i · O DOMINGO T o u ra d a ã aaaíiga jrorlía- g«sc*a Tem logar hoje esta ex- cellente corrida...

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// anno DQMIISTO-O, IO DE AGOSTO DE 190S N." 56 / 105 “d* N&c SEM ANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA Assignatura Anno, iSooo réis; semestre, 5oo réis. ligamento adeantado. _ parn o Brazil, anno, 2S5oo réis |moeda forte).' Avulso* no dia da publicação, 20 réis. EDITOR— -/o.se Angus lo Saloio ú . _________ b A l . ui í : T\i li S^EalílIcaçôes H Annuncios— 1.3 publicação, 40 réis a linha, nas seguintes, 20 réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto esp dal. Os.auto- r? »j graphos nác LARGO DA MISERICÓRDIA _16 P 8,!1Phos náo se restituem quer sejam ou náo publicados. a l i )E(; a l l k g a fj PROPRIETÁRIO ■José Augusto Saloio EXPEDIEN TE Aflui de não soffrerem Interrupção na remessa de O DOMIXCiO, roga mos aos nossos estimá veis asslgnantes «le fora. « favor «le nos enviarem a iniportaneia «lo eor- rente semestre, o qne muito agra«teeemos. Aeeeitain-se eoen graíl- «Ião « j u a c s i j u e r n«»tieias que sejam «le interesse publico. Não ha operação que se ja Je uso mais corrente que esta da clarificação dos vi nhos. Todavia póde affir- mar-se que apezar d’isso sao vulgares as más con dições em que é feita. Antes de eutrar no as sumpto digamos para as pessoas que não estejam familiarizadas com o fabri co e trato dos vinhos, que a collagem tem por fim cla rificar os que, por circums- tancias diversas, se turva rem. Não nos demorare mos sobre as causas nume rosas, naturaes ou acciden- tues, que pódem produzir este estado: ser-nos-hia pa ra tanto preciso falar dos innumeros processos de vi- nificação empregados, o que nos levaria longe. Bastará pois, assentar mos em que as misturas de muitos vinhos, quasi sem pre necessariasneste ramo de commercio, ou abalos que resultam do seu trans porte a grandes distancias, podem muitas vezes pro vocar a formação de com- # > postos insolúveis que lhes perturbam a limpidez. E’ principalmente na oc casião de se engarrafarem °s vinhos que a operação 4a collagem se põe em pra tica. E preciso banir por er rónea a suspeita de que as turvações que se produzem no vinho sejam indicios de ^•ciação ou de má qualida- de, como vulgarmente se suppõe. Succede muitas vezes, com effeito, que os vinhos d’uma só colheita e quali dade, passado algum tem po após o engarrafamento, depositam quantidade con siderável de matéria colo- rante nas paredes do vidro, não deixando por isso de ser vinhos.puros. Pelo con trario os vinhos ordinários que só possuem em peque na quantidade d’estes prin cípios calorantes, não pre cipitam, consequentemen- te, mais que diminutas porções desta matéria nos receptáculos que os con- têem. Apesar dos processos de uma excellente vinificação, a constituição chymica de um vinho póde ser tal, que obste ao deposito das bor ras durante o trabalho que segue immediatamente a sua coliocação nos toneis ou pipas, e no qual o tani- no, a albumina vegetal e a pectina desempenham o principal papel. Qualquer que seja a cau sa da turvação dos vinhos, quando pelos meios natu raes de trasfego e de re pouso não se consiga a cla rificação, tem de se recor rer aos meios artificiaes. São numerosas as maté rias próprias para a clarifi cação dos vinhos; as me lhores, porém, são aquellas que, á egualdade da effica- cia e sem atacar a consti tuição dos vinhos, produ zem os seus effeitos sem deixarem em dissolução uma parte dos seus princí pios, tornando insolúveis as menores quantidades de matérias possiveis. Estas condições fazem excluir a areia e o papel pardo diluido que, bastan te inoffensivos, são todavia de pouco effeito; os cíarifi- cantes alcalinos, taes como as cascas das ostras, greda e mármore em pó e que, em grande eflicacia produ zem reacções que tornam o vinho menos salubre pe la formação de saes de po- tassa e de cal que ficam em dissolução. Os ciarificantes gelatino sos (gelatina, gomma de peixe, colla forte) são bas tante efficazes e não dei xam residuos solúveis. A gelatina, matéria solúvel na agua, extrahe-se principal mente dos ossos, da pelle, e de certas partes do cor po dos peixes. O tanino em dissolução no vinho, mistura-se com a gelatina para formar uma especie de teia insolúvel que cahe no fundo do li quido, arrastando com si go as matérias em suspen são que encontra, o que produz a clarificação. A gelatina emprega-se geralmente do modo por que o commercio a vende, isto é, em pequenos paus. Um pau basta para cada recipiente de 200 