i Sinalle Caderno de Resumos

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CADERNO DE RESUMOS Alexandre Alves José Roberto Alves Barbosa Lucimar Bezerra Dantas da Silva [ organizadores ]

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Caderno de resumos do Simpósio de literatura e ensino de línguas da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

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CADERNO DE RESUMOS

Alexandre Alves

José Roberto Alves Barbosa

Lucimar Bezerra Dantas da Silva

[ organizadores ]

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

Prof. Dr. Pedro Fernandes Ribeiro Neto

Reitor

Prof. Esp. Aldo Gondim Fernandes Vice-Reitor

Prof. Dr. João Maria Soares

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação

Prof. Dr. Francisco Paulo da Silva Diretor da FALA

Prof. Dr. Moisés Batista da Silva

Chefe do Departamento de Letras Vernáculas

Profa. Adriana Almeida Fernandes Chefe do Departamento de Letras Estrangeiras

Prof Me. Henderson de Jesus Rodrigues dos Santos.

Chefe do Departamento de Artes

Prof. Dr. José Roberto Alves Barbosa Líder do Grupo de Pesquisa em Linguistica e Literatura – GPELL

Profa. Dra. Lucimar Bezerra Dantas da Silva

Vice-Líder do Grupo de Pesquisa em Linguistica e Literatura – GPELL

Realização Grupo de Pesquisa em Linguistica e Literatura – GPELL

Apoio

Direção da FALA Mestrado Profissional em Letras – PROFLETRAS

Departamento de Letras Vernáculas - DLV Departamento de Letras Estrangeiras - DLE

Departamento de Artes - DART

Coordenação Geral do evento Prof. Dr. José Roberto

Profa. Dra. Lucimar Bezerra Dantas da Silva

Comissão Organizadora do Caderno de Resumos Prof. Dr. Alexandre Alves

Prof. Dr. José Roberto Alves Barbosa Prof. Dra. Lucimar Bezerra Dantas da Silva

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Este Caderno de Resumos é uma das ações do Grupo de Pesquisa em

Linguística e Literatura – GPELL/UERN.

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S621a Simpósio Nacional de Literatura, Linguística e Ensino (1.: Mossoró, RN 2014)

I Simpósio Nacional de Literatura, Linguística e Ensino: Caderno de Resumos. / Organizadores Alexandre Alves, José Roberto Alves Barbosa, Lucimar Bezerra Dantas da Silva. - Mossoró, RN: UERN, 2014. 1 CD-ROM. ISBN: 978-85-8112-110-9

1. Literatura – Simpósio. 2. Linguística - Ensino – Simpósio. I. Alves, Alexandre. II. Barbosa, José Roberto Alve. III. Silva, Lucimar Bezerra

Dantas da. IV. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. V.Título.

UERN/BC CDD 400

Comissão Científica

Prof. Dr. Alexandre B. Alves (UERN)

Profa. Dra. Antonia Marly Moura da Silva (UERN) Profa. Me. Ana Maria de Carvalho (UERN)

Profa. Me Flávia Rodrigues de Melo (UERN) Prof. Me Francisco Aedson de Souza Oliveira (UERN)

Prof. Dr. Francisco Paulo da Silva (UERN) Profa. Dra Fabiana Cristina Komesu (UNESP)

Profa. Me Hubeônia Morais de Alencar (UERN) Profa. Dra. Izabel Souza do Nascimento (UERN)

Prof. Dr. José Roberto Alves Barbosa (UERN) Profa. Dra. Lúcia Helena Tavares (UERN)

Profa. Dra Leila Maria Araújo Tabosa (UERN) Prof. Me. Lucas Maciel (UERN)

Profa. Me. Maria Solange de Farias (UERN) Profa Dra Maria de Fátima Bianchi (USP)

Prof. Me. Nilson Barros (UERN) Prof. Dr. Pedro Adrião da Silva Júnior (UERN)

Profa Dra. Raquel Salek Fiad (UNICAMP)

Coordenação de Finanças Profa. Dra. Lucimar Bezerra Dantas da Silva

Coordenação de Certificados e Monitoria

Prof. Dr. Moisés Batista da Silva Prof. Me. Francisco Aedson de Sousa Oliveira

Coordenação de Infraestrutura

Prof. Me. Aluísio Barros de Oliveira

Conselho Editorial (Queima-Bucha) Alexandre Alves (UERN)

Gustavo Luz José Luiz Ferreira (UFRN)

José Roberto Alves Barbosa (UERN)

Catalogação da Publicação na Fonte

Bibliotecário: Jocelania Marinho Maia de Oliveira CRB 15 / 319

Todos os textos são de inteira responsabilidade de seus autores.

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SUMÁRIO

GT 01 - Poesia contemporânea: nomes, livros e versos Comunicações orais Posters GT 02 – A narrativa de ficção contemporânea Comunicações orais Posters GT 03 – Gêneros Discursivos e Ensino Comunicações orais Posters GT 04 – Olhares para o ensino de língua e literatura do Espanhol Comunicações orais Posters GT 05 – Língua Inglesa: práticas linguísticas, literárias e culturais Comunicações orais Posters GT 06 – Discurso, criticidade e práticas de Letramento Comunicações orais Posters GT 07 – Práticas discursivas e efeitos de sentido Comunicações orais Posters GT 08 – Estudos de tradução Posters Comunicações orais

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GT 01 - Poesia contemporânea: nomes, livros e versos

Comunicações orais

I SINALLE - SIMPÓSIO NACIONAL DE LITERATURA, LINGUÍSTICA E ENSINO

UERN, MOSSORÓ, 2014

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A CIDADE E SEUS ABISMOS NOS VERSOS DE EUCANAÃ FERRAZ E CARLOS GURGEL

Alexandre Alves Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Alicerçada em uma miríade de autores de direcionamentos poéticos distintos, a poesia brasileira contemporânea se desdobra em um acometimento plural que Haroldo de Campos (2006) chamou de “poesia da agoridade/presentidade”, mas não sem causar uma disparidade de elementos a favor ou contra isso, como assim cunhou Marcos Siscar (2010) a partir do termo de “cisma sobre a diversidade” acerca da poesia brasileira no novo milênio. Entre os diversos nomes que surgiram a partir das décadas finais do século XX e que continuam a produzir nos anos 2000, há os mais renomados, a exemplo do carioca Eucanaã Ferraz (2004) e sua obra Rua do mundo (2004) e existem os ainda pouco reconhecidos por sua poética, como o norte-rio-grandense Carlos Gurgel, com Mais que amor (2013). O presente trabalho procura visar uma possível temática similar perante a dupla de escritores citada, selecionando para tal assertiva um poema de cada autor citado e a perceptível condição de um eu lírico em meio à tensão do ambiente citadino. Nele, a atmosfera urbana opera tanto uma impressão de alívio quanto de desconforto, como se assim o poema pudesse entregar uma dupla interpretação em sua “imemorial função de reordenar o mundo”, segundo Antonio Carlos Secchin (2013). Palavras-chave: Poesia contemporânea, cidade, Eucanaã Ferraz, Carlos Gurgel.

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SEMIÓTICA E LITERATURA: UM DIÁLOGO ENTRE “AUTOPSICOGRAFIA” E “RAZÃO NENHUMA”

Clara Mayara de Almeida Vasconcelos Universidade Federal da Paraíba

Elton Belarmino de Sousa

Universidade Federal de Campina Grande

O presente trabalho objetiva analisar o caráter indexical, de acordo com a metodologia da Semiótica de Charles Sanders Peirce em Collected Papers (1989), a função poética, explorar os sentidos e sentimentos na transcrição do poema moderno “Autopsicografia”, de Fernando Pessoa (1980), em um estudo comparado com o poema contemporâneo “Razão Nenhuma”, de Lau Siqueira Júnior (2005). Ambos possuem características devidamente semelhantes quanto ao teor e a estrutura como o de uma canção, apresentando uma realidade subjetiva, utilizando-se de metáforas na intenção de reforçar a estética do próprio texto poético, além de também possuírem a característica de serem pequenos, simples e apresentam em sua essência a sutileza, a adequação, a pureza de estilo, a harmonização entre tom/tema, além da semelhança ao tratarem do mesmo conteúdo. No poema de Siqueira há uma comunicação mais direta das ideias e, diferentemente do fingimento, mencionam-se os sentimentos ocultados em parte na ação da escrita, enquanto o poema de Fernando Pessoa, além de tratar sobre o fingimento poético, busca informar sobre a forma de como as emoções não são traduzidas fielmente pelo poeta que as exprime. Enquanto Siqueira utiliza-se de um relato diferente, concretizando os reais sentimentos que o autor afirma exprimir, no entanto, os expõe somente em parte, a outra parte tentar exprimir um fingimento e este não se executa com o mesmo sucesso adquirido por Pessoa, já que ele, decepcionantemente, engana a si próprio. Palavras-chave: Modernismo. Semiótica. Índice.

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JOSÉ PAULO PAES: POEMAS NA SALA DE AULA

Daniele Ramalho Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Mara Glíssia Apolinário Medeiros

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

A leitura de poemas e outros gêneros literários no ensino de Literatura são importantes fontes de ampliação do repertório dos alunos. Além de possibilitar a eles liberdade de expressão, sensibilidade poética, humanização, conhecimento e consciência crítica e reflexiva sobre o mundo. Este trabalho tem como objetivo levantar questionamentos acerca do ensino de literatura e do espaço dado ao poema contemporâneo nas aulas de Língua Portuguesa, sugerindo uma proposta didática que envolva estratégias e recursos simples a serem colocados em prática na sala de aula. Nesse sentido, busca-se abordar os documentos oficiais do MEC que são PCN+ Ensino Médio (2002) e as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (2006), e também alguns teóricos, como Leyla Perrone-Moisés (2000), Antonio Candido (2000), Alexandre Alves (2013), entre outros, que ajudaram a fundamentar o trabalho. A proposta didática foi elaborada para alunos do primeiro ano do Ensino Médio e, para isso, foram selecionados dois poemas da produção contemporânea de José Paulo Paes (1926-1998) – “Convite” e “Ao Shopping Center”. Com base neles, serão apresentados procedimentos de leitura e reflexão da linguagem poética e depois será pedida uma produção escrita do gênero. A intenção é valorizar e desmistificar o ensino de Literatura através de poemas, contribuindo significativamente para a aprendizagem intelectual e humana dos alunos. Palavras-chave: Poesia brasileira, José Paulo Paes, PCN, sala de aula.

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ANTÔNIO FRANCISCO: O CORDEL POTIGUAR NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA DE CORDEL

Josenildo Oliveira de Morais Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O artigo objetiva apresentar a riqueza da literatura de cordel enquanto gênero da grande literatura, de acordo com Coelho (2010), e particularmente, a obra do cordelista potiguar – Antônio Francisco (2005, 2006, 2008, 2009). Discorre-se sobre a história da literatura de cordel, sua conceituação e as formas como se expressam os cordelistas. A seguir, discorre-se sobre a poética da literatura de cordel, apresentando as diversas possibilidades de rima e métrica dessa literatura, de acordo com Silva (2008) e ABLC (2005). Introduzem-se os elementos da poética da literatura de cordel. Apresenta-se o poeta Antônio Francisco e sua obra, justificando a consagração de seu nome junto aos grandes cordelistas na Academia Brasileira de Literatura de Cordel – ABLC. Faz-se uma análise da obra do poeta, apresentando temas mais recorrentes e formas de expressão poéticas utilizadas pelo autor, conforme a ABLC (2005). Conclui-se que a denominação de literatura de cordel não deve ser indicador de uma literatura inferior, mas sim de uma literatura diferente para um público específico e com exigências próprias, mas com a mesma importância que a grande literatura, não podendo, por isso, ser discriminada como gênero menor. Palavras-chave: literatura de cordel, poética do cordel, cordelista, ABLC.

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DOIS EM UM: LEITURA E RECEPÇÃO DE ALICE RUIZ NO AMBIENTE ESCOLAR

Marivaldo Omena Batista Universidade Federal de Campina Grande

O presente artigo tem como proposta analisar a leitura e a recepção da obra Dois em Um, de Alice Ruiz (2002), a partir dos meios e dos métodos do ensino de literatura no ambiente escolar. Através do pressuposto de que a poesia é um gênero literário menos apreciado em sala de aula, enfatiza-se a grandeza de aproximá-la dos estudantes à guisa de um planejamento, isto é, de uma sistematização das práticas de ensino que seduza o aluno à leitura. Na perspectiva de que a poesia possibilita múltiplas reflexões no âmbito escolar – devido à especificidade de uma linguagem peculiar, da qual embota uma série de significados – motiva o sujeito leitor a pensar nas inúmeras alternativas de interpretar e compreender um texto literário a partir da sua experiência de leitura. Dessa forma, o contato com a poesia através de um engajamento com o corpo, numa perspectiva sensorial (ZUMTHOR, 2000), aliado ao jogo dramático (PINHEIRO, 2007) instigaria o estudante a vivenciar a leitura de uma forma prazerosa, transcendendo a palavra poética em uma necessidade substancial. Para elaborar a pesquisa, destacam-se como respaldo teórico Barthes (1989); Compagnon (2006); Eagleton (2003); Iser (1975); Larrosa (1999), (2003); Zumthor (2010); Kefalás (2012). Palavras-chaves: Dois em Um. Literatura. Leitura. Recepção. Jogo Dramático.

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O CLAMOR DA LÍRICA MODERNA: UM GRITO DE SOCORRO, UM ESTUDO SOBRE A POESIA DE FERREIRA GULLAR

Urandi Rosa Novais Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS/CAPES)

Aleílton Santana da Fonseca

Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

Com base nas discussões acerca das características da lírica moderna, bem como de sua função no momento atual, o presente trabalho busca fazer uma análise acerca de três poemas de Ferreira Gullar, este que é um dos importantes escritores de nossa época. As obras aqui analisadas são: Não Há Vagas, O Açúcar e Agosto 1964, presentes no livro Poesia Completa e Prosa de autoria do já citado autor, publicado em 2008. Este trabalho tem por objetivo refletir sobre as imagens urbanas na obra desse poeta moderno, principalmente no que se refere às questões de demanda social como, por exemplo, trabalho escravo, a representação das minorias exploradas pelo sistema capitalista e, além disso, fazer uma reflexão sobre a concepção de produção da lírica moderna, ou seja, produção na qual o poeta vai às ruas e no contato com a multidão e da observação feita durante suas andanças e experiências, retira a matéria-prima para a construção do seu texto literário. As ideias e discussões aqui apresentadas estão baseadas no aporte teórico de estudiosos que em suas pesquisas abordam a temática aqui estudada como, por exemplo, Aleílton Fonseca (2000/2012), Nicolau Sevcenko (1994), Hermenegildo José Bastos (2013), entre outros que contribuíram com a construção desse trabalho que traz discussões acerca do quanto a poesia moderna tem a contribuir na reflexão sobre os problemas sociais. Palavras-chave: Cidade. Lírica Moderna. Problemas Sociais.

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GT 01 - Poesia contemporânea: nomes, livros e versos

Posters

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O RURAL E O URBANO: A FORÇA SIMBÓLICA DOS ESPAÇOS NA POESIA DE JORGE FERNANDES E ZILA MAMEDE

Joana Tamires Silveira Bezerra Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Alexandre B. Alves

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O presente trabalho tem como objetivo descrever as características temáticas e estruturais da poesia de Jorge Fernandes e Zila Mamede. Sabe-se, pois, que ambos pertenceram a períodos distintos do Modernismo da literatura norte-rio-grandense, conforme Alves (2013, 2014), sendo que o primeiro surgiu em meados da segunda metade do decênio de 1920, já no âmbito pós-Semana de 1922, na então primeira fase do Modernismo, quando ainda, na cidade provinciana de Natal, predominavam os modelos de linguagem de Olavo Bilac e a métrica parnasiana, conforme Garcia (2008), criando uma obra pioneira e, até os anos 2000, bastante contemporânea em seu lirismo. Já Zila Mamede iniciou seu ideário poético em 1953, fortemente influenciada pela Geração de 45, mantendo, em parte, a formalidade tradicional, que ladeava com o uso de temas livres, sem rimas, característica da escola modernista e da produção mais contemporânea da poetisa. A partir dessas premissas, descreveremos a forma como os espaços, rural e urbano, estão inseridos na poética de ambos os poetas potiguares que contribuíram não apenas para a literatura regional como também para a expressão lírica nacional. Palavras-chave: Jorge Fernandes, Zila Mamede, Modernismo, lirismo contemporâneo.

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MARTIN FIERRO E JESUÍNO BRILHANTE: HERÓIS OU VILÕES?

Josenildo Fernandes Sobrinho Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Alexandre B. Alves

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Neste trabalho, faremos uso de elementos da literatura comparada para compreendermos fenômenos que ocorrem na literatura gauchesca Rio-platense e no cordel do Nordeste brasileiro. Dessa forma, propomo-nos descrever sucintamente estas literaturas, a fim de mostrar as características que as aproximam e as distanciam, bem como, analisar como está construída a figura do herói nestas literaturas, tendo como corpus de análise o cordel Jesuíno Brilhante: Braço avançado da justiça (2009), de Gonçalo Ferreira da Silva, e El gaucho Martin Fierro (1872), escrito por José Hernández. Para alcançar os objetivos traçados utilizamos uma pesquisa bibliográfica em que nos baseamos em teóricos como Meyer (1980), Tavares (2005), Maxado (2012), Loprete (1980), Rodriguez (2004), Moisés (2004), Carvalhal (2004), entre outros. Diante daquilo que pesquisamos e analisamos, podemos afirmar que tanto Jesuíno Brilhante como Martin Fierrro são retratados em suas respectivas literaturas como heróis, pois são personagens capazes de feitos inimagináveis, lutam contra injustiças sociais e são caracterizados pela coragem e valentia, ganhando por isso, admiração e respeito de grande parte dos habitantes daquelas regiões. Palavras-chave: Comparação. Literatura de cordel. Literatura Gauchesca.

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ARIANO SUASSUNA: AMOR E MORTE, UMA TRAVESSIA

Osmirely Cavalcante Rufino Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Talita Fernandes de Brito

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Raimundo Leontino Leite Gondim Filho Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O estudo busca analisar o poema “O Amor e a Morte” do escritor, poeta e dramaturgo Ariano Suassuna, estabelecendo uma ponte que vai do romantismo à segunda fase do modernismo brasileiro, tendo em vista que sua poética perpassa múltiplos estilos literários, ao englobar determinados traços específicos de cada escola, tais como: o “amor” à metrificação do poema e suas rimas, a “morte” e o modo de falar do nordeste. Com o tema de Augusto dos Anjos, Suassuna traz para o seu poema a inclinação para a morte. A pesquisa apoia-se na fundamentação teórica exposta nos trabalhos de Caldas Neto (2013), Afrânio Coutinho (1975), Emanoel Araújo (1998), entre outros. Dando ênfase aos temas “Amor” e “Morte” os quais trazem para o poema um discurso melancólico, que, por vezes, beira o trágico, acrescentem-se, ainda, as caracteristicas tipicas do sertão nordestino e uma linguagem rebuscada, que viraram traços marcantes das obras de Suassuna. Palavras-chave: Poética; Análise; Amor e Morte; Ariano Suassuna.

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GT 02 - A narrativa de ficção contemporânea

Comunicações orais

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ENTRUSO E ESTRANHO: O FANTÁSTICO NO CONTO “A PRESENÇA”, DE LYGIA FAGUNDES TELLES

Antonia Marly Moura da Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

No conto “A presença”, integrante de Mistérios (1981). de Lygia Fagundes Telles, a naturalização do insólito permite uma representação de mundo em que acontecimentos estranhos são apresentados como se fossem eventos normais e corriqueiros, em outras palavras, familiares. Na narrativa, o desenho espacial esconde/desvela um jogo de tensão entre instâncias como normal e anormal, estranho e familiar, possível e impossível. No cenário do hotel e da estrada, na configuração do passado e do presente, do dia e da noite se verificam a subversão da lógica e um efeito de estranhamento significativos para a deflagração do fantástico. Sob tal enfoque, nos propomos a identificar como o espaço contribui para a construção do fantástico no enredamento fabular da história narrada. Para sustentar tal direcionamento, tomamos como base os postulados freudianos sobre a noção de estranho, os conceitos que Roas (2014), Ceserani (2006), Todorov (1970), Cortazar (2008) e Ítalo Calvino (2004) tecem sobre a natureza do fantástico. Palavras-chave: Lygia Fagundes Telles; Mistérios; conto fantástico; espaço ficcional.

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ESTRANHOS ESTRANGEIROS, DE CAIO FERNANDO ABREU: UMA LEITURA DE TRÊS CONTOS

Francisco Aedson de Souza Oliveira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Antonia Marly Moura da Silva

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Este trabalho é um recorte dos resultados obtidos na nossa pesquisa de Mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Letras – PPGL, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), defendida em 2014. Pela via da metáfora, poetas compartilham diversos e variados sentidos para enaltecer formas de representação do Outro, questão que se verifica como uma marca na ficção do gaúcho Caio Fernando Abreu. Nesta perspectiva, com foco na metáfora do estranho, objetivamos analisar a obra Estranhos estrangeiros (1996), do referido escritor, dando destaque à noção de duplo e, sobretudo, de identidades na representação das personagens centrais das narrativas. Trata-se de um estudo crítico-comparativo acerca dos três contos que compõem a obra: “Ao simulacro da imagerie”, “Bem longe de Marienbad”, “London, London ou ajax, brush and rubbish”. Para a análise pretendida, consideramos significativas contribuições teóricas os estudos de Freud (1996), Bauman (1998), Kristeva (1994) sobre o estranho e o estrangeiro; Jung (2008) em relação ao conceito de persona, entre outros. Em Estranhos estrangeiros (1996), observa-se que o estranho se dá de duas formas: a primeira que explora a ideia de deslocamento territorial, dentro ou fora do país, assim os personagens circulam como duplos e desterritorializados, daí a constante representação do Outro, do estrangeiro; a segunda, ligada a noção de estranhamento de si mesmo, motivo que se aproxima da concepção de Freud sobre o estranho, que circunscreve o sentido de estranho em oposição ao não familiar. Sob este modo de representação, o que se destaca nos seres ficcionais é o não reconhecimento de si motivado pela condição de estrangeiros, de forasteiros. Palavras-chave: Caio Fernando Abreu. Estranho. Estranhos estrangeiros. Personagens. Duplo.

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A IDENTIDADE NACIONAL BRASILEIRA NA FIGURA DE MACUNAÍMA

Daysa Rêgo de Lima Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Jocival Freitas da Silva

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte

Sebastião Cleber Castro Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O movimento modernista no Brasil foi muito importante para o desenvolvimento da cultura do país, já que foi responsável por nossa emancipação artística e teve como foco a busca por uma identidade nacional. Este trabalho tem como propósito analisar a construção da identidade nacional brasileira na obra Macunaíma: o herói sem nenhum caráter, de Mário de Andrade, a partir da figura do personagem Macunaíma. Para o nosso fazer teórico nos subsidiamos nos estudos de Meneses (2006), Hall (2008), Mello e Souza (2000), Queiroz (1989) e Silva (2006), dentre outros que teorizam sobre identidade nacional. Pensamos que a formação dessa identidade não se deu de forma simples, posto ser o Brasil um país de etnias variadas e, ainda, porque as especificidades de seu povo, historicamente foram tidas como vergonhosas, algo que não deveria ser reconhecido como típico do país, a exemplo das figuras do índio e do negro. Essa realidade começa a mudar com o Romantismo e se consolida, principalmente, com o Modernismo, movimento de exaltação do que até então era motivo de vergonha e no qual se encaixa o corpus de nossa análise.

Palavras-chave: Identidade nacional brasileira. Mário de Andrade. Macunaíma. Modernismo.

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A DIMENSÃO METAFÓRICA E MÍSTICA DA MORTE EM “A MENINA DE LÁ” E “AS FLORES DE NOVIDADE”: CONFLUÊNCIAS FICCIONAIS

Daysa Rêgo de Lima Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

É notório entre os críticos a similaridade entre a ficção Rosiana e a obra de Mia Couto, por possuírem, em suas literaturas, mais que uma linguagem comum, mas uma formação identitária próxima, acabam apresentando laços fortes possibilitando em suas produções ficcionais, trocas culturais que vão além dos limites geográficos, políticos e linguísticos. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é destacar a expressão da morte e os contornos míticos e místicos verificados nos contos “A menina de lá” e “As flores de novidade”, de Guimarães Rosa e Mia Couto, respectivamente, bem como em outros aspectos da estrutura da narrativa. Na leitura desses contos constatamos a convergência temática e formal entre as narrativas, visto que os contos fazem alusão um ao outro, sobretudo, no que concerne a temática da morte e do misticismo e, no aspecto formal, com as similitudes das personagens Nhinhinha e Novidade, ambas com dons sobrenaturais e morte prematura. Tomando como base o diálogo engenhoso entre os dois textos, serão oportunos os estudos de Da Matta (1997) sobre a morte nas sociedades relacionais: reflexões a partir do caso brasileiro, bem como os conceitos de Schopenhauer (1819) sobre a morte e Baudrillard (1976) com a troca simbólica e a morte. Palavras-chave: Morte. Literatura. Guimarães Rosa. Mia Couto.

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FIGURAÇÕES DO PODER NA REPRESENTAÇÃO DO PERSONAGEM PAULO HONÓRIO: UM ESTUDO DO ROMANCE SÃO BERNARDO, DE GRACILIANO RAMOS

Elizeu Andrade Filho Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Elizaíra Libânio da Silva Andrade

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte O objetivo deste trabalho é o estudo e análise do poder expresso e representado no personagem-narrador Paulo Honório, do romance São Bernardo, de Graciliano Ramos. O estudo busca através da análise da narrativa que o próprio Paulo Honório levanta, evidências que comprovem os interesses que levaram o narrador ao pensamento de posse e poder, ao se tornar o proprietário da fazenda São Bernardo. Assim, em nossa leitura do romance, focalizamos os ideais do personagem que é tornar a propriedade em um grande negócio, investindo na agricultura, estrada e em uma escola, por tais atitudes poderem colaborar futuramente ao seu favor. Interessa, ainda, demonstrar o interesse de Paulo Honório ao casar com a professora Madalena. Para tanto, tomaremos como referência básica os estudos de Brait (1985), Abdala (2001), Foucault (1979), Leal (1997) e Candido (2006), que nos ajudaram a compreender o modo de expressão de temas como o coronelismo, a Revolução de 1930, o regime fundiário, e principalmente apontamentos de denúncia sobre sociedade patriarcal e as posições de classe social no Nordeste brasileiro, questões que de forma implícita ou explícita se verifica na ficção de Graciliano Ramos e de modo particular no romance em foco. Contudo, o objetivo central do trabalho é desenvolver um estudo acerca das relações de poder observadas na construção do personagem Paulo Honório, expondo como aspectos históricos contribuíram para a narração de tais memórias, ao ponto do narrador afirmar textualmente que foi a profissão que lhe deu qualidades tão ruins, instigando seu egoísmo. Palavras-chave: São Bernardo; Personagem; Poder.

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APONTAMENTOS SOBRE O DUPLO E NARCISIMO: O AUGE, A QUEDA E O SELF NA CARACTERIZAÇÃO DA PERSONAGEM ROSA AMBRÓSIO, EM AS HORAS NUAS

Jonatas Andrade de Oliveira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Ylana Karla de França Lopes

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Como toda boa personagem, Rosa Ambrósio, atriz (decadente, como ela mesma faz questão de salientar), possui nuances variáveis a serem descobertas e experiênciadas ao longo da narrativa. Sendo assim, Lygia nos apresenta e presenteia com uma curiosa persona: de atriz de teatro conhecida, e, principalmente, aos olhos dela mesma – reconhecida -, Rosa passa a uma existência bucólica. Mais: alcóolica! A persona de Ambrósio precisa do reconhecimento alheio. Ela é melhor a partir do recebimento de olhares estranhos. Lygia nos dá uma narcisista-mor, do mais alto calibre. Vão-se os amores, os espetáculos, a filha, a beleza. Nascem rugas, separações, marasmo e espelhos. Para melhor captar o espírito de Rosa, este trabalho pretende analisar uma das principais características da personagem: seu próprio ego. Seu “eu” interior que se esvai a partir de seu exterior físico, geográfico e pessoal, um “eu” interior que entra em conflito com o que o olhar exterior da personagem passa a ver e reconhecer diante de suas reflexivas análises. O respaldo teórico-metodológico se dará com o recurso das obras dos autores Bakhtin (2002, 2003), Haguette (1987), Lasch (1990), Marreco (2011), entre outros. Palavras-chave: Personagem; espelhos; eu; beleza.

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A FIGURAÇÃO DO GROTESCO NA OBRA A MULHER QUE ESCREVEU A BÍBLIA, DE MOACYR SCLIAR

Kalyn Kégia Cardoso Bezerra Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Rayane Kely de Lima Fernandes

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O presente trabalho tem como objetivo analisar as características do grotesco como à animalidade, o horror, o estranhamento, o riso, a ridicularização e, principalmente, o feio na obra A mulher que escreveu a Bíblia (1999), de Moacyr Scliar, destacando a representação da personagem central, a mulher não nomeada. O romance possui uma linguagem que alterna entre a elevada dicção bíblica e o mais baixo calão e relata ficticiamente a história de uma mulher guiada por um terapeuta de vidas passadas, que conclui, após uma visão de seu passado, que ela foi uma das inúmeras esposas do rei Salomão, a mais feia de todas, porém letrada, que há três mil anos, escreveu a primeira versão da Bíblia. Para embasamento teórico nos reportaremos a Victor Hugo (2002), Paiva & Sadré (2002), Mijail Bajtin (1987), Esquível (2009), Freud (1969) e Wolfgang Kayser (2003). Enfim, procurou-se observar na obra e principalmente na protagonista da referida obra de que forma se manifesta o grotesco, ressaltando as reflexões acerca do conceito de feio, uma das categorias do grotesco, tendo em vista que o escritor constrói uma personagem sem nome, cuja identidade constitui-se por sua feiúra. Palavras-chave: Moacyr Scliar, A mulher que escreveu a Bíblia, grotesco.

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A REPRESENTAÇÃO DOS LAÇOS FAMILIARES EM CIRANDA DE PEDRA E VERÃO NO AQUÁRIO, DE LYGIA FAGUNDES TELLES

Midiã Ellen White de Aquino

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Este trabalho traz uma análise comparativa de como os laços familiares são construídos nas obras Ciranda de Pedra (1954) e Verão no Aquário (1963), de Lygia Fagundes Telles. Esses primeiros romances da escritora paulista têm em comum o fato de trazerem como personagens principais duas jovens mulheres, Virgínia e Raíza, respectivamente, que sofrem com a crise de identidade ocasionada, sobretudo, pelas tensões existentes nas relações domésticas. A família, que tem relevante função em ambas as obras, atua principalmente pela ausência de afeto, de atenção e de diálogos. Essas carências são cruciais para acentuar o vazio existencial das protagonistas, as quais são enlaçadas pela solidão e pelo sentimento de rejeição. Observa-se ainda que o reflexo da desestruturação familiar é introjetado em Virgínia e Raíza de maneira a impulsioná-las na busca por refúgios interiores. Por essa razão, as heroínas lygianas constantemente evocam o passado, explorando as camadas da memória à procura de respostas para os constantes desencontros afetivos. Deste modo, este artigo aborda sobre a representação da família burguesa, fazendo uma abordagem integrativa da relação entre literatura e sociedade, segundo Antonio Candido (2008) e Luiz Costa Lima (2003), a partir de reflexões sobre a instituição família, segundo Theodor W. Adorno e Max Horkheimer (1984) e Mark Poster (1979). Palavras-chave: Família. Representação. Romance.

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MARCAS DA RELIGIOSIDADE E O SENTIDO DA EXISTÊNCIA NA OBRA A PAIXÃO SEGUNDO G. H.

Aurenísia Almeida de Mesquita Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Jackeline Tôrres Maia

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Maria Josivânia de Souza Pinto Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Este trabalho propõe analisar as marcas da religiosidade dentro do romance A Paixão Segundo G. H. (1964). Nele analisaremos e descreveremos o perfil religioso da personagem G. H., já que o romance apresenta elementos relacionados ao misticismo, em que a personagem passa por momentos de instabilidade, num misto do sagrado com o profano. A citada personagem entra em conflito com seu “eu” após deparar-se com uma barata e a partir desse momento ela entra num estado de êxtase, relacionando esse momento com passagens bíblicas para explicar o seu estado emocional. Como base teórica, teremos Yudith Rosenbaum (2002), Alfredo Bosi (2006) e Benedito Nunes (1989). Nesse misto de sagrado e profano a narradora remete muitas vezes a passagens bíblicas, fazendo uso da metáfora, e é através dessas imagens simbólicas que ela tenta explicar certas atitudes praticadas pela personagem, ou seja, a sua crise existencial. Para Bosi (2006), A Paixão Segundo G. H. é um romance que trata da existência educacional, por se trata de uma narrativa de ficção onde a autora tenta mostrar a natureza mística presente na personagem que dá título à obra. Palavras-chave: Religiosidade. Sagrado. Emocional.

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A VIDA GRITANDO NOS CANTOS, A EXPRESSÃO DA SOLIDÃO EM TRÊS CRÔNICAS DE CAIO FERNANDO ABREU

Sidileide Batalha do Rêgo Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O presente trabalho tem como objetivo analisar a expressão da solidão nas crônicas Amizade telefônica, Querem acabar comigo e Nos trilhos do tempo, integrantes do livro A vida gritando nos cantos (2013), do escritor gaúcho Caio Fernando Abreu. Segundo Vietta (2013), solidão é o estado interno que faz o sujeito se sentir solitário mesmo quando possui a companhia de outros indivíduos. A sociedade contemporânea é movida pelo desejo de obter novas tecnologias, dessa forma, essa sociedade dita certos comportamentos em que a solidão se sobressai. Isolados em suas moradas, os indivíduos vivem conectados a computadores. Sozinho e solitário, o sujeito moderno alimenta sua ruina. Nesta perspectiva, obedecendo essa linha de reflexão, faremos uma leitura das obras referidas à luz dos estudos realizados por Heidegger (2007) Moura (2010), Candido (1984), Vietta (2013), entre outros estudiosos. De maneira geral, as análises revelam a similaridade da convivência do narrador com a solidão. Esperamos com essa pesquisa contribuir para os estudos literários já existentes que focam essa temática, além de abordar um fenômeno muito recorrente na escrita literária que é o sentimento de vazio vivenciado pelo narrador. Palavras-chave: Caio Fernando Abreu; Solidão; Sociedade; Contemporâneo.

