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IDENTIFICAÇÃO DO CONTEÚDO PROFª: Jacqueline Gisele Rosas Fadel DISCIPLINA: Educação Física ENSINO: Ensino Fundamental – 5 a série CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Jogos, Brinquedos e Brincadeiras CONTEÚDO ESPECÍFICO: O Jogo de Xadrez como Atividade Complementar na Escola PALAVRAS-CHAVE: Xadrez Escolar, Ferramenta Pedagógica, Jogos Pré- Enxadrísticos 1 RECURSOS DE EXPRESSÃO PROBLEMATIZAÇÃO DO CONTEÚDO “Ao ensinar xadrez não devemos ter como meta imediatista criar futuros campeões”. (Gilson Chrestani) Por que jogar Xadrez? O objetivo deste OAC é compartilhar com os demais professores, algumas idéias e práticas pedagógicas que facilitam a inclusão do jogo de Xadrez como prática orientada nas atividades optativas ou complementares escolares dos alunos da rede pública, considerando que estas podem contribuir para o aprimoramento de competências necessárias à aprendizagem dos diversos conteúdos escolares e que, ao mesmo tempo, favorecem um espaço para a socialização e criação de valores, além de servir como forma de incentivo à permanência do aluno na escola. A aproximação entre jogo de Xadrez e a educação já foi amplamente estudada e posta em prática por autores consagrados ao longo da história e tem sido objeto de estudos nas mais diversas abordagens, a exemplo da sociologia, da psicologia e da psicopedagogia, onde são salientados os resultados expressivos com relação à melhoria da concentração, do raciocínio, criatividade, dentre outras habilidades, por meio da prática enxadrística.

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IDENTIFICAÇÃO DO CONTEÚDO

PROFª: Jacqueline Gisele Rosas Fadel

DISCIPLINA : Educação Física

ENSINO: Ensino Fundamental – 5a série

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Jogos, Brinquedos e Brincadeiras

CONTEÚDO ESPECÍFICO: O Jogo de Xadrez como Atividade Complementar na

Escola

PALAVRAS-CHAVE: Xadrez Escolar, Ferramenta Pedagógica, Jogos Pré- Enxadrísticos

1 RECURSOS DE EXPRESSÃO

PROBLEMATIZAÇÃO DO CONTEÚDO

“Ao ensinar xadrez não devemos ter como meta imediatista criar futuros campeões”. (Gilson Chrestani)

Por que jogar Xadrez?

O objetivo deste OAC é compartilhar com os demais professores, algumas

idéias e práticas pedagógicas que facilitam a inclusão do jogo de Xadrez como

prática orientada nas atividades optativas ou complementares escolares dos alunos

da rede pública, considerando que estas podem contribuir para o aprimoramento de

competências necessárias à aprendizagem dos diversos conteúdos escolares e que,

ao mesmo tempo, favorecem um espaço para a socialização e criação de valores,

além de servir como forma de incentivo à permanência do aluno na escola.

A aproximação entre jogo de Xadrez e a educação já foi amplamente

estudada e posta em prática por autores consagrados ao longo da história e tem

sido objeto de estudos nas mais diversas abordagens, a exemplo da sociologia, da

psicologia e da psicopedagogia, onde são salientados os resultados expressivos

com relação à melhoria da concentração, do raciocínio, criatividade, dentre outras

habilidades, por meio da prática enxadrística.

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Nesse sentido, vale lembrar algumas investigações realizadas em diversas

partes do mundo sobre a utilização do Xadrez como ferramenta pedagógica,

analisadas por Rezende:

Bélgica (1976): os psicólogos da Universidade de Gand, os Dr. Christiaen e Verhofstadt, depois de dois anos de experiências com dois grupos de 20 crianças entre 10 e 11 anos (alunos de 5ª série), observaram que o grupo experimental que receberam aulas de Xadrez durante, obteve aproveitamento 13,5% superior ao do grupo do ensino regular. New York-USA (1981): Joyce Brown constatou considerável melhora no comportamento dos alunos - 60% menos incidentes e suspensões, além da melhora no aproveitamento escolar de até 50% na maioria dos estudantes envolvidos. Marina, Califórnia-USA (1985): George Stephenson, após 20 dias consecutivos desenvolvendo um trabalho com um grupo de estudantes, constatou os seguintes resultados entre os alunos que apresentaram maior aproveitamento escolar: rendimento acadêmico (55%); comportamento (62%); esforço (59%); concentração (56%) e auto-estima (55%).(REZENDE, ago. 2007).

