IBMEC Contabilidade Financeira e Gerencial

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    CURSOCONTABILIDADE

    FINANCEIRA E GERENCIAL

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    N511c

    Neves, Maurcio

    Contabilidade Financeira e Gerencial / Maurcio Neves - SoPaulo: Grupo Ibmec Educacional, 2011.

    110p.; 20x26 cm

    Inclui bibliograa

    1. Fundamentos de Contabilidade 2. Questes Relevantes Contabilidade 3. Contabilidade Gerencial 4. Oramento Empresa-rial - Conceito Geral e Principos de Planejamento. I. Neves, Mauricio II.Ibmec Online III. Ttulo.

    658.1511

    Grupo Ibmec Educacional

    2 Edio - 2011

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    Copyright Ibmec

    SumrioABERTURA DO CURSO .......................................................................

    Carta ao aluno .........................................................................................

    Currculo resumido do professor-autor ....................................................

    Introduo................................................................................................

    Objetivos ..................................................................................................

    Diretrizes Pedaggicas ............................................................................

    MDULO 1: Fundamentos da Contabilidade

    Unidade 1 - Conceitos Bsicos ...............................................................

    Unidade 2 - Princpios e Convenes Contbeis ....................................

    Unidade 3 - Balano Patrimonial .............................................................

    Unidade 4 - Outros Demonstrativos ........................................................

    Unidade 5 - Formas de Tributao ..........................................................

    MDULO 2: Questes Relevantes Contabilidade

    Unidade 1 - ndices de Estrutura (ou Endividamento) .............................

    Unidade 2 - Planejamento Tributrio .......................................................

    MDULO 3: Fundamentos de Contabilidade Gerencial

    Unidade 1 - Contabilidade de Custos e Controle Gerencial ....................

    Unidade 2 - Comportamento dos Custos ................................................

    MDULO 4: Oramento Empresarial

    Unidade 1 - Conceitos Gerais e Princpios de Planejamento ..................

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .......................................................

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    Abertura do Curso

    Carta ao AlunoCaro(a) aluno(a),

    com imensa satisfao que apresento a disciplina Contabilidade Financeira e Gerencial, disponvelonline, especialmente para voc que busca um aprendizado agradvel, dinmico e acessvel.

    A Contabilidade enseja lidar com nmeros, mas existem alguns conceitos tericos que, se noestiverem solidicados, no nos permitiro alcanar nosso objetivo em comum. Por isto, a leituraatenta dos conceitos aliada prtica via exerccios, estudos de casos, atividades, dentre outros,

    o segredo do sucesso.Portanto, evite pular etapas, pois isto prejudicar as estratgias didticas cuidadosamenteelaboradas para este material.

    Bons estudos!

    Maurcio Neves

    (professor-autor)

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    Currculo resumido do professor-autor

    Maurcio Neves contador e administrador de empresas, formado pela Universidade Federal do

    Rio de Janeiro (UFRJ), com mestrado em Contabilidade e Auditoria pela Fundao Getlio Vargas(FGV) do Rio de Janeiro. Possui diploma do curso Advanced Management Programexpedidopela George Washington University (GWU). Professor do Ibmec h dez anos, colaborador dosprogramas executivos MBA Finanas e Legal Law Master(LLM). Desenvolveu vrios cursos in-companypelo Ibmec.

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    Introduo

    Esta apostila apresentar de forma gradual e objetiva os fundamentos da contabilidade

    indispensveis a sua prtica.

    Objetivos

    Aps completar o estudo da disciplina Contabilidade Financeira e Gerencial, voc poder:

    Compreender os principais fundamentos da contabilidade.

    Solucionar questes que envolvam capital, receitas, juros, despesas, dentre outros assuntos

    indispensveis a sua prtica.Melhorar os ndices de produo a partir dos conceitos aprendidos ao longo do curso.

    Diretrizes pedaggicas

    Tenha sempre em mente que voc o principal agente de sua aprendizagem!

    Para um estudo ecaz, siga estas dicas:

    Organize o seu tempo e escolha os melhores dias e horrios para voc estudar.

    Consulte a bibliograa e o material de apoio.

    Releia o contedo sempre que achar necessrio.

    Leia as indicaes de textos complementares, faa os exerccios de feedbackautomtico eparticipe dos fruns com o seu professor e colegas de turma.

    Procure sempre relacionar o que est estudando com contextos reais.

    Tenha em mos a sua calculadora nanceira HP-12C para a resoluo dos problemaspropostos.

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    MDULO 1

    Fundamentos da Contabilidade

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    Introduo ao Mdulo

    A contabilidade surgiu da necessidade do homem de controlar e analisar seus pertences, em

    especial o acmulo de capital. medida que a sociedade evoluiu e que seus empreendimentosaumentaram, fez-se necessrio um aperfeioamento cada vez maior dos mecanismos utilizados.

    Podemos dizer que a contabilidade a cincia que estuda o patrimnio em seu aspecto quantitativoe qualitativo. Ela essencial para toda e qualquer pessoa que deseja dar suporte e direcionamentoao desenvolvimento de seus projetos.

    A partir da contabilidade, portanto, voc ter a possibilidade de controlar suas conquistas emmetas, ampliando ainda mais seus horizontes.

    Esteja atento, pois como a contabilidade pautada na legislao em vigor, esta disciplina pode

    sofrer alteraes a qualquer momento. Quando no houver tempo hbil para alterar o materialimpresso, as atualizaes necessrias sero informadas pelo professor onlinedo seu curso pormeio do ambiente virtual de aprendizagem.

    Objetivos

    Aps completar o estudo deste mdulo, voc estar apto a:

    Aplicar as principais tcnicas relacionadas contabilidade.

    Solucionar questes relacionadas ao conceito de patrimnio.

    Conceituar capital, receitas, juros e despesas.

    Delinear os princpios e convenes bsicos da contabilidade.

    Aplicar demonstrativos.

    Resolver problemas relacionados aplicao das normas para a tributao dos lucros.

    Estrutura do Mdulo

    Este mdulo divide-se nas seguintes unidades:

    Unidade 1 Conceitos Bsicos

    Unidade 2 Princpios e Convenes Contbeis

    Unidade 3 Balano Patrimonial

    Unidade 4 Outros Demonstrativos

    Unidade 5 Formas de Tributao

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    Unidade 1 Conceitos Bsicos

    Contabilidade a cincia que estuda o patrimnio em seu aspectoqualitativo e quantitativo. Tem o objetivo principal de auxiliar nocontrole dos bens tangveise intangveisdas empresas a partirde Sistemas Gerenciadores de Patrimnio.

    Alm disso, a contabilidade potencializa a administrao dos custosgerenciveis, possibilitando uma melhora gradual de seus lucros oua diminuio de seus prejuzos por meio da boa gesto de nanas,calcadas nos nmeros de relatrios contbeis que do suporte ssuas tomadas de decises.

    A contabilidade funciona tambm como um regulador scal,calculando impostos e mantendo em dia suas obrigaes acessrias.Portanto, o controle e conhecimento profundo da contabilidade,em conjunto com a legislao scal, proporcionam uma grandeeconomia em impostos para uma empresa por meio de um bomplanejamento tributrio.

    Mas a contabilidade, assim como as demais cincias, deve dispor de uma srie de tcnicas paraatingir suas nalidades. Portanto, necessrio aplicar um conjunto de mtodos organizadosde forma sistemtica, desenvolvidos e postos em execuo com o propsito de alcanar um

    determinado m. Conhea essas tcnicas a seguir.

    Anlise de balanos

    um processo de avaliao da situao real do patrimnio.

    Escriturao

    o registro em livros prprios, com observncia dos princpios e convenes geralmente aceitospara os fatos administrativos.

    A partir da escriturao, desenvolveu-se a tcnica de elaborao peridica de relatrios a m dedemonstrar a evoluo patrimonial, bem como os reexos da administrao sobre o patrimnio daempresa ao longo do tempo.

    As principais demonstraes contbeis so:

    Balano patrimonial.

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    Passivo

    Passivos representam obrigaes presentes, derivadas de eventos passados que tragam

    expectativa de reduo futura de ativos, por ocasio de sua liquidao.

    Exemplos: contas a pagar, impostos a pagar, encargos, nanciamentos etc.

    Passivos, ento, representam recursos de terceiros devidos a terceiros que nanciaram a empresavendendo a prazo, concedendo emprstimos ou aceitando esperar para receber por serviosprestados ou impostos devidos.

    Patrimnio lquido

    Para denir a situao patrimonial lquida de uma empresa, basta calcular a diferena entre oativo (A) e o passivo (P).

    A - P = PL

    Se todos os compromissos com terceiros j esto cobertos, o que sobra (o PL, PatrimminioLquido) pertence aos acionistas da empresa.

    Quando confrontamos o total do ativo com o total do passivo, podemos encontrar uma das trs

    situaes seguintes:1. Se ativo igual a passivo, signica que tudo que a empresa tem est comprometido com os

    terceiros a quem ela deve. Isto , se ela liquidasse todos os seus ativos e utilizasse os recursospara liquidar suas dvidas, no sobraria nada para os acionistas.

    Por isso, dizemos que, quando A (ativo) = P (passivo), o PL (patrimnio lquido), que representaa parcela de ativos lquida de dvidas, ser igual a zero.

    Ativo = $10000 Passivo = $ 10000

    2. Se ativo maior que passivo, signica que, se a empresa liquidasse todos os seus ativos eutilizasse os recursos para liquidar suas dvidas, sobrariam recursos para os acionistas. Poristo, dizemos que, quando A > P, o PL ser positivo, indicando que a empresa saudvel porpossuir riqueza prpria.

    Para manter a igualdade entre origens e aplicaes de recursos, gracamente apresentaramoso patrimnio lquido direita no balano patrimonial.

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    Ativo = $10000Passivo = $ 8000

    PL = $ 2000

    3. Se, por outro lado, o passivo maior do que o ativo da empresa, signica que o conjunto debens e direitos que ela possui so insucientes para honrar todas as suas dvidas. Ou seja, seA < P, o PL ser negativo, situao conhecida como passivo a descoberto.

    Uma empresa com PL negativo est em srias diculdades nanceiras. Para manter a igualdadeentre origens e aplicaes de recursos, gracamente apresentaramos o patrimnio lquido esquerda no balano patrimonial.

    Ativo = $7000Passivo = $ 10000

    PL = $3000

    Em resumo, podemos dizer que a situao lquida (outra forma de nos referirmos ao patrimniolquido de uma empresa) pode ser:

    Favorvel - ativo maior que o passivo (patrimnio lquido positivo).

    Desfavorvel - ativo menor que o passivo.

    Nula ou compensada - ativo igual ao passivo.