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“RUTH ALGRAVE” E O APELO ERÓTICO: UMA LEITURA DA FIGURA FEMININA NO CONTO “MISS ALGRAVE”, DE CLARICE LISPECTOR

Flávia Rodrigues de Melo Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Antonia Marly Moura da Silva

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Este trabalho é uma versão preliminar dos resultados de nossa pesquisa, em nível de Mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Letras – PPGL, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), ainda em andamento. Nesse recorte, a tônica é o apelo erótico que se verifica na ação da personagem central no conto “Miss Algrave”, presente em A Via Crucis do Corpo (1974), de Clarice Lispector. A narrativa tem como personagem Ruth, moça virgem e solteira, conservadora de um falso pudor. Após um encontro com um ser extraterrestre, Ixtlan, Ruth enxerga seu corpo como possibilitador de prazer, despertando o desejo. Na narrativa, constatamos uma marca caracterizadora do feminino, a relação dual de pecadora e santa assumida pela personagem. Com base nesta assertiva, faremos uma leitura do conto a partir dos postulados de Fernandes (2012) sobre a história de Rute, a figura bíblica, Chevalier e Gheerbrant (2009) sobre as simbologias presentes nos contos, os conceitos de sexualidade e prazer à luz de Foucault (2010) e, ainda, a visão de Adorno (2002) sobre a cultura do narcisismo e seus contornos na contemporaneidade. Em síntese, podemos dizer que o conto mostra a quebra dos tabus sexuais consagrados na tradição religiosa na ação da personagem, mostra a imagem da mulher liberta, sem medo de expor seus desejos e anseios, além de desfazer a imagem da beata, movida pela pulsão da vida. Palavras-chave: Corpo. Erotismo. Clarice Lispector.

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A METÁFORA DO OLHAR NO CONTO “A LEGIÃO ESTRANGEIRA”, DE CLARICE LISPECTOR

Ana Cristina Lima Santos Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Maria Elizia Cavalcante Costa

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Este trabalho dedica-se a análise do conto “A Legião Estrangeira”, de Clarice Lispector, integrante da obra homônima publicada em 1964. No conto, bem como nos demais que compõem a referida obra, é recorrente a incansável busca pela autodescoberta que se torna perceptível através de uma exploração fenomenológica do olhar. Nesse sentido, objetivamos compreender, através da investigação de uma questão temática estruturante da poética lispectoriana – o emprego do olhar como recurso metaforizador do autoconhecimento – aspectos da problematização da condição humana aí vigentes, além das especificidades referentes ao gênero conto nos moldes produzidos pela ficcionista. Tentamos, sobretudo, através da confluência entre aspectos temáticos e formais delinear traços do mergulho interior empreendido pelas personagens criadas pela autora. Para fundamentar esta discussão optou-se por recorrer aos trabalhos de Merleau-Ponty (1980), (2012, 2013) e Bosi (1988) que teorizam sobre o olhar, de Pontieri (2001), que aborda a relevância que o olhar comporta na prosa clariceana, de Cortázar (1974) e Gotlib (2006) no que concerne às teorizações sobre o conto literário. Ao término do trabalho espera-se compreender o que as personagens da narrativa em análise pode ver sobre si e sobre a maneira como percebem o mundo em que se encontram inseridas. Palavras-chave: Conto. Clarice Lispector. Olhar. Autoconhecimento.

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CURRAL DE SERRAS: UM ROMANCE PERMEADO DE POESIAS

Cristina Gomes de Brito Universidade Federal do Piauí

Este trabalho procura evidenciar, à luz do hibridismo, o viés poético intrínseco ao romance Curral de Serras (1980), da escritora piauiense Alvina Gameiro. O romance é um relato de um viajante a procura do irmão desaparecido. Percorre os sertões piauienses entrecortando os de estados vizinhos, por entre serras e chapadões, debaixo da chuva ou do sol. Por seus caminhos, o personagem protagonista fala de seus sentimentos, ou para si ou para outrem, com um eu-lírico impregnado de sentimentos de amor, saudade e ressentimentos. O sentimento de amor dele emanado tem fins diferentes: mãe, mulher, irmão e natureza. O teor poético é mais enfático sobretudo quando se refere à natureza, pois enaltece a afeição pela terra, rios, serras, chuvas, pastagens, bichos. Enfim, a autora mescla o texto prosaico da narrativa com delicadas gotas de poesias. A pesquisa buscou suporte teórico em Bastazin (2006), Culler (1999), Paz (1982), Benjamin (1985) e Aristóteles (1985). Palavras-chave: Hibridismo. Prosa. Poesia. Curral de serras.

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TRAÇOS DA DUALIDADE DA PERSONAGEM MARIA MOURA

Mara Glíssia Apolinário Medeiros Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Daniele Ramalho

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O romance Memorial de Maria Moura, de Rachel de Queiroz, apresenta uma narrativa em que a personagem principal, Maria Moura, é construída no sentido de transformar seu destino, experimentando situações adversas. Desta forma, surge uma mulher forte que muda a sua condição, infringe os padrões da época e se empenha na conquista de seus sonhos. A protagonista desse romance reúne duas personalidades em si, que se complementam. Ela consegue ser feminina (mulher) e refletir aspectos masculinos em seu comportamento. Com isso, pretende se impor diante da sociedade patriarcal. Assim, reflete as marcas de dualidade presente na construção da personagem surgida a partir dos traços encontrados na transformação de gênero e sexualidade. Para o aporte teórico, recorre-se das teorias de Candido (2002), Costa (2002), Gallo (2008), Sachinski (2013), Gonçalves Neto (2011), Brunel (1998) e outros, de acordo com a necessidade. Por fim, a abordagem teórica sobre o duplo foi fundamental para compreender a evolução da personagem homônima em busca de sua identidade tecida dentro do enredo queiroziano. Palavras-chave: Maria Moura, feminina, dualidade.

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JOÃO GILBERTO NOLL ENTRE A PERMANÊNCIA E AS PERVERSÕES DO REAL

Efraim Oscar Silva Universidade Federal de São Carlos

O escritor João Gilberto Noll iniciou sua carreira literária em 1980. A partir daí, produziu um conjunto de romances e volumes de contos que muitos leitores e críticos consideram invulgares, quer pela forma da composição, quer pelos enredos, quer pela configuração dos narradores e das personagens. Romances fluidos, fragmentários; histórias que são como pastiches, colagens às vezes desconexas e sem sentido; narradores-personagens desmemoriados, desorientados e sem nenhuma certeza; personagens errantes e sem identidade; ambientes e cenas confusos, que são construídos e desconstruídos logo em seguida. Nosso estudo tem o propósito de discutir, em um diálogo através da teoria literária e da fortuna crítica do autor, como os romances O quieto animal da esquina (1991) e Harmada (1993) se conectam à tradição formal e de realismo crítico no País, sobretudo a da prosa de ficção que se firmou a partir do século XIX, sem prescindirem, ao mesmo tempo, dos traços de inovação que caracterizam a ficção contemporânea. Discute, também, de que maneira, tendo caráter híbrido, compósito, essas obras representam/expressam singularmente a realidade brasileira contemporânea. Palavras-chave: João Gilberto Noll; romance brasileiro; ficção contemporânea.

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OS RATOS DE DYONELIO MACHADO:

ANIMALIZAÇÃO DA PERSONAGEM NAZIAZENO

Fernanda Aparecida Alves Costa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Emanuele Camila Gomes Ferreira

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Em 1935, nasce a obra mais notória de Dyonélio Machado, Os ratos. Sua primeira publicação foi feita sem citar o nome do autor devido a seu envolvimento com questões políticas. Reconhecida pela maioria dos críticos da literatura Brasileira, essa obra ficou conhecida através do “Grande Prêmio Machado de Assis”, aliás, a obra foi escrita com a finalidade de participar dessa premiação a pedido de Érico Veríssimo. Em primeira vista, a obra é inquietante, pois traça a perturbação de uma personagem marginalizada por suas dificuldades financeiras, e em segundo momento essa visão se expande, uma vez que é nítida a intenção do autor, a denúncia social da classe desfavorecida economicamente. Partindo dessa premissa, tentaremos nesse trabalho apontar os elementos constituintes da personagem central (Naziazeno) à luz dos traços sociais marcantes no texto, como animalização, miséria, pobreza, poder econômico, capitalismo, traços esses marcantes na obra dyoneliana. Utilizaremos como referencial as palavras de Grawunder (1997), Passos (1989) e Pollak (1992), entre outros, para sustentar nossa análise com destaque à configuração da personagem central. Com isso é importante relembrar que no mundo em que vivemos cercados de individualismo, ganância e egoísmo, Dyonélio Machado mostra de maneira simples e direta, nua e crua, essa realidade vivida pela personagem em análise, focalizando a desigualdade enfrentada pelas classes pobres da sociedade. Palavras-chave: Ratos; Capitalismo; Animalização; Pobreza.

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O LEITOR À SOMBRA DE “A ÁRVORE DAS PALAVRAS”

Francisca Marciely Alves Dantas Universidade Federal do Piauí

O presente estudo tem como objetivo analisar a tríade obra - leitor - público, sob o aspecto receptivo que a narrativa “A árvore das palavras”, da escritora portuguesa contemporânea Teolinda Gersão confere junto ao público e o estranhamento causado naquele que lê e entra em contato com a sua escrita. Imerso em um sistema político repressor que impedia os escritores de exprimirem a sua real criatividade no campo literário, o cenário português assume outra direção após a Revolução de 25 de Abril de 1974, a denominada “Revolução dos Cravos”. Nesse momento, as sequências históricas deixam de ser o centro absoluto e abre-se espaço para os personagens, que ocupam o lugar principal na trama, envolvidos em um espaço e tempo propícios para o aparecimento de questões que delineiam o homem pós-moderno. Assim, enredos não lineares, emaranhado de vozes narrativas, texto articulado de forma fragmentária e espaços vazios de texto são características da obra “A árvore das palavras”, publicada em 1997. Desse modo, serão analisados os recursos poéticos utilizados por Teolinda Gersão, observando as lacunas do texto e as estruturas de negação, realizando uma abordagem que confere ao leitor o papel principal. Com o intuito de se alcançar tal objetivo, usaremos as obras O ato da leitura: uma teoria do efeito estético (ISER, 1999), O Prazer Estético e as Experiências Fundamentais da Poiesis, Aisthesis e Kathersis (JAUSS, 1979), além de Teoria da Literatura: uma introdução (EAGLETON, 2008), dentre outras. Palavras-chave: Teolinda Gersão, Leitor, Romance.

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UM ENCONTRO SINGULAR: ANÁLISE DO CONTO “O ENCONTRO”, DE LYGIA FAGUNDES TELLES

Francisco Edson Gonçalves Leite Secretaria de Estado da Educação e da Cultura

Antonia Marly Moura da Silva

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Questões relacionadas à identidade do eu sempre despertaram o interesse e a inquietação de estudiosos dos mais variados campos epistemológicos. O mito do duplo, concebido por Bravo (1998) como uma figura arcaica, atesta tanto a tradição desse interesse quanto sua atualização em diferentes discursos, encontrando na literatura lugar privilegiado para sua ressignificação. Tomando como referência essa realidade, objetiva-se, neste trabalho, analisar as configurações assumidas pelo mito do duplo no conto “O encontro” de Lygia Fagundes Telles. Dentre os estudiosos mais representativos que embasaram essa pesquisa, podem-se citar: Chevalier e Gheerbrant (2009), que trata dos aspectos míticos e simbólicos; Bravo (1998) e López (2006), que debatem o tema do duplo e sua inscrição na literatura; e Todorov (2008), que estuda as características do discurso fantástico na literatura. Nesse conto, a ideia de duplicidade se inscreve através da confrontação entre as duas facetas de uma mesma personagem, o que configura o duplo por fusão, e por meio da suspensão da continuidade temporal pelo coexistir do passado e do futuro em um presente atemporal. Isso é possível graças às possibilidades abertas pelo discurso fantástico que é, no conto em estudo, determinante para a realização bem-sucedida do drama das personagens. Desse modo, é abordada na narrativa a difícil tarefa de constituição de uma identidade em um mundo atual instável, representando a crise identitária vivenciada pelo homem moderno, segundo a qual o ser duplicado é signo de um eu esfacelado e fragmentado. Palavras-chave: Duplo. Conto. Literatura fantástica. Lygia Fagundes Telles.

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AS REPRESENTAÇÕES DO DESEJO NA OBRA DE TENNESSEE WILLIAMS: UMA RELEITURA DE UM BONDE CHAMADO DESEJO

João Dóia de Araújo Universidade Federal da Paraíba

A representação do desejo na peça Um bonde chamado desejo, do escritor e dramaturgo Tennessee Williams, traz em seu enredo duas personagens que revelam estereótipos de personalidades distintas. Blanche é uma representação da imagem espiritual, uma idealização do ser humano. Por outro lado, Stanley é representado de forma carnal, um estereótipo realista dos anseios do homem moderno. Através dessas imagens e ideologias antagônicas, Williams retrata em sua obra a personificação do desejo que se manifesta através dessas personagens que em meio a uma sucessão de conflitos culminam num desfecho trágico. As contribuições teóricas que conduziram nossa análise do texto dramático estão fundamentadas na teoria do drama social em conjunto com questões filosóficas proferidas por Marilena Chauí e Freud em relação à representação do desejo nesta obra de Tennessee Williams. A intenção de nossa análise não pretende esgotar o tema abordado, mas abrir caminhos de discussão sobre as representações do desejo na peça. Palavras-chave: Tennessee Williams, drama social, representação do desejo.

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MEMÓRIAS DO SUBSOLO: UMA NARRATIVA DA DESVALORAÇÃO E DA RESSACA DA RAZÃO NA OBRA DE DOSTOIÉVSKI

José Heitor Barbosa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

A obra do russo Dostoiévski surge no século XIX integrando uma intensa contracorrente do pensamento que irá se confrontar com o estabelecimento das estruturas de Grandes Narrativas iniciadas nas filosofias ocidentais. Tais narrativas que se fundavam em valores da metafísica tradicional platônica e sempre retroalimentada no decorrer da história seja pelo pensamento cristão, a revolução iluminista, filosofia teleológica hegeliana e positivismo de Comte (este último, contemporâneo de Dostoievski), encontram termo diante de uma crise da razão, vista até então como a instância predominante, senão a única, no homem. A narrativa Dostoievskiana surge como representação imagética dos diversos conceitos que irão emergir no século XIX, como o clássico inconsciente freudiano ou do ressentimento e niilismo nietzschiano, que seria o estofo dos altos ideais da humanidade. O esfacelamento dessas narrativas que irão marcar o fim do pensamento moderno, irá também potencializar o pós-modernismo como uma perspectiva da ruína, ou pelo menos, como processo necessário para restabelecimento de uma nova possibilidade de forças diante do fracasso de um velho regime, em que talvez não seja feita de grandes ideias redentoras da humanidade, mas o movimento para a criação de outras narrativas que dêem vazão a um existir menos doentio.

Palavras-chave: Dostoievsky; narrativa; razão.

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A IDENTIDADE MARGINAL DOS PERSONAGENS DE RUBEM FONSECA NO CONTO “FELIZ ANO NOVO”

Francisco Lindenilson Lopes Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

José Dantas da Silva Júnior

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Rubem Fonseca, um dos mais célebres escritores contemporâneos, tem por característica retratar o submundo da marginalidade em seus contos. Como um legítimo representante da literatura conhecida como brutalista, o autor usa de linguagem crua, sem nenhum pudor ou atenuação para descrever detalhadamente os atos brutais de seus personagens. Neste trabalho, nos propomos a investigar, à luz dos postulados de Sarup (1996) somados a teorias comportamentais e psicanalíticas, as principais nuanças de tais personagens. Nossa análise está circunscrita aos personagens do conto “Feliz ano novo”, do referido autor, sobretudo à dupla de personagens Pereba e seu comparsa, posto que são estes a fonte das ações violentas e marginais que buscamos evidenciar. Como referencial teórico utilizamos os postulados de Souza (2003), Brait (1998), Leite (1985), Mussi (2002), Cardoso (2000), entre outros. Nossas reflexões apontam para a constituição de uma identidade marginal de personagens que são perturbados psicologicamente, frios e amorais, capazes das mais atrozes atitudes, sem nenhum esboço de remorso ou culpa. Palavras-chave: Identidade; Marginalidade; Narrativa contemporânea.

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A VERSÃO FEMININA DE CALIBAN EM “LONGE COMO O MEU QUERER”, DE MARINA COLASANTI

Maria Clizalda Vitório Universidade Federal do Piauí

Este trabalho tem por objetivo discutir alguns conceitos de identidade e subalternidade, em conto do livro “Longe como o meu querer”, obra de Marina Colasanti, surgidos a partir da leitura da obra Todo Caliban, de Roberto Fernández Retamar, releitura da peça A tempestade, de William Shakespeare. Será feita uma comparação entre Caliban, visto como símbolo de resistência contra toda e qualquer forma de dominação, e a personagem feminina do conto “Sem asas, porém”. A pesquisa se insere na perspectiva dos estudos Pós-Coloniais, especialmente dentro da corrente do feminismo que procura desconstruir a oposição homem/mulher e das oposições associadas a ela na história da cultura ocidental. Deram contribuições à pesquisa os estudos de Hall (2002); Spivak (2010); Retamar (2004); Culler (1999) e Said (1990). Palavras-chave: Identidade. Subalternidade. Caliban. Pós-Colonialismo. Feminismo.

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TEATRALIZAÇÃO DA IDENTIDADE NOS PERSONAGENS DOS CONTOS DE “A VIA CRUCIS DO CORPO”, DE CLARICE LISPECTOR

Maria da Luz Duarte Leite Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Pretendemos analisar nesta pesquisa a constituição da identidade, a partir dos personagens de Clarice Lispector, em “A Via Crucis do Corpo”. Em uma perspectiva filosófica e discursiva, por exemplo, destacamos as seguintes contribuições de: Foucault (2005, 2009, 2010, 2012); Hall (2006); Bauman (2004); Derrida (1971); Beigui (2011). De modo particular, a teoria de Foucault ganha especial importância para os propósitos dessa pesquisa, uma vez que discute o “poder”, “saber”, o “prazer” e o “corpo” enquanto categorias epistemológicas e simbólicas; por apresentar princípios norteadores para a compreensão da constituição da identidade dos personagens nas narrativas escolhidas. A escolha por esses contos se justifica por verificarmos indícios das relações do “prazer”, “poder”, “saber” e do “corpo”, categorias relevantes para compreendermos o objeto de investigação. Essas narrativas dão conta de um universo simbólico necessário à nossa pesquisa, uma vez que preservando cada uma das hipóteses e problemáticas deste estudo, o que estes contos apresentam é o diálogo entre si por meio da recorrência simbólica do “poder”, do “saber”, do “prazer” e do “corpo”, denotando, a formação de um conjunto de recursos necessários de investigação. Palavras-chave: Corpo. Poder. Prazer. Saber, Identidade. Teatralização.

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MEMÓRIA E IDENTIDADE NO CONTO “A SAIA ALMARROTADA”, DE MIA COUTO

Maria da Luz Duarte Leite Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte

O objetivo deste estudo é refletir sobre Memória e identidade no conto “A Saia Almarrotada”, de Mia Couto, que faz parte do livro intitulado O fio das missangas, (2009) pela sua profundidade, e, por percebermos a presença da memória na constituição da identidade da protagonista. O caráter introspectivo, ou melhor dizendo, memorialista da personagem narradora, e o questionamento sobre a sua existência e os mandos e desmando do homem, fazem parte das narrativas do referido autor. Em “A Saia Almarrotada”, o silenciamento, a exclusão, a discriminação, as atitudes “policiadas”, pelo pai, da protagonista, até mesmo depois de morto, perpassa toda a narrativa. Percebemos a imagem de uma jovem mulher, que também exerce suas ações controladas, especificamente pela figura masculina. Por fim, “A saia almarrotada”, trata da opressão sofrida por uma mulher, que tem sua história narrada por ela mesma a personagem (mulher) oprimida. É, pois, seguindo esta linha de reflexão que tomaremos como base o conceito de memória formulado por Bosi (2006), bem como os estudos de Baumam (2005) Alves (2009) que trata do feminino, e tomaremos como base o conceito de individuação formulado por Jung (2008), dentre outros que tratam da temática estudada. Palavras–chave: Memória. Identidade. Silenciamento.

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NARRATIVA CONTEMPORÂNEA: O REAL E O MARAVILHOSO NA ESCRITA DE LYGIA BOJUNGA

Maria Lúcia dos Santos Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Este escrito ocupa-se em analisar os aspectos constitutivos da narrativa contemporânea, encontrados na escrita da autora brasileira Lygia Bojunga e objetiva analisar/observar de que forma são inseridos na narrativa contemporânea fantástica nuances própria e presentes no cotidiano. Busca-se respaldo teórico em estudiosos e autoridades no assunto tais como Todorov, Bakhtin, Furtado, Morin, entre vários outros escritores. Sendo uma autora que se destaca no cenário da Literatura Infanto-juvenil, Lygia equilibra de forma especial o real e o maravilhoso primando pela liberdade, dando asas a imaginação do leitor. Mistura fantasia e realidade num jogo lúdico, ao mesmo tempo, tece críticas a situações cotidianas. Será analisado o livro A casa da madrinha, publicado no ano de 1978 e que retrata de forma lúdica o conflito interior do personagem, criando um mundo imaginário, apesar de fazer uma abordagem a dura realidade e seus problemas de sobrevivência na cidade grande, bem como enfatizar a exploração da mão de obra infantil. Percebe-se que prevalece nessa obra o aspecto lúdico, a fantasia e o maravilhoso. Palavras-chave: narrativa contemporânea, crítica social, fantástico, maravilhoso.

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O INTRUSO: DIÁLOGO ENTRE O GROTESCO E O ESTRANHO NA OBRA DE LOVECRAFT

Paulo C. Holanda Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O grotesco pode ser considerado a estética da deformidade ao sugerir conformações impossíveis aos seres vivos e às coisas. Ao mesmo tempo em que percebemos tais deformidades impossíveis percebemos também que seus portadores não abandonaram por completo seu estado natural. A dialética entre natural e não natural suscitada pelo grotesco nos remete a uma relação íntima com o conceito freudiano de estranho, uma vez que há vestígios de algo familiar na construção do monstro grotesco. Nosso principal objetivo é traçar um paralelo entre a estética grotesca e a psicanálise a fim de evidenciar a funcionalidade da deformidade dentro da obra O Intruso, de H.P. Lovecraft, alicerçando a pesquisa em teóricos como Kayser (2013), Edwards e Graulund (2013), Eco (2011), bem como nos postulados de Freud em seu ensaio “O Estranho” (2003). Palavras-chave: Deformidade, Estranho, Grotesco, Lovecraft.

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MEMÓRIAS E TRADIÇÕES EM NIKETCHE: UMA HISTÓRIA DE POLIGAMIA DE PAULINA CHIZIANE

Rosa Áurea Ferreira da Silva Universidade Federal do Piauí

O presente artigo objetiva mostrar algumas tradições que permeiam o universo feminino em Nietsche: uma história de poligamia de Paulina Chiziane, através da memória individual e coletiva, evocada pelas personagens femininas da obra. Nascida em Manjacaze, província de Gaza, sul de Moçambique, Paulina Chiziane não se intitula escritora, mas sim, uma “contadora de histórias”, que transfere suas lembranças e narra as histórias e lendas de Moçambique pelo seu olhar de mulher. São narrativas orais do povo moçambicano, e perpassadas na obra pelo diálogo das personagens. Neste sentido, pretende-se fazer uma análise deste universo de histórias das lendas e tradições e mitos rememorados pela memória coletiva do povo moçambicano, trazidos à lembrança pela personagem narradora Rami, que por sua vez desemboca em um desejo feminino de libertação, uma vez que estas tradições sempre suplantaram a mulher, ofuscando o brilho e podando os seus desejos mais íntimos de uma convivência não obliterada, mas harmônica com o homem. Desta forma e por este percurso teórico, com o intuito de alcançar o objetivo proposto, trabalhar-se-á com os conceitos teóricos sobre memória de Halbwachs (2006), Le Goff (1996) e Bosi (2003). Palavras-chave: Chiziane, memória, tradições, mulher.

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O “ESPELHO BAÇO E ESCURECIDO”: REFLEXÕES SOBRE A OBRA A HORA DA ESTRELA

Antonia Gerlania Viana MEDEIROS Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Roniê Rodrigues da SILVA

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Após as várias tentativas de evasão do narrador Rodrigo S.M. para contar a história de Macabéa, ele se entrega ao ofício e dar o direito ao grito à moça nordestina. Ainda entre as primeiras vinte páginas da obra nos deparamos com a cena em que Macabéa vai ao banheiro do escritório, após quase ser demitida, e se olha no espelho baço e escurecido, onde procura ver a sua imagem. Com essa imagem “embaçada” do reflexo de Macabéa, propomo-nos, norteados pelas características da escrita de Clarice, da crítica social “disfarçada” que a autora faz uso e pela presença do simbólico, analisar os reflexos do contexto social e da condição dos personagens na narrativa. Para tanto, apoiar-nos-emos na obra da própria Lispector (1995), nos textos de Souza (2006) e Nunes (1995), nas explicações do Dicionário dos símbolos de Chevalier e Gheerbrant (2009), bem como nas teorias de Watt (1990), Bakhtin (1997), entre outros. Palavras-chave: Crítica social, reflexo, personagens.

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A VERSÃO FEMININA DE CALIBAN EM “SEM ASAS, PORÉM”, CONTO DE MARINA COLASANTI

Maria Clizalda Vitório Universidade Federal do Piauí

Este trabalho tem por objetivo discutir alguns conceitos de identidade e subalternidade, em conto do livro Longe como o meu querer, obra de Marina Colasanti, surgidos a partir da leitura de A tempestade, de William Shakespeare. Foi feita uma correlação entre Caliban, visto como símbolo de resistência contra a dominação do colonizador europeu e a personagem feminina do conto “Sem asas, porém”. A pesquisa se insere na perspectiva dos estudos Pós-Coloniais, explorando a relação entre colonizador e colonizado e as contribuições do feminismo, que procuram desconstruir a oposição homem/mulher e das oposições associadas a ela na história da cultura ocidental. Fundamentaram teoricamente a pesquisa os estudos de Beauvoir (1980); Bourdieu (2005); Colasanti (1997); Culler (1999); Hall (2002) Retamar (2004); Shakespeare (s.d.); Spivak (2010) e Zolin (2005). Palavras-chave: Identidade. Subalternidade. Caliban. Feminismo. Marina Colasanti.

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GT 02 - A narrativa de ficção contemporânea

Posters

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“SÃO MARCOS” DE SAGARANA: A LINGUAGEM PROSAICA E A RELIGIOSIDADE DO SERTÃO

Dianna Paula Pinto Moreira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

A vasta quantidade de obras desenvolvidas por João Guimarães Rosa é objeto de estudo para pensadores sobre, entre outras coisas, a linguagem, a qual o autor manipula e desenvolve uma forma ímpar de expressar-se; observa-se que ritos religiosos populares são relatados em suas obras e podem servir para retratar a realidade sertaneja do país. Esses dois aspectos serão analisados nesse trabalho com o objetivo de expor as marcas que tornam a escrita de Rosa incomparável e como é feita a relação entre a realidade e os fatos religiosos que são narrados no conto “São Marcos”, do livro Sagarana. A leitura do conto e a coleta de dados pertinentes as temáticas escolhidas foram o meio usado para desenvolver este trabalho que se inicia mostrando questões remetentes ao modernismo e se aprofunda a partir da análise do perfil de Rosa, como autor, e do conto escolhido que se torna, dessa forma, um exemplo singular do trabalho do escritor. Esta pesquisa levou em consideração as assertivas de Querubine (2009) e Matoso Câmara (1955) para discorrer acerca das formações linguísticas adotadas por Rosa. Para fundamentar as questões correspondentes à religiosidade foram usados os estudos de Benedetti (2008) e Roncari (2007), com este também fornecendo material pertinente a linguagem. Logo, a pesquisa realizada mostra o caráter descritivo da ficção de Rosa, com foco no conto “São Marcos”, sobretudo, na linguagem utilizada na narrativa, pois se percebe que ela é o principal veículo para a descrição da miscigenação cultural que o autor faz no conto selecionado. Palavras-chave: João Guimarães Rosa; conto; linguagem; São Marcos.

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O DESDOBRAMENTO DO EU NO CONTO “DOLLY”, DE LYGIA FAGUNDES TELLES

Monica Valéria Moraes Marinho Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Rosaly Ferreira da Costa Santos

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Antonia Marly Moura da Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Esse trabalho constitui parte de uma pesquisa maior intitulada “O duplo como manifestação do insólito na ficção de Lygia Fagundes Telles: um estudo das obras “A noite escura e mais eu” e “Invenção e memória”” (PIBIC/CNPq), desenvolvido na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. No atual recorte, o estudo focaliza o conto “Dolly”, da coletânea A noite escura e mais eu (1995), destacando marcas do desdobramento do eu na construção das personagens, sobretudo, o estranho como traço caracterizador da dualidade desses seres ficcionais. Com tal propósito, tomamos por base o que Bravo, Mello, Lamas, e outros estudiosos da temática concebem como expressão do duplo, bem como os postulados de Freud e Todorov sobre o estranho. A intenção é observar a configuração da trama e, especialmente, a construção das personagens centrais, Adelaide e Dolly, ambas com vinte e dois anos de idade, que se conhecem para dividir uma casa, mas que não chegam a morar juntas porque uma delas é, misteriosamente, assassinada de forma brutal. As duas moças são marcadas por um significativo dualismo que as perfila uma em oposição à outra numa relação dinâmica de semelhança e dessemelhança, como se, mutuamente, a personalidade revelada de uma fosse o reflexo da personalidade oculta da outra. Assim, verifica-se a dicotomia estranho/familiar através do efeito de estranhamento das personagens diante de um possível lado secreto seu, reprimido, que vem à tona na contemplação do outro. Palavras-chave: Lygia Fagundes Telles, o duplo, o estranho.

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MARCAS DO INSÓLITO NO CONTO “UM MOÇO MUITO BRANCO”, DE GUIMARÃES ROSA

Amanda Arruda Alves Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Carla Monara de Paiva Silva

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Este trabalho tem como objetivo analisar as marcas do insólito presentes no conto “Um moço muito branco”, pertencente à obra Primeiras Estórias, de Guimarães Rosa, publicada em 1962. O referido conto nos traz o caso de uma personagem incomum e misteriosa. Trata-se de um moço que surge na cidade mineira de Serro Frio, após uma catástrofe devastadora. Diferindo das demais pessoas do lugar, carrega no seu interior, uma espécie de luz que transcende a pele e tem o poder de transformar a vida daqueles que lhe cercam. Durante a sua permanência na cidade, o moço produz fatos que se assemelham a pequenos milagres. Quanto ao conceito de insólito, é definido por García (2007), como algo que não ocorre com frequência, incomum, ou que contraria o uso das regras e costumes. Ou seja, o insólito é o inesperado, o não usual. Nessa perspectiva, tomaremos como referencial teórico básico, as obras de Bosi (1994) e Galvão (2000), que nos fornecem informações sobre Guimarães Rosa. Já no que concerne ao insólito e seus criadores, utilizaremos a obra de García et al (2008). Palavras-chave: Guimarães Rosa. Conto. “Um moço muito branco”. Insólito.

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DES) ATANDO LAÇOS: UMA LEITURA DO CONTO “OS LAÇOS DE FAMÍLIA”, DE CLARICE LISPECTOR

Antonia Jackcioneide Oliveira da Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/PIBID

Fernanda Hingryd da Silva

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/PIBID

Alectsandra Caetano de Sousa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/PIBID

Clarice Lispector retrata, na maioria de suas ficções, a condição da mulher na sociedade, problemática que através da metáfora suscita valiosas reflexões sobre o feminino na literatura. Nesta perspectiva, a partir da leitura do conto “Os laços de família”, integrante da obra Laços de família (1960) serão analisados os traços que permeiam o cotidiano de uma família tradicional. Na narrativa, a personagem principal, Catarina, é retratada como uma dona de casa que cuida do marido e do filho. O homem, marido de Catarina, por sua vez, é o cabeça da casa, o superior em relação a mulher. Dessa forma, destacaremos nas ações das personagens o cotidiano desse ser – mulher, esposa, filha e mãe – tendo como foco a construção e desconstrução de máscaras e metáforas expressas no conto. Percebemos através do conto as marcas que caracterizam a ficção de Clarice Lispector, como, por exemplo, a peculiaridade de focalizar o interior dos personagens, a procura e reflexão do eu, dentre outros aspectos. Para a leitura do conto, tomamos como referencial básico os estudos de Xavier (2006) que aborda a representação da família no banco dos réus, ou seja, a família como um instrumento de adequação perante a sociedade, Lima (2003) que retrata o feminino e literatura no Brasil, a luta e vitória das mulheres para conseguirem espaços na sociedade, Bosi (1994), Rosenbaum (2002), entre outros. Palavras-chave: Conto. Máscaras. Laços de família. Clarice Lispector

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O CORPO: DA SENSIBILIDADE À CRUELDADE

César Tardelly de Medeiros

Francisca Aurizete da Silva Medeiros

Jéssica Fernandes Lemos

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O presente trabalho objetiva analisar o conto “O Corpo”, da obra A via crucis do corpo (1974), de Clarice Lispector. Na obra, o sagrado e o profano se misturam para situar questões em torno da representação do feminino tais como sexualidade, erotismo, amor, traição, dentre outros elementos expressos nos treze contos da coletânea. “O Corpo”, o terceiro conto da obra, retrata também esses aspectos, mas de modo peculiar, investindo na ironia, numa linguagem marcada por tabus em relação ao sexo. Na análise do conto constatamos que, ao longo da narrativa, as personagens femininas modificam seus sentimentos, em relação ao amante, num conjunto de atitudes que deságuam na crueldade. Em síntese, a narrativa constrói um itinerário da mulher em que a transformação de valores e comportamentos traz à tona a figuração de sentimentos de alienação para a crueldade e frieza. Nesta perspectiva, com foco nas temáticas do corpo e do erotismo, privilegiando a configuração da personagem feminina, tomamos como embasamento teórico o estudo de Xavier (2009) sobre tal problemática e a ótica de Rosenbaum (2002) e Bosi (2007) sobre a ficção de Clarice Lispector. Palavras-chave: Clarice Lispector, feminismo; sexualidade.

