais. Até

mesmo os sites que possuem cursos para deficientes visuais tiveram

problemas considerados críticos na avaliação realizada pelo software

DaSilva. A seguir são listados alguns dos erros mais importantes

encontrados nesses 4 sites.

82

Erro crítico 1:

Inconformidade com o ponto de verificação 1.1 - "Fornecer

um equivalente textual a cada elemento não textual. Isso abrange:

imagens, representações gráficas do texto, etc.".

Essa inconformidade é apresentada quando os sites não

seguem a recomendação de utilizar o atributo ALT nos elementos de

imagens, gráficos, etc., e dessa forma, impedem que o leitor de tela

explique para o deficiente visual do que se trata o elemento não

textual.

Este erro foi apresentado nos sites:

www.escolavirtual.org.br

www.iped.com.br

www.catho.com.br/cursos

www.portaleducacao.com.br

Erro crítico 2:

Inconformidade com o ponto de verificação 3.2 - "Identificar

o principal idioma utilizado nos documentos. O idioma do documento

deve ser especificado na expressão HTML".

Essa inconformidade é apresentada quando os sites não

seguem a recomendação de definir qual o idioma do site. Não

seguindo esta recomendação os deficientes visuais que utilizarem

leitores de tela podem encontrar dificuldades em navegar no site, pois

o software leitor de tela usará sua configuração padrão de idioma para

ler a página. Por exemplo: se o software leitor de tela estiver

configurado no idioma inglês, e um o deficiente visual acessar um site

em português onde não foi definido seu idioma no código HTML, o

leitor de telas irá falar os textos de forma errada, e o deficiente visual

não compreenderá o que está sendo falado pelo software.

83

Este erro foi apresentado nos sites:

www.escolavirtual.org.br

www.iped.com.br

www.catho.com.br/cursos

www.portaleducacao.com.br

Erro crítico 3:

Inconformidade com o ponto de verificação 2.9 - "Assegurar

a acessibilidade do conteúdo dinâmico ou fornecer apresentação ou

páginas alternativas".

Quando essa recomendação não é seguida, os usuários

deficientes visuais que navegam através do teclado poderão

encontrar dificuldades ou até mesmo serem incapazes de navegar

dentro do site.

Este erro foi apresentado nos sites:

www.escolavirtual.org.br

www.catho.com.br/cursos

Erro crítico 4:

Inconformidade com o ponto de verificação 2.24 / 2.25 -

"Assegurar o correto posicionamento de todos os controles de

formulários que tenham rótulos implicitamente associados, até que os

agentes do usuário venham a suportar associações explícitas entre

rótulos e controles de formulários. Associar explicitamente os rótulos

aos respectivos controles".

Essa inconformidade é apresentada quando os sites não

seguem a recomendação de utilizar os elementos corretos para criar

84

formulários, dessa forma, dificultando o acesso aos campos do

formulário aos deficientes visuais.

Este erro foi apresentado nos sites:

www.iped.com.br

www.catho.com.br/cursos

www.portaleducacao.com.br

Os erros apontados pelo software DaSilva nos sites acima, são

causados pela não implementação das recomendações de acessibilidade do

W3C.

Nas figuras 18 a 22 são apresentados os resultados das avaliações

realizadas nesses 5 sites de ensino a distância (incluindo o site

www.cursodehtml.com.br), onde as avaliações foram realizadas utilizando o

software DaSilva.

Figura 18 - Resultado da avaliação do site www.cursodehtml.com.br. Fonte: Criação

Própria.

Figura 19 - Resultado da avaliação do site www.escolavirtual.org.br. Fonte: Criação

Própria.

85

Figura 20 - Resultado da avaliação do site www.catho.com.br/cursos. Fonte: Criação

Própria.

Figura 21 - Resultado da avaliação do site www.iped.com.br. Fonte: Criação Própria.

Figura 22 - Resultado da avaliação do site www.portaleducacao.com.br. Fonte:

Criação Própria.

Conforme os resultados das avaliações realizadas, é possível

observar que, com exceção do site www.cursodehtml.com.br, os 4 sites

selecionados não foram desenvolvidos seguindo as recomendações de

acessibilidade do W3C, e com isso, diversos erros foram identificados pelo

software DaSilva.

Dessa forma, os deficientes visuais que acessarem os sites

www.escolavirtual.org.br, www.catho.com.br/cursos, www.iped.com.br e

86

www.portaleducacao.com.br encontrarão dificuldades na navegação do site,

podendo até mesmo ficarem impossibilitados de realizarem os cursos.

Conforme apresentado na revisão bibliográfica, nos resultados das

avaliações realizados pelo software DaSilva são apresentados erros e avisos

de acessibilidade. Na avaliação realizada não foi identificado nenhum erro

no site www.cursodehtml.com.br. No caso dos avisos, foram identificados 82

avisos, onde todos eles foram analisados manualmente, conforme

orientação do W3C, e nenhum dos avisos apresentados comprometem a

acessibilidade do site.

Com exceção do site www.cursodehtml.com.br, apenas as páginas

principais3 dos 4 sites selecionados foram validadas, pois essa é a porta de

entrada dos visitantes, e portanto se existirem problemas de acessibilidade

nessa página todo o restante da navegação do site poderá ficar

comprometida.

Embora neste capítulo seja apresentando apenas os resultados das

avaliações realizadas na página principal do site www.cursodehtml.com.br, é

importante ressaltar que todas as páginas deste site foram validadas e

aprovadas nas avaliações realizadas pelo software DaSilva.

Tabela 1 - Comparativo das avaliações realizadas em sites de ensino a distância.

Fonte: Criação Própria.

Site avaliado

Quantidade de erros Validação final

pelo software

DaSilva Prioridade 1 Prioridade 2 Prioridade 3

www.cursodehtml.com.br 0 0 0 Aprovado

www.escolavirtual.org.br 9 92 1 Reprovado

www.catho.com.br/cursos 41 108 4 Reprovado

www.iped.com.br 9 4 3 Reprovado

www.portaleducacao.com.br 38 8 3 Reprovado

3 Página principal é a primeira página exibida quando um usuário acessa um determinado

site.

87

5.2. Alunos do site www.cursodehtml.com.br

No período de 25/07/2009 a 17/10/2009 o site

www.cursodehtml.com.br contou com 172 alunos cadastrados, tanto alunos

deficientes visuais como alunos sem nenhuma deficiência visual.

No gráfico 7 é apresentado o total de alunos deficientes visuais e o

total de alunos videntes.

Gráfico 7- Total de alunos cadastrados no curso de HTML. Fonte: Criação Própria.

A faixa etária dos alunos cadastrados no curso de HTML é

apresentado nos gráficos 8 e 9. Os alunos com idade entre 30 e 39 anos

representaram 35% do total de alunos deficientes visuais cadastrados no

site.