    Representao grca do patrimnio de uma empresa

    Bens Passivo

    Direitos Patrimnio Lquido

    Ativo total Passivo + PL total

    Patrimnio e capitalCapital a soma dos recursos acumulados que se destinam produo de novas riquezas. Nacontabilidade, a palavra capital tem vrios signicados distintos em funo dos elementos dopatrimnio.

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    Capital de terceiros ou passivo

    a aplicao de recursos provenientes de nanciadores e

    fornecedores, constituindo o passivo exigvel ou o passivo real.

    Capital social

    representado pelos valores que os scios investem em suasempresas. O capital social de uma empresa pode assumir trsdenominaes em funo do seu grau ou inteno de realizao.

    (1) Capital autorizado

    Qualquer alterao no capital social somente poder ser realizada por intermdio de mudanano estatuto, contrato ou registro da empresa na junta comercial ou cartrio de registro civil daspessoas jurdicas, conforme o caso.

    Para evitar tais transtornos, a Lei 6404/76 instituiu a gura do capital autorizado a partir do qual associedades annimas podem delegar ao conselho de administrao o aumento do capital socialat um determinado limite a ser autorizado.

    Em outras palavras, quando se prepara os estatutos de uma empresa que est para serconstituda, geralmente se registra um volume de capital maior do que aquele que os scios esto

    comprometidos a aportar.

    Desta forma, este valor total (capital autorizado) ca estabelecido como o montante ou teto que ocapital da empresa pode crescer no futuro a partir de incorporao de lucros ou novos aportes dosacionistas, sem que a empresa precise registrar um novo estatuto, porque o prprio Conselho deAdministrao pode aprovar.

    (2) Capital subscrito

    o montante do capital autorizado que conta com efetivo compromisso de

    aporte por parte dos acionistas.

    (3) Capital integralizado

    o montante do capital subscrito que j foi efetivamente aportado pelos scios.Este aporte tanto pode se dar em espcie ou em bens (ex.: prdios, mquinas,terrenos etc.).

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    Exemplo: suponha que dois scios iro abrir uma empresa e aportar um capital de R$ 100.000,cada um, sendo que 70% do aporte ser feito vista e o saldo ser devidamente aportado em 6meses.

    Os scios acreditam que a empresa tem condies de crescer seu capital em 50% nos prximos 3anos, por isso decidiram registrar um capital autorizado de R$ 300.000 no estatuto da empresa.

    Se olharmos a fundo a composio da contacapitalsocialdesta empresa, encontraramos aseguinte posio:

    capital autorizado R$ 300.000,00

    ( - ) capital a subscrever (R$ 100.000,00)

    = capital subscrito R$ 200.000,00( - ) capital a integralizar (R$ 60.000,00)

    = capital integralizado R$ 140.000,00

    Receitas, Custos e Despesas

    Receitas

    So aumentos nos benefcios econmicos durante o perodocontbil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativosou diminuio de passivos.

    Geralmente derivam da venda de produtos ou prestao de serviospor parte da empresa ou retorno de investimentos/aplicaesrealizadas ou mesmo pela reduo/obteno de descontos emrelao a dvidas que deveriam ser pagas.

    Exemplos: Receita de Vendas, Receita de Juros, Receita com descontos recebidos etc.

    As receitas aumentam o patrimnio lquido da empresa sem que haja novo aporte de capital porparte dos scios da empresa.

    Despesas

    So redues nos benefcios econmicos durante o perodo contbil sob a forma de sada derecursos, reduo de ativos ou aumento de passivos. Exemplo: despesas administrativas, despesasde salrios, despesas de energia etc.

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    As despesas reduzem o patrimnio lquido da empresa sem que haja nova retirada de capital porparte dos scios da empresa.

    Custos

    Custos so gastos que se diferenciam em relao aos outros em funo da sua direta ligao coma produo do objeto de negcio explorado pela empresa.

    Exemplo: suponha que sua empresa seja uma fbrica de camisas masculinas. Voc paga salriotanto para a costureira quanto para a secretria da empresa. O salrio da secretria um gastoclassicado como despesa, enquanto que o salrio da costureira um gasto classicado comocusto, porque seu fato gerador a produo do objeto de negcio da empresa: camisas.

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    Unidade 2 Princpios e Convenes Contbeis

    A contabilidade uma cincia ordenada, ou seja, ela regida por um conjunto bsico de princpiosque, no Brasil, so apresentados no Pronunciamento Tcnico n 00, mais conhecido como EstruturaConceitual Bsica.

    O CPC n 00 nada mais do que a traduo do Frameworkdos International Financial ReportingStandards (IFRS) feita pelo Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) e posteriormentehomologada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e pela Comisso de Valores Mobilirios(CVM), transformando-se na Deliberao CVM n 539.

    Os dois mais importantes princpios apresentados no CPC n 00 so os seguintes:

    Regime de Competncia

    Para esse princpio, as receitas devero ser reconhecidas nos resultados em que forem geradas,independentemente da data do recebimento. Da mesma forma, as despesas e os custos devemser apropriados a resultados no momento em que incorrerem, independentemente de terem sidopagos naquele momento.

    Continuidade

    As demonstraes contbeis so preparadas partindo do pressuposto de que a empresa vaicontinuar a existir por um perodo indeterminado de tempo. Este ponto extremamente importante,pois afeta diretamente a tomada de decises.

    Por exemplo: se voc for um fornecedor de matria-prima para a empresa, faz diferena saber seela vai continuar a operar ou se ela estar encerrando suas atividades daqui a 3 meses?

    claro que faz. Se voc sabe que ela no uma empresa em continuidade, voc vai tomarmedidas para se proteger, exigindo que qualquer venda que voc venha a fazer para esta empresaseja paga vista ou por um prazo inferior aos 3 meses, no caso.

    Alm desses dois princpios bsicos, a contabilidade regida por quatro caractersticas qualitativasque devero ser observadas na elaborao da informao contbil:

    1. Compreensibilidade a informao contbil deve ser elaboradade forma a ser facilmente compreensvel pelo seu usurio. Logo,as demonstraes contbeis no podem ser inundadas determos tcnicos incompreensveis ou explicaes extremamentecomplexas.

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    Por outro lado, a compreensibilidade no pode ser utilizada como desculpa para a empresaomitir informaes sob o argumento de que a explicao por demais tcnica para seruniversalmente compreendida. O que se espera da empresa que ela procure uma formasimples de explicar mesmo os pontos mais complexos de suas operaes.

    2. Relevncia para serem teis aos usurios no momento da tomada de deciso, as informaescontbeis devem ser relevantes. As informaes so consideradas relevantes quando suaomisso tiver a capacidade de alterar a deciso eventualmente tomada.

    3. Conabilidade para ser til ao usurio, a informao deve ser convel, ou seja, livre devieses ou erros materiais. Uma informao convel quando se preocupa em preservar osseguintes itens:

    Representao adequada a informao deve apresentar o real valor dos seus ativos, passivos,ganhos e perdas. Suponha, por exemplo, que voc tinha um valor a receber do seu cliente nomontante de R$ 100 milhes. Ocorre que hoje foi veiculada a notcia de que este cliente entrouem processo de liquidao judicial. A probabilidade de voc vir a receber o valor total do seudireito certamente foi afetada. Desta forma, manter este crdito registrado pelo valor originalno seria uma representao adequada da expectativa de uxo de caixa futuro que ele tempotencial de gerar.

    Primazia da essncia sobre a forma a informao contbil deve ser apresentada de forma adar ao usurio a real noo sobre a sua essncia, independente da sua formalizao jurdica.

    Suponha, por exemplo, que uma empresa fez um arrendamento (operao de aluguel) de umequipamento em que todos os riscos e benefcios a serem gerados pelo bem so transferidospara ela. O prazo do contrato de aluguel muito prximo do prazo de vida til do equipamentoe a empresa tem a garantia de que poder, ao nal deste prazo, adquirir o bem por um valorinferior ao seu valor de mercado. Na essncia, a empresa est comprando este bem de formananciada. Apesar de a forma jurdica ser a de uma operao de aluguel, a empresa deverregistrar o bem como um ativo e reconhecer a dvida decorrente do nanciamento assumido.

    Neutralidade a informao contbil deve ser neutra, ou seja, deve ser apresentada de forma agarantir ao usurio pleno direito de fazer seu prprio julgamento a respeito da sade nanceirada empresa, sem qualquer tipo de induo ou direcionamento por parte da mesma.

    Prudncia a empresa deve ser prudente no julgamento das premissas a serem utilizadaspara valorar seus ativos e passivos, ganhos e perdas, a m de evitar que os primeiros sejamsuperestimados e os outros subestimados.

    Integridade a informao deve ser apresentada de forma completa. Ou seja, no permitidoque eu registre os ganhos quando a situao for favorvel e me esquea de reconhecer asperdas quando me for conveniente.

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    4. Comparabilidade a informao deve ser apresentada de forma a permitir que o usuriocompare a empresa com ela mesma em relao a perodos anteriores e com outras empresasdo mesmo setor. Desta forma, deve haver plena divulgao das polticas contbeis utilizadaspela empresa a m de que o usurio possa identicar e ponderar similaridades e diferenas.

    Ao observar estas 4 caractersticas qualitativas, a empresa deve, ainda, considerar as seguinteslimitaes:

    Materialidade a relevncia da informao pode ser afetada pela suamaterialidade. Por exemplo, ningum duvida de que a informao sobreo montante da dvida em moeda estrangeira de uma empresa umfator relevante. No entanto, se esta dvida cambial for de R$ 50.000,00em relao a um endividamento total de R$ 500 milhes, ela no seria

    material o bastante para justicar uma nota explicativa parte s para asua evidenciao.

    Tempestividade uma informao, por mais importante que seja, perderelevncia se sua divulgao for retardada. Por isto, a empresa precisa seesforar para divulgar as informaes de forma tempestiva. A busca demaior qualidade no deve ser utilizada para justicar atrasos nocivos.

    Equilbrio entre Custo e Benefcio o benefcio gerado pela informao deve exceder o custode sua obteno.

    Viso Verdadeira e Apropriada a combinao dos princpios bsicos com as caractersticasqualitativas, respeitando os limites a que esto sujeitos, tem por objetivo assegurar uma visoverdadeira e apropriada da situao patrimonial de uma empresa.

    Harmonizao das normas contbeis

    A internacionalizao da economia e a perspectiva de um mercadonico tm propiciado s empresas uma maior diversidade na captaode recursos e acelerado crescimento na competitividade. Essa realidade

    tem despertado nos gestores, de forma geral, a necessidade dedesenvolver um sistema de informaes que possibilite harmonizar asprticas contbeis e que proporcione maior comparabilidade para seusdiversos usurios.

    Anteriormente, toda vez que uma empresa realizava negcios fora deseu pas, precisava converter suas demonstraes contbeis para os padres adotadoslocalmente, a m de que eventuais investidores pudessem interpretar corretamente os nmerosda empresa antes de tomar a deciso de investir ou no na mesma.