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GT 03 – Gêneros Discursivos e Ensino

Comunicações orais

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A ESCRITA ÍNTIMA COMO PONTO DE PARTIDA PARA APRENDER UM GÊNERO: PRÁTICA E REFLEXÃO

Ângela Cláudia Rezende do Nascimento Rebouças UFPE

Ana Gabriela Modesto Braga UFPE

Este trabalho é uma reflexão a partir de uma prática de escrita no espaço da sala de aula no Ensino Médio. O domínio de gêneros discursivos sempre é uma questão estudada por nós professores e lingüistas que buscamos através dos estudos entender como se aprende um gênero e qual a melhor forma de ajudar os alunos a dominarem vários gêneros. A perspectiva de estudos bakhtiniana nos diz que os gêneros estão situados em duas esferas, sendo uma primária e outra secundária, de forma que os gêneros primários não precisariam ser ensinados, pois o acesso a eles seria mais natural, já os secundários estariam em certo ponto distante do dia-a-dia do aluno e, por isso, a necessidade de agenciar esse contato. Partindo dos pressupostos de Bazerman (2011, 2007), e Miller (2012) sobre agenciamento, a prática foi feita com diários da aula de Língua Portuguesa, nos quais deveriam constar impressões pessoais, comentários sobre o conteúdo e anseios em relação à disciplina, o que se chama de escrita livre. Serviram-nos de aporte teórico os estudos de Marcuschi (2008) e Bakhtin (1979) sobre a produção textual e gêneros discursivos. O trabalho com os diários mostrou uma certa liberdade dos alunos em relação à escrita e uma evolução quanto à extensão e profundidade dos textos em relação ao tempo de escrita, evidenciando domínio do gênero em questão.

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PROPOSTA DIDÁTICA PARA O ENSINO DO GÊNERO: CHARGE

Alaide Angelica de M. C. Carvalho

UERN Daniele Ramalho Pereira

UERN Eliada Rodrigues de Sousa

UERN

A finalidade deste trabalho é apresentar uma proposta de ensino com o gênero discursivo charge e, para isso, utilizaremos como aporte teórico o dialogismo de Bakhtin (2003), a sequência didática proposta por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), entre outros. Buscamos com essa proposta alcançar seguintes objetivos: aprimorar as habilidades de leitura e escrita a partir do gênero charge; compreender os aspectos críticos existentes na charge, bem como a intencionalidade irônica; compreender como os recursos visuais contribuem para a construção de sentidos; relacionar o gênero ao contexto histórico-social em que ele está inserido; reconhecer que a charge é altamente marcada pelas suas condições de produção; estimular o censo crítico dos alunos. Acreditamos que esse trabalho traz grandes contribuições para o ensino e pode ser facilmente adaptado para o ensino de outros gêneros.

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ANÁLISE DIALÓGICA EM NARRATIVAS ESCOLARES: UM ESTUDO DOS ELEMENTOS DO GÊNERO DISCURSIVO

João Paulo Pereira UERN

Kelli Karina Fernandes Freire UERN

Shara Raiany de Oliveira UERN

Intitulado Análise dialógica em narrativas escolares: um estudo dos elementos do gênero discursivo, este trabalho é pautado numa abordagem dos elementos dos gêneros discursivos a partir da teoria dialógica de Mikhail Bakhtin. Pretendemos mostrar que o estudo do gênero discursivo sugere também uma análise dialógica, haja vista que o dialogismo é indissociável dos elementos que compõem o gênero do discurso. Assim, o objetivo principal dessa pesquisa é mostrar, a partir da perspectiva dialógica do Círculo de Bakhtin, como se apresentam, em narrativas escolares do 6º ano do Ensino Fundamental, os elementos constitutivos do gênero discursivo: conteúdo temático, estilo e construção composicional. Para observar as características do gênero discursivo, investigamos como o dialogismo apresenta-se nas redações escolares de tipologia predominante narrativa (cf. MARCUSCHI, 2002). Para o percurso metodológico deste trabalho, pautamo-nos pelas concepções e abordagens de Bakhtin/Volochínov (1929/ 2009); Bakhtin (1929/1963 / 2010) e Marcuschi (2005). Através da pesquisa, pudemos observar, nas narrativas analisadas, como os elementos do gênero discursivo se apresentam em termos: (i) do conteúdo temático do texto, ou seja, de assunto ou tema; (ii) da construção composicional; e (iii) do estilo, que se caracteriza pelas escolhas estilísticas do autor, no caso, o discente. Observamos que o dialogismo apresenta-se nas redações examinadas, por meio das vozes de personagens, por meio das interações entre narrador e personagens e também através de referências externas à narrativa. Todas essas relações dialógicas podem ser marcadas de maneira explícita ou se apresentam de modo mais implícito.

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ENSINO DE GÊNEROS DISCURSIVOS: PELA CONSIDERAÇÃO DAS RELAÇÕES DIALÓGICAS E DA ESFERA DE COMUNICAÇÃO

Lucas Vinício de Carvalho Maciel UERN/Unicamp

No presente trabalho efetua-se uma reflexão acerca dos modos pelos quais o conceito de gênero discursivo, pretensamente a partir da perspectiva bakhtiniana, vem sendo empregado em práticas didáticas. Em seu conhecido ensaio, Os gêneros do discurso ([1952-1953]), Bakhtin pontua a existência de três elementos constitutivos do enunciado: conteúdo temático, construção composicional e estilo. Esses elementos constitutivos do enunciado estão presentes em quaisquer gêneros discursivos, dado que cada enunciado particular se realiza necessariamente sob a forma de determinado gênero do discurso. Em muitas propostas de ensino, contudo, têm-se focalizado apenas esses três elementos, desconsiderando ou pouco abordando a importância das relações dialógicas constitutivas do enunciado e da esfera de comunicação em que o gênero é enunciado. Por isso, a discussão proposta neste trabalho está na esteira de artigos de pesquisadores como Maciel (2011) e Brait & Pistori (2012), que já vêm há algum tempo alertando para as restrições sofridas em certas apropriações e assimilações do conceito bakhtiniano de gênero. A partir de uma charge política são analisados não somente os elementos constitutivos do gênero, mas também as relações dialógicas imprescindíveis para seu entendimento mais profundo e completo. Além disso, o leitor poderá perceber quão importante é a esfera de circulação do enunciado, pois a charge em questão ganha novos contornos quando se esclarece seu contexto de publicação.

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MUDANÇAS QUE AFETAM OS GÊNEROS DO DISCURSO AO LONGO DO TEMPO: OS FENÔMENOS DA TRANSMUTAÇÃO E DA HIBRIDIZAÇÃO

Lucimar Bezerra Dantas da Silva UERN

As línguas naturais, essencialmente dinâmicas, mudam ao longo do tempo e os textos, concretizados em gêneros do discurso, também se transformam. Com base nessa afirmação, o objetivo desta comunicação é discutir os conceitos de transmutação e de hibridização, fundamentados em Bakhtin (1976, 1988, 2003, 2010); Marcuschi (2002); Araújo (2005) e Zavan (2009), para mostrar que as mudanças que afetam os gêneros ao longo de sua trajetória apresentam causas variadas. Essas causas podem, por exemplo, estar associadas a mudanças de natureza linguístico-discursiva ou a contingências sócio-históricas decorrentes da própria dinâmica social e do progresso científico e tecnológico. Além disso, os textos também mudam ao se mesclarem com outros textos, dando origem a gêneros híbridos. Para exemplificar algumas dessas mudanças, selecionamos cartas do leitor e anúncios publicitários, publicados em diferentes momentos ao longo dos séculos XIX, XX e XXI, em jornais, revistas e na internet. Defendemos, portanto, que o estudo desses dois fenômenos é imprescindível para que se tenha uma compreensão clara de como os gêneros funcionam nas comunidades linguísticas em que circulam e de como o percurso de um gênero inclui etapas de estabilização e de mudança.

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ANÁLISE DOS ELOS DIALÓGICOS EM NARRATIVAS ESCOLARES

Marcos Paulo de Azevedo

SE/CE

Este estudo objetiva analisar os vínculos dialógicos existentes em narrativas produzidas por alunos da 3ª série do ensino médio da cidade de Serra do Mel (RN). Para realizar essa análise, teremos como base teórica principal textos do Círculo de Bakhtin em que se discute sobre o dialogismo como elemento constitutivo da linguagem (BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 1929; BAKHTIN, 1929/1963, [1952-1953]). Acreditamos que as narrativas são um espaço privilegiado para apreciação do funcionamento dialógico da linguagem uma vez que as palavras das personagens podem ser retomas por outras personagens ou pelo narrador, ilustrando claramente as relações dialógicas entre os enunciados. Assim, buscamos respostas para as seguintes questões: Como se estabelecem os vínculos dialógicos entre as vozes de autor, narrador e personagens? Como a alternância das vozes de personagens, narrador e autor são marcadas: com ou sem aspas? As palavras do narrador e personagens são expressas através de que tipo de discurso: direto, indireto, indireto livre? Além disso, investigaremos possíveis relações dialógicas entre as redações e enunciados exteriores (referência a textos, filmes, etc.). A partir da leitura das narrativas já observamos, por exemplo, que o dialogismo se estabelece principalmente por meio do discurso indireto, empregado pelo narrador para reproduzir ou reportar a fala das personagens, mostrando-se nesse caso uma nítida interação entre dois discursos: o do narrador e o da(s) personagem(ns). Esperamos trazer um novo olhar sobre a análise e, consequentemente, sobre o ensino de narrativas ao focalizar uma questão pouco explorada nas abordagens didáticas dos gêneros narrativos: a questão do dialogismo constitutivo dos textos.

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GÊNEROS DISCURSIVOS E ENSINO-APRENDIZAGEM DA LINGUA PORTUGUESA

Maria Lúcia dos Santos

UERN

O presente escrito trata das questões pertinentes aos gêneros discursivos, buscando melhor compreender suas definições, conceitos, características, bem como se ocupa de perceber quais as suas contribuições no que se refere ao ensino aprendizado da Língua Portuguesa enquanto instrumento essencial para a formação de sujeitos autônomos. Para a realização desse estudo foi utilizada uma pesquisa bibliográfica tendo embasamento teórico autores como Marcuschi (2003), Bakhtin (1992), Kleiman (1995), entre outros que consideram ser a linguagem uma importante ferramenta para uma ação transformadora. Autores que consideram a leitura, a literatura, e, por conseguinte, os gêneros, instrumentos de fundamental importância para a informação, conhecimento e conscientização do ser humano. Traça-se uma breve trajetória, buscando conhecer, definir, conceituar o que são os gêneros discursivos, conhecer o desenrolar da sua historia, atentando para a percepção da sua função social. O objetivo crucial desse escrito é propor discussões e reflexões acerca das teorias dos gêneros traçando uma breve abordagem sobre como efetivamente eles podem contribuir para o ensino aprendizagem da língua portuguesa com vista à formação de sujeitos críticos e pensantes, autores da própria história.

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“REBANHO IRREQUIETO DE BYTES”: O CIBERESPAÇO NA FORMAÇÃO DE LEITORES

Mayara Cruz Albuquerque UECE

O ciberespaço tornou-se um dos meios mais importantes de produção e divulgação de conhecimento. Blogs, websites, redes sociais disseminam e espalham ideias, constroem revoluções. Neste sentido, este trabalho volta-se para a análise das possíveis contribuições do ciberespaço na formação de leitores. Para isto, buscamos investigar a recepção da poesia do escritor e poeta Sérgio Capparelli (1996) através da oficina “Poesia na tela” com alunos do 1° ano, realizada numa escola pública no município de Quixeramobim, no Ceará. Os poemas de 33 ciberpoemas e uma fábula virtual e o site do escritor mineiro (http://www.capparelli.com.br) foram utilizados afim de proporcionar aos alunos-participantes uma experiência estética com o texto poético e uma vivência lúdica através da interação com os textos do site que são construídos através de cliques e hipertextos e outros recursos disponibilizados pelas novas tecnologias. Com as experiências e leituras feitas durante todo o processo foi possível perceber que o ciberespaço instigou a participação dos alunos na construção de sentidos das leituras poéticas, como também os recursos audiovisuais utilizados proporcionaram um diálogo mais efetivo e afetivo com o texto poético.

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GT 03 - Gêneros Discursivos e Ensino

Posters

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ESCRITA E REESCRITA DO GÊNERO CRÔNICA: UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Ana Luíza Dantas de LIRA UERN

Eli Melo Costa MARINHEIRO

SEEC

Rafaela Dalila da Costa PINTO UERN

O presente trabalho, que está vinculado ao Projeto Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), foi realizado na Escola Estadual Professor Abel Freire Coelho, com os alunos da 1ª série do Ensino Médio e tem como objetivo mostrar a importância da escrita e reescrita na apreensão de um gênero. Para a realização desse trabalho, foi elaborada uma sequência didática utilizada com os alunos, para o ensino do gênero crônica. Inicialmente apresentamos à turma as principais características da crônica e alguns autores de destaque. Também exploramos os conhecimentos prévios dos alunos. Depois lemos uma crônica, na qual puderam identificar os elementos constituintes do gênero. Em seguida, propomos a primeira produção de texto, a fim de identificar o nível de domínio desse gênero discursivo. Nas aulas seguintes trouxemos variados tipos de crônicas, líricas, jornalísticas, dentre outras, para apresentar aos alunos. Entregamos também os textos corrigidos e fizemos novas orientações para adequação à proposta. Então, os alunos iniciaram a reescrita de suas produções, através das quais pudemos notar a evolução da escrita, como também o aumento de interesse pela leitura. Fizemos este trabalho à luz das teorias de Bakhtin (2003), Marcuschi (2005) e Schneuwly e Dolz (2004).

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AS MULTIMODALIDADES DISCURSIVAS PRESENTES NO GÊNERO CHARGE VIRTUAL

Antonia Jackcioneide Oliveira da SILVA UERN

Fernanda Hingryd da SILVA

UERN

Débora Katiene Praxedes COSTA UERN

Com o avanço das novas tecnologias, a internet passou a ser um espaço favorável às novas formas de comunicação. Este ambiente propicia o surgimento de gêneros digitais, como o caso da charge virtual. E nestes gêneros a multimodalidade se torna mais marcante, devido a maior quantidade de imagens, sons e escrita para a construção de sentidos nos textos digitais. Nesse contexto, este trabalho terá como discussão a multimodalidade discursiva presente no gênero charge virtual do chargista Maurício Ricardo, com o objetivo de identificar os mais variados aspectos multimodais presentes no gênero em questão. Dessa forma, será abordado como as multimodalidades encontradas no gênero charge virtual podem facilitar a compreensão do leitor/aluno através das linguagens verbais e não verbais presentes no texto. Tendo em vista que o chargista utiliza-se de vários aspectos multimodais para compor suas charges. À luz das teorias de Bakhtin (1997), Marcuschi (2002), Bazerman (2011), Dionísio (2006), entre outras, analisaremos as diversas multimodalidades como a musicalidade, as cores, os desenhos, os símbolos, os movimentos dos personagens, entre outras multimodalidades, que contribuem para uma interpretação mais eficaz do texto. Logo, esse artigo é relevante pelo fato de que essa multimodalidade contribui para a construção de sentido dos textos e que se trabalhado em sala de aula, por exemplo, aproxima-se da realidade do aluno, e permite uma interação maior entre professor e discente fazendo com que o aluno possa de forma mais eficiente trabalhar a sua criticidade a partir das charges virtuais.

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RELAÇÕES DIALÓGICAS NO ENSINO DE GÊNEROS NARRATIVOS: ANÁLISE DE UMA ATIVIDADE DE LIVRO DIDÁTICO

Bruna Gabrieli Morais da Silva UERN

Lucas Vinício de Carvalho Maciel

UERN Através da nossa pesquisa de Iniciação Científica “Dialogismo em propostas de leitura e escrita de narrativas em livros didáticos” (PIBIC/UERN - 2013/2014), analisamos livros didáticos com o objetivo de observar se as propostas de leitura e escrita de gêneros narrativos abordavam as relações dialógicas no estudo de narrativas. Por ser um material bastante divulgado e utilizado em várias escolas públicas do país, selecionamos para análise a coleção de livros didáticos para o Ciclo II (6º a 9ª ano) do ensino fundamental “Português: Linguagens” de William Roberto Cereja e Tereza Magalhães Cochar (CEREJA; COCHAR 2010a, 2010b, 2010c, 2010d). Tendo por base esse material, primeiramente fizemos um recorte, selecionando as atividades de leitura e de escrita, que contemplassem gêneros narrativos, a fim de investigar se essas atividades consideravam a relevância das relações dialógicas na composição e na leitura de textos predominantemente narrativos. Durante análise, examinamos, por exemplo, se foram contempladas ou focalizadas as relações dialógicas entre os textos presentes nos livros e referências exteriores. Já no âmbito restrito de cada texto, procuramos investigar como se apresentavam os vínculos discursivos estabelecidos entre os principais partícipes do enunciado narrativo: autor, narrador, personagem. Para desenvolvermos essa pesquisa, tivemos como base teórica estudos do Círculo de Bakhtin (BAKHTIN, 1919/1921; 1929/1963, [1952-1953], VOLOCHÍNOV/BAKHTIN, 1929). Para ilustrar o estudo desenvolvido, selecionamos para esta exposição uma proposta de produção textual, que será examinada para expor como as relações dialógicas podem (ou não) ser consideradas no trabalho com gêneros narrativos.

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ANÁLISE DE EXERCÍCIOS DE GRAMÁTICA EM LIVRO DIDÁTICO

DE LINGUA PORTUGUESA DO ENSINO FUNDAMENTAL

Débora Caruline Pereira Silva UERN

Ananias Agostinho da Silva

UERN

Este trabalho tem como objetivo a análise de exercícios de gramática do livro didático de Língua Portuguesa do 7° ano do Ensino Fundamental, da coleção “Tecendo Linguagens”, publicada nesse ano de 2014, pela editora IBEP, buscando conhecer a forma com a qual o livro didático trabalha com a gramática. Enfatizamos as concepções de linguagem e de ensino de gramática que embasam teoricamente o livro didático, focalizando esses tópicos gramaticais: advérbio e locuções adverbiais, sujeito e predicado, visando a obtenção de uma melhor compreensão por parte do leitor. Como aporte teórico, nos fundamentamos, especialmente, nos estudos sobre o ensino da gramática, de autores como Neves (1990) e nos trabalhos de Possenti (1996); sobre o livro didático, utilizaremos como referencial os estudos de Travaglia (2003), pois esse autor nos leva a refletir sobre o conceito de gramática. Sobre o uso de advérbios e locuções adverbiais, buscamos aporte nos trabalhos de Madeira (2005), Fregonezi (1997) e Marcuschi (2007). Os dados foram coletados a partir da análise do livro e análise dos exercícios gramaticais, apresentando resultados dos questionários apresentados. Os resultados mostram como se dá o ensino de gramática com base no livro de Língua Portuguesa “Tecendo Linguagens” e como são aplicados os tópicos gramaticais do livro. Os exercícios contêm três questões escritas, nas quais algumas das questões possuem alternativas de A a D, além de questões interpretativas e referentes à construção de frases. Palavras-chave: Análise; Livro Didático; Exercícios.

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CRÔNICA: UM GÊNERO DISCURSIVO, UM DESAFIO NA SALA DE AULA

Evaniele Barbosa da Costa UFRN

Erica Reviglio

UFRN

Neste trabalho, relatamos algumas experiências vivenciadas no PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, no qual desenvolvemos ações, experiências metodológicas e práticas inovadoras, dando um novo significado ao ensino da Língua Materna. Focamos, neste relato, a preparação para as Olímpiadas de Língua Portuguesa, realizada na Escola Estadual Professor José Fernandes Machado, localizada no Bairro de Ponta Negra / Natal-RN. Apresentamos as estratégias que foram usadas para desenvolver este trabalho, tendo como instrumento norteador o manual das Olímpiadas de Língua Portuguesa e a Crônica como gênero discursivo abordado. Embasando-se no pensamento de Dolz, Noverraz E Schneuwly (2014) e Karwoski, Gaydeczka e Brito (2011) e Bakhtin (2011). A situação comunicativa para realização de tal procedimento partiu das vivências dos próprios alunos, da 1ª série do Ensino Médio. Como ponto de partida, procuramos fazer com que os alunos observassem os aspectos estruturais da Crônica para elaboração de textos que respeitassem suas características prototípicas, além de promovermos reflexões que orientassem cada produção. Com esse propósito, buscamos trabalhar de forma dinâmica e diferenciada a fim de motivar os alunos a desenvolverem a prática de leitura e escrita. O resultado obtido foi mais gratificante do que o esperado, pois tínhamos um manual que disponibilizou diversas oficinas, as quais possibilitaram desenvolver de forma inovadora o gênero em questão. Procuramos, assim, despertar a curiosidade dos alunos tanto para reconhecerem o gênero, como para fazer com que eles criassem seus próprios textos, partindo de um contexto cotidiano. Os resultados obtidos foram gratificantes para todos os envolvidos.

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GÊNEROS MIDIÁTICOS: A NOVELA

Francélia Nunes de Medeiros FERREIRA UERN

Isliane Saraiva de ASSIS

UERN

Lúcia Helena Medeiros da Cunha Tavares UERN

Esta reflexão se apresenta em forma de pôster e filia-se ao “GT3 – Gêneros discursivos e ensino”, tendo por objetivo abordar o gênero midiático através da história do gênero novela, desde sua origem até os dias atuais. A mídia, tendo como papel central seduzir os seus receptores, utiliza-se de diversos recursos, e é neste aspecto que a novela aparece como um instrumento mercadológico altamente híbrido possibilitando a inserção de diversos gêneros discursivos em sua formação. Como exemplo podemos citar a presença do discurso político, da propaganda, da música e do conto de fadas. Neste estudo, para comprovação do que foi dito, analisaremos alguns trechos de novelas, retirados da internet. Esses trechos pertencem às novelas “Meu pedacinho de Chão” e “Em Família”, ambas apresentadas na TV Globo, no ano de 2014. Para tanto, utilizamos como base teórica, a noção de interdiscursividade e hibridismo de Bakhtin (2003) e Marcuschi (2002). Com a pesquisa em questão pudemos constatar o alto poder que a mídia exerce sobre as pessoas, e no que se refere às novelas, estas ditam modas, influenciam pensamentos, retratam fatos atuais e polêmicos, bem como divulgam produtos com fins comerciais.

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A CONSTRUÇÃO DO GÊNERO ARTIGO DE OPINIÃO NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO MÉDIO

Francisco das Chagas de Souza Costa UERN

Deymison Iago Cortêz da Silva

UERN

Monique Abreu Bichão de Medeiros Dantas UERN

O presente trabalho, que está vinculado ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, financiado pela CAPES, tem como objetivo discutir sobre o trabalho com o gênero artigo de opinião nas aulas de língua portuguesa no ensino médio, como também averiguar a reflexão e o desenvolvimento do senso crítico dos alunos sobre os assuntos abordados em sala. A nossa discussão se baseará na observação das atividades executadas durante as aulas de língua portuguesa, nas turmas das segundas séries do ensino médio, da Escola Estadual Jerônimo Rosado, da cidade de Mossoró/RN. O trabalho da professora supervisora do PIBID envolveu algumas etapas. No primeiro momento foi apresentado o gênero artigo de opinião aos alunos, destacando o que se entende por esse gênero, suas características, onde é veiculada, sua linguagem e dicas de como elaborá-lo. Em seguida, foram expostos para os alunos alguns vídeos sobre o tema “Copa do Mundo”. Nesse momento, percebeu-se grande atenção dos discentes. Depois da exibição e da discussão sobre os vídeos, foi solicitado que eles escrevessem um artigo de opinião sobre o tema acima citado. Após a escrita dos textos, e a devida correção, os alunos foram levados, então, à fase da reescrita dos artigos de opinião que, posteriormente, foram expostos no mural da escola. Pode-se observar, com este trabalho, que se deu à luz das teorias de Bakhtin (2003), Dell‘Isola (2007) e Marcuschi (2005), que o artigo de opinião é um gênero que desperta a reflexão e a criticidade do aluno, devendo, dessa forma, ser sempre trabalhado nas aulas de língua portuguesa.

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ANÁLISE DO GÊNERO DISCURSIVO BULA DE REMÉDIO: PERSPECTIVAS QUE CONDUZEM À COMPREENSÃO E AO ENSINO

Jardicinária Teixeira Soares UFCG

Tânia de Sousa Lins

UFCG

Rose Maria Leite de Oliveira UFCG

Tendo em vista que a efetivação de um gênero se dá a partir do uso em uma comunidade discursiva, entender o papel dos interlocutores é importante tanto para se conhecer que regras de uso são estabelecidas nessa comunidade, quanto aos propósitos comunicativos que podem ser alcançados através do gênero. Partindo de tal pensamento, o presente trabalho objetiva analisar a circulação, função e demais especificidades do gênero discursivo bula de remédio. Seguindo os pressupostos teóricos de Bakhtin (1992), Swales (1990), Marcuschi (2008), dentre outros, observamos o conteúdo temático, o estilo verbal e a construção composicional de tal gênero discursivo, bem como os aspectos formais e linguísticos que contribuem para a caracterização do mesmo. Como material de análise, utilizamos a bula do medicamento Noregyna, um contraceptivo hormonal, utilizado por mulheres adultas. Apesar de ser um gênero inserido em um âmbito comunicativo público, ou seja, produzido para uma grande massa de leitores, desde pacientes até profissionais de áreas específicas da saúde, notamos que a bula ainda é pouco explorada em sala de aula, o que é lamentável, pois sendo o seu principal propósito comunicativo a compreensão, percebemos que se torna cabível a extensão do estudo dos textos em sala de aula em relação a este gênero textual/discursivo. Nesse sentido, é de fundamental importância abrir espaço para que o aluno reflita sobre o gênero como elemento que se configura em seu dia a dia, tanto no escolar quanto em sua vida social.

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O PIBID E O GÊNERO DISCURSIVO MEMÓRIAS COMO MEDIADOR DAS PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA EM SALA DE AULA

Mariana Alves Barbosa

UFRN

Maria Clara Lucena UFRN

Francisca das Chagas Nobre de Lima

UFRN

Neste trabalho abordamos alguns aspectos relativos às práticas de leitura e escrita com o gênero discursivo memórias, uma das atividades realizadas no Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID), especificamente no subprojeto de Língua Portuguesa desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), na Escola Estadual Berilo Wanderley, localizada em Natal/RN. Esse gênero foi trabalhado pelos bolsistas do PIBID juntamente com a supervisora de Língua Portuguesa, com os alunos 2º ano A do Ensino Médio noturno Diferenciado, sob a perspectiva do gênero discursivo como organizador de prática escolar no ensino da língua materna. Este trabalho está fundamentado nos pressupostos teóricos desenvolvidos por Bakhtin (2011) sobre linguagem; Freire (1998) sobre educação; material didático desenvolvido por Cereja e Magalhães (2009); a concepção de produção textual desenvolvida por Castro (2003); gêneros discursivos por Lopes-Rossi (2011) e Bakhtin (2011); “sequência didática” proposta por Schneuwly e Dolz (2004), além de outros autores. O gênero memórias retrata uma época da vida com base em lembranças pessoais dos estudantes e, para isso, foram postos em práticas atividades variadas, por compreendermos que a linguagem deve ser concebida como interação verbal. Percebemos, ainda, que a participação dos estudantes não acontece somente por meio da apresentação de textos de diferentes gêneros, mas a partir do reconhecimento e atribuição de sentido a partir das vivências deles. Tal reconhecimento e atribuição de sentido devem ser valorados, a fim de garantir uma melhor apreensão do conteúdo em sala de aula. Em síntese, o trabalho se insere na área de Linguística Aplicada.

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GT 04 – Olhares para o ensino de língua e literatura do Espanhol

Comunicações orais

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O ENSINO-APRENDIZAGEM DE ESPANHOL E AS NOVAS TECNOLOGIAS: CRENÇAS E EXPERIÊNCIAS DE ALUNOS

Julyana Deyse Silva de Oliveira Universidade de Estado do Rio Grande do Norte

Marcos Nonato de Oliveira

Universidade de Estado do Rio Grande do Norte

A pesquisa sobre as crenças e as experiências a respeito do ensino-aprendizagem de línguas tem sido bastante explorada no Brasil e fora dele. Diferentes pesquisadores (BARCELOS 2004; SILVA, 2007; OLIVEIRA, 2012) têm se interessado em conhecer o que pensam os alunos e os professores sobre o processo de ensino-aprendizagem de língua espanhola. O objetivo deste estudo é investigar as crenças de alunos sobre o ensino-aprendizagem de língua espanhola e o uso das novas tecnologias. Para fundamentar nossa investigação, utilizamos os trabalhos de Barcelos (2004), Silva (2007); Miccoli (2010). Nosso estudo é de base exploratória e tem como sujeitos seis alunos de espanhol pertencentes à Universidade do Estado do Rio Grande do Norte e o instrumento de pesquisa utilizado foi a entrevista. Os resultados apontam para crenças e experiências que revelam as novas tecnologias muito presentes no desenvolvimento da formação dos informantes. Os depoimentos mostram que diferentes tecnologias são usadas para aproximar o conhecimento e a prática do espanhol ao estudante. O estudo de crenças e de experiências sobre as novas tecnologias e o ensino-aprendizagem de língua espanhola tem um valor muito significativo para o desenvolvimento dessa área de atuação.

Palavras-chave: Crenças. Experiências. Língua Espanhola. Alunos. Novas tecnologias.

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A LEITURA CRÍTICA NO ENSINO DE ESPANHOL DO ENSINO MÉDIO POR MEIO DO USO DE TEXTOS LITERÁRIOS

Adriana Teixeira PEREIRA Universidade Estadual do Ceará

Cleudene de Oliveira ARAGÃO

Universidade Estadual do Ceará

Sabemos que ler é uma prática social e por meio dela é possível o indivíduo compreender o mundo e ter acesso aos mais variados conhecimentos que o permitirão transformá-lo. A leitura crítico-reflexiva, portanto, é de fundamental importância para desenvolver a habilidade sociocultural e crítica de um indivíduo na compreensão do mundo (CASSANY, 2006). Neste sentido, esta pesquisa, em andamento, tem por objetivo geral investigar o ensino de leitura crítica em sala de aula de língua espanhola por meio do uso de textos literários, entendo-os como fontes primordiais para alcançar esse objetivo porque conseguem integrar diferentes tipos de conhecimentos, fazendo com que o aluno adquira também diferentes competências e seja capaz de reconhecer as distintas modalidades de discursos, de gêneros e ideologia. Para este trabalho, os sujeitos participantes são alunos da 3ª série do Ensino Médio da rede pública estadual de ensino e tomamos como aporte teórico os estudos sobre ensino de leitura, ensino de literatura, materiais literários e leitura crítica de Kleiman (1995; 1999), Reyzábal & Tenorio (1992), Mendoza (2007) e Sánchez-Miguel (2012), respectivamente. Com base nos questionários e nas atividades que serão aplicadas com o grupo controle, esperamos contribuir para o desenvolvimento de um leitor literário consciente, de forma a permitir que esses se desenvolvam como sujeitos críticos nos variados contextos sociais. Palavras-chave: Leitura crítica. Textos literários. Ensino de leitura.

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PRÁTICAS DE LETRAMENTO EM LÍNGUA ESPANHOLA DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE PAU DOS FERROS (RN)

Albaniza Brigida de Oliveira Neta Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Lucineudo Machado Irineu

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O presente trabalho analisa as práticas de letramento realizadas no cotidiano e na escola, em língua estrangeira, por alunos do ensino médio, mais especificamente alunos do 1º ano de uma escola pública da cidade de Pau dos Ferros, no RN, no que se refere aos usos sociais da linguagem (leitura, escrita, audição e oralidade) em espanhol como língua estrangeira. Este estudo foi fundamentado à luz dos seguintes autores: Kleiman (2005), Soares (2006), OCNEM (2006), Rojo (2009), Irineu (2010), dentre outros. Esses autores, em suas pesquisas, problematizaram os conceitos de letramento, práticas letradas, destrezas linguísticas, alfabetização, eventos de letramentos e analfabetismo, dos quais partimos para fundamentar a discussão acerca de nosso objeto de análise. Do ponto de vista metodológico, aplicamos, aos sujeitos da pesquisa, um questionário constituído por itens relacionados às práticas letradas em espanhol executadas no cotidiano e na escola. Os resultados das análises mostram que as práticas letradas realizadas pelos alunos, no cotidiano, estão notadamente voltadas para o mundo virtual, evidenciando eventos relacionados aos multiletramentos na WEB, e que as práticas letradas executadas na escola estão relacionadas ao uso do livro didático e ao ambiente escolar institucionalizado em que estão situadas, ou seja, o contexto escolar, o que sinaliza para uma dicotomia entre as práticas letradas vernaculares e as práticas letradas dominantes praticadas pelos sujeitos investigados na escola e fora dela. Palavras Chaves: Práticas de letramento; Espanhol; Cotidiano; Escola.

