ICP - Série Apologética Volume 2

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Srie Apologtica

Volume IIEspiritismo Islamismo Santo Daime Seicho-no-ie Adeptos do nome YEHOSHUA

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SUMRIOEspiritismo......................................................................................................... 4 Islamismo........................................................................................................ 41 Santo Daime....................................................................................................65 Igreja Seicho-no-ie..........................................................................................70 Adeptos do nome Yehoshua e suas variantes..............................................82

ESPIRITISMO - INTRODUOEm certo sentido, pode-se afirmar que o espiritismo a religio mais antiga do mundo. podese dizer mais, que a primeira sesso esprita se realizou no Jardim do den, quando a serpente, incorporando o diabo, entabulou conversao com a mulher e assim conseguiu ludibri-la (Gn 3.1-5). A Bblia o livro, dentre outros, que nos d a histria do espiritismo. Comeando no xodo, ela mostra que os antigos egpcios foram praticantes de fenmenos espritas, quando os magos foram chamados por Fara para repetir os milagres operados por Moiss. Quando Moiss apareceu diante desse monarca com a divina incumbncia de tirar o povo de Israel da escravido egpcia, os magos repetiram alguns dos milagres de Moiss (x 7.10-12; 8.18). Mais tarde, j nas portas de Cana, Deus advertiu o povo de Israel contra os perigos do ocultismo, dentre os quais se destacava a mediunidade como prtica abominvel sua vista (Dt 18.912). O castigo imposto aos que desobedecessem aos mandamentos de Deus nesse particular que seriam condenados morte (x 22.18; Lv 20.27). O Antigo Testamento tambm indica como amaldioadas por Deus pessoas com ligaes com espritos familiares e feiticeiras (Lv 19.31; 20.6). O rei Saul, antes da sua apostasia, quando ainda estava sob a direo de Deus, baniu os praticantes de espiritismo em todas as suas modalidades (1 Sm 28.3-9), da mesma forma como o fez o reto rei Josias aps ele (2 Rs 23.24-25). O profeta Isaas tambm se dirigiu aos antigos espritas que vaticinavam para o povo de Israel que essa prtica era intil e detestvel aos olhos de Deus (Is 8.19; 19.3; 47.9,13-14). Igualmente, a queda do rei Manasss se deu como resultado das suas prticas ligadas ao espiritismo (2 Rs 21.6; 2 Cr 33.6). A Bblia tambm registra a tentativa de o homem procurar conhecer o futuro e os mistrios do universo, seja por meio de adivinhao, encantamentos, feitiaria. Egpcios, caldeus e cananitas, diz-nos a Bblia, estavam envolvidos com essas prticas e tm continuado atravs dos sculos (Mq 5.12; Na 3.4).

- HISTRICO DO ANTIGO MODERNO ESPIRITISMOEm 1848, houve um recrudescimento do espiritismo no stio de Hydesville, perto da cidade de Arcdia, Condado de Wayne, Estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos. A famlia Fox alugou uma casa tida como assombrada. A residia a famlia do Dr. Joo Fox, constituda pela Sra. Margarida Fox, esposa do Dr. Joo, e as filhas Margarida, cujo apelido familiar era Maggie, e Catarina, apelidada Katie. O casal Fox tinha dois filhos que moravam fora da casa paterna: David e Ana Leah (ou Lia), que era mais velha do que Maggie, 23 anos. Era um lugar muito pobre de casas e de humilde aspecto, geralmente construdas de madeira. Seus pais eram metodistas. Notava-se que naquela residncia acontecia algo de anormal que obrigava os seus moradores a mudar-se. O ltimo inquilino antes da famlia Fox fora um homem chamado Miguel Weekman, em 1847, tendo vrias vezes ouvido baterem porta e quando ia ver quem era no encontrava ningum, isso ocorrendo vrias vezes. Como essa cena se repetia constantemente, aborrecido, mudou-se de casa. Na referida casa, passou habitar a famlia Fox: pai, me e as duas meninas Katie, com 12 anos, e Maggie, com 15. Neste mesmo ano a casa era novamente perturbada por estranhas manifestaes; rudos inexplicveis faziam-se ouvir com tal intensidade que a famlia no conseguia repousar. Freqentemente esses fenmenos pareciam vir do quarto onde dormiam as duas irms. Mesmo quando o quarto estava fechado, percebia-se ali o movimento de objetos, mveis que arrastavam, mesas e cadeiras que giravam. Chamados os vizinhos,

eles foram testemunhas dos mesmos fenmenos. Todos os meios de vigilncia foram colocados em ao para descobrir de onde procediam aquelas batidas, e tudo foi intil. No se pde descobrir a causa real daquelas manifestaes, apesar das numerosas pesquisas. A famlia percebeu que a causa produtora era inteligente, pois, certa noite, quando Katie comentava com sua me tais coisas, procurou imitar com estalar de dedos aqueles sons misteriosos e para surpresa delas, de sbito, os mesmos estalos se reproduziram e em nmero igual. Surpreendida e, curiosa, Katie repetiu os estalos e os mesmos se fizeram ouvir de novo. A senhora Fox pediu ao misterioso visitante que contasse at dez. Ouviram dez pancadas! Perguntou-lhe qual era a idade de cada uma de suas filhas, obtendo resposta exata. Por meio de outras perguntas, verificou tratar-se de um esprito que respondia afirmativamente, dando dois toques e negativamente dando um toque. Desta maneira, foram informadas que o tal esprito era a alma de Carlos Ryan, assassinado naquela casa e que fora enterrado na despensa. A notcia de que era possvel falar com os mortos por intermdio de seu esprito logo se espalhou e a casa da famlia Fox comeou a ser freqentada pelos vizinhos, que ali iam passar noites em consulta ao esprito. Em vista do crescente progresso esprita, a famlia decidiu se mudar de cidade, transferindo-se para Rochester. Aps quatro meses nesta cidade, resolveram mudar-se para Nova York. Os investigadores dessas manifestaes notaram que o fenmeno s se produzia na presena da jovem Katie Fox, atribuindo-lhe um certo poder que vieram a chamar de mediunidade. Certa noite, sentada em torno de uma mesa, estava a senhora Fox conversando com outras duas pessoas, quando de sbito a mesa se agita e se eleva no ar. Uma das pessoas presentes deu ordem mesa, e a movimentao cessou. Lia logo atribuiu aos espritos a locomoo espontnea da mesa. Lia, a irm mais velha, com suas irms, teve a idia de invocar outros espritos e assim muitos dos que assistiam quelas sesses espritas foram levados pela curiosidade ou pelo desejo de tambm se tornarem clebres a repetir, por conta prpria, as experincias e as evocaes dos espritos, de tal modo que pela Amrica do Norte as sesses espritas se foram multiplicando rapidamente. Essas meninas se tornaram mdiuns e durante 30 anos produziram fenmenos que se tornaram conhecidos em vrias partes do mundo. No dia 21 de outubro de 1888, a Sra. Margareth Fox Kane realizou pela primeira vez seu intento de, com os prprios lbios, denunciar publicamente o espiritismo e seu squito de truques. Apresentou-se Academia de Msica de Nova York perante numerosa e distinta assemblia e, sem reservas, demonstrou a falsidade de tudo quanto no passado fizeram sob o disfarce da mediunidade esprita. A Sra. Maggie (Margarida) manteve-se em p sobre o palco. Tremendo e possuda de intensos sentimentos, fez uma aberta e extremamente solene abjurao do espiritismo, enquanto a Sra. Catharine Fox Jencksen assistia de um camarote vizinho, dando, por sua presena, inteiro assentimento a tudo que a irm dizia (The World, 22.10.1888, citado no livro "O Espiritismo no Brasil", p. 444). Desta maneira, o espiritismo assumia sua feio definitiva. MONUMENTO AO ESPIRITISMO MODERNO O Congresso Internacional de Espiritismo reunido em Paris no ano de 1925 aprovou unanimemente a proposta de erigir um monumento comemorativo em Hydesville, nos Estados Unidos para comemorar as primeiras manifestaes espritas, que tiveram lugar a 31 de maro de 1848, nas pessoas das ento meninas Katie e Margareth Fox. O monumento recebeu a seguinte inscrio: Erigido a 4 de dezembro de 1927 pelos espiritistas de todo o mundo, em comemorao das revelaes do espiritismo moderno em Hydesville, Nova York, a 31 de maro de 1848, em Homenagem mediunidade, base de todas as demonstraes sobre que se apia o espiritismo. A morte no existe. No h mortos.

III - NA EUROPADos Estados Unidos, o espiritismo passou para a Europa, indo primeiramente Alemanha, por meio de uma carta, onde eram expostos os processos empregados para obter-se os curiosos fenmenos. Posto fielmente em prtica, foi infalvel: as mesas giraram, ouvindo-se rudos. Neste pas, numerosos pesquisadores lhe dedicaram ateno, no como adeptos, mas como estudiosos dos chamados fenmenos psquicos. Em 1869, fundada a Bibliothek des Spiritualismus fur Deutschland y Spirite Studien. O espiritismo na Alemanha contava entre os seus principais adeptos o astrnomo Zoellner, professor de Fsica na Universidade de Leipzig, que se dedicou a experincias espritas de 1877 a 1881. Neste mesmo ano de 1852 o espiritismo era introduzido na Esccia e logo depois na Inglaterra, Rssia e Frana.

IV - NA FRANAA notcia dos fenmenos misteriosos que se produziam na Amrica suscitou na Frana intensa curiosidade e, em pouco tempo, a experincia das mesas giratrias era grandemente disseminada. Nos sales, a moda era interrog-las sobre as mais fteis questes. Durante os anos de 1851 e 1852, essas prticas eram vistas apenas como divertimento; no se tomavam essas manifestaes a srio. O baro de Guldenstubb ao entrar em contato com as mesas giratrias ficou muito impressionado pelo carter inteligente que revestia o movimento da mesa e publica, em 1857, um livro intitulado "La Ralit des Espirits" relatando as primeiras experincias deste fenmeno. Os jornais, as revistas e as academias protestaram, ridicularizando esse novo fenmeno, chegando quase a extingui-lo.

V - O ESPIRITISMO NO BRASILNo Brasil, as mesas comearam a danar em 1853. O Jornal do Comrcio, do Rio de Janeiro, foi o primeiro a publicar matria sobre as mesas girantes da Europa e dos Estados Unidos, em sua edio de 14 de junho de 1853. Duas semanas depois, no dia 30 de junho, o mesmo jornal informa sob o ttulo de A Rotao Eltrica, os fenmenos que empolgavam Paris, depois de terem feito sucesso nos Estados Unidos, Mxico, Londres, Viena e Berlim. No dia 2 de julho de 1853, o Dirio de Pernambuco, editado no Recife, informava a seus leitores que, em Paris, grande era a curiosidade, que toda a sociedade se colocava em torno das mesas esperando algum movimento. O Jornal Cearense, de Fortaleza, na edio de 19 de maio de 1854, informava aos seus leitores sobre a evocao de almas por meio das mesas girantes: A evocao se faz por intermdio de um iluminado, a quem se d o nome de mdium ("Espiritismo Bsico", Pedro Franco Barbosa, FEB, 2 edio, p. 68). Foi assim que o espiritismo no Brasil conquistou adeptos, passando da mesa rodante para a mesa falante; da mesa inteligente relao com os mortos; da comunicao com os mortos a novas revelaes; destas revelaes a uma nova religio, com doutrinas e prticas opostas ao Evangelho de Jesus Cristo. A primeira sesso esprita realizada no Brasil ocorreu em Salvador, Bahia, no dia 17 de setembro de 1865, sob a direo de Luiz Olmpio Teles de Menezes. Este fundou no mesmo ano o primeiro centro esprita, com o nome de Grupo Familiar de Espiritismo.

