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Universidade de São Paulo PROJETO DE PESQUISA Pós-doutorado O vestuário no Brasil do Século XIX e sua modelagem – Pesquisa e reprodução de vestuário para a criação de trajes de cena Proponente: Profa. Dra. Isabel C. Italiano Têxtil e Moda – EACH-USP São Paulo Dezembro de 2012

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Universidade de São Paulo

PROJETO DE PESQUISA

Pós-doutorado

O vestuário no Brasil do Século XIX e sua modelagem – Pesquisa e

reprodução de vestuário para a criação de trajes de cena

Proponente: Profa. Dra. Isabel C. Italiano

Têxtil e Moda – EACH-USP

São Paulo

Dezembro de 2012

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IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Título: O vestuário no Brasil do século XIX e sua modelagem: pesquisa e

reprodução de vestuário para a criação de trajes de cena.

Pesquisador: Profa. Dra. Isabel Cristina Italiano

Têxtil e Moda – EACH – USP

[email protected]

Orientador: Prof. Dr. Fausto R. P. Viana

ECA - USP

Linha de pesquisa: Modelagem de vestuário

Duração do projeto: Doze meses

INTRODUÇÃO

A vestimenta, utilizada, inicialmente, apenas para cobrir e proteger o corpo, evolui,

desde sua origem, para outras funções que vão além da simples utilidade. Atrelada

fortemente à história da humanidade, seus hábitos e costumes, a vestimenta

transforma-se em vestuário, demonstrando o desenvolvimento social, cultural e

econômico das civilizações.

O vestuário revela-se, então, uma forma de expressão, no intuito de prover o ser

humano com atributos mágicos. Conforme Boucher (2010), o vestuário reveste o

homem primitivo com atributos de um poder confiscado de outras criaturas, para

defendê-lo contra influências maléficas e, ao longo de sua evolução, o vestuário passa

a fortalecer diversos outros papéis econômicos, culturais e sociais. Um deles é o desejo

de representação. Ao enfeitar-se com adornos, o homem identifica-se com outra

criatura, animal, deus ou herói. Ainda conforme Boucher (2010), outras atribuições do

vestuário correspondem a inspirar medo ou autoridade, distinguir um homem dos

outros ou identificá-lo com um grupo, exprimir certa riqueza (e poder) e, indo mais

além, exprimir o desejo de agradar, de seduzir, valorizando atributos físicos reais ou

artificiais.

Ao se analisar o vestuário utilizado na antiguidade, entre os povos egípcios, hebreus,

assírios, babilônicos, persas, cretenses, romanos, bizantinos e outros, nota-se poucas

diferenças entre o vestuário feminino e masculino, inicialmente. A base do vestuário

era composta de roupas drapeadas, presas ao corpo partindo de “pequenos retângulos

da pano em volta da cintura (...) e, mais tarde, um quadrado de pano enrolado nos

ombros e atado por broches” (LAVER, 2005).

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O amplo uso de túnicas, de faixas enroladas sobre os ombros, capas e, em alguns

povos, a calça e a sobreveste, caracteriza estas civilizações. Todas essas peças, porém,

partiam de modelagem simplificada composta, basicamente, por figuras geométricas,

como retângulos e círculos. Alguns exemplos desses moldes podem ser vistos na

figura 1.

Este tipo de modelagem persiste durante vários séculos, sendo que, a partir do século

III D.C., outros tipos de peças enriquecem o vestuário, porém a modelagem ainda

segue padrões similares aqueles da antiguidade (KÖHLER, 2001; LAVER, 2005; SOARES,

2009). Na Idade Média, por volta do século XI, as roupas tornam-se ajustadas na

cintura, acompanhando as linhas do corpo, dos ombros aos quadris (KÖHLER, 2001). A

partir daí, vestidos e sobrevestes femininos apresentam modelagem mais sofisticada,

com mangas e outros elementos, com moldes mais elaborados. A roupa masculina

também sofre alterações na modelagem, com peças mais ajustadas e ergonômicas. A

figura 2 mostra alguns exemplos destas modelagens.

Figura 1 – Moldes de roupas de povos da antiguidade: (a) Kalasiris (tipo de túnica) egípcio

com mangas; (b) Capa egípcia arredondada; (c) Capa egípcia retangular; (d) Sobreveste

hebraica feita em duas peças e (e) Túnica real assírio-babilônica. Fonte: Kohler (2001).

