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Comissão Internacional de Grandes Barragens 151, bd Haussmann - 75008 Paris (França) Tel.: 33 (0) 1 40 42 68 24 - Fax: 33 (0) 1 40 42 60 71 E-mail: [email protected] 1928 2008

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Comissão Internacional de Grandes Barragens

151, bd Haussmann - 75008 Paris (França)

Tel.: 33 (0) 1 40 42 68 24 - Fax: 33 (0) 1 40 42 60 71

E-mail: [email protected]

19282008

A CIGB abrange atualmente 88 países e dez mil membros individuais: empresas de Engenharia,

Consultores, Empreiteiras, Construtoras, Cientistas, Pesquisadores, Engenheiros, Professores Universitários, Governos, Instituições Financeiras e Associações.

A CIGB é a organização profissional líder mundial na área de barragens, promovendo a tecnologia de engenharia de barragens e apoiando o desenvolvimento e a gestão social e ambientalmente responsáveis dos recursos hídricos para suprir a demanda mundial.

A CIGB é um fórum para o intercâmbio de conhecimento e experiência na área de engenharia de barragens. Com uma assembleia anual em um diferente país a cada ano e com um congresso a cada três anos, a Comissão acumulou quase um século de conhecimentos.

Essa busca permanente pelo progresso é organizada por meio de 24 comitês técnicos e 500 especialistas em temas específicos. A CIGB também promove a conscientização do público quanto ao papel benéfico das barragens no desenvolvimento e na gestão sustentáveis dos recursos hídricos mundiais.

A CIGB exerce liderança estabelecendo padrões e diretrizes para garantir que as barragens sejam construídas de maneira segura, econômica e ambiental e socialmente sustentáveis.

Sr. Michel de VIVOSecretário-Geral da CIGB

Prof. Luis BERGAPresidente da CIGB

151, Boulevard Haussmann 75008 Paris - França

Tel.: 33 (1) 40 42 68 24 - Fax: 33 (1) 40 42 60 71

Visite o sítio eletrônico da CIGB:

Comissão Internacional de Grandes Barragens

CIGB 1928-2008

Em 24 de novembro de 2008, a CIGB celebrará seu

80º aniversário no Palais de La Découverte, em Paris,

sob o patrocínio da Academie des Technologies.

(n.1)

É com satisfação que o Núcleo Regional do Paraná do Comitê Brasileiro de Barragens - CBDB - oferece ao público lusófono esta tradução para o português do original em inglês do folheto 80 Years – Dams for Human Sustainable Development, que é uma histórica publicação comemorativa dos oitenta anos de aniversário da Comissão Internacional de Grandes Barragens (ICOLD - International Commission on Large Dams / CIGB - Commission Internationale des Grands Barrages), fundada em Paris, em 06 de julho de 1928.

A CIGB, que começou com apenas cinco países, entre inúmeras atividades, realizou nesse período setenta e seis reuniões anuais e vinte e dois congressos internacionais, em diferentes locais do mundo. Desse esforço perseverante, a organização colhe hoje como importantes resultados a agregação em torno dela de oitenta e oito países membros, que reúnem aproximadamente cinco de cada seis habitantes do planeta, o que confirma o alcance de sua bem-sucedida amplitude internacional.

O Brasil teve o privilégio de fazer parte dessa história logo no seu início, com a criação em 1936 da Comissão Brasileira de Grandes Barragens (CBGB) e posterior ingresso na CIGB, no ano de 1957. A CBGB foi sucedida pelo atual CBDB, fundado em 1961 no tradicional Clube de Engenharia do Rio de Janeiro. Além da participação regular de seus associados em funções diretivas e em comissões técnicas, o país teve a honra de ocupar a presidência da CIGB em duas oportunidades, com o Eng. Flávio Lyra (1976-79) e com o Eng. Cássio B. Viotti (2000-03). De igual maneira ocupou a Vice-Presidência por seis vezes: Eng. Flávio Lyra (1964-67), Eng. D. Fernandes (1981-84), Eng. Flávio M. de Mello (1989-90), Eng. Ferdinand Budweg (1991-94), Eng. Cássio B. Viotti (2000-03) e, atualmente, o Eng. Edilberto Maurer (2006-09).

Nosso país foi sede do 14.º Congresso Internacional realizado em 1982 no Rio de Janeiro e de três Reuniões Anuais: a 34.ª em 1966 e a 50.ª em 1982 (ambas no Rio de Janeiro), e da 70.ª em 2002 (Foz do Iguaçu). Em 2009, o Brasil terá mais uma vez a distinção de realizar o 23.º Congresso Internacional e a 77.ª Reunião Anual, na Capital Federal, Brasília/DF.

A publicação deste folheto cumpre os objetivos traçados pelo Núcleo Regional do Paraná de compartilhar conhecimentos disponíveis e de divulgar as realizações do CBDB e da CIGB à comunidade e ao meio acadêmico em geral, e particularmente aos profissionais que atuam na área de engenharia de barragens e aos estudantes das universidades e das escolas técnicas do Paraná e do Brasil que se preparam para ingressar futuramente no mercado de trabalho.

"A História é mãe da verdade, rival do tempo,

depósito das ações, testemunha do passado,

exemplo do presente e advertência do futuro".

Miguel de Cervantes (1547-1616)

APRESENTAÇÃO DA EDIÇÃO BRASILEIRA

Comissão Internacional de Grandes Barragens

I

A tradução e a publicação em tela só foram possíveis graças à decidida colaboração e patrocínio da ITAIPU Binacional, que o fez por intermédio de sua Assessoria de Comunicação Social e do CEASB – Centro de Estudos Avançados em Segurança de Barragens, órgão vinculado à Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), e ao inestimável apoio institucional da COPEL – Companhia Paranaense de Energia e da Companhia Paranaense de Saneamento - SANEPAR, empresas sócias do CBDB no Estado do Paraná.

Somos gratos a todas as pessoas que, de alguma forma, colaboraram para a consecução desse objetivo, incluindo os ex-diretores e sócios do CBDB vinculados ao Núcleo Regional do Paraná.

Especialmente, por terem tomado as decisões que viabilizaram a publicação, nosso reconhecimento e gratidão a Luiz Berga e Michel de Vivo, respectivamente Presidente e Secretário-Geral da CIGB, Edilberto Maurer, Presidente do CBDB, Jorge Miguel Samek, Diretor-Geral Brasileiro da ITAIPU Binacional, Rubens Ghilardi, Presidente da COPEL, e Stênio Jacob, Presidente da SANEPAR. De igual modo, nossos agradecimentos à Texto Faz Comunicação, pela tradução, a Gilmar Antonio Piolla, Assessor de Comunicação Social da ITAIPU, pelo gerenciamento técnico da edição, e a Pedro Paulo Sayão Barreto, Superintendente do CBDB, pelas informações e subsídios setoriais fornecidos.

É nossa expectativa que esta publicação, ademais de seu inquestionável valor histórico, se some à memória técnica da engenharia de barragens, seja útil aos interessados como fonte de consultas e que o relato dessas experiências pretéritas possa também inspirar e servir de exemplo para iniciativas futuras.

Desejamos a todos uma boa leitura!

A Diretoria

Núcleo Regional do Paraná do CBDB

II

- CRÉDITOS DA EDIÇÃO BRASILEIRA -

“80 ANOS – BARRAGENS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO”Título original em inglês

“80 Years – Dams for Human Sustainable Development”

COMISSÃO INTERNACIONAL DE GRANDES BARRAGENS

ICOLD – International Commission on Large Dams

CIGB – Commission Internationale des Grands Barrages

2008

ICOLD - CIGBDiretoria

Presidente:Secretário-Geral:Vice-Presidentes:

Luis Berga (Espanha)M. de VivoN. Matsumoto (Japão)M.Bartsch (Suécia)E. Maurer (Brasil)B. Tardieu (França)A. Marulanda (Colômbia)P. Mulvihill (Nova Zelândia)

COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS - CBDBDiretoria

Presidente:Vice-Presidente:Diretor Técnico:

Diretor de Comunicações:Diretor Secretário:

Diretor Adjunto:Diretor Adjunto:

Superintendente:

Edilberto MaurerErton CarvalhoBrasil Pinheiro MachadoMarcos Luiz VasconcellosPaulo Coreixas JuniorCássio Baumgratz ViottiArmando José da Silva NetoPedro Paulo Sayão Barreto

NÚCLEO REGIONAL DO PARANÁ - NRPDiretoria

APOIO INSTITUCIONAL

PATROCÍNIO

TraduçãoTexto Faz Comunicação S/S Ltda.

OrganizadorMiguel Augusto Zydan Sória

Assessoria de Comunicação Social – CS.GBFundação Parque Tecnológico Itaipu – FPTI

CEASB – Centro de Estudos Avançados em Segurança de Barragens

Diretor Regional:Secretário:

Tesoureiro:

BINACIONAL

Miguel Augusto Zydan Sória José Marques Filho Paulo César Akhasi

III

Visando facilitar a compreensão do conteúdo pelos leitores são listadas abaixo

notas explicativas sobre algumas informações existentes ao longo do texto.

(n.1) pg. interna capa Transcrição do anúncio divulgado por ocasião da solenidade de

comemoração do Aniversário de 80 Anos da ICOLD-CIGB, realizada em Paris no dia

24.11.2008, para a qual foi especialmente elaborado o presente folheto histórico,

nos idiomas inglês e francês, portanto, anterior à presente tradução.

(n.2) pg. 2 No Brasil, a CIGB é representada pelo Comitê Brasileiro de Barragens -

CBDB.

(n.3) pg. 4 Do francês savoir “saber” e faire “fazer”; do inglês know-how: habilidade

adquirida pela experiência (Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, versão 1.0.5a, 2002).

(n.4) pg. 5 A altura de uma barragem é determinada do ponto mais baixo da fundação

principal até a crista, conforme critério do Registro Mundial de Barragens (RMB);

são consideradas, portanto, incluíveis no RMB as barragens que possuam altura de

15 metros (independentemente do volume de água armazenável em seu

reservatório) ou também as que possuam altura variável entre 10 e 15 metros,

desde que tenham capacidade de armazenar mais de 3 milhões de metros cúbicos

de água em seu reservatório.

(n.5) pg. 7 Cidade de Grenoble, Departamento de Isère (Rhone-Alpes), França (Disponível

em <http://www.insee.fr/fr/insee_regions/rhonealpes/themes/syntheses/ synthese_ter/analyse_territoire_

agglomeration_ grenoble.pdf>. Acesso em 10 mar. 2009).