a 23o li tros de vinho. Depois de se pôr de mo lho a gelatina durante al gumas horas em agua lím pida, derrete-se num vaso que deve ir ao lume, e con ter 22 centilitros de agua para cada pau. Deve mecher-se inces santemente e retira-se an tes de ferver. Posto que a gelatina se ja um excellente clarifican- te, em rasão da combina ção, em que já falámos, com o tanino que precipi ta, é fácil de comprehender que esta collagem só é ap- plicavel aos vinhos brancos ordinários; tem o defeito, empregada nos vinhos tin tos, de precipitar conjun- ctamente com o tanino, principio conservador mui to apreciado, uma parte considerável da matéria co- lorante. Por todos os motivos, a albumina pura, ou clara de ovo fresca, é o clarificante por excellencia. A albumina e uma ma téria animal que se encon tra na clara do ôvo, no san gue e no leite. Esta matéria é solúvel na agua fria e coagula-se levada a uma temperatura superior a 5o graus. A sua propriedade essencial para a acção clarificante, é a de sei' coagulada a frio pelo alcool e pelo tanino que se contêem nos liquidos al- coolicos; fórma assim uma especie de rède mais densa do que o liquido, e que se precipita pelo seu proprio peso para o fundo do tonel, arrastando na queda to dos os corpos em suspen são. Para operar a collagem, emprega-se em termo mé dio, seis a oito claras de ovo que se batem com dois decilitros do vinho destina do á clarificação, e que em seguida se lançam numa pipa de 220 a 23o litros. Se os vinhos teem uma alcoolisação fraca, accres- eenta-se-ihes 1 a 2 litros de aguardente para cada pipa, afim de facilitar a coagula ção da albumina. A albumina, é o clari ficante cuja acção se torna mais suave, e o que deve ser preferido para a colla gem dos vinhos finos e de licados, por isso que não deixa nenhum residuo so lúvel, nenhum mau gosto no vinho, e não ataca ne nhum dos princípios cons- tituiiivos. Ha no commercio de drogas muitos pós ciarifi cantes, mas a collagem da albumina é tão simples que todos lhe devem dar a pre ferencia. Qualquer que seja a ma téria empregada, para a collagem dos vinhos, de pois de preparada conve nientemente, conforme a sua natureza, deve deitar- se sempre no vinho pelo batoque da pipa, donde previamente se devem ti rar alguns litros do liquido. Em seguida e com o auxi lio duma vara especial, ba te-se o vinho contido na vasilha afim de o mistu rar convenientemente com o clarificante. Torna-se depois a vasar no casco o liquido que se lhe tinha tirado, até o attes- tar e deixa-se depois em repouso durante quinze a vinte dias. Passado este tempo póde engarrafar-se. Embora se seja levado pelas circumstancias a cla rificar o mesmo vinho mui tas vezes, todavia recom- mendamos a pouca fre quencia de semelhante ope ração, que indubi tavelmen- te cança o liquido, fazendo perder parte das boas qua lidades que o mesmo con têm. 0 DOM INGO ILLUSTRADO Dentre as mais notáveis publicações, em que abun da o paiz, e em que o cunho litterario e recreativo se re vela em toda a sua pujan ça, destaca-se o Domingo Illustrado pelo assumpto de que trata, pelas bellezas estylisticas que o ornam, e pela instrucção que minis tra, empolgando-nos sua vemente o espirito sem nos fatigar a intelligencia. Alli, por uma ordem ri gorosamente alphabetica, se trata das povoações do paiz. Desde as mais opulentas e grandiosas cidades até ás freguezias, aldeias e, lo- gares mais sertanejos, des crevem-se esthetica e ar- chiteclonicamente as suas origens, fundações, monu mentos, transformações materiaes, tudo em sum- ma, que nos interessa sa ber dos nossos antepassa dos, das suas obras artísti cas, das suas lendas e tra dições com o seu fundo de poesia, apresentando-nos, como hum verdadeiro ka- leidoscopio variadíssimo to da uma povoação com os seus edifícios e monumen tos mais notáveis, com os seus arredores emmoldu- rados de bellezas naturaes ou recortados de rios que regam e fertilizam os seus campos. E tudo isto com uma variedade de estylo que encanta desterrando a monotonia que enfada; com factos historicos que attes- tam a narrativa, dando-lhe auctoridade e valor littera rio e recreativo. Se tudo isto não fosse bastante para recommen- dar a obra, dar-lhe-iam ce lebridade os escriptores dis tinctos que nella collabora- ram: citaremos para exem plo apenas um, — Pinheiro Chaffas. Consta a obra de o cinco volumes, cuja publi cação já está concluida, e que devem possuir nas suas respectivas bibliothecas particulares todos aquelles que desejam saber o que foi e o que é o seu paiz em todas as suas minuciosid des.

