I I R NR I R N ADAD Agosto 2017 / Junho 2018 - nº 101...

12
I RAD ews N I RAD Informativo do Instituto de Radiologia - HCFMUSP Agosto 2017 / Junho 2018 - nº 101 O Hospital das Clí- nicas da FMUSP foi um dos gran- des destaques da 25ª Feira Hospitalar. O espaço didático Talk HC e o lançamento do Hospital 4.0 chamaram a atenção do público que visitou o estande para conhecer a experiência médico-cientí- fica-administrativa desenvolvida ao longo dos 74 anos de atividades no ensino, pesquisa e assis- tência à saúde e os projetos de inovação da Instituição. O Hospital das Clínicas realizou palestras no formato de Talk Show, para apresentar ao público, na feira Hospitalar 2018, temas sobre boas práticas, gestão e os projetos de inovação desenvolvidos na instituição. Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octávio Frias de Oliveira – ICESP está come- morando dez anos de atuação. Vinculado à Faculdade de Medicina da USP, fundado em 6 de maio de 2008, é o primeiro hospital estadual destinado exclusivamente ao tratamento oncológico. Desde o início, tornou-se referência na especialidade, sendo reconhecido pela população como o melhor hospital público da cidade de São Paulo. Em uma década, 94 mil pessoas passaram pelo ICESP, que atualmente tem 45 mil pacientes em tratamento. Ao longo desses anos realizou mais de 1,6 milhão de consultas médicas, em 31 especialidades, 1,1 milhão de consultas multiprofissionais, cerca de 20 milhões de exames de aná- lises clínicas e 1,4 milhão de exames de imagem. Atingiu também a marca de 430 mil sessões de radioterapia, mais de 440 mil sessões de quimioterapia, 220 mil atendimen- tos de urgência e emergência e 65 mil cirurgias. Gestão centrada no paciente foca melhoria do atendimento projeto de gestão im- plantado no InRad- HCFMUSP a partir de 2015, passa por uma reavaliação nesse inicio de 2018, e as primeiras ações se transformam em realidade. Focadas no bem estar do paciente, essas ações enfrentam os desafios naturais, mas enfatizam que os rumos estão certos. “O bem estar e a melhoria continua do atendimento ao pa- JPR´2018: participação expressiva do InRad Com homenagem ao prof. Carlos Alberto Buchpiguel, presidente de honra do evento, e uma intensa participação de conferencistas da instituição, envio de trabalhos cien- tíficos e painéis, o InRad marcou com destaque sua parti- cipação na Jornada Paulista de Radio- logia de 2018. O evento marcou também as comemorações dos 50 anos da Sociedade Paulista de Radiologia. Na foto, o presidente da entidade, dr. Carlos Homsi e o prof. Carlos Buchpiguel com a láurea. Hospitalar´2018: HCFMUSP aposta em inovação e talk show ICESP’10 anos: referência no tratamento oncológico Programas de humanização do ICESP, com ações transversais efetivas reconhecidas pelos usuários desde a sua chegada com o acolhimento dos pacientes e seus familiares; protocolos de pesquisas desenvolvidos para investigação e validação de novos medicamentos e estraté- gias de tratamento oncológico que possam ter mais eficá- cia, são alguns dos destaques da instituição, entre outros. O ICESP é referência também em inovação nos trata- mentos de ponta, a cirurgia robótica já beneficiou mais de mil pacientes do SUS. É referência, também no diagnóstico e terapia com recursos da imagem e pioneiro na área, com uma residência especializada em Oncologia. Assim, em seus dez anos de existência, o Instituto do Câncer de São Paulo, é um exemplo de assistência pública de qualidade ao paciente oncológico, com tratamento humanizado, profissionais altamente qualificados, amparados por uma estrutura física e de gestão similares aos melhores centros de oncologia do mundo. ciente, colocando-o no centro da organização dos serviços é a meta sempre buscada, enfatiza a dra. Marisa Madi, diretora executiva. E, nessa edição do InRad News, com um resumo dos principais aconte- cimentos dos últimos bimestres, apresentamos entrevista e uma análise do que vem sendo feito com esse objetivo. Ela destaca a capacita- ção e o treinamento de gestores e a revisão do planejamento estratégico, como decisivos para o sucesso do empreendimento. A participação do corpo clínico e das principais lideranças da ins- tituição, utilizando suas jornadas de trabalho, foi fundamental na elaboração e na execução desse pro- cesso, que ainda tem um caminho a percorrer. Frentes de trabalho foram definidas baseadas na jornada dos pacientes resultando em projetos específicos. Pag. 3. O O Gestores do InRad apresentaram temas no talk show O C MEMORAÇÃO

Transcript of I I R NR I R N ADAD Agosto 2017 / Junho 2018 - nº 101...

ewsI RADNAGO 17/JUN 18 1

I RADewsNI RADInformativo do Instituto de Radiologia - HCFMUSPAgosto 2017 / Junho 2018 - nº 101

O

Hospital das Clí-nicas da FMUSP foi um dos gran-des destaques

da 25ª Feira Hospitalar. O espaço didático Talk HC e o lançamento do Hospital 4.0 chamaram a atenção do público que visitou o estande para conhecer a experiência médico-cientí-fica-administrativa desenvolvida ao longo dos 74 anos de atividades no ensino, pesquisa e assis-tência à saúde e os projetos de inovação da Instituição. O Hospital das Clínicas realizou palestras no formato de Talk Show, para apresentar ao público, na feira Hospitalar 2018, temas sobre boas práticas, gestão e os projetos de inovação desenvolvidos na instituição.

Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octávio Frias de Oliveira – ICESP está come-morando dez anos de atuação. Vinculado à Faculdade de Medicina da USP, fundado em 6

de maio de 2008, é o primeiro hospital estadual destinado exclusivamente ao tratamento oncológico. Desde o início, tornou-se referência na especialidade, sendo reconhecido pela população como o melhor hospital público da cidade de São Paulo.

Em uma década, 94 mil pessoas passaram pelo ICESP, que atualmente tem 45 mil pacientes em tratamento. Ao longo desses anos realizou mais de 1,6 milhão de consultas médicas, em 31 especialidades, 1,1 milhão de consultas multiprofissionais, cerca de 20 milhões de exames de aná-lises clínicas e 1,4 milhão de exames de imagem. Atingiu também a marca de 430 mil sessões de radioterapia, mais de 440 mil sessões de quimioterapia, 220 mil atendimen-tos de urgência e emergência e 65 mil cirurgias.

Gestão centrada no paciente foca melhoria do atendimento

projeto de gestão im-plantado no InRad- HCFMUSP a partir de 2015, passa por uma

reavaliação nesse inicio de 2018, e as primeiras ações se transformam em realidade. Focadas no bem estar do paciente, essas ações enfrentam os desafios naturais, mas enfatizam que os rumos estão certos.