(n.6) pg. 7 Comuna de Cernobbio, Província do Como (Lombardia), Itália (Disponível em

<http://www.infopoint.it/burlnew/burl/PaginaStatuti.aspx>. Acesso em 10 mar.2009).

(n.7) pg. 8 Os Estatutos são apresentados na publicação original nos idiomas inglês,

francês, espanhol e alemão; substituímos a versão em alemão menos corrente nos

países de língua portuguesa pela tradução para o português.

(n.8) pg. 9 Nessa época, o Monarca da Suécia era o Rei Gustavo V, que foi sucedido em

1950 por seu filho mais velho, Rei Gustavo VI Adolfo (Disponível em

<http://www.sweden.se/eng/Home/Work-Live/Government--politics/Facts/The-Monarchy-in-Sweden/>.

Acesso em 10 mar.2009).

(n.9) pg. 18 MDM: Metas de Desenvolvimento do Milênio (ONU).

O Organizador

NOTAS DO ORGANIZADOR

IV

Barragens para odesenvolvimento humano sustentável

Apresentação

1. Introdução__________________________________________________________

2. A História da CIGB___________________________________________________

3. A Missão e a Visão da CIGB. Objetivos e Prioridades Estratégicas______

4. A Organização da CIGB_______________________________________________

5. Olhando para o Futuro_______________________________________________

1.1. Da Pré-História à História......................................................................................

1.2. Recursos Hídricos Mundiais.................................................................................

1.3. O Papel das Barragens e dos Reservatórios...................................................

1.4. A Política Ambiental da CIGB................................................................................

2.1. O Nascimento da CIGB.............................................................................................

2.2. A CIGB e a Conferência Mundial de Energia (1928-1967)...........................

2.3. A CIGB de 1967 ao Presente...................................................................................

3.1. Missão...........................................................................................................................

3.2. Objetivos e Prioridades Estratégicas................................................................

4.1. As Principais Atividades da CIGB........................................................................

p. 2

p. 7

p. 18

p. 20

p. 22

p. 4

p. 4

p. 4

p. 6

p. 7

p. 7

p. 10

p. 18

p. 18

p. 20

Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

Comissão Internacional de Grandes Barragens

1

uma grande honra e um grande prazer

poder apresentar este folheto, “Barragens para o Desenvolv imento Humano Sustentável”, na o c a s i ã o d o

A C I G B f o i estabelecida em Paris, capital da França, em 6

de julho de 1928, depois de três anos de gestação promovida por uma variedade de organizações encorajadas pela comunidade de engenharia civil francesa. De sua criação até 1967, a Comissão operou como órgão autônomo dentro da Conferência Mundial de Energia e naquele ano tornou-se uma organização internacional não-governamental independente.

Desde então a organização tem operado com uma estrutura forte e permanente, que tem se adaptado e ajustado ao modo pelo qual a ciência tem evoluído e aos avanços tecnológicos alcançados. Sempre tendo em vista a consecução de seus objetivos e trabalhando para o benefício da soc iedade , a C IGB oferece seu conhecimento para contribuir com a engenharia civil, com vistas ao progresso da humanidade e para melhorar a qualidade de vida das pessoas em todo o mundo. Devemos todos nos sentir orgulhosos de nossa contribuição para o desenvolvimento sustentável dos recursos hídricos e energéticos e satisfeitos com os incontáveis benefícios que as barragens e os reservatórios têm oferecido ao longo de todos esses anos.

Nossa organização se baseia em cinco (n.2)pilares: os Comitês Nacionais , o Comitê

Executivo, os Diretores, o Secretário-Geral e o Escritório Central, e os Comitês Técnicos, Administrativos e Especiais (ad hoc).

, encorajar e promover as atividades desses Comitês Nacionais, de modo a garantir que estejamos sempre presentes nas diferentes regiões e nos diferentes países do mundo.

Desde 1928, quando a CIGB foi constituída por cinco países, o número de países que se tornaram membros de nossa organização tem crescido gradualmente, e o mesmo tem ocorrido com o número de especialistas que

8 0 º . aniversário da fundação da Comissão Inter-nacional de Grandes Barragens CIGB.

Os Comitês Nacionais são nosso pilar central e nosso objetivo, e uma de nossas tarefas principais é apoiar

colaboram com nosso trabalho. Em 1931, a CIGB tinha 13 membros, e no fim daquela mesma década o número de Estados membros dobrou. Em 1967, havia 56 países membros, e em 1990 havia 72. O número aumentou para 81 em 2000, e atualmente, em 2008, a CIGB possui 88 países membros. Isso significa que, ao longo das últimas poucas décadas, uma média de aproximada-mente oito países por década têm se tornado membros. Espero que nos próximos anos a família CIGB cresça ainda mais, para mais de 100 países, à medida que a necessidade de construir barragens se espalha para países novos, emergentes e em desenvolvimento. Se isso ocorrer, o n ú m e r o d e E s t a d o s m e m b r o s representará 95% da população do mundo.

sustentável, mas nas décadas finais do século XX diversos problemas com a água surgiram no mundo, levando a crises de abastecimento muito sérias e a situações de pobreza hídrica.

Estamos neste momento na Década Internacional para a Ação do programa das Nações Unidas “Água para a Vida”, de 2005 a 2015, e principalmente em busca d a c o n s e c u ç ã o d a s

. O desafio à humanidade neste período é alcançar oito metas fundamentais, com 12 objetivos e 48 indicadores. A resolução da crise da água e a mitigação da pobreza hídrica fazem parte de cada uma das m e t a s , m a s s ã o a b o r d a d a s especificamente na Meta Sete, que se refere à “Garantia da Sustentabilidade Ambiental”, com os objetivos de diminuir pela metade o número de pessoas sem acesso sustentável à água potável segura e a população sem acesso a saneamento aprimorado. Os objetivos do milênio também implicam o fornecimento aos pobres de acesso à eletricidade.

Os países desenvolvidos têm um conjunto amplo e variado de barragens e infraestruturas de energia elétrica e hidrelétrica.

socioeconômico dos países emergentes e em desenvolvimento, pois lhes permitirá alcançar uma quantidade adequada de infraestruturas energéticas e hídricas que lhes garanta suprimento suficiente de água e energia. A experiência, entretanto, mostrou-nos que infraestruturas hídricas, energéticas, de barragens e de reservatórios podem, em alguns casos, ter impacto social e

A água é essencial para a vida na Terra, a vida humana e o desenvol-vimento

M e t a s d e Desenvolvimento do Milênio (MDMs)

A construção de novas infraestruturas é vital para o desenvol-vimento

2

Prof. Luis BERGAPresidente da CIGB

É

Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

ambiental significativo, de modo que é necessário considerá-las dentro do quadro da Gestão Integrada de Recursos H í d r i c o s : á g u a , e n e r g i a e desenvolvimento sustentável. Todas as opções viáveis devem ser consideradas como parte desse enfoque holístico, e a experiência acumulada pelos países desenvolvidos mostra o importante papel das barragens e dos reservatórios no desenvolvimento e na gestão de recursos hídricos e energéticos.

Atenção aos aspectos sociais e ambientais das barragens e dos reservatórios deve ser uma preocupação prioritária que guie todas as nossas atividades, da mesma maneira que a atenção à segurança é invariavelmente uma prioridade. Visamos agora encontrar um meio de conciliar a necessidade de desenvolvimento dos recursos hídricos com a conservação do meio ambiente de modo sustentável, de tal modo que as ações realizadas agora não sejam prejudiciais às futuras gerações.

Nossa organização deve fornecer um f ó r u m p a r a o i n t e r c â m b i o d e conhecimento e experiência na área de engenharia de barragens e, neste momento, devemos nos concentrar mais na disseminação da tecnologia de barragens em favor dos países em desenvolvimento.

É por isso que a CIGB está ajudando países a se preparar para os desafios do século XXI no que diz respeito ao desenvolvimento e à gestão dos recursos hídricos e hidrelétricos mundiais.

A CIGB é um grande time, com 88 Estados membros, mais de dez mil membros individuais e mais de 500 especialistas internacionais que participam das tarefas realizadas pelos 24 Comitês Técnicos, que editaram mais de 140 publicações durante esse período.

Temos razão em estar orgulhosos de todas essas realizações, mas elas só f o r a m a l c a n ç a d a s g r a ç a s a o compromisso e à dedicação de muitos engenhe i ros c i v i s , h id ró logos , engenheiros hidromecânicos, biólogos, ambiental istas e muitos outros prof iss iona is , que t raba lharam constantemente ao longo dos últimos 80 anos. Neste momento, em 2008, nós os mantemos firmemente em nossa

A Missão da CIGB é: promover a arte, a ciência e as técnicas de engenharia para o planejamento, o projeto, a construção, a operação e a manutenção de barragens seguras para garantir o desenvolvimento e a gestão sustentáveis dos recursos hídricos mundiais.

memória e agradecemos a cada um deles.

Todos esses honoráveis engenheiros e especialistas de grande prestígio contribuíram para o progresso da CIGB e para a disseminação das atividades da organização em todo o mundo. Aproveitamos a oportunidade para relembrá-los com grande respeito e consideração. É a essas pessoas que dedicamos esta publ icação em comemoração ao 80o. Aniversário da CIGB.

As atividades que vamos realizar durante essa comemoração do 80o. Aniversário não se resumirão apenas à celebração dos 80 anos da CIGB, pois

e promover novas barragens e novos reservatórios para o desenvolvimento sustentável e para a adaptação a m u d a n ç a s g l o b a i s ( a u m e n t o p o p u l a c i o n a l , u r b a n i z a ç ã o , desenvolvimento econômico e mudança climática).

Espero sinceramente que com a sua ajuda consigamos continuar a trabalhar por muitos anos nas importantes tarefas que cabem à CIGB, de maneira responsável e comprometida.

Por fim, gostaria de expressar minha gratidão aos Secretários-Gerais da CIGB, J. Lecornu, A. Bergeret e M. de Vivo, e aos Vice-Presidentes, A. Walz, A. Nombre, E. Maurer, B. Tardieu, N. Matsumoto e M. Bartsch, por sua ajuda inestimável na preparação desta publicação e por sua colaboração no desenvolvimento das atividades durante este 80o. Aniversário. Como sempre, sem sua colaboração nada disso teria sido possível.

Devemos reconhecer e prestar um g r a n d e t r i b u t o à q u e l e s q u e admiravelmente dedicaram seu tempo à liderança de nossa organização desde sua fundação:

- os 21 Presidentes;- os 122 Vice-Presidentes; e- os 10 Secretários-Gerais do

Escritório Central em Paris.

também vamos demonstrar o papel das barragens, dos reservatórios e do armazenamento no desenvolvimento e na gestão hídrica e hidrelétrica

Gostaria de manifestar o meu apoio aos Comitês Nacionais da CIGB para que concretizem várias atividades durante a celebração do 80o. Aniversário em suas regiões e em seus países.