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/ / a n n o DQMIISTO-O, IO DE AGOSTO DE 190S N." 56

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SEM A N A R I O N O T I C I O S O , L I T T E R A R I O E A G R Í C O L A

A ssignaturaA nno, iSooo réis; semestre, 5oo réis. lig am en to adeantado. _ parn o Brazil, anno, 2S5oo réis |moeda forte).' •Avulso* n o dia da publicação, 20 réis.

EDITOR— -/o.se Angus lo Saloio ú. _________ b

jíAl.ui í: T\i li S^EalílIcaçôesH A nnuncios— 1.3 publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,

20 réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto esp dal. Os.auto- r? »j graphos nácLARGO DA MISERICÓRDIA_16 P 8,!1P hos náo se restituem quer sejam ou náo publicados.

a l i ) E ( ; a l l k g a fj PROPRIETÁRIO ■José Augusto Saloio

E X P E D I E N T E

Aflui de não soffrerem Interrupção na rem essa de O DOMIXCiO, roga­mos aos n ossos estim á­veis asslgnantes «le f o r a . « favor «le n o s e n v i a r e m a iniportaneia «lo e o r - rente sem estre , o q n e muito agra«teeemos.

A e e e i t a i n - s e e o e n g r a í l - «Ião « j u a c s i j u e r n « » t i e i a s q u e s e j a m «le i n t e r e s s e p u b l i c o .

Não ha operação que se­ja Je uso mais corrente que esta da clarificação dos vi­nhos. Todavia póde affir- mar-se que apezar d’isso sao vulgares as más con­dições em que é feita.

Antes de eutrar no as­sumpto digamos para as pessoas que não estejam familiarizadas com o fabri­co e trato dos vinhos, que a collagem tem por fim cla­rificar os que, por circums- tancias diversas, se turva­rem. Não nos demorare­mos sobre as causas nume­rosas, naturaes ou acciden- tues, que pódem produzir este estado: ser-nos-hia pa­ra tanto preciso falar dos innumeros processos de vi- nificação empregados, o que nos levaria longe.

Bastará pois, assentar­mos em que as misturas de muitos vinhos, quasi sem­pre necessariasneste ramo de commercio, ou abalos que resultam do seu trans­porte a grandes distancias, podem muitas vezes pro­vocar a formação de com-# > postos insolúveis que lhes perturbam a limpidez.

E’ principalmente na oc­casião de se engarrafarem °s vinhos que a operação 4a collagem se põe em pra­tica.

E preciso banir por er­rónea a suspeita de que as turvações que se produzem no vinho sejam indicios de

•̂ciação ou de má qualida- de, como vulgarmente se suppõe.

Succede muitas vezes, com effeito, que os vinhos d’uma só colheita e quali­dade, passado algum tem­po após o engarrafamento, depositam quantidade con­siderável de matéria colo- rante nas paredes do vidro, não deixando por isso de ser vinhos.puros. Pelo con­trario os vinhos ordinários que só possuem em peque­na quantidade d’estes prin­cípios calorantes, não pre­cipitam, consequentemen- te, mais que diminutas porções desta matéria nos receptáculos que os con- têem.

Apesar dos processos de uma excellente vinificação, a constituição chymica de um vinho póde ser tal, que obste ao deposito das bor­ras durante o trabalho que segue immediatamente a sua coliocação nos toneis ou pipas, e no qual o tani- no, a albumina vegetal e a pectina desempenham o principal papel.

Qualquer que seja a cau­sa da turvação dos vinhos, quando pelos meios natu­raes de trasfego e de re­pouso não se consiga a cla­rificação, tem de se recor­rer aos meios artificiaes.

São numerosas as maté­rias próprias para a clarifi­cação dos vinhos; as me­lhores, porém, são aquellas que, á egualdade da effica- cia e sem atacar a consti­tuição dos vinhos, produ­zem os seus effeitos sem deixarem em dissolução uma parte dos seus princí­pios, tornando insolúveis as menores quantidades de matérias possiveis.

Estas condições fazem excluir a areia e o papel pardo diluido que, bastan­te inoffensivos, são todavia de pouco effeito; os cíarifi- cantes alcalinos, taes como as cascas das ostras, greda e mármore em pó e que, em grande eflicacia produ­zem reacções que tornam o vinho menos salubre pe­la formação de saes de po- tassa e de cal que ficam em dissolução.

Os ciarificantes gelatino­sos (gelatina, gomma de peixe, colla forte) são bas­tante efficazes e não dei­

xam residuos solúveis. A gelatina, matéria solúvel na agua, extrahe-se principal mente dos ossos, da pelle, e de certas partes do cor­po dos peixes.

O tanino em dissolução no vinho, mistura-se com a gelatina para formar uma especie de teia insolúvel que cahe no fundo do li­quido, arrastando com si­go as matérias em suspen­são que encontra, o que produz a clarificação.

A gelatina emprega-se geralmente do modo por­que o commercio a vende, isto é, em pequenos paus.

Um pau basta para cada recipiente de 200 a 23o li­tros de vinho.

Depois de se pôr de mo­lho a gelatina durante al­gumas horas em agua lím­pida, derrete-se num vaso que deve ir ao lume, e con­ter 22 centilitros de agua para cada pau.

Deve mecher-se inces­santemente e retira-se an­tes de ferver.

Posto que a gelatina se­ja um excellente clarifican- te, em rasão da combina­ção, em que já falámos, com o tanino que precipi­ta, é fácil de comprehender que esta collagem só é ap- plicavel aos vinhos brancos ordinários; tem o defeito, empregada nos vinhos tin­tos, de precipitar conjun- ctamente com o tanino, principio conservador mui­to apreciado, uma parte considerável da matéria co- lorante.

Por todos os motivos, a albumina pura, ou clara de ovo fresca, é o clarificante por excellencia.

A albumina e uma ma­téria animal que se encon­tra na clara do ôvo, no san­gue e no leite.