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    Este processo de converso das demonstraes contbeis muito caro e complexo e o efeito

    nem sempre ecaz em eliminar desconanas e incertezas por parte do investidor.Surgiu, ento, um movimento incentivado pelo IOSCO (International Organization of SecuritiesCommission), a associao mundial de CVMs, no sentido de adotar um padro contbil nicoem todo o mundo.

    A harmonizao contbil permitiria um maior controle, por parte dos investidores e analistasde mercado, sobre os riscos do investimento e uma menor necessidade de especializao emparticularidades e especicidades contbeis que oneram e retardam a dinmica dos processosadministrativos e decisrios.

    O padro escolhido foi o preparado pelo International Accounting Standards Board (IASB),conhecido como International Financial Reporting Standards(IFRS). Sendo um rgo privadoe independente, o IASB no tem o poder de obrigar qualquer pas a adotar seus padrescontbeis. O aval para a sua rpida adeso mundial foi dado quando o Parlamento Europeudeterminou que as empresas dos pases-membros da Comunidade Econmica Europeiadeveriam publicar suas demonstraes consolidadas pelo IFRS a partir de 2005.

    Desde ento, o ritmo da adeso ao IFRS se intensicou e hoje mais de120 pases o utilizam ou esto em processo de converso para o IFRS. Ainternacionalizao da economia e dos uxos de capitais desaa a realidade

    econmica global e afeta diretamente aperformanceda gesto empresarial,principalmente nos investimentos societrios e nos nanciamentos dosempreendimentos das corporaes.

    Tais mudanas, portanto, salientam a necessidade de harmonizao dasnormas contbeis e de divulgao das informaes nanceiras, bem como de novas formasde mensurao do valor da empresa.

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    Unidade 3 - Balano Patrimonial

    Na contabilidade, a palavra "balano remete seguinte frmula:Ativo = Passivo + Patrimnio Lquido

    J o termo patrimonial refere-se ao patrimnio da empresa, ou seja, ao conjunto de bens, direitose obrigaes.

    Os ativos representam as aplicaes de uma empresa, ouseja, em que itens ela investiu os recursos recebidos (bensou direitos). As fontes destes recursos sero as dvidasassumidas pela empresa (obrigaes com terceiros ou

    passivo) ou os recursos aportados pelos seus acionistas,quer na forma de ingresso de capital ou na reteno delucros auferidos nas atividades da empresa (capital prprioou patrimnio lquido).

    Juntando as duas partes, obtm-se a expresso balano patrimonial (BP), que apresenta o total deativos de uma empresa de um lado (lado esquerdo do Balano Patrimonial), e sua correspondenteorigem distribuda entre capital prprio e capital de terceiros no lado direito.

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    BALANOPATRIMONIAL

    Exerccofn

    doem3

    1dedezembro

    NOTA

    2010

    2009

    NOTA

    2010

    2009

    (emm

    ilharesdeR$)

    (emm

    ilhares

    deR$)

    1.

    ATIVOCIRCULANTE

    3.

    PASSIVOCIRCULANTE

    CaixaeEquivalentesaCaixa

    12

    4.500,00

    3.400

    ,00

    Fornecedores

    42

    3.000,00

    1

    .700,00

    AtivosFinanceirosaValorJu

    sto

    peloResultado

    15

    1.200,00

    900

    ,00

    SalriosaPagar

    43

    800,00

    340,00

    ContasaReceber

    16

    9.700,00

    6.100

    ,00

    EmprstimosdeCurtoPrazo

    45

    1.200,00

    950,00

    Estoques

    18

    6.400,00

    3.540

    ,00

    DividendosaPagar

    53

    250,00

    200,00

    OutrosCrditosaReceber

    24

    3.500,00

    1.890

    ,00

    InstrumentosFinanceiros

    Derivativos

    57

    840,00

    1

    .000,00

    DespesasAntecipadas

    11

    900,00

    630

    ,00

    ImpostosaPagar

    68

    900,00

    630,00

    TotaldoAtivoCirculante

    26.200,00

    16.460

    ,00

    TotalPassivoCirculant

    e

    6.990,00

    4

    .820,00

    2.

    ATIVONOCIRCULANTE

    4.

    PASSIVONOCIRCUL

    ANTE

    2.1REALIZVELALONGO

    PRAZO

    9.300,00

    5.620

    ,00

    EmprstimosaPagar

    45

    22.000,00

    10.000,00

    ContasaReceber

    16

    5.300,00

    2.400

    ,00

    Debentures

    44

    7.000,00

    3

    .400,00

    InstrumentosFinanceiros

    Derivativos

    8

    1.500,00

    1.320

    ,00

    TtulosaPagar

    8

    700,00

    340,00

    EmprstimosaReceber

    20

    2.500,00

    1.900

    ,00

    TotalPassivonoCircu

    lante

    29.700,00

    13.740,00

    2.2INVESTIMENTOS

    25.400,00

    15.500

    ,00

    5.

    PATRIMNIOLQUIDO

    InvestimentosemControladas

    33

    18.000,00

    13.500

    ,00

    CapitalSocial

    60

    50.000

    4

    1.00,00

    InvestimentosemColigadas

    34

    7.400,00

    2.000

    ,00

    ReservadeCapital

    60

    280,00

    100,00

    2.3IMOBILIZADO

    34.000,00

    27.000

    ,00

    Reserva

    de

    Ajuste

    a

    Valor

    Patrimonial

    3.670,00

    2

    .400,00

    MquinaseEquipamentos

    12

    14.000,00

    11.000

    ,00

    ReservaLegal

    12

    2.300,00

    1

    .200,00

    PrdioseEdifcios

    6

    20.000,00

    16.000

    ,00

    OutrasReservasdeLucro

    6

    3.260,00

    2

    .190,00

    2.4INTANGVEIS

    38

    1.300,00

    870

    ,00

    LucrosAcumulados

    TotaldoAtivoNoCirculant

    e

    70.000,00

    48.990

    ,00

    TotaldoPatrimonioLq

    uido

    59.510,00

    46.890,00

    ATIVOTOTAL

    96.200,00

    65.450

    ,00

    PASSIVO+PATRIMONIO

    LQUIDOTOTAL

    96.200,00

    65.450,00

  • 8/13/2019 IBMEC Contabilidade Financeira e Gerencial

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    Grupos de contas do balano patrimonial

    Um bom balano patrimonial deve ser dividido em grupos de contas, distribudos por ordem

    decrescente de liquidez, como podemos observar na tabela a seguir.

    No lado do ativo, so registrados dois grupos: ativo circulante e ativo no circulante.

    Ativo circulante

    No ativo circulante, so contabilizados todos os lanamentos referentes a contas de curto prazo.Por curto prazo entende-se o perodo de 360 dias ou o ciclo operacional da empresa, o que formaior. O ativo circulante possui cinco subgrupos:

    1. Caixa e equivalentes caixa um subgrupo composto por contas que representam os

    recursos que no possuem restries para utilizao imediata,

    tais como: caixa, banco com movimento, aplicaes de liquidez

    imediata.

    2. Contas a receber So os valores que representam vendas de mercadorias e

    prestaes de servios.

    3. Estoques Representam o corao do objeto de negcio da empresa, ou

    seja, os itens que ela explora como negcio.

    Por exemplo, se a empresa uma revendedora de carros, aqui

    estaro os automveis que ela adquiriu do fabricante com o

    objetivo de revender para seus clientes. Se a empresa uma

    fabricante de refrigerante, aqui estaro apresentados os itens

    de matria-prima utilizada no processo fabril, nos seus vrios

    estgios de processamento, bem como os produtos j prontos

    para comercializao e consumo.

    Quando vendidos, os estoques so baixados do balano

    patrimonial e computados como custo na Demonstrao doResultado do Exerccio a m de apurar o resultado da transao.

    Logo, uma empresa poder dar lucro ou prejuzo, dependendo

    do valor do custo confrontado com a receita.

    Existem quatro mtodos de apurao de custo para os estoques.

    So eles:

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    3. Estoques (Continuao) Preo especco.

    UEPS (ltimo a entrar, primeiro a sair) por este

    critrio, o estoque mais recente sempre baixadoantes que o mais antigo seja computado.

    PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) por este

    critrio, o estoque mais antigo sempre baixado

    antes que o adquirido mais recentemente seja

    computado.

    Custo Mdio por este critrio, a cada nova

    compra de estoque, calculado o custo mdio

    do estoque disponvel e, em caso de venda, este

    valor mdio ser utilizado para registro da baixado estoque.

    4. Outros crditos Nesse subgrupo classicam-se os recebveis no

    originrios da operao principal da empresa, ativos

    marcados a valor justo contra resultado etc.

    5. Despesas antecipadas Servem para efetuar os lanamentos referentes

    a gastos efetuados por antecipao a sua

    competncia.

    Ativo no circulante

    Neste grupo, so registrados todos os ativos que, pelo conceito de liquidez, tm expectativa derealizao superior a 360 dias ou ao ciclo operacional. Existem 4 subgrupos no ativo no circulante.So eles:

    1. Ativo realizvel a longo prazo

    So classicadas nesse grupo as contas, com a mesma natureza do ativo circulante, que tenhamrealizao aps o trmino do exerccio seguinte.

    Tambm so lanados todos os direitos realizveis aps o termino do exerccio seguinte, assimcomo os derivados de vendas, adiantamentos ou emprstimos a sociedades controladas oucoligadas, alm de adiantamentos a diretores e ativos disponveis para a venda.

    2. Investimento

    Esse subgrupo comporta investimentos como Incentivos Fiscais, participaes em outrassociedades, sendo estas avaliadas pelo mtodo de Equivalncia Patrimonial.

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    3. Ativo imobilizado

    formado por ativos operacionais que so responsveis pela gerao de produtos e servios das

    empresas. Esses ativos operacionais podem ser de diferentes tipos, tais como: veculos, mveis eutenslios, mquinas e equipamentos, terrenos, edifcios e equipamentos de informtica.

    4. Ativo intangvel

    Neste subgrupo esto classicados todos os ativos incorpreos da empresa, tais como marcas epatentes, gio na aquisio de aes, licenas de uso de softwareetc.

    No lado do passivo, teremos o passivo circulante, o passivo no circulante e o patrimnio lquido.

    Passivo circulante

    No passivo exigvel circulante, so contabilizadas todas as dvidas a serem liquidadas at oencerramento do exerccio seguinte, tais como:

    salrios a pagar;

    FGTS a pagar;

    INSS a pagar;

    fornecedores;duplicatas a pagar;

    dividendos a pagar;

    emprstimos e nanciamentos;

    ttulos a pagar;

    impostos a pagar;

    debntures a pagar etc.