L. BERGAPresidente da CIGB

Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara 3

1.1. Da Pré-História à História

1.2. Recursos Hídricos Mundiais

As barragens têm servido muitas civilizações ao longo dos últimos 5 mil anos, como se pode perceber a partir de ruínas ou daquelas ainda em condições de funcionamento.

Reservatórios projetados para atender a demanda por água, especialmente onde a agricultura, que surgiu no período Neolítico, dependia de irrigação e controle de enchentes, estão entre as primeiras obras do homem. Indícios disso podem ser observados na história antiga ou mesmo na pré-história da China, da Mesopotâmia, da Pérsia, do Egito e da Índia, cujos livros sagrados ou lendas épicas explicitamente mencionam o papel dos reservatórios.

Na verdade, a perda, com a passagem do tempo, das habilidades mostradas pelos projetistas dessas barragens e a resultante falta de manutenção foram frequentemente u m a d a s c a u s a s p r i n c i p a i s d o enfraquecimento e declínio dessas civilizações.

A arte dos engenheiros era intuitiva e dependia de indivíduos que se situavam entre deuses e homens. Suas invenções eram submetidas ao veredito das forças naturais em jogo e expostas ao fracasso. Não havia análise científica ponderada que pudesse ser passada adiante. Não é impossível imaginar que sua arte, seu savoir-

(n.3)faire , fosse como a arte da guerra, mantida em segredo propositadamente.

Essa época foi sucedida por atividades relativas a sistemas necessários para o florescimento das cidades (especialmente no Império Romano e na América Central) e então por estruturas, durante a Idade Média, tanto na Europa (Espanha, República Tcheca) como em outros lugares, para fins de agricultura e piscicultura e, por fim, para melhorar o comércio; hidrovias artificiais apareceram por todo o mundo.

Embora passos decisivos para um enfoque racional da construção estivessem finalmente sendo guiados cientificamente a partir da Renascença, o início da era industrial (expansão da mineração no Reino Unido) e, mais importante, a hidreletricidade (França, Itália, EUA, Suíça) levaram a uma eclosão de construção de barragens pelo mundo no fim do século XIX e no século XX.

Os recursos hídricos renováveis do mundo, que vêm da máquina de aquecimento solar que é o ciclo hidrológico, podem ser

estimados em aproximadamente 40 mil 3km por ano. Mas a irregularidade no

tempo e a localização e a concentração geográficas irregulares dos recursos hídricos resultam no fato de que os recursos acessíveis naturalmente somam

3apenas 9 mil km por ano, 22,5% dos recursos renováveis totais. Isso explica o porquê da necessidade de construção de mais de 50 mil grandes barragens ao longo dos últimos 5 mil anos, para poder satisfazer a demanda por água, que é essencial à vida e ao desenvolvimento humanos. Essas grandes barragens e seus reservatórios regulam aproximadamente

33.500km por ano. Assim, os reservatórios contribuem significativamente para os recursos hídricos disponíveis no mundo, com cerca de 30% de participação.

Por quase 5 mil anos, as barragens têm servido para garantir suprimento adequado de água e outros benefícios para sustentar a população mundial. Elas se tornaram "parte integral" da infraestrutura de nossas sociedades e exercem grande papel na “manutenção e na melhoria da qualidade de vida”.

A água que é armazenada e regulada por barragens e reservatórios representa um insubstituível recurso hídrico e beneficia o fornecimento de água, a irrigação, a hidreletricidade, a mitigação de enchentes, a navegação fluvial, a recreação, o turismo, o meio ambiente etc. As áreas irrigadas, por exemplo, representam 17% da terra arável do mundo, mas produzem 40% de todas as colheitas mundiais. Os reservatórios também exercem papel significativo na mitigação de secas e enchentes, e um dos propósitos de 20% dos reservatórios do mundo é reduzir os principais impactos socioeconômicos das enchentes. Além disso, a hidreletricidade, que é uma fonte de energia renovável limpa e ambientalmente correta, responde por 20% de toda a eletricidade gerada mundialmente. A hidreletricidade é um dos principais propósitos das barragens, e há mais de 8.200 grandes barragens (cerca de 25% do número total de grandes barragens) nas quais a hidreletricidade é o único propósito ou um dos principais objetivos dos respectivos reservatórios.

A Comissão Internacional de Grandes Barragens (CIGB) mantém um Registro Mundial de Barragens. Para uma barragem ser considerada grande e ser incluída no registro ela deve ter altura de 15 metros ou

1.3. O Papel das Barragense dos Reservatórios

4 Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

5

Número de Barragens por Altura

mero

de B

arr

ag

en

s

Altura em Metros

Barragens Inauguradas por Década

mero

de B

arr

ag

en

s

8 000

7 000

6 000

5 000

4 000

3 000

2 000

1 000

0

Anos

O tipo principal de barragem é o de aterro, que representa 43,7% do total mundial.Em seguida, vêm as barragens de gravidade (10,6% do total) e as barragens de enrocamento (5,3% do total).

863 546 838 1 015 1 119 1 114

3 213

5 942

7 511

5 574

3 354

1900 1900-1909

1910-1919

1920-1929

1930-1939

1940-1949

1950-1959

1960-1969

1970-1979

1980-1989

1990-1999

16 000

14 000

12 000

10 000

8 000

6 000

4 000

2 000

00-14 15-29 30-59 60-99 100-149 150-400

5 721

14 592

9 926

2 004

515 155

Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

Comissão Internacional de Grandes Barragens

10 a 15 metros e armazenar mais de 3 milhões de metros cúbicos de água em seu

(n.4)reservatório . A altura de uma barragem é determinada do ponto mais baixo da fundação principal até a crista, conforme critério do Registro Mundial de Barragens (RMB); são consideradas portanto incluíveis no RMB as barragens que possuam altura de 15 metros (independentemente do volume de água armazenável em seu reservatório) ou também as que possuam altura variável entre 10 e 15 metros, desde que tenham capacidade de armazenar mais de 3 milhões de metros cúbicos de água em seu reservatório.

As barragens são listadas por país e incluem dados como nome, ano de

conclusão, altura, capacidade do reservatório, área da bacia hidrográfica (área de drenagem), propósito, capacidade de geração elétrica instalada, eletricidade média anual produzida, área irrigada, volume de água armazenada para proteção contra enchentes e número de pessoas afetadas pela relocação. Os dados mundiais de 2003 indicam haver cerca de 50 mil grandes barragens em operação. Barragens de aterro são o t ipo predominante, seguidas por barragens de gravidade e barragens de enrocamento.

Os gráficos abaixo apresentam a entrada em operação das grandes barragens do mundo e sua distribuição por altura e por área geográfica:

6 Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

Há atualmente cerca de 50 mil grandes barragens em operação.

Os pr incipais propósitos desses reservatórios são:

e 8% outros (incluindo navegação, piscicultura, etc.).

Para mais detalhes sobre o papel das barragens e dos reservatórios na gestão atual e futura da água, consulte a recente publicação da CIGB, “As Barragens e a Água do Mundo”.

Hoje, barragens de propósitos múltiplos estão sendo planejadas, construídas e operadas com equilíbrio entre os benefícios econômicos e ambientais. Esse processo inclui o envolvimento das partes interessadas. Os impactos sociais e ambientais das barragens estão sendo tratados e mitigados. A observação do habitat natural é parte do desenvolvimento do projeto de uma barragem.

38% 18% 14% 14% 8%

irrigaçãohidreletricidadesuprimento de águamitigação de enchentesrecreação

1.4. A Política Ambiental da CIGB

A CIGB recomenda que a gestão das barragens existentes e a construção de novas barragens se mantenham dentro do contexto da Gestão Integrada de Recursos Hídricos, levando em consideração sua implementação em um quadro de desenvolvimento sustentável e aderindo aos seguintes critérios básicos:

• Viabilidade Técnica, Econômica e Financeira;

• Desenvolvimento Sustentável. Compatibilidade com o Ambiente;

• Aceitação Social e Política.

A atenção aos aspectos sociais e ambientais das barragens e dos reservatórios deve ser uma preocupação dominante em todas as nossas atividades, do mesmo modo que a preocupação com a segurança. Visamos agora equilibrar a necessidade de desenvolvimento dos recursos hídricos com a conservação do meio ambiente, de maneira sustentável e que não comprometa as gerações futuras.

2.1. O Nascimento da CIGB

Foram engenheiros franceses que tiveram a idéia de criar um fórum internacional dedicado inteiramente à discussão de tópicos específicos sobre barragens. A associação francesa para o progresso da ciência, em sua 49.ª sessão, em

(n.5)Grenoble , 1925, declarou seu desejo de apoiar a criação de uma comissão técnica internacional permanente, encarregada especificamente de grandes barragens.

O objetivo era proporcionar um fórum internacional de discussão dedicado exclusivamente a questões de engenharia de grandes barragens.

Foi então, há 83 anos, que a engenharia de b a r r a g e n s a d q u i r i u d i m e n s ã o internacional e abriu caminho para o c o m p a r t i l h a m e n t o d e t o d o o conhecimento e todas as técnicas fundados em base científica e que pudessem ser aprendidos por meio de intercâmbio.

Mais tarde, em 1926, a delegação francesa perante uma assembleia seccional da Conferência Mundial de Energia, em Basel (Suíça), apresentou uma proposta de criação de uma Comissão Internacional de Grandes Barragens, junto com uma minuta de estatuto da nova organização. A conferência votou a favor e aceitou a oferta do governo francês de tomar as medidas necessárias. A proposta foi novamente apoiada basicamente nos mesmos termos pelo Conselho Executivo da Conferência Mundial de Energia, em sua assembleia em

(n.6)Cernobbio , em 1927. Além disso, em dezembro de 1926 a 14.ª assembleia do Congresso Internacional de Navegação, no Cairo, julgou ser útil constituir uma Comissão Internacional de Grandes Barragens.

Assim, um Comitê Francês de Grandes Barragens foi criado, perto do final de 1926 , sob a ég ide da Soc i é t é Hydrotechnique de France, com apoio do governo. Esse comitê preparou propostas e uma minuta de estatuto, com data de 22 de dezembro de 1927, para circulação por meio de canais diplomáticos entre os governos interessados.