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A TRADUÇÃO E ENSINO DE ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA NO BRASIL

Clarissa Paiva de Freitas Universidade Federal do Ceará

Juliana Liberato Nobre

Universidade Federal do Ceará

Valdecy de Oliveira Pontes Universidade Federal do Ceará

No presente artigo, trataremos a respeito de como a tradução pode servir de técnica metodológica para o ensino de língua espanhola no Brasil. A partir da reflexão sobre a pouca atenção no trabalho referente ao ato tradutório, consideramos que traduzir, no processo de ensino e aprendizagem não deve ser encarado apenas como um processo espontâneo na aquisição dos estudantes deve antes ser pensado “como” e “quando” ser trabalhada e em conjunto com que outras atividades para lograr um melhor resultado, uma vez que o processo da tradução chega a ser mais relevante que o produto propriamente dito.Traduzir deve ser encarado como um recurso didático com vistas a melhores resultados no ensino e aprendizagem com a finalidade de lograr um maior domínio da língua estrangeira. Para isso, serão trabalhados os conceitos de Labov (1972, 1978 e 2003), Mayoral (1998), Guy Cook (1997), O’Malley e Chamot (1990) e M. Sneell-Hornby (1988, 1995) e apresentados propostas de ensino na língua estrangeira. Palavras-chave: Tradução; Ensino de Línguas; Recurso Didático.

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AMOR, PECADOS E MORTES: A RELAÇÃO ENTRE ESSES ELEMENTOS NA OBRA LA CELESTINA

Erivaneide Pereira da Silva Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do RN

José Rodrigues de Mesquita Neto

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

A proposta desse trabalho é analisar, principalmente, a temática morte e sua relação com os pecados capitais na obra renascentista La Celestina, publicada em 1499, de Fernando de Rojas. Observando que os pecados caminham paralelos aos episódios da morte, sendo perceptível na ação de cada um dos personagens. E por apresentar as temáticas que se contrastam como o amor e a morte, a referida novela proporciona múltiplas reflexões, principalmente, no que se refere à consequência das ações de cada personagem. Para realizar esse trabalho fizemos a leitura da obra em três versões, sendo a primeira de Dorothy S. Severin (2002), que é a obra mais completa e possui um espanhol mais arcaico, a segunda uma adaptação com uma linguagem mais familiar, e a terceira e última uma versão em português de Millôr Fernandes (2008), além de leituras sobre o marco histórico no qual foi escrito a obra e outras mais sobre a temática morte. Para isso usamos Jiménez e Rodríguez (2008) e Maranhão (1986) respectivamente. Para finalizar, conseguimos observar como essas três temáticas caminham de forma paralela na obra. Começando pelo amor entre Calisto e Melibeia, os pecados que vem sendo realizados pelos personagens por causa desse amor e as seguidas mortes. Palavras-Chave: La Celestina. Amor. Pecado. Morte.

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O ENSINO-APRENDIZAGEM DA LINGUAGEM INFORMAL:

O USO DE FILMES COMO RECURSO DIDÁTICO

Francisco Jandesberg de Sousa Maia UERN

Maria da Saúde Pinto da Costa

UERN

Pedro Adrião da Silva Júnior UERN

A linguagem humana é composta por um processo dinâmico e diversificado, contudo, o ensino de línguas, muitas vezes, se limita apenas ao estudo aprofundado do aspecto formal. Este trabalho pretende demonstrar a importância de se incluir a linguagem informal no processo de ensino-aprendizagem de E/LE por meio de filmes. Essa pesquisa surgiu após constatarmos que os alunos utilizam mais a linguagem informal nas suas relações interpessoais do que a modalidade formal, porém esta última é mais explorada em sala de aula. Nesse sentido, objetivamos verificar de que forma os filmes podem auxiliar no processo de aprendizagem da linguagem coloquial do E/LE e averiguar quê importância possuem os filmes como recurso didático. Também pretendemos demonstrar a aplicabilidade didática desse material em sala de aula e avaliar se há ou não progresso na competência comunicativa dos estudantes. Nossa pesquisa se baseia em um estudo qualitativo, de caráter descritivo. Tivermos como base teórica para a elaboração desse trabalho Hymes (1972) e seus estudos acerca da competência comunicativa, Corpas Viñals (2004), com seus trabalhos referentes ao uso dos recursos audiovisuais,entre outros autores. Os resultados obtidos demonstram que os filmes podem ser úteis para o ensino da língua espanhola e contribui satisfatoriamente no desempenho da competência comunicativa dos discentes. Palavras-chave: Linguagem informal. Filmes. Competência Comunicativa.

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LA ENSEÑANZA DE LA PRONUNCIACIÓN: FACTORES QUE INTERVIENEN

José Rodrigues de Mesquita Neto

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Marta Jussara Frutuoso da Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Marta Regina de Oliveira

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Sabemos que enseñar pronunciación es muy difícil, principalmente cuando se trata de una lengua tan heterogénea y que es hablada en tantos lugares diferentes, con sus particularidades y prestigios propios. Pero, como profesores de español, tenemos que saber qué y cuándo corregir determinado error, principalmente cuando éste esté asociado a la mala interpretación, así siendo, para realizar este trabajo partimos de las siguientes preguntas: “¿qué se puede hacer y no para corregir la pronuncia del alumno? ¿cuáles son las principales dificultades de pronunciación presentadas por nuestros alumnos? ¿los materiales trabajados en clase llevan especificados estas dificultades? ¿qué pronuncia enseñar y cómo elegirla?” Objetivamos que los profesores y futuros profesores reflexionen sobre su práctica como docentes y el tratamiento que dan en sus clases a la enseñanza de pronunciación. Como metodología iniciamos con lecturas sobre fonética y fonología con autores como García y Arenas (2005) y Fernández (2007), también nos basamos en materiales que tratan de la destreza oral con Vázquez (2000) y textos sobre interferencia con autores como Durão (2005) y Picado (2000), enseguida nos utilizamos también de las observaciones en sala de clase. Para finalizar, concluimos que pocos son los profesores que dan énfasis a la pronunciación (principalmente en la enseñanza básica), que algunos materiales traen curiosidades sobre la variedad y que otros traen dificultades específicas de pronunciación y que la interferencia de la lengua materna unida a la falta de corrección proporciona, en muchos casos, la fosilización de los errores y alumnos con mala pronunciación. Palabras-clave: Pronunciación; Interferencia; Dificultades.

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A LITERATURA MARGINAL: UMA EXPERIÊNCIA NAS AULAS DE ESPANHOL

DAS ESCOLAS PÚBLICAS DE MOSSORÓ

Josenildo Fernandes Sobrinho

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Beatriz Fernandes da Costa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Samira Luara Góis Araújo

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Maria Solange de Farias Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Podemos definir literatura como qualquer manifestação artística escrita que busque refletir a cultura de um povo. Dessa forma, surge nos anos 70 no Brasil, em plena ditadura militar, um grupo de escritores que produziam, imprimiam e distribuíam poemas em folhas mimeografadas por lugares de convívio comuns. Este movimento, que ficou conhecido como literatura marginal, ultrapassou as fronteiras nacionais e vem crescendo ao longo dos anos. Neste trabalho, propomo-nos mostrar a importância do uso do texto literário, bem como, desta literatura marginal nas aulas de língua estrangeira e relatar uma experiência com esta manifestação artística no ensino de língua espanhola das escolas públicas de Mossoró. Utilizamos como metodologia uma pesquisa qualitativa descritiva, realizada a partir observações e atividades desenvolvidas no projeto intitulado: “A Literatura Marginal entre os muros da escola”. Baseamo-nos em teóricos como: Melo (2007), Fouatih (2009), Fillola (2002), Nascimento (2009), entre outros que estudam sobre o tema. Diante de tudo que pesquisamos e observamos, podemos afirmar que a literatura marginal pode ser uma ferramenta muito útil no ensino de línguas estrangeiras, haja vista que a maioria dos alunos se identifica com estes textos por sua brevidade, sua linguagem coloquial e principalmente por retratarem um cotidiano que se aproxima da realidade do aluno. Palavras-chave: Literatura Marginal. Ensino. Língua estrangeira.

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AS PRÁTICAS DE LEITURA DOS ALUNOS DE ESPANHOL DAS ESCOLAS PÚBICAS DE MOSSORÓ

Luize Emanuelle da Fonsêca Freitas Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Compreendemos que a leitura é uma fonte inesgotável de conhecimento. O ato leitor vai além da decodificação de palavras, é um processo de interação entre leitor-texto-autor, que resulta em uma produção de sentido bem particular de cada indivíduo. Através da leitura, o ser humano se renova a cada dia, são conhecimentos e pensamentos reformulados e adquiridos a cada passo que se lê, tornando-se assim um ser crítico e socialmente ativo. Levando em consideração o ensino do espanhol nas escolas e a importância da leitura e compreensão de textos nessa língua nos dias atuais, buscamos com essa pesquisa identificar as práticas e hábitos de leitura dos alunos das escolas públicas de Mossoró. Nosso embasamento teórico será em Antunes (2009), Kato (2007), Kleiman (2007, 2008), Solé (1998), Richards e Rodgers (1998), entre outros autores que abordam o tema. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCN+), o ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira deve-se partir de distintos gêneros textuais para que o aluno possa estreitar seu conhecimento da língua assim como adquirir os diversos recursos de comunicação. Nossa pesquisa está qualificada como descritiva qualitativa e utilizamos para a coleta de dados um questionário aplicado nas escolas públicas de Mossoró. Após análise dos dados coletados, percebemos que a leitura de textos em espanhol faz parte do cotidiano escolar, mesmo que timidamente, uma vez que sua frequência em sala de aula foi considerada baixa. Mesmo assim os resultados são considerados animadores, se levarmos em conta as muitas dificuldades encontradas no âmbito escolar. Palavras-chave: Leitura. Escola pública. Língua espanhola.

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JOÃO GRILO E LAZARILLO DE TORMES: A ESPERTEZA COMO FORMA DE SOBREVIVÊNCIA

Maria Iara Ferreira de Amorim Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Marta Jussara Frutuoso da Silva

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O trabalho em questão objetiva analisar e comparar o critério da esperteza entre as personagens João Grilo, da obra O Auto da Compadecida e Lázaro de Tormes, da obra El Lazarrilo de Tormes, buscando identificar e comparar as semelhanças existentes entre ambas. Para a discursão teórica nos fundamentamos nos estudos de Carvalhal (2006), Candido (2009), Brait (2006), González (1988), Kothe (1985), Haro (1988), entre outros autores. Para as análises trazemos em debates as falas que foram identificadas e comparadas, e que mostram as reincidências de espertezas nas ações das personagens João Grilo e Lázaro de Tormes. O fato das personagens se mostrarem espertas nos atenta para a realidade em que elas estão imersas, ambas se mostram, e são espertas porque em suas vivências são levadas a se tornarem assim para sobreviver. As espertezas mostradas pelas presentes personagens refletem a imagem de que ambas observaram muito bem o meio que estavam inseridos e as pessoas que as cercavam. A personagem de João Grilo se apossa da esperteza porque enxerga nela, uma forma de sobrevivência, ao passo que Lázaro de Tormes também se apropria da esperteza para continuar vivo no meio social. Dessa forma, concluímos que as espertezas aplicadas pelas personagens abordadas são feitas como forma de seguir vivendo em um meio social com o qual não lhes permitem condições favoráveis de sobrevivência. A esperteza utilizada é vista como forma de garantia de sobrevivência.

Palavras-chave: João Grilo. Lazarillo. Esperteza. Sobrevivência.

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Page 83: i Sinalle Caderno de Resumos

CÍRCULO DE LEITURA COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE LITERATURA HISPÂNICA: CONTRIBUIÇÕES PARA

O PROCESSO DE FORMAÇÃO DO LEITOR

Marta Jussara Frutuoso da Silva PPGE/UERN

O presente trabalho foi construído a partir da preocupação em não termos um grande número de alunos leitores, prejudicando não só no processo de formação leitora do aluno como na aprendizagem da literatura hispânica. Como parte do processo, fizemos uma sondagem sobre o processo de formação leitora e as preferências leitoras dos alunos e elaboramos como estratégia de ensino de literatura hispânica um círculo de leitura desenvolvido na Universidade para contribuir no processo de formação do leitor. Assim, a questão problema é: quê estratégias utilizar para um melhor ensino de literatura e como aumentar o repertório literário dos alunos? E como o círculo de leitura pode contribuir na formação leitora dos alunos da graduação? Portanto, o objetivo principal deste trabalho é incentivar através do círculo de leitura, aos alunos na prática da leitura literária contribuindo para a formação de leitores proficientes e no ensino da literatura. A metodologia utilizada é uma investigação qualitativa de abordagem descritiva, onde utilizamos como instrumentos para nossa investigação observações e também questionários. Para um melhor aprofundamento teórico nos serviremos dos conceitos e teorias de Cosson (2007; 2013), Maia (2007), Vilardi (2006). Com os resultados desta pesquisa pretendemos demonstrar o círculo de leitura como uma estratégia fundamental no ensino e aprendizagem da literatura hispânica, bem como no processo de formação do leitor garantindo a riqueza no processo educacional e valorizando a constituição de sujeitos críticos e reflexivos. Palavras-chave: Círculo de leitura, ensino de literatura, formação do leitor.

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O ENSINO DA LÍNGUA ESPANHOLA NO ENSINO FUNDAMENTAL: PROPOSTAS DE ATIVIDADES COM A ABORDAGEM ATRAVÉS DE TAREFAS

Michelania Vidal de Oliveira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Pedro Adrião da Silva Júnior

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O ensino de língua espanhola no Brasil ainda pode ser considerado como algo recente para nós brasileiros. Na atualidade, ainda enfrentamos muitas barreiras e superações para avançarmos no processo de ensino-aprendizagem. Nesta comunicação oral objetivamos, basicamente, expor um estudo aprofundado sobre o ensino da língua espanhola no Brasil e apresentar algumas propostas de atividades comunicativas através da abordagem por tarefas. Nossa pesquisa se caracteriza por ser bibliográfica. Elaboramos um estudo sobre as Leis de Diretrizes e Bases (LDB), e fizemos uma breve análise da Lei 11.161, denominada Lei do Espanhol. Fizemos um amplo estudo em autores como Abadía (2000), Estaire (2007) e García (2011) que explanam acerca do ensino por meio da abordagem por tarefas, e Laseca (2008), que aborda o ensino da língua espanhola no Brasil. Nossa pesquisa se caracteriza por ser descritiva, pois realizamos uma descrição detalhada das atividades propostas para o ensino fundamental, trabalhando com tarefas comunicativas. Por fim, com esta pesquisa tivemos a oportunidade de adentrar e conhecer o ensino do espanhol através da abordagem através de tarefas, mostrando que esta abordagem é importante no processo ensino/aprendizagem da língua estrangeira e que possibilita aos professores atividades de fácil execução e compreensão por parte dos alunos, trabalhando a habilidade comunicativa nas aulas de língua espanhola. Palavras-chave: Ensino de Língua. Abordagem por Tarefas. Competência Comunicativa.

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EL USO DE VÍDEOS EN CLASES DE ENSEÑANZA MEDIANA PARA LA FORMACIÓN DE LECTORES PROFICIENTES: HERRAMIENTA FACILITADORA DE

ENSEÑANZA-APRENDIZAJE DE LENGUA ESPAÑOLA

Michelly Cristiny Soares

UERN

Leodécio Martins Varela UERN

Este artículo tiene como objetivo presentar las contribuciones del uso de vídeos en las clases de lengua extranjera, para la formación de lectores. Para ello, será presentado un panorama acerca del uso de TICs y géneros textuales en la enseñanza de lenguas, la funcionalidad de la lengua por medio de vídeos, las habilidades fomentadas por medio de este género y algunos ejemplos de tareas con videos. Tomamos como base los estudios de Bresan (2002); Dionisio (2005); Freire (1996); Lima (2004), e Marcuschi (2008), los cuales tratan acerca del uso de TICs y de los géneros textuales como elementos imprescindibles a la enseñanza de lenguas. Metodológicamente, la pesquisa es de naturaleza bibliográfica, la cual busca hacer una revisión de la literatura de obras que tratan acerca de la temática. Con base en las discusiones teóricas, señalamos que cabe al profesor asumir un papel de mediador del conocimiento, contribuyendo para la valoración del uso tecnológico y autónomo de los alumnos. Palabras-clave: Enseñanza de lenguas. Uso del género video. Proficiencia lectora. Formación de lectores.

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OS RECURSOS AUDIOVISUAIS NO ENSINO DO ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA: ESTUDO TEÓRICO

Nayara Maranthya da Conceição Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Pedro Adrião da Silva Júnior

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Os recursos audiovisuais configuram-se elementos importantes nas aulas de língua estrangeira, pois atraem os alunos, tornando as aulas mais dinâmicas e interativas. Nesse sentido, buscamos, através de um amplo referencial teórico, mostrar a importância dos recursos audiovisuais, mais precisamente o filme como ferramenta didática nas aulas de língua. Procuramos aprofundar nossos conhecimentos acerca dessa temática em obras de autores como Coutinho (2006), Trevizan (1998), Brandimonte (2003), Moran (1993), Viñals (2004), entre outros. No estudo bibliográfico que realizamos, também aprofundamos nossa leitura sobre a cinematografia do diretor espanhol Pedro Almodóvar, observando, principalmente, os aspectos linguísticos, como os gramaticais, lexicais, pragmáticos, fonético-fonológico, culturais e históricos do espanhol peninsular que estão presentes no cinema almodovariano. Nossa pesquisa é bibliográfica, de caráter qualitativo-descritivo. Segundo o estudo bibliográfico, podemos comprovar que o filme pode ser é um recurso diferenciador na sala de aula, pois além de dar possibilidades ao professor de trabalhar diversos aspectos linguísticos, os filmes do diretor Pedro Almodóvar retrata com fidelidade o dia a dia dos espanhóis, aproximando os alunos a essa realidade cotidiana.

Palavras-chave: Recursos audiovisuais; Filmes; Aulas de espanhol.

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RECURSOS AUDIOVISUAIS NAS AULAS DE ESPANHOL: ANÁLISE E PROPOSTA DE ATIVIDADES

Paula Lyvia Barbosa UERN

Pedro Adrião da Silva Júnior

UERN Os recursos audiovisuais são hoje elementos de grande importância nas aulas de qualquer área, porém principalmente nas aulas de língua estrangeira, nesse caso língua espanhola. Com o intuito de atrair a atenção dos alunos, muitos docentes se valem de tal recurso como apoio didático para propor atividades em suas aulas, visando melhorias no aprendizado e também a motivação dos educandos. Tendo em vista que trabalhar com língua estrangeira em escolas públicas do Brasil é ainda hoje um grande desafio, e ainda, que os educandos não vêem tais disciplinas como relevantes para sua vida escolar, o docente de língua estrangeira deve buscar subsídios para chamar a atenção dos discentes e assim tornar suas aulas mais interessantes/atrativas. Com base nesses aspectos, se pensa que o vídeo, nesse caso o vídeo publicitário, se torna um grande apoio metodológico para o professor, uma vez que o vídeo publicitário apresentado na própria língua estrangeira, além de tornar o discente mais próximo da língua estudada pode possibilitar um melhor desempenho no âmbito do aprendizado. Diante disso, resolvemos propor trabalho de pesquisa acerca dos recursos audiovisuais, especificamente o vídeo publicitário nas aulas de espanhol como língua estrangeira. Inicialmente, realizamos um amplo estudo bibliográfico, no qual percorremos as obras de autores como Pere Marqués (2000), Graells (2000), Silva, (2011), Simões (2004), que tratam dessa temática. Posteriormente, analisarmos vídeos publicitários do mundo hispânico. Por último, elaboraremos atividades utilizando as quatro habilidades. Palavras-chave: Recursos audiovisuais. Aula de espanhol. Proposta de atividades.

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AS REDES SOCIAIS NO ENSINO DE E/LE: O USO DO FACEBOOK COMO ESTRATÉGIA DIDÁTICA

Roberland Ricardo Gama de Queiroz Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Pedro Adrião da Silva Júnior

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar e demonstrar os resultados, de forma científica, sobre a possibilidade de utilizar as redes sociais, em especial o facebook, como estratégia didática nas aulas de línguas estrangeiras, e em particular na língua espanhola. Encontramos alguns autores que abordaram temas semelhantes e que nos foram bastante úteis, para a nossa fundamentação teórica: Xavier (2011), Torres (2011), Silva Júnior (2012), Silva (2010), Manco (2014), Larequi (2014) e outros. Tivemos como objetivo principal refletir sobre o papel das redes sociais no ensino-aprendizagem, para isso procuramos detectar suas contribuições para E/LE. Buscamos identificar a sua utilização por professores e alunos, através de questionários aplicados diretamente em todas as escolas de nível médio (públicas e privadas) do município de Apodi (RN), além de consultas bibliográficas que nos permitiram identificar a viabilidade pedagógica dessas ferramentas, em particular o facebook. Após aferição dos dados estatísticos, constatamos pouquíssima aplicação prática por parte dos agentes envolvidos no processo de ensino-aprendizagem (professor-aluno) da disciplina de Espanhol, constatando que quase totalidade dos entrevistados não o utilizam como ferramenta didática, apesar de reconhecerem as possibilidades que o mesmo oferece. Assim descrevemos algumas estratégias e sugestões com essa finalidade, demonstrando que caso o foco consiga ser mantido os resultados podem ser satisfatórios, haja vista que o facebook, entre outras vantagens, é dinâmico, interativo e bastante atrativo para os seus usuários, o que contribui também o fato dos mesmos já o conhecerem e o acessarem, a ponto de fazer parte do seu cotidiano.

Palavras-chave: Redes Sociais. Facebook. Ensino-aprendizagem. E/LE. Espanhol.

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GT 04 – Olhares para o ensino de língua e literatura do Espanhol

Posters

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O GÊNERO TEXTUAL COMO RECURSO DIDÁTICO NAS AULAS DE ESPANHOL

Antônio Marcos Melo da Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Jucymário de Lima Silva

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Lúcia Helena Alves Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Maria Solange de Farias (Profa. Orientadora)

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Gêneros textuais são meios de adaptação e participação na vida social e cultural. O seu uso nas aulas de espanhol é relevante por inserir o estudante em contextos de comunicação próximos ao real, fazendo com o que aluno desenvolva as habilidades linguísticas em Língua Espanhola. O objetivo desse trabalho é descrever quais os gêneros textuais são utilizados nas aulas de espanhol das escolas públicas, com que objetivos são utilizados e quais atividades são realizadas a partir deles. Como metodologia, realizaremos uma pesquisa quanti-qualitativa descritiva; como instrumento de coleta de dados utilizaremos questionários aplicados com alunos da 3ª série do Ensino Médio e professores de língua espanhola da Escola Estadual José Martins de Vasconcelos de Mossoró-RN para verificarmos quais os gêneros textuais que são utilizados nas aulas de espanhol e o porquê da priorização de um gênero ou outro. Para fundamentar nosso trabalho usaremos como base os PCNs + (BRASIL, 2002), Marcuschi (2002), Bakhtin ([1997] 2003) entre outros autores. Ao final de nossas leituras e análise concluímos que o uso do gênero textual é imprescindível, pois além de tornarem as aulas dinâmicas, o aluno conhece uma variedade de texto na língua espanhola. Também concluímos que o gênero mais utilizado é a notícia, que alguns alunos denominam como informativo. Os gêneros textuais contextualizam a língua. Ao conhecer as diversas faces da língua presentes nos textos, os discentes aprendem a distingui-los e produzi-los com satisfação. Palavras-chave: Gêneros Textuais. Escola Pública. Língua Espanhola.

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O USO DA POESIA NO DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES LINGUÍSTICAS DO APRENDIZ DA LÍNGUA ESPANHOLA

Alana Moura Firmino e Silva Universidade do Estado de Rio Grande do Norte

Francisco Robson Lima dos Santos

Universidade do Estado de Rio Grande do Norte

Vitoria Girlianny Mendes da Silva Universidade do Estado de Rio Grande do Norte

Maria Solange de Farias (Profa. Orientadora)

Universidade do Estado de Rio Grande do Norte

Embora a poesia como recurso didático literário venha sendo renegada há muito tempo no sistema educativo de espanhol vemos esse recurso como ferrramenta pertinente para o ensino tanto na língua materna quanto em línguas estrangeiras. Um dos objetivos principais é suscitar estratégias metodológicas para que os estudantes desenvolvam a criatividade através da poesia para fortalecer o processo leitor-escritor. A poesia contém musicalidade, ritmo, rimas e outros elementos que a fazem um instrumento atrativo para a aprendizagem de uma língua estrangeira ou uma segunda língua. Por esta razão, a elaboração do presente trabalho tem como finalidade destacar a importância da poesia como recurso extracurricular no processo de ensino-aprendizagem da L2 no caso o espanhol. Embasados nos texto da bibliografia: “Papel y làpiz: Didàcta de la expresiòn escrita”, La poesía en Español:Propuestas Didácticas e em Fillola (2002; 2007), tentaremos identificar a importância da poesia no desenvolvimento das habilidades linguísticas no ensino de espanhol assim como também esse gênero funciona no despertar do interesse do aluno em relação ao processo de aprendizagem. A poesia além de enriquecer as aulas estimulando os alunos com atividades criativas e lúdicas, motiva os professores a trabalharem de uma forma dinâmica e não formal. Outro ponto de analise é perceber se o uso da poesia estimula os alunos a produzirem seus próprios textos, seja na L2 ou na língua materna. Palavras-chave: Poesia. Habilidades linguísticas. Espanhol.

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REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA CULTURA NAS AULAS DE ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA NO MUNICÍPIO DE APODI

Ana Cristina do Nascimento Morais Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Pedro Adrião da Silva Júnior (Prof. Orientador)

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O objetivo dessa pesquisa é promover a reflexão sobre o ensino da cultura nas aulas de espanhol como língua estrangeira. Elaboramos um amplo estudo teórico sobre a importância da cultura nas aulas de língua espanhola, percorrendo obras de autores como Mota (2004) Gutierre Rivero (2002), Rozenfeld (2007), PCN’s (2002), Corbertt (2010), entre outros. Nesta pesquisa apresentamos várias definições de cultura dentro do panorama do ensino de línguas estrangeiras. Quando falamos de língua devemos levar em consideração uma série de aspectos culturais e linguísticos, principalmente tratando-se da língua espanhola, já que são muitos os países que falam espanhol e, consequentemente, a diversidade cultural é grande. Acreditamos que a inserção do componente cultural nas aulas de espanhol colabora para que a aprendizagem de uma língua estrangeira se torne completa. Esta pesquisa se caracteriza por ser bibliográfica, descritiva, qualitativa e configura-se como um estudo de caso. Neste estudo monográfico analisamos questionários que foram aplicados aos professores da rede pública e privada da cidade de Apodi, com o intuito de conhecer como se realiza o ensino da cultura nas aulas de língua espanhola. Observamos que os professores tem a plena consciência da importância de associar a língua a cultura, mas infelizmente foi constatado em apenas em quatro horas aulas de um professor de espanhol que o mesmo não trabalha a cultura associada à língua. Palavras-chave: Ensino da cultura; Aulas de espanhol; Município de Apodi.

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ATIVIDADES LÚDICAS NO ENSINO DE ESPANHOL DAS ESCOLAS PÚBLICAS DE MOSSORÓ: UMA EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR

Ana Glícia do Nascimento Costa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Ana Lucia Lobato Assunção de Magalhães

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Josirranny Priscilla da Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Maria Solange de Farias (Profa. Orientadora)

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Neste trabalho relataremos a importância de atividades lúdicas no ensino de língua espanhola. As atividades lúdicas são de grande importância no ensino de línguas; seu uso possibilita que os alunos sejam o foco principal da sala de aula, levando-os a vivenciar situações mais próximas de sua realidade e interesses; sendo, o professor, neste processo, um mediador que tem a função de promover uma maior interação entre os alunos, entre professor e aluno e destes com a língua estrangeira estudada. Por estes motivos, o objetivo deste estudo é mostrar a importância das atividades lúdicas para o processo de ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras e fazer o relato de uma experiência insterdisciplinar com o uso de jogos nas escolas públicas de Mossoró. Em nossa pesquisa bibliográfica utilizamos autores como Fernández (2003), García (2003), Mayrink (2003), Volpato (2002) e Chaguri (2006) para fundamentar nosso trabalho. Ao concluir nossa pesquisa acreditamos que com a utilização de jogos interativos, podemos enriquecer o ensino e despertar o interesse dos alunos para as aulas, unindo a teoria com a prática de uma forma diferente e criativa. Também defendemos um trabalho que se afaste do ensino tradicional de línguas, que explore o uso da língua em diferentes contextos e use as atividades lúdicas para tornar o processo de aprendizagem mais prazeroso e eficaz. Palavras-chave: Elemento lúdico. Jogos. Ensino de espanhol.

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O PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DE MOSSORÓ

Andreza Araújo Lima Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Magda Cristina Costa

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Susy Darley Gomes Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Maria Solange de Farias (Profa. Orientadora)

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Definir o papel do professor do século XXI não é uma tarefa fácil, porque geralmente hoje o professor é multidisciplinar, pois ele não exerce somente sua função, tal como a de outros profissionais do âmbito escolar. Este trabalho de pesquisa tem como objetivo apresentar um breve histórico do papel do professor nos métodos e abordagens aplicados ao ensino de línguas estrangeiras e mostrar a visão de professores e alunos de espanhol das escolas públicas de Mossoró sobre o papel atual do professor de línguas. Como metodologia, nossa pesquisa se caracteriza como qualitativa descritiva e como instrumento de coleta de dados utilizamos observações e questionários aplicados a professores e alunos de espanhol. Trazemos como base teórica autores como Rodrigues (2010), Almeida Filho (1998), PCN+ (BRASIL, 2002), dentre outros autores de igual importância. Após nossas leituras e análise, concluímos que nos métodos mais tradicionais toda a responsabilidade pelo aprendizado era do professor, já nas abordagens mais comunicativas essa responsabilidade é compartilhada com o aluno e a função do professor é, principalmente, promover ambientes de interação; no entanto, a visão que os alunos e alguns professores têm do papel do professor ainda é muito tradicional. Palavras-chave: Papel do professor. Ensino de espanhol. Escola pública.

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AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE ESPANHOL

Antônia Morgana da Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Karliara Freitas de Oliveira

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Vaneska Rodrigues de Oliveira Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Maria Solange de Farias (Profa. Orientadora)

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Os gêneros textuais oferecem uma gama de valores que possibilitam o processo da comunicação humana; portanto, seu estudo ajuda no desenvolvimento das competências comunicativas necessárias ao aprendiz de línguas estrangeiras. O presente estudo tem como objetivo mostrar o gênero textual história em quadrinhos como um meio de facilitar o trabalho da aquisição do espanhol como estrangeira nas escolas públicas de Mossoró e criar uma proposta didática envolvendo este gênero. Em um primeiro momento buscaremos definir os gêneros textuais baseando-nos em Marcuschi (2002) e Costa (2008); seguiremos também as perspectivas de Vergueiro (2010) e Bari (2008) para criar atividades que busquem desenvolver a competência argumentativa, senso crítico, imaginário e criatividade dos aprendizes. Após nossas leituras, concluímos que o gênero história em quadrinhos constitui uma ferramenta importante no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem de espanhol, pois estimula o desenvolvimento de competências importantes na aquisição de uma língua estrangeira e é bastante apreciado pelo público jovem por ter uma linguagem fácil e de boa compreensão. Palavras-chave: Gênero textual. História em quadrinhos. Ensino de espanhol.

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Page 96: i Sinalle Caderno de Resumos

O USO DAS ESTRATÉGIAS DE LEITURA NO ENSINO DE ESPANHOL DAS ESCOLAS PUBLICAS DE MOSSORÓ

Ariadne Gisely Ferreira da Silva

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Ana Jessica Alves PIO Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Wanda Maria da Silva

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Maria Solange de Farias (Profa. Orientadora) Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

A leitura é um ato muito importante na vida de todo ser humano e dependemos dela para muitas coisas na vida. Por isso, tem que haver uma iniciativa desde a infância começando em casa, para quando chegar na escola o aluno não tenha tanta dificuldade. Aprendendo a ler bem na língua materna e as regras gramaticais, fica mais fácil de compreender um pouco na língua estrangeira. Uma pessoa que não tem o costume de ler em sua própria língua terá muita dificuldade de interpretar tanto na língua materna como a língua espanhola, podendo ocasionar a incapacidade de não saber escrever e comunica-se socialmente em sua língua sobre assuntos diversos. Uma boa estratégia, além da pratica da leitura desde a infância é os conhecimentos prévios de determinado assunto, “sem ela o leitor não conseguirá atingir a compreensão dos textos”. Essa pesquisa tem o objetivo de mostrar a importância das estratégias de leitura, descrever algumas destas estratégias e analisar o ensino/uso das estratégias de leitura por professores e alunos de espanhol das escolas públicas de Mossoró. Para cumprir com estes objetivos utilizamos como metodologia uma pesquisa qualitativa descritiva; como instrumento de coleta de dados questionários aplicados a alunos e professores de espanhol e observações das aulas. Para fundamentar este trabalho tivemos como base autores como Barbosa (2004), Kleiman (2007), Jensen (2002) e a Revista Brasil (2006). É de grande importância quando dentro de sala de aula o assunto é bem explicado usando uma boa estratégia, porque induz o aluno a gostar da matéria e se interessar pelos estudos, é formar bons cidadãos, isso muda o mundo. Nesse trabalho temos como meta descobrir se os alunos tem como prática a leitura, pelo menos, em sua própria língua para facilitar na aprendizagem na leitura no ensino de espanhol. Palavras Chaves: Leitura. Estratégias de Leitura. Ensino de espanhol.