    Passivo No Circulante (Exigvel a longo prazo)

    No passivo exigvel a longo prazo, so contabilizados todos os pagamentos a serem efetuados nolongo prazo, tais como:

    emprstimos e nanciamentos;

    debntures (ttulos de dvida emitidos pelas empresas, as debntures podem ser simples, quandosua liquidao se d de forma nanceira, ou podem ser conversveis, quando a liquidao dadvida se dar sob a modalidade de aes da empresa);

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    retenes contratuais;

    proviso de IR diferido (impostos apurados mas ainda no devidos em funo de o ganho s ter

    sido apurado do ponto de vista da legislao tributria e no da societria).

    Patrimnio lquido

    O patrimnio lquido, tambm chamado de capital prprio ou situao lquida, representa a parcelade nanciamento proporcionado pelo acionista da empresa. O patrimnio lquido sempre apuradopela diferena entre ativo e passivo. Os grupos do patrimnio lquido so os seguintes:

    1. Capital social- corresponde parcela aportada pelos scios nasempresas ou pelos lucros incorporados ao mesmo.

    2. Reserva de capital- so os valores, recebidos pela companhia,que no transitam pelo resultado, sendo sua contrapartida a entregade bens e servios.

    Esse subgrupo composto da seguinte forma:

    gio na emisso de aes

    Ocorre quando o novo acionista subscreve tais aes por um valor superior ao seu valor nominal.Esta diferena ser registrada como reserva de capital.

    Alienao de partes benecirias e bnus de subscrio

    A companhia pode emitir ttulos negociveis como partes benecirias e bnus de subscrio,desde que dentro do limite de aumento de capital autorizado pelo estatuto, que do direito aosseus titulares de subscrever aes do capital social mediante apresentao e pagamento do preode emisso.

    As reservas de capital somente podem ser utilizadas para:

    absorver prejuzos quando estes ultrapassarem lucrosacumulados e reservas de lucros;

    resgatar, reembolsar ou comprar aes;

    resgatar partes benecirias;

    incorporar capital;

    pagar dividendos.

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    3. Reserva de reavaliao registra a diferena entre o valor contbil e o valor de mercadodos bens do ativo imobilizado, sendo lanado a dbito da conta do ativo em contrapartida reserva de reavaliao. A reavaliao de ativos est proibida no Brasil desde a introduoda Lei n11.638\07; logo, as empresas que ainda apresentam estas reservas so aquelas quetinham reavaliaes prvias Lei e que optaram por no baixar tais avaliaes aguardandosua realizao natural por ocasio de baixa ou venda dos ativos reavaliados.

    A Lei 11.638 foi publicada em 28/12/2007 e concretizou a reviso do captulo contbil da Lei

    das Sociedades por Aes (Lei n 6.404/76). Entre outros avanos, ela permite a convergnciadas normas contbeis adotadas no Brasil s normas internacionais. Seu contedo completoest disponvel na pgina: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm.

    Linkdisponvel no ambiente virtual do seu curso.

    4. Ajustes de Avaliao Patrimonial esta conta foi criada pela Lei n 11.638/07 em preparaopara a adoo do IFRS no Brasil. Seu objetivo receber a contrapartida da marcao a valorjusto dos ativos classicados como disponveis venda.

    5. Reservas de lucros so as contas de reservas constitudas pela apropriao de lucros dacompanhia, tais como:

    Reserva legal

    Estabelecida por Lei, trata-se de uma reserva compulsria correspondendo a 5% do lucro lquidoajustado de cada perodo.

    Quando a reserva legalatinge seu limite (20% da conta capital social), ela pode ter seu valorincorporado ao capital social, a m de permitir a continuidade da constituio da reserva nosanos seguintes.

    Caso a empresa resolva pela sua no incorporao ao capital, seu valor car congelado.

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    Reservas estatutrias

    Constitudas de acordo com o estatuto social da empresa.

    Reservas para contingncias

    Constitudas a m de minimizar o impacto de reduo de lucro por perda julgada como provvel.

    Reservas de lucros a realizar

    Tm por objetivo evitar que a empresa pague dividendos acima do mnimo obrigatrio quando olucro ou parcela dele ainda no tiver sido realizado nanceiramente.

    Reservas de lucros para expanso

    Seu objetivo cobrir o oramento necessrio para um projeto de expanso da empresa.

    Reserva de incentivos scais

    Criada pela Lei n11.638/07 com o objetivo de evitar que a empresa pague dividendos sobreparcela do lucro do perodo que tenha sido originada por incentivos scais recebidos.

    Reserva especial para dividendo obrigatrio no distribudo

    Constituda quando a empresa no tem condies nanceiras de pagar o dividendo mnimoobrigatrio. To logo a empresa tenha condies de pagar o dividendo, esta reserva serliquidada.

    Aes em TesourariaSo aes da prpria empresa com o objetivo de utiliz-las para honrar compromissos de resgate,amortizao ou reembolso de aes ou com o objetivo de cancelamento. Enquanto permaneceremno patrimnio lquido, apresentam sinal negativo, reduzindo o valor total.

    Lucros Acumulados

    Pela lei n 11.638/07, o lucro do exerccio tem que ter seu destino denido ainda dentro do prprioperodo do exerccio. Desta forma, a conta lucros acumulados se tornou uma conta transitriautilizada durante o ano para acumular o lucro obtido. Seu valor em 31 de dezembro de cada anodever ser igual a zero.

    Prejuzos Acumulados

    Embora o lucro do exerccio tenha que ser inteiramente destinado, o mesmo no ocorre com oprejuzo obtido, que pode ser transferido para ser compensado em exerccios futuros.

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    Conceitos fundamentais para DRE

    A estrutura da DRE estabelecida no CPC n 26 e dividida em duas sees:

    Operaes continuadas, que apresentam o resultado da empresas em suas atividadesoperacionais normais.

    Operaes descontinuadas, que isolam resultados obtidos a partir de produtos e/ou unidadesque foram ou sero vendidas ou tero suas atividades interrompidas, a m de permitir ao usurioprojetar resultados futuros que levem em considerao sua perda.

    Veja um modelo de DRE:

    MODELO DE DEMONSTRAO DO RESULTADO

    Exerccio fndo em 31 de dezembro

    OPERAES EM CONTINUIDADE NOTA2010 2009

    (em milhares de R$)

    Receita de Vendas de Mercadorias

    ( - ) Custo das Vendas

    5

    16

    400.000,00

    (235.000,00)

    360.000,00

    (197.000,00)

    = Resultado Bruto 165.000,00 163.000,00

    ( - ) Despesas de Distribuio

    ( - ) Despesas Administrativas

    ( - ) Outras Despesas Operacionais

    ( +\- ) Resultado da Equivalencia Patrimonial

    ( - ) Perda s/ Desapropriao de Terrenos

    7

    12

    16

    (6.000,00)

    (12.000,00)

    (570,00)

    4.000,00

    (180,00)

    (5.400,00)

    (10.000,00)

    (600,00)

    2.800,00

    0,00

    = Resultado Operacional 150.250,00 149.800,00

    + Receitas Financeiras

    ( - ) Despesas Financeiras

    22

    22

    18.000,00

    (25.000,00)

    14.000,00

    (21.400,00)

    = Resultado antes de Imposto de Renda

    CSSL

    143.250,00 142.400,00

    ( - ) Imposto de Renda e CSSL 34 (70.000,00) (54.300,00)

    = Resultado das Operaes Continuadas 73.250,00 88.100,00

    + Resultado Lquido aps Impostos dasOperaes Descontinuadas

    42 (800,00) 0,00

    = Resultado Lquido do Exerccio 72.450,00 88.100,00

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    RESULTADO ATRIBUDO A:

    Participao de Minoritrios

    Acionistas da Companhia

    46 18.112,50

    54.337,50

    22.025,00

    66.075,00= Resultado Lquido do Exerccio 72.450,00 88.100,00

    Lucro Bsico por Ao:

    Das Operaes Continuadas

    Das Operaes Descontinuadas

    46 1,45

    0,03

    1,23

    0,02

    = Resultado Lquido do Exerccio 1,45 1,23

    Lucro Diludo por Ao:

    Das Operaes Continuadas

    Das Operaes Descontinuadas

    1,35

    0,03

    1,15

    0,02

    = Resultado Lquido do Exerccio 1,35 1,15

    Para aplicar a DRE, preciso conhecer alguns conceitos imprescindveis, descritos a seguir.

    Operaes Continuadas

    Esta seo formada pelas seguintes contas:

    1. Receita de Vendas de Mercadorias ou Produtos e/ou Prestao de Servios

    So as auferidas pela empresa em funo da explorao de seu negcio principal. Devem serapresentadas as receitas: lquida de devolues, vendas canceladas ou descontos concedidos.

    2. Custos dos produtos e mercadorias vendidas e dos servios prestados.

    Lembre-se: custo todo gasto relacionado diretamente produo de bens e servios querepresentam o negcio explorado pela empresa.

    Podemos dizer que o termo custo compreende, obrigatoriamente:

    custo de aquisio de matrias-primas e quaisquer outros bens e servios,incluindo tambm o transporte, o seguro e os tributos devidos a sua aquisio;

    custo de mo de obra aplicado na produo;

    custo de locao, manuteno, reparo e encargos de depreciao dos bensaplicados na produo;

    encargos de amortizao relacionados com a produo;

    encargos de exausto dos recursos naturais utilizados na produo.

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    3. Resultado (lucro) bruto

    Representa o resultado lquido da atividade aps a deduo dos custos das receitas obtidas.

    4. Despesas operacionais

    Despesas operacionais so todos os gastos necessrios atividade da empresa que no foramcomputados no custo. Tais despesas, entretanto, somente sero dedutveis para ns scais quandoatenderem aos seguintes requisitos, cumulativamente, isto , de forma combinada:

    devem ser extremamente necessrias;

    devem fazer parte do escopo das atividades ou operaes usuais da empresa.

    Veja alguns exemplos:

    despesas com distribuio (venda) de produtos e/ou servios tais como brindes, promoes,propaganda, comisses, provises para devedores duvidosos etc.;

    despesas gerais e administrativas tais como salrios administrativos, aluguis de escritrios,energia, telefone etc.;

    parcela do resultado recorrente de ganhos por equivalncia patrimonial;

    outras despesas operacionais.

    5. Resultado antes das receitas e despesas nanceiras tambm conhecido como

    resultado (lucro) operacional

    Representa o resultado lquido da atividade aps a deduo das despesas operacionais doresultado bruto.

    6. Resultado Financeiro

    formado por:

    Receitas nanceiras remunerao por aplicaes nanceiras, descontos nanceiros recebidos

    ou emprstimos concedidos pela empresa.

    Dentre as receitas nanceiras de uma empresa, podemos citar:

    os juros recebidos;

    os descontos obtidos;

    o lucro nas operaes de reporte, que nada mais do que a diferena positiva entre o mercadoa termo e o mercado vista de ttulos mobilirios.

    Despesas nanceiras so todos os juros pagos ou incorridos.