A assembleia constitutiva da Comissão

Internacional de Grandes Barragens ocorreu em Paris em 6 de julho de 1928. O presidente do conselho executivo interino naquela época era G.G. Ponti, da Idroelettrica Piemonte, em Turim; G. Mercier era o vice-presidente; e A.Genthial, secretário. Seis nações estavam representadas: Estados Unidos, França, Itália, Romênia, Reino Unido e Suíça. A moção foi publicada e aprovada na sessão de fechamento, em 10 de julho de 1928, do Congresso Internacional de Produtores e Distribuidores de Eletricidade (UNIPEDE), e a assembleia de Londres do Conselho Executivo da Conferência Mundial de Energia votou unanimemente pelo reconhecimento da Comissão Internacional de Grandes Barragens, em 3 de outubro de 1928.

A adoção do Estatuto e sua coordenação com a Conferência Mundial de Energia exigiram várias adaptações, e a primeira assembleia executiva foi realizada em Londres, na segunda-feira 1.º de junho de 1931.

Os objetivos da CIGB, conforme elencados no Estatuto, eram:

“promover melhorias no projeto, na construção, na manutenção e na operação de grandes barragens reunindo informações sobre o assunto e estudando questões relativas a ele".

Pelo intercâmbio de informações entre seus vários comitês nacionais;

Pela realização de assembléias periódicas;

Pela organização de estudos e experimentos;

Pela publicação de atos, relatórios e documentos.

2.2. A CIGB e a Conferência Internacional de Energia (1928-1967)

A Comissão atinge seus objetivos:

.

.

.

Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

Comissão Internacional de Grandes Barragens

7

8 Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

Esta Organização *** será designada oficialmente com o título de

Comissão Internacional de Grandes Barragens da Conferência Mundial

de Energia.

A Comissão fomentará a melhoria dos projetos, da construção, da

manutenção e da operação das grandes barragens, reunindo informações

e estudando os assuntos relacionados a elas.

A Comissão levará a cabo seus objetivos:

a) por meio do intercâmbio de informações entre seus diferentes comitês

nacionais;

b) por meio da realização de assembleias periódicas;

c) por meio da organização de estudos e experimentos;

d) por meio da publicação de atas, relatórios e documentos.

* * * *

A Comissão deverá organizar periodicamente assembleias públicas para a

apresentação de trabalhos ou relatórios e para a discussão geral de

matérias no âmbito de suas atividades.

* * * *

A menos que a Comissão decida em contrário, tais assembleias deverão

ser realizadas na mesma data e no mesmo local que as assembleias

seccionais ou plenárias da Conferência Mundial de Energia e como

sessões integrais da Conferência.

This Organization *** shall be officially known as the International Commission

on Large Dams of the World Power Conference. The objects of the Commission shall be to encourage improvements in the design, construction, maintenance, and operation of large dams by bringing together information thereon and by studying questions related thereto.

The Commission will accomplish its objects:

a) By interchange of information between its several National Commitees;

b) By holding periodical meetings;

c) By organizing studies and experiments;

d) By publication of proceedings, reports, and documents.

* * * *

The Commission shall arrange from time to time for public meeting for

the presentation of papers or reports and for the general discussion of

matters within the scope of the activities of the commission.

* * * *

Unless otherwise specitically provided by the Commission, such meeting

shall be held at the same time and place as Sectioonal or plenary

meeting of the World Power Conference and as integral session thereof.

DOS ESTATUTOS DA COMISSÃO INTERNACIONAL DE GRANDES(n.7)BARRAGENS DA CONFERÊNCIA MUNDIAL DE ENERGIA

From the CONSTITUTION of the INTERNATIONAL COMMISSION ON

LARGE DAMS of the WORLD POWER CONFERENCE

De los ESTATUTOS de la COMISION INTERNACIONAL DE

GRANDES PRESAS de la CONFERENCIA MUNDIAL DE LA ENERGIA

O Sr. G. Mercier, antigo Vice-Presidente, Diretor do Escritório Permanente e Diretor do Comitê Nacional Francês, foi eleito o primeiro Presidente da Comissão Internacional de Grandes Barragens da Conferência Mundial de Energia, em reconhecimento pelos seus incessantes esforços para instituir a Comissão, nos cinco anos anteriores.

Participaram da assembleia a Alemanha, a Áustria, a França, a Índia Britânica, a Noruega, o Reino Unido, a Suíça e a Tchecoslováquia; cinco outros países membros Índia Holandesa, Japão, Marrocos, Romênia e Suécia não puderam

participar. Os Estados Unidos e a Itália

estiveram presentes como observadores.

Em junho de 1931, a CIGB da Conferência

Mundial de Energia possuía então treze

membros.

Uma assembleia executiva foi

realizada a cada ano, desde então, exceto

durante os anos de guerra, de 1940 a

1944. Essa assembleia reuniu-se duas

vezes em 1933, 1936 e 1963.

Quanto aos congressos, o primeiro foi

em Estocolmo, em 1933, junto com uma

assembleia seccional da Conferência

Mundial de Energia.

Cet organisme *** sera désigné officiellement par l’appellation de

Commission Internationale des Grands Barrages de la Conférence Mondiale

de l’Energie.

La Commission a pour but de provoquer les progrès dans l’étude, la

construction, l’entretien et l’exploitation des grands barrages, en rassemblant

les renseignements à ce sujet, et en étudiant les questions qui s’y rapportent.

La Commission remplira cet objet :

a) En procédant à l’échange de renseignements entre ses divers Comités

Nationaux ;

b) En tenant des réunions périodiques ;

c) En organisant des études et des expériences ;

d) En publiant des comptes-rendus, des rapports et des documents divers.

* * * *

La commission organisera de temps à autre des réunions publiques pour la

présentation de mémoires ou des rapports et pour la discussion générale de

questions rentrant dans le cadre de l’activité de la Commission.

* * * *

Sauf décision spéciale de la Commission, les réunions publique seront tenues

aux mêmes lieu et place que les réunions partielles et plénières de la

Conférence Mondiale de l’Energie, et feront partie intégrante des sessions des

dites réunions.

Extraits des STATUTS de la COMMISSION INTERNATIONALE DES GRANDS

BARRAGES de la CONFERENCE MONDIALE DE L’ENERGIE

Esta organizacion *** será desiganda oficialmente con el título de la Comisión

Internacional de Grandes Presas de la Conferencia Mundial de la Energia. La

Comisión fomentara el mejoramiento de los proyectos, la construción, el

mantenimiento y la explotación de grandes presas, reuniendo información y

estudiando los asuntos relacionados con ellas.

La Comisión llevara a cabo sus fines :

a) Mediante el intercambio de información entre sus diferentes Comités

Nacionales ;

b) Mediante la celebración de reuniones periódicas ;

c) Mediante la organización de estudios y experimentos ;

d) Mediante la publicación de actas, informes y documentos.

* * * *

A menos que la Comición tome otro acuerdo, las reuniones se celebrarán

en la misma fecha y en el mismo lugar que las reuniones locales o plenariás

de la Conferencia Mundial de la Energia y como sesiones integrales

de esta Conferencia.

9Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

COMISSÃO INTERNACIONAL DE GRANDES BARRAGENS CONFERÊNCIA MUNDIAL DE ENERGIA

Primeiro Congresso sobre Grandes BarragensJunho-Julho de 1933

dias, liderada pelos especialistas mais proeminentes do mundo, ela estudará e discutirá 47 relatórios. Isso representará uma fonte única de informações e uma referência para todos os interessados ou participantes na construção de grandes barragens no futuro.

Em nosso trabalho rumo ao desenvolvimento, recebemos o valioso apoio e o gentil patrocínio da Conferência Mundial de Energia, à qual mais uma vez estou muito feliz em dirigir meus mais calorosos agradecimentos.

É graças a esse patrocínio que podemos realizar nossas primeiras consultas na bela terra da Suécia, um país rico em recursos naturais, sempre na vanguarda das questões sociais e bem-sucedido na gestão desses recursos, de maneira a despertar a admiração de todo o mundo. A calorosa recepção que tivemos aqui hoje é uma prévia da gentil atenção que nos será dedicada nos próximos dias. Por favor, permitam-me neste momento expressar minha profunda gratidão a nossos amistosos anfitriões.

Devido à sorte e ao reconhecimento indulgente de meus colegas, um francês foi escolhido para presidir a Comissão Internacional de Grandes Barragens. Permitam-me então, sem prejuízo da imparcialidade da minha missão, expressar a nossos amigos suecos como estou orgulhoso de estar aqui perante todos eles como porta-voz de nossa Comissão. A Suécia de fato conseguiu ganhar respeito e estima universais devido à sua liderança no apoio à Paz, à Justiça e ao Primado da Lei. Não posso esquecer os estreitos laços que existem entre a Suécia e minha Pátria: a Aliança de Paz entre a França de Richelieu e a Suécia de Gustavo II Adolfo, a estadia em seu país de nosso grande Descartes e a influência que a França exerceu no fim do século XVIII sobre o reinado de Gustavo III. Tampouco esquecerei as mais recentes manifestações da amizade de longa data que existe entre nossos dois países, especificamente a fundação de várias sucursais da Aliança Francesa aqui na Suécia e, em meu país, a magnífica contribuição dada pela Suécia à “Cité Universitaire”, assim como a fundação de um curso específico para estudantes suecos em uma escola secundária na cidade de Grenoble, o coração da hidreletricidade na França. Sinto-me, portanto, totalmente qualificado não tanto como orador talentoso, mas em razão de meus sentimentos mais profundos para expressar nossos calorosos agradecimentos.

Dedico meus mais respeitosos agradecimentos primeiramente a Vossa Alteza Real. Por favor, aceite a expressão de nossa profunda e deferente gratidão por nos honrar imensamente ao abrir pessoalmente nosso primeiro Congresso. Também peço a Vossa Alteza Real que me permita em nome da Comissão expressar meus mais sinceros votos de prosperidade para Seu país e de bem-estar para a Augusta Família Real.

Também gostaria de agradecer a Sua Excelência o Doutor Von Miller, Presidente da Conferência Mundial de Energia, cuja eterna juventude desperta nossa admiração. Que nossas assembleias internacionais possam se beneficiar por muitos anos de seu sábio aconselhamento. Também agradecemos o Sr. Dunlop, Presidente de nosso Comitê, cujo comprometimento pessoal é um ativo inestimável.

Por fim, gostaria de agradecer aos 47 Relatores e aos quatro Relatores-Gerais, a quem devemos o sucesso moral de nossa empreitada, e também aos amigáveis membros do Comitê Sueco, que conseguiram perfeitamente organizar este Congresso e, entre eles, devemos dedicar agradecimentos muito especiais ao Sr. Enström, ao Sr. Axel Ekwall e ao Sr. Velander.