Também Baptistone (2000) concorda que o jogo de Xadrez, embora

considerada uma atividade lúdica, apresenta-se profundamente intelectual, pois os

estudos realizados mostram que este jogo de estratégia, quando trabalhado como

ferramenta educativa, pode reforçar habilidades como a capacidade de cálculo, a

concentração, a responsabilidade e a tomada de decisões.

No Paraná, desde 1998, são desenvolvidos projetos propondo a utilização

do Xadrez, entre os escolares, todos com resultados positivos. Exemplo disso é o

“Xadrez na Escola”, trabalhado pela Secretaria de Estado da Educação e pelo

Centro de Excelência em Xadrez do Estado do Paraná, inclusive, servindo de

modelo metodológico para os demais estados do Brasil. Mas, projetos voltados à

utilização desse jogo como instrumento pedagógico, em sala de aula, não tem sido

uma prática constante entre os professores da rede pública.

Esta situação foi constatada em pesquisa realizada pelo pedagogo Eric

Piassi (dez. 2005), sobre a “Prática e o ensino do esporte nas escolas de Bauru e

região”, quando a maioria dos profissionais da educação indagados, considerou o

jogo de Xadrez como uma arte difícil de ensinar, sendo poucos os que

reconheceram que a real função do jogo é auxiliar o processo de ensino e

aprendizagem. Na verdade, como salienta o pedagogo, o ensino e a prática

enxadrística é uma alternativa possível, bastando que o professor desenvolva

atividades motivadoras que levem o aluno a aprender a jogar Xadrez, não sem antes

que os profissionais envolvidos no projeto, estejam suficientemente preparados para

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inserir esta atividade, em sala de aula, de forma adequada para explorar todos os

benefícios que o jogo pode oferecer ao aluno.

De acordo com Huizinga (1971, p. 16), o jogo deve ser praticado dentro de

certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente

consentidas, mas absolutamente obrigatórias, pois, sendo assim, vai exercitar o

raciocínio abstrato e espacial, melhorando a concentração do aluno. Capacidade

espacial é aquela em que se pensa de maneira tridimensional, pois que possibilita

“perceber imagens externas e internas, recriar, transformar ou modificar as imagens,

movimentar a si mesma e aos objetos por meio do espaço”. (GÓES, 2002, p. 36).

Assim, pode-se dizer que por meio do convívio e das situações criadas em

torno das atividades enxadrísticas, é possível desenvolver competências e

habilidades que alargam, no aluno, a capacidade de percepção em relação ao

binômio espaço-tempo, bem como o exercício da paciência, da tolerância, da

perseverança e do autocontrole, além dos valores éticos e morais.

Visto dessa maneira, nas aulas de Educação Física, quando o aluno pratica

o Xadrez, valendo-se da capacidade espaço-temporal para solucionar problemas,

pode melhor visualizar o jogo, sob diferentes ângulos. Considerando que neste jogo

de estratégias o binômio espaço-tempo é negociado a cada jogada, o aluno, quando

levado a elaborar estratégias por meio da organização de seu pensamento, pode ter

uma considerável melhora no seu desenvolvimento mental e prático.

De acordo com a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED,

2006), as aulas de Educação Física devem contemplar as mais variadas formas de

jogo e brincadeiras, que acolhem regras, mas deixam um espaço para que o

professor faça as adaptações que achar necessárias à sua clientela. É importante,

pois, que o profissional ao pensar a inclusão do Xadrez Escolar, não se volte apenas

aos alunos que se sobressaem em determinadas disciplinas, mas que busque

alternativas que permitam que o aprendizado e a prática do jogo sejam extensivos a

todos, principalmente àqueles que apresentam dificuldade ou defasagem de

aprendizagem.

REFERÊNCIAS

BAPTISTONE, S. A. O jogo na história : um estudo sobre o uso do jogo de xadrez no processo ensino-aprendizagem, 2000, Dissertação (Mestrado) - Universidade São Marcos, São Paulo.

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GÓES, Daniel de Cerqueira. O jogo de xadrez e a formação do professor de matemática. Florianópolis, 2002. 66 f. Dissertação (Pós-Graduação em Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina. HUIZINGA, Johan. Homo ludens : o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perpectiva/Ed. USP, 1971.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes curriculares de educação física para a ed ucação básica . Curitiba: SEED, 2006.