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    7. Resultado antes dos tributos sobre o lucro

    Resultado Lquido da atividade obtido aps deduo do resultado nanceiro do resultado

    operacional.

    Resultado operacional Resultado nanceiro = Resultado Lquido

    8. Proviso para Imposto de Renda e Contribuio Social Sobre o Lucro (CSSL)

    O lucroapurado segundo as normas societrias vigentes transportadopara o livro scal, no qual so feitos os ajustes na forma de adies ededues, de acordo com a legislao scal, a m de encontrar o lucro

    tributvel. Sobre este lucro tributvel sero aplicadas as alquotascorrespondentes de Imposto de Renda Pessoa Jurdica (IRPJ) e CSSL.

    9. Resultado Lquido das Operaes Continuadas

    O valor apurado aps a deduo de IRPJ e CSSL do lucro tributvel o resultado lquido dasoperaes continuadas.

    LT (IRPJ+CSSL) = Result. Lq. Das Op. Cont.

    10. Resultado das Operaes Descontinuadas

    Os efeitos gerados por produtos ou unidades que a empresa tiver descontinuado no perodo pordeciso gerencial, perda por contingncia ou alienao so mostrados nesta seo a m deimpedir que venham a distorcer a possibilidade de projees futuras sobre eventuais desempenhosda empresa.

    O International Financial Reporting Standards(IFRS) acabou com o conceito de despesas nooperacionais, antes existente na estrutura da DRE brasileira.

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    11. Lucro Lquido do Perodo

    o resultado nal do perodo.

    Se tratar-se de uma demonstrao consolidada, onde o resultado acimaapurado ser dividido com outros acionistas que minoritariamente detenhamparte do capital da empresa, haver, ainda, uma ltima seo.

    12. Parcela do lucro atribuda a:

    Scios controladores parcela do lucro que pertence empresa.

    Scios minoritrios parcela do lucro que pertence aos acionistas minoritrios da empresa.

    Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido (DMPL)

    Tem por objetivo demonstrar o que aconteceu durante o ano com cada conta do patrimnio lquido,inclusive qual foi o lucro do perodo e sua correspondente destinao.

    A elaborao da Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido (DMPL) est previstano art. 186 da Lei das S/A e sua apresentao, antes facultativa, foi tornada obrigatria peloCPC n 26.

    A partir de ento, a DMPL passa a ilustrar, ainda, o efeito do resultado abrangente do perodo,isto , eventos que, embora no tenham transitado pela DRE, impactaram no PatrimnioLquido, fazendo com que este aumentasse ou reduzisse durante o perodo, como, porexemplo, o ajuste a valor de mercado dos ttulos disponveis para a venda.

    Veja a seguir um modelo de DMPL.

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    DEMONSTRAO

    DEMUTAODOPL

    Capital

    Social

    Integralizado

    Reserva

    de

    Capital

    Reservade

    Reavaliao

    Reserva

    Incentivos

    Fiscais

    Re

    serva

    Ajus

    teaVR

    Patr

    imonial

    Reserva

    Legal

    Reserva

    p/investi-

    mentos

    Lucros

    Acumu-

    lados

    (emM

    ilharesdeR$)

    Saldoem1

    janeiro2009

    EfeitodemudanadePolticaCont

    bil

    18.000,00

    700,00

    200,00

    180,00

    2

    .300,00

    1.700,00

    2.300,00

    -

    12

    (230,00)

    SALDOREAPRESENTADO

    18.000,00

    700,00

    200,00

    180,00

    2

    .070,00

    1.700,00

    2.300,00

    0,00-

    ResultadodoExerccio

    OutrosResultadosAbrangentes

    12

    6

    2.100,00

    5.700,00

    RESULTADOABRANGENTEDO

    PERODO

    0,00

    0,00

    0,00

    0,00

    2.100,00

    0,00

    0,00

    5.700,00

    ReservaIncentivosFiscais

    ReservaLegal

    ReservaparaInvestimentos

    CapitalizaodeLucros

    PagamentodeDividendos

    1.612,50

    200,00

    275,00

    2.000,00

    (200,00)

    (275,00)

    (2.000,00)

    (1.612,50)

    (1.612,50)

    Saldoem3

    1dedezembrode2010

    19.612,50

    700,00

    200,00

    380,00

    4.170,00

    1.975,00

    4.300,00

    0,00

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    Demonstrao do uxo de caixa (DFC)

    Indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa em determinado perodo de forma condensada

    e, ainda, o Resultado do Fluxo Financeiro. Assim como a Demonstrao de Resultados deExerccios, a DFC uma demonstrao dinmica e tambm est contida no balano patrimonial.

    A Demonstrao do Fluxo de Caixa indicar quais foram as sadas e as entradas de dinheiro nocaixa durante o perodo considerado e o resultado desse uxo. Assim, a partir da confrontaodos recebimentos com os pagamentos, voc poder obter um supervitnanceiro (recebimentomaior que o pagamento) ou, at mesmo, um dfcitnanceiro (relao com mais dispndios queingressos de numerrios).

    Veja abaixo um modelo de DFC:

    MODELO FLUXO DE CAIXA - MTODO DIRETOExerccio ndo em 31 de

    dezembro

    NOTA 2010 2009

    (em milhares de R$)

    1. FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

    Caixa gerado nas operaes

    ( - ) Gastos operacionais

    25 24.000,00

    (17.000,00)

    18.000,00

    (9.700,00)

    = Caixa Lquido das Atividades Operacionais (A) 7.000,00 8.300,00

    2. FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

    Aquisio de coligada

    Compra de imobilizado

    Alienao de valores mobilirios

    Dividendos Recebidos

    12

    6

    13

    17

    (7.000,00)

    (1.800,00)

    4.300,00

    850,00

    0,00

    (720,00)

    2.900,00

    540,00

    = Caixa Liquido das Atividades de Investimento (B) (3.650,00) 2.720,00

    3. FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE

    FINANCIAMENTOEmisso de Aes

    Emisso de Debndures

    Amortizao de Emprstimos

    Juros Recebidos

    29

    19

    15

    15

    0,00

    1.800,00

    (3.500,00)

    260,00

    10.000,00

    700,00

    (3.000,00)

    190,00

    = Caixa Lquido das Atividades de Financiamento (C) (1.440,00) 7.890,00

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    AUMENTO (REDUO) DE CAIXA E EQUIVALENTES ACAIXA (A+B+C)

    1.910,00 18.910,00

    Caixa e Equivalentes a Caixa no incio do perodo( - ) Efeito do cambio sobre caixa em moedas estrangeiras 37

    23.740,00(340,00)

    5.600,00(770,00)

    Caixa e Equivalentes a Caixa no m do perodo 25.310,00 23.740,00

    A Demonstrao do Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser um relatrio obrigatrio pelacontabilidade para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimnio lquido superiora R$ 2.000.000,00 (dois milhes de reais). Esta obrigatoriedade vigora desde 01.01.2008, porfora da Lei 11.638/2007, e, desta forma, torna-se mais um importante relatrio para a tomadade decises gerenciais. A Deliberao CVM 547/2008 aprovou o Pronunciamento TcnicoCPC 03, que trata da demonstrao do uxo de caixa.

    A demonstrao do uxo de caixa pode ser levantada tanto atravs o mtodo direto, quanto pelomtodo indireto.

    Fluxo de caixa direto: relaciona todos os ingressos de numerrios e dispndios para o alcancedos resultados nanceiros.

    Fluxo de caixa indireto: parte do lucro lquido do exerccio contbil para chegar ao mesmoresultado nanceiro do uxo direto.

    Demonstrao do Valor Adicionado (DVA)

    Seu objetivo ilustrar o quanto a empresa adicionou e distribuiu de valor economia e sociedadecomo um todo.

    A DVA no faz parte do conjunto obrigatrio de demonstraes contbeis pelo IFRS, mas,pela Lei n 11.638/07, foi tornada obrigatria para as companhias abertas.

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    A seguir, veja um modelo de DVA.

    DEMONSTRAO DO VALOR ADICIONADOExerccio ndo em 31 de

    dezembro

    NOTA 2010 2009

    (em milhares de R$)

    1. RECEITA 18.600,00 14.950,00

    Venda de Mercadoria, produtos e servios

    Outras Receitas

    ( - ) Perdas com Crditos de Liquidao Duvidosa

    23

    27

    34

    18.000,00

    1.500,00

    (900,00)

    14.500,00

    1.200,00

    (750,00)

    2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (8.800,00) (6.120,00)

    Custo dos produtos, mercadorias e servios vendidos

    Perda de valores de ativos

    12

    6

    (7.000,00)

    (1.800,00)

    (5.400,00)

    (720,00)

    3. VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 9.800,00 8.830,00

    4. DEPRECIAO, AMORTIZAO E EXAUSTO 9 (2.300,00) (1.780,00)

    5. VALOR ADICIONADO LQUIDO (3-4) 7.500,00 7.050,00

    6. VALOR ADICIONADO RECEBIDO DE TERCEIROS 2.420,00 930,00

    Resultado de Equivalencia PatrimonialReceitas Financeiras

    1915

    1.800,00620,00

    700,00230,00

    7. VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 9.920,00 7.980,00

    8. PESSOAL (4.184,00) (3.492,00)

    Remunerao Direta

    Benefcios

    FGTS

    (2.300,00)

    (1.700,00)

    (184,00)

    (1.900,00)

    (1.440,00)

    (152,00)

    9. IMPOSTOS (2.280,00) (1.801,00)

    Federais

    Estaduais

    Municipais

    (1.640,00)

    (420,00)

    (220,00)

    (1.350,00)

    (276,00)

    (175,00)

    10. REMUNERAO CAPITAL TERCEIROS (460,00) (290,00)

    Juros

    Alugueis

    (340,00)

    (120,00)

    (220,00)

    (70,00)

    11. REMUNERAO DO CAPITAL PRPRIO (2.996,00) (2.397,00)

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    Juros sobre Capital Prprio

    Dividendos

    Lucros RetidosParticipao Minoritrios

    (270,00)

    (1.420,00)

    (1.216,00)(90,00)

    (330,00)

    (1.340,00)

    (684,00)(43,00)

    12. VALOR ADICIONADO DISTRIBUDO (8+9+10+11) (9.920,00) (7.980,00)

    Anlise de demonstraes contbeis

    Pode ser dividida em:

    Anlise da situao nanceira avalia a composio patrimonial da empresa (ex.: ndices de

    estrutura e liquidez).

    Anlise da situao econmica avalia o desempenho da empresa no exerccio (ex.: ndicesde rentabilidade).

    Primeiro, deve ser feita a anlise nanceira e, em seguida, a econmica. O produto nal aassociao das concluses dessas duas anlises e serve para medir a situao econmico-nanceira das empresas a partir de ndices.