A evolução do vestuário, e sua consequente complexidade, acarreta, também, a

necessidade de especialização do artesão que o produz. Cabral (2006) menciona a

evolução da moda, a partir desse período, e destaca a evolução da modelagem:

Do século XIV ao século XIX a aparência tem teor nacional e forte poder político, os artesãos costureiros reproduzem as vestimentas ditadas nas cortes principescas. O capricho e o artifício são usados em desmedida para as roupas de ambos os sexos, mas principalmente para a masculina. A moda

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é usada como instrumento de representação e afirmação social da elite por meio de sofisticações teatrais, nesse período, ela é extremamente individualizada. (CABRAL, 2006, p.29)

Figura 2 – Moldes de roupas da Idade Média: (a) e (b) Vestido francês do século XII e

respectiva manga; (d) e (e) Pourpoint (tipo de casaco masculino) do século XIII e respectiva

manga. Fonte: Kohler (2001).

A sofisticação e complexidade da modelagem aumentam, muitas vezes na busca de

peças ajustadas ao corpo. Kohler (2001) declara que por volta do século XV, “a

indumentária para as pernas era tão justa quanto possível. O corte desses trajes era

igual na Espanha, na França, na Alemanha e em todos os outros países”, ao tratar da

roupa masculina do período. Assim, trajes ajustados, associados a outras peças

amplas, como casacos, compunham o visual masculino. A figura 3 mostra a

modelagem de um calção desse período. Pode-se observar, no molde da calça, que,

para conferir mais elasticidade e conforto, a peça era cortada no viés do tecido,

conforme indicado pela linha do fio, posicionada na diagonal da peça.

Nesse contexto, inicia-se a busca por certa padronização e, com o objetivo de

aumentar a qualidade e velocidade da confecção, Juan de Alcega publica o primeiro1

livro/manual de técnicas de alfaiataria “Libro de Geometria, Práctica y Traça” na

Espanha, em 1580 (ALCEGA, 1580). O livro apresenta os moldes de diversas peças do

vestuário masculino, feminino e infantil e explica como se monta uma tabela de

medidas.

Com essa publicação, os profissionais ou aprendizes da arte de alfaiataria teriam

disponíveis informações sobre as proporções e medidas utilizadas para a elaboração

dos moldes e para a confecção produtos. As proporções eram baseadas em uma

medida padrão, normalmente o tórax. Essa propriedade persiste, ainda, nos métodos

1 Informação obtida no site da World Digital Library, onde o livro de Alcega pode ser encontrado para

download: <http://www.wdl.org/en/item/7333/>. Acesso em 10 de novembro de 2012.

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atuais. Outra contribuição de Alcega, em seu manual, são as instruções para a

realização do processo de modelagem e as imagens dos moldes. Detalhes do manual

de Alcega são mostrados na figura 4.

Figura 3 – Joined hose – calção do final do século XV, ajustado ao corpo, porém mais largo na

altura dos joelhos e quadris para facilitar os movimentos. Fonte: Thursfield (2001).

Assim, conforme os estilos e características do vestuário foram evoluindo, técnicas

mais complexas e precisas de modelagem também surgiram, possibilitando a

materialização dos anseios e mudanças provocadas pela moda.

Com a evolução do vestuário e, consequentemente, do processo de

modelagem, as roupas foram adquirindo as formas do corpo mediante a

criação das pences, aliada aos avanços tecnológicos dos têxteis (fibras, fios,

tecidos planos e de malha, acabamentos), que, somados às diversas técnicas

de modelagem, ao estudo específico das pences, drapeados e recortes,

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possibilitaram maior ajustamento dos tecidos ao corpo, em especial os

tecidos planos, facilitando os seus movimentos (MARTINS; FONTELLE, 2006,

p.2).

(a)

(b)

(c)

Figura 4 – (a) Capa do primeiro livro de alfaiataria, publicado em 1589, (b) instruções para realização de modelagem e imagens ilustrativas dos moldes e (c) tabela de medidas.

Fonte: Alcega (1580)

Devido à importância de se conhecer a modelagem e o processo de confecção dos

trajes ao longo da história, diversos autores retratam, em suas obras, as características

da evolução da indumentária e informações importantes para sua reconstrução.

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Dentre a bibliografia disponível sobre esse tema, destacam-se as obras de Carl Köhler

(KOHLER, 2001), Norah Waugh (WAUGH, 1954; WAUGH, 1964; WAUGH, 1968), Janet

Arnold (ARNOLD, 1972a; ARNOLD, 1972b), Jenny Tiramani (TIRAMANI, 2011), Kristina

Harris (HARRIS, 1994; HARRIS, 1999a; HARRIS, 1999b), W. B. Lord (LORD, 2007), Jane

Ashelford (ASHELFORD, 1996), Lucy Johnston (JOHNSTON,2009), do Musée de la Mode

et du Costume (MUSÉE DE LA MODE ET DU COSTUME, 1990), Jill Salen (SALEN, 2008),

além dos manuais de costura de Mercedes Carbonell y Penella (PENELLA, 1905),

Cesáreo H. e Pereda (PEREDA, 1877), Carmen Ruiz y Alá (ALÁ, 1898), Pilar Santaliestra

(SANTALIESTRA, 1914), Hodgkinson Legatt (LEGATT, 1900), Manual de la moda

elegante (MANUAL, 1878) e de Marcelo Dessault (DESSAULT, 1896).