Em julho de 1869, Lus Olmpio publica "O Eco do Alm Tmulo Monitor do Espiritismo no Brasil", o primeiro jornal esprita do Brasil, com 56 pginas, circulando no Brasil e em capitais estrangeiras como Londres, Paris, Madri, Nova York. Em 28 de novembro de 1873, desfeito o Grupo Familiar do Espiritismo, fundando-se a sociedade cientfica, sob o ttulo de Associao Esprita Brasileira, sendo Lus de Menezes o primeiro presidente. O primeiro movimento organizado do espiritismo, no Rio, comeou em 2 de agosto de 1873, com a fundao da Sociedade de Estudos Espirticos Grupo Confcio, sob a direo dos Drs. Francisco de Siqueira Dias Sobrinho, presidente e Antnio da Silva Neto. O Grupo Confcio tinha como divisa; sem caridade no h salvao; sem caridade no h verdadeiro esprita ("Espiritismo Bsico." Pedro Franco Barbosa, FEB, 2 edio, p. 70); recebia mensagens de seu patrono e tinha como guia espiritual um esprito chamado Ismael, que se revelou como diretor espiritual do Brasil; praticava a homeopatia e aplicava passes nos doentes. Em 1 de janeiro de 1875, o Grupo Confcio lanou a Revista Esprita, redigida e dirigida pelo Dr. Antnio da Silva Neto. Era o segundo peridico esprita do Brasil e o primeiro do Rio de Janeiro, que at ento era a capital do Imprio. Neste mesmo ano o Grupo Confcio publicou a traduo de vrias obras de Kardec, a cargo de Fortnio, pseudnimo de Joaquim Carlos Travassos: O "Livro dos Espritos", "O Livro dos Mdiuns", "O Cu e o Inferno", "O Evangelho Segundo o Espiritismo". Estes foram os primeiros livros publicados no Brasil, pela editora B.L. Garnier. Em 23 de maro de 1876, funda-se a Sociedade de Estudos Espritas Deus, Cristo e Caridade sob a orientao de Bittencourt Sampaio; e, em 1878, tambm de Antnio Lus de Sayo. Em 20 de maio de 1877, membros dissidentes da Sociedade fundaram a Congregao Esprita Anjo Ismael. No ano seguinte, outros componentes da mesma Sociedade fundam o Grupo Esprita Caridade. Essas instituies, bem como o Grupo Esprita Confcio, desaparecem em 1879. Em 1883, foi fundada a Revista Reformador, que mais tarde veio se tornar o rgo oficial da Federao Esprita Brasileira, organizada em 1 de janeiro de 1884. A partir de ento se multiplicam os grupos e centros espritas, ocasionando a formao de federaes de mbito estadual. O nome mais conhecido do espiritismo kardecista brasileiro o do mdium Francisco Cndido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier. Natural da cidade de Uberaba, Minas Gerais, onde reside. Ele muito procurado por pessoas de todas as classes sociais, vindas de todos os lugares do pas, que recorrem a seus servios medinicos em busca de ajuda espiritual e tambm de curas fsicas. De acordo com a revista Veja, de 10/4/1991, p. 40, Chico Xavier j incorporou os espritos de 605 autores mortos, 328 dos quais eram poetas, entre eles alguns dos mais famosos tanto em Portugal como no Brasil. Tudo isso faz do Brasil o maior pas esprita do mundo. Enquanto a doutrina esprita cresce no Brasil, ela praticamente desapareceu na Frana, onde nasceu.

VI - CAUSAS DA DIFUSO DO ESPIRITISMO NO BRASILSo variadas as causas para que o espiritismo, em todas as suas formas, progredisse tanto no Brasil, a ponto de nosso pas ser considerado o maior pas esprita do mundo, como apregoam fartamente os seguidores de Allan Kardec. Eis algumas razes: 1. Voc um mdium - precisa desenvolver-se So as palavras dos espritas quando se deparam com pessoas com problemas ligados insnia, tristeza, perturbao, arrepios e por a afora. Logo a idia do esprita que essa pessoa est sob a presso de espritos opressores e precisa desenvolver a mediunidade num centro esprita. E l se vai a

pessoa cheia de esperana de ver-se livre desses incmodos inexplicveis. Envolvendo-se com o espiritismo, vem em seguida o temor de sair, julgando que as conseqncias sero fatais. 2. A grande saudade dos mortos Essa saudade habilmente explorada pelo espiritismo, pois aberta a possibilidade dessa comunicao com o ente morto. Veja o relato de uma pessoa envolvida por esse meio:No dia 16 de julho de 1933 morreu minha irm, ento com sete anos de idade, e, logo depois, uma famlia das proximidades de Bemidji, Minnesota, nos disse que havia entrado em contato com o esprito da menina morta e que ela estava ansiosa por falar conosco. A famlia toda ficou alvoroada e combinamos nos encontrar em Bemidji na ocasio marcada para a sesso. Com isso, deu-se o envolvimento. Certa ocasio, foi anunciada no citado centro uma sesso de perguntas e respostas e foi orientado que as perguntas deveriam ser de ordem espiritual. Foi dirigida a primeira pergunta ao esprito mentor se ele cria que Jesus era filho de Deus. Resposta do esprito mentor: lgico, meu filho, Jesus o Filho de Deus. Cr apenas como diz a Bblia. Segunda pergunta: tu, grande e infinito Esprito, crs que Jesus o Salvador do mundo? Resposta: Meu filho, por que duvidas? Por que no crs? Tens estado conosco; por que continuas a duvidar? Terceira pergunta: esprito, crs que Jesus o Filho de Deus, e que Ele o Salvador do mundo crs que Jesus morreu na cruz e derramou seu sangue para a remisso de pecados? O mdium, em profundo transe, foi arremessado de sua cadeira. Foi cair bem no meio da sala de estar e gemia como se estivesse sentindo profunda dor. Os sons turbulentos sugeriam espritos num carnaval de confuso. ("Eu Falei com Espritos", Editora Mundo Cristo, 1977, pp. 23-24).

VII - DIVISES DO ESPIRITISMO NO BRASILO Espiritismo Kardecista Pode ser chamado de espiritismo ortodoxo. Aquele que est filiado Federao Esprita Brasileira e para quem Allan Kardec considerado o Mestre Divino. o maior grupo. A Legio da Boa Vontade O nome do fundador completo Alziro Elias Davi Abrao Zarur e nasceu aos 25 de dezembro de 1914, de pais srios, que eram catlicos ortodoxos. Considerava-se ele a reencarnao de Allan Kardec como declara no livro "Jesus - A Saga de Alziro Zarur". No cr que Cristo tivesse corpo real e humano, seguindo a linha de pensamento de Joo Batista Roustaing. Racionalismo Cristo Fundado em 1910, por Luiz de Mattos. Luiz Jos de Mattos nasceu em Portugal (Traz os Montes em 3 de janeiro de 1860). pantesta e fala de Deus como O Grande Foco, Inteligncia Universal. Possui templos suntuosos em vrias regies de So Paulo.

Cultura Racional Fundada por Manoel Jacintho Coelho, em 1935, no Rio de Janeiro (Meyer), idia mais divulgada a partir de 1970, quando alcanou fama nacional. Aceita a metempsicose (retorno do esprito do morto a seres inferiores). Umbanda Seita afro-brasileira que divulgada mais como folclore do que como religio, embora advogue esta ltima condio. Formada pelo sincretismo de cultos afros, amerndios e catolicismo europeu trazido pelos portugueses. Declara-se com o objetivo de desfazer os males invocados pela Quimbanda atravs de Exus. Evoca, diferindo do espiritismo kardecista, os Orixs, seres elementares da natureza, mas evoca tambm os espritos dos pretos velhos; e caboclos, que so segundo eles, os espritos dos ndios mortos. Crculo Esotrico da Comunho do Pensamento Fundado em 1909 pelo Sr. Antnio Olvio Rodrigues. Possui espalhados pelo Brasil milhares de tattwas ou centros. Aceita a doutrina reencarnacionista. Ordem Rosacruz Com suas vrias organizaes como: AMORC (Antiga e Mstica Ordem Rosae Crucis). A fraternidade segue uma tradio mstica egpcia. Alega ser originria do reinado de Amenhotep IV, imperador egpcio no ano de 1353 a.C, mais conhecido como Akhenaton. A Fraternidade Rosacruz de Max Heindel, a FRC (Fraternidade Rosae Crucis) de Clymer. A FRA (Fraternitas Rosacruciana Antqua) de Krummheller ou a Igreja Gnstica e a Ordem Cabalstica da Rosacruz (Igreja Expectante do Sr. Lo Alvarez Costet de Mascheville). Finalmente, poderamos agrupar aqui as sociedades teosfcas, as seitas orientais japonesas como Seicho-No-Ie, Igreja Messinica Mundial, Arte Mahikari, Perfect Liberty. Seitas orientais provindas do hindusmo, como movimento Hare Krishna, Meditao Transcendental, e outras. Todas elas so adeptas do reencarnacionismo.

VIII - DECLARAO COMPROMETEDORADeclara Allan Kardec que: Um direito imprescritvel o direito de exame e de crtica, do qual o espiritismo no tem a pretenso de eximir-se, assim como no tem a de satisfazer a todos. Cada um livre para aceit-lo ou rejeit-lo, mas depois de discuti-lo com conhecimento de causa... Para saber qual a parte de responsabilidade que cabe ao espiritismo em dada circunstncia h um meio bem simples: inquirir de boa f, no dos adversrios, mas na prpria fonte, o que ele aprova e o que condena. E isto fcil porque ele nada tem de secreto. Seus ensinamentos so divulgados e todos podem examin-los ("Obras Pstumas", Opus Editora Ltda., p. 1127, 28, 2 edio, 1985). justamente o que pretendemos fazer: analisar as doutrinas espritas luz da Bblia Sagrada, nos dirigindo principalmente aos livros de autoria de Allan Kardec, que constituem a base do espiritismo.

IX - DOUTRINA ESPRITADefine-se como doutrina esprita o conjunto de princpios bsicos, codificados por Allan Kardec, que constituem o espiritismo. Estes princpios esto contidos nas obras fundamentais, que so: "O Livro dos Espritos", "O Que o Espiritismo", "O Livro dos Mdiuns", "O Evangelho Segundo o Espiritismo", "O Cu e o Inferno", "A Gnese" e "Obras Pstumas".

X - O QUE UM ESPRITAAllan Kardec define como esprita todo aquele que cr nas manifestaes dos espritos ("O Livro dos Mdiuns", p. 44, 20 edio). Com essa definio, embora no agrade aos espritas kardecistas, no podem negar que os chamados cultos afro-brasileiros integram tal prtica, portanto podem ser tambm reconhecidos como espritas. So considerados como integrantes do baixo espiritismo.

XI - ESPIRITISMO RELIGIO?Como acontece com outras organizaes religiosas que no querem assumir seu carter de religio, o espiritismo, a princpio, nega essa sua condio de entidade religiosa:O espiritismo , antes de tudo, uma cincia, e no cuida de questes dogmticas. Melhor observado depois que se generalizou, o espiritismo vem derramar luz sobre um grande nmero de questes, at hoje insolveis ou mal compreendidas. Seu verdadeiro carter , portanto, o de uma cincia e no de uma religio ("O Que o Espiritismo", p. 294, Opus Editora Ltda., 2 edio especial, 1985).