Tradução de versão não-oficial em inglês de texto original em francês.

O Congresso de Grandes Barragens (28 de junho a 8 de julho de 1933) na Escandinávia foi o primeiro evento público organizado pela Comissão Internacional de Grandes Barragens da Conferência Mundial de Energia.

Em acréscimo ao acordo que foi alcançado em 1930, durante a segunda assembleia plenária da Conferência Mundial de Energia, a autonomia do novo órgão foi reconhecida. Caso necessário, os estudos, relatórios e conclusões contidas nos atuais primeiros quatro volumes servem amplamente para ilustrar a competência científica e técnica da Comissão.

A sessão solene de inauguração do primeiro Congresso da CIGB foi realizada na Sala de Concertos de Estocolmo, durante a abertura oficial da sessão especial da Conferência Mundial de

(n.8)Energia. Essa sessão foi presidida pelo Herdeiro do trono sueco.

O Sr. G. Mercier, Presidente da Comissão Internacional de Grandes Barragens, disse:

Alteza Real, Senhoras e Senhores,

Ao tomar a palavra depois de tais proeminentes e eloquentes personalidades, primeiro em Copenhagen e agora perante esta assembleia, sinto-me um pouco tímido ao me dirigir aos representantes das 37 Nações reunidas aqui no dia de hoje. De fato, nossa jovem Associação está hoje dando seu primeiro passo no mundo. Assim, Vossas Senhorias não devem se surpreender ao vê-la tímida e corada perante seus olhos.

Entretanto, como qualquer jovem moça participando de seu primeiro baile, ela está ansiosa para aproveitar a oportunidade de seduzir quantos pretendentes for possível e, ouso adicionar, aumentar o número de seus admiradores... ou melhor... membros!

Seria um pouco presunçoso esperar que a maioria das Nações aderisse à Comissão do modo que aderiram à Conferência Mundial de Energia. Como todos sabem, nossa organização é a filha adotiva da Conferência, presente aqui sob seus auspícios. Todas as Nações deveriam e devem mostrar interesse pelas amplas questões levantadas pela Conferência. No entanto, nem todas elas estarão envolvidas, uma vez que nossa tarefa é limitada e específica.

Então, apesar dos lamentos que podemos ter expressado ao descobrir isto ontem, a Dinamarca muito provavelmente nunca se unirá a nós, e também por uma ótima razão: seu ponto mais alto mal ultrapassa 100 metros acima do nível do mar! Desde ontem, é de fato um consolo saber que temos amigos verdadeiros na Dinamarca.

Mas há países, que com propriedade se gabam de seus cumes nevados e de suas admiráveis instalações, países que nossas afetuosas e urgentes solicitações ainda não conseguiram tirar de seu esplêndido isolamento. Sob o risco de soar persistente, ou mesmo indiscreto, estou novamente lançando um apelo a esses países. Que o encanto da "Sereia" de Copenhagen e os sorrisos da "Rainha do Báltico" sejam ouvidos e reforcem nossa mensagem.

Dito isso, e colocando de lado os lamentos que acabo de expressar, os resultados já alcançados por nossa Comissão são satisfatórios o suficiente para nos sentirmos legitimamente orgulhosos. Fundada em 1927, de uma maneira, devo admitir, bastante peculiar, nossa Comissão naquela época reunia apenas representantes de quatro países muito motivados, com muita força de vontade e... sem nenhum mandato oficial. Hoje, a Comissão possui 21 Estados membros regulares. Em alguns

10 Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

Desde então, um Congresso tem sido

realizado a cada três anos, exceto em

1939, 1942 e 1945. Os dois primeiros – em

Estocolmo em 1933 e em Washington em

1936 – foram oportunidades para uma

brilhante aplicação concreta dos objetivos

declarados da Comissão. Os Professores

W. Fe l len ius (Wolmar Fe l len ius :

Untersuchungsmethoden zur Feststellung

ob sich ein gegebenes Material für den Bau

eines Erddammes eignet – 1933 (com S.

Johannson), Cálculo da estabilidade de

barragens de terra -1936), e K. Terzaghi

(Karl Terzaghi: Verfahren zur Messung der

Bewegungen betonierter Talsperren –

1933, Die Prüfung von Baumaterialien für

gewalzte Erddämme – 1933, Investigação

das características dos solos quanto a sua

viabilidade para a construção de barragens

de terra Relatório Geral de 1933, Auftrieb

und Kapillardruck an betonierten

Talsperren – 1933) apresentaram

trabalhos magistrais que são lembrados

como eventos históricos no progresso do

conhecimento e foram publicados nos

Anais do Congresso.

Durante os anos de 1964-1967, um

período constitutivo se desenrolou, no

qual a organização adquiriu sua própria

identidade, com o nome de "COMISSÃO

INTERNACIONAL DE GRANDES BARRAGENS

(ICOLD CIGB)”. Os princípios básicos do

Estatuto posterior foram adotados pela

31.ª Assembleia Executiva, em Paris, em

1963, que havia sido convocada em caráter

especial pelo Presidente Claudio Marcello

(Itália) para discutir a nova redação do

texto.

Na 35.ª Assembleia Executiva, em

Istambul, 1967, sob a presidência de J.

Guthrie Brown, logo antes do Nono

Congresso, decidiu-se que a Comissão

havia crescido ao ponto em que deveria se

tornar uma associação independente.

O Sr. J. Guthrie Brown havia formado

um Comitê Especial de Relações entre a

Conferência Mundial de Energia e a CIGB,

sob a chefia do Sr. G. Drouhin (França), em

1965, e essa decisão foi baseada no

relatório desse Comitê, com apoio integral

e amistoso da Conferência Mundial de

Energia.

2.3. A CIGB de 1967 ao Presente

A organização se baseia nos Comitês Nacionais, no Comitê Executivo, nos Diretores, no Escritório Central, e nos Comitês Técnicos, Administrativos e Especiais (ad hoc). Os Diretores são: o Presidente, os seis Vice-Presidentes, o Secretário-Geral e o Tesoureiro, eleitos pelo Comitê Executivo para mandatos de três anos, sem possibilidade de reeleição. Os congressos são realizados a cada três anos, baseados em quatro questões. O Estatuto de 1967 é similar ao atual; mudanças frequentes nele foram feitas, desde aquela época, embora tenham sido apenas mudanças pequenas.

O título da CIGB, especialmente a palavra “Comissão”, tem sido objeto de debate, pois para alguns ele remete à antiga dependência da Conferência Mundial de Energia. Na 39.ª Assembleia Executiva, em 1971, o Presidente José Toran formou um comitê ad hoc, sob a chefia do Sr. J. Cabanius, que apresentou relatório à 40.ª Assembleia Executiva, em Camberra, 1972, nos seguintes termos: “... a CIGB deve manter seu nome atual de 'Comissão Internacional de Grandes Barragens' considerando que a palavra 'Comissão' refere-se ao mandato recebido dos Comitês Nacionais para concretizar a missão definida na Seção 2 do Estatuto. Tal medida não envolve qualquer modificação do Estatuto". Essa inteligente ação foi unanimemente aprovada, e a tentativa de mudar o nome para "Conferência Internacional de Grandes Barragens” foi evitada.

Desde a fundação da CIGB, o número de seus países membros tem aumentado. Em 1928 havia cinco países na assembleia constitutiva da Comissão Internacional de Grandes Barragens. Na pr imeira Assembleia Executiva, realizada em 1931, a CIGB da Conferência Mundial de Energia tinha 13 membros. Antes de 1940, havia 26 países membros; em 1967, 56 países; em 1980, 66 países; em 1990, 72 países; em 2000, 81 países; e em 2008 a CIGB alcançou 88 países membros. Isso significa que nas últimas décadas uma média de oito ou nove países aderiram à CIGB, por década, principalmente países que começam a aumentar seu estoque de barragens devido a suas necessidades de água e desenvolvimento hidrelétrico.

11Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

ALBÂNIA

ARGÉLIA

ARGENTINA

AUSTRÁLIA

ÁUSTRIA

BÉLGICA

BOLÍVIA

BÓSNIA-HERZEGOVINA

BRASIL

BULGÁRIA

BURKINA FASSO

CAMARÕES

CANADÁ

CHILE

CHINA

COLÔMBIA

CONGO

COSTA RICA

CROÁCIA

CHIPRE

REPÚBLICA TCHECA

DINAMARCA

REPÚBLICA DOMINICANA

EGITO

ETIÓPIA

FINLÂNDIA

REPÚBLICA DA MACEDÔNIA (EX. IUG.)

FRANÇA

ALEMANHA

GANA

GRÉCIA

GUATEMALA

HONDURAS

ISLÂNDIA

ÍNDIA

INDONÉSIA

IRÃ (REP. ISLÂMICA DO)

IRAQUE

IRLANDA

ITÁLIA

COSTA DO MARFIM

JAPÃO

CORÉIA (REP. DA)

LETÔNIA

1

2

3

4

5

6

7

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1964

1932-64

1960

1937

1931-48

1933

1982

1996

1957

1938-58

1998

1993

1953

1966

1974

1958

1995

1966

1992

1969

1993

1949

1975

1932

2007

1947

1994

1928

1931-52

1964

1966

1975

1985

1953

1930

1930-50

1970

1970-2000

1965

1936-50

1967

1931-53

1972

2005

45

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83

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87

88

LÍBANO

LESOTO

LÍBIA

LUXEMBURGO

MADAGASCAR

MALÁSIA

MALI

MÉXICO

MARROCOS

NEPAL

HOLANDA

NOVA ZELÂNDIA

NIGÉRIA

NORUEGA

PAQUISTÃO

PANAMÁ

PARAGUAI

PERU

FILIPINAS

POLÔNIA

PORTUGAL

ROMÊNIA

RÚSSIA

SÉRVIA

ESLOVÁQUIA

ESLOVÊNIA

ÁFRICA DO SUL

ESPANHA

SRI LANKA

SUDÃO

SUÉCIA

SUÍÇA

SÍRIA

TAJIQUISTÃO

TAILÂNDIA

TUNÍSIA

TURQUIA

REINO UNIDO

ESTADOS UNIDOS

URUGUAI

VENEZUELA

VIETNÃ

ZÂMBIA

ZIMBÁBUE

Argélia

Austrália

Áustria

Bélgica

Índia Britânica

Tchecoslováquia

Egito

França

África Ocidental Francesa

Alemanha

Grã-Bretanha

Hungria

Itália

Japão

Marrocos

Nova Zelândia

Índias Orientais

Holandesas

Noruega

Polônia

Romênia

Espanha

Suécia

Suíça

Tunísia

Estados Unidos

União das RepúblicasSocialistas Soviéticas

1962

1989

1987

1961

1982

1959

2007

1948

1931-47

1985

1969

1935

1973

1930

1952

2006

1975

1965-81-92

1958-2007

1932

1938-47

1931-57-90

1932

1950

1993

1993

1965

1933-55

1953

1952-2000

1931

1930

1963

2006

1955

1932

1950

1930

1932

1957

1966

2005

1966

1961

Comissão Internacional de Grandes Barragens

12 Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

Até 2008, 76 assembleias executivas e 22 Congressos Internacionais foram realizados, em todos os continentes e nos principais países em termos de construção e gestão de grandes barragens.