PIASSI, Eric. Xadrez: uma visão de ensino. Jornal da Cidade de Bauru , Bauru/SP, 16 dez. 2005.

REZENDE, Sylvio. O que é o xadrez escolar? Disponível em: http://br.geocities.com/xadrezap/pagina/xadrez_na_escola.htm#sylvio. Acesso em 28 ago. 2007.

SILVA, Wilson da. Apostila do curso de xadrez básico . Curitiba: Secretaria do Estado da Educação e Federação Paranaense de Xadrez, 2002.

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2 RECURSOS DE INVESTIGAÇÃO

2.1 INVESTIGAÇÃO DISCIPLINAR

Educação Física e Xadrez Escolar

Considerando que o jogo é um elemento pedagógico que envolve diversos

valores, é importante que o professor de Educação Física mantenha diálogo, com os

alunos e seus pares, a respeito das diferentes manifestações corporais e situações

ocorridas nessa atividade. Nesse contexto, os professores da área podem

desenvolver projetos tendo como eixo temático o jogo de Xadrez, pois, enquanto

instrumento de educação, sua prática estimula na criança a atitude de compartilhar o

seu pensamento, o seu raciocínio e suas idéias com o outro.

De acordo com Silva (2002, p. 23), a prática do xadrez, na escola, pode

levar às implicações educativas nos aspectos educacionais e de formação do caráter

do aluno. Nesse sentido, o professor, em suas aulas, pode se valer das anotações

elaboradas pelo mesmo autor, sobre algumas das características do jogo de Xadrez

e suas implicações, ao longo da vida de um enxadrista:

CARACTERÍSTICAS DO XADREZ

IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS

Fica-se concentrado e imóvel na cadeira. O desenvolvimento do autocontrole psicofísico.

Fornecer um número de movimentos num determinado tempo.

Avaliação da estrutura do problema e a distribuição do tempo disponível.

Movimentar peças após exaustiva análise de lances.

Desenvolvimento da capacidade de pensar com abrangência e profundidade.

Após encontrar um lance, procurar outro melhor.

Tenacidade e empenho no progresso contínuo.

Partindo de uma posição a princípio igual, direcionar para uma conclusão brilhante (combinação).

Criatividade e imaginação.

O resultado indica quem tinha o melhor plano.

Respeito à opinião do interlocutor.

Dentre as várias possibilidades, escolher uma única, sem ajuda externa.

Estímulo à tomada de decisões com autonomia.

Um movimento deve ser conseqüência lógica do anterior e deve apresentar o seguinte.

Exercício do pensamento lógico, autoconsistência e fluidez de raciocínio.

Fonte: Tabela elaborada pelo Professor Wilson da Silva (SILVA, 2002, p. 23).

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Nuno Cobra, um dos maiores especialistas em Educação Física do país, ao

comentar sobre a importância da prática do Xadrez, assevera:

[...] o xadrez é realmente um excelente exercício para o cérebro e exige muito das emoções. A pessoa adquire um senso muito prático de organização, concentração e desenvolve de forma muito especial a memória. O xadrez trabalha a imaginação, memorização, planejamento e paciência. Nas escolas do primeiro mundo, o xadrez já é praticado há décadas, onde os alunos além de todo esse desenvolvimento citado, melhoram muito sua disciplina, relacionamento com as pessoas, respeito

às leis, às regras�. (COBRA, set. 2007).

Desse modo, ao propor um projeto de Xadrez Escolar, o professor de

Educação Física, antes de iniciar o ensino teórico do jogo, deve começar pelos jogos

pré-enxadrísticos, passando depois para noções elementares e regras e,

gradativamente, inteirando os alunos nos demais aspectos do jogo como lances,

estratégias e táticas. Além desses conteúdos, os professores da área podem

colaborar para o desenvolvimento das atividades propostas pelas demais disciplinas

envolvidas no projeto, como por exemplo, do Teatro, da Gincana de Xadrez e do

Xadrez Humano.

Vale lembrar que se o Xadrez for trabalhado interdisciplinarmente,

permitindo à criança uma visão ampla e não alienada e fechada do jogo, pode se

tornar um importante aliado no ensino-aprendizagem, constituindo cada vez mais,

um instrumento facilitador e eficaz para o desenvolvimento sócio-educativo das

crianças envolvidas.