“O bem estar e a melhoria continua do atendimento ao pa-

JPR´2018: participação expressiva do InRadCom homenagem ao prof. Carlos Alberto

Buchpiguel, presidente de honra do evento, e uma intensa participação de conferencistas da instituição, envio de trabalhos cien-tíficos e painéis, o InRad marcou com destaque sua parti-cipação na Jornada Paulista de Radio-logia de 2018. O evento marcou também as comemorações dos 50 anos da Sociedade Paulista de Radiologia. Na foto, o presidente da entidade, dr. Carlos Homsi e o prof. Carlos Buchpiguel com a láurea.

Hospitalar´2018: HCFMUSP aposta em inovação e talk show

ICESP’10 anos: referência no tratamento oncológicoProgramas de humanização do ICESP, com ações

transversais efetivas reconhecidas pelos usuários desde a sua chegada com o acolhimento dos pacientes e seus familiares; protocolos de pesquisas desenvolvidos para investigação e validação de novos medicamentos e estraté-gias de tratamento oncológico que possam ter mais eficá-cia, são alguns dos destaques da instituição, entre outros.

O ICESP é referência também em inovação nos trata-mentos de ponta, a cirurgia robótica já beneficiou mais de mil pacientes do SUS. É referência, também no diagnóstico e terapia com recursos da imagem e pioneiro na área, com uma residência especializada em Oncologia. Assim, em seus dez anos de existência, o Instituto do Câncer de São Paulo, é um exemplo de assistência pública de qualidade ao paciente oncológico, com tratamento humanizado, profissionais altamente qualificados, amparados por uma estrutura física e de gestão similares aos melhores centros de oncologia do mundo.

ciente, colocando-o no centro da organização dos serviços é a meta sempre buscada, enfatiza a dra. Marisa Madi, diretora executiva. E, nessa edição do InRad News, com um resumo dos principais aconte-cimentos dos últimos bimestres, apresentamos entrevista e uma análise do que vem sendo feito com esse objetivo. Ela destaca a capacita-ção e o treinamento de gestores e a revisão do planejamento estratégico,

como decisivos para o sucesso do empreendimento.

A participação do corpo clínico e das principais lideranças da ins-tituição, utilizando suas jornadas de trabalho, foi fundamental na elaboração e na execução desse pro-cesso, que ainda tem um caminho a percorrer. Frentes de trabalho foram definidas baseadas na jornada dos pacientes resultando em projetos específicos. Pag. 3.

O

OGestores do InRad apresentaram temas no talk show

OC MEMORAÇÃO

ewsI RADN2 AGO 17/JUN 18

OH PITALAR 2018

e 7 a 10/05/2018 foi realizado o Workshop Advances in Molecular Imaging and Radiopharmacy (Workshop sobre os Avanços em Imagem Molecular e Radiofarmácia), promovido pela FMUSP, com apoio da CAPES, FAPESP, Universidade da Califórnia – Davis/EUA

e do Instituto de Radiologia e Instituto do Câncer do HCFMUSP.A abertura foi realizada no auditório do Centro de Treinamento do

InRad com a presença do diretor da FMUSP, Prof. Jose Otavio Costa Auler Jr; do pró-reitor de pesquisa da USP, Prof. Sylvio Roberto Accioly Canuto - em sua primeira visita oficial à instituição; o presidente do Conselho Diretor do InRad, Prof. Giovanni Guido Cerri; do presidente do Conselho Diretor do Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp), Prof. Roger Chammas; do diretor executivo da rede de Laboratórios de Investigação Médica (LIMs) do HCFMUSP; do Prof. Geraldo Busatto Filho; e do diretor do Centro de Medicina Nuclear do InRad, Prof. Carlos Alberto Buchpiguel, além dos pesquisadores estrangeiros e brasileiros.

Programado como uma das atividades do Projeto SPRINT - financiado pela FAPESP, o evento aconteceu nas instalações do InRad e CMN. Essa oficina tem como objetivo promover o intercâmbio de pesquisadores bra-sileiros e estrangeiros e acelerar o desenvolvimento de pesquisa.

Estiveram presentes no workshop os professores Julie Sutcliffe, da Universidade da Califórnia – Davis/EUA; Henry VanBrocklin, da Univer-

Workshop internacional sobre Radiofarmáciasidade da Califórnia – São Francisco/EUA e Buck Rogers, da Washington University in Saint Louis/EUA.

Representando o lado brasileiro participaram o Prof. Andre Luis B. de Barros, da UFMG; o Prof. Henning Ulrich, do IQ-USP; o Prof. Ademar Lu-gão, do IPEN; o Prof. Victor Deflon, do IQ-USP em São Carlos; o Prof. Eder Moraes, do Departamento de Física--USP em Ribeirão Preto; além da dra. Daniele Faria e da mestra Mara Junqueira, que integram o quadro de pesquisadores do ICESP e LIM-43, do HCFMUSP, na área de imagem molecular.

O I Workshop, que teve como um dos seus principais temas o desen-volvimento de novos processos em radiologia, a criação de radiofármacos e nanomoléculas, além de novas tecnologias e técnicas nos diagnósticos por imagem, teve uma plateia de aproximadamente 70 pessoas, formada por pro-fessores, alunos de pós-graduação e graduação, dos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo.

urante os quatro dias de evento mais de 900 pessoas assistiram às 32 palestras do Talk HC no estande do Hospital das Clínicas, focadas em temas ligados à

área de gestão, como Empreendedorismo; Estraté-gia; Compliance; Desafios e Oportunidades da Co-municação Corporativa, Integração Institucional; Qualidade e Segurança do Paciente; Arquitetura Hospitalar; Suprimentos; Plantão Controlador, Arquitetura Hospitalar; Planejamento Estratégico e projetos de inovação, como Hospital do Futuro, entre outros, que traduzem a expertise do HCFMUSP.

Os palestrantes, todos do HCF-MUSP, representaram os Núcleos Técnico-Administrativos vinculados à Superintendência (Comunicação Institucional, Direito, Econômico e Fi-nanceiro, Engenharia e Arquitetura, Gestão de Pessoas, Informações Cor-porativas, Infraestrutura e Logística, Planejamento e Gestão, Saúde Suple-mentar, Tecnologia da Informação); os Comitês de Integração de Assistência (em Enfermagem, Farmacêutica e de Nutrição) e do Plantão Controlador, vinculados à Diretoria Clínica, bem como da Diretoria de Compliance, da Escola de Educação Permanente e os Institutos - ICr, IMRea, InCor, ICESP, InRad, ICHC, IPq e IOT, que compõem o complexo hospitalar.

Segundo o Eng. Antonio José Rodrigues Pe-reira, Superintendente do HCFMUSP, a ideia foi oferecer conteúdo em um formato ágil e consagra-do, similar ao TED Talks. Por esse motivo, cada

Hospital 4.0 e a quarta revolução industrial com foco na saúde

Um dos grandes destaques da 25ª Feira Hospitalar, em São Paulo, o HCFMUSP - único hospital público a contar com um estande próprio, apresentou como principal novidade o Espaço Didático com um novo formato de palestras de 20 minutos – o Talk HC, para mostrar ao público sua

experiência médico-científica-administrativa desenvolvida ao longo dos 74 anos de atividades no ensino, pesquisa e assistência à saúde da Instituição.

palestra teve um tempo de apenas 20 minutos, e o intervalo entre uma e outra também seguiu o mesmo padrão de horário. “Pensamos nisso para oferecer ao público qualificado e interessado da Hospitalar um pouco da nossa experiência na condução do maior complexo hospitalar da América Latina, disseminando para a sociedade

a nossa produção de conhecimento e inovação. Isso é ensino”, explica Pereira.