Em lugares novos, onde os espritas comeam a penetrar, a primeira coisa que propagam dizer que o espiritismo no religio. Depois, tiram a mscara e identificam-se como religio:O espiritismo foi chamado a desempenhar um papel imenso na Terra. Reformar a legislao tantas vezes contrria s leis divinas; retificar os erros da Histria; restaurar a religio do Cristo, que nas mos dos clrigos se transformou em comrcio e trfico vil; instituir a verdadeira religio, a religio natural, a que parte do corao e vai direto a Deus, sem se deter s abas de uma sotaina ou nos degraus de um altar ("Obras Pstumas. Obras Completas." Editora Opus, p. 1206, 2 edio especial). Aproxima-se a hora em que ters de declarar abertamente o que o espiritismo e mostrar a todos onde est a verdadeira doutrina ensinada pelo Cristo. A hora em que, face do Cu e da Terra, deveras proclamar o espiritismo como nica tradio realmente crist, a nica instituio verdadeiramente divina e humana ("Obras Pstumas. Obras Completas." Editora Opus, 2 edio especial, p. 1210) (destaques nossos).

O espiritismo reivindica ser uma religio. Afirma ser a verdadeira religio, superior a todas as outras, ainda que alguns de seus adeptos aleguem que o espiritismo seja uma filosofia ou cincia. O Cristianismo tem seus fundamentos histricos e doutrinrios baseados na Bblia. Qualquer movimento religioso que alegue ser cristo deve ter seus ensinos confrontados com a Palavra de Deus para se verificar a veracidade dos mesmos e se, de fato, podem ser chamados cristos.

XII - A FALACIOSA PROPAGANDA ESPRITAO espiritismo arroga para si a condio de ser autntico Cristianismo. Ser?A doutrina esprita nos ensina a praticar o Cristianismo em sua forma mais pura e simples, assim, o esprita procura ser um bom cristo. Ele sente que precisa combater seus prprios defeitos e praticar os ensinamentos de Jesus ("O Espiritismo em Linguagem Fcil", p. 61).

Resposta Apologtica:Para praticar o Cristianismo em sua forma mais pura e simples, em primeiro lugar seria preciso que o espiritismo tivesse sua base na Bblia e suas crenas fossem as mesmas do Cristianismo histrico. No o caso. Da porque o espiritismo usa uma falsa propaganda ao fazer afirmaes como as citadas e como outras, entre as quais destacamos: preciso que nos faamos entender. Se algum tem uma convico bem assentada sobre uma doutrina, ainda que falsa, necessrio que o desviemos dessa convico, porm, pouco a pouco, eis porque nos servimos, quase sempre, de suas palavras e damos a impresso de partilhar de suas idias, a fim de que ele no se ofusque de sbito e deixe de se instruir conosco. (Destaque nosso). Ento, o texto citado afirma que Allan Kardec recomenda: Primeiro: nos servimos... de suas palavras... Segundo: damos a impresso de partilhar de suas idias... Com que propsito? a fim de que ele no se ofusque de sbito e deixe de se instruir conosco... ELOGIOS A JESUS CRISTO Assim, para atingir seu objetivo, o espiritismo elogia Jesus Cristo dizendo: Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e de modelo? "Jesus." Em seguida, segue-se uma declarao de Allan Kardec, nos seguintes termos: Jesus para o homem o tipo de perfeio moral a que pode aspirar a humanidade na terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ele ensinou a mais pura expresso de sua lei, porque ele estava animado pelo Esprito divino e foi o ser mais puro que j apareceu na terra. (Destaque nosso). Qual o cristo que no concordaria com essas declaraes sobre Jesus e seus ensinos? Encontramos aprovao bblica para essas declaraes em Hebreus 7.26; Mateus 3.16-17. Mas, logo em seguida, coloca na boca dos espritos as seguintes palavras que contradizem a posio antes adotada com relao pessoa e aos ensinos de Jesus:Se Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, que utilidade tm os ensinamentos dos espritos? Podero eles ensinar alguma coisa alm do que ensinou Jesus? Os ensinamentos de Jesus eram freqentemente alegricos e na forma de parbolas, dado que ele falava de acordo com a poca e os lugares. Hoje, preciso que a verdade seja inteligvel para todos, razo por que preciso explicar e desenvolver esses ensinamentos, to poucos so os que os compreendem e ainda menos os que o praticam. Consiste nossa misso em abrir os olhos e os ouvidos a todos, para confundir os orgulhosos e desmascarar os hipcritas, esses que exteriormente se revestem das

aparncias da virtude e da religio para melhor ocultarem suas torpezas ("O Livro dos Espritos", p. 172, Obras Completas, Editora Opus, 2 edio especial).

Resposta Apologtica:Com essa explicao dada pelos espritos, Kardec se v com o direito de remover da Bblia tudo quanto a Bblia diga contra as prticas e ensinos do espiritismo. O que for contra o espiritismo pode-se alegar, com muita propriedade, que fazia parte dos ensinos parablicos ou alegricos de Jesus. Enquanto os espritas se baseiam no ensino dos espritos, os cristos se baseiam na Bblia Sagrada. Um autor esprita assim se pronuncia sobre a Bblia: Nem a Bblia prova coisa nenhuma, nem temos a Bblia como probante. No rodopia junto Bblia. Mas a nossa base o ensino dos espritos, da o nome espiritismo. A Bblia no pode ser razo de peso contra o ensino dos espritos ("A Margem do Espiritismo", pp. 214, 227, Carlos Embassahy). Allan Kardec opina sobre a Bblia afirmando: Todos os escritos posteriores, sem excetuar os de So Paulo, so e nem podem deixar de ser, apenas comentrios ou apreciaes, reflexos de opinies pessoais, muitas vezes contraditrias, que no poderiam, em caso algum, ter a autoridade de um relato dos que haviam recebido as instrues diretamente do Mestre ("Obras Pstumas", p. 1170. Opus Editora Ltda., 2 edio especial, 1985). E ns? Temos a Bblia como regra de f e conduta para a vida e o carter do cristo (1 Ts 2.13; 2 Tm 3.15-17; 2 Pe 1.20-21). Negam eles as demais doutrinas crists, principalmente nossa redeno por Cristo. O credo esprita negativista em face das doutrinas crists, ts, pois nega a ressurreio corporal de Jesus e da humanidade, nega os milagres de Jesus, nega a Trindade, nega a deidade absoluta de Jesus, nega a Personalidade do Esprito Santo, nega a existncia dos anjos, nega a existncia do Diabo e dos demnios, nega a existncia do cu e do inferno, nega o pecado original, nega a unicidade da vida terrestre. Poderiam, realmente, os espritas ser classificados como cristos? A resposta bvia: no!

XIII - A TERCEIRA REVELAONo obstante a disparidade entre as crenas espritas e crenas crists, alegam os espritas que eles surgiram na Histria como a terceira revelao de Deus aos homens.A lei do Antigo Testamento teve em Moiss a sua personificao; a do Novo Testamento a tem no Cristo. O espiritismo a terceira revelao da hei de Deus, mas no tem a personific-la nenhuma individualidade, porque fruto do ensino dado, no por um homem, mas pelos espritos, que so as vozes do cu, em todos os pontos da Terra, com o concurso de uma legio inumervel de intermedirios ("O Evangelho Segundo o Espiritismo", p. 550. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985).

XIV - ALLAN KARDECFoi, em Lyon, na Frana que, no dia 3 de outubro de 1804, nasceu aquele que mais tarde devia ilustrar o pseudnimo de Allan Kardec ("Obras Completas" - Editora Opus, p. 1, 2 edio especial, 1985). Hippolyte Lon Denizard Rivail nasceu s 19 horas, filho de Jean Baptiste Antoine Rivail, magistrado, juiz, e Jeanne Duhamel, sua esposa, moradores de Lyon, rua Sala, 76 ("Obras Completas." Allan Kardec. Editora Opus, p. 1). Seus primeiros estudos foram feitos na sua terra natal e completou a sua bagagem escolar na cidade de Yverdun (Sua), onde estudou sob a direo do famoso mestre Pestalozzi, de quem recebeu grande influncia. Inmeras vezes, quando Pestalozzi era solicitado pelos governos, para criar institutos como o de Yverndun, confiava a Denizard Rivail o trabalho de substitu-lo na direo da escola. Bacharelou-se em letras e cincias e doutorou-se em Medicina, aps completar todos os estudos mdicos e defender brilhantemente sua tese. Conhecia e falava corretamente o alemo, o ingls, o italiano, o espanhol; tinha conhecimentos tambm do holands e com facilidade podia expressar-se nesta lngua. Foi isento do servio militar e, depois de dois anos, fundou, em Paris, na rua Svres 35, uma escola idntica de Yverdun. Fizera sociedade com um tio, para esse empreendimento, irmo de sua me, o qual entrava como scio capitalista. Encontrou destaque no mundo das letras e do ensino ao qual freqentava, em Paris, vindo a conhecer a senhorita Amlie Boudet, a qual conquista o seu corao. Ela era filha de Julien Louis Boudet, antigo tabelio e proprietrio, e de Julie Louise Seigneat de Lacombe. Amlie nasceu em Thias (Sena), em 23 de novembro de 1875. Denizard Rivail casa-se com ela no dia 6 de fevereiro de 1832. A senhorita Amlie Boudet era nove anos mais velha do que Rivail. Seu tio, que era scio na escola que fundaram, era dominado pelo jogo levando essa instituio falncia. Fechado o instituto, Rivail liquidou as dvidas, fazendo a partilha do restante, recebendo cada um a quantia de 45 mil francos. O casal Denizard aplicou suas rendas no comrcio de um dos seus amigos mais ntimos. Este realizou maus negcios, indo outra vez falncia, nada deixando aos credores. Rivail trabalhando duro, aproveitava a noite para escrever sobre gramtica, aritmtica, livros para estudo pedaggicos superiores; ao mesmo tempo traduzia obras inglesas e alems. Em sua casa organizava cursos gratuitos de qumica, fsica, astronomia e anatomia. Escreveu: "Curso Prtico e Terico de Aritmtica", segundo o Mtodo de Pestalozzi, com modificaes, dois tomos em 1824; "Plano proposto para a melhoria da educao pblica", que assina como discpulo de Pestalozzi e em que expe processos pedaggicos avanados em 1828. Escreveu os seguintes livros: "Qual o sistema de estudos mais em harmonia com as necessidades da poca?", "Memria sobre estudos clssicos", premiado pela Academia Real das Cincias, de Arras, em 1831; "Gramtica francesa clssica" em 1831; "Manual dos exames para os certificados de habilitao: solues racionais das perguntas e dos problemas de Aritmtica e de Geometria", em 1846; "Catecismo gramatical da lngua francesa" em 1848; "Programa dos cursos ordinrios de Qumica, Fsica, Astronomia e Fisiologia" em 1849; "Ditados normais (pontos) para exames na Municipalidade (Hotel-de-Ville) e na Sorbonne" (1849), obra escrita com a colaborao de Lvi-Alvares. Escreveu ainda: "Questionrio gramatical, literrio e filosfico", em colaborao com Lvi-Alvares. Segundo informa Andr Moreil, vrias de suas obras so adotadas pela Universidade da Frana. Era membro de inmeras sociedades de sbios, especialmente da Academia Real d'Arras.