REFERÊNCIAS

COBRA, Nuno. Jogar xadrez exige preparo físico . Disponível em <http://www.fexpar.esp.br/Leituras/nunocobra/QualidadedeVida.htm>. Acesso em 5 set. 2007.

D’LUCIA, Ricardo Santana; LEITÃO, Fernanda Sifuentes P; FONSECA, Gustavo; SILVA, Marilza Ramos Pereira da; SCALVI, Rosa Maria Fernandes. O ensino de xadrez como ferramenta no processo de aprendizado infantil. Rev. Ciências em Extensão, v. 3, n. 2, p.103, 2007.

SILVA, Wilson da. Apostila do curso de xadrez básico . Curitiba: Secretaria do Estado da Educação e Federação Paranaense de Xadrez, 2002.

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2.2 PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR

Xadrez Interdisciplinar

Discussão com profissionais das áreas de Língua Portuguesa, Matemática,

Artes, História, Geografia e Educação Física, da cidade de Matinhos, Estado do

Paraná, assim como pesquisa bibliográfica sobre Xadrez Escolar, apontam como

sugestões de atividades que podem ser trabalhada, para que haja uma interação

entre as disciplinas participantes de um Projeto Xadrez Escolar.

Língua Portuguesa

O professor pode ilustrar suas aulas utilizando muitos livros, revistas,

jornais, sítios, CDRom, filmes, vídeos, dentre outros recursos. Organizados em

grupos, os alunos podem pesquisar sobre as lendas do Xadrez, produzir textos,

poesias, gibis e histórias em quadrinhos, resolver palavras cruzadas e caça-

palavras, levando-os a uma melhora na competência lingüística, e na capacidade de

interpretação dos fatos ou acontecimentos.

Matemática

As aplicações do Xadrez, na Matemática, são bastante variadas. Num

primeiro momento, pode-se estudar o tabuleiro e a movimentação das peças, inter-

relacionando-o com a Geometria, valores comparativos das peças, controle das

casas, noção do tempo por meio do cálculo de lances, cálculo de áreas, solução de

um problema, dentre outros conteúdos. Também poderão montar seu próprio jogo

de Xadrez, colorindo, recortando, colando e montando todas as peças do tabuleiro,

estendendo a oportunidade de jogar em casa com amigos e familiares.

História/Geografia

Antes mesmo de conhecer as peças do jogo de Xadrez, em

História/Geografia, pode-se dar lições sobre as regiões que, supostamente, deram

origem ao Xadrez. Pode-se, ainda, conceituar o momento histórico em que o jogo foi

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criado e o porquê das situações de Guerra, por exemplo, onde existe a necessidade

de delimitação de espaços, quando conceitos de geografia podem ser abordados. O

professor pode explicar, primeiro, no globo terrestre e, depois, propor atividades com

o mapa Mundi.

Em outra atividade o professor pode falar um pouco sobre a historia do jogo,

citando os torneios realizados entre grandes mestres. Referente ao Brasil, pode-se

trabalhar, por exemplo, a região Sul, contando a história do maior enxadrista

brasileiro Henrique Mecking (Mequinho), que nasceu no Rio Grande do Sul e que

chegou a ser campeão brasileiro com apenas doze anos de idade. Outras regiões

também podem ser exploradas, variando as atividades.

Artes

O Xadrez tem infindáveis relações com as Artes, podendo-se fazer uso da

pintura, da argila e de materiais recicláveis, para a confecção de materiais

enxadrísticos: tabuleiro, peças e relógio de marcação. As peças podem ser

confeccionadas com tampinhas de garrafa, botões, pequenos potes de Yakult, vidros

de esmalte ou esculpidas em pequenos pedaços de madeira; para confeccionar os

relógios de marcação pode-se utilizar relógios despertadores e interruptores de luz;

o tabuleiro pode ser feito de argila, papelão, EVA, madeira, tecido quadriculado,

dentre muitos outros. Outra atividade possível é a construção de figurinos e

cenários.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, André de Almeida. O xadrez como atividade lúdica na escola : umas ma possibilidade de utilização do jogo como instrumento pedagógico no processo ensino-aprendizagem. Disponível em: < http://www.fsba.edu.br/semanaacademica2006/TEXTOS/ANDRE%20DE%20ALMEIDA%20ARAUJO.pdf >. Acesso em: 24 ago. 2007.