99

73

0

20

40

60

80

100

120

Deficientes visuais Videntes

Total de Alunos cadastrados no curso

Total de Alunos

88

Gráfico 8 - Faixa etária dos alunos Deficientes Visuais cadastrados no curso de

HTML. Fonte: Criação Própria.

Gráfico 9 - Faixa etária dos alunos Videntes cadastrados no curso de HTML. Fonte:

Criação Própria.

Até o dia 17/10/2009, existiam 99 deficientes visuais cadastrados no

site www.cursodehtml.com.br, onde 19 alunos finalizaram todos 9 capítulos

disponibilizados no curso.

Menos de 20 anos10%

Entre 20 e 29 anos22%

Entre 30 e 39 anos35%

Entre 40 e 49 anos16%

Com mais de 50 anos

17%

Faixa etária dos alunos Deficientes Visuais

Menos de 20 anos15% Entre 20 e 29

anos48%

Entre 30 e 39 anos18%

Entre 40 e 49 anos12%

Com mais de 50 anos7%

Faixa etária dos alunos Videntes

89

Gráfico 10 - Conclusão do Curso de HTML. Fonte: Criação Própria.

Dos 19 alunos deficientes visuais que finalizaram os 9 capítulos do

curso, 10 alunos responderam a avaliação do curso, onde a média da nota

desses alunos foi de 8,5 (considerando uma nota de 0 a 10).

No caso dos alunos videntes, dos 16 alunos que finalizaram o curso,

9 alunos responderam a avaliação, onde a média da nota desses alunos foi

de 9,2 (considerando uma nota de 0 a 10).

As perguntas da avaliação, juntamente com as alternativas, estão

disponíveis no anexo deste trabalho.

19 16

80

57

0

20

40

60

80

100

120

Conclusão do curso - Alunos Deficientes Visuais

Conclusão do curso - Alunos Videntes

Conclusão do curso pelos Alunos

Curso não concluído / curso em andamento

Curso concluído

90

Gráfico 11 - Resultado das avaliações respondidas pelos alunos. Fonte: Criação

Própria.

O gráfico 12 apresenta o total de alunos deficientes visuais que

interagiram com os tutores do site, enviando suas dúvidas em relação ao

curso. Todas as dúvidas enviadas pelos alunos estão disponíveis no anexo

deste trabalho.

Gráfico 12 - Total de alunos que enviaram dúvidas. Fonte: Criação Própria.

10

8,59 9,2

7,5

8

8,5

9

9,5

10

10,5

Total de alunos que responderam a

avaliação

Média da nota da avaliação

Resultado das avaliações respondidas pelos Alunos

Alunos deficientes visuais

Alunos videntes

54

0

1

2

3

4

5

6

Alunos que concluiram o curso

Alunos que não concluiram o curso

Alunos que enviaram dúvidas

Alunos que enviaram dúvidas

91

De todos os alunos que finalizaram o curso, e responderam a

avaliação, apenas dois alunos utilizaram a ferramenta para criar um site e

hospedá-lo no servidor do site www.cursodehtml.com.br.

Um desses alunos é deficiente visual, e o código criado por esse

aluno é apresentado na figura 23.

Figura 23 - Código HTML criado por Deficiente Visual. Fonte: Criação Própria.

Na figura 24 é apresentada a página gerada a partir do código da

figura 23.

Figura 24 - Visualização da página criada por Deficiente Visual. Fonte: Criação

Própria.

92

5.3. Discussão sobre os resultados

Os resultados deste trabalho demonstram que até mesmo nos 4 dos

maiores sites de ensino a distância do Brasil existem erros críticos de

acessibilidade, devido os desenvolvedores desses sites não terem seguido

as recomendações de acessibilidade do W3C. O impacto disso é que o

acesso desses sites pelos deficientes visuais fica comprometido, e até

mesmo, impossível. Esse resultado negativo das avaliações realizadas em

sites de ensino a distância mostram o quanto é importante a criação de sites

acessíveis que favoreçam o atendimento e o ensino de pessoas portadoras

de deficiência visual.

Conforme apresentado, dos 99 alunos deficientes visuais cadastrados

no site www.cursodehtml.com.br, 19 alunos finalizaram o curso, sendo que

10 desses alunos responderam uma avaliação com perguntas sobre o

conteúdo do curso, e a nota média desses alunos foi de 8,5. Isso demonstra

que além do site ser acessível, o conteúdo do curso também estava

acessível, e que os deficientes visuais conseguiram absorver o conteúdo

disponibilizado no curso.

A realização do curso de HTML por pessoas videntes foi outro ponto

interessante e não previsto. O curso contou com o cadastro de 73 alunos

videntes, onde 16 alunos finalizaram o curso, e 9 alunos responderam a

avaliação final, obtendo uma nota média de 9,2.

Outro ponto interessante foi a utilização da ferramenta para que os

alunos interagissem com os tutores do curso, enviando suas dúvidas. Isso

demonstrou o interesse dos alunos em sanar suas dúvidas, pedindo auxilio

aos tutores, tentando absorver ao máximo o conteúdo do curso apresentado.

93

CAPÍTULO 6 – CONCLUSÃO

Neste trabalho foi apresentado que deficientes visuais conseguem

realizar cursos à distância pela internet se o site e o conteúdo do curso

seguirem as recomendações de acessibilidade do W3C, e também, se

existirem pessoas com o papel de tutor, que interajam com os alunos,

estimulando-os a realizem o curso.

Nesse período de 25/07/2009 a 17/10/2009, dos 172 alunos

cadastrados no site, apenas 35 finalizaram todos os capítulos do curso.

Infelizmente não é possível afirmar se o restante dos alunos que não

finalizaram o curso até a data 17/10/2009, ainda estavam realizando o curso,

ou se desistiram de sua realização. Isso só seria possível se houvesse uma

comunicação direta com esses alunos.

Pelos resultados obtidos e pelo estudo apresentado na revisão

bibliográfica, pode-se afirmar que se existisse uma comunicação mais ativa

por parte dos tutores com os alunos, o índice de finalização do curso seria

maior que o apresentado neste trabalho, pois essa comunicação direta

estimularia ainda mais a realização do curso pelos alunos.

Dessa forma, embora o trabalho tenha apresentado resultados

positivos, ainda existem melhorias a serem realizadas, como a criação de

ferramentas para se comunicar mais ativamente com os alunos. Uma das

alternativas para maximizar essa comunicação, seria a criação de um

programa que enviasse e-mails automáticos para os alunos que ficassem

durante alguns dias sem acessar o ambiente do curso, onde esse e-mail

teria mensagens motivacionais, estimulando o aluno a continuar a realização

do curso.