Ano

Junho de 1931

Julho de 1932

30 de junho de 1933

6 de julho de 1933

15 de outubro de 1934

18 de junho de 1935

7 de setembro de 1936

11 de setembro de 1936

18 de junho de 1937

26 de agosto de 1938

10 de julho de 1939

30 de abril de 1946

3 de outubro de 1946

3 de setembro de 1947

10 de junho de 1948

29 de junho de 1949

11 de outubro de 1950

10 de janeiro de 1951

5 de setembro de 1952

11 de setembro de 1953

10 de setembro de 1954

31 de maio de 1955

12 de junho de 1956

2 de setembro de 1957

16 de setembro de 1958

1º. de junho de 1959

17 de outubro de 1960

27 de junho de 1961

13 de junho de 1962

4 de fevereiro de 1963

30 de setembro - 1º. de outubro de 1963

1-2 de maio de 1964

6-7 de setembro de 1965

6-7 de junho de 1966

1-2 de setembro de 1967

6-7 de junho de 1968

9-10 de setembro de 1969

29-30 de maio de 1970

5-7 de outubro de 1971

17-19 de abril de 1972

8-9 de junho de 1973

14-16 de maio de 1974

7-9 de outubro de 1975

26-27 de março de 1976

14-16 de setembro de 1977

11-12 de outubro de 1978

26-7 de outubro de 1979

8-9 de outubro de 1980

Cidade (País)

Londres (R.U.)

Paris (França)

Trolhattam (Suécia)

Londres (R.U.)

Haia (Holanda)

Washington (EUA)

Paris (França)

Viena (Áustria)

Zurique (Suíça)

Paris (França)

Paris (França)

Haia (Holanda)

Bruxelas (Bélgica)

Londres (R.U.)

Chicago (EUA)

Paris (França)

Paris (França)

Lisboa (Portugal)

Istambul (Turquia)

Helsinki (Finlândia)

Tóquio (Japão)

Moscou (Rússia)

Cairo (Egito)

Paris (França)

Lausanne (Suíça)

Rio de Janeiro (Brasil)

Stavanger (Noruega)

Varsóvia (Polônia)

Dubrovnik (Iugoslávia)

Camberra (Austrália)

Atenas (Grécia)

Teerã (Irã)

Salzburgo (Áustria)

Cidade do Cabo (África do Sul)

Roma (Itália)

Estocolmo (Suécia)

Washington (EUA)

Estocolmo (Suécia)

Nova Délhi (Índia)

Paris (França)

Nova Iorque (EUA)

Roma (Itália)

Edinburgo (R.U.)

Istambul (Turquia)

Montreal (Canadá)

Madri (Espanha)

Cidade do México (México)

Nova Délhi (Índia)

Assembléia

1ª.

2ª.

3ª.

4ª.

5ª.

6ª.

7ª.

8ª.

9ª.

10ª.

11ª.

12ª.

13ª.

14ª.

15ª.

16ª.

17ª.

18ª.

19ª.

20ª.

21ª.

22ª.

23ª.

24ª.

25ª.

26ª.

27ª.

28ª.

29ª.

30ª.

31ª.

32ª.

33ª.

34ª.

35ª.

36ª.

37ª.

38ª.

39ª.

40ª.

41ª.

42ª.

43ª.

44ª.

45ª.

46ª.

47ª.

48ª.

Congresso

1º. Congresso

2º. Congresso

3º. Congresso

4º. Congresso

5º. Congresso

6º. Congresso

7º. Congresso

8º. Congresso

9º. Congresso

10º. Congresso

11º. Congresso

12º. Congresso

13º. Congresso

13Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

Cidade (País)

Estocolmo (Suécia)

Londres (R.U.)

Tóquio (Japão)

Jacarta (Indonésia)

Pequim (China)

Copenhagen (Dinamarca)

Sydney (Austrália)

Granada (Espanha)

Cairo (Egito)

Oslo (Noruega)

Santiago (Chile)

Nova Délhi (Ïndia)

Antalya (Turquia)

Dresden (Alemanha)

Foz do Iguaçu (Brasil)

Seul (Coréia)

Teerã (Irã)

São Petersburgo (Rússia)

Sófia (Bulgária)

Rio de Janeiro (Brasil)

Lausanne (Suíça)

San Francisco (EUA)

Viena (Áustria)

Durban (África do Sul)

Florença (Itália)

Pequim (China)

Montreal (Canadá)

Barcelona (Espanha)

Ano

28-29 de maio de 1981

2-3 de setembro de 1983

31 de maio - 1º. de junho de 1984

30 de junho - 1º. de julho de 1986

22-23 de maio de 1987

7-8 de junho de 1989

25-26 de maio de 1990

18-19 de setembro de 1992

5-6 de novembro de 1993

7-8 de julho de 1995

19 de outubro de 1996

6-7 de novembro de 1998

25 de setembro de 1999

14-15 de setembro de 2001

27 de setembro de 2002

20-21 de maio de 2004

6 de maio de 2005

29 de junho de 2007

2-6 de junho de 2008

29-30 de abril de 1982

21-22 de junho de 1985

10-11 de junho de 1988

14-15 de junho de 1991

4-5 de novembro de 1994

23 de maio de 1997

17 de setembro de 2000

14 de junho de 2003

17 de junho de 2006

Congresso

14º. Congresso

15º. Congresso

16º. Congresso

17º. Congresso

18º. Congresso

19º. Congresso

20º. Congresso

21º. Congresso

22º. Congresso

Assembléia

49ª.

51ª.

52ª.

54ª.

55ª.

57ª.

58ª.

60ª.

61ª.

63ª.

64ª.

66ª.

67ª.

69ª.

70ª.

72ª.

73ª.

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76ª.

50 .

53ª.

56ª.

59ª.

62ª.

65ª.

68ª.

71ª.

74ª.

ª

A publicação de diretrizes de melhores práticas – os Boletins – visam melhorar a segurança das barragens (incluindo a segurança durante sua construção) – aspecto no qual houve progresso espetacular – e sua durabilidade, ao mesmo tempo otimizando custos. Os assuntos cobertos pelos comitês técnicos se ampliaram de tal modo que os comitês abordam todas as ciências e tudo de algum modo relacionado ao ambiente biológico e social das barragens e dos reservatórios, usando as mais modernas técnicas.

Os modernos instrumentos de apoio ao projeto de barragens e as modernas técnicas de monitoramento de desempenho, hoje comuns ao redor do mundo, são disseminados por meio de publicações da CIGB. As publicações dos 22 congressos internacionais alcançam dezenas de milhares de páginas – todas atualmente disponíveis em formato digital. A CIGB mantém um banco de dados de grandes barragens ao redor do mundo e atualiza regularmente seu Registro Mundial de Barragens. Ela também publica um dicionário multilíngue de termos científicos e técnicos usados no planejamento, no

projeto e na construção de barragens e estruturas acessórias.

Os altos padrões técnicos de seus congressos e suas publicações, a eficiência de sua operação, graças a seu excepcional Estatuto, a vitalidade de seus comitês nacionais e a capacidade e a experiência de seus membros contribuem para tornar a CIGB uma líder na comunidade de associações técnicas internacionais.

Além de sua importância na área de engenharia, a CIGB tornou-se um canal de cooperação internacional. Ser membro da Comissão é visto como estar entre iguais na comunidade internacional, e os indivíduos, ao discutir problemas compartilhados e trabalhar juntos para sua solução, desenvolvem melhor compreensão e maior tolerância mútua.

Desde sua fundação, a CIGB teve 21 Presidentes, 122 Vice-Presidentes e 10 Secretários-Gerais. Todos eles foram honoráveis engenheiros e especialistas de renome internacional que contribuíram para o crescimento da CIGB e para divulgar as atividades da Comissão entre todos os países do mundo.