D’LUCIA, Ricardo Santana; LEITÃO, Fernanda Sifuentes P.; FONSECA, Gustavo; SILVA, Marilza Ramos Pereira da; SCALVI, Rosa Maria Fernandes. O ensino de xadrez como ferramenta no processo de aprendizado infantil. Rev. Ciênc. Ext . v. 3, n. 2, p.103, 2007.

FALZETTA, Ricardo. Um lance de mestre. Revista do Professor Nova Escola , n. 112, maio 1998.

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.LEMOS, Adriano Pena Ribeiro. Centro de estudos e pesquisa de xadrez universitário . 2006. 45p. Monografia (Graduação em Matemática) Instituto Superior de Educação. UNIARAXA. Araxá (MG), 2006. Disponível em: http://www.clubedexadrez.com.br/Portal/fmx/monografia06_adriano.pdf.. Acesso em 20 maio 2007.

RESENDE, Antonio Carlos de. Xadrez e matemática . Disponível em: < http://www.clubedexadrez.com.br/menu_artigos.asp?s=cmdview6252 >. Acesso em: 28 ago. 2007.

SILVA, Wilson da. Apostila do curso de xadrez básico . Curitiba: Secretaria do Estado da Educação e Federação Paranaense de Xadrez, 2002. 2.3 CONTEXTUALIZAÇÃO

O Professor como Mediador de Valores

Durante o seminário "Educacion, Desarollo de Talentos y Construciones de

Valores através del Ajedrez", ocorrido em Bogotá (Colômbia), em julho de 2004, a

mestre internacional de Xadrez, Adriana Salazar Varón, afirmou que, além de

potencializar habilidades, quando se ensina o jogo também se passam valores

éticos e morais, por exemplo, o respeito, a responsabilidade, o atendimento a

normas, a cortesia, a humildade, a perseverança, a disciplina, a tenacidade, a auto-

estima, a paciência, o autocontrole, a tolerância, dentre muitos outros. Assim, ao

oportunizar e estimular esta prática valorativa, o professor, torna-se o mediador, o

multiplicador das condutas e posturas dos alunos.

REFERÊNCIAS

RESENDE, Consolação. Os benefícios do xadrez para crianças . Disponível em: <http://www.fexpar.esp.br/eventos_exterior/eventos2004/pancolombia/beneficiosxadrezi.htm>. Acesso em: 9 abr. 2007

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3 RECURSOS DIDÁTICOS

3.1 SÍTIOS

Clube do Xadrez – Xadrez na Escola http://www.clubedexadrez.com.br/

Este sítio mostra o Xadrez como uma mistura de esporte e ciência, o que o

torna uma das principais ferramentas da nova proposta pedagógica para o século

XXI e, para tanto, apresenta vários projetos sobre Xadrez Pedagógico.

Acesso em: 10 jul. 2007.

Apostilas de Xadrez http://www.cex.org.br/

Sítio voltado para o desenvolvimento do Xadrez paranaense. Contém uma

das melhores apostilas sobre o Xadrez Escolar, elaboradas pelo professor Wilson da

Silva, com variadas atividades que podem ser desenvolvidas pelo professor para

manter os alunos motivados ao estudo e prática do jogo.

Acesso em: 10 set. 2007.

Federação Paranaense de Xadrez http://www.fexpar.esp.br

Apresenta textos, trabalhos científicos e artigos para leitura e outras

informações a respeito do Xadrez, com destaque para os trabalhos publicados no

Estado do Paraná. Apresenta as regras do Xadrez, folder e calendário dos

campeonatos e Jogos Abertos do Paraná, dentre outros eventos.

Acesso em: 30 ago. 2007.

Xadrez http://www.cdof.com.br/xadrez.htm

Apresenta as particularidades do Xadrez como esporte, expõe sua história e

relaciona os fatos mais importantes com a história da humanidade. Mostra práticas

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do Xadrez, nas formas possíveis: artigo de marketing, elemento da educação na

área escolar, lazer, esporte e passatempo.

Acesso em: 30 ago. 2007.

Xadrez On-line http://www.cex.org.br

Apresenta jogos de Xadrez on-line, grátis. Ao entrar para jogar, pela

primeira vez, no sitio, é preciso antes fazer o cadastro. Depois, seguir esse passo-a-

passo sobre como jogar. Se sobrar alguma dúvida, pode-se utilizar o Fórum

disponível.