Esta matéria é solúvel na agua fria e coagula-se levada a uma temperatura superior a 5o graus. A sua propriedade essencial para a acção clarificante, é a de sei' coagulada a frio pelo alcool e pelo tanino que se contêem nos liquidos al- coolicos; fórma assim uma especie de rède mais densa do que o liquido, e que se precipita pelo seu proprio

peso para o fundo do tonel, arrastando na queda to­dos os corpos em suspen­são.

Para operar a collagem, emprega-se em termo mé­dio, seis a oito claras de ovo que se batem com dois decilitros do vinho destina­do á clarificação, e que em seguida se lançam numa pipa de 220 a 23o litros.

Se os vinhos teem uma alcoolisação fraca, accres- eenta-se-ihes 1 a 2 litros de aguardente para cada pipa, afim de facilitar a coagula­ção da albumina.

A albumina, é o clari­ficante cuja acção se torna mais suave, e o que deve ser preferido para a colla­gem dos vinhos finos e de­licados, por isso que não deixa nenhum residuo so­lúvel, nenhum mau gosto no vinho, e não ataca ne­nhum dos princípios cons- tituiiivos.

Ha no commercio de drogas muitos pós ciarifi­cantes, mas a collagem da albumina é tão simples que todos lhe devem dar a pre­ferencia.

Qualquer que seja a ma­téria empregada, para a collagem dos vinhos, de­pois de preparada conve­nientemente, conforme a sua natureza, deve deitar- se sempre no vinho pelo batoque da pipa, donde previamente se devem ti­rar alguns litros do liquido. Em seguida e com o auxi­lio duma vara especial, ba­te-se o vinho contido na vasilha afim de o mistu­rar convenientemente com o clarificante.

Torna-se depois a vasar no casco o liquido que se lhe tinha tirado, até o attes- tar e deixa-se depois em repouso durante quinze a vinte dias. Passado este tempo póde engarrafar-se.

Embora se seja levado pelas circumstancias a cla­rificar o mesmo vinho mui­tas vezes, todavia recom- mendamos a pouca fre­quencia de semelhante ope­ração, que indubi tavelmen- te cança o liquido, fazendo perder parte das boas qua­lidades que o mesmo con­têm.

0 DOMINGO ILLUSTRADO

Dentre as mais notáveis publicações, em que abun­da o paiz, e em que o cunho litterario e recreativo se re­vela em toda a sua pujan­ça, destaca-se o Domingo Illustrado pelo assumpto de que trata, pelas bellezas estylisticas que o ornam, e pela instrucção que minis­tra, empolgando-nos sua­vemente o espirito sem nos fatigar a intelligencia.

Alli, por uma ordem ri­gorosamente alphabetica, se trata das povoações do paiz.

Desde as mais opulentas e grandiosas cidades até ás freguezias, aldeias e, lo- gares mais sertanejos, des­crevem-se esthetica e ar- chiteclonicamente as suas origens, fundações, monu­mentos, transformações materiaes, tudo em sum- ma, que nos interessa sa­ber dos nossos antepassa­dos, das suas obras artísti­cas, das suas lendas e tra­dições com o seu fundo de poesia, apresentando-nos, como hum verdadeiro ka- leidoscopio variadíssimo to­da uma povoação com os seus edifícios e monumen­tos mais notáveis, com os seus arredores emmoldu- rados de bellezas naturaes ou recortados de rios que regam e fertilizam os seus campos. E tudo isto com uma variedade de estylo que encanta desterrando a monotonia que enfada; com factos historicos que attes- tam a narrativa, dando-lhe auctoridade e valor littera­rio e recreativo.

Se tudo isto não fosse bastante para recommen- dar a obra, dar-lhe-iam ce­lebridade os escriptores dis­tinctos que nella collabora- ram: citaremos para exem­plo apenas um, — Pinheiro Chaffas. Consta a obra deocinco volumes, cuja publi­cação já está concluida, e que devem possuir nas suas respectivas bibliothecas particulares todos aquelles que desejam saber o que foi e o que é o seu paiz em todas as suas minuciosid des.

O D O M I N G O

T o u r a d a ã a a a í ig a jro r l ía - g « sc * a

Tem logar hoje esta ex- cellente corrida por ama­dores tauromachicos do hyg-life desta villa, que na verdade está despertando um grande enthusiasmo no publico.

Como já dissémos, esta tourada é promovida pela Sociedade Phylarmonica i.° de Dezembro, rever­tendo o producto liquido a favor da Santa Casa da Misericórdia desta villa.

Temos a certeza duma boa enchente, pois que os camarotes estão todos pas­sados, e os logares de sol e de sombra poucos res­tam.

A praça acha-se linda­mente ornamentada devido ámão artistica dosr. Anto­nio Augusto dos Santos. O camarote da auctorida- de está ricamente orna­mentado pelo sr. Francisco Silverio Fernandes, que mais uma vez mostra ser artista de grande mereci­mento.

Um bravo, pois, á Socie­dade i.° de Dezembro.

S oirèe-Promovida pela Socieda­

de Phylarmonica i.° de De­zembro, desta villa, reali- sa-se hoje uma brilhante soirèe, no sumptuoso salão da referida Sociedade.

Espera-se grande anima­ção.