XV - A PRIMEIRA INICIAO DE RIVAIL NO ESPIRITISMOAinda jovem, no ano de 1823, Denizard Rivail demonstrava grande interesse pelo magnetismo animal, um movimento da poca chamado tambm de mesmerismo, porque fora criado pelo mdico alemo Francisco Antnio Mesmer (1733-1815), que morava em Paris desde 1778. No ano de 1853, quando as mesas girantes e danantes vindas dos Estados Unidos invadiram a Europa, os adeptos do

mesmerismo ou magnetistas de Paris logo quiseram explicar com suas teorias magnticas este curioso fenmeno. No final do ano de 1854, o magnetista Fortier notificou a Rivail o fenmeno das mesas danantes que se comunicavam, dizendo-lhe: Sabe o senhor da singular propriedade que acabam de descobrir no magnetismo? Parece que no so unicamente os indivduos que magnetizam, mas tambm as mesas, que podemos fazer girar e andar a vontade. No ano de 1855, encontrou o Sr. Carlotti, um antigo amigo seu que tornou a lhe falar desses fenmenos durante uma hora com muito entusiasmo, o que lhe fez despertar novas idias. No fim da conversa disse-lhe: Um dia sers um dos nossos. Respondeu-lhe: No digo que no. Veremos mais tarde ("Obras Pstumas. Obras Completas." Editora Opus, p. 1160, 2 edio especial, 1985). Em maio de 1858, Rivail foi casa da Sra. Roger, encontrando com o Sr. Fortier, seu magnetizador. Estavam presentes ali o Sr. Ptier e a Sra. Plainemaison que explicaram a ele aquelas manifestaes. Rivail foi convidado a assistir s experincias que se realizavam na casa da Sra. Plainemaison, na rua Gange-Batelire, n 18. O encontro foi marcado para tera-feira s oito horas da noite. Foi ali pela primeira vez que Rivail presenciou o fenmeno das mesas que giravam, saltavam e corriam, em condies tais que no houve mais dvida nele. Numa das reunies da Sra. Plainemaison, Rivail conheceu a famlia Baudin, que morava na rua Rochechouart, que o convidou para ir a sua casa para assistir s sesses semanais que se realizavam ali. Ele aceita o convite e, desde ento, Rivail passa a ser muito assduo s reunies ("Obras Completas", p. 1160). Uma noite, por intermdio de um mdium, seu esprito pessoal lhe revelou que eles haviam vivido juntos em outra existncia, no tempo dos Druidas, nas Glias, e que seu nome era Allan Kardec ("Obras Completas." Editora Opus, 2 edio, 1985 p. 1). Em 1856, Kardec freqentava sesses espritas que eram feitas na rua Tiquetone, na residncia do Sr. Roustan e da Srta. Japhet. No dia 25 de maro deste ano, na casa do Sr. Baudin, sendo mdium uma de suas filhas, Rivail aceita a revelao de ter como guia um esprito familiar chamado: A Verdade. Depois ficar sabendo que se trata do Esprito Santo, o Esprito da Verdade, que Jesus havia prometido enviar. Reuniu todas as informaes que tinha sobre o espiritismo e codificou uma srie de leis, publicando no dia 18 de abril de 1857 uma obra com o nome de: Le Livre des Espirits ("O Livro dos Espritos"). Este livro alcanou grande repercusso, esgotando rapidamente a primeira edio. Allan Kardec f-la reeditar no ano de 1858, neste mesmo ano em janeiro ele publica a Revue Spirite ("Revista Esprita"), o primeiro rgo esprita da Frana, e cuja existncia ele assim justificou: No se pode contestar a utilidade de um rgo especial, que mantenha o pblico a par desta nova cincia e opremuna contra os exageros, tanto da credulidade excessiva, como do ceticismo. essa lacuna que nos propusemos preencher com a publicao desta revista, no intuito de oferecer um veculo de comunicao a todos aqueles que se interessam por essas questes e de vincular por um lao comum aqueles que compreendem a doutrina esprita sob seu verdadeiro ponto de vista moral, ou seja, a prtica do bem e da caridade evanglica para com o prximo ("Espiritismo Bsico." Pedro Franco Barbosa, 2 edio, FEB, p. 53). E em 1 de abril funda a Sociedade Parisiense de Estudos Espritas. Editou ainda outros livros: "O Livro dos Mdiuns", que surgiu na primeira quinzena de janeiro de 1861, considerado como a obra mais importante sobre a prtica do espiritismo experimental. Em 1862, publicou "Uma Refutao de Crticas contra o Espiritismo"; em abril de 1864, "Imitao do Evangelho Segundo o Espiritismo", que mais tarde foi alterado para o "Evangelho Segundo o Espiritismo", com explicaes das parbolas de Jesus, aplicao e concordncia da mesma com o espiritismo. Kardec interpreta os sermes e as parbolas de Jesus, fazendo de maneira que concordem com seus ensinos e com as crenas espritas e animistas que sempre existiram. Em Io de agosto de 1865, lanou nova obra com o ttulo de "O Cu e o Inferno" ou a "Justia Divina Segundo o Espiritismo"; em janeiro de 1868, a "Gnese, os milagres e as predies segundo o espiritismo", com a qual completa a codificao da doutrina esprita e o nome de Allan Kardec passa a figurar no Novo Dicionrio Universal, de Lachtre, como filsofo.

Hippolyte Lon Denizard Rivail Allan Kardec morreu em Paris, na rua Santana, 25 (Galeria Santana, 59), no dia 31 de maro de 1869, com 65 anos de idade, sucumbindo pela ruptura de um aneurisma. A senhora Rivail contava 74 anos quando seu esposo morreu. Sobreviveu at 1883, morrendo em 21 de janeiro, com a idade de 89 anos sem deixar herdeiros diretos.

XVI - LON DENIS, O CONSOLIDADORDiz J. Herculano Pires, no prefcio do livro "Vida e Obra de Lon Denis", de Gasto Luce (Edicel, SP): Lon Denis foi o consolidador do espiritismo. No foi apenas o substituto e continuador de Allan Kardec, como geralmente se pensa. Denis tinha uma misso quase to grandiosa quanto a do Codificador. Cabia-lhe desenvolver os estudos doutrinrios, continuar as pesquisas medinicas, impulsionar o movimento esprita na Frana e no mundo, aprofundar o aspecto moral da doutrina e, sobretudo, consolid-la nas primeiras dcadas do sculo. Nessa nova Bblia (o espiritismo) o papel de Kardec o de sbio e o papel de Denis o de filsofo. Nasceu em 1 de janeiro de 1846, em Foug, na Lorena francesa, e morreu em Tours, em 12 de abril de 1927, com a idade de 81 anos incompletos. Seus pais foram Anne-lucie e o mestre de pedreiro e ferrovirio Joseph Denis. Cursou as primeiras letras em Estrasburgo, mas interrompe os estudos para ajudar o pai, funcionrio da Casa da Moeda; retorna aos estudos em Bordus, mas de novo os abandona para auxiliar o genitor, que agora serve na estrada de ferro de Moux; depois, em Tours, onde trabalha carregando cermica e estuda noite. Dedica-se ao desenho, geografia e contabilidade. Preocupado com as questes filosficas e religiosas, estuda com grande interesse a Histria e as Cincias Sociais, conhecimentos que aprofunda graas s numerosas viagens que faz pela Frana, Itlia, Sua, Espanha, Inglaterra e frica (Tunsia). Seu encontro com o espiritismo se deu quando Lon tinha 18 anos de idade, lendo o "Livro dos Espritos". Serviu como tenente na guerra de 1870, desastrosa para a Frana, e convidado para a vida poltica recusou, como tambm no se casou, pois entendia que seu tempo devia ser todo dedicado doutrina, sua misso, da qual os espritos sempre lhe falavam. Denis se encontrou algumas vezes com Allan Kardec e, como mdium vidente e psicgrafo, recebia mensagens de Sorella (Joana D'arc), do Esprito Azul e de Jernimo de Praga. Escreveu vrios livros, entre eles: "O Progresso" (conferncias); "O Por que da Vida", (1885); "Depois da Morte"; "Cristianismo e Espiritismo" (1889); "No Invisvel" (1903); "O Problema do Ser, do Destino e da Dor"; "A Verdade sobre Joana D'arc" (1912); "O Grande Enigma"; "Resposta de um Velho Esprita a um Doutor em Letras, de Lyon"; "O Mundo Invisvel e a Guerra" (1919);

Participou de inmeros congressos espiritualistas mundiais como: Congresso Espiritualista Internacional de 1889, realizado no ms de setembro, em Paris; Congresso Internacional de 1900, realizado tambm em Paris, no ms de setembro, do qual Lon Denis foi nomeado presidente efetivo; Congresso de Lige, na Blgica, realizado em 1905, cuja presidncia de honra coube a Denis; Congresso Esprita Universal de Bruxelas, realizado de 14 a 18 de maio de 1910, ao qual Denis compareceu como delegado da Frana e do Brasil; Congresso de Genebra (II Congresso Esprita Universal), realizado em 1913, em maio, do qual participaram Denis e Gabriel Delanne; III Congresso Esprita Internacional, realizado em 1925, em Paris, de que foi presidente, aos 80 anos de idade, a pedido de seus guias espirituais, Jernimo de Praga e Joana D'arc.

XVII - VISO ESPRITA DA BBLIAAllan Kardec arroga ao espiritismo a condio de ser a terceira revelao de Deus, que vem completar a revelao inicial dada a Moiss com o Antigo Testamento, depois por meio de Jesus com o Novo Testamento e, por fim, como a consumao pelos espritos: Aproxima-se a hora em que deveras apresentar o espiritismo tal como , demonstrando abertamente onde se encontra a verdadeira doutrina ensinada pelo Cristo ("Obras Pstumas. Obras Completas." Editora Opus, p. 1178) (destaque nosso). A Lei do Antigo Testamento teve em Moiss a sua personificao; a do Novo Testamento a tem no Cristo. O espiritismo a terceira revelao da Lei de Deus, mas no tem a personific-la nenhuma individualidade, porque fruto do ensino dado, no por um homem, mas pelos espritos, que so as vozes do cu, em todos os pontos da Terra, com o concurso de uma legio inumervel de intermedirios ("Evangelho Segundo o Espiritismo. Obras Completas." Editora: Opus, p. 534). (Destaque nosso). A Primeira Revelao era personificada em Moiss; a Segunda, no Cristo; a Terceira no o em indivduo algum. As duas primeiras so individuais. A terceira coletiva; a est uma caracterstica essencial e de grande importncia ("A Gnese. Obras Completas." Editora Opus, p. 888). No Livro "Evangelho Segundo o Espiritismo", Allan Kardec escreveu que: O Cristianismo e o espiritismo ensinam a mesma coisa ("Evangelho Segundo o Espiritismo. Obras Completas." Editora Opus, p. 1178). Se o espiritismo ensina as mesmas doutrinas que o Cristianismo, de se esperar que os seus ensinamentos concordem com as palavras de Jesus e dos apstolos. A melhor maneira de verificar essa afirmao conferir o que diz o espiritismo e o que ensina a Bblia. Como Kardec expressou que o espiritismo uma revelao que procede de Deus, ento essa revelao deve confirmar o que fora revelado pelas duas anteriores. Vejamos o que Kardec diz a respeito da Bblia: A Bblia contm evidentemente fatos que a razo, desenvolvida pela cincia, no pode hoje aceitar, e outros que parecem singulares e que repugnam, por se ligarem a costumes que no so mais os nossos. A cincia levando as suas investigaes desde as entranhas da terra at s profundezas do cu demonstrou, portanto, inquestionavelmente os erros da Gnese mosaica, tomada ao p da letra, e a impossibilidade material de que as coisas se passassem conforme o modo pelo qual esto a textualmente narradas, dando por essa forma profundo golpe nas crenas seculares ("A Gnese. Obras Completas." Editora: Opus, p. 911). (Destaque nosso). Lon Denis, o filsofo do espiritismo, expressou sua opinio sobre a Bblia assim: ...no poderia a Bblia ser considerada a palavra de Deus, nem uma revelao sobrenatural ("Cristianismo e Espiritismo." Lon Denis. FEB, 7 edio, p. 267). Todas as verdades se encontram no Cristianismo. Os erros que nele se arraigam so de origem humana ("O Evangelho Segundo o Espiritismo. Obras Completas." Editora: Opus, p. 564).

Com essas declaraes do prprio codificador do espiritismo a respeito da Bblia, verifica-se que o espiritismo ensina o oposto do Cristianismo.