Comissão Internacional de Grandes Barragens

14 Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

H.E. Gruner

G. de Thierry

W. Binnie

E. Mead

A. Ekwall

R. Reich

M. Giandotti

A. Coyne

J. Savage

F. Vogt

A.N. Khosla

G. Westerberg

J.D. Justin

J. Hinds

W. Halcrow

M. Thirumale Iyengar

G. Drouhin

S. Nagata

J.F. Rebelo Pinto

H. Suleiman

F.S. Friel

A.A. Borovoi URSS

P. Frosini

M. Vercon

W. Hudson

F. Moreno

J.K. Sexton

M. Gadein

J. Guthrie Brown

T. Nilsson

A. Selim

A. Hamid

G.T. McCarthy

F.H. Lyra

J. Toran

Suíça

Alemanha

Reino Unido

EUA

Suécia

Áustria

Itália

França

EUA

Noruega

Índia

Suécia

EUA

EUA

Reino Unido

Índia

Argélia

Japão

Portugal

Egito

EUA

URSS

Itália

Iugoslávia

Austrália

Filipinas

Canadá

Sudão

Reino Unido

Suécia

Egito

Paquistão

EUA

Brasil

Espanha 1965-1968

1931-1935

1931-1933

1931-1933

1933-1936

1934-1937

1935-1938

1936-1939

1937-1939

1937-1947

1938-1940

1939-1951

1946-1952

1947-1950

1950

1950-1956

1951-1957

1952-1958

1957-1960

1956-1958

1958-1961

1958-1961

1958-1961

1959-1961

1959-1962

1960-1963

1960-1963

1961-1964

1961-1964

1962-1964

1962-1965

1963-1966

1963-1966

1964-1967

1964-1967

1965-1968

K. Noyan

G.T. Colebatch

M. Nose

C.F. Gröner

C.S. Ospina

V. Stolnikov

F. Lawton

M. Faris

N.G.K. Murti

G. Schnitter

W. Johnson

A. Benassini

H. Dixon

B. Binson

M. Speedie

N. Nicolaidis

J.P. Kriel

L. Votruba

C.A. Dagenais

Y.K. Murthy

G. Cruickshank

P. Londe

E. Lartey

O. Korvenkontio

G. Oberti

W.V. Binger

P.A. Raj

J.M. Ortega-Martinez

K. Belbachir

O. Rambert

R. Urbistondo

D. Fernandes

Li Eding

W. Shenouda

S. Ichiura

1931-1937

1937-1940

1946-1952

1952-1958

1958-1961

1961-1964

1964-1967

1967-1970

1970-1973

1973-1976

França

Itália

França

EUA

Portugal

Itália

Reino Unido

EUA

Espanha

Noruega

F.H. Lyra

P. Londe

C.A. Dagenais

G. Lombardi

J. Veltrop

W. Pircher

T.P.C. van Robbroeck

K. Höeg

C.V.J. Varma

C.B. Viotti

L. Berga

G. Mercier

M. Giandotti

A. Coyne

G.A. Hathaway

J.F. Rebelo Pinto

C. Marcello

J. Guthrie Brown

G.T. McCarthy

J. Toran

C.F. Gröner

1976-1979

1979-1982

1982-1985

1985-1988

1988-1991

1991-1994

1994-1997

1997-2000

2000-2003

2003-2006

2006-2009

Brasil

França

Canadá

Suíça

EUA

Áustria

África do Sul

Noruega

Índia

Brasil

Espanha

1965-1968

1966-1969

1966-1969

1967-1970

1967-1970

1968-1971

1968-1971

1969-1972

1969-1972

1970-1973

1970-1973

1971-1974

1971-1974

1972-1975

1972-1975

1973-1976

1973-1976

1974-1977

1974-1977

1975-1978

1975-1978

1976-1979

1976-1979

1977-1980

1977-1980

1978-1981

1978-1981

1979-1982

1979-1982

1980-1983

1980-1983

1981-1984

1981-1984

1982-1985

1982-1985

Turquia

Austrália

Japão

Noruega

Colômbia

URSS

Canadá

Marrocos

Índia

Suíça

EUA

México

Reino Unido

Tailândia

Austrália

Grécia

África do Sul

Rep. Tcheca

Canadá

Índia

México

França

Gana

Finlândia

Itália

EUA

Índia

Venezuela

Argélia

Suíça

Espanha

Brasil

China

Egito

Japão

15Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

K. Höeg

G. Noguera

M. Caddedu

R. Mochebelele

H. Roo

Zhang Jinsheng

B. Farhangi

G.P. Sims

A.C. Williams

M. Turfan

L. Berga

C.B. Viotti

K. Baba

R. Lafitte

G. Verzeni

P. Roberts

C.B. Abadjiev

Jia Jinsheng

Yong-Nam Yoon

A. Hughes

A. Nombre Burkina

A. Walz

B. Tardieu

E. Maurer

M. Bartsch (Sra.)

N. Matsumoto

S.A. Hultin

D. Coats

G. Lombardi

E. Aisiks

J. Cabanius

A. Chaoui

M. Umar

W. Pircher

A.E. Wickham

J.A. Veltrop

M. Dolcetta

Shen Chonggang

J. Laginha Serafim

F. Miguez de Mello

T.C. Kabell

V.M. Semenkov

A. Bozovic

G. Marinier

F.M. Budweg

C.V.J. Varma

J.L. Guitart

T.P.C. van Robbroeck

A.M. Shalaby

E.T. Haws

R.W. Kramer

A.H. Kazi

1983-1986

1983-1986

1984-1985

1984-1987

1986-1987

1985-1988

1985-1988

1986-1989

1986-1989

1987-1988

1987-1990

1988-1991

1988-1991

1989-1990

1989-1992

1989-1992

1990-1993

1990-1993

1991-1994

1991-1994

1992-1995

1992-1993

1993-1996

1993-1996

1994-1997

1994-1997

A. Genthial

J. Aubert

R. Giguet

C. Chauvez

J. Duffaut

A. Janod

J. Cotillon

J. Lecornu

A. Bergeret

M. De Vivo

Suécia

Reino Unido

Suíça

Argentina

França

Marrocos

Indonésia

Áustria

Austrália

EUA

Itália

China

Portugal

Brasil

Zimbábue

URSS

Iugoslávia

Canadá

Brasil

Índia

Espanha

África do Sul

Egito

Reino Unido

EUA

Paquistão

1995-1998

1995-1998

1996-1999

1996-1999

1997-2000

1997-2000

1998-2001

1998-2001

1999-2002

1999-2002

2000-2003

2000-2003

2001-2004

2001-2004

2002-2005

2002-2005

2003-2006

2003-2006

2004-2007

2004-2007

2005-2008

2005-2008

2006-2009

2006-2009

2007-2010

2007-2010

Noruega

Chile

Itália

Lesoto

Venezuela

China

Irã

Reino Unido

Austrália

Turquia

Espanha

Brasil

Japão

Suíça

Canadá

África do Sul

Bulgária

China

Coréia

Reino Unido

Fasso

EUA

França

Brasil

Suécia

Japão

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1931-1937

1937-1946

1946-1953

1953-1959

1959-1968

1968-1978

1979-1995

1996-2002

2002-2005

2005

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Comissão Internacional de Grandes Barragens

16 Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

G. MercierFrança

1931-1934

J. ToranEspanha

1970-1973

T.P.C. van RobbroeckÁfrica do Sul

1994-1997

M. GiandottiItália

1937-1940

C.F. GrönerNoruega

1973-1976

K. HöegNoruega

1997-2000

A. CoyneFrança

1946-1952

F.H. LyraBrasil

1976-1979

C.V.J. VarmaÍndia

2000-2003

G.A. HathawayEUA

1952-1958

P. LondeFrança

1979-1982

C.B. ViottiBrasil

2003-2006

Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

J.F.R. PintoPortugal

1958-1961

C.A. DagenaisCanadá

1982-1985

C. Marcello tália

1961-1964

G. LombardiSuíça

1985-1988

J. Guthrie BrownReino Unido1964-1967

J. VeltropEUA

1988-1991

G.T. McCarthyEUA

1967-1970

W. PircherÁustria

1991-1994

L. BergaEspanha

2006-2009

Comissão Internacional de Grandes Barragens

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18 Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

tualmente, a Comissão Internacional de Grandes Barragens (CIGB) continua

a ser a organização internacional não-governamental líder em proporcionar um fórum para o intercâmbio de conhecimento e experiência na área de engenharia de barragens. A CIGB está agora concentrada em disseminar a tecnologia de barragens para o progresso dos países em desenvolvimento.

A CIGB possui 88 países-membros (que correspondem a cerca de 90% da população mundial) e aproximadamente 10 mil membros individuais, entre engenheiros, geólogos e cientistas de organizações governamentais e privadas, firmas de consultoria, universidades, laboratórios e empreiteiras. O objetivo principal da Comissão é promover avanços no planejamento, no projeto, na construção, na operação e na manutenção de grandes barragens e suas obras associadas, coletando e disseminando informações pertinentes e estudando os aspectos técnicos, econômicos e financeiros correspondentes, assim como as questões ambientais e sociais.

A CIGB exerce liderança estabelecendo padrões e diretrizes para garantir que as barragens sejam construídas de maneira segura, eficiente e econômica, e sejam a m b i e n t a l m e n t e s u s t e n t á v e i s e socialmente justas.

A CIGB promove a arte, a ciência e a engenharia para o planejamento, projeto, construção, operação e manutenção de barragens seguras para garantir o desenvolvimento e a gestão sustentáveis dos recursos hídricos mundiais.

pelo oferecimento de um fórum internacional para o intercâmbio de conhecimento e experiência nas áreas técnicas de engenharia de barragens, com vistas ao desenvolvimento e à gestão dos recursos hídricos mundiais de maneira sábia;

por meio de comitês técnicos que tratam de questões emergentes, tais como o monitoramento de desempenho de barragens, a reavaliação de barragens e vertedouros antigos, impactos ambientais e mitigação, os efeitos do tempo e o descomissionamento de barragens;

3.1. Missão

Essa missão é alcançada:

pela conscientização do público quanto ao papel benéfico das barragens no desenvolvimento e na gestão sustentáveis dos recursos hídricos mundiais.

A organização profissional líder mundial, dedicada à divulgação da arte e da ciência da engenharia de barragens e à promoção do desenvolvimento e da gestão dos recursos hídricos e hidrelétricos mundiais de maneira sábia e sustentável.

A CIGB está ajudando nações a se preparar para encarar os desafios do século XXI na área de desenvolvimento e gestão dos recursos hídricos e hidrelétricos mundiais.

Aumentar a disseminação dos benefícios das barragens para a melhor qualidade de vida e para o bem-estar da sociedade.

Explicar o papel das barragens na (n.9)consecução das MDM .

Promover a construção de novas barragens de maneira ambientalmente sustentável e socialmente justa.

Elaborar informações e diretrizes para o processo de planejamento de recursos hídricos. Disseminar essas informações e diretrizes entre órgãos políticos, agências de financiamento, ONGs e o público em geral.

Participar em nível internacional, regional e nacional dos debates sobre os benefícios e as preocupações com barragens e sobre a operação e a gestão das barragens existentes.

Aumentar a presença no cenário mundial e a colaboração da CIGB com organizações internacionais (diversas agências da ONU, Instituto para Colaboração, Criatividade e Cultura – IFCCC, Banco Mundial, Conselho Mundial da Água, Conselho Mundial de Energia, etc.) e instituições regionais (União Européia, União Africana etc.).

Facilitar contatos dos membros da CIGB e dos comitês nacionais com agências de financiamento (Banco Mundial, Banco de Invest imento Europeu, Banco de Desenvolvimento Africano, Banco de Desenvolvimento Asiático.

Visão

Slogan

Promover e divulgar o importante papel das barragens e dos reservatórios no desenvolvimento e na gestão integrados e sustentáveis dos recursos hídricos.

Melhorar a presença e as atividades internacionais da CIGB

3.2. Objetivos e Prioridades Estratégicas

A

Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

Nova Parceria para Desenvolvimento da África-NEPAD etc.). Trocar dados e experiências com essas agências.

Continuar e melhorar a colaboração com nossas organizações-irmãs (Comissão Internacional de Irrigação e Drenagem, Associação Internacional de Hidreletricidade, Associação Internacional de Recursos Hídricos, Associação Internacional de Engenharia e Pesquisa Hidráulica, Comitê de Ligação das Associações Internacionais Relacionadas à Água) e ampliar a colaboração com outras associações (IGS, Sociedade Internacional de Mecânica de Rochas, ITA, União de Produtores, Distribuidores e Transmissores Africanos de Energia etc.).