Um ponto que se deve levar em conta no desenvolvimento de sites

que seguem as recomendações de acessibilidade do W3C é o tempo de

desenvolvimento do site, pois é natural que o tempo de desenvolvimento

seja maior, pois cada mudança realizada em uma página do site deve ser

submetida a uma nova validação de acessibilidade.

94

Outro ponto extremamente importante é a formação de professores

especializados na área da educação especial, já que eles que serão os

responsáveis pela criação e adaptação do conteúdo apresentado nos

cursos.

Conforme os objetivos apresentados inicialmente, é fundamental que

existam ambientes de aprendizagem que favoreçam o atendimento e o

ensino de deficientes visuais. Embora o ensino a distância pela internet

tenha se mostrado viável e positiva, ela não é a única alternativa para incluir

socialmente os deficientes visuais, e por isso, não devemos nos limitar em

apenas uma solução.

Para finalizar, mesmo com o resultado positivo obtido na realização

deste trabalho, não é possível afirmar que um deficiente visual consiga

realizar qualquer curso pela internet, mesmo que esse site siga todas as

recomendações do W3C. Alguns cursos têm a necessidade real de recorrer

a cores, imagens, vídeos, e etc., e por isso, o sucesso na realização de um

curso a distância por um deficiente visual dependerá do tema apresentado

no curso. Portanto, na conclusão deste trabalho não é possível definir quais

os tipos de cursos que um deficiente visual consegue realizar. O que é

possível afirmar é que a realização deste curso de HTML pelos deficientes

visuais teve resultado positivo, sendo que os alunos Ricardo Schmidt e

Wallace Cardoso acreditam que diversos outros cursos, como por exemplo,

cursos de linguagem de programação, teriam resultados positivos e

semelhantes aos resultados obtidos neste trabalho.

95

CAPÍTULO 7 – BIBLIOGRAFIA

[1] MACIEL, Maria Regina Cazzaniga. PORTADORES DE

DEFICIÊNCIA a questão da inclusão social. SÃO PAULO EM PERSPECTIVA, 14(2) 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/spp/v14n2/9788.pdf>. Acesso em: 11/10/2008.

[2] BRUMER, Anita; PAVEI , Katiuci; MOCELIN, Daniel Gustavo. Saindo da "escuridão": perspectivas da inclusão social, econômica, cultural e política dos portadores de deficiência visual em Porto Alegre. Sociologias, Porto Alegre, ano 6, nº 11, jan/jun 2004, p. 300-327. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-45222004000100013>. Acesso em: 27/09/2008.

[3] Delegados da Conferência Mundial de Educação Especial.

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf>. Acesso em: 11/10/2008.

[4] Ministério do Trabalho e Emprego. A inclusão de pessoas com

deficiência no mercado de trabalho. Brasília: MTE, SIT, DEFIT, 2007. 98 p. [5] Ministério do Trabalho e Emprego. Características do Emprego

Formal segundo a Relação Anual de Informações Sociais - 2007. Disponível em:<www.mte.gov.br/rais/resultado_2007.pdf>. Acesso em: 15/10/2008.

[6] Presidência da República. Subchefia para Assuntos Jurídicos.

DECRETO Nº 914, DE 6 DE SETEMBRO DE 1993. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D0914.htm>. Acesso em: 11/10/2008.

[7] IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo

Demográfico de 2000. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2000/populacao/Brasil/Brasil_deficiencia.zip>. Acesso em: 11/10/2008.

[8] CARDOSO, Fernando Henrique. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro

de 1996. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf1/proejalei9394.pdf>. Acesso em: 11/10/2008.

[9] FEBRABAN, Federação Brasileira de Bancos. População com

deficiência no Brasil fatos e percepções. Coleção Febraban de Inclusão Social. Agosto / 2006. Disponível em: <http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/deficiencia_mobilidade_reduzida/aimprensa/0001/Populacao_Deficiencia_Brasil.pdf>. Acesso em: 5/09/2008.

96

[10] MEC, Ministério da Educação e SEESP, Secretaria de Educação Especial. Dados da Educação Especial no Brasil. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/brasil.pdf>. Acesso em: 5/10/2008.

[11] SANTAROSA, Lucila Maria Costi; ESTABEL, Lizandra Brasil;

MORO, Eliane Lourdes da Silva. A inclusão social e digital de pessoas com limitação visual e o uso das tecnologias de informação e de comunicação na produção de páginas para a Internet. Ciência da Informação. Ci. Inf., Brasília, v. 35, n. 1, p. 94-101, jan./abr. 2006. Disponível em: <http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/view/676/582>. Acesso em: 27/09/2008.

[12] TONET, Luisa Hayder. Ferramentas de Acessibilidade

Computacional para Deficientes Visuais e as Recomendações do W3C. Disponivel em: <http://guaiba.ulbra.tche.br/pesquisas/2006/artigos/sistemas/161.pdf>. Acesso em 23/09/2009.

[13] Ministro do Trabalho e Emprego, Secretaria de Inspeção do

Trabalho, Departamento de Fiscalização do Trabalho. A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Brasília: MTE, SIT, DEFIT, 2007. 98 p. Disponível em: <www.mte.gov.br/fisca_trab/inclusao_pessoas_defi12_07.pdf>. Acesso em: 23/09/2009.

[14] SERPRO. Serviço Federal de Processamento de Dados. Acesso

à web e Tecnologia Assistiva . Disponível em: <http://www.serpro.gov.br/acessibilidade/acesso.php>. Acesso em: 23/09/2009.

[15] Jornal da Unicamp. Universidade Estadual de Campinas – 25 a

31 de outubro de 2004. Disponível em: <http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/jornalPDF/ju271pag05.pdf>. Acesso em: 23/09/2009.

[16] Instituto Benjamin Constant. Grafia Braille da Língua Portuguesa.

Disponível em: <http://www.ibc.gov.br/?itemid=348>. Acesso em: 23/09/2009.

[17] Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Grafia

Braille. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/grafiainfo.pdf>. Acesso em: 23/09/2009.

[18] Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do

Ministério do Planejamento . Disponível em <http://www.planobrasil.gov.br/noticia.asp?cod=781>. Acesso em 24/09/2009.

97

[19] ANDRADE, Jorge Márcio Pereira. XX Congresso Nacional da

APAEs, 2001. Avanços Tecnológicos na Educação Especial. Disponível em <http://www.defnet.org.br/Avancos_tec.htm>. Acesso em 20/09/2009.

[20] Acessibilidade Brasil. Disponível em:

<http://www.acessobrasil.org.br>. Acesso em: 20/08/2009. [21] MELO, Amanda Meincke; BARANAUSKAS, M. Cecília. Design

Inclusivo de Sistemas de Informação na Web. Campinas, [S.P.: s.n.], 2007. Disponível em <http://styx.nied.unicamp.br:8080/todosnos/artigos-cientificos/texto_mini_curso_ihc2006.pdf>. Acesso em: 20/09/2009

[22] SPELTA, Lêda Lucia; SIMOFUSA, Miriam Hitomi.