    Porm, preciso car atento para se obter informaes dedignas. Por exemplo, a avaliao

    intrnsecade um ndice pode ser feita com base no ndice de endividamento da empresa. Porm,se nos deparssemos com um ndice de 200%, poderamos deduzir, por exemplo, que, para cadaR$1,00 de capital prprio, existem R$2,00 de capital de terceiros. Isso poderia gerar a seguintedvida: esse ndice elevado ou no?

    Assim, podemos concluir que as anlises por valores intrnsecos so pobres e s devem serutilizadas quando no se dispe de elementos de anlise maiores.

    Por outro lado, a avaliao do ndice pode ser feita com base na comparao com padres.Esse o parmetro ideal para a avaliao da situao econmico-nanceira das empresas, pois,a partir dela, o analista poder comparar os resultados obtidos em sua anlise com os resultadosobservados em empresas do mesmo ramo (porte, localizao etc.).

    Neste caso, devemos ter noo sobre o comportamento desejvel para cada ndice. Por exemplo,se a empresa analisada X apresentar uma rentabilidade de 20%, enquanto as demais empresas domesmo ramo, porte e localizao apresentam 15% de rentabilidade, pode-se dizer que o resultadoapresentado pela empresa analisada X bom. Anal, quanto maior a rentabilidade, melhor oresultado.

    Os ndices e as avaliaes sero estudados com maior aprofundamento no Mdulo 2 destaapostila.

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    Unidade 5 Formas de Tributao

    So quatro as formas de apurao do Imposto de Renda Pessoa Jurdica noBrasil, a saber: Lucro Real, Presumido, Arbitrado e o Simples Nacional.

    Nesta unidade, voc conhecer as sistemticas mais comuns de apurao.

    Lucro real

    O lucro real se aplica s empresas com faturamento igual ou superior aR$48.000.000,00/ano ou s instituies nanceiras, ainda que no atinjam tal faturamento.

    Ele serve de base para o clculo do Imposto de Renda PJ e da CSSL, aps considerao dasrespectivas adies, excluses e compensaes.

    O lucro real deve ser calculado extra-contabilmente no Livro de Apurao do Lucro Real (LALUR).A instruo normativa n 989 de 2009 instituiu o LALUR eletrnico. Esse livro se divide em duaspartes:

    Parte A: efetuado o registro da memria de clculo do IRPJ e CSSL.

    Parte B: feito o acompanhamento dos crditos tributrios, tais como:

    Prejuzos Fiscais

    Base Negativa de Contribuio Social

    Lucro inacionrio

    Livro de Apurao do Lucro Real

    Lucro Societrio do Perodo $800

    ( - ) Excluses :

    Receita de Equivalncia Patrimonial $ 200

    + adies:Despesa c/Proviso para Devedores Duvidosos $380

    Excesso de Depreciao $20

    = Lucro Tributvel $ 1.000

    IR Devido (25% do lucro tributvel) $250

    CSSL (9% do lucro tributvel) $90

    = Total de IR e CSSL a serem transferidos para a DRE $340

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    Lucro presumido

    Opcional para as empresas que no estejam sujeitas apurao do

    Imposto de Renda pela sistemtica do lucro real. uma forma menoscomplexa de apurao e calculado sobre o faturamento da empresa,sobre o qual se aplicam percentuais de acordo com os diversos ramosde atividades previstos no Regulamento do Imposto de Renda RIR (exemplos: para a atividade de varejo, o percentual de 8%; de

    prestao de servios, 32% etc.). Por este regime, as empresas recolhem o imposto com base noseu faturamento trimestral.

    O objetivo da criao desta sistemtica de apurao foi o de atingir empresas que no mantmescriturao mercantil completa, embora no haja impedimento para que empresas que a mantm

    optem por este tipo de tributao.

    Podem optar pelo lucro presumido empresas cuja receita bruta no ano anterior tenha sido inferiora R$ 48 milhes. Esto vetadas de utilizar o regime do lucro presumido as empresas que efetuempagamento mensal pelo regime de estimativa, instituies nanceiras ou equiparadas, empresascujo rendimento seja oriundo de negcios no exterior, que j sejam benecirias de isenes ouredues do imposto de renda ou que exeram a atividade de factoring.

    Lucro arbitrado

    uma prerrogativa utilizada pela autoridade scal quando:

    a. o contribuinte obrigado ao Regime de Lucro Real tiver optado indevidamente pelo Regime doLucro Presumido;

    b. o contribuinte no mantiver escriturao contbil e scal em consonncia com a legislaocompetente;

    c. o contribuinte sujeito ao Lucro Real deixar de cumprir obrigaes fundamentais;

    d. o contribuinte se recusar a apresentar os livros e documentos contbeis e scais.

    Nessas situaes, caber autoridade scal arbitrar um valor de lucro sobre o qual sero aplicadasas alquotas vigentes para apurao do imposto devido.

    Desde 1996, os contribuintes que assim o desejarem podem optar pela sistemtica do arbitramento.Neste caso, o Regulamento do Imposto de Renda - RIR - exige que o contribuinte comprove pelomenos a Receita Bruta obtida, mediante apresentao de documentao comprobatria, livrosscais, notas scais etc.

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    Simples Nacional (SIMPLES)

    Apesar de no estar elencado no Cdigo Tributrio Nacional, esta forma de tributao aplicvel

    s microempresas e empresas de pequeno porte, cujo faturamento no pode ultrapassar R$2.400.000,00/ano. Esta sistemtica abrange tambm tributos estaduais e municipais, desde quehaja acordos com os respectivos estados e municpios .

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    MDULO 2

    Questes Relevantes

    Contabilidade

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    Unidade 1 - ndices de Estrutura (ou Endividamento)

    Para exemplicar os ndices discutidos a seguir, vamos tomar como base o Balano Patrimonial ea DRE da Cia. Xapresentados a seguir.

    Cia X 31/12/10 31/12/09 31/12/08

    Ativo Circulante 20.000 19.000 9.802

    Caixa e Equivalentes a Caixa 3.297 1.260 1.365

    Clientes 6.481 6.423 2.590

    Estoques 10.002 10.937 5.597

    Outros 20 80 50Despesas Antecipadas 200 300 200

    Ativo No Circulante 29.620 12.766 6.660

    Ativo Realizvel a Longo Prazo 10.000 4.450 1.200

    Investimentos 7.528 2.464 1.328

    Imobilizado 12.092 5.852 4.132

    Intangvel 0 0 0

    ATIVO TOTAL 49.620 31.766 16.462

    Cia X 31/12/10 31/12/09 31/12/08

    Passivo Circulante 12.742 7.422 4.340

    Emprstimos e Financiamentos 5.788 3.297 1.650

    Fornecedores 3.259 2.061 1.255

    Impostos, Taxas e Contribuies 2.230 1.116 620

    Dividendos a Pagar 250 120 90

    Outros 1.215 828 725

    Passivo No Circulante 2.820 1.250 904

    Emprstimos e Financiamentos 2.820 1.250 904

    Outros 0 0 0

    Patrimnio Lquido 34.058 23.094 11.218

    Capital Social Realizado 16.000 16.000 7.000

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    Cia X (Continuao) 31/12/10 31/12/09 31/12/08

    Ajustes de Avaliao Patrimonial 16.078 6.282 2.792

    Reservas de Lucro 1.980 812 1.426

    Minoritrios 0 0 0

    PASSIVO + PL TOTAL 49.620 31.766 16.462

    DEMONSTRAO DO RESULTADO DOEXERCCIO

    31/12/10 31/12/09 31/12/08

    OPERAES EM CONTINUIDADEReceita Lquida de Vendas e/ou Servios 64.196,00 37.236,00 23.654,00

    Custo de Bens e/ou Servios Vendidos (40.226,00) (22.190,00) (12.772,00)

    Resultado Bruto 23.970,00 15.046,00 10.882,00

    Com Vendas (10.863,00) (4.788,00) (2.910,00)

    Gerais e Administrativas (3.435,00) (3.762,00) (4.250,00)

    Outras Receitas OPeracionais - - -

    Outras Despesas Operacionais (322,00) (156,00) (110,00)

    Resultado Operacional 9.350,00 6.340,00 3.612,00

    Receitas Financeiras 200,00 100,00 200,00

    Despesas Financeiras (2.974,00) (2.098,00) (1.796,00)

    Resultado Antes Tributao/Participaes 6.576,00 4.342,00 2.016,00

    Proviso para IR e Contribuio Social (2.302,00) (1.520,00) (705,00)

    Res. Minoritrios - - -

    Resultado das Operaes Continuadas 4.274,00 2.822,00 1.311,00

    OPERAES DESCONTINUADAS

    Desativao Filial Nordeste - - -

    Descontinuidade do Produto X - - -

    Lucro/Prejuzo do Perodo 4.274,00 2.822,00 1.311,00

    Resultado Atribudo a:

    Participao de Minoritrios - - -

    Acionistas da Companhia 4.274,00 2.822,00 1.311,00

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    DEMONSTRAO DO RESULTADO DOEXERCCIO

    (Continuao)

    31/12/10 31/12/09 31/12/08

    Lucro Bsico por Ao:

    Operaes Continuadas 0,71 0,47 0,33

    Operaes Descontinuadas - - -

    Participao de capitais de terceiros

    Trata-se do ndice mais bsico para medir endividamento de uma empresa.

    Uma empresa pode ter apenas duas fontes de nanciamento: capital prprio (patrimnio lquido)ou capital de terceiros (dvidas ou passivos). Este ndice mede quem maior entre estas duasfontes. Veriquemos o exemplo da empresa Cia X.

    ndice Frmula

    Participao de Capitalde Terceiros

    PCT = ( CT x 100 ) / PL

    31/12/10 31/12/09 31/12/08

    Dados:PC 12.742 7.422 4.340

    PNC 2.820 1.250 904

    CT 15.562 8.672 5.244

    PL 34.058 23.094 11.218

    Clculo do ndice 45,7% 37,6% 46,7%

    Legenda:

    PCT Participao de Capital de Terceiros

    PC Passivo Circulante

    PNC Passivo No Circulante

    CT Capital de Terceiros

    PL Patrimnio Lquido

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    Como possvel observar, este ndice relaciona as duas grandes fontes de recursos da empresa,ou seja, recursos prprios (PL) e de terceiros (CT), de forma que, quanto maior a relao entre oCT/PL, menor a liberdade da empresa para suas decises nanceiras.

    No caso analisado, portanto, vemos que a empresa apresentava um nvel mdio de endividamentocorrespondente a 46,7% em 2008. Como o indicador inferior a 100%, podemos deduzir que onvel de participao de capital de terceiros no nanciamento dos negcios da empresa menorque a participao do capital prprio.

    Com o aumento do patrimnio lquido em 2009, em volume maior do que o aumento do passivo, aparticipao do capital de terceiros cou ainda menos relevante que no ano anterior.