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Page 97: i Sinalle Caderno de Resumos

A REALIDADE DO ENSINO DE ESPANHOL NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE MOSSORÓ

Francisco Alex de Lima Alves Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Antônia Girlânea Costa dos Santos

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Ketlen Maely Sousa Jacob Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Maria Solange de Farias (Profa. Orientadora)

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O presente trabalho tem por objetivo mostrar a atual situação da implementação do ensino de espanhol como língua estrangeira nas escolas públicas de ensino médio da cidade de Mossoró, descrever as dificuldades encontradas por professores e alunos no processo de ensino e aprendizagem do espanhol nesta escola e apresentar sugestões para a melhoria no ensino deste idioma. Realizamos uma pesquisa descritiva e utilizamos como instrumento de coleta de dados entrevistas com os discentes e docentes do Centro de Educação Integrada professor Eliseu Viana e observações na fundamentação teórica nos baseamos em autores como Fernández (2005), Kulikowski (2005), Laseca (2008) e Brasil (2002). Após nossas leituras concluímos que mesmo com a implantação da Lei Federal n° 11.161, que torna obrigatório a oferta do ensino de espanhol como Língua Estrangeira nas escolas públicas e privadas de Ensino Médio em todo o território nacional, ainda encontramos diversas barreiras em relação ao ensino do espanhol nas escolas públicas de Mossoró, entre elas esta a pequena carga horária destinada, falta de recursos, de estrutura/condições físicas e de ferramentas interativas que auxiliam no ensino. Palavras-chave: Ensino de espanhol. Implementação. Escola pública.

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Page 98: i Sinalle Caderno de Resumos

AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: O USO DA INTERNET NAS AULAS DE ESPANHOL

Sebastiana Cristina Tôrres da Silva UERN

Pedro Adrião da Silva Júnior (Prof. Orientador)

UERN

O presente trabalho acadêmico pretende expor as contribuições das novas tecnologias de informação e comunicação e o uso da internet nas aulas de espanhol. Como se sabe, as tics possuem grande importância no ensino de língua estrangeira na atualidade. O objetivo principal deste estudo é verificar o uso da internet por parte dos professores de espanhol em algumas escolas publicas e privadas da cidade de Apodi (RN) e como os docentes utilizam essa ferramenta como recurso tecnológico nas aulas de língua espanhola. Esta pesquisa assume caráter bibliográfico, no qual tomamos como base alguns autores que abordam esse tema: Oliveira (2011), Moreira (2002), Castilho (2005), entre outros. Caracteriza-se também por ser qualitativo-descritiva e também se configura como um estudo de caso. Os resultados revelam que os docentes utilizam tecnologias como: data-show, aparelho de som, televisão e utilizam a internet para realizar pesquisas, procurar informações e esclarecer algumas dúvidas relacionadas a diferentes temas de seu interesse. Os docentes pesquisados reconhecem que a internet é um importante recurso didático, com o qual se pode dinamizar as aulas e torná-las mais atrativas. Palavras-chave: Novas tecnologias. Uso da internet. Aulas de espanhol.

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GT 05 – Língua Inglesa: práticas linguísticas, literárias e culturais

Comunicações orais

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Page 100: i Sinalle Caderno de Resumos

PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA DO ENSINO FUNDAMENTAL II: CRENÇAS SOBRE AS METODOLOGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Ana Dalete da Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Levando em consideração que as crenças de professores acerca das metodologias de ensino são aspectos essenciais na construção das posturas metodológicas desenvolvidas em sala de aula, bem como na compreensão dos fatores que direcionam o fazer docente, acreditamos ser relevante analisarmos as possíveis crenças de quatro professores do Ensino Fundamental II sobre o processo de ensino de língua inglesa. As investigações sobre crenças constituem um campo de pesquisa recente no Brasil e caracteriza-se pelo crescente número de estudos que vêm sendo realizado. Em virtude disso, consideramos relevante mostrarmos novos paradigmas de investigações nessa área. Neste estudo, objetivamos fazer uma reflexão sobre as crenças de quatro professores do Ensino Fundamental II sobre as metodologias de ensino de língua inglesa, descrevendo, analisando e discutindo os dados coletados. Ao refletirmos sobre esses aspectos, buscamos conhecer as crenças que influenciam as metodologias de ensino adotadas por esses professores. Para compreendermos as implicações da nossa temática e a partir desse entendimento sistematizarmos nosso trabalho, recorremos a Almeida Filho (1993, 2005), Alvarez (2007), Barcelos (1995, 2001, 2003, 2006), Freire (1996), Gil (2002), Leffa (1988, 1991), Lima (2009), Pagano (2000), Pajares (1992), Kalaja (1995), Santos (2010), Silva (2005, 2010), entre outros teóricos. Nosso estudo trata-se de uma pesquisa de campo, com enfoque descritivo-interpretativo, no qual os dados foram analisados qualitativamente. Como instrumentos de pesquisa utilizamos o autorrelato e a observação não participante. Os resultados obtidos revelaram a postura metodológica dos professores e sua visão quanto ao ensino da língua inglesa. Palavras-chaves: Crenças. Metodologias. Ensino. Professores. Língua Inglesa.

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Page 101: i Sinalle Caderno de Resumos

QUEM É ESSA NOVA MULHER? BRIDGET JONES E A LITERATURA DE MULHERZINHA

Ana Jóis Gárcia Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Graziane Praxedes dos Santos Morais

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Durante muito tempo a literatura pertenceu unicamente ao universo masculino, porém, a despeito das condições desfavoráveis regidas pelo domínio patriarcal no passado, muitas mulheres ousaram se inserir no seleto mundo literário, trazendo em suas obras, reflexões sobre as idéias, os desejos de mudanças e as transformações pelas quais as mulheres passavam. Essas transformações, as conseqüências do movimento feminista e as atuais mudanças estéticas e comportamentais trouxeram à mulher contemporânea a responsabilidade de ser multitarefa: ser profissional, esposa e mãe competente. Esse processo reflete também no mundo literário, propiciando o surgimento de uma nova literatura: A Literatura de Mulherzinha. Esse artigo é o resultado de um estudo bibliográfico de caráter qualitativo em que se pretendeu, através do romance inglês O Diário de Bridget Jones, analisar o imaginário feminino atual, traçando um paralelo entre a personagem e a mulher moderna. Procuramos demonstrar que a literatura de mulherzinha e, especificamente O Diário de Bridget Jones nos permite uma compreensão do atual imaginário feminino, visto que os vícios, angústias e preocupações da personagem assemelham-se aos problemas da maioria das mulheres, e funcionam como uma vitrine do cotidiano feminino, espelhando, dessa forma, caricaturalmente todos os aspectos da mulher contemporânea.

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Page 102: i Sinalle Caderno de Resumos

A FORMA EM FUNÇÃO DO SENTIDO NA POESIA DE E. E. CUMMINGS

Isabela Christina do Nascimento Sousa Universidade Federal do Piauí

O Poeta norte-americano Edward Estlin Cummings (1894-1962) escreveu uma vasta obra, mas é especialmente lembrado por uma série de poemas diferentes do que se convencionou tradicionalmente como poesia. Empregou abundantemente recursos como uma sintaxe peculiar, expressões parentéticas, tmeses, frases interpoladas, entre outros que causam no leitor um estranhamento que não é proveniente de algum tipo de distorção da linguagem, mas antes do que Derrida chamou de lógica da linguagem que resulta em crise. Um tipo de poesia que segundo o filósofo anunciava o fim da concepção clássica de literatura ao expor aspectos capazes de perturbar esse antigo entendimento. O seguinte trabalho busca analisar sob o viés da teoria pós-estruturalista os poemas l(a e 42, de E. E. Cummings, enfatizando a importância desta orientação teórica para a compreensão do objeto literário e também ressaltando como o poeta ao construir seus poemas utilizou-se da forma como parte integrante da ideia expressa no poema, aplicando como aporte teórico Jacques Derrida (1992), Stéphane Mallarmé (1982), Lain Landles (2001), entre outros.

Palavras-chaves: Poesia. Pós-estruturalismo. Crise.

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UMA ANÁLISE DE ASPECTOS DIALÓGICOS NO PROCESSO DE TRADUÇÃO DE A PAINFUL CASE

Wigna Thalissa Guerra Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

A partir da teoria bakhtiniana, apresentamos uma análise de elementos do dialogismo, observando sua importância para o processo de tradução de um texto narrativo da língua inglesa para a língua portuguesa. Trata-se do texto A painful case, um dos contos da coletânea Dubliners do escritor irlandês James Joyce. Para tanto, apoiamo-nos em textos do Círculo de Bakhtin (BAKHTIN, 1919/1921, 1929/1963, [1952-1953]; VOLOCHÍNOV/BAKHTIN, 1929), grupo que desenvolveu a teoria dialógica, e consideramos as propostas de Sobral (2008) acerca dos processos tradutórios. Segundo a concepção bakhtiniana, a linguagem se dá de forma que os enunciados proferidos por determinado indivíduo encontram-se influenciados por outros enunciados realizados precedentemente por outrem. Além disso, um enunciado proferido hoje poderá ser novamente retomado em enunciados futuros. Interessa-nos observar as possibilidades e dificuldades de se fazer uma tradução atenta às relações dialógicas no que se refere à inserção do discurso de outrem, analisando os tipos de discurso empregados (direto, indireto e/ou indireto livre) para marcar as interações dialógicas. A opção por um texto narrativo como objeto de análise se deve a considerarmos ser esse um espaço privilegiado para tal exame, visto que na narrativa é comum a representação de interações dialógicas entre as personagens e entre narrador e personagens. Palavras-chave: Dialogismo. Tradução. Narração

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ENREDOS, ENCONTROS ENTRE CRUSOE, DE DEFOE, E GULLIVER, DE SWIFT: UMA LEITURA DE CATARSE, METÁFORA E CRÍTICA SOCIAL

Elton Belarmino de Sousa

Universidade Federal de Campina Grande

Clara Mayara de Almeida Vasconcelos

Universidade Federal da Paraíba

Luan da Silva Soares

Universidade Estadual da Paraíba

A literatura pode envolver o seu leitor em situações das quais ele sabe que poderia participar, todavia, naquele momento é apenas um espectador. Essa fantasia faz da literatura um importante instrumento, colocando o seu leitor a pensar e a criticar o mundo ao seu redor. Objetivou-se nesse trabalho expor o contexto desses dois contos de renome da Literatura Inglesa, Gulliver’s Travel, de Jonathan Swift, e Robinson Crusoe, de Daniel Defoe, e caracterizar semelhanças e diferenças entre as obras, como também destacar o enfoque crítico social evidenciado na obra de Swift. É percebível a grande relação entre as narrativas que se encontram e desencontram em vários momentos. Todavia, apresentam grande representabilidade para a literatura inglesa abordando temas tão importantes à sociedade e as pessoas de modo geral. A crítica social se faz presente em vários momentos em Guliiver’s Travel, os aspectos abordados durante o texto buscam uma reflexão sobre a sociedade e a tradição da escrita inglesa. Mesmo que uma obra que não tenha essa crítica como objetivo principal, pode promover uma reflexão ao apresentar certos aspectos, por exemplo, compondo personagens da nobreza e ao descrevê-los levar o leitor a pensar sobre essa classe social e seus costumes. No que diz respeito as obras, é claramente percebível a troca de lições, saberes e moral pelas duas narrativas ao leitor, cada uma ao seu modo e utilizando de exemplos próprios. Tal força evidencia o importante papel da literatura em nossas vidas, seja no âmbito acadêmico, pessoal ou mesmo cidadão.

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GT 05 – Língua Inglesa: práticas linguísticas, literárias e culturais

Posters

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ANÁLISE DO ARTIGO “SEVEN BAD REASONS FOR TEACHING GRAMMAR – AND TWO GOOD ONES”, DE MICHAEL SWAN

Francisca Naiane Costa da SILVA Francisco Marcos de Oliveira Luz (Prof. Orientador)

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Este trabalho é resultado de uma atividade prática da disciplina de graduação Metodologia I (Inglês). Trata-se de um pôster sobre o artigo “Seven Bad Reasons for Teaching Grammar – and Two Good Ones”, do linguista estadunidense Michael Swan. Nesta obra, o autor cita sete razões ruins e duas boas para o professor de línguas ensinar gramática na sala de aula. Dentre as razões ruins, está a crença de que se a gramática faz parte do livro didático, então ela deve ser ensinada. Outras razões ruins são o fato de ela ser compacta, estável, e considerada um “porto seguro” para o professor. Além disso, o professor de línguas muitas vezes vê como uma necessidade ensinar tudo o que ele aprendeu sobre gramática, e que os alunos precisam comprender o sistema por inteiro. A última razão ruim citada por Swan é a sensação de poder que o professor tem em dominar a gramática, sentindo-se, muitas vezes, superior por ter esta “carta na manga”. Em seguida, o autor trata das razões boas de se ensinar gramática, que são uma melhor compreensão da língua e a aceitabilidade que ela proporciona. Michael Swan destaca, ainda, a importância de se escolher que pontos da gramática ensinar, pois estes devem estar de acordo com as circunstâncias e as necessidades dos alunos. Independente da situação, o professor precisa ter certeza de que está ensinando apenas os pontos necessários para determinado contexto e que está desenvolvendo este trabalho de maneira eficaz. Palavras-chave: Ensino de línguas; gramática; Michael Swan.

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GT 06 – Discurso, criticidade e práticas de Letramento

Comunicações orais

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QUANDO A MULHER RUGE: UMA ANÁLISE VISUAL DE UM VIDEOCLIP MUSICAL

Adalberto Barbosa Junior

(UERN)

José Roberto Alves Barbosa (GPELL/UERN)

O videoclipe é um gênero musical que surgiu no contexto de uma sociedade capitalista, que busca vender música e a imagem dos artistas. Nos canais televisivos, bem como na internet, esse gênero ocupa lugar de destaque, reafirmando e/ou subvertendo valores sociais (MOZDZENSKI, 2013). Ciente do seu papel social nas mídias, objetivamos, neste artigo, analisar um videoclipe musical, ressaltando suas marcas visuais, com vistas ao empoderamento na mulher. Para essa análise nos fundamentamos na Gramática do Design Visual, de Kress e van Leeuwen (2006). As principais categorias, baseadas na leitura de imagens, a serem consideradas para a análise foram: 1) aspectos representacionais - identificação de processos narrativos, ou de natureza conceitual; 2) aspectos interativos - contato, distância social, perspectiva e modalidade; e 3) aspectos composicionais - valor de informação e enquadre. Para essa análise, escolhemos o videoclipe “roar”, do quarto álbum da cantora norte-americana Katy Perry, da autoria de Dr. Luke, Max Martin e Cirkut, tendo ampla divulgação nos canais de televisão e internet. A música tem duração aproximada de três minutos e quarenta segundos. As imagens analisadas revelam uma construção social do valor da mulher na sociedade moderna, que conforme propõe a música/videoclipe deve “rugir” diante das adversidades com as quais se deparam. Nos aspectos representacionais a predominância é a de narrativas, com ações definidas e vetores recorrentes. Nos interativos, a mulher é empoderada a partir de ângulos e distância social que a eleve diante do observador. Quanto aos composicionais, percebemos uma valoração de informação na qual a mulher se encontra em saliência, reforçando o status que essa deve assumir na sociedade.

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LEITURA, LITERATURA E LETRAMENTO LITERÁRIO

Alessandro Alencar de Moura Universidade Federal de Campina Grande

Daise Lilian Fonseca Dias

Universidade Federal de Campina Grande

É notória a presença da leitura em variados campos da vida humana atual e, como não seria diferente, na sala de aula a "necessidade de se saber ler" também se faz presente. Entretanto, quase sempre a leitura é pouco trabalhada ou simplesmente não é aproveitada com todo o potencial didático que pode ofertar, principalmente a leitura de textos literários. Com relação ao uso da literatura como importante elemento nesse processo agenciador que é a leitura, os PCNs deixam claro que a ampliação dos modos de ler está ligada diretamente ao trabalho com a literatura. Esta, por sua vez, não deve ser encarada como um conjunto/acúmulo de obras lidas, uma simples “bibliografia”. A literatura deve ser vista como um conjunto vivo de conhecimento, capaz de fazer com que o aluno saiba relacionar as obras aos acontecimentos da vida real de forma crítica e analítica. Por sua vez, o letramento literário está ligado diretamente à apropriação dos conhecimentos advindos da obra literária, seja essa obra canônica, popular, escrita, oral, adaptação em suportes vários (cinema, teatro...), etc. Assim, para discutir tais questões, este artigo tem como base os estudos de Soares (2006), Cosson (2012), Zilberman (2009), Kleiman (1989, 1993, 2013), Orlandi (2012), Schneuwly & Dolz (2004), dentre outros, com o objetivo de discutir propostas para a efetivação do letramento literário em salas de aula do ensino fundamental. Palavras-chaves: Leitura, literatura, letramento literário, ensino fundamental.

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DISCURSOS E REPRESENTAÇÕES ACERCA DOS MÚLTIPLOS LETRAMENTOS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

Beatriz Furtado Alencar Lima Universidade Federal do Ceará

Apresentamos um recorte de nossa pesquisa de doutorado, em fase de andamento, sobre os múltiplos letramentos de pessoas com deficiência visual. Nesta configuração, caracterizada pela utilização de diversos meios (sistema Braille, computador, celular etc), encontramos construções discursivas que trazem uma oposição entre o sistema Braille e o computador. Discutiremos sobre os discursos que subjazem a essas construções e suas implicações para a realidade dos múltiplos letramentos das pessoas cegas. Apresentaremos os posicionamentos de cinco participantes da pesquisa, no tocante à maneira como representam seus artefatos de letramento. Partimos de perspectiva teórico-metodológica que nos aponta Rios e, dessa forma, “seguindo uma tendência de pôr em destaque a dimensão subjetiva na pesquisa sobre letramento (a exemplo de Street, 1993; Barton e Hamilton, 1998; Wilson, 1998; Keating, 2001), os participantes foram representados por meio de uma descrição detalhada de suas atividades, representações e valores de leitura e escrita, tanto individuais como coletivas” (Rios, 2012, p.196). Valemo-nos, igualmente, dos Modelos Sociais de Letramento (Street, 1984, 2012; Rios, 2009, 2013) e de Deficiência (Martins, 2006). Nossos resultados preliminares apontam que mais que a realização de oposições entre computador ou Braille, importa levantar reflexões que alcancem as ordens hegemônicas que têm mantido sob colonização velada as práticas sociais das pessoas cegas que ‘persistem sendo mapeadas pelos referentes do infortúnio e da incapacidade’. A questão reside em assegurar o direito de acesso e o respeito aos meios que atendam às necessidades das pessoas cegas tendo em consideração as práticas sociais em que elas se inserem. Palavras-chave: Discursos; múltiplos letramentos; pessoas com deficiência visual.

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LEITURA E LETRAMENTO LITERÁRIO NO CONTEXTO ESCOLAR: PROBLEMAS E PROPOSTAS

Francerly Moreira Barreiro de Araújo Universidade Federal de Campina Grande

Daise Lilian Fonseca Dias

Universidade Federal de Campina Grande As dificuldades associadas ao ensino de literatura no ensino fundamental II são evidenciadas quando esta aparece de forma, muitas vezes, inadequada na sala de aula, sem funcionalidade na condição de texto artístico ou dispersa em generalidades pouco esclarecedoras que mais afastam do que aproximam o aluno da leitura literária. O encontro do discente com a literatura deve proporcionar uma busca plena de sentido para o texto literário, para o aluno e para a sociedade em que todos estão inseridos. Portanto, este trabalho tem o objetivo de discutir práticas metodológicas que podem ser desempenhadas pelo professor, as quais visam aproximar o aluno de atividades motivadoras realizadas no cerne do letramento literário a partir do contato e da leitura de gêneros literários. Para tanto, contará com o suporte teórico dos PCNs (1998), Cosson (2007), Kilberman (2010), Paiva (2003), dentre outros. Este artigo aponta para o fato de que se há limites no letramento literário realizado no ambiente escolar, ele não está, por exemplo, na ausência de capacidade dos alunos em se apropriar do conhecimento literário, mas, em muitos casos, na falta de práticas metodológicas que estimulem o saber e o sabor pela leitura de textos literários. PALAVRAS-CHAVES: Letramento literário, metodologia, escola

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O TRABALHO COM LENDAS LOCAIS EM SALA DE AULA: ARGUMENTAÇÃO E

CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS EM NARRATIVAS ORAIS DO MUNICÍPIO DE SÃO MIGUEL

Francinilda Lucinda Dantas (UERN)

Gilton Sampaio de Souza

(UERN) O trato indevido com o texto nas aulas de Língua Portuguesa culmina para um empobrecimento dessas aulas e desinteresse dos alunos na prática de leitura e produção textual. Os textos sugeridos pelo livro didático além de não são atrativos ao aluno, especialmente pelo distanciamento temático da realidade deles, são explorados apenas em sua estrutura e, na grande maioria das vezes, utilizados pelo aluno como depósitos de informações procuradas em exercícios de “interpretações”. Nesse contexto, o propósito de nosso trabalho é analisar os processos argumentativos presentes nas contações, por parte dos alunos, de lendas locais da cidade de São Miguel, percebendo a influência do gênero e seu conteúdo temático no desenvolvimento das práticas de leitura/produção textual. Para fundamentar nossa discussão, buscamos posicionamentos em nomes como Abreu (2009), Reboul (2004), Meyer (2007), Brandão (2004), Fiorin (2006), Geraldi (2002), entre outros. Nessa perspectiva, destacamos a necessidade de levar o aluno a sair da passividade em que se encontra diante de leituras superficiais e mecânicas que acabam por contribuir para uma produção textual que não explora em nada o seu potencial crítico/argumentativo. Numa análise parcial, percebemos que diante das lendas locais, os alunos interferem mais no sentido discursivo, conseguem se posicionar de maneira mais efetiva, assumindo uma postura diante da temática, marcando os lugares da argumentação e produzindo, consequentemente, melhores efeitos de sentido. Com isso, esperamos que este seja o ponto de partida para que este aluno também assim o faça diante de outros gêneros textuais. Palavras-chave: argumentação, lendas locais, construção de sentidos.

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PROFESSOR E ALUNO: DIVERGÊNCIAS DE OLHARES NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

Josinaldo Trajano da Costa (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte)

Francisco Gomes da Silva

(Universidade do Estado do Rio Grande do Norte)

Este presente artigo, reconhecendo as divergências existentes na relação professor-aluno, propõe-se a discuti-las, levando em conta, com especificidade, a aprendizagem e o ensino de Língua Portuguesa, procurando analisar as situações pertinentes ao ambiente escolar, em especial a sala de aula, o locus das relações, onde afloram os conflitos envolvendo o docente e o aprendiz. A exposição discute de forma genérica as relações professor x aluno, considerando as diferenças de saberes entre ambos, a visão de quem “já sabe” e a de “quem quer aprender”, sugerindo a reflexão docente, no sentido de encaminhar práticas avaliativas, visando facilitar o processo necessário para a aprendizagem. Nesta concepção, vê, de um lado, o professor, como aquele que tem o conhecimento e adota práticas de repasse aos seus alunos, os quais, por sua vez são incumbidos de assimilá-los e transformá-los em conhecimento; quando isso não acontece de forma satisfatória, as relações entre ambos são estremecidas. Foca-se sobre a centralização do discurso por parte do professor, o qual se prevalece por ter o conhecimento e constituir-se a autoridade em sala de aula. Comenta-se também o fato de as práticas sociais terem sustentáculo em um discurso e vê-se a boa condução deste como imprescindível para a interação humana e focaliza-se a formação discursiva e a ideológica.

Palavras-chave: Professor; aluno; divergências; aula.

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LETRAMENTO VISUAL NA AULA DE LÍNGUA MATERNA: UMA ANÁLISE INTERIMAGÍSTICA DA PROPAGANDA DE ALIMENTOS

Kelli Karina Fernandes FREIRE (UERN)

José Roberto Alves Barbosa

(UERN)

Com toda a tecnologia presente nos dias atuais, é um fato indiscutível que muitas linguagens estão presentes no cotidiano das pessoas. Os textos, antes compostos apenas pela linguagem verbal, passaram a ter mais de um modo de representação, ou seja, tornaram-se multimodais. Entre essas diferentes linguagens encontram-se as imagens e um gênero que, entre outros, se destaca no uso das composições visuais é a propaganda. Sendo assim, é de extrema importância que os educandos, sejam capazes de ler visualmente esses textos, interagindo com eles não só por meio da escrita mas também na dimensão visual. Este trabalho tem por objetivo refletir como as propagandas podem ser trabalhadas nas aulas de língua materna a fim de favorecer a aprendizagem dos educandos. À luz das teorias de Kleiman (2005; 2008), Soares (2003), Dionísio (2006), Oliveira (2014) e Kress e van Leeuwen (2006) pretende-se analisar de que forma são articulados os textos e as imagens nas propagandas de alimentos, destacando os aspectos representacionais, interativos e composicionais das imagens, e intervir na aula de língua materna com vistas ao letramento visual dos alunos. Para tanto, o trabalho levará em consideração a propaganda de alimentos, desenvolvida utilizando-se da intertextualidade visual uma vez que foram elaboradas tendo como base títulos de filmes e letras de música. Palavras-chave: Texto. Propaganda. Imagens. Letramento Visual.

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A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO DIGITAL NO CURSO DE LETRAS

Luan Talles de Araújo Brito Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Demóstenes Dantas Vieira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

A concepção bakhtiniana de linguagem defende que a interação verbal humana ocorre por meio de tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais são suscetíveis ao processo de complexificação, visando a atenderem às necessidades comunicativas dos falantes de uma dada comunidade linguística. Eis que surgem assim o hipertexto e os gêneros digitais. Neste sentido, este trabalho suscita uma discussão em torno da importância dos Cursos de Letras das IES brasileiras contemplarem em seu currículo o trabalho com o letramento digital do futuro professor de Língua Portuguesa, para que este se conscientize acerca de seu papel enquanto mediador do processo de formação de usuários linguísticos críticos e competentes na atual sociedade tecnológica em que vivemos. Por conseguinte, a discussão aqui pretendida se fundamenta nos estudos de Bakhtin (2010), Elias & Koch (2010), Marcuschi (2005, 2010) e Xavier (2005, 2010). Neste sentido, o curso de Letras deve apresentar um currículo que permita a discussão da transformação dos mecanismos de interação social, o que requer a incorporação e o trabalho com a diversidade de textos que circulam socialmente nas instâncias da comunicação humana, principalmente os gêneros digitais e o hipertexto, de modo a tornar possível que o graduando analise-os do ponto de vista das modernas teorias linguísticas, fazendo com que este profissional em formação conceba esses novos modelos comunicativos como importantes ferramentas de inserção e participação política na sociedade contemporânea, explorando e constatando o potencial desses textos no ensino produtivo da Língua Portuguesa.

Palavras-chave: Cursos de Letras. Letramento digital. Língua Portuguesa.

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O ENSINO DE LEITURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E O FACEBOOK:

EXPERIÊNCIAS E CRENÇAS DE ALUNOS

Luciana Pereira dos Santos Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Marcos Nonato de Oliveira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

A tecnologia hoje é um prenúncio para novas possibilidades e a escola não pode ser indiferente aos recursos e ferramentas digitais que já fazem parte do contexto histórico e social dos professores e alunos. O grande desafio é a utilização de tais recursos com propósito pedagógico. O avanço tecnológico exige de nós, profissionais da educação, compreendermos e utilizarmos as ferramentas disponíveis, afim de implementarmos o ensino de leitura de maneira instigante e prazerosa. Este estudo tem como objetivo discutir o ensino de leitura em língua portuguesa e o uso do Facebook, tomando como base as experiências e as crenças de alunos da rede pública de ensino. Trata-se, portanto, de uma pesquisa descritiva e de enfoque interpretativista e qualitativo. Os sujeitos informantes são dez alunos do ensino público e o instrumento de pesquisa utilizado foi o questionário. Os resultados apontam para uma valorização do Facebook como instrumento de leitura entre os informantes. Dessa forma, compreendemos que as práticas consideradas não escolares como as novas tecnologias precisam adentrar no contexto de sala de aula e fazer parte das metodologias utilizadas pelo professor. Palavras-chave: Leitura. Facebook. Experiências. Crenças. Língua portuguesa.

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LEITURA, ESCRITA E LETRAMENTO: DILEMAS E PERSPECTIVAS

Márcia Rodrigues de Araújo

Universidade Federal de Campina Grande

Daise Lilian Fonseca Dias Universidade Federal de Campina Grande

Há muito que se vem discutindo sobre o ensino de leitura e escrita na escola e, consequentemente, há debates intensos sobre a questão do letramento, tudo isso porque, em muitos casos, observa-se a ineficácia do que se tem visto na realidade escolar brasileira em virtude de fatores dos mais diversos, apesar dos esforços até agora empreendidos pelos governos federal, estadual e municipal; gestores escolares; academia e professores. Este trabalho discute tais questões, fazendo um levantamento teórico da importância dos três itens em estudo e sua situação no contexto atual, apontando caminhos e perspectivas para a efetivação de algo tão importante para qualquer indivíduo, como é o caso do letramento. Para tanto, contará com o suporte teórico dos PCNs (1998), Kato (1999), Higounet (2008), Lefa (1996), Cosson (2007), dentre outros. Este artigo destacará também o fato de que o conceito de letramento vai além da alfabetização, já que até mesmo um analfabeto pode ser mais ou menos letrado. Palavras-chave: Leitura, escrita, letramento, prática docente.

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MEMÓRIAS LITERÁRIAS NA OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA – BREVE ANÁLISE DA PRESENÇA RETÓRICA EM TEXTOS DE ALUNOS

DO 7º ANO DE UMA ESCOLA PÚBLICA

Núbia Cristina Pessoa de Queiroz (UERN)

Gilton Sampaio de Souza

(UERN)

As discussões que permeiam o estudo das tipologias textuais apontam-nos para a compreensão de que não há singularidade tipológica em um só texto. Todos os textos são plurais quando a tipologia é a questão a ser percebida e nenhum discurso encerra-se em uma situação particular. Partindo dessa proposição, este artigo pretende comprovar a presença da retórica em textos narrativos, com as mesmas condições e técnicas que aparecem nos textos argumentativos, dos quais é característica. No caso, analisamos memórias literárias produzidas por alunos do 7° ano de uma escola pública municipal para a Olimpíada de Língua Portuguesa – Escrevendo o Futuro, ocorrida no ano de 2012. Para esse fim, buscamos nos respaldar teoricamente do diálogo, entre outros, de autores, como: Reboul (2004), Meyer B. (2008), Meyer M. (2007), Orlandi (2012), Abreu (2009), Charadeau (2008), Todorov (2003). Desse encontro, compreendemos que a narrativa em si pressupõe uma argumentação. E ainda, que a presença da retórica exige negociação de diferenças entre os sujeitos envolvidos, considerando que para argumentar são necessárias condições e técnicas, aspectos que foram claramente encontrados nos textos analisados, o que nos fez confirmar a nossa intencionalidade inicial de comprovar que a retórica está presente nas memórias literárias de que trata este artigo. Palavras-chave: Olimpíada de Língua Portuguesa. Memórias literárias. Retórica.

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Consumismo e a produção da felicidade por meio da literatura: experiência no PIBID/VERNÁCULAS

Zenaide Brito de Brito Abreu Universidade Estadual de Feira De Santana

O presente trabalho, que será apresentado em pôster, é fruto de uma experiência impar no PIBID/VERNÁCULAS/UEFS que rendeu frutos muito significativos para a formação da minha identidade docente. A sociedade moderna sofre muito com o consumo desenfreado e, à medida que os dias passam as necessidades ganham novas formas e valores devido à falta de leitura e percepção da organização social. Por sua vez a ausência de letramento “impede a atuação do individuo na elaboração de seus próprios conceitos frente a uma realidade social que o instiga a ser um sujeito pensante” (CRUZ, 2008, p. 81), o que dá margem à ideia de que o individuo alcança o prazer, o bem estar, a felicidade por meio da aquisição de bens de consumo e serviços, ou seja, a falta de leitura contribui para formar consumidores no lugar de sujeitos. De acordo com as propostas recentes de ensino, reflexão e aprendizagem de língua o texto deve ser tido como base, por isso, tendo em vista que a leitura e a escrita são meio mais eficazes para que os indivíduos sejam inclusos na coletividade, urge no meio social a necessidade de formar sujeitos mais responsáveis atentos, ou seja, formar críticos leitores. O texto literário tem esse potencial de despertar o senso critico dos sujeitos, então “faz-se necessário a promoção no âmbito escolar, de uma discussão que fomente o pensamento critico e criativo sobre os problemas sociais que envolvem os jovens no seu dia-a-dia.”(CRUZ, 2008, p. 86). Perpassa pelo fruto dessa experiência na sala de aula teorias freirianas as quais levam em consideração os conhecimentos prévios dos educandos, visto que esses sujeitos são capazes de interferir na história ao produzir conhecimento e não apenas absorver os que já estão prontos.

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LETRAMENTRO CRÍTICO: DESNATURALIZAÇÃO DE VISÕES DE MUNDO E DE CONSTRUÇÃO COMPARTILHADA DA REALIDADE

Altaíza Rosângela da Silva Pereira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Ana Mara Alves de Freitas

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Há algumas décadas, surgiu no Brasil o conceito de letramento. Embora ele já tenha se instalado no ambiente escolar, ainda há a necessidade de definir e diferenciar os termos alfabetização e letramento. Até onde se complementam e a partir de onde se convergem? Distinguir suas definições ainda tem causado equívocos entre os pesquisadores. No entanto, há de se concordar que a alfabetização e o letramento são indispensáveis ao bom desenvolvimento escolar e sociocultural dos alunos e, por isso, faz-se necessário compreender o que é letramento e alfabetização. Dessa forma, se antes tínhamos um conceito de alfabetização restrito ao ato de escrever o próprio nome, hoje, temos um conceito muito mais abrangente, que ressalta a prática social. O aluno deve ser capaz de ler e entender o que está escrito para que possa ser considerado alfabetizado, e, além disso, ele precisa estar apto a fazer uso de práticas da escrita. Portanto, este trabalho visa definir e distinguir alfabetização e letramento, bem como refletir sobre o papel do docente em sala de aula, frisando a prática social dentro do projeto de letramento, a formação do professor e a importância de cada conceito para o cotidiano escolar e extraescolar. Para isso, reportaremos aos estudos de Kleiman (2000; 2005; 2007), Azevedo (2005) e Soares (2004), buscando neles contribuições teóricas erelacionando-as com exemplos do cotidiano, de forma que fique clara, para o docente, a importância em saber distinguir alfabetização e letramento e perceber que eles estão associados ao desenvolvimento pleno do indivíduo. Palavras-chave: Letramento. Alfabetização. Prática social. Formação do professor.