Acesso em: 30 set. 2007.

Xadrez nas Escolas http://www.xadreznasescolas.com.br/apostilas/PlanodeAula.doc.

Excelente fonte de pesquisa para o professor que pretende implantar o

Xadrez escolar, onde pode ser encontrado o projeto Aprendendo Xadrez na Escola,

de Sylvio Rezende, Henrique da Hora e Ricardo Barata, com um plano para as

primeiras doze aulas de Xadrez.

Acesso em: 30 ago. 2007.

3.2 SONS E VÍDEOS

3.2.1 Vídeos

Viva a Rainha

Trama sensível, que invade o mundo do Xadrez para contar a história de

uma menina (Sara) que tem muitos sonhos, entre eles, o de encontrar seu pai

desconhecido. Mergulhando no mundo mágico e colorido dos contos de fada,

aprende a jogar Xadrez e, conversando com as peças, cria um universo próprio.

REFERÊNCIA VIVA a rainha. Direção de Esmé Lammers. Produção de Laurens Geels e Dick Maas, Holanda, 1995, (1:30). Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Lang_leve_de_koningin > Acesso em: 25 ago. 2007

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O Xadrez das Cores

Trama racista apresenta forças contrárias: rico e pobre, branco e negro,

patroa e empregada. Cida, negra, trabalha para Maria, extremamente racista a

tripudia. Cida utiliza o Xadrez para conhecer a patroa. Mesmo com suas peças

negras jogadas no lixo, atura em silêncio, por precisar de dinheiro.

REFERÊNCIA

O XADREZ das cores. Direção de Marco Schiavon, Produção de Midmix Entretenimento, Brasil, 2004, (0:22). Disponível em: < http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=2932 >. Acesso em: 28 ago. 2007.

Lances Inocentes

Trama envolvendo Josh, gênio do xadrez e seu pai, cronista esportivo. Este

se encontra em dilema entre reconduzir o filho para uma vida normal ou torná-lo

campeão, substituindo o enxadrista Robert Fischer. Pai e filho reavaliam sua relação

e aprendem que a única coisa que não se pode perder é o amor.

REFERÊNCIA

LANCES inocentes. Direção de Steven Zaillian. Produção de CIC Vídeo, EUA, 1993. (1:50). Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Searching_for_Bobby_Fischer >. Acesso em 28 ago. 2007. 3.3 PROPOSTA DE ATIVIDADES

Lendas sobre a Origem do Xadrez

Esta estratégia tem por objetivo valorizar e expressar a diversidade do

espírito criativo dos alunos, por meio de ações cooperativas. Organizados em grupos

e sob a orientação do professor de Língua Portuguesa, os pesquisam as lendas

sobre a origem do Xadrez e, posteriormente, reescrevem a respectiva lenda,

podendo, inclusive, mudar os diálogos para uma linguagem coloquial.

Existe mais de quarenta lendas a respeito da origem do Xadrez, dentre elas,

a do Brâmane, de Sissa, do deus Marte e da ninfa Caíssa, do herói grego Ulisses

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(durante o cerco de Tróia) e do inventor grego Palamedes. A avaliação processual

será feita de acordo com o desempenho do grupo na apresentação da lenda.

REFERÊNCIAS

CAMPOS, Mauro Antônio Vieira de; CARDOSO, Cássia Regina Soares; SILVA, Catarina Midori Yoshizumi da. Projeto vale saber . Disponível em: < http://www.netescola.pr.gov.br/netescola/escola/283000036/projeto_xadrez.htm >. Acesso em 23 ago. 2007. CARDO, Horácio. A história do xadrez . Rio de Janeiro: Salamandra, 2000.

BECKER, Idel. Manual de xadrez . São Paulo: Nobel, 1978.

LENDA de Caíssa. Disponível em: < http://www.clubedexadrez.com.br/portal/cxtoledo/caissa.htm >. Acesso em: 15 ago. 2007. MILOS JÚNIOR, Gilberto: D’ ISRAEL, Davy. Xeque e mate. São Paulo: Adonis, 2000. TAHAN, Malba. O homem que calculava. 40. ed. São Paulo: Record, 1995

Conhecendo as Peças do Xadrez

Com o objetivo de despertar o interesse dos alunos para a prática do jogo

de Xadrez, depois da exibição do filme “Viva a Rainha”, levar o aluno a uma reflexão

e discussão sobre a formação inicial das peças no tabuleiro, proposta pela Rainha.