    Em 2010, como o crescimento do passivo foi,

    proporcionalmente, maior que o crescimento do patrimniolquido, a participao de capital de terceiros praticamenterecuperou a posio apresentada em 2008.

    Cabe destacar, no entanto, que o fato de uma empresaapresentar dvidas no necessariamente implica que elaesteja em situao nanceira ruim. Muito pelo contrrio, ouso de capital de terceiros saudvel para uma empresa,dado que a teoria de nanas nos ensina que o custo do

    capital prprio mais elevado que o capital de terceiros. Ou seja, o uso de capital de terceiros,

    desde que respeitados os limites de alavancagem nanceira e capacidade de pagamento daempresa, pode ser algo extremamente positivo sob o ponto de vista nanceiro.

    Composio do endividamento

    Esse ndice calculado a partir da comparao entre o passivo circulante e os capitais deterceiros (PC/CT). Ele procura demonstrar a relao entre os compromissos de curto prazo e oscompromissos totais, fornecendo, portanto, um perl das dvidas da empresa.

    Em outras palavras, ele mede se a concentrao da dvida da empresa est no curto ou no longoprazo. Quando uma empresa assume dvida de longo prazo, geralmente para investimento. Issocria a perspectiva de aumento de uxos de caixa futuros, quando este investimento estiver maduro.Por outro lado, se o endividamento da empresa estiver concentrado no curto prazo, geralmentea dvida foi tomada para cobrir o capital de giro da empresa, ou seja, foi dinheiro tomado paracobrir gastos operacionais j existentes, indicando uma capacidade negativa de gerao de caixasuciente para seu giro, o que tender a piorar no futuro prximo, pois esta dvida atual dever sercoberta antes do encerramento do prximo exerccio nanceiro.

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    ndice Frmula

    Composio do

    EndividamentoCEND = ( PC x 100 ) / CT

    31/12/10 31/12/09 31/12/08

    Dados:

    PC 12.742 7.422 4.340

    PNC 2.820 1.250 904

    CT 15.562 8.672 5.244

    Clculo do ndice 81,9% 85,6% 82,8%

    A partir dos ndices da Cia. X obtidos, pode-se perceber a preponderncia de obrigaes nocurto prazo que se mantiveram relativamente estveis no perodo analisado. Tal situao pode,evidentemente, representar certo risco para a empresa, j que a mesma no conseguiu gerar osrecursos sucientes para cobrir os compromissos estabelecidos.

    Imobilizao do patrimnio lquido

    Esse ndice obtido a partir da comparao entre o os itens no circulantesou xos (investimentos,imobilizado e intangvel,) e o patrimnio lquido.

    Em ordem de liquidez, o ativo circulante representa os recursos que so ou sero monetizveisem 360 dias. O ativo realizvel a longo prazo, que est no subgrupo de ativo no circulante,representa os recursos que sero monetizveis em mais de 360 dias. Os itens investimentos,imobilizado e intangveis, que complementam o subgrupo do ativo no circulante, so os que aempresa no tem inteno de monetizar em funo de sua relevncia para o prprio negcio.

    Por outro lado, os passivos circulantes so aqueles que sero liquidados nos prximos 360 dias.Os passivos no circulantes sero liquidados em mais que 360 dias e o patrimnio lquido, como

    representa o grupo dos recursos no exigveis, dado que so proporcionados pelos prpriosacionistas da empresa, representam a fonte de capital que no ser liquidada nunca (pelo menosenquanto a empresa estiver em situao de continuidade).

    Se a empresa compromete uma parcela relevante dos recursos no exigveis (PL) com itensno monetizveis (INV + IMOB + INT), sobraro menos recursos para nanciar a parcela dositens patrimoniais sujeitos ao giro. Por isto, este indicador visto como uma medida de risconanceiro da empresa. Empresas onde a imobilizao do patrimnio lquido elevada tendem aapresentar baixa liquidez.

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    ndice Frmula

    Imobilizao do Capital

    PrprioICP = [ ( INV + IMOB + INTG ) x 100 ] / PL

    31/12/10 31/12/09 31/12/08

    Dados:

    INV 7.528 2.464 1.328

    IMOB 12.092 5.852 4.132

    INTG 0 0 0

    Soma 19.620 8.316 5.460

    PL 34.058 23.094 11.218

    Clculo do ndice 57,6% 36,0% 48,7%

    Em nosso exemplo, podem-se observar grandes oscilaes no comportamento do ndice que, deforma geral, demonstrou-se ascendente.

    O comportamento deste ndice, no perodo analisado, acompanhou a evoluo do indicador departicipao de capital de terceiros (visto anteriormente). Ou seja, em 2008, a empresa comprometia

    cerca de 49% do seu PL em itens no monetizveis. Em 2009, graas ao aumento do PL emmontantes superiores ao aumento dos itens no monetizveis, a situao melhorou sensivelmente,com o comprometimento de apenas 36% do PL. J para 2010, o aumento expressivo dos itens nomonetrios, no sucientemente acompanhado pelo aumento do PL, elevou o comprometimentodo OL para mais de 57%.

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    Imobilizao de recursos no correntes

    Este indicador, na verdade, um complemento do anterior. Caso o ndice de imobilizao do

    capital prprio tenha sido elevado, se calcula este segundo ndice, conhecido como imobilizaode recursos no correntes. A diferena deste indicador para o primeiro a considerao dospassivos no circulantes (tambm conhecidos como exigveis a longo prazo) como fonteadicional de nanciamento dos itens no monetizveis.

    Em outras palavras, se este ndice continuar elevado (acima de 100%), signica que os recursos delongo prazo no foram sucientes para complementar o nanciamento dos itens no monetizveis,o que implica que este diferencial no coberto est sendo arcado por passivos de curto prazo.

    Este o pior cenrio possvel na estrutura de nanciamento de uma empresa: dvidas de

    curto prazo esto sendo tomadas para nanciar itens que jamais sero monetizveis.

    Voltamos nossa empresa-exemplo:

    ndice Frmula

    Imobilizao de RecursosNo Correntes

    ICP = [ ( INV + IMOB + INTG ) x 100 ] / ( PL + ELP )

    31/12/10 31/12/09 31/12/08

    Dados:

    INV 7.528 2.464 1.328IMOB 12.092 5.852 4.132

    INTG 0 0 0

    Soma 19.620 8.316 5.460

    PL 34.058 23.094 11.218

    ELP 2.820 1.250 904

    Soma 36.878 24.344 12.122

    Clculo do ndice 53,2% 34,2% 45,0%

    Podemos concluir que os recursos de longo prazo so pouco representativos, pois a suaconsiderao teve pouco impacto relativo no indicador. Em 2008, por exemplo, o comprometimentode recursos no correntes (PL + PNC) caiu apenas ligeiramente, de 48,6% para 45%, seacrescentamos o PNC. O mesmo pode ser vericado para os anos seguintes. No entanto, comoo ICP j apresentava indicadores abaixo de 100%, podemos concluir que o investimento em itensno monetizveis no deve estar sendo determinante no comprometimento dos indicadores deliquidez da empresa-exemplo.

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    Liquidez

    A liquidez um conceito econmico que considera a facilidade com

    a qual um ativo pode ser convertido em dinheiro, sem perda do valorjusto do bem.

    A partir dos ndices de liquidez, procuraremos avaliar a capacidadede pagamento das empresas.

    Liquidez geral

    Este indicador avalia, de forma genrica, se os ativos monetizveis (ativo circulante + realizvel a

    longo prazo) so sucientes para honrar os passivos exigveis (passivo circulante + passivo nocirculante). Se o resultado for superior a 1, signica que os ativos so mais que sucientes paracobrir os passivos. Se o resultado for inferior a 1, signica que a empresa no possui, na data,recursos monetizveis sucientes para honrar suas dvidas. Vamos analisar o caso da Cia. X.

    ndice Frmula

    Liquidez Geral LG = ( AC + RLP ) / ( PC + ELP )

    31/12/10 31/12/09 31/12/08

    Dados:

    AC 20.000 19.000 9.802

    RLP 10.000 4.450 1.200

    CT 30.000 23.450 11.002

    PC 12.742 7.422 4.340

    PNC 2.820 1.250 904

    CT 15.562 8.672 5.244

    Clculo do ndice 1.93 2,70 2,10

    Pelo exemplo acima, em 2008, para cada R$1,00 de dvida, a empresa possua R$ 2,10 de ativosmonetizveis. Em 2009, sua situao de capacidade de pagamento melhorou ainda mais, porqueela passou a ter R$ 2,70 de ativos para cada R$ 1,00 de passivos. Infelizmente a situao piorou em2010, quando a folga nanceira passou a ser de apenas R$ 1,93 para cada R$ 1,00 de dvida.

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    Liquidez corrente

    Neste indicador, desprezam-se os itens de longo prazo e procura-se confrontar os ativos realizveis

    em at 360 dias com os passivos exigveis no mesmo perodo de tempo.

    Se observarmos bem a essncia do ndice de liquidez geral, iremos perceber que, embora til paradar uma viso geral em termos da magnitude de seus componentes, ele apresenta uma fragilidadeintrnseca no que diz respeito sua habilidade de medir capacidade de pagamento. Tal fragilidade decorrente da impossibilidade de medir temporalmente os componentes de longo prazo. Isto, suponha que uma empresa apresente liquidez geral igual a 3,0, o que indicaria que ela possuiR$3,00 de ativos monetizveis para cada R$1,00 de passivos exigveis.

    Aparentemente, esta empresa estaria extremamente bem em termos de capacidade de pagamento.

    No entanto, caso este resultado seja obtido graas aos seus componentes de longo prazo, ainterpretao pode ser alterada sensivelmente, porque no adianta nada a empresa possuir ativosde longo prazo de R$ 500 milhes contra uma dvida de apenas R$ 100 milhes se o prazo devencimento desta dvida for de 3 anos e o prazo de realizao dos ativos for de 50 anos.

    Por esta razo, o mercado prefere ater-se ao que pode provocar problemas de liquidez dentrode universos temporais que possam ser seguramente estabelecidos. Nesse sentido, o ndice deliquidez corrente (LC) tem peso muito maior do que o indicador de LG.

    ndice FrmulaLiquidez Corrente LC = AC / PC

    31/12/10 31/12/09 31/12/08

    Dados:

    AC 20.000 19.000 9.802

    PC 12.742 7.422 4.340

    Clculo do ndice 1,57 2,56 2,26

    Durante todo o perodo observado, a nossa empresa-exemplo apresenta capacidade positiva depagamento de suas dvidas de curto prazo. Sendo preocupante, no entanto, a brusca reduovericada no ano de 2010, provocado pelo repentino aumento do nvel de emprstimos de curtoprazo.