ACESSIBILIDADE NA WEB - Leitores de tela e Recomendações técnicas para criação de páginas Web acessíveis. Faculdade de Saúde Pública. ATIID 2005 – II Oficina ATIID - "Acessibilidade, TI e Inclusão Digital" - São Paulo 5-6/9/2005. Disponível em:<http://www.fsp.usp.br/acessibilidade/cd2005/conteudo/ATIID2005/oficina/AcessibilidadeNaWeb/AcessibilidadeNaWeb.pdf>. Acesso em: 27/09/2008.

[23] SANTAROSA, Lucila Maria Costi; SONZA, Andréa Poletto.

Ambientes digitais virtuais: acessibilidade aos deficientes visuais. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. V. 1 Nº 1, Fevereiro, 2003. Disponível em: <www.cinted.ufrgs.br/renote/fev2003/artigos/andrea_ambientes.pdf>. Acesso em: 27/09/2008.

[24] JAWS. Freedom Scientific. Disponível em:

<http://sales.freedomscientific.com/category.aspx?categoryID=11>. Acesso em 25/09/2009.

[25] Virtual Vision. MicroPower. Disponível em:

<http://www.virtualvision.com.br/sobre_projeto.html>. Acesso em: 25/09/2009.

[26] Dosvox. Disponível em

<http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/intro.htm>. Acesso em: 25/09/2009. [27] ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini . Educação a distância na

internet: abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.29, n.2, p. 327-340, jul./dez. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-97022003000200010&script=sci_arttext>. Acesso em: 27/09/2008.

[28] MEC, Ministério da Educação. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1576&catid=210&Itemid=86>. Acesso em: 26/09/2009.

98

[29] MEC, Ministério da Educação. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13688:cursos-a-distancia-contribuem-para-formacao-de-professores&catid=210&Itemid=86>. Acesso em: 26/09/2009.

[30] MEC, Ministério da Educação. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13592:numero-de-alunos-saltou-de-1682-para-760599-em-oito-anos&catid=210&Itemid=86>. Acesso em: 26/09/2009.

[31] INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira. Censo da Educação Superior de 2006. Disponível em <http://www.inep.gov.br/imprensa/noticias/censo/superior/news07_01.htm>. Acesso em: 26/09/2009.

[32] SANTAROSA, Lucila Maria Costi; ESTABEL, Lizandra Brasil;

MORO, Eliane Lourdes da Silva. Ambientes Virtuais de Aprendizagem e a formação em EAD das PNEES com Limitação Visual: um estudo de caso utilizando ferramentas de interação. V. 4 Nº 1, Julho, 2006. Disponível em: <www.cinted.ufrgs.br/renote/jul2006/artigosrenote/a19_21170.pdf>. Acesso em: 26/09/2009.

[33] SANTAROSA, Lucila Maria Costi; CARNEIRO, Mara Lucia ,

PASSERINO, Liliana Maria; GELLER, Marlise; CONFORTO, Debora. Formação de Professores: referenciais na construção da acessibilidade para ambientes virtuais de educação a distância. Educação - Porto Alegre/RS, ano XXX, n. 3 (63), p. 531-545, set./dez. 2007. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/2748/2095>. Acesso em: 27/09/2008.

[34] PROINESP. Programa de Informática na Educação Especial.

Disponível em: <http://www.proinesp.ufrgs.br>. Acesso em: 26/09/2009. [35] CARDOSO, Fernando Henrique. Lei nº 10.098, de 19 de

Dezembro de 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10098.htm>. Acesso em: 25/10/2008.

[36] W3C. Introduction to Web Accessibility. Disponível em:

<http://www.w3.org/WAI/intro/accessibility.php>. Acesso em: 27/07/2008.

[37] TORRES, Elisabeth Fátima , MAZZONI, Alberto Angel e ALVES, João Bosco da Mota . A acessibilidade à informação no espaço digital. Ciência da Informação. Ci. Inf., Brasília, v. 31, n. 3, p. 83-91, set./dez. 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-19652002000300009&script=sci_arttext>. Acesso em: 27/09/2008.

99

[38] CONFORTO, Débora e SANTAROSA, Lucila M. C., ACESSIBILIDADE À WEB : INTERNET PARA TODOS. Revista de Informática na Educação: Teoria, Prática – PGIE/UFRGS. V.5 N° 2 p.87-102. Nov/2002. Disponível em: <http://pan.nied.unicamp.br/~proinesp/material/arquivos/Semana%203%20-%20Internet%202/Leituras/Leitura%20Complementar%20-%20Acessibilidade/acessibilidade.pdf>. Acesso em: 27/09/2008.

[39] W3C. About the World Wide Web Consortium. Disponível em

<http://www.w3.org/Consortium/>. Acesso em: 07/09/2008. [40] W3C-WAI. Web Content Accessibility Guidelines (WCAG).

Disponível em <http://www.w3.org/WAI/intro/wcag.php>. Acesso em: 07/09/2008.

[41] W3C. Web Content Accessibility Guidelines 1.0. Disponível em <http://www.w3.org/TR/1999/WAI-WEBCONTENT-19990505/>. Acesso em: 03/08/2009.

[42] W3C. Web Content Accessibility Guidelines 2.0. Disponível em

<http://www.w3.org/TR/2008/REC-WCAG20-20081211/>. Acesso em: 03/08/2009.

[43] W3C. List of Checkpoints for Web Content Accessibility

Guidelines 1.0. Disponível em <http://www.w3.org/TR/1999/WAI-WEBCONTENT-19990505/checkpoint-list.html>. Acesso em: 27/07/2008.

[44] W3C. Web Content Accessibility Guidelines 1.0 Conformance

Logos. Disponível em <http://www.w3.org/WAI/WCAG1-Conformance.html.en>. Acesso em: 05/07/2008.

[45] Departamento de Governo Eletrônico (DGE) – Secretaria de

Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).Padrões Brasil e-Gov. Recomendações para Codificação de páginas, sites e portais Versão 2.0. Maio de 2008. Disponível em: <https://www.governoeletronico.gov.br/biblioteca/arquivos/padroes-brasil-e-gov>. Acesso em: 04/10/2009.

[46] Departamento de Governo Eletrônico. Recomendações para

Codificação de Formulários Acessíveis versão 2.0. Outubro de 2008. Disponível em: < http://www.governoeletronico.gov.br/biblioteca/arquivos/formularios-acessiveis/view>. Acesso em: 27/09/2008.

[47] Departamento de Governo Eletrônico. Recomendações para

Codificação de Texto Alternativo versão 2.0. Outubro de 2008. Disponível em : < http://www.governoeletronico.gov.br/biblioteca/arquivos/o-uso-correto-do-texto-alternativo/view>. Acesso em: 27/09/2008.