“Essa experiência foi bem interessante, pois nos faz incorporar um papel de “vendedor”, com o objetivo de disseminar as boas práticas, o conheci-mento e os projetos de inovação desenvolvidos na nossa instituição”, diz a dra. Marisa Madi, diretora executiva do InRad.

Hospital 4.0Durante o evento, no segundo dia da feira

Hospitalar (23 de maio) aconteceu o lançamento oficial do Hospital 4.0 – Inova HC, que tem o ob-jetivo de aplicar tecnologias da chamada Quarta Revolução Industrial na Saúde.

A cerimônia contou com a participação do superintendente do HCFMUSP, Eng. Antonio José Rodrigues Pereira, da diretora clínica do HCFMUSP,

Profa. Eloísa Bonfá, do diretor do Conselho Diretor do InRad e coor-denador da Comissão de Inovação do HCFMUSP, prof. Giovanni Guido Cerri, do coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística do HCF-MUSP, Marco Bego, Camile Giaretta Saqueti, Diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde; Thiago Santos, Diretor do Complexo Industrial do Ministério da Saúde; Rui Salvari Baummer, Diretor de Saúde Biotecnologia da FIESP; Eduardo Mario Dias, prof. da Escola Politécnica da USP; e do Dire-tor do Medical Valley da Alemanha, dr. Tobias Zobel, além de Professores Titulares e Diretores Executivos do

HCFMUSP, que também prestigiaram o lança-mento.

Ainda durante a solenidade, foi assinado Termo de Cooperação Técnico-Científica, na área de inovação, entre o HCFMUSP e a Medical Val-ley – Central Institute of Medical Engineering at FAU – Friedrich-Alexander Erlangen-Nurnberg, da Alemanha.

Para conhecer o Projeto Hospital 4.0 acesse o seguinte endereço eletrônico: www.hc40.com.br

D

D

O evento recebeu as principais lideranças do HCFMUSP e representantes do meio acadêmico e da indústria.

Aula prática em imagem pré-clinica

ewsI RADNAGO 17/JUN 18 3

A

LP ANEJAMENTO

caminhada da liderança do InRad no desenvolvimento de ações visando o bem estar e a melhoria contínua do atendimento ao paciente, colocando-o

no centro da organização dos serviços, começou em 2015, com a capacitação e treinamento dos gestores para a mudança de foco na gestão e a revisão do planejamento estratégico do instituto utilizando as ferramentas do Design Thinking”, lembra a dra. Marisa Madi.

No final de 2016, na revisão anual do planeja-mento estratégico, o grupo definiu duas frentes de trabalho, baseadas nas jornadas dos pacientes e dos funcionários, resultando no desenvolvimento de dois projetos estratégicos:

1 GEDI - Gerenciamento de Exames de Diag-nóstico por Imagem, cujo objetivo é melhorar a experiência do paciente no processo de agenda-mento de exames no HC, incluindo os Centros de Diagnóstico por Imagem dos outros Institutos;

2 PAMDA – Programa de Ações de Me-lhorias e Desenvolvimento do Ambiente, para melhorar a experiência dos colaboradores, com ações no ambiente e foco na ergonomia e redução de desperdícios com incorporação da metodologia Lean.

O planejamento de 2018: participação do corpo clínicoPara este ano, as lideranças do InRad de-

cidiram disseminar o uso das ferramentas do Design e colocar foco na experiência do paciente, utilizando suas jornadas de forma mais frequente e rotineira. O primeiro passo foi capacitar os gestores e lideranças médicas na elaboração das jornadas dos pacientes para serem utilizadas nas reuniões de análises críticas, onde as equipes multiprofissionais se reúnem mensalmente, ana-lisam os indicadores de desempenho e elaboram planos de ação.

A diretora explica que o diferencial da jorna-da, comparada aos indicadores que são avaliados, é que ela aponta as necessidades do paciente e o coloca no centro da organização do serviço, que ainda hoje está estruturado de acordo com a con-veniência do serviço. “A jornada do paciente nos provoca a pensar em outras formas de organização para atendê-lo em suas necessidades e, não para nossa melhor conveniência. Essa é a discussão que estamos trazendo este ano para dentro do InRad”, destacou. Para o Instituto esse tipo de discussão permite entender as necessidades desse paciente, e por meio da sua jornada, conseguir monitorá-lo através de indicadores que repro-duzam as suas reais necessidades e o seu valor.

“Não tem argumento contra. Como é que

Gestão centrada no paciente para melhoria contínua no atendimento

A melhoria contínua do atendimento, os desafios e as ações necessárias focadas no bem estar do paciente passam por uma reavaliação neste início de 2018 e mostram que os instrumentos usados até agora apontam na direção certa. A diretora executiva

do InRad HCFMUSP, dra. Marisa Madi, em entrevista ao InRad News, traçou um panorama da gestão com foco na jornada do paciente e os principais desafios no processo de implementação no Instituto.

você argumenta contra uma fala e uma percepção do paciente? É uma sensação que ele teve, não é uma análise crítica que a gente está fazendo. É o sentimento que ele teve, pode estar certo, pode estar errado, não tem certo e errado, é sentimento, ele saiu da instituição com aquela percepção, que nem sempre tem a ver com o serviço que prestamos diretamente, pois

ela pode estar ligada ao entorno. Vou dar um exemplo daqui relacionado ao serviço público. Muitos pacientes vêm ao HC com transporte da prefeitura, pois não tem condições de pagar por um particular. Então, juntamente com outros pacientes, que tem outras atividades aqui no HC, chegam às 7:00 horas da manhã. Para não superlotar as recepções, o acesso dos pacientes é permitido somente meia hora antes do exame ou do procedimento. Então, ele não pode entrar no prédio antes disso, e isso impacta na sua percepção de forma negativa”, exemplifica a dra. Marisa Madi, que complementa que não há uma solução fácil, pois envolve questões estruturais do sistema de saúde, mas acredita que não é possível ignorar esta condição.

A diretora explica ainda que ao longo desses anos a área da saúde se organizou de forma muito processual, focada no controle, nos serviços es-pecializados, entre outras condutas necessárias para garantir a melhor técnica e evolução. Mas, em determinado momento da sua história, foi preciso repensar o sistema com a humanização do atendimento, lembrando que o paciente é uma pessoa e tem uma vida lá fora e necessidades es-pecíficas. “A abordagem dos cuidados centrados no paciente, cuidados em saúde baseados em valor, que utiliza a jornada do paciente como re-ferência, é um segundo momento dos programas de humanização na saúde. É a humanização de

fato na gestão, colocando o paciente no centro da organização do serviço.