Dentre as obras citadas, uma autora tem destaque internacional, devido a seu método

de retratar os trajes e descrever sua modelagem: Janet Arnold. Com um conjunto de

importantes obras publicadas e ilustradas meticulosamente pela própria autora, Janet

Arnold mescla descrições textuais sobre peças de vestuário específicas, com diagramas

detalhados das peças e de sua modelagem. Além disso, em suas obras, estão incluídas

inúmeras informações sobre o processo de montagem (costura) das peças, bem como

sobre os materiais usados, como tecidos, acessórios e aviamentos. Em vários de seus

livros, a autora apresenta trajes existentes em museus, descrevendo e ilustrando todos

os seus detalhes e, consequentemente, possibilitando a construção de réplicas

perfeitas. Um exemplo de sua metodologia para descrição dos trajes pode ser visto nas

figuras 5, 6 e 7, sendo que na figura 5 o traje é apresentado, na figura 6 uma visão

detalhada do traje está retratada e na figura 7 pode-se ver parte de sua modelagem.

Devido ao excelente resultado do método descritivo apresentado por Janet Arnold em

seus livros, o presente projeto seguirá os mesmos passos para apresentar a descrição,

detalhamento e modelagem dos trajes que serão objeto da pesquisa.

O projeto utilizará toda a bibliografia citada como apoio, mas, também, produzirá e

agregará, à bibliografia disponível atualmente, informações específicas sobre a

modelagem e confecção dos trajes usados no Brasil do século XIX, proporcionando

elementos que permitam sua reprodução para fins de exposição e de criação de trajes

de cena.

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Figura 5 – Exemplo de apresentação de traje no livro de Janet Arnold. Fonte: ARNOLD (1972a)

Figura 6 – Visão parcial da descrição de traje no livro de Janet Arnold. Fonte: ARNOLD (1972a)

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Figura 7 – Parte da modelagem de traje no livro de Janet Arnold. Fonte: ARNOLD (1972a)

OBJETO DE PESQUISA

O presente projeto tem como objeto de pesquisa o vestuário brasileiro usado no

século XIX. Pretende-se estudar os detalhes de sua modelagem e confecção, tendo

como base os trajes existentes em museus brasileiros e os representados em

iconografia pictórica de retratos e fotografias de pessoas que viveram no Brasil do

século XIX.

OBJETIVOS

O projeto tem como objetivo geral mostrar um panorama das características da

confecção e modelagem de peças do vestuário, no Brasil do século XIX.

Como objetivos específicos o projeto pretende: estimular a pesquisa sobre a

identidade nacional e sua aplicabilidade na construção de trajes de cena; garantir a

documentação e o registro dos trajes nacionais para oferecer às gerações futuras o

conhecimento de suas raízes, aprofundando estudos sobre raízes brasileiras; criar uma

sequência de trajes brasileiros, do século XIX, expondo ao público a possibilidade de

geração do novo, apoiado em antigas tradições; e a construção de bibliografia para a

elaboração de aulas, textos e artigos, partindo da pesquisa a ser realizada nos acervos

dos museus.

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Outro ponto importante que merece ser destacado é a inserção dos resultados do

presente projeto no Núcleo de Pesquisa “Um centro de referência para trajes de cena

na USP”, do qual faço parte e que está sob a coordenação do Prof. Dr. Fausto R. P.

Viana.

JUSTIFICATIVA

Apesar de existirem inúmeras pesquisas sobre o vestuário masculino, feminino e

infantil do século XIX, o presente projeto apresenta uma abordagem mais ampla, por

destacar os aspectos da confecção de peças características do período, bem como

elaborar seus moldes.

Essa abordagem permite viabilizar meios para a reprodução das referidas peças do

vestuário para exposições ou produção de trajes de cena. O projeto mostra-se ainda

mais relevante, por apoiar o resgate da memória e identidade brasileiras, destacando

aspectos sociais e comportamentais de uma parcela da sociedade, por meio do estudo

do seu vestuário, em um período de importantes mudanças na história do Brasil.

O projeto mostra-se viável já que tem como base uma pesquisa em acervo já existente

no Brasil e a experiência e conhecimentos da pesquisadora nos processos de

modelagem, confecção e reprodução de trajes.