100

[48] Departamento de Governo Eletrônico. Guia de Recomendações de Acessibilidade versão 2.0. Maio de 2007. Disponível em: < http://www.governoeletronico.gov.br/biblioteca/arquivos/e-mag-versao-2.0/view>. Acesso em: 25/10/2008.

[49] W3C. My Web site is standard! And yours? Disponível em:

<http://www.w3.org/QA/2002/04/Web-Quality>. Acesso em: 04/08/2009.

101

APÊNDICE A – GLOSSÁRIO

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas: órgão

responsável pela normalização técnica no Brasil, fornecendo a base

necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.

AUDIOVISUAL - Audiovisual é todo meio de comunicação expresso

com a utilização conjunta de componentes visuais e sonoros, ou seja, tudo

que pode ser ao mesmo tempo visto e ouvido.

BRAILLE - Código de leitura tátil e de escrita, usado por pessoas

cegas.

CSS - Cascading Style Sheets (Folhas de estilo encadeadas) -

Linguagem de estilo utilizada para formatar páginas da internet.

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA - Trata-se de uma resolução

apresenta os Procedimentos-Padrões para a Equalização de Oportunidades

para Pessoas Portadoras de Deficiências.

EAD - Ensino a distância: modalidade educacional alternativa para

transmitir informações e instruções aos alunos, sem que alunos e

professores estejam localizados no mesmo espaço físico.

EXCLUSÃO SOCIAL - Exclusão social é de uma forma geral,

dificuldades ou problemas sociais que levam ao isolamento e até a

discriminação de um determinado grupo de pessoas.

HC - Hospital das Clínicas: é um hospital universitário localizado

dentro do campus da Universidade Estadual de Campinas e é considerado

um centro de referência em diversas especialidades médicas, possuindo

excelência reconhecida nacionalmente.

HTML - HyperText Markup Language: Linguagem de marcação

utilizada para produzir páginas da internet.

102

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: fundação pública

que tem atribuições ligadas às geociências e estatísticas sociais,

demográficas e econômicas, o que inclui realizar censos e organizar as

informações obtidas nesses censos, para suprir órgãos das esferas

governamentais federal, estadual e municipal, e para outras instituições e o

público em geral.

INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio

Teixeira: Autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC) com

objetivo de promover estudos, pesquisas e avaliações periódicas sobre o

sistema educacional brasileiro.

INTERNET - Conjunto de redes de computadores, que se comunicam

por meio dos protocolos TCP/IP. Entre outros serviços, oferece a cópia de

arquivos, correio eletrônico, participação em grupos de discussão e, o

principal deles, o acesso à World Wide Web (WWW).

MEC - Ministério da Educação: Órgão do governo federal que trata de

assuntos ligados as seguintes competências: política nacional de educação;

educação infantil; educação em geral, compreendendo ensino fundamental,

ensino médio, ensino superior, ensino de jovens e adultos, educação

profissional, educação especial e educação a distância, exceto ensino

militar; avaliação, informação e pesquisa educacional; pesquisa e extensão

universitária; e magistério.

MTE - Ministério do Trabalho e Emprego: Ministério do Governo

Brasileiro que trata de assuntos como: política e diretrizes para a geração de

emprego e renda e de apoio ao trabalhador; política e diretrizes para a

modernização das relações do trabalho; fiscalização do trabalho, inclusive

do trabalho portuário, bem como aplicação das sanções previstas em

normas legais ou coletivas; política salarial; formação e desenvolvimento

profissional; segurança e saúde no trabalho; política de imigração; e

cooperativismo e associativismo urbanos.

103

OMS - Organização Mundial de Saúde: agência especializada em

saúde que tem por objetivo desenvolver ao máximo possível o nível de

saúde de todos os povos.

PNEE - Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais:

Definição utilizada para classificar pessoas que necessitem tratamento

especial na sua educação.

PROINESP - Programa Nacional de Informática na Educação

Especial: Programa nacional que consiste, basicamente, na implantação de

laboratórios de informática em escolas públicas municipais e estaduais e

entidades sem fins lucrativos com vistas à aplicação desses recursos

tecnológicos junto aos alunos especiais.

SOFTWARE - Software é uma seqüência de instruções de

computadores a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação,

redirecionamento ou modificação de um dado/informação.

TECNOLOGIA ASSISTIVA - Ferramenta ou recurso utilizado com a

finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia à pessoa

com deficiência

TICs - Tecnologias de informação e comunicação: Tecnologias

utilizadas para a comunicação com objetivo de agilizar, horizontalizar e

tornar menos palpável (fisicamente manipulável) o conteúdo da

comunicação.

UNDP - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento: órgão

da Organização das Nações Unidas (ONU) que tem por mandato promover

o desenvolvimento e eliminar a pobreza no mundo.

UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação,

Ciência e Cultura: Organização com o objetivo de contribuir para a paz e

segurança no mundo mediante a educação, a ciência, a cultura e as

comunicações.

104

UNICEF - United Nations Children's Fund (Fundo das crianças do

Reino Unido): Agência que tem como objetivo promover a defesa dos

direitos das crianças, ajudar a dar resposta às suas necessidades básicas e

contribuir para o seu pleno desenvolvimento.

PESSOA VIDENTE - Pessoa que enxerga normalmente, sem

nenhuma deficiência visual.

W3C - World Wide Web Consortium (Consórcio da WWW): Consórcio

formado por instituições comerciais e educacionais, com o objetivo de definir

padrões para as respectivas áreas relacionadas à WWW.

WAI - Web Accessibility Initiative (Iniciativa de acessibilidade para a

web): Iniciativa que tem como missão promover a acessibilidade na internet

para pessoas com deficiência.

WCAG - Web Content Accessibility Guidelines (Recomendações de

acessibilidade para conteúdos web): Documento que serve de referência

mundial para a acessibilidade na internet, onde constam recomendações de

acessibilidade de conteúdo para internet.

XHTML - Extensible Hypertext Markup Language (Linguagem de

marcação extensível): Linguagem originada do HTML que obedece as

regras do XML.

105

APÊNDICE B – ANEXO 1

Neste anexo é apresentado um manual com as orientações de como

utilizar o site www.cursodehtml.com.br. No final deste anexo é apresentada

uma breve explicação sobre a área administrativa do site.

Como utilizar o site

O site www.cursodehtml.com.br tem a proposta de apresentar uma

interface simples e de fácil utilização para que os deficientes visuais

consigam utilizar o site em sua totalidade, sem nenhuma barreira. A seguir é

apresentada a estrutura do site, com a descrição de cada página, e com os

principais fluxos que os alunos encontrarão ao navegar no site.

Mapa do site

Na figura 25 é apresentado o mapa do site, com todas as páginas do

site.

Figura 25 - Mapa com principais funcionalidades do site. Fonte: Criação Própria.