Resposta Apologtica:Toda Escritura divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargir, para corrigir, para instruir em justia; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instrudo para toda a boa obra (2 Tm 3.16-17). Porque em verdade vos digo que, at que o cu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitir da lei, sem que tudo seja cumprido (Mt 5.18). Como lemos, o espiritismo, atravs de duas de suas maiores autoridades, nega a revelao divina das Escrituras, colocando-as ao nvel de uma mera compilao de fatos histricos e lendrios. Os espritas quando querem dizer que so cristos, usam as Escrituras, citando-as como lhes convm para apoiar suas teorias espritas. A Bblia passa a ser ento apenas obra de consulta, no faz diferena se ou no a Palavra de Deus, desde que possam us-la como desejam. Carlos Imbassahy declara: Em matria de escritura, os espritas, no que se referem, to unicamente aos Evangelhos. No os apresentam, porm, como prova, seno como fonte de luz subsidiria, elemento de reforo (p. 126). Pois, nem a Bblia prova coisa nenhuma, nem temos a Bblia como probante. O espiritismo no um ramo do Cristianismo como as demais seitas crists. No assenta seus princpios nas Escrituras... a nossa base o ensino dos espritos, da o nome espiritismo (" Margem do Espiritismo", p. 219). O prprio Allan Kardec reconhece que, quando necessrio, o espiritismo utiliza a linguagem de outras crenas com o propsito de ganhar adeptos: preciso que nos faamos entender. Se algum tem uma convico bem assentada sobre uma doutrina, ainda que falsa, necessrio que desviemos dessa convico, porm pouco a pouco; eis por que ns nos servimos, quase sempre, de suas palavras e damos a impresso de partilhar de suas idias, a fim de que ele no se ofusque de sbito e deixe de se instruir conosco ("O Livro dos Mdiuns. Obras Completas." Editora: Opus, p. 481, 2a edio, 1985). Fica evidente, que o espiritismo, ao mesmo tempo em que alega ser cristo, nega a Palavra de Deus, a base do Cristianismo, e tambm que os expositores e defensores do espiritismo ora apelam para a Bblia em busca de apoio, ora negam firmemente que ela tenha valor para sua f, como lemos nas declaraes acima. O Senhor Jesus e os apstolos Pedro e Paulo afirmaram repetidamente a inspirao divina das Escrituras, reconhecendoas como Palavra de Deus para a salvao da Humanidade, infalvel em seu contedo.

XVIII - ENSINAMENTOS ESPRITAS SOBRE DEUSA doutrina esprita sobre Deus ambgua, ora assumindo aspectos destas, ora aspectos pantestas, ora confundindo-se com o Cristianismo histrico. No "Livro dos Espritos", Allan Kardec responde pergunta sobre o que Deus com a seguinte assertiva: Deus a inteligncia suprema, causa primria de todas as coisas ("O Livro dos Espritos - Obras Completas." Editora Opus, p. 50, 2 edio especial, 1985). A fim de explicar a existncia de Deus, ele se vale da argumentao clssica do desmo, de que no h efeito sem causa. Apela tambm para o sentimento intuitivo que todos os homens carregam em si mesmos da existncia de Deus ("O Livro dos Espritos. Obras Completas". Editora Opus, p. 51, 2 edio especial, 1985).

De acordo com a concepo desta, Deus teria criado o universo e depois se retirado dele, deixando-o entregue ao das leis fsicas que, desde ento, o governam, como se o universo fosse um grande relgio. Deus seria, portanto, a causa primria do universo, porm no est imanente nele; qualquer contato com a divindade impossvel. Por outro lado, o prprio Kardec afirma que: Deus eterno, infinito, imutvel, imaterial, nico, todo-poderoso, soberanamente justo e bom ("O Livro dos Espritos. Obras Completas." Editora Opus, p. 52, 2 edio especial, 1985). Este conceito que Kardec declara acerca de Deus concorda com o que o Cristianismo reconhece como alguns atributos de Deus. Porm, o fato de uma determinada religio ou seita ter pontos em comum com o Cristianismo bblico no suficiente para que lhe seja conferido o ttulo de crist. Kardec, algumas vezes, declara-se contra o pantesmo dizendo que: a inteligncia de Deus se revela nas suas obras, como a de um pintor no seu quadro; mas as obras de Deus no so o prprio Deus, como o quadro no o pintor que concebeu e executou ("O Livro dos Espritos. Obras Completas." Editora Opus, p. 53, 2 edio especial, 1985). Todavia, em outros lugares, Kardec faz declaraes pantestas, por exemplo, que esto mergulhados no fludo divino ("A Gnese. Obras Completas." Editora Opus, p. 902, 2 edio especial, 1985). Para ele a matria inerte se decompe e vai formar novos organismos. O princpio vital retorna massa de onde sara ("O Livro dos Espritos. Obras Completas." Editora Opus, p. 63, 2 edio especial, 1985).

XIX - ENSINAMENTO ESPRITA SOBRE JESUSOs espritas negam a deidade absoluta de Jesus Cristo: No princpio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... Primeiramente, preciso notar que as palavras citadas acima so de Joo e no de Jesus. Admitindo-se que no tenham sido alteradas, no exprimem, na realidade, seno uma opinio pessoal, uma induo que deixa transparecer o misticismo habitual, contrrio s reiteradas afirmaes do prprio Jesus ("Obras Pstumas, Obras Completas." Editora Opus, p. 1182, 2 edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:Reiterando sua posio de no aceitaram a Bblia como a inspirada Palavra de Deus (2 Timteo 3.16), opina o espiritismo que Joo 1.1 no so palavras de Jesus, mas apenas de Joo, o evangelista escritor. E da? Se ele escreveu por inspirao divina, a sua declarao quanto a Joo 1.1 deve ser aceita. Joo mostra no seu Evangelho vrias vezes os judeus dispostos a matar a Jesus (Jo 5.18; 10.30-33) e, principalmente, Joo 8.58 (comparado com x 3.14), quando Jesus se identificou como o Eu Sou desta ltima passagem. Considerem-se mais os seguintes registros bblicos: Jesus perdoa pecados, atribuio exclusiva de Deus (Is 43.25 comparado a Mc 2.1-12); Aceita adorao, atitude exclusiva a se prestar a Deus (Mt 4.10 comparado a Mt 8.1-2; 14.33; 15.25; 28.9,17; Hb 1.6); Foi chamado abertamente de Deus, sem que se opusesse a tal declarao (Jo 20.28). O mesmo escritor do Evangelho de Joo o identifica como Deus verdadeiro (1 Jo 5.20).

XX - RESPOSTAS APOLOGTICAS S OBJEES ESPRITAS CONTRA A DEIDADE ABSOLUTA DE JESUS CRISTOa) Em nenhuma parte do Novo Testamento encontramos Jesus afirmando formalmente que era Deus.

Resposta Apologtica:O que Jesus nunca disse foi: Eu sou Deus Pai. Repete vrias vezes ser Filho de Deus e igual a Deus (Joo 5.16-18; 8.58; 10.30-33). b) Jesus mesmo declarou que inferior ao Pai (Joo 14.28).

Resposta Apologtica:Em Cristo havia duas naturezas perfeitas: divina e humana: 100% Deus e 100% homem. Jesus verdadeiramente Deus (e como tal pode dizer - Joo 14.8-10 -Quem me v a mim v o Pai.,.); e verdadeiro homem. Como homem, menor do que o Pai (e como tal disse: o Pai maior do que eu). c) Jesus falava do Pai. Quem envia maior, superior.

Resposta Apologtica:Teimam os espritas em ignorar que Jesus tinha tambm uma natureza humana verdadeira e completa, na qual era evidentemente inferior natureza divina. Na sua preexistncia existia como Deus (Fp 2.6). No se apegando a essa forma de viver como Deus, tomou a forma humana (Fp 2.7-8). E nessa condio foi feito menor do que os anjos (Hb 2.9). Numa das suas oraes assim se pronunciou: E agora glorifica-me tu, Pai, junto de ti mesmo, com aquela glria que tinha contigo antes que o mundo existisse (Jo 17.5). d) Se Jesus ao morrer entrega sua alma nas mos de Deus, que ele tinha uma alma distinta da de Deus, subordinada a Deus e, portanto, ele no era Deus ("Obras Pstumas", p. 1146, Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:No negamos que tinha uma verdadeira alma humana distinta de Deus e submissa, mas da no segue que no era Deus. e) Negam a ressurreio corporal de Jesus Depois do suplcio de Jesus, o seu corpo ficou l inerte e sem vida; foi sepultado como os corpos comuns, e todos puderam v-lo e toc-lo. Depois da ressurreio, quando quis deixar a Terra, no tornou a morrer; seu corpo elevou-se, apagou-se e desapareceu, sem deixar vestgio algum

prova evidente de que morrera na cruz... Jesus teve, pois, como toda agente, um corpo carnal e um corpo fludico... ("A Gnese", pp. 1054, 1055. Editora Opus Ltda., 2a Edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:Negar a ressurreio corporal de Jesus pregar outro evangelho (1 Co 15.3-6). Paulo chega a afirmar que uma organizao religiosa que nega a ressurreio corporal de Jesus uma religio intil, sem valor (1 Co 15.14-17); pregar outro evangelho anatematizado (Gl. 1.8-9). Por outro lado, as provas da ressurreio corporal de Jesus so abundantes (Atos 1.3): a) Afirmou em vida que haveria de ressuscitar corpo-ralmente (Jo 2.19-22); b) O corpo de Jesus no foi encontrado no tmulo, quando visitado pelas mulheres (Lc 24.1-3); c) O testemunho dos anjos dado s mulheres de que Jesus ressuscitara, quando estavam no sepulcro procura do seu corpo, para derramar perfumes (Lc 24.4-6); d) Sua apario vrias vezes depois de ressuscitado afirmando que um esprito no tinha carne e ossos como Ele tinha. Mesmo diante de Tom que duvidara da sua ressurreio, foi convidado para toc-lo e confirmar que tinha carne e ossos (Lc 24.36-41; Jo 20.19-21,25-28; Mc 16.9); e) Depois de ressuscitado, permaneceu cerca de 40 dias com eles, dando provas infalveis da sua ressurreio. Em seguida se despediu deles e ascendeu vitoriosamente ao cu (At 1.9-11). f) Negam nossa redeno por Cristo Lon Denis, o segundo na hierarquia esprita depois de Kardec, declarou blasfemamente: No, a misso de Cristo no era resgatar com o seu sangue os crimes da humanidade. O sangue, mesmo de um Deus, no seria capaz de resgatar ningum. Cada qual deve resgatar-se a si mesmo ("Cristianismo e Espiritismo", T edio, 1978 p. 86).

Resposta Apologtica:Paulo, em 1 Corntios 15.3-4, afirma que a misso de Jesus Cristo a este mundo foi a de salvar e por isso morreu por ns pecadores. Assim, a Bblia clara ao declarar que: a) O seu nome (Jesus) indicaria sua misso: salvar (Lc 2.10-11); b) Jesus declarou que essa era sua misso aqui na terra (Mt 20.28; Lc 19.10); c) Paulo afirma que a nossa redeno feita por Cristo e que seu sangue nos purifica do pecado (Ef 1.7; Rm 4.25; 1 Tm 1.15); d) Pedro acentua em sua carta esse ensino (1 Pe 1.18-19; 2.24); e) Joo, o apstolo, repete o mesmo em 1 Joo 1.7-9; 2.12. No Apocalipse Joo descreve uma multido no cu e todos tinham l chegado pela redeno realizada por Cristo mediante sua morte na cruz Ap 7.9-14; 19.1-2).