Aumentar o número de países membros da CIGB. Aumentar a presença da CIGB em países em desenvolvimento com crises de água e energia e com pobreza.

Aumentar a disseminação das atividades e publicações da CIGB e desenvolver eventos comemorativos.

Promover o profissionalismo e a ética na engenharia de barragens.

Estimular a transferência de conhecimento entre países. Promover cursos e estágios de treinamento.

Estimular os jovens a participar das atividades da CIGB e dos comitês nacionais.

Desenvolver o conhecimento das adaptações à mudança climática e de seu impacto sobre os recursos hídricos e sobre barragens e reservatórios.

Facilitar o avanço da tecnologiade barragens

Aumentar o conhecimento sobre barragens e meio ambiente e sobre segurança de barragens.

Desenvolver a participação ativa dos comitês nacionais nas atividades da CIGB e nos comitês técnicos. Aumentar o apoio do Escritório Central aos comitês nacionais e sua comunicação com eles.

Revisar o Estatuto da CIGB. Selecionar questões-chave.

Melhorar a disseminação das atividades da CIGB e de suas publicações.

Adaptar e melhorar o funcionamento e a administração da CIGB.

Garantir a sustentabilidade financeira da CIGB.

Adaptar e melhorar a administração para enfrentar novos e futuros desafios

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Comissão Internacional de Grandes Barragens

19

20 Barragens o desenvolvimento humano sustentávelpara

organização é composta de: Comitês Nacionais, o Comitê Executivo, os

Diretores, o Escritório Central, e os Comitês Técnicos, Administrativos e Especiais (ad hoc). Qualquer país independente pode se tornar um "país-membro" e constituir um comitê nacional composto de pessoas competentes nas áreas relativas a barragens.

pela Assembleia Executiva, que é composta por representantes de todos os países membros e pelos Diretores da Comissão. A Assembleia Executiva é realizada durante a Assembleia Anual e está encarregada de resolver todas as questões envolvendo a organização e a direção de estudos, invest igações e exper imentos, a administração de todos os recursos e propriedades e a operação do Escritório Central e de outras atividades pertinentes à Comissão. Além disso, ela aprova o orçamento de receitas e despesas, nomeia e organiza todos os comitês e elege novos países membros.pelos Diretores da Comissão, que incluem o Presidente, os seis Vice-Presidentes, o Secretário-Geral e o Tesoureiro. Os Diretores são eleitos pela Comissão para mandatos de três anos, sem reeleição, exceto no caso do Secretário-Geral e do Tesoureiro. pelo Escritório Geral, em Paris, que cuida das atividades da Comissão. O Escritório Central está sob o comando geral do Presidente, auxiliado pelo Secretário-Geral e pelo Tesoureiro e pela equipe necessária para o funcionamento eficiente do Escritório.pelos Comitês Técnicos, Administrativos e Especiais, nomeados pela Comissão.

por meio das atividades dos comitês nacionais e das assembleias executivas da Comissão, com o intercâmbio de informações e experiências entre seus comitês nacionais.realizando assembleias executivas e técnicas, que são organizadas por comitês nacionais e que são sucedidas por rodadas de estudos, nas quais são discutidos problemas de projeto e construção de barragens. A assembleia executiva, com

A Comissão é dirigida:

A CIGB alcança seus objetivos e trabalha:

4.1. As Principais Atividades da CIGB

representantes de todos os comitês nacionais, reúne-se anualmente.organizando e coordenando estudos e pesquisas.

publicando atas, relatórios e documentos técnicos.por meio de seus comitês técnicos. A CIGB trabalha por meio de 24 comitês técnicos, com mais de 400 especial istas internacionais, que publicam de três a cinco boletins por ano.

Comitê sobre Aspectos Computacionais na Análise e no Projeto de Barragens

Comitê sobre Aspectos Sísmicos em Projetos de Barragens

Comitê sobre Hidráulica para Barragens

Comitê sobre Concreto para Barragens

Comitê sobre Materiais para Barragens de Aterro

Comitê sobre Monitoramento de Barragens

Comitê sobre Meio Ambiente

Comitê sobre Segurança das Barragens

Comitê sobre Atividades de Engenharia no Processo de Planejamento de Projetos de Recursos Hídricos

Comitê sobre Assoreamento de Reservatórios

Comitê sobre Descomissionamento de Barragens

Comitê sobre Barragens de Rejeitos

Comitê sobre Operação, Manutenção e Reabilitação de Barragens

Comitê sobre Conscientização e Educação do Público

Comitê sobre Registro de Barragens e Documentação

Comitê Constitucional Ad Hoc

Comitê sobre Barragens para Hidreletricidade

Comitê Ad Hoc sobre Pequenas Barragens

Comitê sobre Barragens e Enchentes

Comitê sobre o Papel das Barragens no Desenvolvimento e na Gestão de Bacias Hidrográficas

Comitê sobre Redução de Custos na Construção de Barragens

Comitê sobre Barragens Subterrâneas

Comitê de Finanças e Consultoria

Comitê sobre Barragens e Transferência de Águas

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promovendo a conscientização do público sobre o papel benéfico das barragens no desenvolvimento e na gestão sustentáveis dos recursos hídricos mundiais.

Diretrizes elaboradas pelos especialistas dos comitês técnicos da CIGB são publicadas em boletins. Os 133 boletins atualmente disponíveis tratam de todos os principais tópicos da engenharia de barragens.

As atas e os relatórios dos 22 congressos da CIGB formam um patrimônio de conhecimento para os engenheiros no que diz respeito a projetos de barragens, questões geológicas e hidrológicas, construção de barragens e seus impactos.

Registro Mundial de BarragensDicionário Técnico em seis idiomasMapa AmbientalPanfleto sobre Barragense a Água do Mundo

PUBLICAÇÕES:

BOLETINS

ATAS DOS CONGRESSOS

OUTRAS PUBLICAÇÕES

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A CIGB já publicou 133 Boletins e, para facilitar sua difusão, os Boletins de 1 a 100 podem ser baixados gratuitamente no sítio eletrônico da Comissão:

Esses boletins refletem o estado da arte na engenharia de barragens, no que diz respeito à segurança de barragens, novos tipos de barragens, como as de concreto compactado a rolo, construção e operação de barragens e efeitos ambientais e sociais (efeitos à jusante, sedimentação, qualidade da água etc.). Outros boletins tratam de questões emergentes como avaliação de riscos, monitoramento de desempenho de barragens, reavaliação de barragens e vertedouros antigos, novos aspectos de impactos ambientais e mitigação, o papel das barragens na gestão integrada de bacias e de recursos hídricos, os efeitos do tempo e o descomissionamento de barragens, entre outras.

proporcionando um fórum internacional para o intercâmbio de conhecimento e experiência. A CIGB realiza um congresso internacional a cada três anos (22 edições até 2008), além de vários simpósios e workshops internacionais.

www.icold-cigb.org.

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Comissão Internacional de Grandes Barragens

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omo no passado, a sustentabilidade da vida em muitas regiões do mundo

con t inua a se r ameaçada pe lo desequilíbrio entre a demanda e a oferta disponível de água, alimentos e energia. A história nos mostra que as barragens e os reservatórios têm sido usados com sucesso para coletar, armazenar e administrar a água necessária para sustentar a civilização por 5 mil anos. Enquanto olhamos para o futuro, precisamos aprender com o passado e passar esse conhecimento para as gerações futuras. Atualmente, a CIGB continua a exercer um grande papel mundial ao promover a arte e a ciência da construção de barragens para produzir os mais eficientes, eficazes e responsáveis projetos de recursos hídricos em benefício da sociedade. Isso é realizado pelo desenvolvimento e pela promoção de conceitos de engenharia tecnicamente sólidos e pelo fornecimento de orientação e padrões técnicos compatíveis com os requisitos sociais, ambientais, financeiros e operacionais dos projetos de desenvolvimento de recursos hídricos.

Inicialmente, o foco da CIGB era promover a tecnologia de planejamento, projeto, construção e operação de barragens. Nos anos 60, a CIGB enfatizava a segurança das barragens, a reavaliação de barragens antigas, os efeitos do tempo sobre as barragens e os impactos ambientais. Durante as últimas décadas, a CIGB adicionou várias novas áreas entre suas prioridades: análise de custos de barragens, compartilhamento de rios internacionais, gestão integrada da água, impactos sociais e ambientais e maior conscientização do público. A Comissão continuará a tratar de questões atuais e emergentes relativas aos recursos hídricos. São exemplos disso os dois novos comitês sobre “Mudança Climática Global e Barragens” e “Atividades de Engenharia no Processo de Planejamento de Projetos de Recursos Hídricos”.

Ao olharmos para o futuro, o processo de planejamento deve cuidadosamente documentar os benefícios propostos, assim como os problemas e impactos que devem ser controlados. Os problemas e impactos adversos das barragens podem ser minimizados ou eliminados com planejamento, projeto e construção cuidadosos, incorporando envolvimento e contribuição do público em todas as fases do processo. Quando as medidas de mitigação apropriadas são identificadas logo no in íc io do processo de planejamento e projeto de uma barragem e

seu reservatório, elas podem ser incorporadas de maneira eficiente e eficaz no projeto, na construção e na operação do empreendimento. A CIGB continuará a oferecer aos maiores engenheiros e cientistas um fórum para o intercâmbio e a t rans ferênc ia de conhec imento , experiência e tecnologia relativos ao desenvolvimento e à gestão dos recursos hídricos e energéticos mundiais. Esse processo é muito útil para passar informações daqueles com longa experiência àqueles que têm grandes programas de construção em seu futuro. É também importante garantir que as barragens existentes permaneçam seguras e sejam operadas da maneira mais eficiente e econômica.

O intuito da CIGB é garantir que as barragens e as estruturas associadas necessárias para o desenvolvimento e a gestão de recursos hídricos e hidrelétricos ao redor do mundo sejam seguras, e c o n ô m i c a s , a m b i e n t a l m e n t e responsáveis, socialmente aceitáveis e operadas e mantidas com vistas à confiabilidade sustentada. As barragens e os reservatórios podem ser compatíveis com o ambiente social e natural de cada região. O desafio para o futuro será a ut i l ização das barragens e dos reservatórios para a gestão sábia dos recursos hídricos mundiais como parte dos objetivos de desenvolvimento social e econômico de cada nação. A CIGB espera trabalhar com todos os países e com outras organizações internacionais para enfrentar esse desafio.

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Comissão Internacional de Grandes Barragens