—<©»—*■ § = Ç Í g ■«»—

.lEíiiiversitrioiCompletou no dia 7 do

corrente, mais um anniver­sario natalicio, a ex.ma sr.a D. Joaquina Adelia de Bas­tos Teixeira, cunhada do sr. José Narciso Godinho.

Os nossos sinceros pa­rabéns.

— Tambem completaho- }e o seu 17.0 anniversario natalicio, a dedicadíssima esposa do nosso amigo, sr. João Antonio Ribeiro, con­ceituado commerciante de esta praça.

Enviamos-lhe as nossas felicitacões.

C O F R E B I P E R Q L Ã S

JO SÉ ESTEVÃOQuando elle erguia a vo? potente, violenta,Como a lava que sae da bòcca dum vulcão,Corria Ioda a sala o sopro da tormenta,O sopro percursor do raió e do trovão.

0 gesto largo e nobre, 0 vivo olhar ardente,Onde havia uma lu? immensa, genial,Mostravam, secundando o verbo omnipotente,0 maior orador que teve Portugal.

Como., o deus fabuloso— 0 Júpiter 7 'onante Despedia de prompto o raio abrasador. . .Que doçura na vo%(lalmlo de gigante!)Quando queria exprimir o fraternal amor!

Hoje aos pés lhe depõe, humilde, respeitoso,O povo português o preito da saudade.Krgamos nossa vo\ num hymno grandioso! Saudemos o tribuno, heroe.da liberdade!

JO A Q U IM DOS AN.IOS.

PENSAMENTOS

e a ignoranciaO despotismo perpetua a ignorância perpetua 0 despotismo.— Turcot.

— Nas sociedades humanas, como na natureza, nada se deslroe, nada se cria, tudo se transforma. ■— Valtour.

— Ha tres coisas que eu tenho sempre amado e que nun­ca pude comprehender: a pintura, a musica e as mu­lheres.— Fontenelle.

— O coração das mulheres parece-se com as casas hes- panholas que teem muitas portas e poucas janellas: é mais facil entrar do que ler lá dentro. — J. P. Richter.

M m s i c a

Tocou na quinta-feira e hontem no coreto a phy­larmonica i.° de Dezem­bro, desta villa.

Em ambas as noites foi muito applaudida.

A N E C D O T A S

Papá: quando eu for grande, quero casar com a mi­nha avósinha.

— Então lu queres casar com minha mãe, meu patéta?— E o papá não casou com a minha?

— Foste bem esperta, querida E m ilia ... Sc não tivesses sido tão cruel emquanlo nos namoramos, não teria de certo casado com ligo. ..

•— P o r eu saber isso é que me acautelei. Não eras o primeiro, que me pregava essa peça.. .

— 0 marido: — !!! !

0 bom do homenzinho linha um burro, que lhe pres­tava excellentes serviços.

Um dia 0 animal cahiu no chão repentinamente, e morreu. 0 pobre homem olha com tristeza para 0 ju ­mento estendido, e exclama:

— Aqui está o que nós somos!!— Pelo modo como as condecorações se espalham e

se multiplicam pela Europa de anno para anno, ha de chegar indubitavelmente um momento em que seja uma dislineção— não tra\er distincções. — Grimm.

—-A anarchia é a ultima esperança do despotismo.— Lakanal.

ANECDOTAS HISTÓRICAS

A grande falta de espa­ço nos não deixou dar ho­je publicidade á conclusão do artigo , sob a epigraphe acima. Esperamos que os nossos estimáveis leitores desculpem a falta que no p rojam o numero será re­mediada.

SSaateiga grçsra Só na Saichicharia Mer­

cantil de Joaquim Pedro de Jesus Relogio teem os nos­sos leitores a certeza de comer a pura manteiga da Ilha da Madeira e da Praia d’Ancora.

ipesatro Co&sBascreial Tem sido extraordinaria

a compra das sedas bara­tas neste importante esta­belecimento do sr. João Antonio Ribeiro, na Praça Serpa Pinto.

Aconselhamos, pois, ás nossas leitoras que apro­veitem emquanto é tempo. O que é bom e barato de­pressa se acaba.

RELAXE DAS COLLE- CTAS EM DIVIDA.

Antonio da Silva Cas­quilho, recebedor da Co­marca de Aldeia Galiega do Ribatejo, em cumpri mento do art.0 111 e § úni­co do dec. de 24 de De­zembro de 1901, annuncia que vae proceder-se ás operações do Relaxe das eollectas em divida da con­tribuição predial, renda de casas, sumptuaria e indus­trial do anno de 1.90-1.

Recebedoria da Comar­ca de Aldeia Galiega do Ribatejo, 7 4e agosto de rg°2.

O R E C E B E D O R

Antonio da Silva Cas­quilho.

A N N U N C I O S

ANNUNCIO

um M ,EC|

( l . a PuJ»licação)

No dia 24 do corrente mez, pelas r 1 horas da ma­nhã, á porta do tribunal ju­dicial desta villa de Alde­gallega, nos autos de exe­cução de sentença que Manuel dos Santos Ma­chado, casado, negociante, efesta villa, move contra Augusto Lupi Tavares Castanheira e mulher, 'do logar do Samouco, se hão de arrematar em hasta pu­blica a quem maior lanço offerecer sobre os valoresda sua avaliação os prédios se­guintes: — Unia fazenda composta de vinha, terra de semeadura, uma casa e poço, sita no Pinhal do Conselho, limites da fre­guezia de Alcochete, ava­liada em 45o$ooo réis; ou­tra fazenda composta de vinha, no mesmo sitio do Pinhal do Conselho, avalia­da em 35o$ooo réis. Pelo presente são citados os crédores incertos para as­sistirem á dita arremata­ção, e ahi uzarem dos seus direitos sob pena de reve­lia.