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PRÁTICAS LEITORAS DE ALUNOS DAS ESCOLAS PÚBLICAS DE MOSSORÓ/RN E DE FORTALEZA/CE: REALIDADES E PERSPECTIVAS

Ana Carla de Azevedo Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Elisandra de Oliveira Lima

Universidade Federal do Ceará

Dentre todas as práticas que podemos encontrar no ambiente escolar ou até mesmo fora dele, o hábito da leitura será um dos mais debatidos e questionados enquanto método legítimo de formação de um cidadão. Em nossas ações cotidianas de sala de aula, temos percebido que o contato e a fruição da leitura em sala por parte dos alunos tem sido insípidos para a formação satisfatória de leitores. Interessados nas realidades de duas escolas estaduais de dois estados vizinhos, Rio Grande do Norte (RN) e Fortaleza com índices leitores tão distintos, foi que pensamos o seguinte trabalho. Com o objetivo de descobrir quais são as práticas, hábitos e preferências leitoras dos alunos, inferindo a partir dos dados coletados as realidades e perspectivas leitoras desses dois estados vizinhos, e também por que Fortaleza atingiu a meta de leitura nacional e o RN ainda não alcançou, realizamos uma pesquisa qualitativa descritiva e utilizamos uma entrevista como instrumento de coleta de dados com os alunos do 8° ano na disciplina de língua portuguesa(em ambas as escolas). Percebemos que os índices leitores, os índices das experiências leitoras dos familiares e os investimentos feitos na educação infantil de 1° à 4° série nas escolas de Fortaleza são mais altos do que os mesmos índices nas escolas do RN e são motivos principais para o atingimento da meta de leitura no estado do Ceará. Utilizaremos como referência teórica para o nosso trabalho KLEIMAN (2008), AMORIM (2008), KATO (2007). Palavras-chave: Leitura. Fortaleza e Rio Grande do Norte. Perfil leitor.

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ANÁLISE FUNCIONALISTA DO PLANO DISCURSIVO FIGURA E FUNDO EM TEXTOS PRODUZIDOS POR ALUNOS DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Ana Dalete da Silva (UERN)

Rosângela Maria Bessa Vidal

(UERN)

Levando em consideração a noção de que a linguagem é uma atividade sociocultural, em que esta é concebida não como um sistema autônomo, fechado e isolado, mas como produto de uma relação dialógica entre sistema e uso, pois, é a partir das situações reais de comunicação que as entidades linguísticas exercem suas funções. Diante disso, buscamos com esta pesquisa fazer uma análise reflexiva acerca da maneira como os alunos utilizam a língua para articular seus discursos na construção de textos em sala de aula, a partir das premissas funcionalistas de plano discursivo em figura e fundo. Ao refletirmos sobre esses aspectos, objetivamos investigar os mecanismos incorporados pelos estudantes quanto a sua capacidade de organização, conexão, utilização e transmissão adequada das informações contidas no texto. Para a efetivação desse estudo, tomaremos como corpus de análise os textos escritos de alunos pertencentes ao 9º ano do Ensino Fundamental coletadas em aulas de Língua Portuguesa de uma escola pública. Nosso estudo trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo-interpretativo e bibliográfico, no qual os dados foram analisados qualitativamente. O trabalho fundamenta-se em estudos funcionalistas conforme os postulados teóricos de Givón (2001); Hopper (1980), Du Bois (1993); Furtado da Cunha (2003); Mariangela (2003); Martelotta (2003); Neves (2006), entre outros. Motivados pela perspectiva de promover contribuições para o ensino de português, esperamos que as discussões realizadas funcionem como critérios que vislumbrem o anseio de dar seguimento e expandir os estudos vinculados à produção e ao ensino do texto, com vista a estimular a produção acadêmico-científico. Palavras-chave: Funcionalismo. Figura e fundo. Língua portuguesa. Texto.

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NARRATIVAS ANDANTES NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMA PROPOSTA DE LETRAMENTO

Ana Paula Lopes Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Gilton Sampaio de Souza

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Esse trabalho é um recorte da dissertação em andamento que versa sobre a argumentação e construção de sentidos em narrativas andantes sobre a Coluna Prestes no ensino de língua portuguesa. O trabalho com narrativas andantes consiste na contação de história percorrendo os locais dos acontecimentos, de forma a aproximar o aluno do espaço e do narrador que relata os fatos, colaborando com práticas de leitura e escrita. Nesse momento, pretendemos apresentar uma proposta de letramento, parte da pesquisa, realizada como ação interventiva em sala de aula, voltada para o enfrentamento do problema do desinteresse pelo ler e escrever vivenciado nas aulas e a necessidade de trazer atividades que levem o aluno a pensar, a argumentar. Para isso, por meio das narrativas visamos motivar a leitura e a escrita, considerando o contexto social e cultural dos alunos. Assim, levamos uma turma de 7º ano de uma escola pública a campo e com a colaboração de um contador de histórias, desenvolvemos as narrações nos lugares dos acontecimentos históricos sobre a passagem da Coluna Prestes no município de São Miguel, RN. Buscamos respaldo em estudos de Geraldi (2003), Antunes (2009), Kleiman (2003), Marcuschi (2008), Bakhtin (2000), Fiorin (2006), entre outros. Os resultados apontam que as narrativas despertaram a curiosidade dos alunos, bem como a imaginação sobre os acontecimentos locais e os posicionamentos críticos sobre a temática. Constatamos, ainda, que ao realizarmos um trabalho interdisciplinar, aliamos a história local ao ensino de língua portuguesa buscando novos discursos para incrementar as aulas, atendemos às expectativas dos discentes, desejosos de novas narrativas que contemplem sua necessidade de (re) construir suas próprias histórias, pontos de vista como possibilidade ressignificação das práticas de leitura e de escrita. Palavras-chave: Narrativas andantes. Ensino de língua portuguesa. Práticas de leitura e escrita.

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A OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A PRODUÇÃO DO GÊNERO ARTIGO DE OPINIÃO NA ESCOLA

Cléoman de Freitas Dantas da Costa Secretaria de Estado da Educação e da Cultura – SEEC

Ana Raiza da Silva Casusa

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

Cesar Tardelly de Medeiros Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

O presente estudo, vinculado ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID, tem como objetivo apresentar as atividades elaboradas durante a execução das oficinas da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro (2014), realizadas pelos alunos das segundas e terceiras séries do Ensino Médio, da Escola Estadual Jerônimo Rosado, da cidade de Mossoró-RN. Nesse sentido, relataremos o passo a passo das ações realizadas durante a construção do projeto. O ponto de partida foi propor aos alunos que realizassem uma pesquisa a fim de que pudessem conhecer os aspectos sociais, políticos e culturais do bairro onde vivem, e refletissem sobre as questões polêmicas presentes em sua comunidade e, em seguida, realizassem uma exposição por meio de cartazes, fotos, gráficos, entre outros, apresentando para toda a escola o resultado da pesquisa. As atividades propostas visavam, ao final, do projeto a produção de um artigo de opinião que possibilitasse a participação na Olimpíada de Língua portuguesa. O tema do concurso é “O lugar onde vivo”. Como fundamentação teórica utilizamos os PCNs (2002), o caderno do professor da Olimpíada de Língua Portuguesa (2014) e as concepções de autores como Dell’ Isola (2007), Marcuschi (2005; 2006), Matêncio (2004) e Bazerman (2010). A partir desse trabalho, podemos afirmar que o artigo de opinião é um recurso didático/dinâmico que traz uma contribuição significativa para as aulas de Língua Portuguesa, pois apresenta temas polêmicos e relevantes, que despertam o interesse dos alunos, funcionando como um importante instrumento para a formação do cidadão.

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MULTILETRAMENTOS NA ESCOLA: CONTRIBUIÇÕES DAS NOVAS TECNOLOGIAS PARA AS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

Débora Katiene Praxedes Costa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Orientadora: Lúcia Helena Medeiros da Cunha Tavares

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

As atividades de leitura e escrita na sala de aula modificaram-se com a inserção do uso das novas tecnologias. Percebe-se que as tecnologias digitais são importantes ferramentas de produção do conhecimento, em que saberes são gerados e dialogados com o espaço escolar. Trabalhando nesse sentido, definimos como objetivo geral desta pesquisa, propor práticas de produção de textos com o uso da tecnologia móvel, mais especificamente, o celular, em sala de aula. Além disso, procuraremos avaliar a contribuição das novas tecnologias para as aulas de produção textual em Língua Portuguesa, como também analisar a criticidade do discente a partir das postagens de imagens multimodais concretizadas através das atividades executadas no aplicativo de bate papo on-line, Whatsapp, por último, analisaremos a interação e a produção escrita do aluno a partir do trabalho com as novas tecnologias. Tudo isso, à luz das leituras dos teóricos Bakhtin (1992), Coscarelli (2011), Rojo (2013), Merije (2012), entre outros. Dessa forma, conhecendo o desafio de educar a “geração mobile”, justifica-se a realização desse projeto, pois apresentaremos um plano de intervenção pedagógica, a partir uma didática inovadora e interativa com o apoio da Mobile Learning ou aprendizagem móvel. Em síntese, convém enfatizar, neste trabalho, a importância de quebrar as barreiras e permitir a convergência desse mundo digital ao mundo da sala de aula, pois, espera-se, com isso, que o uso da tecnologia móvel ou a Mobile Learning, oportunize aos alunos a interação e o desenvolvimento da criticidade na produção escrita. Palavras-chave: Multiletramentos.Tecnologia móvel. Produção textual.

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O ENSINO DE LEITURA E DE ESCRITA EM LÍNGUA PORTUGUESA: O FACEBOOK COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA

Edimar Ferreira de Souza Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

Maria Poliana Ferreira de Lima Aquino Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

Marcos Nonato de Oliveira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

Com a crescente utilização das novas tecnologias no meio social, as práticas sociais vigentes têm refletido mudanças significativas quanto ao uso da leitura e da escrita entre os sujeitos/usuários. Caracterizadas pelo papel social que exercem, nos vários meios em que estão inseridas, as mídias digitais surgem como grande promissor para o trabalho pedagógico significativo de leitura e de escrita na escola, através da introdução dos hipertextos digitais, como práticas dos multiletramentos presentes na sociedade atual. O objetivo deste artigo é discutir as habilidades de leitura e de escrita usando o ciberespaço do Facebook como ferramenta pedagógica. Para tanto, elaboramos uma sequência didática voltada para as práticas dos multiletramentos, tendo a hipermídia como recurso didático. O nosso respaldo teórico fundamenta-se nas proposições apresentadas, entre outros autores, por Rojo (2012), Coscarelli e Ribeiro (2007), Kenski (2012), Gomes (2010) e os PCN (2001). Foram trabalhados na sequência didática os gêneros: tirinha, cartum, charge, texto informativo, vídeo e música; dentro de um grupo criado no Facebook. De forma significativa, podemos constatar que as atividades realizadas mostraram o grande interesse dos alunos em relação ao uso do facebook como ferramenta pedagógica.

Palavras-chave: Leitura. Escrita. Facebook. Ensino. Língua Portuguesa.

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O PIBID E AS PRÁTICAS SOCIAIS DE LEITURA E DE ESCRITA NO ENSINO MÉDIO

Edson Pereira da Silva SEEC

Cléoman de Freitas Dantas da Costa

SEEC

Francisco David Bezerra Rodrigues

SEEC

O presente trabalho, vinculado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à docência (PIBID), tem por objetivo relatar as experiências dos professores supervisores, deste programa, das escolas estaduais Abel Freire Coelho, Jerônimo Rosado e Dix-sept Rosado, situadas no município de Mossoró (RN). Nesse sentido, elencaremos as atividades desenvolvidas nas aulas de língua portuguesa do ensino médio desde o ano 2012, quando iniciamos o nosso projeto, utilizando os gêneros textuais poesia, capa de revista e conto em sala de aula. Refletiremos sobre o estudo dos gêneros jornalísticos realizados no ano de 2013 e, por fim, discorreremos sobre o trabalho com artigos de opinião. Enfocaremos, também, a grande contribuição dos alunos bolsistas da graduação para a realização e o sucesso dos projetos desenvolvidos nas escolas parceiras. Como fundamentação teórica, utilizaremos os PCNs (2002), por enfocar a ideia de se trabalhar gêneros orais e escritos numa interação entre leitura, produção textual e análise linguística. Adotaremos, ainda, as concepções de Bakhtin (2003) e Marcuschi (2008), que tratam dos gêneros e sua funcionalidade, Dionísio (2006), que aborda a questão dos gêneros multimodais e os multiletramentos e Santos et ali (2013) por trazerem propostas práticas de leitura e produção de texto. Portanto, queremos enfatizar que o programa acima citado contribui para melhorar o ensino nas escolas públicas e consequentemente a educação brasileira.

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JORNAL ESCOLAR: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR

Edson Pereira da Silva Secretaria de Estado da Educação e da Cultura - SEEC

Josyrrane Priscilla da Silva

Secretaria de Estado da Educação e da Cultura - SEEC

Eli Melo da Costa Marinheiro Secretaria de Estado da Educação e da Cultura - SEEC

O presente trabalho, vinculado ao programa PIBID-LETRAS/PORTUGUÊS e PIBID-LETRAS/ESPANHOL, ambos da UERN, tem como objetivo mostrar a culminância de um trabalho de leitura e escrita na Escola Estadual Abel Freire Coelho, Mossoró-RN, nas turmas de 1ª, 2ª e 3ª séries. Este trabalho foi ministrado de abril a agosto de 2014, por meio de oficinas, utilizando os gêneros artigo de opinião e crônica. Todas as aulas foram ministradas a partir da temática das Olimpíadas de Língua Portuguesa, “O lugar onde vivo”. Após a escrita e a reescrita dos textos pelos professores de português, a professora de espanhol trabalhou a versão dos textos escolhidos para a Língua Espanhola, culminando na confecção de um jornal escolar bilíngue. Buscou-se, com isso, despertar os alunos para os aspectos linguístico-discursivos presentes em cada gênero já citado, participar de competições nacionais, valorizar as duas línguas e a utilizar a tecnologia digital para a criação do jornal. Como fundamentação teórica, utilizamos autores como Marcuschi (2008), que trata dos gêneros e sua funcionalidade, Dionísio (2006), que aborda a questão dos gêneros multimodais e os multiletramentos e Gonçalves e Bazarim (2013), que tratam da reescrita e trazem propostas de intervenção a fim de instigar os alunos a se tornarem hábeis na produção escrita. Por fim, esperamos contribuir para tornar os estudantes bons leitores e escritores de artigos de opinião e de crônicas nas línguas portuguesa e espanhola.

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A NEGOCIAÇÃO CONVERSACIONAL EM PRODUÇÕES NARRATIVAS INFANTIS

Elaine Cristina Forte Ferreira Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Vicente de Lima Neto

Universidade Federal Rural do Semi-Árido

A conversa, embora como um dos gêneros discursivos primários (BAKHTIN, 2003) mais antigos que existe, passou a ser objeto de estudo na seara linguística apenas em fins da década de 1960, quando foram encontradas uma série de princípios que a norteiam. Este trabalho tem o objetivo de investigar como as crianças utilizam elementos de negociação conversacional a partir do processo de interação que culminou numa produção textual cuja organização de informações é narrativa. Para desenvolver este estudo, solicitamos que duas crianças, estudantes da quarta série do ensino fundamental, elaborassem um texto escrito em conjunto, cuja interação foi gravada por nós em áudio e é o que compõe nosso corpus. Tivemos como base epistemológica o Princípio de Cooperação (GRICE, 1982) e a Análise da Conversa de Sacks, Schegloff e Jefferson (2003). Como resultados, atestamos que os marcadores conversacionais são essenciais para a organização do texto oral, pois constituem estratégias que evitam desentendimentos.

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A MULTIMODALIDADE E OS MULTILETRAMENTOS NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Eliete Alves de Lima Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Maria Zenaide Valdivino da Silva

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Marcos Nonato de Oliveira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Este estudo tem como objetivo abordar as teorias sobre a multimodalidade e o processo de multiletramentos na sala de aula de língua portuguesa. O estudo se insere na perspectiva semiótica e sociocognitiva, por meio da análise de relatos de alunos e das implicações de atividades multimodais na aula de língua portuguesa. O presente estudo tem o escopo, assim, de promover a reflexão sobre o ensino-aprendizagem de língua portuguesa, destacando as concepções de alunos sobre esse tema. Nessa perspectiva, destacamos a natureza dinâmica e multifacetada do trabalho com os textos em sala de aula. Trata-se, portanto, de uma pesquisa descritiva e de enfoque interpretativista e qualitativo. Os sujeitos informantes são dez alunos do ensino público e o instrumento de pesquisa utilizado foi o questionário. Nesse sentido, serão considerados autores como: Kress e ven Leewen (2006); Vieira (2007); Rojo (2012). Os resultados apontam para o desafio da escola de despertar o interesse do educando para os multiletramentos e capacitá-los para construir significados a partir dos diversos textos. Palavras-chave: Multimodalidade. Multiletramentos. Língua portuguesa.

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PROFESSOR E ALUNO: DIVERGÊNCIAS DE OLHARES NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

Francisco Gomes da Silva Secretaria de Estado de Educação e Cultura - SEEC

Este presente artigo, reconhecendo as divergências existentes na relação professor-aluno, propõe-se a discuti-las, levando em conta, com especificidade, a aprendizagem e o ensino de Língua Portuguesa, procurando analisar as situações pertinentes ao ambiente escolar, em especial a sala de aula, o locus das relações, onde afloram os conflitos envolvendo o docente e o aprendiz. A exposição discute de forma genérica as relações professor x aluno, considerando as diferenças de saberes entre ambos, a visão de quem “já sabe” e a de “quem quer aprender”, sugerindo a reflexão docente, no sentido de encaminhar práticas avaliativas, visando facilitar o processo necessário para a aprendizagem. Nesta concepção, vê, de um lado, o professor, como aquele que tem o conhecimento e adota práticas de repasse aos seus alunos, os quais, por sua vez são incumbidos de assimilá-los e transformá-los em conhecimento; quando isso não acontece de forma satisfatória, as relações entre ambos são estremecidas. Foca-se sobre a centralização do discurso por parte do professor, o qual se prevalece por ter o conhecimento e constituir-se a autoridade em sala de aula. Comenta-se também o fato de as práticas sociais terem sustentáculo em um discurso e vê-se a boa condução deste como imprescindível para a interação humana e focaliza-se a formação discursiva e a ideológica.

Palavras-chave: Professor; aluno; divergências; aula.

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LETRAMENTO DIGITAL NA ESCOLA: O USO DO FACEBOOK NA SALA DE AULA

Jéssica Fernandes Lemos (UERN)

Lúcia Helena Medeiros

(UERN)

O presente trabalho trata de um estudo e análise da rede social Facebook na sala de aula, pois, na escola pode-se pode perceber que o uso dessas redes sociais é frequente entre os alunos e professores, em horários livres. Com isso, iremos analisar como os docentes da disciplina de Língua portuguesa de uma escola Pública da cidade de Mossoró-RN se utilizam dessa rede social para alguns trabalhos em sala de aula. Para o início dessa pesquisa será aplicado um questionário contendo cinco questões a serem respondidas por quatro docentes, a fim de observar como se utilizam dessa rede social em sala. Através desse questionário será investigado o letramento digital dos professores e por consequência dos alunos também acerca do ambiente virtual em questão. Em seguida, serão observadas as aulas do(s) professor(es) que afirmarem se utilizar desse recurso e analisadas as atividades de língua portuguesa que envolvam o facebook, a fim de averiguar o envolvimento do aluno no uso dessas novas tecnologias, que se tornam muito mais atrativas, em sala de aula. Para esta pesquisa, adotamos como embasamento teórico Soares (2003) e Kleiman (1995; 2006) com as concepções sobre letramento; Bakhtin (2003) com suas contribuições sobre os gêneros discursivos; Marcuschi e Xavier (2004; 2010), com a fundamentação sobre Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital e Araújo (2007), tratando sobre o uso da internet na sala de aula. Espera-se, com essa pesquisa, contribuir para uma maior compreensão sobre o uso das novas tecnologias na escola. Palavras-chave: Gênero Digital. Facebook. Letramento.

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EVENTOS DE LETRAMENTO EM SALA DE AULA: A CAPA DE REVISTA COMO UMA FERRAMENTA NA PRODUÇÃO DO TEXTO DISSERTATIVO

Maria Joseane Rodrigues Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O presente trabalho faz parte de uma pesquisa realizada em sala de aula, na escola Estadual Jerônimo Rosado da cidade de Mossoró/RN, e faz parte do projeto PIBID/LETRAS/PORTUGUÊS. Como as concepções sobre letramento vêm sendo discutidas por muitos pesquisadores, assim como também o ensino voltado para os gêneros, nosso objetivo é compreender as concepções sobre letramento escolar, por meio do uso dos gêneros jornalísticos, mais especificamente, a capa de revista, com o intuito de reconhecer a importância de preparar os alunos para as exigências feitas pela sociedade, bem como as aprovações em exames e vestibulares. Como procedimentos metodológicos, analisaremos duas capas de revista: a ISTOÉ de março de 2012, e a VEJA, de abril de 2013. O trabalho em sala foi realizado pela professora supervisora do PIBID, juntamente com a sua equipe. A atividade aconteceu em dois momentos: primeiro foi trabalhada a capa da revista ISTOÉ e depois a capa da revista VEJA. A professora abriu uma discussão sobre as temáticas abordadas pelas revistas, as quais contemplavam assuntos polêmicos como as drogas e o consumo excessivo, no caso da revista ISTOÉ, e sobre as novas regras trabalhistas das empregadas domésticas pela revista VEJA. Para fundamentar a pesquisa, adotamos as concepções de Bakthin (2011), Soares (2012), Kleiman (2012), entre outros pesquisadores. A partir do que foi exposto e das discussões em sala, é possível notar a relevância de atividades que visem às práticas de letramento por meio dos gêneros discursivos, em sala de aula, pois isso ajuda na transformação dos alunos em leitores críticos, estimulando-os a escreverem sobre temas que fazem parte de seu cotidiano. Palavras-chave: Letramento escolar; capa de revista; ensino.

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FORMAÇÃO LEITORA E PRÁTICAS DE LEITURA: TRABALHANDO O ARTIGO DE OPINIÃO NO ENSINO MÉDIO

Shara Raiany de Oliveira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

João Paulo Pereira

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Maria Joseane Rodrigues Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O entendimento de leitura no âmbito teórico tem sido amplamente desenvolvido através de pesquisas e estudos dedicados a explicar esse fenômeno da linguagem. Apesar de todas estas pesquisas, ainda assim, o ensino de leitura nas escolas se apresenta de modo incipiente. A leitura é um recurso de que se dispõe a linguagem visando estabelecer relações dialógicas entre interlocutores. Mais que decodificar, a leitura propicia o desenvolvimento crítico do leitor e permite a utilização de recursos, os quais desencadeiam uma leitura proficiente. Posto isso, o trabalho aqui apresentado pretende estabelecer uma relação teórica e analítica da leitura no ambiente escolar, de modo que identificamos práticas de leitura decorrentes da escritura do alunado do ensino médio, através do gênero artigo de opinião. Antes, porém, fazemos uma breve discussão a respeito da leitura em consonância com a escola, a escrita, os gêneros, e, apresentamos um pouco da sua historicidade. Vale ressaltar que, as reflexões sobre leitura, formação leitora, gêneros discursivos/textuais, escrita, história e ensino, apresentadas aqui, estão ancoradas em abordagens teóricas voltadas para o debate dessas concepções, conforme Koch (2009), Freire (2011), Solé (1998), Carvalho e Mendonça (2006), Bakhtin (2003), entre outros. Em suma, a partir das análises realizadas, pudemos comprovar que o aluno produz textos ricos de conhecimentos, que vão desde os conhecimentos prévios aos conhecimentos linguísticos, sociais e textuais. Portanto, ir além da superfície textual é reconhecer a importância de examinar a escritura do aluno como meio de interação com seu próprio conhecimento de intervir na sociedade mediante seus textos. Palavras-chave: Leitura. Artigo de opinião. Ensino Médio. Aprendizagem.

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A escola e o letramento virtual: o Facebook como uma ferramenta de ensino

Valéria Batista Costa Montenegro Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Lúcia Helena Medeiros da Cunha Tavares

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O presente trabalho, que é um recorte de uma pesquisa de mestrado, visa perceber de que forma o uso dos ambientes virtuais, em especial o facebook, pode contribuir para o processo de ensino aprendizagem da língua portuguesa. Sendo assim, tem como objetivo principal promover o uso do facebook como uma nova ferramenta no ensino de língua materna, desenvolvendo um espaço da escrita coletiva e da interação verbal entre os alunos. Esse trabalho será realizado à luz das teorias de Kleiman (2005; 2008), Rojo (2012), Soares (2003), Dionísio (2006), Coscarelli (2007), Bakhtin (1997; 2011), Bazerman (2011), e Araújo (2007), entre outros, os quais abordam os estudos sobre letramentos, gêneros discursivos e ambientes virtuais. Nesta pesquisa, seadotará como procedimento metodológico um diagnóstico com uma turma de ensino fundamental ea construção de uma página no ambiente virtual do facebook para uso desses alunos. Nessa página, serão disponibilizadas atividades de língua portuguesa que estimulem o uso da linguagem por meio da interação, habilidade que se torna imprescindível na formação do novo perfil de aluno/autor/leitor. Feito isso, as atividades realizadas serão analisadas de acordo com as concepções dos autores já citados.Este trabalho se torna relevante no sentido de contribuir para o desenvolvimento dos saberes e competências de nosso alunado e conscientizar os professores da importância de se utilizar também os ambientes virtuais em sala de aula, os quais promovem os novos eventos de leitura, deescrita e de produção de sentidos, que fazem parte de uma sociedade letrada. Palavras-chave: Letramento. Ambiente virtual. Interação. Ensino de Língua Materna.

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GT 06 – Discurso, criticidade e práticas de Letramento

Posters

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Page 137: i Sinalle Caderno de Resumos

REFLEXÕES SOBRE A LEITURA E A ESCRITA NO ENSINO MÉDIO DO CARIRI PARAIBANO

Luana Flávia Aires Farias (UEPB)

Ludmila Mota de Figueiredo Porto (Profa. Orientadora) (UEPB)

Este trabalho se concretizou pela necessidade de contrastar a visão de professores e alunos acerca das dificuldades existentes no ensino/aprendizagem da leitura e da escrita em duas escolas públicas do cariri paraibano, tendo em vista que essas práticas são requisitos básicos para a formação de alunos conscientes e críticos em meio ao exercício da cidadania. A pesquisa foi de caráter qualitativo, exploratório, bibliográfico e de campo, com a utilização de questionários para professores e alunos, entrevistas gravadas com professores e observações em sala de aula, em busca de analisar a prática de ensino e os métodos utilizados para um trabalho com leitura e escrita no Ensino Médio. Para isso, foram utilizadas como embasamento teórico as contribuições dos estudos de Kleiman (1995; 2002), Marcuschi (2008), PCNs (1997), Freire (1995) dentre outros. Com isso, foi possível observar que a visão de alunos e professores quanto às práticas de leitura e escrita coincidem no que se refere à teoria, mas, quanto à prática em sala de aula, observou-se que os professores ainda oscilam entre o ensino tradicional e àquele baseado nas orientações dos PCNs. Assim, conclui-se que é preciso insistir nos estudos das teorias sobre o ensino de língua portuguesa para que a mudança atinja efetivamente a prática do professor e, assim, os alunos do Ensino Médio entrem, cada vez mais, em contato com a língua viva em sala de aula. Sendo assim, esse trabalho será abordado num pôster para o GT6 – Discurso, criticidade e práticas de letramento. Palavras-chave: Leitura; Escrita; Professor; Aluno; Ensino médio.

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O GÊNERO CRÔNICA NA ESCOLA: OBJETO DE LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL

Naara Freire de Sousa (UERN/PIBID)

Larissa Aquino de Sousa

(UERN/PIBID Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-UERN

Eli Melo Costa Marinheiro

(SEEC/PIBID)

O presente trabalho está inserido no Programa Institucional de bolsa de iniciação à Docência – PIBID. Nosso objetivo geral é apresentar uma proposta de leitura e produção de texto, focalizando o gênero textual crônica a partir da Olimpíada de Língua Portuguesa, nos 1° anos do ensino médio de uma escola estadual do município de Mossoró-RN. Neste sentido foi desenvolvido, em sala de aula, o que é o gênero crônica, suas características e em que meio circula esse gênero, para auxiliar o aluno a reconhecer/identificar o gênero a ser trabalhado. Utilizamos para a proposta das produções textuais temas que abordem o cenário cotidiano do aluno. Já em relação às leituras, aplicamos crônicas de autores renomados como: Frenando Sabino, Moacyr Scliar, Machado de Assis, entre outros. Para fundamentar nossa pesquisa, nos baseamos em Bakhtin (1997), Marcuschi (2002), Bazerman (2011). Observamos nos textos produzidos pelos alunos, melhorias na escrita e nas relações de coesão e coerência ao tentar expor seus pensamentos e objetivos vinculados ao texto. Portanto, este estudo contribui para o ensino de língua materna, no tocante às leituras, produções textuais e à identificação do gênero crônica. Palavras-Chaves: Crônica. Gênero Textual. Produção textual.

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UMA ANÁLISE DA CONVERSÃÇÃO ENTRE O APRESENTADOR FAUSTO SILVA E A ATRIZ LETÍCIA SABATELLA

Anderson Romário Souza Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Janeide Ferreira Dantas

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O apresentador Fausto Silva é conhecido por realizar cortes bruscos durante as falas de seus convidados em suas entrevistas no seu programa Domingão do Faustão. Partindo dessa realidade televisiva, objetivamos, com este trabalho, analisar uma de suas entrevistas com base na Análise da Conversação (AC). Essa corrente de estudos busca descrever diálogos priorizando uma análise descritiva e qualitativa, evitando o quantitativo. Com base em autores como Dittmann (1979) e Marcuschi (1997), é apresentada uma análise e nossas observações sobre a argumentação do apresentador com a atriz Letícia Sabatella. Essa entrevista aconteceu no dia 05 de julho de 2009, teve duração de 3:38 minutos e seu principal objetivo era preparar Letícia para o próximo quadro surpresa, o arquivo confidencial, questionando-a sobre seu papel como a vilã Yvone. Após realizarmos uma análise clara e legível, como proposta pela teoria, foi percebido como resultado da pesquisa, através da presença de risos, gaguejos e repetições, um desconforto proveniente da atriz devido às recorrentes tomadas de turno, oriundas de Fausto, que proporcionaram à Letícia um nervosismo para argumentar sobre sua personagem. Palavras-chave: Fausto. Análise da Conversação. Controle. Turnos.

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LETRAMENTO DIGITAL E AS NOVAS TECNOLOGIAS NA ESCOLA

Dayanne Nayara de Assis Medeiros Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Jéssica Fernandes Lemos

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Polianny Ágne de Freitas Negócio Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Lúcia Helena Medeiros (Profa. Orientadora)

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O presente trabalho, que se vincula a um projeto de pesquisa institucionalizado, se propõe a refletir sobre as mudanças e inovações no ensino de língua portuguesa, procurando estudar as práticas de letramento digital, as quais oportunizam a socialização de saberes, experiências e reflexões favoráveis ao ensino-aprendizagem. Para responder às inquietações sobre como se dá o letramento digital mediante o uso das novas tecnologias na comunidade escolar e de que forma os professores se apropriam do uso dessas novas tecnologias, como o celular e o computador, em benefício do ensino de língua portuguesa, nessa pesquisa, busca-se averiguar o desenvolvimento do letramento digital mediante o uso das novas tecnologias no ensino de língua materna. Para a realização desse propósito, foram selecionados dois professores do ensino básico, os quais ministram a disciplina de Língua Portuguesa em escolas públicas de Mossoró-RN. Escolhidos os professores colaboradores, foi aplicada uma entrevista com esses sujeitos e selecionadas duas das turmas com as quais eles trabalham, para a aplicação de questionários com os alunos. Para a análise do corpus coletado nos fundamentaremos nas concepções de Street (1993; 2012), Rojo (2012), Kleiman (1995; 2010), Soares (2003), entre outros que abordam as teorias sobre o letramento. Seguindo os estudos, mais especificamente sobre o letramento digital e a multimodalidade discursiva, serão tomadas as concepções de Coscarelli (2007), Dionísio (2005; 2006) e Araújo (2007). Como os estudos em letramento envolvem os estudos sobre os gêneros discursivos, serão ainda abordadas as teorias de Bakhtin (1997; 2003) e as concepções de Bazerman (2007; 2013). Com este trabalho, espera-se compreender melhor a dinâmica da produção e recepção de textos por meio das tecnologias e contribuir para o desenvolvimento do letramento digital no ambiente escolar. Palavras-chave: Letramento digital. Escola. Novas tecnologias.

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ANÁLISE DOS ASPECTOS SEMÂNTICOS SINONÍMIA E ANTONÍMIA NO LIVRO

DIDÁTICO “PORTUGUÊS LINGUAGENS: VOLUME 1”, DE WILLIAM ROBERTO CEREJA

E THEREZA COCHAR MAGALHÃES

Francisca Wilma da Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Maria Suzana de Oliveira Pinheiro Menezes

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Franceliza Monteiro da Silva Dantas (Profa. Orientadora) Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O ensino de semântica dentro do contexto escolar, acontece de forma muito superficial, limitando-se muitas vezes ao trabalho com algumas figuras de linguagem. Esse espaço destinado ao ensino de semântica relega essa área da linguística a uma situação de menos importância e condena o aluno a um desconhecimento ou um conhecimento superficial de todo conteúdo explorado pela semântica. Dessa forma, o presente artigo tem como objetivo fazer uma breve explanação do que é Semântica, ressaltar a importância do enfoque semântico no ensino de Língua Portuguesa, visto que está estritamente ligado a outros aspectos da língua, suas contribuições para o ensino de Língua Materna e observar como é proposto o ensino de Semântica no livro didático de Português linguagens: volume 1, de William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães. Sendo que o livro didático é um dos principais instrumentos de orientação dos conteúdos a serem trabalhados pelo professor, podemos pensar em como está acontecendo o ensino de língua portuguesa. As observações aqui apresentadas baseiam-se em pesquisas bibliográficas e temos como principais embasadores teóricos: Cançado (2005), Ilari (2000), Moura (2000), Guimarães (1995) e Braith (1997). Para uma delimitação da Análise, pretendemos analisar como é proposto pelo livro didático, os conteúdos da área semântica sinonímia e antonímia, comparando com o que a linguista Marcia Cançado (2005) propõe para os aspectos supracitados.