106

Página inicial

Na figura 26 é apresentada a página inicial do site. Esta página é a

primeira página exibida ao acessar o site www.cursodehtml.com.br. No

menu ao lado direito da tela, o usuário tem acesso aos seguintes links:

Cadastre-se

Área do Aluno

O Curso

Conheça o Projeto

Fale Conosco

Página inicial

Este menu é apresentado em todas páginas do site.

Figura 26 - Página principal do site www.cursodehtml.com.br. Fonte: Criação Própria.

107

Realizar cadastro no curso de HTML

A figura 27 apresenta a página com o formulário para realizar o

cadastro no curso de HTML. Esta página é acessada através do link

―Cadastre-se‖ localizado no menu ao lado direito da tela.

Os campos obrigatórios deste formulário são: nome, login, senha e

data de nascimento. Ao preencher esses campos, e clicar no botão ‗realizar

cadastro‘, o usuário já estará cadastrado como aluno, e então poderá

realizar o curso de HTML.

Figura 27 - Formulário de cadastro do site www.cursodehtml.com.br. Fonte: Criação

Própria.

Área do aluno

A página área do aluno é acessada através do link ―Área do aluno‖

localizado no menu ao lado direito da tela.

108

Acessando esta página, usuários já cadastrados podem acessar a

área do aluno, e dar prosseguimento na realização do curso de HTML. Para

isto, o usuário deve preencher seu login e sua senha no formulário

apresentado e clicar no botão ‗Acessar a área do aluno‘.

Nesta mesma página é disponibilizado o link ‗Se você esqueceu sua

senha, clique neste link‘, que deve ser utilizado caso o aluno tenha

esquecido sua senha. Ao clicar nesse link o usuário acessará a página

―Esqueci minha senha‖.

Esqueci minha senha

Esta página deve ser utilizada quando um aluno esquecer sua senha

para acessar a área do aluno. Ao acessar esta página, é apresentado um

formulário com os campos de login e data de nascimento. Ao informar esses

dados no formulário, o sistema irá recuperar a senha do aluno, e exibi-la na

tela.

O Curso

Nesta página são apresentadas informações sobre o curso de HTML:

carga horária do curso, pré-requisitos, informações de como o curso foi

desenvolvido, e etc.

Conheça o Projeto

Nesta página são apresentadas informações de como utilizar o site, e

informações sobre a existência do projeto.

Fale conosco

A página ‗fale conosco‘ apresenta um formulário para que os alunos

entrem em contato com os desenvolvedores do site

109

www.cursodehtml.com.br. O formulário conta com os seguintes campos:

nome, e-mail e mensagem.

Página principal da ‘Área do aluno’

Na figura 28 é apresentada a página exibida quando um aluno realiza

o cadastro no curso de HTML, ou quando o aluno digita seu login e senha na

página ‗área do aluno‘.

Ao acessar esta página o menu apresentado ao lado direito da tela

tem seus links alterados, conforme a seguir:

Iniciar curso

Esclarecer dúvida

Índice do curso

Fale Conosco

Sair do curso

Figura 28 - Página da área do aluno www.cursodehtml.com.br. Fonte: Criação Própria.

Realização do curso

Na figura 29 é apresentado um exemplo de como os capítulos do

curso são apresentadas aos alunos. Após realizar o cadastro, o aluno pode

110

iniciar a realização do curso pelo link ―Iniciar curso‖, disponível no menu da

área do aluno, ou através dos links que são exibidos na página ‗índice do

curso‘.

Para prosseguir para um próximo capítulo, o aluno deve utilizar o link

―Próximo capítulo‖ localizado no menu da área do aluno.

Figura 29 - Modelo de página usada nos capítulos do curso de HTML. Fonte: Criação

Própria.

Índice do curso

A página ―Índice do curso‖ é acessada através do link ―Índice do

curso‖ localizado no menu da área do aluno.

Nesta página é exibida uma lista com todos os capítulos do curso,

permitindo que o aluno conheça o conteúdo programático do curso. Os

capítulos já estudados são apresentados em forma link, permitindo que o

aluno estude novamente o capítulo que desejar.

111

Exercícios

Ao avançar entre os capítulos, são propostos ao aluno exercícios de

fixação do conteúdo estudado no último capítulo.

Na figura 30 é apresentada uma página com um exercício relacionado

a um determinado capítulo estudado pelo aluno. Abaixo do enunciado do

exercício, é apresentado um formulário para que o aluno escreva o código

HTML solicitado no exercício. A realização desses exercícios não é

obrigatória.

Figura 30 – Modelo de página dos exercícios propostos na finalização de cada

capítulo do curso de HTML. Fonte: Criação Própria.

Esclarecer dúvida

A página ―Esclarecer dúvida‖ é acessada através do link ‖Esclarecer

dúvida‖ localizado no menu da área do aluno.

Nesta página é apresentado um formulário onde o aluno digita sua

dúvida, e um botão ‗enviar dúvida‘.

112

Se existir pelo menos uma dúvida do aluno respondida pelos tutores

do curso, é disponibilizado na área do aluno o link ―Respostas das dúvidas‖.

Ao acessar esse link, são apresentadas as respostas enviadas pelo tutores.

Avaliação do curso

Após o aluno concluir os 9 capítulos do curso, é proposto ao aluno a

realização de uma avaliação contendo 10 perguntas, onde cada pergunta

possui 5 alternativas, sendo que apenas 1 alternativa é a correta. Esta

avaliação pode ser acessada através do link ―Responder avaliação‖

localizada no menu da área do aluno.

Na figura 31 é apresentada a página com o formulário de avaliação.

Figura 31 - Formulário de avaliação exibido quando o aluno finaliza todos capítulos

do curso de HTML. Fonte: Criação Própria.

Criar meu site

Após concluir os 9 capítulos do curso, e responder a avaliação, é

exibido ao aluno um link para criar seu site, e hospedá-lo dentro do servidor

113

do site www.cursodehtml.com.br. A criação das páginas do site é realizada

através do link ―Criar meu site‖ no menu da área do aluno.

A figura 32 apresenta a página onde o aluno pode criar seu site.

Figura 32 - Formulário onde o aluno pode criar seu site em HTML. Fonte: Criação

Própria.

Lista de arquivos criados

Para visualizar a lista de páginas HTML criados, o aluno deve acessar

o link ―Listar meus arquivos‖ localizado no menu ―criar meu site‖. O aluno

pode editar os arquivos criados clicando no nome do arquivo.

Área administrativa

A área administrativa do site é acessada através do endereço

http://www.cursodehtml.com.br/systcc/. Ao acessar essa página é exibido um

formulário solicitando um login e uma senha de administrador. Somente os

desenvolvedores do site têm acesso a essa área.