Jornada do Paciente, o grande desafio

Para a diretora do InRad o cuidado em saúde baseado em valor é o mais novo desafio para as ins-tituições de saúde públicas ou privadas, que devem

olhar o cenário atual e concentrar seus esforços na busca de modelos assistenciais, de gestão e de inova-ção, que imprimam a excelência dos seus serviços, contribuam para que o sistema de saúde funcione e proporcione uma boa experiência para os pacientes.

Com o tema inovação na pauta do dia, a ins-tituição pública universitária tem a vantagem de ser um espaço neutro de experimentação para a inovação e sua implementação. Mesmo os países desenvolvidos, que já fizeram suas reformas no sistema de saúde e já adotaram esse conceito, continuam buscando modelos que considerem o paciente e a sua necessidade no centro da gestão “É um desafio contínuo. Nós estamos no ponto da mudança conceitual. No momento de redire-cionar o olhar dos departamentos e das divisões e organizar o serviço baseado no paciente e na sua necessidade”, pondera a Direx.

Ainda, de acordo com Madi, o papel da inova-ção dentro de todo esse processo é dar a base para essas construções. Por exemplo, podemos começar a perguntar ao paciente o que é valor para ele; e depois desenvolver o formulário de pesquisa de satisfação para ver se esse valor foi atendido.

“Essa é uma mudança que a gente precisa fazer”. E a partir disso, é possível inovar, porque vamos entender o caminho a seguir e poder esco-lher ou desenvolver as melhores soluções, sejam elas produtos prontos ou projetos apresentados por startups”, conclui Marisa Madi.

Lideranças do InRad HCFMUSP participaram ativavamente do planejamento estratégico para o uso das ferramentas disponíveis que colocam o foco na experiência do paciente.

ewsI RADN4 AGO 17/JUN 18

de avaliar uma nova tecnologia que está sendo im-plementada, um novo protocoloco de tratamento, dentre outras funções, exercendo assim, o papel de um consultor externo. A última modalidade consiste em uma pessoa do staff do hospital que passa entre um e três meses em uma instituição internacional recomendada em função do objetivo do treinamento.

Projetos brasileirosO executivo Dazhu Yang também esteve no

IPEN, que é vinculado à CNEN. Na ocasião, ele e o presidente da CNEN, Paulo Roberto Pertusi, ratificaram o “Practical Arrangements between the AIEA and the CNEN” (Acordos Práticos entre a AIEA e a CNEN, em tradução livre). O objetivo é estabelecer o planejamento de cooperação entre as partes na área de Capacitação em Ciência e Tecnologia. Dentre as atividades previstas estão: promover formação de recursos humanos em programas de curto e longo prazo, e oferecer trei-namentos em diversas áreas como, por exemplo, medicina nuclear e radiológica.

Em Brasília, o diretor da AIEA teve encontros marcados no MCTIC, MRE e GSI. Em Recife, co-nheceu um projeto de uso de radiação ionizante para controle do mosquito Aedes aegypti. O pro-jeto conta com apoio da AIEA. No Rio de Janeiro, conheceram as atividades desenvolvidas em uni-dades da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Também foi apresentado ao Programa Nuclear da Marinha em visita ao Centro Tecnoló-gico da Marinha em São Paulo (CTMSP) localizada no Centro Experimental Aramar (CEA), na cidade de Iperó, no interior paulista. O diretor da AIEA também conheceu o local destinado à construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), um dos principais projetos da CNEN.

O evento ocorreu no dia 23 de março, e a equipe foi recepcionada pela dra. Marisa Madi, diretora executiva do InRad, Profa. dra. Heloisa Andrade

Carvalho, Professora Livre-Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e dra. Laura Natal Rodrigues, responsável técnica pelo programa de residência em Física Médica da FMUSP, que acompanharam a comitiva durante a visita técnica ao Instituto, única instituição ex-terna ao CNEN que recebeu seus representantes.

Esclareceu a dra. Laura Natal Rodrigues, que “o Brasil, como país membro e signatário da ONU, é considerado um país de referência perante à AIEA no âmbito da América Latina, com participa-ção efetiva nos programas de Cooperação Técnica, que a cada ano divulgam novos editais para as quais as instituições brasileiras podem submeter novas propostas de projetos perante a Agência”.

Desde 2005 até presente momento o InRad – Setor de Radioterapia, tem participado ativamente dos projetos de pesquisa perante o programa de Cooperação Técnica da AIEA. “Através des-ses projetos o Brasil recebe alguns benefícios previstos em tais projetos, principalmente o oferecimento de treinamentos para médicos e físicos do InRad,assim como o recebimento de equipamentos que dificilmente seriam obtidos perante os órgão de fomento nacionais, destaca a dra. Laura.

Para a pesquisadora, sem o projeto de coo-peração técnica não seria possível conseguir tais equipamentos e treinamentos de alguma outra forma no País. “O projeto, como visa a implan-tação de novas tecnologias na Radioterapia, tem

InRad recebe visita de pesquisadores da AIEAER GISTRO

Como parte de um programa de parceria e cooperação técnica, o Instituto de Radiologia do HCFMUSP (InRad) recebeu a visita do Diretor-Geral Adjunto e Chefe do Departamento de Cooperação Técnica da Agência Internacional de Energia

Atômica (AIEA), Dazhu Yang, do Chefe do Departamento de Cooperação Técnica da Divisão da América Latina e Caribe, Raul Ramirez Garcia, e do pesquisador Chao Tsu Chia (CNEN), Oficial de Ligação para Assuntos de Cooperação Técnica

com a AIEA, programada em virtude das comemorações dos 60 anos da Agência.

Parceria e cooperação técnica marcaram a visita da comitiva da AIEA, liderada pelo dr. Dazhu Yang (ao centro).

Visitantes percorreram as diversas instalações e unidades do Instituto de Radiologia HCFMUSP.

essa possibilidade que dificilmente poderia ser obtida de alguma outra maneira. Fora de qualquer projeto de Cooperação Técnica é muito dificil con-seguir equipamentos de alto valor financeiro, e o treinamento somente poderia ser feito em um caso emergencial”, afirma Laura. ”Nós temos recebido muitos médicos, físicos médicos e até mesmo dosi-metristas de outros paises, sobretudo da América Latina pelo fato do Brasil ser considerado um país de referência”, conclui.

Os treinamentos se dividem em três modali-dades: a visita técnica, que é direcionada ao staff sênior, cujo objetivo é uma questão mais gerencial e operacional, assim como a implementação de uma nova técnica de tratamento. A vinda de um perito externo, que passa de uma a duas semanas com toda a equipe da Radioterapia, com o objetivo

ewsI RADN 5AGO 17/JUN 18

ER LATO DE CASO

Paciente masculino, 49 anos, há uma semana com cianose fixa e dolorosa nas pontas dos dedos da mão esquerda (Fig 1) e lesão trófica na região volar do terceiro dedo esquerdo. Ao exame físico apresentava pulso radial e ulnar presentes e simétricos com o lado contralateral. História de USG Doppler recente do membro superior esquerdo normal.