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A PROPAGANDA DE APARELHOS CELULARES NA AULA DE LÍNGUAS: UMA EXPERIÊNCIA DE LETRAMENTO VISUAL CRÍTICO

Myrna Cibelly de Oliveira Silva UERN

Gabriela Mirtes Bezerra Carvalho

UERN

José Roberto Alves Barbosa UERN

A propaganda exerce papel fundamental na formação de consumidores. Através desta os sujeitos são posicionados pela capacidade que têm de adquirirem produtos (MAGALHÃES, 2005). Dentre esses, os aparelhos celulares estão entre os mais desejados, inclusive pelos jovens. Ciente dessa realidade, objetivamos, com essa pesquisa, analisar visualmente a propaganda de aparelhos celulares com alunos de língua portuguesa e inglesa da rede pública de Ensino Fundamental. Para tanto, coletamos quatro propagandas, duas em português e duas em inglês, veiculadas pela mídia das principais empresas de celulares do mundo. Para a análise das imagens, consideramos os pressupostos teóricos da Gramática do Design Visual, propostos por Kress e van Leeuwen (2006), inspirado na Linguística Sistêmico-Funcional de Halliday (1985). As propagandas selecionadas foram debatidas com os alunos da escola antes e depois do acesso às teorias, que lhes foram apresentadas de maneira didática, evitando a terminologia própria ao contexto acadêmico. Após essa experiência de letramento visual na aula de línguas, tivemos a oportunidade de contribuir para a formação dos alunos, a fim de empoderá-los nas abordagens de propaganda de aparelhos celulares. Palavras-chaves: Letramento. Visual. Propaganda. Celulares.

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PRÁTICAS DOCENTES NA ESCOLA: UMA VALORIZAÇÃO DO LETRAMENTO PROFISSIONAL

Pedrina Dantas Soares (UERN/PIBID)

Francisco David Bezerra Rodrigues

(SEEC/PIBID)

Este trabalho tem como objetivo refletir sobre as práticas docentes e a construção de saberes adquirida por meio das experiências formativas realizadas pelo aluno bolsista do PIBID (programa institucional de bolsa e iniciação a docência). Em consonância com a escola parceira, a experiência formativa proporciona o fortalecimento desse futuro professor e, consequentemente da educação básica, estimulando o letramento profissional dos alunos de licenciatura para, futuramente, atuarem como profissionais mais capacitados. Em função do conhecimento e aperfeiçoamento dos alunos bolsistas, as práticas docentes realizadas na instituição parceira veiculam a intrínseca relação entre ensino- aprendizagem, tendo como ponto de partida os primeiros contatos do aluno bolsista com a escola, a partir do diagnóstico exercido durante a observação das aulas, por meio também do planejamento das aulas, bem como da realização da prática profissional junto ao professor supervisor. Para tal investigação, os primeiros passos docentes enquadram-se nas atividades voltadas aos estudos do PPP e à observação das aulas. Portanto, tomam-se como embasamento teórico as concepções de Veiga (1995), Neves (1990), Soares (2003) e Freire (1996), além de observar os caminhos para o desenvolvimento de uma profissão, em Lima (2001). Certifica-se, nesse sentido, que a profissão docente se torna forte e valorizada através das experiências corporativas que são atribuídas pelo PIBID, tornando o aluno bolsista seguro em seus saberes e preparando-o para uma carreira no magistério, pois, nessa parceria, pode-se perceber que há uma constante colaboração mútua, entre escola e universidade, reunindo teoria e prática, na construção de novos conhecimentos para uma prática docente. Palavras- chave: Práticas docentes. Letramento. Escola.

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ESCRITA E REESCRITA DE TEXTOS: UM PROCESSO DE CONSTRUÇÃO

DE IDEIAS NA SALA DE AULA

PoliannyÁgne de Freitas Negócio (UERN)

Dianna Paula Pinto Moreira

(UERN)

Lúcia Helena Medeiros da Cunha Tavares (Profa. Orientadora) (UERN)

O presente trabalho, vinculado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), tem por objetivo discorrer sobre o processo de reescrita de textos na escola, reconhecendo como essa atividade é fundamental para melhorar as práticas sociais de leitura e de escrita dos alunos. Para elaborarmos este trabalho selecionamos três redações das oficinas de produção textual, ministradas na Escola Estadual Professor Abel Freire Coelho, em Mossoró-RN. Os textos escolhidos foram desenvolvidos por alunos do segundo ano do ensino médio, que produziram artigos de opinião sobre a temática “Copa do Mundo de 2014”. Durante as orientações para a produção, foi estimulado o posicionamento crítico e reflexivo dos alunos acerca de um tema cotidiano. Para este trabalho, nos fundamentaremos nas concepções sobre gêneros discursivos de Bakhtin (1997) e Marcuschi (2007), entre outros estudiosos da área. Como resultado deste processo, notamos que a prática da reescrita possibilita o aperfeiçoamento do ato da composição do texto, já que, com a correção e o apontamento dos erros, os alunos puderam fazer uma nova análise de suas produções, revendo os conceitos e criando, a partir de então, um texto melhor argumentado, mais claro e conciso. Palavras-Chaves: Gêneros. Produção Textual. Reescrita.

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GT 07 – Práticas discursivas e efeitos de sentido

Comunicações orais

Posters

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UMA ANÁLISE DISCURSIVA SOBRE A SEXUALIDADE NA ESCOLA

Ana Maria de Carvalho Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica do Ensino Médio – PIBIC-EM

Julysson Charles P. de Souza Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica do Ensino Médio – PIBIC-EM

Este trabalho está vinculado ao Projeto de Pesquisado PIBIC-EM, intitulado A escola como espaço para a construção e desconstrução de práticas discursivas relacionadas à sexualidade e objetiva investigar como a questão da sexualidade é tratada no âmbito escolar. Será desenvolvido à luz dos construtos teóricos advindos da Análise do Discurso de orientação francesa, principalmente das contribuições de Foucault (2005; 2011), no que se refere ao discurso, ao saber/poder e à sexualidade, e em diálogo com a área dos estudos culturais, na qual se destacam Louro (1999; 2004; 2013) e Moita Lopes (2002; 2003); também com as contribuições de Batista (2008) sobre a sexualidade na escola. Metodologicamente, faremos uso de uma abordagem qualitativa, que nos leva a trilhar um caminho discursivo e questionador, construindo uma análise interpretativista. Para construção dos dados serão utilizados os documentos que regem o ensino, materiais didático-pedagógicos e entrevistas semiestruturadas com alunos e professores de uma escola pública da cidade de Mossoró (RN). Palavras-chave: Discurso. Sexualidade. Escola.

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FORMAÇÕES DISCURSIVAS E INTERDISCURSO NOS ENUNCIADOS: #VEMPRARUA E #VEMPRAURNA

Ana Luíza Dantas de Lira UERN

Antonia Jackcioneide Oliveira da Silva

UERN

Fernanda Hingryd da Silva UERN

O presente trabalho está vinculado ao Grupo de Estudos do Discurso da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-GEDUERN. Visando explicitar as formações discursivas as quais pertencem os enunciados #VemPraRua e #VemPraUrna, ambos disseminados em redes sociais. O primeiro surgiu com as manifestações de junho de 2013, ocorridas no Brasil, a princípio por causa do aumento das passagens de ônibus, e depois contra a corrupção, gastos com a Copa do Mundo 2014, entre outros motivos. Já o segundo aparece numa campanha do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Espírito Santo, a fim de conscientizar jovens eleitores entre 16 e 17 anos sobre a importância do voto. Atentaremos para o deslocamento de sentidos desses dois enunciados, abordando os movimentos de memória discursiva presentes nos dois acontecimentos discursivos e o interdiscurso, como também as posições-sujeito dos enunciadores e dos que atravessam os discursos analisados. A análise está alicerçada em teóricos da Análise do Discurso de linha Francesa Foucault (1995), Fernandes (2012) e Orlandi (2001). Palavras-chaves: Formações discursivas; Interdiscurso; #VemPraRua; #VemPraUrna.

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TRANSGRESSÃO E VERGONHA EM PÚBLICO: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DA REPRESENTAÇÃO DO CORPO MASCULINO NO

COMERCIAL TELEVISIVO DO REXONA MEN

Caio César Silva Cavalcante Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes (Profa. Orientadora)

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Ao longo da História, o corpo tem sido objeto das mais variadas apropriações e investimentos. Durante o século XX, foi marcado por grandes transformações e ineditismos, especialmente no que diz respeito à sua sexualidade e à gradativa erosão do pudor. Atualmente, encontra sua maior forma de expressão na mídia e publicidade, que veiculam estéticas corporais de diferentes formatos, tamanhos e estaturas e são atravessadas por inúmeros enunciados e significados que legitimam o corpo forte e saudável. Este trabalho objetiva analisar movimentos da memória discursiva na representação do corpo masculino no comercial televisivo do Rexona Men. Como objetivos específicos, busca-se, através de revisão bibliográfica, descrever as representações do corpo masculino no século XX, e analisar, de maneira ampla, como a mídia representa o corpo masculino na contemporaneidade. Na etapa seguinte, explica-se o funcionamento da memória verbal e imagética no comercial televisivo do Rexona Men. Faz-se pertinente a utilização da Análise do Discurso de origem francesa, método de pesquisa cuja finalidade é analisar os efeitos de sentido produzidos por um texto, seja ele verbal ou imagético. Ao esmiuçar-se as cenas, imagens e texto verbal do comercial analisado, identificando-se as marcas dos discursos sobre o corpo masculino produzidos no século XX e na mídia, observa-se a presença do corpo não-padrão, ausente de músculos, que recebe uma abordagem cômica e satírica e é apresentado como um modelo de transgressão a ser evitado. Palavras-chave: Corpo. Século XX. Mídia. Rexona Men. Discurso.

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A RELAÇÃO ORADOR / AUDITÓRIO NO DISCURSO DAS CHARGES

Charles Carlos da Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Ultimamente as pesquisas dentro do campo da linguagem têm intensificado interesses de áreas diferentes, como por exemplo, a Linguística, a Psicolinguística, a Sociologia e a Argumentação. Os estudos da Teoria da Argumentação no discurso ou Nova Retórica preocupam-se com as mais diferentes situações de comunicação. Dessa maneira, a Teoria da Argumentação procura descobrir técnicas argumentativas suscetíveis de aplicar aos vários auditórios. Os argumentos são valores construídos ideologicamente e, através do discurso, dentro daquilo que é concretamente dito, são aparentes e difundidos. Nosso objetivo é discorrer sobre a relação orador / auditório nos discursos argumentativos do gênero charge que tanto se expande na atualidade. Como subsídios teóricos para nosso trabalho, nos pautamos nas considerações propostas por autores como: Pelreman&Olbrechts – Tyteca (2002), Perelman (1987), Reboul (2002), Abreu (2009), Breton (2003), Furlanetto (2006) e Macedo (2011). No que tange à análise sobre as charges, podemos inferir que, as formações discursivas contidas nas charges de jornal exprimem o desejo de o chargista poder transmitir para as pessoas suas ideologias, através de uma linguagem verbal e não verbal, com intenção de produzir efeito de sentido no interlocutor.O chargista propõe de maneira irônica a transmissão e informação dos acontecimentos, possibilitando ao receptor uma reflexão sobre o contexto social atual. O discurso contido no enunciado tem a intenção de causar efeito em um público alvo, este público é expresso nas charges através dos enunciados, linguagem e caricatura. Palavras-chave: Orador. Auditório. Discursos argumentativos. Charges.

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O SUJEITO PROFESSOR DO SÉCULO 21 NAS CAPAS DA REVISTA NOVA ESCOLA

Clara Dulce Pereira Marques UERN

Jaisna Araújo da Costa Oliveira UERN

Francisco Paulo da Silva UERN

Atualmente, presenciamos uma tentativa por parte da mídia na projeção do que seria um sujeito professor “perfeito” e que, para atingir uma excelência na educação seria necessário partir dessa idealização desse novo profissional. Em contra partida, podemos perceber que ao mesmo tempo em que há esse enfoque na busca desse novo profissional, também há ausência de melhores condições de trabalho e investimentos impedindo que a educação avance com índices positivos. Sabendo que a mídia como meio de divulgação e influência tem o poder de persuadir as diferentes classes sociais, este trabalho se propõe a analisar como é constituído o sujeito professor do século 21 nas capas da Revista Nova Escola e quais os recursos verbais e imagéticos utilizados no corpus que compõe a pesquisa. Para tanto, foram analisadas duas capas de edições diferentes da Revista Nova Escola. Ancorados nos dispositivos teóricos/analíticos da Análise do Discurso Francesa, assim como na noção de identidades defendida por Stuart Hall, é possível descrever/interpretar as formas de linguagens e mecanismos discursivos que nos leva a compreender esse sujeito professor do século 21 como a base, como um profissional responsável pela ascensão da educação. Neste contexto, considera-se para fins de reflexão, mostrar aos leitores, sejam eles professores e/ou comunidade em geral, os mecanismos, as tendências persuasivas e as ideologias utilizadas pelas capas da referida Revista para a produção da identidade deste profissional e os efeitos de sentido agenciados. Palavras-chave: Sujeito professor do século 21, discurso, Revista Nova Escola.

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ANÁLISE DAS METÁFORAS CONCEPTUAIS EM TEXTOS JORNALÍSTICOS

Clara Mayara de Almeida Vasconcelos Universidade Federal da Paraíba

Elton Belarmino de Sousa

Universidade Federal de Campina Grande

Este trabalho analisa as metáforas conceptuais e as expressões linguístico-metafóricas presentes em textos jornalísticos com o propósito de expressar a complexidade da rede discursiva que é permeada pelas mesmas, que possuem inúmeras possibilidades de construção nesse gênero textual, o qual estabelece uma relação factual com algum fato social e que é relatado de acordo com o propósito do meio de comunicação que o veicula. Objetivando mostrar que as metáforas não são adornos puramente estilísticos pertencentes ao campo da literatura, centrando as ponderações sob a ótica da corrente tradicional das metáforas conceptuais, sopesadas sob o ponto de vista semântico, como fenômeno cognitivo como foi proposto pelo linguista George Lakoff e pelo filósofo Mark Johnson, mostrando assim que as metáforas são, por excelência, um ato social e que a sua utilização na linguagem tem uma função retórica que utiliza de um recurso linguístico que através de uma comparação subjetiva ou uma expressão linguística acionada por uma metáfora permite que a construção do sentido de um texto que usa este mecanismo se torna mais “rico” no que diz respeito ao fato de considerar o meio social como elemento importante para a conceptualização do sentido do texto sendo resultado de nossas experiências corpóreas na constituição do pensamento. O quadro teórico a ser adotado no desenvolvimento desta pesquisa centra-se em reflexões de Kövecses (2002), Lakoff (1993), Lakoff; Johnson (1980).

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O DISCURSO DIACRÔNICO E A CRÍTICA AO ENSINO PRESCRITIVO NA OBRA EMÍLIA NO PAÍS DA GRAMÁTICA

Demóstenes Dantas Vieira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Luan Talles de Araújo Brito

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Escrita em 1934, a obra infanto-juvenil Emília no País da Gramática, de Monteiro Lobato, se insere num contexto de forte repressão, positivismo, moralismo e anticientificismo ante os fenômenos da linguagem humana. Perpassada, por sua vez, por um discurso de crítica e denúncia social contra o preconceito linguístico disseminado pela tradição normativo-gramatical, a obra possibilita uma discussão relevante ao ensino linguístico contemporâneo e aos profissionais, estudiosos e pesquisadores da área. O presente artigo, de caráter descritivo e interpretativo, pretende analisar de que forma o discurso (re)produzido pela personagem Emília se relaciona com a perspectiva diacrônica dos estudos linguísticos, para dessa forma respondermos às nossas questões de pesquisa: como o discurso diacrônico perpassa a voz da personagem Emília e quais as condições de produção discursiva desta personagem e, consequentemente, da obra em análise? Desse modo, o nosso aporte teórico é constituído pelas contribuições teórico-metodológicas de Brandão (2002), Brunel (1998), Carvalho (2003), Cademartori (2006), Orlandi (2000), Silva (2004), entre outros. Por conseguinte, a análise evidencia como o discurso de Emília transgride a prescrição da Gramática Tradicional ao questionar os limites desta frente os fenômenos de variação e mudança linguísticas; bem como este discurso é fortemente influenciado pelas experiências pessoais vivenciadas pelo autor e, consequentemente, pela repressão do período em que foi produzido. Palavras-chave: Discurso. Ensino linguístico. Diacronia.

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GENEALIDADE MINIMALISTA: O ANÚNCIO EM TORNO DE UM CHAPÉU

Edgley Freire Tavares UERN/UFRN

Isabela Jade Martins Cunha

UERN

Lara Liliane Holanda UERN

Diante de um anúncio publicitário para a loja de chapéus, cartolas e afins, Hut-Weber, publicado no dia 19 de abril de 2008, que anuncia seu produto trabalhando a memória iconográfica do que parecem ser as representações de Adolf Hitler, líder nazista, e Charles Chaplin, humorista ícone do cinema mudo, este trabalho tem por intuito fazer uma análise discursiva tanto dos elementos verbais como imagéticos dessa publicidade, problematizando as correlações discursivas entre mídia e memória, a fim de descrever as modalidades enunciativas, as estratégias e os efeitos de sentido possíveis em torno da publicidade. Da análise é possível observar que o enunciado estabelece um jogo de memória no intuito de persuadir o leitor a acreditar que o uso do chapéu é um diferencial, para tanto, estão associadas no enunciado publicitário iconografias de personagens históricas cuja memória nos remete a práticas totalmente distintas. Além disso, a análise da publicidade de chapéus da Hut-Weber nos mostra a indissociabilidade entre as formas do dizível, do visível e a memória social, como aspecto imprescindível na leitura das práticas discursivas no campo da mídia. Palavras-chaves: Publicidade. Discurso. Chapéu.

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“PAÍS RICO É PAÍS SEM POBREZA”: TESES DA PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF ACERCA DA MISÉRIA NO BRASIL

Edmar Peixoto de Lima Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Sueilton Junior Braz de Lima

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Este trabalho tem como objetivo analisar o discurso político, mais especificamente o discurso de posse da Presidenta Dilma Rousseff, focando, mais precisamente, nas teses defendidas pela presidenta acerca da pobreza no Brasil, investigando quais as teses axiais que sustentam as teses de ancoragem e, quais as teses de ancoragem que servem de sustentação às teses principais para que seja proferida a argumentação. Nosso trabalho apresenta uma metodologia de caráter descritivo/interpretativo, tendo em vista que iremos descrever o discurso de posse da presidenta e, em seguida, faremos a interpretação dos dados. O referido trabalho tem como base teórica a Teoria da Argumentação no Discurso (TAD), mais especificamente o Tratado da Argumentação: a Nova Retórica de Perelman & Tyteca (2005), além de outros estudos na área como Reboul (2002), Souza (2008), Mosca (2004) e entre outros. Nosso Corpus se constitui do discurso de posse da presidenta, proferido no dia 1° de Janeiro de 2010 e está disponibilizado no Portal/site do Senado na Internet. Os resultados mostram que o orador defende um país sem miséria, apresentando algumas ações que viabilizará o combate à pobreza. Percebemos, ainda, que em boa parte do discurso a presidenta recorre aos argumentos baseados na estrutura do real e argumentos que fundam a estrutura do real. Acreditamos que este trabalho contribui para ampliar o debate acerca da argumentação no discurso, tal como, trará contribuições para trabalhos futuros.

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ALÉM DO OLHAR: A ANÁLISE DISCURSIVA DA IMAGEM FOTOGRÁFICA

Elenilda Dias de Souza Carlos Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Karlla Christine Araújo Sousa

Universidade Federal da Paraíba

Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Preocupando-se com uma interpretação que ultrapasse a observação dos elementos que compõem a imagem fotográfica, este trabalho se propõe a estudar essa imagem sob um prisma que permita uma observação além do que é dito, ou, neste caso, do que é visto. A Análise do Discurso de orientação francesa, utilizada para analisar imagens, permite estudar elementos que comumente são ignorados nas análises feitas acerca desse tipo de objeto, tais como os silenciamentos e fatores externos que interferem na produção do discurso. Para entender melhor os embasamentos metodológicos, o debate acerca desse ponto será fundamentado nas ideias de Foucault (2013), Gregolin (2001; 2003), Orlandi (1999), entre outros, a fim de esclarecer o que é a AD e como ela pode ser aplicada às análises imagéticas. O trabalho tem como objeto de análise uma fotografia publicada no Jornal O Mossoroense, em 27 de setembro de 2006. Considerando que todo discurso possibilita diferentes interpretações e que, de acordo com as ideias de Barthes (1990), toda imagem é polissêmica, o que buscamos identificar aqui não são os sentidos ocultos da imagem fotográfica, mas os fatores que contribuem para que essas interpretações distintas sejam possíveis, bem como os discursos presentes na representação feita pela imagem e as relações que se manifestam entre esses discursos. Deste modo, a análise desenvolvida busca demonstrar os diferentes discursos que podem estar presentes em uma única fotografia, os tipos de interpretações que ela pode despertar, e como esses discursos se confrontam e se relacionam em sua cadeia de significados.

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A PRODUÇÃO DE UM IMAGINÁRIO MIDIÁTICO-POLÍTICO DE GUERRA RELIGIOSA: UMA COMPREENSÃO SOCIOLÓGICA DO “CASO MARCO FELICIANO”

Emanuel Freitas da Silva Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Compreendemos o momento presente como aquele em que as mais diversas esferas da vida social são engendradas dentro dos parâmetros da comunicação publicitária, dando à mídia um lugar de destaque na dinâmica social, consolidando disputas simbólicas que vão constituindo uma "era mídia" (RUBIM, 2004). Partindo dessa premissa, nosso objetivo é compreender os desdobramentos do fenômeno político que ficou conhecido como “caso Marco Feliciano”. Para tanto, nosso foco será a análise do que consideramos a produção de um “imaginário midiático-político” em torno do referido deputado, dando visibilidade tanto às suas ações-encenações quanto às reações por elas suscitadas. Nosso problema é, pois, o seguinte: em que medida e a partir de que elementos mobilizados a imprensa participou da construção de um imaginário midiático-político de guerra religiosa em torno do deputado Marco Feliciano? Como, a partir dessas enunciações midiatizadas, é possível visualizar uma retórica de guerra religiosa no espaço político? Compreendemos “imaginário” como uma coleção de produtos das interações sociais que formam um todo coerente, “significações imaginárias”, como define Castoriadis (1995), significações estas que, relacionando-se com a Comunicação Midiática, oferecem um campo fértil para a pesquisa, em especial quando envolvem significações transpostas de um campo social a outro, da religião à política via mídia. Palavras-chave: Imaginário; retóricas; Marco Feliciano.

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MICHEL FOUCAULT E O SUJEITO

Evelynne Marinho de Amorim Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Michel Foucault foi um grande pensador e um dos grandes norteadores da Análise do Discurso de linha francesa, em seus escritos atuou nas mais diversas áreas do saber, além de que suas produções intelectuais orientam os mais variados trabalhos na contemporaneidade. Sua obra é atestada por muitos filósofos e pensadores modernos e contempla os mais variados temas, desde como sexualidade, loucura, linguagem entre outros. Tomando como base a sua obra, e procurando entender algo tão intrínseco que envolve a construção do ser humano pela linguagem, que é a construção do sujeito, o objetivo proposto pelo trabalho é compreender a construção discursiva do sujeito a partir pensamento de Foucault. O sujeito que é constantemente analisado na contemporaneidade, porém aqui além de intentamos aqui conhecê-lo dentro da perspectiva de Foucault, pensa-se necessário entender como é constituído também dentro da visão da análise do discurso francesa, primeiramente entendendo o que é discurso e perpassando pelas noções de ideologia, de subjetivação, de exterioridade e de linguagem. Palavras-chave: Michel Foucault; Construção do Sujeito.

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ANÁLISE DAS MATERIALIDADES DO INTERDISCURSO NA HETEROGENEIDADE DOS

DISCURSOS SOBRE A EDUCAÇÃO NO GOVERNO DILMA ROUSSEF

Francisco Paulo da Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Antônio Pablo Moura Lima

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Este trabalho apresenta nossa a pesquisa de Iniciação Científica no PIBIC/CNPq a ser desenvolvida no período de agosto de 2014 a julho de 2015. Seu objetivo é analisar na heterogeneidade discursiva relativa aos discursos e práticas do governo Dilma Rousseff quanto à educação, os modos de materialização do interdiscurso e seus efeitos de sentido. Alicerçada no campo teórico da Análise do Discurso de orientação francesa, a pesquisa mobiliza o conceito de interdiscurso proposto por essa teoria como um dos elementos constitutivos da discursividade e dos sentidos. Na Análise do Discurso (AD), o interdiscurso foi pensado a partir da análise do funcionamento da Formação Discursiva (FD) e para explicar a relação entre FD e interdiscurso, estudiosos como Pêcheux (1975) e Courtine (2009) desenvolveram reflexões teóricas que marcam maneiras diferentes de explicar o funcionamento do interdiscurso, das formações discursivas e da relação do sujeito com esse dispositivo. A partir do debate aberto por essas perspectivas, nosso trabalho volta-se para a análise do funcionamento da relação sujeito e interdiscurso com foco na seguinte questão de pesquisa: como se materializa discursivamente a relação do sujeito com o interdiscurso, considerando a heterogeneidade discursiva, em torno dos discursos e práticas do governo Dilma Rousseff quanto à educação? Para a análise desse funcionamento, a pesquisa define como corpus o confronto discursivo entre a oposição e o Governo Dilma, em diferentes gêneros discursivos que circulam na mídia impressa e virtual sobre a educação. Palavras-chave: Discurso. Interdiscurso. Educação. Governo Dilma.

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DISCURSO, MEMÓRIA E PODER: A CONSTITUIÇÃO DAS IDENTIDADES DE GÊNERO NA ESCOLA

Francélia Nunes Ferreira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Isabela Jade Martins Cunha

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Lúcia Helena Medeiros Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Este trabalho é um recorte de uma pesquisa PIBIC, vinculada à linha de pesquisa “Estudo dos processos de produção identitária e de modos de subjetivação na contemporaneidade”, do Grupo de Estudos do Discurso da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (GEDUERN), e está inserido no campo da Análise do Discurso de tradição francesa, com foco nas contribuições de Michel Foucault para esse campo de estudo. O trabalho também dialoga com os estudos culturais, com a História e com os estudos sobre a educação. Para melhor traçar o percurso da investigação pretendida, com este trabalho, se objetiva averiguar, na materialidade dos discursos escolares, as relações de gêneros e a constituição de identidades masculinas e femininas. Procura-se ainda analisar os discursos materializados nos materiais didático-pedagógicos, os quais conduzem à constituição de identidades; reconhecer, nos discursos escolares, os mecanismos de memória que definem os papéis identitários, como também interpretar os discursos de professores e alunos sobre os mecanismos de poder que regem as relações de gêneros na escola. Nesta pesquisa desenvolve-se um percurso teórico-metodológico por meio do qual são investigados os movimentos da memória na constituição de identidades na escola e, para melhor historicizar os acontecimentos que estão relacionados a essa temática, trabalha-se com o arquivo que se constitui, em sua materialidade, de documentos que regem as normas para o ensino, materiais didático-pedagógicos, questionário com alunos e relatos de professores. Espera-se que, entre os resultados obtidos, reconheçam-se os papéis da escola na constituição de identidades de gêneros e as práticas discursivas que inovam e representam a fragmentação dos sujeitos sociais na contemporaneidade. Palavras-chave: Discurso. Memória. Poder. Escola. Relações de Gênero.

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O(S) SUJEITO(S) DA LITERATURA DE AUTOAJUDA: UMA ANÁLISE DISCURSIVA

Geilson Fernandes de Oliveira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Marcília Luzia Gomes da Costa Mendes

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

A literatura de autoajuda é um fenômeno contemporâneo que tem como uma das suas principais características o agenciamento de modos de ser e estar, seja para encontrar a felicidade, conquistar o parceiro ideal, emagrecer, superar a timidez, entre muitas outras questões condizentes à subjetividade humana. Através de seus enunciados, podemos identificar regras, propostas de ações que uma vez acatadas, poderão, segundo estes manuais, constituir um sujeito pleno. Com o objetivo de analisar uma entre as muitas nuances deste fenômeno, o presente artigo se propõe a analisar pelo viés teórico-metodológico da Análise do Discurso de orientação francesa o sujeito constituído pelos discursos da autoajuda, tendo como recorte empírico de análise as obras Treinando a emoção para ser feliz (2007) e 12 semanas para mudar uma vida (2007), ambas do autor Augusto Cury, um dos principais expoentes deste gênero literário no Brasil. Palavras-chave: Discurso; Sujeito; Literatura de Autoajuda.

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DESCRIÇÃO DIACRÔNICA DOS GÊNEROS EDITORIAL E ANÚNCIO NO JORNAL O MOSSOROENSE DO SÉCULO XX: UMA ABORDAGEM À LUZ

DAS TRADIÇÕES DISCURSIVAS

Gilson Chicon Alves UERN/PIBIC

Jéssica Fernandes Lemos

UERN/PIBIC

O presente trabalho está vinculado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN, o qual pretende abordar uma descrição diacrônica dos gêneros editorial e anúncios no século XX no jornal O Mossoroense da cidade de Mossoró-RN, com o propósito de entender como se deu a evolução desses gêneros e se a metodologia à luz da diacronia aplicada por Aurea Zavan (2009), utilizada para analisar um editorial também é aplicável para analisar o anúncio de jornal. Buscamos então, as características que evidenciam a descrição e evolução no período de 1902 a 1906. Pretendemos compreender qual é o objeto que nos permitem identificar a transformação histórica da língua nesse período, analisando os mais variados aspectos temáticos, como também os seus elementos constituintes e se eles permanecem ou modificam-se. Tomando como base os conceitos de alguns teóricos da área, nossa pesquisa é bibliográfica e possui caráter qualitativo. No entanto, além dos estudos sobre as Tradições Discursivas, nos apoiamos em outras áreas de grande importância para o trabalho em questão como a Análise do Discurso e a Linguística Românica. Tomamos como pressuposto teórico o conceito de Bakhtin (1988), a respeito dos gêneros discursivos, as ideologias de Coseriu (1980), Kabatek (2001), Zavan (2009), entre outros que conceituam a análise diacrônica. Palavras-chave: Tradição Discursiva; Editorial; Anúncios.

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MULHER, CORPO E SAÚDE NA REVISTA WOMEN´S HEALTH

Maria Joseane Rodrigues Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Marília Gabrielly Peixoto de Sousa

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Shara Raiany de Oliveira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

A análise do discurso é um campo de pesquisa que se interessa pelo estudo do enunciado enquanto produto social e discursivo presente na sociedade assim como na vida dos sujeitos que a compõe. A mídia, por exemplo, é uma das práticas sociais que procura descrever a realidade visando determinados sentidos, se vale de eventos históricos e sociais presentes na sociedade para justificar os seus propósitos, contribuindo no processo de investigação dos analistas do discurso. A pesquisa realizada tem por objetivo analisar os mecanismos usados pela revista Women´s Health (fevereiro de 2013), na produção de verdade sobre a relação corpo e saúde da mulher, bem como a questão do cuidado de si. Para efeito dos resultados adotamos como base os estudos de Ortega (2003), Pimentel (2008), Santaella (2004) e Gregolin (2007). A partir das análises feitas sobre a revista é possível perceber a vontade que a mídia tem em influenciar os sujeitos sociais em seguir um certo padrão, principalmente as mulheres, uma vez que o corpo e o bem estar, são os assuntos mais explorados pela revista e tão abordados nos dias atuais. Palavras-chave: Mulher. Mídia. Sociedade.

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A COPA DO MUNDO NO BRASIL: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DO GÊNERO CHARGE

Larissa Aquino de Sousa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Naara Freire de Sousa

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Lúcia Helena Medeiros Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Tendo em vista as várias críticas acerca da copa do mundo no Brasil e as inúmeras discussões sobre o alto investimento nesse evento em contraposição à falta de investimento em saúde, segurança e educação, a presente pesquisa tem como objetivo analisar os movimentos da memória presentes em charges, as quais abordam a temática da Copa do Mundo de 2014. Nosso trabalho visa ainda compreender o funcionamento do discurso político e social nas charges analisadas e investigar a produção de sentidos desse gênero. Utilizaremos como categorias de análise os conceitos sobre discurso, sujeito, memória, interdiscurso poder e enunciado. Optamos por trabalhar com essa temática, por ser um assunto bastante discutido, principalmente, por meio dos gêneros midiáticos. Acreditamos também que a charge é um gênero que traz muitos efeitos de sentido, afinal, sua finalidade maior é satirizar acontecimentos presentes e passados. Baseado nesse contexto, iremos analisar, de acordo com as teorias de Pêcheux (1983), Foucault (1971; 1969), Orlandi (2005), Gregolin (2003) e outros estudiosos da AD, três charges que trazem críticas relacionadas ao uso “inadequado” das verbas do País e à falta de investimentos em coisas que a sociedade prioriza, como saúde, segurança e educação. Através dos estudos realizados, podemos perceber que está pesquisa nos proporcionou ver, no interior das charges, a materialização discursiva dos acontecimentos e a constituição dos sujeitos sociais. Palavras-chave: Discurso. Charge. Copa do Mundo.