Na área administrativa existem 4 itens no menu. São eles:

Alunos

Avaliações

114

Dúvidas

Relatório

Administração de alunos

Através do link Alunos é exibida uma lista de todos os alunos

cadastrados no curso de HTML. Ao clicar no nome do aluno é possível

visualizar informações sobre o aluno (nome, e-mail, idade, e etc.).

Administração de avaliações

Através do link Avaliações é exibida uma lista de todos os alunos

cadastrados no curso de HTML que responderam a avaliação. Ao clicar no

nome do aluno, é possível visualizar o resultado da avaliação do aluno.

Administração de dúvidas

Através do link Dúvidas é exibida uma lista com todas as dúvidas

enviadas pelos alunos cadastrados no curso de HTML. Abaixo de cada

dúvida existe um formulário para o tutor responder a dúvida do aluno.

Relatório administrativo

Através do link Relatório é exibido um relatório onde é possível

visualizar informações como: total de alunos que concluíram o curso, total de

dúvidas enviadas pelos alunos, total de alunos que responderam a

avaliação, entre outras informações.

115

APÊNDICE B – ANEXO 2

Nas figuras 33 e 34 são apresentadas as perguntas e alternativas que

compõe a avaliação proposta aos alunos que finalizarem os 9 capítulos do

curso de HTML.

Figura 33 - 5 primeiras perguntas da avaliação do curso de HTML. Fonte: Criação

Própria.

116

Figura 34 - Figura 40 - 5 últimas perguntas da avaliação do curso de HTML. Fonte:

Criação Própria.

117

APÊNDICE B – ANEXO 3

O site www.cursodehtml.com.br foi divulgado em diversos sites pela

internet, com o objetivo de difundir o projeto para os deficientes visuais. A

seguir são apresentados alguns dos sites onde o projeto foi divulgado.

Figura 35 - Divulgação do curso de HTML no site www.ethos.org.br. Fonte: Criação

Própria.

118

Figura 36 - Divulgação do curso de HTML no site www.terra.com.br. Fonte: Criação

Própria.

Figura 37 - Divulgação do curso de HTML no site www.lerparaver.com. Fonte: Criação

Própria.

119

Figura 38 - Divulgação do curso de HTML no site www.muitoespecial.com.br. Fonte:

Criação Própria.

Figura 39 - Divulgação do curso de HTML no site www.dasilva.org.br. Fonte: Criação

Própria.

120

Figura 40 - Divulgação do curso de HTML no site www.empresaresponsavel.com.

Fonte: Criação Própria.

Figura 41 - Divulgação do curso de HTML no site www.praxys.com.br. Fonte: Criação

Própria.

121

APÊNDICE B – ANEXO 4

No período de 25/07/2009 a 17/10/2009, o site recebeu um total de 20

mensagens enviadas pelo link ‗enviar dúvidas‘, disponível no menu da área

do aluno. Essas 20 mensagens foram enviadas por 9 alunos deficientes

visuais, cadastrados no curso de HTML. A seguir são apresentados os

nomes dos alunos, a data em que a dúvida foi enviada, e as respectivas

dúvidas, mantidas com o texto original escrito pelos alunos.

Nome: Claudia

Data: 29/08/2009

Dúvida

Meu noivo já está fazendo nosso site, por enquanto já temos um histórico de onde surgiu a

idéia de fazer o site, e também já temos alguns materiais pra postar no site, na verdade eu

quero aprender o básico de html, só quero aprender mesmo a jogar um texto na rede, pois

a parte de formatação meu namorado já vai fazer.... Obrigada!

Nome: Wanderley

Data: 31/08/2009

Dúvida

Olá! Gostaria de saber como faço para rever os exercícios que fiz?

Desde já, meus agradecimentos pela atenção e pelo ótimo curso, estou gostando muito!

Nome: Wanderley

Data: 02/09/2009

Dúvida

Olá!

Bom, não sei se estou utilizando o meio correto para enviar meu depoimento sobre o curso,

conforme solicitado, pelo que me desculpo antecipadamente...

Gostei bastante do curso, está tudo muito bem explicado, parabéns à vocês,

desenvolvedores! Aproveito a oportunidade para perguntar se não há outros cursos do

estilo, baseados nesta mesma plataforma?

Quanto de espasso temos disponível para a criação de sites? É possível realizar upload de

arquivos, para que possamos incluir links para que os visitantes possam fazer downloads?

Seria também, caso possível, bastante interessante uma continuação do curso, uma

espécie de "html mais avançado", visto que, da forma como estão dispostos os 9 capítulos,

fiquei interessado na linguagem html, que eu conhecia pouco, até agora.

Caso surjam outros cursos semelhantes a este (mesmo que não seja html), gostaria de

122

pedir que me informassem, pois gostei realmente da experiência de realizar curso online,

coisa que nunca havia feito até então.

Deixo mais uma vez os meus agradecimentos pelo ótimo curso!

Nome: Gustavo

Data: 05/09/2009

Dúvida

Oi, me chamo gustavo...

Gostaria de perguntar porque que quando clico para ixibir o código fonte que eu fiz com os

exercícios do capítulo, eu não vejo nenhuma página...

Eu consigui colocando no bloco de notas e salvando como index.html.

O problema é que tem alguma coisa errada no meu código, meu nome não está ficando em

negrito, conforme pedido no exercício do capítulo 5...

Gostaria que reparassem meu erro se possível.

O código .é:

<html>

<head>

<title> <b> gustavo torniero </b> </title>

</head>

<body>

<u> <i> Junior, Duda, Almir, etc... </i> </u>

<p align="right"> <font face="verdana" size="5"> David Guetta - Sexy Bitch (Featuring

Akon) [CLUB VERSION] </font> </p>

<hr>

<p> quanta coisa, eim? rsrs </p>

</body>

</html>

O texto ficou meio disconfigurado aqui na página do formulário para mandar para vocês

mas, espero que possam me responder...

Grato...

Nome: Gustavo

Data: 06/09/2009

Dúvida

estou gostando sim do curso.

Tenho mais duas perguntas.

1ª: quantos capítulos tem o curso?

É que eu lembro que la onde estava falando sobre o curso falava que tinha 8 capítulos (se

123

não estou enganado) e eu ja estou no 8... mas, tem mais capítulo 9, quantos capítulos tem

ao total? (desculpe pela pergunta, é que realmente eu não encontrei essa informação no

site)

2º: eu estou com dificuldades no capítulo 8; eu coloquei tudo certinho o código para exibir a

imagem mas, não exibe nada...

Eu não entendi muito bem esse capítulo, ficou meio confuso na minha cabeça.

(eu enxergo um pouco, por isso que consigo saber se a imagem consta na tela, ou não...).

Será que é porque a imagem é muito grande?

Qual a dimenção padrão?

Desculpe por tantas perguntas... é que de imagens, megapichels, eu não entendo muito

bem...