Estenose da Artéria Subclávia esquerda associado a Ateroembolismo

História Clínica

Propedêutica Radiológica1 Artérias radial e ulnar esquerdas apresentavam-se pérvias, com fluxo monofásico e velocidades reduzidas em relação às contra-

laterais (Fig 2).

2 Visualizado oclusão da artéria digital do terceiro dedo da mão esquerda (Fig 3).

3 Artéria vertebral esquerda demonstrava roubo parcial da artéria subclávia (Fig 4, 5).

4 Aumento significativo da velocidade na região proximal da artéria subclávia esquerda (Fig 7).

Realizado Angiotomografia computadorizada que evidenciou estenose de cerca de 70% na artéria subclávia esquerda proximal (Fig 8).

Fig 1: Foto da mão do paciente demonstrando cianose das pontas dos dedos da mão esquerda (Síndrome do Dedo Azul).

Fig 2.0: (a) Artéria radial esquerda pérvia com fluxo monofásico e velocidade reduzida em relação à contralateral; (b) Artéria radial direita pérvia com fluxo monofásico.

(a) (b)

ewsI RADN6 AGO 17/JUN 18

ER LATO DE CASO

Fig 2.1: (a) Artéria ulnar esquerda pérvia com fluxo monofásico e velocidade reduzida em relação à contralateral; (b) Artéria ulnar direita pérvia com fluxo monofásico.

Fig 3: (a) oclusão da artéria digital do terceiro dedo da mão esquerda; (b) artéria digital do terceiro dedo da mão direita pérvia.

Fig 4: (a) Artéria vertebral esquerda com padrão de onda de roubo parcial da artéria subclávia; (b) artéria vertebral direita com padrão de onda normal.

(a) (b)

(a) (b)

(a) (b)

ewsI RADN 7AGO 17/JUN 18

ER LATO DE CASO

Fig 5: Correlação do padrão espectral da artéria vertebral esquerda com a angiografia demonstrando fluxo anterógrado (seta vermelha) bem como retrógrado (seta azul) – roubo parcial da artéria subclávia.

Fig 7: Aumento significativo da velocidade na emergência da artéria subclávia esquerda. (a) usado transdutor endocavitário com acesso pela fúrcula esternal; (b) usado transdutor convexo.

(a) (b)

(a)

(b)

(c)

(d)

Fig 6: Evolução dos espectrais visualizados nas artérias vertebrais dos diversos graus de roubo da subclávia, casos do serviço: (a ) Pré roubo com incisura diastólica; (b) pré roubo – “sinal do coelho”; (c) roubo parcial: fluxo anterógrado e retrógrado (d) roubo de subclávia: somente fluxo retrógrado.

(a) (b)

ewsI RADN8 AGO 17/JUN 18

ApresentaçãoWillian Yoshinori Kawakami (2017)Médico Residente (R3) do Departamento de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Hospital da Clínicas da FMUSP.Peter Célio FrançolinMédico Radiologista do Departamento de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Hospital das Clínicas da FMUSP.Pedro Henrique Ramos Quintino da Silva (2017)Médico Preceptor do Departamento de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Hospital das Clínicas da FMUSP.

ER LATO DE CASO

DiscussãoO principal foco de discussão do caso acima relatado não é o diagnóstico final, mas a propedêutica radiológica do exame USG Doppler. Este paciente tinha sinais e sintomas de alguma patologia arterial proximal no membro superior esquerdo, no entanto apresentava pulsos distais presentes e simétricos bem como exame prévio de USG Doppler “normal”.

Avaliando as artérias radial e ulnar esquerdas notava-se que estavam pérvias e apresentavam padrões de onda semelhantes às artérias direitas, porém com velocidades reduzidas (Fig 2) . O padrão não trifásico pode ser um padrão de onda não patológico nos membros superiores, mas sempre deve chamar a atenção do examinador principalmente quando assimétrico e com velocidade reduzida.

Realizado avaliação ativa da artéria digital do terceiro dedo da mão esquerda, local da lesão trófica, e observou-se que estava ocluída (Fig 3a). Artéria digital contralateral estava pérvia (Fig 3b). Muitas vezes não se examina algumas artérias por erroneamente achar que não são acessíveis, logo destacamos a importância de se conhecer bem a anatomia do segmento avaliado e buscar ativamente por artérias que possam contribuir para o raciocínio dentro da propedêutica radiológica.

Ao avaliar a artéria vertebral esquerda observou-se que apresentava padrão de roubo parcial da subclávia ou roubo em instalação (Fig 4a), havia fluxo anterógrado bem como retrógrado. Este padrão ocorre quando há uma estenose ou oclusão da artéria subclávia proximal à emergência da artéria vertebral ipsilateral. Além de conhecer este padrão o ponto fundamental nesta situação foi avaliar a artéria vertebral, que mesmo não fazendo parte do protocolo do exame do membro superior pode trazer informações essenciais para o diagnóstico.

Neste ponto do exame, mesmo não acessando a artéria subclávia esquerda, a qual apresentava acesso muito difícil e limitado, tínha-mos subsídios suficientes para realizarmos a hipótese diagnóstica de estenose da artéria subclávia proximal. Contudo foi realizado acesso com transdutor endocavitário pela fúrcula esternal (Fig 7a) e posteriormente com transdutor convexo (Fig 7b) e visualizado aumento significativo da velocidade do fluxo na artéria subclávia, confirmando nossa suspeita.

Após investigação o diagnóstico final do paciente foi de estenose da artéria subclávia esquerda associado à ateroembolismo, justifi-cando a clínica de “Síndrome do Dedo Azul” que apresentava. O ateroembolismo é a liberação de êmbolos de colesterol de uma placa de ateroma determinando uma reação inflamatória tanto sistêmica como local (artérias) assim evoluindo com hipertrofia e fibrose da íntima determinando estenoses e até mesmo oclusão arterial. O paciente foi submetido a angioplastia com stent, evoluiu inicialmente com melhora clínica, porém houve oclusão do stent posteriormente.