XXI - RESPOSTAS APOLOGTICAS DE FALSOS ENSINAMENTOS ESPRITASa) Negam a existncia do Cu como lugar de felicidade A felicidade dos espritos bemaventurados no consiste na ociosidade contemplativa, que seria, como temos dito muitas vezes, uma eterna e fastidiosa inutilidade ("O Cu e o Inferno", p. 722. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985). Em que se deve entender a palavra cu? Achais que seja um lugar, como aglomerados, sem outra preocupao que a de gozar, pela eternidade toda, de uma felicidade passiva? No; o espao universal; so os planetas, as estrelas ("O Livro dos Espritos", p. 250. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:Os espritas zombam da idia do cu como lugar de felicidade eterna. Costumam citar Joo 14.2: Na casa de meu Pai h muitas moradas; se no fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E dizem: A casa de meu Pai o Universo; as diversas moradas so os mundos que circulam no espao infinito e oferecem estncias adequadas ao seu adiantamento ("O Evangelho Segundo o Espiritismo", p. 556. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985). O texto citado de Joo 14.2 conclui da seguinte forma: vou preparar-vos lugar, e no versculo 3 afirma: para que onde eu estiver estejais vs tambm. Ora, da se nota que, primeiro, o cu um lugar e, segundo, os que pertencem a Jesus estaro no mesmo lugar onde Jesus foi. E sabemos que Ele foi para o cu e sentou-se direita de Deus (Mc 16.19; Hb 8.1; Ap 3.21). Jesus prometeu mais que os seus estariam onde Ele estivesse (Jo 17.24). Paulo falou da sua esperana celestial (Fp 3.20-21); o mesmo falou Pedro (1 Pe 1.3). b) Negam o inferno como lugar de tormento eterno e consciente (Jesus) Limitou-se a falar vagamente da vida bem-aventurada, dos castigos reservados aos culpados, sem referir-se jamais nos seus ensinos a castigos corporais, que constituram para os cristos um artigo de f ("O Cu e o Inferno", p. 726. Editora Opus Ltda., 2a edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:Jesus no falou vagamente sobre os castigos reservados aos culpados. Falou claramente em Mateus 25.41, 46 sobre o sofrimento eterno dos injustos. Neste ltimo versculo, Jesus declarou que a durao da felicidade dos justos igual durao do castigo dos injustos: E iro estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna. Outros textos onde Jesus empregou palavras que indicam durao sem fim do castigo reservado aos mpios (Mateus 5.22-29; 10.28; 13.42, 49-50; Mc 9.43-46; Lc 6.24; 10.13-15; 12.4-5; 16.19-31). Nos textos citados aparecem as expresses tais como: a) suplcio eterno; b) fogo eterno; c) fogo inextinguvel; d) onde o bicho no morre e o fogo no se apaga; e) trevas exteriores;

f) choro e ranger de dentes. c) Negam a existncia do diabo e demnios como pessoas reais espirituais Sat, segundo o espiritismo e a opinio de muitos filsofos cristos, no um ser real; a personificao do mal, como nos tempos antigos Saturno personificava o tempo ("O Que o Espiritismo", p. 297. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985). H demnios, no sentido que se d a essa palavra? Se houvesse demnios, seria obra de Deus. E Deus seria justo e bom, criando seres, eternamente voltados ao mal? ("O Livro dos Espritos", pp. 7274. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985). A propsito de Satans, evidente que se trata da personificao do mal sob uma forma alegrica ("O Livro dos Espritos", p. 74. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:Deus no criou um ser maligno, mas um anjo de luz que se transviou (Is 14.12-14; Ez 28.14-16); Jesus disse que ele no permaneceu na verdade (Jo 8. 44). Trata-se de uma personalidade real, pois: a) mencionado entre pessoas espirituais (J 1.6); b) Conversou com Jesus no monte, tentando-o (Mt 4. 1-10); c) uma pessoa inteligente, que faz planos para ludibriar os outros (Jo 8.44; 1 Pe 5.8); d) Est condenado ao fogo eterno (Ap 20.10). d) Negam a ressurreio do corpo Em que se torna o Esprito depois de sua ltima encarnao? Em puro Esprito ("O Livro dos Espritos", p. 84. Editora Ltda., 2 edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:A ressurreio do corpo uma doutrina enfatizada na Bblia. Isaas que viveu cerca de 600 anos antes de Jesus, j afirmava no seu livro (26.19): Os teus mortos e tambm o meu cadver vivero e ressuscitaro; despertai e exultai, os que habitais no p, porque o teu orvalho ser como o orvalho das ervas, e a terra lanar de si os mortos. Ainda no Antigo Testamento encontramos exemplos de ressurreio realizados por Elias e Eliseu (1 Rs 17.17-24; 2 Rs 4.32-37). Jesus falou da ressurreio futura de todos os mortos em Joo 5.28-29. Quando Lzaro morreu, sua irm Marta revelou crer na ressurreio. Ao ouvir que Jesus se aproximava: Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmo no teria morrido. Mas tambm agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to conceder. Disse-lhe Jesus: Teu irmo h de ressuscitar. Disselhe Marta: Eu sei que h de ressuscitar na ressurreio do ltimo dia (Joo 11.21-24). O mesmo fez Paulo em Atos 24.15: Tendo esperana em Deus, como estes mesmos tambm esperam, de que h de haver ressurreio de mortos, assim dos justos como dos injustos. No Juzo Final, diante do trono branco, todos iro ressuscitar, at mesmo os mortos nos mares, para prestar contas a Deus de seus atos praticados no corpo: E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros... E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia... (Ap 20.11-15).

e) Negam a inspirao divina da Bblia A Bblia contm evidentemente fatos que a razo, desenvolvida pela cincia, no pode aceitar, e outros que parecem singulares e que repugnam, por se ligarem a costumes que no so mais os nossos... A cincia, levando as suas investigaes desde as entranhas da terra at as profundezas do cu, demonstrou, portanto, inquestionavelmente os erros da Gnese mosaica... Incontestavelmente, Deus que a pura verdade, no podia conduzir os homens ao erro, consciente, nem inconscientemente, do contrrio no seria Deus. Se, portanto, os fatos contradizem as palavras atribudas a Deus, preciso concluir logicamente que Ele as no pronunciou ou que foram tomadas em sentido contrrio ("A Gnese", p. 936. Opus Ltda; 2 edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:O espiritismo nega a criao conforme descrita no livro de Gnesis 1.26-27 e 2.7. Acredita no evolucionismo. Por isto, admite que o registro bblico no deve ser tomado literalmente, mas apenas em sentido figurado. Jesus reiterou a criao dos seres humanos, descrita em Gnesis 1.26-27, ao dizer: No tendes lido que aquele que os fez no princpio macho e fmea os fez (Mt 19.4). Em Hebreus 11.3, lemos que: Pela f entendemos que os mundos pela Palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se v no foi feito do que aparente. E, assim, outros textos confirmam a descrio do Gnesis (Sl 19.1; 24.1). Posto isto, aceitamos as declaraes de 2 Timteo 3.16-17 que toda a Bblia inspirada e a inerrante Palavra de Deus (1 Ts 2.13). A cincia, na qual se baseia o espiritismo, est mudando de opinio freqentemente, de modo que no pode ser levada a srio, pois no tem a ltima palavra. f) Negam a doutrina da Trindade Examinemos os principais dogmas e mistrios, cujo conjunto constitui o ensino das igrejas crists. Encontramos a sua exposio em todos os catecismos ortodoxos. Comea com essa estranha concepo do Ser divino, que se resolve no mistrio da Trindade, um s Deus em trs pessoas, o Pai, o Filho e o Esprito Santo. Essa concepo tributria to obscura, incompreensvel... ("Cristianismo e Espiritismo", 7 edio 1978, p. 86)

Resposta Apologtica:Definindo a doutrina da Trindade apontamos a existncia de um s Deus eternamente subsistente em trs pessoas: o Pai, o Filho e o Esprito Santo. Estas trs pessoas constituem um s Deus, o mesmo em natureza, sendo as pessoas iguais em poder e glria. Essa definio pode ser explanada e biblicamente provada seguindo trs fatos: a) Existe um s Deus (Dt 6.4; Is 43.10; 45.5-6). Trata-se de unidade composta como se l em Gn 2.24 (sero dois uma s carne). b) Esse nico Deus constitudo de uma pluralidade de pessoas (Gn 1.26; 3.22; 11.7; Is 6.1-3,8), textos que empregam o verbo faamos, o pronome nossa e ns. Isto pode ser visto ainda pela seguinte comparao entre as seguintes passagens: 1. Em Isaas 6.1-3, quando Isaas disse que viu o Senhor; 2. Em Jo 12.37-41, Joo disse que Isaas viu Jesus, quando viu o Senhor;

3. Em Is 6.8-9, se l que o Senhor falou a Isaas. Ainda no versculo 6 se l: A quem enviarei e quem ir por ns? 4. Em At 28.25, Paulo declara que quem falou a Isaas foi o Esprito Santo. a) H trs Pessoas na Bblia que so chamadas de Deus e que so eternas por natureza: 1. O Pai (2 Pe 1.17); 2. O Filho (Jo 1.1; 20.28; Rm 9.5; Hb 1.8; Tg 2.13); 3. O Esprito Santo (At 5.3-4). O vocbulo Trindade foi usado pela primeira vez por Tefilo de Antioquia em 189 a.D. (no livro "Epstola a Autolycus" 2.15). g) Negam os Milagres de Jesus Convm, pois riscar os milagres do rol das provas em que pretendem basear a divindade do Cristo ("Obras Pstumas", 1172. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:Os espritas negam a deidade absoluta de Jesus. Conseqentemente, negam tambm os milagres arrolados na Bblia. Para os espritas, Jesus apenas um mdium. Com isso Allan Kardec procura explicar os milagres atribudos a Jesus, da forma como se fora um mdium, que exibe poderes extra-sensoriais. Descreve e explica os milagres de Jesus. h) Pesca Maravilhosa - Lucas 5.1-7 A pesca qualificada de miraculosa explica-se igualmente pela dupla vista, Jesus de modo algum produziu espontaneamente peixes onde os no havia; mas viu, como um vidente lcido acordado, pela vista da alma, o lugar onde se achavam os peixes, e pde dizer com segurana aos pescadores que lanassem ali as suas redes ("A Gnese", p. 1036. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:Ora, quando Jesus pediu a Pedro que lanasse as redes ao mar, Pedro muito naturalmente respondeu como pescador: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lanarei a rede (Lc 5.5). No havia peixe. Foi sobre a autoridade da palavra de Jesus que a rede foi lanada. E, ento, o milagre foi realizado. Jesus era onisciente, e no um vidente lcido acordado, que pela vista da alma, pudesse ver o lugar onde se achavam os peixes. Ele viu Natanael debaixo da videira (Jo 1.48-51). Jesus no precisava receber referncias sobre as pessoas. Conhecia-as todas (Jo 2.24-25). i) A cura da mulher que sofria de fluxo de sangue -Marcos 5.25-34 Estas palavras conhecendo ele prprio a virtude que sara de si so significativas; elas exprimem o movimento fludico que se operara de Jesus para com a mulher doente; ambos sentiram a ao que se acabava de produzir. notvel que o efeito no fosse provocado por ato algum da