Aldegallega do Ribatejo,2 de agosto de 1902.

o E S C R IV Á O

Antonio Augusto da SilvaO -Coelho.

o JU IZ D E D IR E IT O

Fernandes Figueira.

No dia 14 do corrente, em Lisboa, á porta da bol­sa é posta em arremata­ção para ser vendida a quem mais der, a mari­nha FLAMENGA no sitio do Seixalinho, limites des­ta villa.

23 FOLHETIM

Traduccáo de J. DOS AN JO S

UMA HISTORIADO

OUTRO MUNDORomance de aventuras.

X II

Jíssa «gsse se zoiisha dos ta tu ad o s , graças ao

'taf>ís

«Elles vão rezar, náo é verdade? A quem.? A Deu.;, ao diabo, aos ante­passados. ás almas do outro mundo, ■is.;o pouco im poria! O que é certo é

q ’ie este Jogar é sagrado para elles,

que vêem aqui c >mum terròrrelig oso é que não ficariam admirados se vis- se/n qualquer coisa sobrenatural. Se­gues bem .0 meu raciocínio.

— Sim, sim ! já percebo. Queres que passemos, aos olhos u’elles ,por deuses bons e parece-te que hão dé engulir a pilula! Deuses bons vesti­dos como nós, e de mais a mais de barreie! Isso não pode ser.

— Ouve, homem! A questão é pre- paral-os para a coisa. E quem te diz a ti que quero apparecer- deante de elles vestido como estou? Elles apre- scntam-se nus deante dc nós. Nao vejo motivo para calçar luvas para

me r.presentar, nem para levar as calças vestidas, quando elles nem se­

quer trazem uma parra.

— Fazes me rebentar de riso.!— Queres que fiquemos atraz de

este rochedo, como ostras agarradas á casca, òu queres seguir a minha idéa.? Sempre nos havemos de divertir um boccado.

— Bom, está dito! Então comece­mos !

— Vamos despir-nos sem fazer bulha e depois deixa o resto por mi­nha conta.

-— Em alguns momentos ficaram completamente nus.

A oração rapida do padre continua­va.

— Diabo! disse o João, não acaba­rá hoje!

O velho acaba n'aquelle momento, n u m tom muito agudo, e ia dizer a formula dò «tabu'». Chama-se indiffe- rentemente «taSuna consagração de uma coi?a ou de uma pessoa, e a e.ú- a ou u pe.soa consagradas. Tudo o

que for «tabu» é inviolável, sob pena de sacrilégio.

O velho cantava agora com voz len­ta, num a melopeia grave,.o seguinte hvmno!

«Tabu! tabu! tabu!«Tabu seja o espirito dos avós de

cabelleira alta. de orelha furaJa. de seio tatuado!

«Tabu 05 que deixaram o valle da fome, c foram para o paiz azul, onde o ar é o fumo do tabaco e o sol a flor dos inhames.

«Passem o dia a matar prisioneiros gordos e assem-lhes a carne.

«Passam a noite a passear, nos bos­ques perfumados, com mulheres for­mosas de cabellos rentes pintados de branco, dc seios longos em fórma de pera.

« T a b u ! tabu !«Tabu o., que molharem o amuleto

no lago negro onde os avós lavaram os corpos antes da grande viagem!

«Tabu esses, porque terão sempre o cachimbo aceso e a escudella chew

«Venderão as filhas por bom pre‘ ço aos rapazes que teem sêde d* Agua das Virgens. Beberão o sangue dos vencidos e o leite das captivas.

«E, quando chegar o dia da grande viagem, terão na montanha unia ca­bana prompta, uma cabana bem se- gura.

«Uma cabana tal que, se cahir nev6> a neve não a molhará, mas lhe dará um manto branco.

«Uma cabana tal, que se cahir g®" niso, o graniso se lhe embutirá n° telhado como diamantes e a fará P3" recer-se com um céo cravado de trellas.

«Tabu! tabu! tabu!iContin’-13

O DOMI NGO

A - N N U N O I O

JlIDAIfiJ( l . :i PsafíSicasão)

No dia 17 do corrente mez; pelas 11 horas da ma­nhã, á porta do tribunal judicial d’esta villa, e nos autos de execução de sen­tença que Manuel dos San­tos Machado, casado, ne­gociante, desta mesma vil­la, move contra Augusto Lupi Tavares Castanheira e mulher, do Samouco, se hão de arrematar em has­ta publica a quem maior lanço offerecer sobre os valores da sua avaliação, os mobiliários seguintes: 4 tuneis de castanho e mo­gno, de 2808 litros cada um, avaliados em io8$poo reis; outros 4 tuneis tam­bem de castanho e mogno, de 3744 litros cada um, a- valiados em 144^000 reis; 3oo váras de castanho, pa­ra madeiramentos, avali­adas em 908000 reis; 70 barrotes de pinho, de 4,'"40 centímetros cada um, ava­liados em 8.^400 reis; 40 barrotes de pinho, de 3,mo8 centímetros, avalia­dos em 2,$000 reis; e 20 vigotes de madeira de pi­nho, de 5,m28 centímetros, avaliados cm 7^200 réis.