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PERSONAGENS E SEMIÓTICA: UM ESTUDO DAS CAPAS DO LIVRO O CORTIÇO

Luciana Paula Bento Luciani

Universidade Presbiteriana Mackenzie

Visando concorrer para um estudo que contribua com a reflexão acerca de O cortiço e dada à importância da obra e de seu autor para a Literatura brasileira, este trabalho tem como objetivo a análise de seis diferentes capas publicadas desse livro, entre os anos de 1981 e 2011, no mercado editorial brasileiro. Apesar de o próprio cortiço ser o protagonista e prevalecer sua imagem na maioria das capas pesquisadas, as seis capas selecionadas para análise são aquelas que trazem outros personagens do romance e que tanto contribuem para o desenvolvimento do enredo, em especial, João Romão, Bertoleza, Rita Baiana e Jerônimo. Recorre-se para tal estudo ao referencial teórico da Semiótica de linha francesa, a fim de verificar os sentidos construídos nas imagens desses textos, relacionando-as com o texto literário que as motivaram. Apresenta a análise pautada nos conceitos do nível fundamental dessa teoria, destacando as estratégias geradoras de sentido utilizadas para mostrar o que cada texto diz e como faz para dizer o que diz.

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ANÁLISE DISCURSIVA EM REPORTAGENS DA VEJA E DA ÉPOCA: O CASO DE LULA E ROSEMARY

Maria Leidiana Alves Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (SEEC)

Maria Jackeline Rocha Bessa

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Maria Dayane de Oliveira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

A Análise do Discurso objetiva analisar os efeitos de sentidos possíveis de serem construídos nos/pelos enunciados. Para essa disciplina um discurso jamais se fecha, se encerra em si mesmo, sempre tem algo a mais, são os implícitos que os discursos permitem ao leitor, partindo das condições de produção, das formações discursivas, dos interdiscursos e de outras categorias. Para a realização de nosso trabalho, nos deteremos a essas três categorias citadas, tomando como referencial teórico os estudos de Brandão (2004), Mussalim, (2000) Ducrot (1987) e Orlandi (2007 e 2008) entre outros. O corpus do trabalho é constituído por duas reportagens de duas revistas, Veja e Época. A primeira de 05 de dezembro de 2012, intitulada “A mulher que sabe demais... E o homem que nunca sabe de nada”. A segunda de 01 de dezembro de 2012, intitulada “Rose e a sedução do poder”. A partir das análises feitas, conseguimos observar como os discursos das duas revistas apresentam interpretações outras, a depender das condições de produção dos enunciados, da formaçãodiscursiva e interdiscursiva. Com isso, acreditamos que o trabalho seja relevante, exatamente, por trazer uma discussão sobre o discurso político brasileiro e proporcionar ao leitor outras interpretações, além das que estão explicitas nas revistas. Palavras-chave: Análise do Discurso. Formação Discursiva. Condições de Produção.Veja. Época.

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UMA ANÁLISE DISCURSIVA SOBRE A EDUCAÇÃO BRASILEIRA NOS MANIFESTOS DE 2013

Lúcia Helena Medeiros Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Naara Freire de Sousa

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Larissa Aquino de Sousa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Este trabalho está inserido na área da Análise do Discurso de linha Francesa, tendo como objetivo geral descrever/interpretar os discursos sobre a Educação Brasileira materializados nos cartazes das manifestações de 2013. Nesse sentido, procuramos ainda investigar o interdiscurso presente nos cartazes das manifestações e reconhecer, nos discursos analisados, a constituição da identidade do professor no Brasil. Para fundamentar o trabalho, nos baseamos em Pêcheux (1983), Foucault (1971; 1969), Orlandi (2005), Gregolin (2003; 2004) e outros estudiosos da Análise do Discurso. Já em relação aos conceitos sobre Identidade iremos nos alicerçar em Tomás Tadeu da Silva (2007) e Maria José Coracini (2007). E, no intuito de compreender as características e as funções do gênero “Cartaz”, tomaremos como partida uma abordagem sobre o conceito de gêneros discursivos, defendido por Bakhtin (2003). Seguindo por esse percurso, nossa pesquisa nos possibilita discutir que efeitos de sentido são produzidos nos enunciados do manifesto ao tematizarem a educação e de que modo se inscreve a identidade do professor brasileiro nos cartazes presentes nas manifestações de 2013, as quais contribuíram para entender a posição ideológica e social do sujeito contemporâneo que luta por seus direitos e por um espaço de igualdade social. Palavras-chave: Discurso. Identidade. Educação Brasileira.

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O GÊNERO ARTIGO CIENTÍFICO SOB A PERSPECTIVA BAKHTINIANA: DIALOGISMO E INTERDISCURSO

Pedrina Dantas Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Este trabalho apresenta um breve estudo acerca do gênero acadêmico artigo científico como um instrumento discursivo, atravessado por interdiscursos em sua composição, implicando em um aporte teórico mais extenso e possibilitando uma mobilização maior na interação de saberes. De ordem secundária dentro da cadeia sociocomunicativa em que se insere, o artigo científico é um gênero que se apropria de uma característica acadêmica e híbrida, o que reflete em seu estado estrutural e semântico a presença de diversos gêneros que também fazem parte da vida discursiva acadêmica. Considerando o artigo científico a sua permanência ao meio acadêmico, iremos analisar suas peculiaridades genéricas constitutivas e o atravessamento de vozes (dialogismo) que o fazem um gênero particular e padronizado, mas não engessado dentro do campo da comunicação humana e científica. Para tal investigação, enfatiza-se a noção de dialogismo e interdiscurso de Bakhtin (2003) e a vida discursiva do gênero como um elemento didático e social de Bazerman (2011), considerando como relevante também o seu campo funcional tomam-se as concepções de Marcuschi (2003). Certifica-se nesse sentido, que o gênero acadêmico artigo científico possui uma formalidade em sua atuação e apresentação na sua composicionalidade linguística em que cada constituinte desse gênero secundário, o víes das vozes discursivas é pertinente e preponderante para a interação entre os sujeitos que procuram verificar realidades acerca de um determinado objeto de estudo e pesquisa.

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UMA ANÁLISE DISCURSIVA SOBRE O PADRÃO DE BELEZA FEMININA EM TEXTOS PUBLICITÁRIOS

Ravenna Deniziene H. L. e Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Valdeângelo do Nascimento Felix

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Maria Silmara Fernandes Gomes Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Ana Maria de Carvalho (Profa. Orientadora)

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Este trabalho pauta-se nos construtos teóricos da Análise do Discurso de orientação francesa e tem o objetivo de descrever/analisar como a mídia trabalha a construção da imagem feminina em propagandas. Os variados textos publicitários repassam a imagem de uma mulher perfeita e traz a idéia de que a aparência é o mais importante para a mulher moderna. Para essa análise buscamos na memória os efeitos de sentido causados por contextos históricos, sociais e culturais da sociedade. Sendo assim indispensável uma comparação entre a mulher real, ou seja, a mulher comum, e a mulher idealizada com o padrão perfeito exposta pela mídia. Podemos destacar também o surgimento de um novo padrão de beleza na contemporaneidade. A publicidade não apenas vende um produto, vende valores, comportamentos, além de vender conceitos de amor, sexualidade e sensualidade, ditando como a mulher deve ser e quem deve ser. Dessa forma, o veículo midiático dita e estipula os estereótipos a serem seguidos. Palavras-chave: Discurso; Imagem feminina; Textos publicitários.

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AS TÉCNICAS ARGUMENTATIVAS NO GÊNERO ARTIGO DE OPINIÃO

Welisandra Moreira Almeida Talita Araújo Costa

Maria José Silva Edmar Peixoto de Lima (Profa. Orientadora)

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Este artigo se propõe a discutir o uso das técnicas argumentativas presentes no gênero artigo de opinião, com vistas a compreender a função que elas exercem na construção de sentidos do texto. Nesse trabalho, intentamos verificar de que modo o orador apresenta para persuadir e convencer o interlocutor acerca das teses defendidas em seu discurso. Assim, apropriamo-nos das discussões desenvolvidas por Perelman e Tyteca (1996) no Tratado da Argumentação ou Nova Retórica como teoria de base para nortear nossas análises, bem como Mosca (2004), Souza (2004), dentre outros autores que fundamentaram a pesquisa. Compreendemos que essas discussões proporcionam um maior entendimento dos aspectos argumentativos na construção de sentidos do gênero, bem como nos motiva a compreender a função que as técnicas exercem no processo argumentativo do texto. Os resultados apontam que o orador utiliza em seu discursos várias técnicas argumentativas, dentre elas, destacamos, mais especificamente, o ridículo, a comparação e a regra de justiça pertencentes aos argumentos quase-lógicos; o exemplo e a ilustração dos argumentos baseados na estrutura do real e o vínculo causal das ligações que fundamentam a estrutura do real. Portanto, podemos afirmar que as técnicas em foco caracterizam de modo geral a necessidade de articular elementos que, de alguma forma, motive o interlocutor a estabelecer ligações com suas práticas cotidianas ou com algo que faça parte do seu conhecimento de mundo. Palavras-chave: Técnicas de argumentação. Artigo de Opinião. Retórica.

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GT 08 – Estudos de tradução

Comunicações orais

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A TRADUÇÃO COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NO ENSINO DE LÍNGUAS: O FATOR INTERCULTURAL

Cílio Lindemberg de Araújo Santos Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)

Kaline Brasil Pereira Nascimento (Profa. Orientadora)

Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)

Considerando as recentes pesquisas que vêm sendo realizadas no campo da tradução pedagógica – tradução como ferramenta para o ensino de línguas –, destaca-se a relevância do seu uso para a promoção de uma consciência intercultural nos aprendizes de línguas.Corroborando essa ideia, Houten (2014) afirma que manifestar interculturalidade envolve tanto a aptidão de usar a língua quanto a habilidade de interagir adequadamente em diferentes contextos culturais.A partir dessa breve contextualização, o presente trabalho propõe como objetivo refletir sobre como a tradução atrelada à prática da interculturalidade pode contribuir para o aprendizado de uma língua estrangeira (LE). Para contemplar o objetivo proposto, tomamos como base teórica as afirmações de Hinojosa e Lima (2008), que dizem respeito ao uso da tradução como estratégia de interculturalidade no ensino de uma LE, possibilitando o desenvolvimento de habilidades críticas por parte dos estudantes de LE a fim de que se facilite o processo de adequação à cultura da língua aprendida. Ademais, considerou-se também a ideia defendida por Oustinoff (2011) de que a tradução pode ser usada para diminuir as fronteiras estabelecidas entre as sociedades. Como prévias conclusões, notou-se que, por permitir ao aprendiz que reflita sobre as relações entre sua língua materna e a LE aprendida,a tradução pode ser usada para realçar a relação língua-cultura. Além disso, a partir dessa perspectiva, os alunos podem ainda refletir sobre sua própria cultura e as convergências e divergências entre as nações. Palavras-chave: Tradução; Ensino de línguas; Interculturalidade.

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Page 172: i Sinalle Caderno de Resumos

GT 08 – Estudos de tradução

Comunicações orais

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Page 173: i Sinalle Caderno de Resumos

A TRANSMUTAÇÃO DA CRITICIDADE EM MAFALDA: UM DIÁLOGO ENTRE A TIRA RELACIONADA À MULHER TRADICIONAL E O FILME

Cryslene Dayane Bezerra da Silva Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Antonia Karolina Bento Pereira

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Edilene Rodrigues Barbosa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Este artigo analisa como se deu o processo de transmutação da criticidade, com relação à mulher tradicional, das tiras da Mafalda para o filme Mafalda la película. Nesse estudo, temos por objetivo verificar como o papel da personagem Mafalda é caracterizado a partir das suas atitudes e falas, presentes nas tiras e no filme. Para isso, foi necessário averiguar como a mulher na sociedade argentina era representada e como a crítica social foi transmutada do meio visual para o audiovisual. Para a verificação da criticidade transposta das tiras para o filme, foram levados em consideração os estudos da tradução intersemiótica, assim como o contexto histórico da Argentina e do mundo no período dos anos 60 e 70. Esta é uma pesquisa tipologicamente caracterizada como comparativa e interpretativista, e se ancora nos fundamentados de Jakobson (2003), Plaza (2001), Santaella (2007),dentre outros pesquisadores que tratam a respeito do tema de interesse deste estudo. Neste tocante, foi analisada uma tira da Mafalda que trata da crítica à mulher, analisamos também o filme Mafalda la película, que é baseado nos argumentos e nos personagens de Quino. A análise permite concluir que Mafalda, tanto no meio visual quanto no meio audiovisual, é caracterizada como uma garota crítica e observadora. A partir da nossa pesquisa chegamos a conclusão que, no meio cinematográfico o adaptador apresenta com mais ênfase a crítica a mulher tradicional, utilizando a expressão corporal, a fala, o ambiente entre outros elementos que tornam a adaptação mais adequada.

Palavras-chaves: Tradução intersemiótica. Criticidade. Mafalda. Filme. Tira.

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A TRADUÇÃO INTERSSSEMIÓTICA DA ILÍADA PARA O CINEMA:

DA LINGUAGEM VERBAL À LINGUAGEM SINCRÉTICA

Demóstenes Dantas Vieira

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Luan Talles de Araújo Brito Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Este trabalho, de caráter bibliográfico e análise documental, visa analisar a tradução interssemiótica da Ilíada (Homero) para o cinema, mais especificamente, a adaptação cinematográfica denominada de Tróia(2004) de Wolfgang Petersen. Propomos, primeiramente, refletir sobre a reprodução técnica da obra de arte, levando em consideração as contribuições da Teoria Crítica (Escola de Frankfurt) e dos estudiosos da tradução como Jakobson (1991), Plaza (2003), Xavier (2003) e Dionísio (2005). Em seguida, objetivamos, através de uma análise comparativa, desenvolver uma reflexão sobre o “esvaziamento da aura”, pensando a cultura grega e o enredo da Ilíada, tendo em vista a produção de massa do cinema hollywoodiano e os pressupostos da Indústria Cultural. Objetivamos também suscitar a possibilidade de múltiplas interpretações semiótico-fenomenológicas advindas da transmutação da linguagem verbal para a linguagem sincrética e, por conseguinte, entender quais as “sugestões” interpretativas oferecidas pelo adaptador. A princípio, identificamos algumas disparidades com relação ao enredo e à mimese da cultura grega, assim como uma proposta direcionada a uma interpretação política e histórica que ressignifica a narrativa de Homero.

Palavras-chave: Ilíada. Adaptação cinematográfica. Tradução interssemiótica.

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AS CONTRIBUIÇÕES DO USO DA TRADUÇÃO AUDIOVISUAL NO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

Edilene Rodrigues Barbosa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Este trabalho tem o objetivo de sinalizar as contribuições do uso da Tradução Audiovisual no Ensino de Línguas Estrangeiras. Atualmente, a tradução audiovisual é uma das mais executadas para o processo de importação e exportação de produtos audiovisuais, ficando abaixo somente das traduções da bíblia. As modalidades de legendagem, dublagem, voice-over, closed caption, interpretação, audiodescrição e adaptação são as mais executadas para a televisão, o que nos motivou a, por meio de um estudo bibliográfico, verificar as potencialidades didáticas de tais modalidades, tendo em vista que os estudos de Chaume Varela (2004; 2005; 2012), Díaz Cintas (2003; 2007), Agost (1999), Gambier (2013), Gottlieb (2004; 2005), Orrego Carmona (2013), Ramos Pinto (2013), Araújo (2007; 2012; 2013) e Barbosa (2013; 2011; 2009) apontam para o melhoramento do processo de ensino e aprendizagem quando mediado pela tradução audiovisual. Percebemos que as modalidades de tradução são complexas devido à imensa variedade de gêneros que as engloba. Ao passo que cruza as fronteiras do que é puramente audiovisual, a tradução adentra o campo dos conhecimentos literários, linguísticos, sociolinguísticos e estruturais, envolvendo o aluno, com um enfoque multidisciplinar, no ensino da língua e nos temas transversais. Palavras-chave: Tradução audiovisual. Ensino de LE. Ensino e aprendizagem.

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DE JAMES MORRISON, “BROKEN STRINGS” EM UMA ANÁLISE TRADUSEMANTICOMIDIÁTICA

Elton Belarmino de Sousa

(Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “José Rocha Sobrinho / Universidade Federal de Campina Grande)

Clara Mayara de Almeida Vasconcelos

(Universidade Federal da Paraíba)

Luan da Silva Soares (Escola de Ensino Fundamental e Médio “Profª Maria Gertrudes” /

Universidade Estadual da Paraíba)

A tradução consiste em um dos mais celebres artífices, neste caso, o trabalho que permite uma obra ser compreendida e interpretada, independente da língua. Todavia, a simples definição de conversão não se aplica a esta prática. Amparado por estudiosos da causa, objetivou-se neste trabalho uma análise a partir da tradução intersemiótica da música (letra) e clipe da melodia intitulada “Broken Strings”, do cantor inglês James Morrison. Sendo feita uma análise das entrelinhas explicitas no clipe, contrapondo-os aos sentidos encontrados na letra, bem como observados sob a óptica dos fatos que ocorrem durante o vídeo clipe. A tradução é algo inerente a tudo que de alguma forma pode ser interpretado, a análise de música como ponto de partida à análise em tradução consiste num desafio importante aos amantes da tradução, entender mais que o sentido das palavras, mas a emoção e cuidado com os quais o tradutor as colocou em determinado contexto é tarefa do estudante que se atenha à análise da tradução. O estudo da música permitiu a descobertas de contextos antes não percebidos. Analisar com ferramentas e pautada na pesquisa e no discurso de estudiosos de renome, mais que propiciar um melhor entendimento, garante uma melhor crítica de todos os aspectos: letras, métrica, substituições, dentre outros. A música diz: Let me hold you, me deixe te segurar. O estudo da tradução te segura ao ato e os fatos descritos, e te leva a pensar porque estão descritos assim, além de ser uma prática apaixonante.

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NUMA ESCRITA RIZOMÁTICA A TRANSCRIAÇÃO DAS NARRATIVAS POLICIAIS DOYLIANAS EM THE PRIVATE LIFE OF SHERLOCK HOLMES

Evaldo Gondim dos Santos Universidade Federal do Rio Grande do Norte /

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Ilza Matias de Sousa Universidade Federal do Rio Grande do Norte

O presente trabalho busca empreender uma discussão de como se dá a transcriação das narrativas policiais doylianas no filme The Private Life of Sherlock Holmes (1970), de Billy Wilder, bem como em sua romantização homônima (1970), realizada por Michael Hardwich e sua esposa Mollie Hardwick. Com esse intento, tratamos da transcriação enquanto processo poético (CAMPOS, 2011) que potencializa a recriação dos elementos recorrentes nas narrativas policiais do escritor escocês Conan Doyle (1859-1930). Além disso, fazemos uso dos conceitos de rizoma em Deleuze e Guattari (2011) e de sentido em Deleuze (2007) para lidarmos com discursos sedimentadores apontados nas obras analisadas. O estudo que realizamos das referidas obras assinalam para a transcriação de um imaginário de Reino Unido delimitado social e culturalmente em que o primeiro detetive de consultas do mundo possa prever. Tanto no filme quanto no romance, Sherlock Holmes e seu companheiro Watson se veem em uma aventura que desloca as narrativas policiais doylianas, com elementos que não se concatenam em meio a personagens tais como a rainha Vitória, o irmão do detetive Mycroft Holmes, uma espiã alemã e até mesmo a aparição do monstro do Lago Ness. Na fabulação, os discursos centralizadores são atravessados na escrita rizomática do romance e do filme analisados.

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AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM NO PROCESSO TRADUTÓRIO PORTUGUÊS/ LIBRAS PELO FACEBOOK

Francisco Ebson Gomes Sousa Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Vicente Lima Neto

Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Embora o senso comum tenha o site de rede social Facebook como um espaço digital de lazer, muitas pesquisas têm apontado para a funcionalidade pedagógica da rede. Como ambiente de interação social, há uma série de grupos que têm como enfoque o aprendizado de línguas. O objetivo deste trabalho é identificar como acontece a aprendizagem de língua portuguesa pelo surdo no Facebook. Amparados em Recuero (2009) para o conceito de rede social, e em Pereira, Cerny, Quadros (2010) para a aprendizagem de Libras em ambiente virtual, analisamos vinte postagens num grupo fechado do Facebook, que tem como um dos propósitos ajudar na tradução português/Libras para surdos. Os componentes do grupo, em sua maioria, são surdos e buscam tanto aprender o português quanto discutir melhores formas de comunicação sinalizada. Os resultados preliminares apontam um melhor entendimento e correlação da LIBRAS com a língua portuguesa por surdos a partir da ajuda prestada por membros do grupo.

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PARA ALÉM DO LIVRO DIDÁTICO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O TRABALHO COM TRADUÇÃO E ANÁLISE COMPARADA

Francisco Lindenilson LOPES Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Maria Jackeline Rocha BESSA

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Maria Dayane de OLIVEIRA Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Neste trabalho apresentamos nossa experiência com um projeto de tradução e análise comparada, desenvolvido na Escola Estadual Profª Maria Edilma de Freitas em Pau dos Ferros/RN com o apoio do PIBID/CAMEAM/UERN. A ideia para o projeto surgiu do nosso inconformismo com a ausência de encaminhamentos didático-metodológicos nos livros adotados pela escola que explorassem a tradução como um importante recurso para aprender um idioma. No desenvolvimento do projeto, utilizamos como corpus músicas em espanhol com versões em português e/ou vice-versa, aplicando a metodologia da análise comparada. Utilizamos como referências os trabalhos de Souza (1999), Campos (2004), Paz (1990), Costa (1988), Urgese (1989), entre outros. O projeto se mostrou eficaz, sobretudo no que tange à motivação dos alunos para o aprendizado do espanhol que, ao contrário do que eles pensavam anteriormente, está muito presente no dia a dia, inclusive de forma camuflada nas nossas práticas culturais, através das várias releituras de músicas estrangeiras nos mais diversos ritmos nacionais. Palavras-chave: tradução; músicas; espanhol.

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A RESTRIÇÃO COLOCACIONAL NA TRADUÇÃO DE ABSTRACTS: UM ESTUDO EM TEXTOS DE GRADUANDOS DO CURSO LETRAS/INGLÊS

Francisco Marcos de Oliveira Luz Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Esse trabalho é baseado em Berber Sardinha (2004), Tagnin (2005) e Baker (2011). Nosso objetivo é analisar a competência fraseológica de alunos aprendizes de língua inglesa da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte dos cursos de Letras com habilitação em língua inglesa. Para isso, constituímos um corpus em formato eletrônico selecionando abstracts produzidos nos últimos cinco anos, totalizando cinquenta textos. Depois, dispusemos os abstracts em formato t.x.t e usamos as ferramentas do programa wordsmith versão 6.0 (2012) a fim de verificarmos as colocações verbais (cf. TAGNIN, 2005, p. 102) com have, take, do e make. Primeiramente, fizemos a concordância desses verbos e suas combinabilidades dentro do corpus que estudamos. Em seguida, comparamos essas ocorrências com as ocorrências que estão disponíveis no Oxford Collocations Dictionary (OCD) e no British National Corpus (BNC). Constatamos que algumas colocações usadas nas traduções dos textos não ocorriam no OCD ou no BNC. Os resultados apontam para possíveis fatores que contribuíram para as restrições das colocações estudadas em construções como em take the studies, make autonomy, the teaching done e em do expressive sense. Em primeiro momento, seria a influência da língua materna na tradução dos resumos para a língua inglesa. Outra manifestação, a nosso ver, mais objetiva, é a dificuldade em usar as caraterísticas da língua inglesa como convencionalidade e idiomaticidade (TAGNIN, 2005, p.15). A priori, concluímos que o estudante de Letras/inglês da UERN na condição de aprendiz,apresenta dificuldades em produzir as colocações adequadas no ato de produzir seus respectivos abstracts. Palavras-chave: abstract, restrição colocacional, Língua Inglesa. ]

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ESTUDOS DE TRADUÇÃO: UM BREVE HISTÓRICO

Francisco Renato da Silva Santos Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Apesar das discussões sobre tradução terem começado por volta de 46 a.C com Cícero, somente a partir da segunda metade do século XX é que a tradução desponta como uma disciplina autônoma no cenário internacional. O presente trabalho pretende fazer um breve histórico da tradução passando pelas teorias linguísticas de Catford e Nida até chegar às concepções defendidas por Lefevere, mostrando como sua teoria é relevante e inovadora para os estudos dessa área. Como referencial teórico, nos utilizamos de autores como Arrojo (1992), Rodrigues (2000), Viera (1996), além do próprio Lefevere (1992 e 1999). Através deste estudo, percebemos que os teóricos citados, cada um em seu período, comportam diferentes visões sobre língua, texto e tradução. Em consequência, cada um deles estudou a tradução por uma ótica distinta: alguns se apoiaram na linguística e priorizaram questões relacionadas às semelhanças e diferenças entre os sistemas linguísticos, como Catford e Nida; outros buscaram refletir sobre questões de contexto e subjetividade na tradução, como Lefevere. É importante que saibamos reconhecer a contribuição desses autores para os estudos da tradução, que a levou a ser reconhecida como uma disciplina independente nos dias atuais. Palavras-chave: Tradução; Teorias linguísticas; Lefevere.

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O LEGADO DE WITTGENSTEIN NA TEORIA DE TRADUÇÃO DE LEFEVERE

Francisco Renato da Silva Santos Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O famoso filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein (1889-1951) não ficou conhecido por tratar especificamente das questões da tradução, porém, seus trabalhos, sobre tudo sua obra Investigações Filosóficas, sempre contribuíram para a formulação de teorias em diversas áreas do conhecimento. Na área da tradução isso não foi diferente. Esse trabalho pretende mostrar como as ideias do mestre austríaco, especificamente no que se refere às Investigações, influenciaram para que o famoso teórico francês André Lefevere construísse sua teoria de tradução. Aproximando os trabalhos do dois autores, mostrou-se que a visão wittgensteiniana parece bem produtiva para a área da tradução e teve influência decisiva no desenvolvimento do ideal de Lefevere que acredita que toda decisão é tomada sempre num dado contexto. Opondo-se aos teóricos tradicionais da tradução que se caracterizaram pela busca da equivalência, o autor francês trás uma nova visão aos estudos nessa área, enfatizando a importância dos fatores extrínsecos, como a cultura de chegada por exemplo, no processo tradutório. Como nos ensina Wittgenstein, não tem como jogarmos um jogo sem conhecermos as regras. Cabe então aos tradutores ter conhecimento tanto da cultura de saída como da cultura de chegada, verificando quais critérios são aplicados como elementos norteadores das decisões, para, desse modo, fazer as melhores escolhas na tradução. Palavras-chave: Wittgenstein; Lefevere; teoria de tradução.

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A BIBLIA: ALGUMAS ESTRATÉGIAS DE TRADUÇÃO

Marco Antonio Cornejo Vásquez (UERN)

Samira Luara Gois de Araujo

(UERN) A tradução, seus fundamentos teóricos e sua práxis são temas sempre presentes no campo de estudos das línguas estrangeiras. Este trabalho tem como objetivo principal apresentar os múltiplos desafios que encontra o tradutor para interpretar o significado existente num livro transcendental, da história humana, para outra língua, especialmente, quando são feitos os “aggiornamentos” necessários para adequá-la à maneira de falar da atualidade. Este desafio aumenta quando se trata da tradução da Bíblia, tanto pela dificuldade do conhecimento exato das línguas originais e sua inserção no vernáculo da época, como pela enorme comoção que uma mudança de significado de uma frase poderia trazer para aqueles que a aceitam como provindo diretamente de Deus. Mostraremos algumas técnicas de tradução aplicadas na tradução de alguns versículos, partindo da tradução inglesa. Usamos como metodologia a pesquisa bibliográfica baseada principalmente nos livros de Susan Bassnett, Estudos de Tradução (2003); Mildred L. Larson, La Traducción basada en el significado (1989), assim como no livro de Teodoro Sáez Hermosilla titulado El sentido de la Traducción (1994), The theory and practice of translation, de Eugene Nida e Charles R. Taber, entre outras publicações sobre a teoria da tradução. A Biblia, obra fundamental no ocidente, expressa o momento fecundo onde, inspirados por Deus, seus autores descrevem fatos e ações que contem o significado inspirador que da origem à manifestação ocidental do pensamento tal como o conhecemos. Obra de mortais para uns, manifestação divina para outros e que ao tradutor lhe coloca inúmeros problemas a transpor. Esperamos com este trabalho ter contribuído apresentando a visão de teóricos da tradução especializados na tradução da Bíblia, assim como ter apresentado alguns mecanismos de tradução que apontem possibilidades de solução para os problemas encontrados no dia a dia da tradução. Palavras-chave: Tradução. Biblia. Estratégias.

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AS ESTRATÉGIAS DE TRADUÇÃO UTILIZADAS NO LIVRO HARRY POTTER E O PRISIONEIRO DE AZKABAN

Maria Elizia Cavalcante Costa Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

O romance Harry Potter and the Prisoner of Azkaban, da escritora britânica J. K. Rowling (1999), foi traduzido para diversos idiomas desde a sua primeira publicação. No Brasil, sua tradução foi conduzida pela tradutora Lia Wyler. Com uma narrativa repleta de termos e situações características, este livro mostrou-se um desafio em especial para a tradutora. Nesse sentido, procuramos destacar, no presente estudo, os procedimentos utilizados na tradução de nomes próprios, expressões idiomáticas, e termos próprios da narrativa fantástica de Rowling, partindo sempre do pressuposto de que as estratégias tem relevante importância na atividade tradutória, na medida em que direcionam o tradutor para o melhor resultado possível, considerando as dificuldades presentes nesse processo. Para a sua realização, apoiamo-nos em teóricos da tradução como Barbosa (2004), Arrojo (2007) e Pagano (2009) que considera o uso de estratégias de tradução de relevante importância, tanto para o tradutor profissional, quanto para aqueles em formação. Nossos resultados ratificam a importância das decisões do tradutor durante o processo, tendo sempre em mente o público a que esse texto se destina. Palavras-chave: tradução, procedimentos, estratégias, nomes próprios.

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O USO DA LINGUÍSTICA DE CORPUS NA ANÁLISE DE TRADUÇÃO LITERÁRIA

Nilson Barros Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN

Universidade de São Paulo - USP

A Linguística de Corpus é uma abordagem para os estudos linguísticos que explora extensivamente o uso do computador. É empírica, pois se dedica à análise da língua dita ‘autêntica’, ou seja, volta-se ao estudo de exemplos do que as pessoas de fato dizem, e não do que poderiam dizer (BOWKER e PEARSON, 2002). Explora a língua por meio de corpora eletrônicos, isto é, coletânea de textos escritos por humanos, com propósitos comunicativos, organizados com base em critérios de pesquisa previamente definidos. Nesta apresentação, discute-se a tradução de jogos de palavras do romance O xangô de Baker Street (SOARES, 1995) por meio de um estudo direcionado pelo corpus (TOGNINI-BONELLI, 2001). A discussão baseia-se em Delabastita (1996), que apresenta um quadro de estratégias de tradução de jogos de palavras. O estudo, em andamento, sugere que o quadro de estratégias de tradução apresentado por Delabastita (1996) não dá conta de todos os casos de tradução de jogos de palavras no romance mencionado e que a descrição das estratégias utilizadas pelo tradutor da obra para a língua inglesa propicia a identificação de estratégias novas.

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ENTRE O INSUPORTÁVEL E O MONSTRUOSO: UMA ANÁLISE SOBRE “DUAS NARRATIVAS” DE A METAMORFOSE

Ricardo Marques Macedo Universidade do Estado de Mato Grosso/Capes

Este trabalho, proposto para o grupo de trabalho Estudos de Tradução, tem por objetivo pensar sobre as narrativas resultantes de duas traduções distintas da obra A Metamorfose, escrita por Franz Kafka no início do século XX. Deste modo, interessará a reflexão sobre os sentidos produzidos pelas traduções (ou paratextos) de Marcelo Backer (Editora L&PM Pocket) e Celso Donizete Cruz (Editora Hedra), tendo como ponto de partida a estética da recepção. Em outras palavras, não caberá neste estudo a pretensão de eleger a melhor tradução. Partimos, neste trabalho analítico, de um olhar atento para o modo como as escolhas dos tradutores podem alterar o público-alvo ou mesmo os sentidos (e a intensidade destes) produzidos. Dois fatores são constitutivos para o início do debate: a problematização sobre o título traduzido atribuído à versão brasileira e o modo como os tradutores optam por descrever o inseto em que Gregor Samsa se transforma, alternando entre o “insuportável” e o “monstruoso”.

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LISBELA E O PRISIONEIRO: O HUMOR LEGENDADO

Shirlei Tiara de Souza Moreira

Universidade Estadual da Bahia

A tradução, processo criativo de alta complexidade, está substancialmente fundamentada no percurso interpretativo do tradutor. Observando a legendagem de alguns filmes brasileiros para o Inglês e notando as ocorrências humorísticas e suas representatividades nas legendas traduzidas, é válido pensar no que determina as escolhas do tradutor e qual ideologia de trabalho guia a mão desse profissional. O presente trabalho objetiva analisar as estratégias escolhidas pelo legendista na produção das legendas, percebendo a ocorrência de possíveis influências, advindas das especificidades técnicas da legendagem na hora da tradução dos enunciados. O norte teórico será a Teoria dos Polissistemas de EvenZohar e para as orientações técnicas sobre a legendagem, os estudos de Diaz Cintas. Constitue-se como corpus desse trabalho os enunciados humorísticos e suas respectivas legendas do filme Lisbela e o Prisioneiro (Guel Arraes, 2003). O referido filme, além de oferecer o viés humorístico para análise, não carece de traços culturais característicos da região nordeste, traços estes, que se juntam ao humor resultando em falas e legendas peculiares, propiciando vertentes diversas para as análises. A análise dar-se-á após serem feitos os recortes das falas e legendas do filme. Serão selecionadas as falas e legendas nas quais foram notadas a tradução de enunciados considerados humorísticos. Espera-se que após as análises, possam ser percebidas as estratégias tradutórias utilizadas pelo legendista, se todos os enunciados humorísticos foram recriados nas legendas e quais as soluções tradutórias o legendista encontrou ao deparar-se com enunciados humorísticos linguisticamente e culturalmente distintos. Palavras-chave: Legendagem. Humor. Tradução.

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ISBN 978-85-8112-110-9