ConclusãoPara fazer um exame de Doppler completo:

1 Sempre comparar.

2 Conhecer bem a anatomia do local examinado.

3 Avaliar o seguimento todo: fluxo distal “bom” do membro examinado e pulso presente não exclui patologia proximal.

4 Usar o transdutor mais adequado com a melhor janela para cada caso.

5 Avaliar a artéria vertebral na avaliação do membro superior pode ser uma ferramenta muito útil.

Fig 8 (a,b): Angiotomografia demonstrando estenose na artéria subclávia esquerda proximal

(a) (b)

Trabalho apresentado pelo InRad no final de 2017

ewsI RADNAGO 17/JUN 18 9

O

ET SES

dra. Marisa Madi defendeu tese de doutorado junto à Faculdade de Medicina da USP com o trabalho sobre “O estabelecimento de uma

rede de atenção oncológica: aná-lise da estrutura de serviços ha-bilitados”, sob a orientação do prof. Giovanni Guido Cerri, que presidiu a ban-ca examinadora composta pelos membros: Alva-ro Escrivão Junior; Linamara Rizzo Battis-tella e Marcelo Tatit Sapienza. Segundo a autora, o objetivo do trabalho foi fazer um estudo da rede oncológica do Sistema Único

US e Punção aspirativa em carcinoma de mama

om o trabalho sobre o “Desempenho da ultrassono-grafia e da punção aspirativa por agulha fina axilar em pacientes com carcinomas invasivos da mama: correlação com aspectos do linfonodo e caracterís-

ticas tumorais”, a dra. Patricia Akissue de Camargo Teixeira, submeteu-se a concurso no Departamento de Radiologia da FMUSP para obtenção do titulo de doutor. Ao definir os objetivos da pesquisa destacou “que o status linfonodal da axila ainda permanece como importante fator prognóstico em pacientes com câncer de mama invasivo, e que muitos estudos já relataram a importância da ultrassonografia axilar e da punção aspirativa por agulha fina (PAAF) na avaliação pré-operatória das pacientes com câncer de mama.” O prof. Nestor de Barros, presidente e os profs. Celso Pinto Nazario; Giovanni Guido Cerri; Jose Luiz Barbosa Bevilacqua e Mar-celo Abrantes Gianotti, compuseram a banca examinadora.

Perfusão miocárdica por TC de 320 colunas e por PET com Rubídio

dr. Roberto Nery Dan-tas Junior defendeu tese de doutoramento no Departamento de

Radiologia da FMUSP, com o trabalho intitulado: “Avaliação da perfusão miocárdica por TC com 320 colunas de detectores e por PET com Rubídio na investigação da doença arterial coronariana”. O estudo realizado entre junho e outubro de 2013, com 45 pacien-tes com suspeita de doença arterial coronariana – DAC, referidos para PET82Rb sob estresse com dipiridamol no Departamento de Medicina Nuclear do InCor-HCFMUSP, mostraram que “ na investigação não invasiva da doença arterial coronariana (DAC), a tomografia computado-rizada com 320 colunas de detectores (TC320) e a tomografia por emissão de pósitrons com Rubídio-82 (PET82Rb) se destacam pela elevada acurácia, e que os avanços tecnológicos, como a reconstrução interativa, permitiram o desenvolvimento de novos protocolos de aquisição multifásica, com baixa exposição à radiação. A banca examinadora, presidida pelo prof. Jose Rodrigues Parga Filho, foi constituída pelos membros: Estevan Vieira Cabeda; Jose Claudio Meneghetti; Maria Clementina Pinto Giorgi e Tiago Augusto Magalhães.

Estudo anatômico coronariano através de

Angio CT e PET CTs membros da banca examinadora: Estevan Vieira Cabeda; Jose Rodrigues Parga Filho; Maria Clemen-tina Pinto Giorgi e Raphael Abegão de Camargo, Roberto C. Cury e o presidente e orientador José

Claudio Meneghetti, avaliaram o estudo apresentado pelo dr. Matheus Guimarães Fahel, sobre a “Integração do estudo

anatômico coro-nariano através da angiotomo-grafia/escore de cálc io ao estudo funcio-nal de perfusão miocárdica pelo PET-CT utili -zando rubídio na investigação da doença arte-rial coronaria-

na”, para obtenção do título de doutor no Departamento de Radiologia e Oncologia na Faculdade de Medicina da USP. Segundo o autor, a doença arterial coronariana (DAC) persiste com alta morbimortalidade, e várias modalidades diagnós-ticas não-invasivas estão disponíveis para sua avaliação, incluindo escore de cálcio coronariano (EC), angiotomografia coronariana (AngioTC) e tomografia por emissão de pósitrons com rubídio (PET-CT82Rb), com ótimas sensibilidade e espe-cificidade, e que a integração destes métodos em um exame híbrido permite delinear extensão anatômica e funcional da aterosclerose, possibilitando diagnósticos mais corretos.

Malformações arteriovenosas encefálicasautor do tra-balho: “Mal-formações ar-teriovenosas

encefálicas: impacto da angioarquitetura nidal no resultado do trata-mento radiocirúrgico isolado ou precedido de embolização”, o dr. Car-los Michel Albuquerque Peres, sob a orientação do prof. Jose Guilherme Mendes Pereira Caldas, defendeu tese de doutorado na Faculdade de Medicina da USP. A banca examinadora foi composta por: Da-niel Giansante Abud; Eberval Gadelha Figueiredo; Mario Luiz Marques Conti e Michel Eli Frudit. De acordo com a pesquisa os aspectos morfológicos do nido e embolização parcial neoadjuvante sem intenção de cura de malformações arteriovenosas encefálicas, precedendo a radiocirurgia, podem ter influência no resultado final do tratamento.

Uma rede de atenção oncológicade Saúde no estado de São Paulo, por meio da análise da estrutura da rede instalada e habilitada para tratamento e suas carac-terísticas quanto ao perfil e distribuição

dos estabeleci-mentos, estru-tura e serviços disponíveis e produção míni-ma anual para a manutenção da excelência, uti l ização da capacidade de produção frente às necessidades

epidemiológicas e a produtividade nas modalidades de tratamento oncológico, a saber, cirurgias oncológicas, procedimentos de quimioterapia e radioterapia.

C

O

A

O

Nota da Redação: Na próxima edição serão publicadas as demais teses defendidas no período.

ewsI RADN10 AGO 17/JUN 18

E stimam os organizadores que 15 mil pessoas circularam pe-las instalações do Transamé-rica Expo Center. Os números

dão uma dimensão deste evento, um dos maiores do mundo, que mais uma vez, contou com expressiva participação das equipes do Instituto de Radiologia HCFMUSP, médicos, técnicos e tecnólo-gos, enfermagem e demais atividades, na apresentação de trabalhos cientí-ficos, nas palestras e na moderação dos temas.

O prof. Carlos Alberto Buchpiguel, diretor do Centro de Medicina Nuclear e Imagem Molecular do InRad HCFMUSP, foi ho-menageado como presidente de honra do evento. Também foram homenageados: o prof. Artur Ro-cha Fernandes, da UNIFESP-EPM, como patrono, e os drs. James Borgstede, Sergio Moguillansky, dos Estados Unidos, e Guilherme Azulay, da Argen-

InRad HCFMUSP tem expressiva presença na JPR´2018São Paulo sediou, no início de maio, a 48º Jornada Paulista de Radiologia, com números bem expressivos e a participação

das principais instituições do País e do Exterior. Neste ano de 2018, o evento foi realizado em parceria com a RSNA – Radiological Society of North America, e marcou as comemorações da 50º aniversário da Sociedade Paulista de Radiologia, entidade

promotora do evento, presidida pelo dr. Carlos Homsi.