METODOLOGIA

O projeto será desenvolvido utilizando as seguintes orientações metodológicas:

Pesquisa e análise de iconografia pictórica de retratos de personagens que viveram

no Brasil do século XIX.

Pesquisa e análise de material bibliográfico sobre as características e modelagem

dos trajes do período em questão.

Pesquisa nos acervos dos museus: Museu Paulista - USP (em São Paulo), Museu

Imperial (Petrópolis), Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro) e Museu

Histórico Nacional (Rio de Janeiro).

Análise de quatro peças do vestuário, representativas do período e existentes em

museus nacionais, realizando pesquisa detalhada de suas características,

elaboração de descrição, diagramas e moldes das peças, finalizando com sua

reprodução.

Dentre as peças existentes em museus nacionais, quatro delas já foram

pesquisadas e previamente selecionadas para o projeto. São elas:

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1. Traje da Princesa Isabel, em tafetá de seda, bordado em fios de ouro e prata,

com manto de veludo, do acervo do Museu do Traje e do Têxtil, no Instituto

Feminino da Bahia (figura 8.a). Este vestido foi utilizado primeiramente pela

Princesa Isabel, em 1871, para prestar juramento como Regente do Império do

Brasil e depois, em 1888, para a assinatura da Lei Áurea;

2. Vestido em cambraia, bordado em fios de ouro e prata do início do século XIX

(c.1818), do acervo do Museu Histórico Nacional (figura 8.b);

3. Traje da Baronesa de Loreto, dama da Princesa Isabel, em tafetá de seda e

renda, bordado em fios de prata, ouro e topázio, do século XIX, do acervo do

Museu Histórico Nacional (figura 8.c);

4. Casaca de oficial do Paço Imperial, em lã, bordada em fios de outro e prata, de

1828, que pertenceu ao Barão de Sorocaba, do acervo do Museu Histórico

Nacional (figura 8.d).

Figura 8 – Trajes do século XIX, sendo: (a) vestido da Princesa Isabel; (b) vestido em cambraia; (c) vestido da Baronesa de Loreto e (d) casaca oficial do Paço Imperial.

Fonte: Acervo próprio.

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Descrição, diagramas e moldes de, aproximadamente, 50 peças do vestuário, da

indumentária de paulistas e mineiros entre os anos de 1889 e 1930, que compõem

a exposição “As tramas do café com leite”, primeira fase do projeto “120 anos de

trajes de paulistas e mineiros: Subsídios para estudos de indumentária e moda”,

sob a coordenação do Prof. Dr. Fausto R. P. Viana. A análise e a modelagem serão

feitas a partir do registro iconográfico pictórico e fotográfico e das reproduções

desenvolvidas para a exposição, uma vez que não existem as peças originais. O

desenvolvimento da modelagem dessa parte do trabalho será feito com o auxílio

de quatro alunos da Universidade de São Paulo, sendo um de graduação e três de

pós, coordenados pela pesquisadora.

Dentre os trajes que compõem a exposição “As tramas do café com leite”, foram,

selecionadas, aproximadamente, 50 peças para o desenvolvimento do presente

projeto. Excepcionalmente, essa parte do projeto inclui alguns trajes do século XX.

Dentre as peças selecionadas, pode-se citar:

TRAJES ECLESIÁSTICOS: TRAJES SOCIAIS:

Alva da Igreja Católica Vestido de batizado (infantil)

Roquete da Igreja Católica Blusa e saia de escrava

Cota da Igreja Católica Trajes masculino e feminino (1860)

Capa pluvial da Igreja Católica Trajes masculino e feminino (1890)

Casula da Igreja Católica Trajes masculino e feminino (1900)

Véu umeral da Igreja Católica Trajes masculino e feminino (1920)

Túnica da Igreja Católica Traje masculino e feminino (1930)

Vestido de Carlota Joaquina (c.1820)

Diversos vestidos do século XIX e XX

Alguns desses trajes podem ser vistos na figura 9.

O material produzido pela pesquisa será organizado em material bibliográfico,

visando sua publicação e em uma exposição aberta ao público, em local a ser

definido posteriormente.

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Figura 9 – Alguns dos trajes do século XIX e XX, reproduzidos para a exposição “As tramas do café com leite” que serão, também, tratados pelo presente projeto.

CRONOGRAMA PREVISTO

O cronograma previsto para o presente projeto de pesquisa apresenta-se a seguir.

Etapa 1º Tri 2º Tri 3º Tri 4º Tri

Levantamento de retratos de personagens do período

Pesquisa e análise de material bibliográfico sobre modelagem do período

Pesquisa nos acervos dos museus

Escolha das peças a serem analisadas

Descrição das peças, elaboração dos moldes e documentação dos detalhes da confecção

Elaboração das reproduções

Finalização do relatório de pesquisa

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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