vontade de Jesus; no houve magnetizao, nem imposio de mos. A irradiao fludica normal foi suficiente para operar a cura ("A Gnese", p. 1036. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:A mulher, depois de curada, confessou que havia gastado todos os seus bens com os mdicos, indo de mal a pior (Mc 5.26). Confessa sua cura radical pelo poder divino de Jesus e no por irradiao fludica normal. Quase todos, seno todos, os fenmenos espritas esto cercados de dolo. Se houvesse essa possibilidade aventada por Allan Kardec, j a mulher poderia ter sido curada muito antes porque, admite-se, devia haver outros homens nos dias de Jesus com essa ridcula irradiao fludica normal. Doze anos de sofrimento e depois a cura milagrosa realizada imediatamente por Jesus e no por um mdium que precisa de ocasio preparatria para exibir esse tipo de irradiao fludica. j) A cura do cego de nascena - Joo 9. 1-7 Aqui, o efeito magntico evidente; a cura no foi instantnea, mas gradual e seguida de ao sustentada e reiterada, apesar de ser mais rpida do que na magnetizao ordinria ("A Gnese", p. 1037. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:Por que esse efeito magntico evidente no se manifesta espontaneamente entre os mdiuns espritas nos dias atuais? k) A ressurreio do filho da viva de Naim - Lucas 7.11-17 e a ressurreio da filha de Jairo Marcos 5.21-43 O fato da volta vida corporal de um indivduo, realmente morto, seria contrrio s leis da natureza, e, por conseguinte, miraculoso. Ora, no necessrio recorrer a esta ordem de fatos para explicar as ressurreies operadas por Cristo... H, pois, toda a probabilidade de que, nos dois exemplos acima, s se dera uma sncope ou uma letargia. O prprio Jesus o diz positivamente sobre afilha de Jairo: Esta menina, diz ele, no est morta, apenas dorme ("A Gnese", p. 1045. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:Kardec prefere admitir a probabilidade de que s se dera uma sncope ou uma letargia a crer nos milagres de Jesus, embora a descrio bblica deva merecer crdito. Por que a tristeza to grande manifestada pelos pais dos filhos mortos, tanto no caso da filha de Jairo como no caso do filho da viva de Naim, se eles estivessem simplesmente acometidos de uma sncope ou letargia? O fato que o filho morto da viva de Naim estava sendo conduzido ao cemitrio para sepultamento. Sepultar um vivo acometido de sncope? Que descuido fatal cometido por uma me chorosa! Para Kardec, isso mais fcil de explicar do que crer no milagre operado por Jesus. l) A ressurreio de Lzaro - Joo 11.1 A ressurreio de Lzaro, digam o que quiserem, no invalida de forma alguma esse princpio. Ele estava, diziam, havia quatro dias no sepulcro; mas sabe-se que h letargias que duram oito dias ou mais ("A Gnese", p. 1045. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:Quando Allan Kardec explica que Lzaro no estava morto, mas apenas desacordado, negando francamente o texto bblico que registra as palavras de Jesus, Lzaro est morto (Jo 11.14), j se nota sua pretenso de invalidar o texto bblico. Prefere explicar o milagre como se fora Lzaro acometido de uma doena conhecida como letargia ou sncope e que tal doena podia durar at oito dias. Se a prpria irm de Lzaro declarou que o corpo do seu irmo morto j cheirava mal: Senhor, j cheira mal, porque j de quatro dias (Jo 11.39) como ousa Kardec invalidar o texto e lanar uma hiptese contra a explicao dada por algum presente da prpria famlia do morto? J se v que sua inteno negar a qualquer custo a deidade de Jesus. Julgando absurdo seu argumento, se antecipa e declara: digam o que quiserem... Essa sua explicao aceita pelos seus adeptos. m) O milagre da transformao da gua em vinho - Joo 2.1-11 Ele deveria ter feito durante o jantar urna aluso ao vinho e gua, para tirar da alguma instruo ("A Gnese , p. 1047, Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:Ressalta a incoerncia de Kardec em admitir apenas uma aluso ao vinho e gua para da tirar alguma instruo. Como explicar a admirao do mestre-sala diante do milagre operado por Jesus ao dizer: Todo o homem pe primeiro o vinho bom e, quando j tem bebido bem, ento o inferior; mas tu guardaste at agora o bom vinho (Jo 2.10). certo que bebera literalmente do vinho transformado da gua. n) A multiplicao dos pes - Mateus 14.13-21 A multiplicao dos pes tem intrigado os comentadores e alimentado, ao mesmo tempo, a exaltao dos incrdulos. Estes ltimos, sem se darem ao trabalho de sondar o sentimento alegrico, consideram-no um conto pueril; mas a maior parte das pessoas srias o considera, embora sob forma diferente da vulgar, uma parbola comparando a nutrio espiritual da alma com a nutrio do corpo ("A Gnese", p. 1047. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:Kardec nada disse dos 12 cestos de pedaos de po que sobraram depois de todos comerem sobejamente. Eram cinco pes e dois peixes. E comeram todos, e saciaram-se; e levantaram, doze alcofas cheias. E os que comeram foram quase cinco mil homens, alm das mulheres e crianas (Mt 14.20-21). O JESUS ESPRITA UM MDIUM Allan Kardec declara que: Segundo definio dada por um Esprito, ele era o mdium de Deus ("A Gnese", p. 1034. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:A propsito, Joo admoesta a que no creiamos a todo o esprito, porque existem espritos que no so de Deus: Amados, no creiais a todo o esprito, mas provai se os espritos so de Deus, porque j muitos falsos profetas se tm levantado no mundo (1 Jo 4.1). Ora, a interpretao dos textos apontados parece ser muito simples, e o prprio Allan Kardec um deles. No seria ele por isso includo entre os possveis falsos profetas? Sim, ele poderia ser includo, pois nega a veracidade de Joo 1.1. No princpio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Diz Allan Kardec que essas palavras eram apenas a opinio do escritor e no podem ser tidas como prova da deidade de Jesus. Com isso, est negando a inspirao da Bblia. Portanto, Joo est apontando em 1 Joo 4.1 que o esprito que no confessa Jesus como Deus, que veio em carne (Jo 1.14) um falso mestre religioso. Kardec, para reforar sua posio contra a deidade de Jesus, vai ao extremo de negar os prprios milagres de Jesus. Aproveita-se da Bblia para dar consistncia sua doutrina esprita, mas quando a Bblia enfatiza a deidade de Jesus, ele no s nega a declarao de Joo 1.1, como tambm nega os milagres de Jesus, como descritos na Bblia, para provar sua condio de Deus conosco, Jesus (Mt 1.21-23; Jo 10.30, 3738). a) Apontava para seus milagres como prova da veracidade de suas palavras e doutrinas (Mt 11.2-6; Lc 5.24; Jo 5.36; 15.22; 20.30-31); b) Aceitava adorao como Deus, sem lhes corrigir essa interpretao (Jo 20.28).

XXII - DOUTRINAS PECULIARES ENSINADAS PELO ESPIRITISMO1. EVOCAO DOS MORTOS OU MEDIUNIDADE 2. REENCARNAO 3. CARMA Kardec ensina que: Os espritos podem comunicar-se espontaneamente-, ou acudir ao nosso chamado, isto , por evocao. Quando se deseja comunicar com determinado esprito, de toda a necessidade evoc-lo. Mas existe um ponto essencial quando se sente a necessidade de evocar determinado esprito. Qual o ponto essencial quando se fala sobre comunicao dos mortos com os vivos? Allan Kardec perguntou aos espritos qual o ponto essencial quando se pratica a mediunidade? A resposta que lhe deram os espritos foi: O ponto essencial, ns temos dito, sabermos a quem nos dirigimos ("O Livro dos Espritos", p. 42. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985). Explica, ento, Kardec que o ponto essencial identificar o esprito que fala por meio do mdium. Diz ele: A identidade constitui uma das grandes dificuldades do espiritismo prtico. impossvel, com freqncia, esclarec-la, especialmente quando so espritos superiores antigos em relao nossa poca. Entre aqueles que se manifestam, muitos no tm nome conhecido para ns, e, a fim de fixar nossa ateno, podem assumir o de um esprito conhecido, que pertence mesma categoria. Assim, se um esprito se comunica com o nome de So Pedro, por exemplo, no h mais nada que prove que seja exatamente o apstolo desse nome. Pode ser um esprito do mesmo nvel, por

ele enviado ("O Que o Espiritismo", p. 318. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985). (Destaques nossos). Fica claro que no se pode identificar o esprito que vem nos dar supostas notcias ou instrues do alm. Kardec pergunta: Os espritos protetores que tomam nomes conhecidos so sempre e, realmente, os portadores de tais nomes? No. Ento como fica a situao de uma pessoa convidada pelos espritas e, levada pela saudade, vai ao centro para ter notcias de algum morto. Por exemplo, sua me? Faamos de conta que o mdium seja pessoa honesta e digna de toda a confiana e dando crdito de que o mdium conseguiu ligao com um esprito, quem pode afirmar com segurana que ser o esprito da me procurada? Ento como fica a pessoa quando um esprito se diz ser fulano ou beltrano? Talvez seja fulano ou beltrano, mas pode tambm ser um esprito substituto. O problema mais grave quando se leva em conta as palavras de Kardec: Esses espritos levianos pululam ao nosso redor, e aproveitam todas as ocasies para se imiscurem nas comunicaes; a verdade a menor de suas preocupaes, eis porque eles sentem um prazer maligno em mistificar aqueles que tm fraqueza, e algumas vezes a presuno de acreditar neles, sem discusso ("O Livro dos Mdiuns", p. 402. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985). Apreciemos mais um problema levantado por Kardec: Um fato que a observao demonstrou e os prprios espritos confirmam o de que os espritos inferiores com freqncia usurpam nomes conhecidos e respeitados. Quem pode, assim, garantir que os que dizem ter sido, por exemplo, Scrates, Jlio Csar, Carlos Magno, Fenelon, Napoleo, Washington etc, tenham de fato animado essas personalidades? Tal dvida existe at entre alguns fervorosos adeptos da doutrina esprita, os quais admitem a interveno e a manifestao dos espritos, porm indagam como pode ser comprovada sua identidade? ("O Livro dos Espritos" - p. 41. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985). Pode-se insistir em obter a identificao dos espritos que falam pelos mdiuns? Kardec diz que no, ao assim se expressar: Insistir para obter detalhes exatos expor-se s mistificaes dos espritos levianos, que predizem tudo quanto se quer, sem se importarem com a verdade, e que se divertem com os terrores e decepes causadas ("A Gnese", p. 1060. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985). Ento cabe a pergunta: Quem quem? So as almas realmente dos mortos? So espritos demonacos - dizemos ns. E por qu? Porque o prprio Kardec admite perigo nas evocaes dos espritos. PERIGOS DA EVOCAO: Admite o codificador do espiritismo haver perigos na evocao e, ento, se manifesta que no existe assim tanto perigo, aconselhando os praticantes a no se deixarem levar pelo medo: Tambm h pessoas que vem perigo em toda aparte e em tudo aquilo que desconhecem. Da a pressa com que, do fato de terem perdido a razo alguns dos que se entregaram a esses estudos tiram concluses desfavorveis ao espiritismo ("O Livro dos Espritos", 38 p. 43. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985).