C E N T R O D E E S T U D O S R A D I O L Ó G I C O S “ R A F A E L D E B A R R O S ”

Cursos Avançados em Diagnóstico por Imagem

PROGRAMAÇÃO

2018

JULHO21 e 22 Curso Avançado de Ecocardiografia e Ultrassonografia em Emergência e UTI Dra. Fabiola Prior Caltabeloti, Dr. Pedro Vitale Mendes, Dr. Leandro Utino Taniguchi - PhD, Dr. Dalton de Souza Barros e Dra. Ana Clara Tude Rodrigues - PhD27 a 29 Curso Física de RM Dra. Maria Concepción García Otaduy - PhD

AGOSTO4 e 5 Curso Ecocardiografia e Ultrassonografia em Emergência e UTI Dr. Pedro Vitale Mendes, Dr. Dalton de Souza Barros e Prof. Dr. Leandro Utino Taniguchi - PhD10 e 11 Curso Substratos Neurais na Epilepsia (novo) Dra. Paula Ricci Arantes11 Curso Point of Care: Estudo Focado das Principais Articulações Dr. Felipe Carneiro17 a 19 Curso Hands On de RM Membros Inferiores Dr. Marcelo Bordalo Rodrigues 24 e 25 Curso Hands On em Radiologia Torácica Dr. Ricardo M. Guerrini e Dr. Márcio V. Y. Sawamura 31 e 1/9 Curso Bi-Rads de Ressonância Magnética de Mama Dr. Nestor de Barros, Dra. Érica Endo e Dra. Su Jin Kim Hsieh

SETEMBRO 21 e 22 Curso Hands On de Imagem Vascular Angio TC e Angio RM Dr. Thiago Dieb Ristum Vieira21 e 22 Curso Densitometria Óssea para Médicos Dr. Rubens Schwart e Dr. Flávio Spinola Castro 21 e 22 Curso de Análise Multidisciplinar das Doenças das Mamas (Correlação Anátomo Radiológica Clínica) Dra. Su Jin Kim Hsieh, Dr. Marcelo A. Giannotti e Dr. Nestor de Barros

OUTUBRO5 e 6 Curso Ultrassonografia Avançada Sistema Musculoesquelético (Prático) Dr. Felipe Carneiro6 III Encontro Radiológico de Técnicos e Tecnólogos Tnl. Alcino Tadeu Ferreira e Tnl. Sergio Luis de Souza20 IV Curso de Atualização em RM Biom. Evandra Lucia da Cruz Souza, Biom. Gabriela Montezel Frigério, Biom. Leila Lima Barros e Biom. Rosana Aparecida de Oliveira Maurelli20 e 21 Curso Ecocardiografia e Ultrassonografia em Emergência e UTI Dr. Pedro Vitale Mendes, Dr. Dalton de Souza Barros e Prof. Dr. Leandro Utino Taniguchi - PhD26 a 28 Curso Hands On Coluna Vertebral e Plexo Braquial e Lombossacro Dr. Marcelo Bordalo Rodrigues

NOVEMBRO9 e 10 Curso Hands On de TC e RM dos Ossos Temporais Dra. Eloisa Maria Melo S. Gebrim e Dra. Regina Lúcia Elia Gomes9 a 11 Curso Física de RM Dra. Maria Concepción García Otaduy - PhD24 e 25 Curso Avançado de Ecocardiografia e Ultrassonografia em Emergência e UTI Dra. Fabiola Prior Caltabeloti - PhD, Dr. Pedro Vitale Mendes, Dr. Leandro Utino Taniguchi - PhD, Dr. Dalton de Souza Barros e Dra. Ana Clara Tude Rodrigues - PhD30 e 1/12 Curso Doppler Vascular: uma Abordagem Avançada da Técnica Diagnóstica Dr. Joseph Elias Benabou

DEZEMBRO7 e 8 Curso Prático de Imagem Neurovascular Dra. Paula Arantes - PhD e Dra. Lívia Morais

tina, como membros honorários da instituição. A próxima JPR, em 2019, acontecerá de 2 a 5 de maio, no Transamérica Expo Center e terá como tema “Celebrando as Relações Internacionais”.

O tema central dessa Jornada foi: “SPR e RSNA: Transformando a Educação na Radiologia”, onde

especialistas de reconhecida competên-cia, mostraram os avanços e desafios da especialidade com a chegada dos recursos digitais, das novas tecnologias, colocando na pauta das instituições o futuro da radiologia e do diagnóstico por imagem.

Os números expressam o sucesso da JPR´2018, com um total de 572 palestrantes, se revezando em mais de 500 aulas, distribuídas pelos quatro dias de evento. Destes, 47 eram professores estrangeiros. Foram apresentados 539 trabalhos, sendo 112 na categoria de Pai-néis Impressos, 374 em Painéis Digitais e 53 de Temas Livres.

A exposição comercial contou com a partici-pação de 85 empresas do ramo, que trouxeram as principais novidades tecnológicas e inovadoras do seu portfólio, para demonstração e conhecimento dos avanços da área aos profissionais e demais interessados.

Prof. dr. Carlos A. Buchpiguel foi homenageado como presidente de honra do evento.

Centro de Estudos Radiológicos “Rafael de Barros “ – CERBCentro de Treinamento do InRad: Travessa da Rua Dr. Ovidio Pires de Campos, 75 – 1º andar – Portaria 1 – Cerqueira César – São Paulo – SP

INSCRIÇÕES: https://www.sympla.com.br/centrodetreinamentoinradINFORMAÇÕES: e-mail: [email protected] ou pelos telefones: (11) 2661-7067 / (11) 2661-8190 ou no site: centrodetreinamentoinrad.hc.fm.usp.br

*A programação está sujeita a alterações de acordo com a decisão da coordenação do curso

VE ENTO

ewsI RADNAGO 17/JUN 18 11

EP RFIL

P aulistano nascido e cria-do no Tatuapé, onde resi-de até hoje, o dr. Lucato é hoje uma grande refe-

rência quando se fala em neuror- radiologia, além de ser livre-docen-te pelo departamento de Radiologia e Oncologia da Faculdade de Medi-cina da USP.

Em conversa com o InRad News, contou que sua trajetória profissional está diretamente ligada à mentoria da dra. Claudia da Costa Leite, hoje diretora de Inovação e Pesquisa do InRad. “Trata-se de uma área da qual sempre gostei, mas posso dizer que devo minha trajetória à dra. Claudia, que me chamou a atenção para o tema e me apoiou, além de ter orientado meu doutorado”, explica.

À frente de um dos melhores serviços de neurorradiologia do

Novo diretor clínico do InRadCom toda sua história ligada à Faculdade de Medicina da USP e ao Complexo HCFMUSP, centrado no Instituto de Radiologia,

o dr. Leandro Tavares Lucato acaba de assumir, por designação do Conselho Diretor, o cargo de diretor clínico. Graduado em Medicina, com doutorado em Radiologia, antes de assumir o novo cargo ocupava, desde 2013, a posição de coordenador do setor de

Neurorradiologia Diagnóstica e chefe da Unidade de Ressonância Magnética do InRad.

país, o médico fez questão de afir-mar que sua contribuição à área aconteceu a partir de uma base que já era muito sólida e estrutu-rada: “A neuror- radiologia sempre teve muito prota-gonismo aqui no Instituto, especial-mente por lidar com doenças que têm muito impac-to na população em geral – como as degenerativas, Alzheimer e Parkinson, e as ce-rebrovasculares, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Essas doenças têm apresentado grandes avanços no tratamento e no diag-nóstico, e a neurorradiologia tem sido muito importante para isso.