Pelo presente são cita­dos os credores incertos para assistirem á dita ar­rematação.

Aldeia Galiega do Riba­tejo, 1 de agosto de 1902.

o E S C R IV Ã O

Antonio Augusto da SilvaCoelho.

Verifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

Fernandes Figueira.

A N N U N C I O

IA 01! ALDEdALLEGA

(®.a PS9?)IIeação)

Por este juizo de Di­reito cartorio do i.° officio e execução hypothecaria que move Antonio Rodri­gues Jorge de Lisboa, con­tra Jacob Castiço e mu­lher Alexandrina do Ro- zario, d’esta villa, vão á praça á porta do tribunal desta comarca no <:iaio do mez de agosto proximo pelas 11 horas da manhã para serem vendidos por preço superior ás suas avaliações os sègnintes se­moventes e fructos arres­tados pela mesma execu- Çao: — 2 porcos— 1 j - men­

to — os fructos existente na fazenda dos executa­dos sita na Cova da Loba e que consistem em ervi­lhas, batatas, milho, feijão e uvas. E no dia 17 do mesmo mez, no referido sitio e hora serão tambem postos em praça afim de serem a rematados por preços superiores aos abai­xo declarados os seguin­tes dominios uteis. Uma fazenda composta de vi­nha, a lvores de fructo, si­ta na Cova da Loba, fo­reira em 3oo réis annuaes com laudemio de quaren­tena a D. Antonio Luiz Pereira Coutinho da villa ue Alcochete, no valor de 2o8S65o réis. Uma casa terrea com quintal, sita na rua Fòrmosa do Bair­ro Serrano, d’esta villa, foreiro em 3$5oo réis an­nuaes sem laudemio áo> herdeiros de Manuel José Nepomuceno, no valor de 480^000 réis.

São citados para as di­tas arrematações quaes­quer crédores incertos nos termos e para os effei- tos do n.° 1,° do art 844 do Codigo Processo'civil.

Aldegallega do Ribatejo, 25 de julho de 1902.Verifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

Fernandes Figueira.O E S C R IV Á O

José Maria de Mendonça.

A N N U N C I O

C O IA R C A IIP, ALDEGALLEGA [10 RIBATEJO

( § . a S®B5l 5ÍÍííS í* S « )

Por este juizo e carto­rio do segundo officio, e execução por foros que promove D. Maria da Na- zareth Gomes Coelho con­tra Lazaro Martins Vintem e mulhei' Marianna Rita Marques, todos desta villa, vae á praça á porta do tri­bunal judicial desta co­marca no dia 17 de agosto proximo pelas 11 horas da manhã, e vendido pelo maior preço que for offe- recido sobre o que vae declarado, o predio d’uma morada de casas altas e baixas, quintal, poço e mais pertences, sito na rua Central (Bairro Serrano) desta villa, foreiro em réis q$720 annuaes, sem lau­demio, á exequente como usufruetuaria vitalícia e a Francisco José Nepomuce­no Serrano, Joaquim Gre gorio Nepomuceno, Anio nio Rodrigues Calleiro Ju­nior e Francisco Maria de Jesus Relogio como pro­prietários por indiviso, e o

dominio util no valor de 455;,>600 réis.

São citados para a pra­ça quaesquer crédores in­certos nos termos do arti­go 844.0 do Codigo do Processo Civil.

Aldegallega do Ribatejo, 25 de julho de 1902.

O E S C R IV Á O

Antonio Julio Pereira Moulinho.Verifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

Fernandes Figueira.

RELOJOARIA E OURIVESARIAD E

JOSÉ DÂ SILVA THIMQTEO & FILHO

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O proprietário d’este antigo, acreditado e impor­tante estabelecimento, participa aos seus numerosos freguezes e ao publico em geral que acaba de forne­cer novamente o seu estabelecimento de todos os ob­jectos concernentes a relojoaria e ourivesaria. O pro­prietário d’este estabelecimento, para augmento de propaganda vae fazer venda ambulante dos objectos do seu estabelecimento, para assim provar ao publico que em Aldegallega é elle o unico que mais barato e melhor serve os freguezes.

Nas officinas d’este importante estabelecimento tambem se fazem soldaduras a ouro e a prata, gal-

aniza-se a ouro, prata ou outro qualquer metal, oxi­dam-se caixas daço, pulem-se caixas de relogios de sala, bandolins, violas, gutarras, etc.

O proprietário d’este estabelecimento dá uma li­bra a qualquer pessoa que lhe leve algum dos traba­lhos aqui dito3, que elle, por não saber, tenha de o mandar executa • fóra.

São garantidos pela longa pratica de trinta annos do seu proprietário, todos os trabalhos, assim como todos os negocios d’esta casa.

Em casos de grande necessidade tambem se ac- ceita qualquer trabalho para de prompto ser execu­tado na presença do freguez.