Grato novamente!

Nome: Wanderley

Data: 07/09/2009

Dúvida

Olá!

Tenho uma Dúvida com relação ao elemento "title" nos links. acontece que quando o

insiro, os leitores de tela que uso, o jaws e o orca (este último para linux), não o lêem.. há

algum procedimento específico para que este elemento seja lido?

um exemplo seria:

<a href="http://www.cursodehtml.com.br" title="totalmente gratuito">Curso online de

html</a>

a expressão "totalmente gratuito" não é lida...

Nome: Wander

Data: 12/09/2009

Dúvida

Eu gostaria de tirar uma Dúvida ao seguinte exemplo que vou digitar abaixo da

minha Dúvida .

É obrigatório escrever uma página de HPML com os códigos em certas palavras

acentuadas?

Exemplo:

A palavra página, nos códigos se escreve pá, a palavra acentuação, se

escreve, acentuação.

Esses códigos é necessário em uma página de HPML? Ou tanto faz escrever com os

códigos, ou normal?

Nome: PAULO SÉRGIO

124

Data: 13/09/2009

Dúvida

Olá! Eu estou com uma Dúvida . É a seguinte:

Como eu irei saber se o código html que digitei está certo?

Quem vai avaliar o código? Desde já grato.

Paulo Sérgio.

Nome: douglas

Data: 13/09/2009

Dúvida

gostaria de saber mais sobre título da página, e cabeçalho da página. título e cabeçalho

não são a mesma coisa, qual a diferença? pelo que entendi, estudando o cap. 4, o

cabeçalho da página, deve ter a tag, (<HEAD>, e </HEAD>. A tag <TITLE>, e </TITLEe>.O

serve para o título. me confundiu um pouco, quanto a posição do título e cabeçalho, onde

deve ficar uma e outra dentro da pagina.

Nome: Marise

Data: 14/09/2009

Dúvida

Fiquei com uma Dúvida no tocante a página inicial da criação de um site.

No item 3, foi mencionado que terei que por padrão ter o arquivo inicial da página como:

index.hTML.

Quanto a isso está tudo certinho.

Agora vem minha Dúvida ; o que for digitado após ―index.html‖ que se pudessem fornecer-

me um exemplo ficaria mais esclarecedor para mim.

Vamos supor que vou criar um site abrangendo assuntos diversificados, teria que colocar o

nome relacionado aos arquivos que seriam postados ou poderia criar outro título?

Não sei se consegui ser clara na minha Dúvida .

Cumprimentos

Marise

Nome: Wander

Data: 17/09/2009

Dúvida

Olá amigos!

Amigos, eu vim tirar uma Dúvida sobre atributos, pois eu fiz um teste, e não deu

certo não, ou melhor dizer, o resultado não foi o que eu esperava. eu fiz um teste,

com um time do Brasil. Escoli o Brasil. então fiz:

125

<CAMISA DO BRASIL="Verde e Amarela" VALOR="cem reais"> Camisa oficial a venda.

</CAMISA DO BRASIL>

Amigos estar certo? o atributo.

Nome: douglas

Data: 18/09/2009

Dúvida

creio que ao tentar tirar minha Dúvida sobre o cap. 4, eu tenha me expressado mal, e por

isso, a resposta, me deixou ainda com Dúvida sobre o que é cabeçalho e título. minha

Dúvida na verdade, é onde ficam as dduas, pois não sei porque, me confundi. vou dar um

exemplo, para me fazer mais claro: quando acesso o site www.cegueta.com/, a primeira

coisa que o leitor de tela ler, é a expressão: bem-vindo ao mais novo site para deficientes

visuais. isso é um título, ou um cabeçalho? deixo aqui meu abraço, e parabenizo, pela ideia

da realização do projeto. douglas

Nome: Wander

Data: 20/09/2009

Dúvida

Olá! Será que alguém pode me explicar como se faz esse teste?

Pois é o seguinte, eu não entendi, eu marquei uma, quando deu o resultado, falou

que eu marquei outra.

Será que vcs me explicam?

Eu quero saber, eu gostaria saber, se eu marco a certa, colocando para ativar a

alternativa, ou se eu marco as quatro erradas, e deixo só uma que no caso seria a

certa!

Amigos como eu faço?

não gostei nnn do meu resultado. risos!

Aguardando a resposta!

Nome: Carlos Viana

Data: 22/09/2009

Dúvida

Prezados, gostaria de saber se no final do curso receberemos algum certificado.

Nome: Wander

Data: 22/09/2009

Dúvida

Eu utilizo o monitivox mesmo, e a Webvox.

126

Sou pouco experiente com JAWS, e muito menos sei utilizar o NVDA, porém tenho

todos os dois programas de leitores de tela em meu PC!

Será que o erro pode ser em meu leitor, e em minha Webvox?

ObservaÇÃO: utilizar, eu só utilizo o monitivox, só vou no JAWS, quando não

consigo fazer o que quero com o monitivox.

Aguardando complemento da pergunta.

Nome: Wander

Data: 22/09/2009

Dúvida

Ok! Fique tranquilo, isso acontece, as vezes a internet nos impedi de fazer

nossas atividades na Webvox, ou o trabalho que temos pela internet!

Um abração para ti!

Nome: Wander

Data: 22/09/2009

Dúvida

Amigo, mais uma coisa!

Ao criar o meu site, é criado o arquivo Index.HPML.

Aí me bateu a Dúvida , quando eu criar minha página, qual a estrutura do endereço?

Eu vou poder alterar o arquivo Index.HPML?

Digo por que, é disponibilizado, poucas linha para executar a página principal do

site, então eu só encontrei uma saída, fazendo um link, dentro da página criada.

Nome: douglas

Data: 28/09/2009

Dúvida

olá, volto a contactar você para tirar Dúvida s. tentei criar um código html, conforme pedido

no cap. 8, mas quando pressiono o botão correspondente para exibi o que criei, a página

não carrega. é claro que estou fazendo algo errado, mas não sei o que. então, queria ver o

que pode está errado. estou tentando criar usando os códigos do exemplos do cap. 4, que

ensina como criar a base do sitee

Nome: henrique

Data: 13/10/2009

Dúvida

Olá senhores

eu li até o exercício 5 e fui fazer o exercício propósto no site... pois terminado dei enter em

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visualisar em html os códigos .. mas não pareceu nada...

estava aparessendo todos os códigos que eu fiz.

não tava no formato visualisado em html .. continuava aparecendo os códigos... expero ter

expressado bem a minha pergunta.

o que devo fazer?

Nome: henrique

Data: 15/10/2009

Dúvida

Olá caros amigos e professores

pois bem fiz o exercício pedido e a inda continua mostrando o meus códigos da página

pois cliquei em

Clique neste link para acessar página HTML criada.

e mesmo a sim continua mostrando os códigos feitos.