Um aspecto essencial para esses resultados é que, dentro do InRad, sempre houve um grupo muito

estruturado e que sempre funcio-nou por conta do trabalho de pes-soas como o dr. Nélio Garcia de Barros e a própria dr. Claudia Leite, todos profissio-nais brilhantes e que souberam formar times, co-laborar e produ-

zir muito”. Sobre a novo cargo, o dr. Lean-

dro Lucato afirma que seu primeiro e principal desafio será o de ouvir e entender como funciona cada uma das áreas do Instituto, uma vez que passará a lidar com setores muito

Demografia médica na pauta do presidente do CREMESP

Instituto de Radiologia HCFMUSP recebeu a visita do dr. Lavinio Camarin, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado

de São Paulo (Cremesp), acompanhado do dr. André Scatigno Neto, chefe do Serviço de Radio-logia do InRad, sendo recepcionado pelo prof. Giovanni Guido Cerri, presidente do Conselho Diretor do InRad HCFMUSP e titular do Depar-tamento de Radiologia e Oncologia da FMUSP.

A visita ocorreu logo após a divulgação da Pesquisa de Demografia Médica, produzida pelo Cremesp em parceria com a FMUSP, que enfatiza a realização do exame para médicos

a necessidade de um maior rigor nessas autoriza-ções e a obrigato-riedade do exame.

Logo após a visita, o Ministé-rio da Educação divulgou portaria suspendendo a abertura de novas escolas médicas

pelo prazo de 5 anos, inclusive escolas públicas, fato que foi comemorado no segmento médico.

diferentes ao que estava acostumado dentro da neurorradiologia.

“Tenho um grande desafio, ainda mais nestes tempos em que sofremos com dificuldades orça-mentárias e que não há margem para mudar muita coisa. Minha proposição inicial como Diretor Clí-nico é conversar com as lideranças e coordenadores de equipe para com-preender demandas, necessidades e as peculiaridades de cada área, para que depois seja possível planejar ações de melhoria”, esclarece.

O novo diretor também deseja buscar formas de melhorar o senti-mento de pessimismo que nasceu com a crise que vivemos nos últimos anos, especialmente de 2014 a 2016: “Quero ajudar a melhorar o ânimo do pessoal e a reverter a sensação de que as coisas não vão pra frente”, finalizou.

O

Dr. André Scatigno, dr. Lavinio Camarin e dr. Giovanni Cerri

Conselho Editorial: Giovanni Guido Cerri Claudia da Costa Leite Eloisa Maria Melo Santiago Gebrim Ilka Regina Souza de Oliveira Leandro Lucato Manoel de Souza Rocha Maria Cristina Chammas Nestor de Barros Olinda V. Costenaro Regina Lucia Elia Gomes

E PEDIENTE

Diretor Responsável: dr. André Scatigno NetoEditor e Jornalista responsável: Luiz Carlos de Almeida (MTb 9313)Edição: ID Editorial Tel. (11) 3285-1444 - [email protected]: Marca D´Água - [email protected]: Valéria de Souza André Santos (fotos)Lilian Mallagoli Igor Souza (fotos)Claudia Casanova Cleber de Paula (fotos) Agnaldo Dias (fotos)

InRad News: Órgão informativo editado pelo Centro de Estudos Radiológicos Rafael de Barros para o Instituto de Radiologia - HCFMUSPTravessa da Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 75 (ligação entre a Rua Dr. Enéas de Carvalho Aguiar e a Rua Dr. Ovídio Pires de Campos) - Cerqueira César - São Paulo - SP - CEP 05403-010homepage: www.hcnet.usp.br/inrad

Centro de Comunicação Institucional/INRAD - HCFMUSPE-mail: [email protected]ção 101 (reúne os principais acontecimentos de Agosto 2017/Junho 2018)

Contato do leitor: (11) 2661-7675

X

recém formados. Analisaram os nú-meros produzidos pelo documento, a qualidade das escolas médicas, hoje com mais de 300 unidades em todo o País. A aber-tura indiscrimina-da dessas escolas, muitas delas des-providas de condições mínimas para a formação de um bom médico foi analisada, fortalecendo

ER GISTRO

ewsI RADN12 AGO 17/JUN 18

ER SENHA

nteligência artificial e a Radiologia do Futuro” abriu a programação de workshop no horário do almoço, no

dia 15 de março, com o apoio da Guerbet Produtos Radiológicos, com a participação do dr. Augusto Antunes, e na sequência o dr. Bruno Aragão Rocha abordou o tema “Impressão 3D na Radiologia” e sua importância no ensino médico. Na sexta feira, com o apoio da Canon Medical Systems, o prof. Fumimori Moriyasu, do Hospital Sanno,do Japão, falou sobre Elastografia “shear wave”, impacto clínico da imagem de dispersão na caracterização do fígado. Na sequencia, o dr. Fernando Linhares, do InRad HCFMUSP, complementou com demonstrações práticas. E, no sábado, o dr. Heron Werner, da CDP – Rio de Janeiro, com apoio da GE Healthcare falou sobre “Reconstrução 3D de malformações fetais”. Mesclando o formato presencial, nos três auditórios do Centro de Treinamento do InRad, e o digital, na plataforma da Manole Educação, o evento registrou um total de 773 inscrições presenciais, distribuídas durante todo o evento e 286 on-line, com uma média de 20 alunos por sala que acompanharam a transmissão ao vivo, por meio de Webinar, pelo canal do Youtube da Manole Educação. Com as novas modalidades de acesso às aulas do congresso, on line e à distância, o evento ampliou a participação de profissionais de outras cidades e estados, que não poderiam comparecer ao evento. A avaliação positiva do evento pela comissão científica, constituída pelo prof. Giovanni Guido Cerri, dra. Maria Chammas, Eloisa Santiago Gebrim e Claudia da Costa Leite, confirmou que o formato mais objetivo e interativo, com novas formas de participação criou uma nova dinâmica no Imagine, atendendo as expectativas dos congressistas ao reunir em sua programação temas relevantes para a prática diária, demonstrações práticas (hands on) e simpósios satélites, além das informações atualizadas sobre a especialidade e suas principais tendências para o futuro.

Imagine´2018, mais compacto, focado nos temas de inovação

Com um novo formato, sem perder seu foco no conteúdo multidisciplinar, o Imagine - 16º Congresso de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do InRad HCFMUSP mobilizou um público de cerca de 1.000 participantes (presencial e digital) e

promoveu discussões sobre temas de inovação e inteligência artificial.

I“