S3 elogios cie aigifcciira e «Se sala. M agsiileos regp*làdbrel

N ’este estabelecimento se compra ouro eprata

P R A Ç A S S R P A F I N T O

(Proximo á Egreja Matriz)

A L D E G A L L E G A DO R IB A T E J O

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MERCEARIA ALMGALLENSEDE

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N'esle estabelecimento encontra-se d venda pelos preços mais convidativos, um variado e amplo sortimento de generos proprios do seu râmo de commercio, podendo por isso offerecer as maiores garantias aos seus estimá­veis fregueses e ao respeitável publico em geral.

Visite pois o publico esta casa.

1 9 - L A E G O ID .A . E G R E J A - 1 9 - A

A l d e g a l l e g a «Io I S S b a í e j o

SALCHICHARIA MERCANTIL1)E

AO COMMERCIO DO P O V OAO já bem conhecidas do publico as verdadeiras vríítageiis qué este estabelecimento offerece aos compradores de todos o.; seu; artigos, pois que tem sortimento, e fa< compras em condicções de poder competir com a.» primeiras casas de Lisboa no que diz respeito a preços, porque vende muitos artigos

A i n d a m i a i s b a r a t o scomo tal esta casa para maior garantia estabeleceu o systema de G A N H A R P O U C O P A R A V E N D E R M U IT O

e vendendo a todos peios mesmos preços.Tem esta casa além de vários artigos de ve .mario mais as seguintes secções:De Fanqueiro, sortimento completo.De Retroseiro, bom sortido, e sempre artigos dc primeira moda.De Mercador, um bello e variado sortimento de casimiras, flanellas, cheviotes,

picolilhos, etc., etc.Fia tambem lindos pannos para capas de senhora, e de excellenles qualidade:

por preços baratíssimos.■ V o s S r s . A l f a y a t e s . — Este estabelecimento tem bom sortimento dc fórros necessários para a su

confecção taes com o: setins pretos e de cor. panninhos lisos de cor e pretos, fórros para mangas, botões, etc.4 s S S e a E h o r a s M o d i s t a s . — Lembram os proprietários d'este estabelecimento uma visita, para

assim se certificarem de quanto os preços sáo limitados.Grande coliecçáo de meias pretas para senhora, pingas para homem, e piuguinhas para creança que garant:

mos ser prelo firme.a :EBaa v i s i t a p o i s a o C O S K i M I S I S C l O B&O 5M I V ©

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Todos estes generos são de primeira qualidade e Vendidos por preços excessivamente baratos.

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bres machinas SINGER para coser.Pedidos a AURÉLIO JO ÃO DA CRUZ, cobrador

da cãsã .id c o c sa cv1 e concessionário em P o r tu gál para a venda das ditas machinas.

Envia catálogos a quem os desejar, yo, rua do Rato jto — Alcochete.

C E N T R O « C O M E R C I A LJOÁO ANTONIO RIBEIRO 7

Este importante estabelecimento é um dos mais bem sortidos de Alde­gallega e o que vende mais barato. E ' o un’co que pode com petir com as principaes cazas da capital, pois que para isso tem uma existencia de f; zen- das de fino gosto compra .ias aos fabricantes, motivo porque pode vender mais barato e ao ale; nce de todos. S E C Ç Ã O D E F A N Q U E IR O : pannos patentes, crus, branqueados, cotins, riscados, chitas, phantasias, chailes, etc. R E T R O Z E IR O : sedas para enfeites, rendas, passemanterias. etc. M E R C A ­D O R: grande variedade de casimiras, flanellas, cheviotes e picotilho.; para fatos por preços excessivamente baratos. C H A P E L A R IA : chapéos em todos os modelos. S A P A T A R IA : grande quantidade de calçado paia ho­mens. criança; e senhoras. Ultimas novidades recentemente recebidas. O proprietário d'este estabelecimento tambem é agente da incomparavel machina da Companhia Fabril «Singer». da qual faz venda a prestações ou a prom pto pagamento com grandes descontos. L O T E R IA S : encoiit*-a-se. dos principaes cambistas, n'esta casa grande sortimento de bilhetes, deci- tnos, vigésimos e cautellas de todos os precos, para todas as loterias.

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O freguez qué n’cita caza fizer despeza superior a 5oo réis terá direito a uma senna e assim que possua dèz senhas eguaes, tem direito a um grande e valioso brinde. '

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E M A IS B E B ID A S D E D IF F E R E N T E S Q U A L ID A D E S

P A R A R E V E N D E RV E N D A S A D I N H E I R O

PEDIDOS A LUCAS & C,A — A L D E G A L L E G A

Éslí-R E L O J O A R IA G A R A N T I D A

D E

AVELINO MARQUES CONTRAMESTRE

Relogios de ouro . de p ala. de a ;o , de nickel. de pluquet, de phantn- s'a. ara:ri> anos, suisscV; de jtórôJe, maritimo;, despertadores americanos, des­p e tadores de phantasia. d e s p . r ta io r e s com musica, suissos de ; Igibeira cota c.ó.da para oito dias.

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I — K t r A D O P O Ç O - 1 - ALDEGALLEGA DO RIBATEJO