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    Liquidez seca

    Alguns membros mais conservadores do mercado, embora reconheam a superioridade do ndice

    de liquidez corrente (LC) em relao ao de liquidez geral (LG), argumentam que mesmo o LC no plenamente ecaz em garantir capacidade de pagamento na medida em que existem, no ativocirculante, itens cuja monetizao no assegurada, como o caso dos estoques, alm de itensque jamais sero realizados em recursos monetrios que venham a poder ser utilizados parapagamento de dvidas, como o caso das despesas antecipadas.

    A m de atender a esta camada mais conservadora do mercado, foi criado o ndice de liquidezseca (LS), obtido pela excluso dos estoques e das despesas antecipadas do ativo circulante,antes de confront-lo com as dvidas de curto prazo.

    Veja o exemplo abaixo.

    ndice Frmula

    Liquidez Seca LS = ( AC - E - DA ) / PC

    31/12/10 31/12/09 31/12/08

    Dados:

    AC 20.000 19.000 9.802

    E 10.002 10.937 5.597

    DA 200 300 200

    PC 12.742 7.422 4.340

    Clculo do ndice 0,77 1,05 0,92

    Podemos vericar que, apenas em 2009, a empresa continuava a manter plena capacidadede pagamento das suas dvidas de curto prazo aps excluso dos estoques e das despesasantecipadas. No entanto, se considerarmos o carter conservador deste ndice, o fato de o

    resultado ter sido inferior a 1,00 nos anos de 2008 e 2010 no necessariamente implica em riscode inadimplncia por parte da empresa, pois, embora seja razovel a excluso de todo o grupo dedespesas antecipadas, no se pode dizer o mesmo sobre os estoques. A no ser que a empresacomercialize produtos completamente obsoletos e que, por isso, no tenha nenhuma perspectivade venda.

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    Rentabilidade

    Os indicadores de rentabilidade buscaro medir o desempenho da empresa no perodo.

    A partir deste momento, vamos perceber um tratamento especial queprecisa ser dado nos valores retirados do Balano Patrimonial todavez que, ao calcular um ndice, o combinamos com valores retiradosda Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE).

    At agora, esse tratamento no precisava ser aplicado porque, tantopara os ndices de endividamento quanto para os ndices de liquidez,os valores utilizados nas frmulas eram todos retirados apenas doBalano Patrimonial, sem inuncia de nmeros retirados da DRE.

    Mas quando combinamos as duas fontes, estamos tratando valoresem universos temporais diferentes. Isto acontece porque o Balano Patrimonial uma demonstraoesttica, ou seja, o retrato da empresa no dia de sua apurao (geralmente 31 de dezembro decada ano), o que faz com que seus valores representem 1 dia de posio: a data do levantamentoapresentado. No dia seguinte, o valor em caixa j no ser o mesmo porque a empresa ter feitoalgum pagamento ou recebido algum direito etc.

    Por outro lado, a DRE uma demonstrao de uxo, isto , seu valor em 31 de dezembro representaa posio acumulada ao longo de 360 dias de operao. Assim, o valor da receita apresentado no

    dia 31 de dezembro corresponde a todas as receitas obtidas desde 1 de janeiro at aquela data.Em outras palavras, estaremos confrontando 1 dia de posio (Balano Patrimonial) com 360 diasde resultado econmico (DRE).

    Para minimizar o erro estatstico implcito na combinao, precisamos tornar o valor do balano umvalor mediano. Por exemplo:

    Ativo em 31/12/2010 = R$ 100.000

    Ativo em 31/12/2009 = R$ 50.000

    Ativo mdio a ser usado nas frmulas, tendo como base dezembro de2010:

    Frmula: ATM = ( ATt+ ATt-1) / 2

    Logo, ATM em 31/12/2010 = ( 100.000 + 50.000 )/2 = 75.000

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    Este tratamento ser dado aos ndices de rentabilidade toda vez em que precisarmos combinarinformaes do Balano Patrimonial com informaes da DRE.

    Giro do ativo

    Este indicador procura medir o retorno da empresa confrontando a receita de vendas gerada noperodo com os ativos totais. Alguns autores acreditam que este indicador representa a medio

    depay-backdo ativo total, isto : em termos mdios, em quantos anos a empresa recupera seuinvestimento total (ativo) a partir da explorao do seu negcio m (ilustrada a partir de sua receitatotal de vendas e servios). No caso da Cia. X:

    ndice Frmula

    Giro do Ativo GA = RT / Atm

    31/12/10 31/12/09 31/12/08

    Dados

    RT 64.196 37.236 23.654

    AT 49.620 31.766 16.462

    ATt-1

    31.766 16.462 ND

    Atm 40.693 24.114 16.462

    Clculo do ndice 1,58 1,54 1,44

    Podemos perceber que, em 2010, a empresa vendeu mercadorias e servios equivalentes a,aproximadamente, 1,6 vezes o seu ativo total mdio, ligeiramente superior ao resultado apresentadoem 2009.

    Para 2008, em funo da indisponibilidade da informao sobre o ativo total da empresa em31/12/2007, no nos foi possvel calcular o ativo mdio. Quando isso ocorre, acabamos por utilizaro valor do ativo de nal de ano sem ajustes, sabendo que o indicador encontrado pode ter sofridoalteraes em funo do erro estatstico.

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    Margem lquida

    Quando olhamos rentabilidade somente a partir do ndice de

    Giro do Ativo, podemos facilmente ser induzidos a concluseserrneas, pois o simples fato da empresa ser forte em vendasno implica que ela seja eciente em gerir suas receitas. Emoutras palavras, se uma empresa tem receitas elevadas, maso seu nvel de gastos igualmente relevante, esta empresapode acabar por apresentar prejuzos no perodo, apesar desuas altas receitas.

    Nesse sentido, o indicador de margem lquida mais eciente do que o de giro do ativo, pois elenos mostra quanto sobrou no perodo (lucro/prejuzo) depois que todos os gastos (custos,

    despesas e impostos) foram deduzidos da receita.

    ndice Frmula

    Margem Lquida ML = ( LL x 100 ) / VL

    31/12/10 31/12/09 31/12/08

    Dados:

    LL 4.274 2.822 1.311

    VL 64.196 37.236 23.654

    Clculo do ndice 6,66% 7,58% 5,54%

    Podemos perceber que nossa empresa-exemplo era relativamente mais eciente em 2008 quenos perodos seguintes, pois, nesse ano, conseguiu obter uma margem lquida de 5,54%, a partirde uma receita de cerca de R$ 24 milhes.

    Para 2009, ela conseguiu aumentar seu nvel de receitas em 57%, alcanando cerca de R$37milhes, mas o efeito sobre sua margem lquida foi de um crescimento de apenas cerca de 2%.

    J em 2010, ela cresceu sua receita em 72% em relao a 2009, mas, apesar disso, teve suamargem lquida reduzida para 6,66%, o que indica que o crescimento relativo dos gastos nesseexerccio foi superior ao crescimento de receita apresentado.

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    Rentabilidade do ativo

    Este ndice apresenta uma combinao com o que h de melhor nos dois primeiros indicadores

    de rentabilidade: a comparao com o ativo total mdio e a considerao do resultado aps adeduo de todos os gastos, o lucro lquido.

    ndice Frmula

    Rentabilidade do Ativo ROA = ( LL x 100 ) / Atm

    31/12/10 31/12/09 31/12/08

    Dados:

    LL 4.274 2.822 1.311

    AT 49.620 31.766 16.462

    ATt-1

    31.766 16.462 ND

    Atm 40.693 24.114 16.462

    Clculo do ndice 10,50% 11,70% 7,96%

    Observando o balano patrimonial, podemos perceber, em 2010, uma queda de 11,7% para 10,5%na rentabilidade do ativo, em razo do crescimento do ativo mdio (68,8%), maior que o crescimentodo lucro lquido (51,5%).

    Esse ndice busca, portanto, retratar quanto a empresa obtm de lucro para cada unidadede moeda de investimento total. Em termos de resultado, a exemplo dos demais ndices derentabilidade, teremos: quanto maior o ndice, melhor ser o resultado.

    Rentabilidade do patrimnio lquido

    A rentabilidade do patrimnio lquido obtida do confronto entre olucro lquido e o patrimnio lquido mdio.Trata-se de um indicadorequivalente ao de rentabilidade do ativo, s que pelo ponto devista dos acionistas. Para estes, o indicador de rentabilidade dopatrimnio lquido mais representativo porque, especicamente,apresenta o quanto eles esto sendo remunerados pelo seuinvestimento na empresa.

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    Os acionistas costumam comparar este indicador com rentabilidades alternativas de investimentospara apurar o seu custo de oportunidade (quanto que eles esto deixando de ganhar por noestarem investindo em outros negcios), a m de decidir se vo continuar com as aes que detmou se est na hora de vender as aes e investir em outro negcio.

    ndice Frmula

    Rentabilidade do PL ROE = ( LL x 100 ) / PLm

    31/12/10 31/12/09 31/12/08

    Dados:

    LL 4.274 2.822 1.311

    PL 34.058 23.094 11.218

    PLt-1

    23.094 11.218 ND

    PLm 28.576 17.156 11.218

    Clculo do ndice 14,96% 16.45% 11.69%

    No perodo analisado, percebemos que a empresa-exemplo apresentou o melhor ndice de retorno

    ao acionista no exerccio de 2009. Em 2010, apesar do lucro melhor que o apresentado em 2009,o resultado acabou sendo pior em termos de rentabilidade, em funo desse crescimento de lucrono ter conseguido acompanhar o crescimento vericado no PL mdio.

    Outros ndices

    Nesta unidade, mostramos apenas os ndices mais utilizados em contabilidade. Entretanto, importante reiterar a existncia de inmeros outros ndices possveis de serem calculados.

    Destacamos tambm que, para interpretao dos resultados advindos do clculo de ndices, preciso confront-los com os padres existentes no setor. Assim, possvel obter comparaesmais dedignas e, por conseguinte, mais prximas da realidade.

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    Unidade 2 - Planejamento Tributrio

    Para que voc possa obter uma anlise bem fundamentada sobreum modelo de uxo de caixa descontado, muito importante terem mente que no se pode vericar o valor real de um projeto, oumesmo de uma empresa, sem levar em considerao o impacto dostributos sobre os resultados.

    O uxo de caixa a previso de entradas e sadas de recursos monetrios por um determinadoperodo.

    Voc conhecer, a seguir, um pouco mais sobre os principais tributos que podem interferir diretaou indiretamente no uxo de caixa das empresas.

    PIS e COFINS

    O PIS e o COFINS so contribuies que incidem sobre o faturamento das empresas. Atualmente,existem duas sistemticas para apurao: a no cumulativa e a cumulativa. A sistemticadenominada no cumulativa, para o PIS, foi instituda pela Lei n 10.637/2002 e, para a COFINS,pela Lei n 10.833/2003.

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    As empresas obrigadas a apurar o imposto de renda com base no lucro real, trim