Alguns ou muitos perderam a razo pela sua prtica? Alguns, quando os mdicos esto de acordo em apontar o espiritismo como uma das grandes causas da loucura? Opinies de alguns mdicos. O Dr. Xavier de Oliveira, em sua obra "Espiritismo e Loucura", p. 211 (Rio, 1931) fala assim do "O Livro dos Mdiuns": a cocana dos debilitados nervosos que se do prtica do espiritismo. E com um agravante a mais: barato, est ao alcance de todos, e, por isso mesmo, leva mais gente, muito mais, aos hospcios, do que a poeira do diabo', a 'coca maravilhosa'... o txico com que se envenenam, todos os dias, os dbeis mentais, futuros hspedes dos asi-los de insanos. O Dr. Joo Teixeira Alves dirigiu a diversos mdicos de grandes nomeadas carta com a seguinte pergunta: Baseado nas suas observaes, que idia faz V. Sa. do espiritismo como fator de loucura e outras perturbaes nervosas? O Dr. Juliano Moreira, diretor do Hospcio de Alienados do Rio de Janeiro, respondeu: Tenho visto muitos casos de perturbaes nervosas e mentais evidentemente despertadas por sesses espritas. Kardec tenta explicar que no existem somente espritos do mal, mas que Deus permite que os bons espritos venham nos dar bons conselhos. Efetivamente, como acreditar que Deus s ao esprito do mal permita que se manifeste, para perder-nos, sem nos dar por contrapeso os conselhos dos bons espritos? ("O Livro dos Espritos", p. 41. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985). muito aceitvel, porque os conselhos, no digo j dos bons espritos, mas dos timos espritos, todos eles so unnimes em negar a nossa redeno por Cristo. O CASO DE SAUL E A FEITICEIRA DE ENDOR (1 Samuel 28) Razes que provam que houve fraude ou manifestao demonaca: 1. Saul perdera a graa de Deus (1 Sm 15.23), da Deus no lhe responder mais (1 Sm 28.6). Havia trs maneiras de Deus comunicar-se com os homens naquela ocasio: - por sonhos - revelao pessoal (J 33.15-17); - por Urim e Tumim - revelao sacerdotal (x 28.30); - por profetas - revelao inspiracional (Hb 1). 2. No se pode entender que Samuel, enquanto vivo, homem santo, depois de morto pudesse prestar-se a obedecer pitonisa - mulher abominvel - para a prtica proibida por Deus (x 22.18; Lv 20.27; Dt 18.9-12; Is 8.19-20; 47.13-14); 3. No se pode conceber que Deus tenha proibido a feitiaria e a consulta a mortos e depois Ele prprio concordasse em permitir a feiticeira trazer, de fato, o esprito de Samuel (Tg 1.17); 4. Em 1 Samuel 28.13, a mulher diz: Vejo deuses que sobem da terra. Quais eram? S podiam ser deuses do inferno (Ap 12.7; Mc 5.9; Lc 8.30). O diabo pode transfigurar-se em anjo de luz (2 Co 11.13-14; 1 Sm 16.23); 5. Os mortos no se comunicam com os vivos (Lc 16.19-31; Hb 9.27; Mt 25.41-46); 6. O resultado dessa consulta foi trgico para Saul (1 Cr 10.13). De acordo com Deuteronmio 18.22, as profecias devem ser julgadas. Essas profecias do pseudo Samuel no resistem ao exame, so ambguas, imprecisas e infundadas: a) Saul no foi entregue nas mos dos filisteus (1 Sm 28.19), mas se matou (1 Sm 31.4) e veio parar nas mos dos homens de Jabes Gileade (1 Sm 31.11-13);

b) tu e teus filhos estareis comigo (1 Sm 28.19); no morreram todos os filhos de Saul como insinua essa profecia obscura. Ficaram vivos pelo menos trs filhos de Saul - Is-Bosete (2 Sm 2.8-10); Armoni e Mefibosete (2 Sm 21.8). Apenas trs morreram (1 Sm 31.6; 1 Cr 10.6). REENCARNAO A reencarnao a doutrina central do espiritismo. Allan Kardec chega a ponto de afirmar ser ela um dogma do espiritismo. A palavra reencarnao formada do prefrxo re (repetir) e do verbo encarnar (tomar corpo). O sentido etimolgico tornar a tomar corpo. Kardec define ento esse ensino da seguinte forma: A reencarnao a volta da alma vida corprea, mas em outro corpo, especialmente formado para ela e que nada tem de comum com o antigo ("O Evangelho Segundo o Espiritismo", p. 561. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985). Quando Kardec estabelece a volta da alma a outro corpo, com isso, difere da palavra ressurreio, que significa a volta da alma ou esprito ao prprio corpo. Ressurreio uma doutrina bblica ensinada por Jesus e os evangelhos apresentam vrios exemplos de pessoas ressuscitadas por Jesus, cujo esprito retornou ao prprio corpo. Mas ele (Jesus), pondo-os todos fora, e pegando-lhe na mo, clamou, dizendo: Levanta-te, menina. E o seu esprito voltou, e ela logo se levantou; e Jesus mandou que lhe dessem de comer (Lc 8.54-55). Ressuscitar significa, pois, tornar a levantar-se, e, a reencarnao doutrina antibblica ensinada pelo hindusmo e, posteriormente, ensinada por Kardec, com pequenas diferenas. Enquanto Kardec admite o retorno da alma a outro corpo que pode ser de sexo diferente, o hindusmo ensina a metempsicose, que o retorno do esprito aos irracionais. Diz ele: A pluralidade das existncias segundo o espiritismo, difere essencialmente da metempsicose, em no admitir aquele a encarnao da alma humana nos corpos dos animais, mesmo como castigo. Os espritos ensinam que a alma no retrograda, mas progride sempre ("O Que o Espiritismo", p. 85. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985). Quer Kardec justificar a reencarnao com a Bblia, afirmando que: O princpio da reencarnao ressalta, alis, de muitas passagens das Escrituras, encontrando-se especialmente formulado, de maneira explcita, no Evangelho ("O Livro dos Espritos", p. 96. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985). Aponta como prova a histria de Joo Batista como sendo a reencarnao de Elias; o dilogo entre Jesus e Nicodemos, quando Jesus afirmou a necessidade do novo nascimento e de outras passagens bblicas. Mt 11.14 - Era Joo Batista o Elias reencarnado? Se, portanto, segundo a crena deles, Joo Batista era Elias... ("O Evangelho Segundo o Espiritismo" - Editora Opus, p. 561 Ltda., 2 edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:Joo Batista era Elias, no reencarnado, mas proftico, isto , tinha as caractersticas e misso semelhantes. a) Se Elias reencarnou, como se explica que no tenha desencarnado? Foi ele elevado ao cu num redemoinho, sem provar a morte (2 Reis 2.11); b) Se Elias tivesse reencarnado, na Transfigurao, descrita em Mateus 17.1-6, quem deveria ter aparecido seria Joo Batista. Este j havia sido morto por Herodes e ele ento

deveria ter aparecido e no Elias, pois conforme estabelece a doutrina da reencarnao, quando o esprito se encarna toma sempre a forma da ltima existncia. c) Traos de identidade de ministrios: 1. Aparecimento de Elias descrito em 1 Reis 17.1 se assemelha ao aparecimento de Joo Batista como descrito em Mateus 3.1; 2. Elias repreendeu o rei Acabe, casado com Jezabel, mulher idlatra e mpia (1 Reis 18.17-18), e Joo Batista repreendeu o rei Herodes por viver com a mulher de seu irmo (Mateus 14.3-4); 3. Elias foi perseguido por Jezabel (1 Reis 19.2-3) e Joo Batista foi perseguido por Herodias, mulher de Herodes (Mateus 14.6-8); 4. Joo Batista, interrogado, respondeu claramente que no era Elias (Joo 1. 21); 5. Em Mateus 11.13, Jesus disse: Todos os profetas e a eles acrescenta Joo, logo Elias e Joo no so os mesmos. O Novo Nascimento de Jo 3.1-7 Se o homem no renasce da gua e do esprito, ou em gua e em esprito, significa, pois: Se o homem no renasce com seu corpo e sua alma ("O Evangelho Segundo o Espiritismo", p. 561. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985).

Resposta Apologtica:A palavra nascer de novo (do grego anothen, significa nascer do alto). Fala Jesus da regenerao que a mudana das disposies ntimas da alma, estando no mesmo corpo e no do retorno do esprito a outro corpo. Os escritores bblicos interpretam a palavra gua como sinnimo da palavra de Deus: Sendo de novo gerados, no de semente corruptvel, mas da incorruptvel, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre (1 Pe 1.23). Nicodemos perguntou: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua me, e nascer? Depois concluiu Jesus: O que nascido da carne carne, e o que nascido do Esprito esprito. No te maravilhes de te ter dito: Necessrio vos nascer de novo. O novo nascimento , como dissemos, a regenerao, e esta ocorre quando se ouve o Evangelho de Jesus Cristo e se cr (Jo 3.16-18,36). Fenmeno que ocorre numa existncia (Ef 4.23-24; Cl 3.9-10; Tt 3.36; 1 Co 6.11). Joo 9.2: E os seus discpulos lhe perguntaram: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Essa pergunta provaria que os apstolos acreditavam na reencarnao.

Resposta Apologtica:Sejam quais tenham sido as idias pessoais dos apstolos acerca da reencarnao, certo que longe estava Cristo de partilh-las. Ento respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mais foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus (Jo 9.3). Esta resposta arrasa os alicerces de toda a construo reencarnacionista, baseada na opinio de que o pecado pessoal faz decorrer toda a infelicidade, todo sofrimento.

H infelicidades e sofrimentos que Deus envia simplesmente para que sejam manifestas as obras de Deus. Mateus 19.28-29: A reencarnao extensiva a todos Dizem os espritas que no se deve acreditar seja a reencarnao privilgio exclusivo de alguns personagens eminentes, como Cristo, Joo ou Elias. E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vs, que me seguistes, quando, na regenerao, o Filho do homem se assentar no trono da sua glria, tambm vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmos, ou irms, ou pai, ou me, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receber cem vezes tanto, e herdar a vida eterna. Porque Jesus, ao dizer cem vezes tanto, promete uma centena de mes. Que significa isto? Uma centena de nascimentos, uma centena de reencarnaes, evidentemente.

Resposta Apologtica:O prprio Cristo responde a esta pergunta em Lucas 18.29-30: E Ele lhes disse: Na verdade vos digo que ningum h, que tenha deixado casa, ou pais, ou irmos, ou mulher, ou filhos, pelo Reino de Deus, que no haja de receber muito mais neste mundo, e na idade vindoura a vida eterna. Tudo nesta vida ou neste mundo. A vida e a vida eterna, que imediatamente se lhe seguir - eis a existncia do homem. No sobra lugar para a reencarnao, que no receba cem vezes tanto, j neste tempo, em casas, e irmos, e irms, e mes e filhos, e campos, com perseguies; e no sculo futuro a vida eterna (Mc 10.30). Ademais, a reencarnao, segundo confessam os mais ilustrados reencarnacionistas, de forma alguma vem a ser uma recompensa; ao contrrio, antes um castigo, uma vida dolorosa de purificaes sucessivas. Ora, os escritores Mateus, Marcos, Lucas e Joo registraram a vida de Jesus durante o seu ministrio pblico e, ento, importa confrontar os ensinos de Jesus com a doutrina da reencarnao para verificar-se se elas so compatveis: JESUS E A PLURALIDADE DE VIDAS TERRESTRES Kardec procura justificar a doutrina da reencarnao afirmando que s mediante esse ensino que se pode ter compreenso dos ensinos de Jesus exarados nos evangelhos e na prpria Bblia. Do contrrio, fica tudo ininteligvel e at irracional. Vejamos sua declarao: Muitos pontos do evangelho, da Bblia e dos escritos sagrados em geral, so ininteligveis, muitos mesmo se no afiguram irracionais por falta de uma chave, para se lhes conhecer o verdadeiro sentido. Ora, essa chave se acha inteiramente no espiritismo, conforme conheceram aqueles que o estudam seriamente e que melhor o reconhecero mais tarde ("O Evangelho Segundo o Espiritismo", p. 536. Editora Opus Ltda., 2 edio especial, 1985). RESUMO DA DOUTRINA REENCARNACIONISTA A doutrina reencarnacionista pode ser assim sintetizada: 1. Pluralidade de existncias terrestres; 2. Progresso permanente at perfeio; 3. Conquista da meta final por esforos prprios; 4. Definitiva independncia do corpo esprito puro.

Devemos pesquisar se Jesus reconhecia a pluralidade de existncias terrestres; o progresso permanente at perfeio; conquista da meta final por esforos prprios; e, a vida do esprito definitivamente livre do corpo. 1. Jesus ensinou a unicidade da vida terrestre e no a pluralidade de vidas terrestres. Em Lc 23.39-43, vemos Jesus pregado na cruz e suspenso no meio de dois ladres. Os dois tinham sido muito maus, tanto que um deles faz sua confisso ao companheiro de crimes, dizendo: E ns, na verdade, com justia, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum malfez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em ve