Em seguida, para identificar o conhecimento já existente sobre as peças de um jogo

de Xadrez, os alunos relatam, em grupo, quais os movimentos de cada uma das

peças exibidas no filme. Num segundo momento, que pode ser ao término da aula,

cada criança pega uma peça que está sobre a mesa (onde existem várias peças

aleatoriamente distribuídas) e dirige-se para a saída conforme for sendo realizada a

chamada. O aluno escolhe a peça e a leva para o professor, dizendo o nome da

peça escolhida e o porquê da sua escolha.

Os alunos, com esta dinâmica se divertem e ao mesmo tempo passam a

conhecer as peças do Xadrez, aumentando seu grau de familiaridade e diminuindo

qualquer dificuldade em memorizar seus nomes e aparências, o que contribui para a

fixação da aprendizagem.

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REFERÊNCIAS

GOULART, Edson. O ensino de xadrez para crianças das 3º e 4º séries do ensino fundamental. FCL/UNESP/Assis. Disponível em: <http://www.unesp.br/prograd/PDFNE2004/artigos/eixo10/oensinodexadrex.pdf. > Acesso em 2 ago. 2007. VIVA a rainha. Direção de Esmé Lammers. Produção de Laurens Geels e Dick Maas, Holanda, 1995, (1:30). Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Lang_leve_de_koningin > Acesso em: 25 ago. 2007

Teatro e Xadrez Escolar

No ambiente escolar, Teatro e Xadrez combinam muito bem, pois que

explora todas as formas de comunicação humana, permitindo ao aluno expressar-se.

Assim, quando utilizado como ferramenta pedagógica, além de ampliar o repertório

cultural do aluno, também promove a recreação, o jogo, a socialização, melhoria na

fala da criança, desinibição dos alunos mais tímidos.

Assim sugere-se que depois de assistirem o filme “Viva a Rainha” e de

terem feito a leitura das lendas sobre a origem do Xadrez, por exemplo, da Lenda de

Sissa e da Lenda de Caíssa, nas aulas de Língua Portuguesa, os alunos sejam

levados a reescreverem o enredo e produzam as falas dos personagens. Nas aulas

de Artes, os alunos confeccionam o cenário, figurino, fantoches, máscaras e varas,

usando todo tipo de material: sacos de papel, cartolinas, tecidos, tintas, pratos de

papelão, jornal, material de sucata, dentre outros, e escolhem as músicas para a

apresentação. Esta atividade oportuniza que os alunos representem uma história

que eles mesmos criaram e utilizem materiais que elaboraram.

Avaliação: Ao final, os alunos poderão ser avaliados pela adaptação do

texto narrativo para o texto teatral, pela criatividade na utilização de materiais

recicláveis para a elaboração do figurino e cenário, máscaras, fantoches, bem como

nas falas e dramatização dos personagens.

REFERÊNCIAS

JUNQUEIRA, Luiza Helena Eliane Silva; LEITÃO, Luiz Antonio. O teatro na escola : uma proposta multidisciplinar no processo de ensino e aprendizagem nas aulas de Educação Física. Disponível em: < http://www.efdeportes.com/efd50/teatro.htm >. Acesso em 21 ago. 2007.

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SÁ, Antonio Carlos Pinheiro de. Atividades recreativas para o ensino do xadrez . Disponível em: < http://www.cxg.org.br/antcarlos.htm >. Acesso em 14 set. 2007.

Gincana de Xadrez

Atividade interessante é a Gincana de Xadrez, onde o professor de

Educação Física elabora perguntas relacionando o jogo com as demais disciplinas.

Os alunos, por meio de pesquisa e debate com os professores das respectivas

disciplinas, buscam resolver as questões à medida que se apresentam.

Avaliação: Ao final os alunos podem ser avaliados pela atividade

interdisciplinar, constatando se ocorreu, realmente, diálogo entre as disciplinas.

REFERÊNCIAS

D’LUCIA, Ricardo Santana; LEITÃO, Fernanda Sifuentes P.; FONSECA, Gustavo; SILVA, Marilza Ramos Pereira da; SCALVI, Rosa Maria Fernandes. O ensino de xadrez como ferramenta no processo de aprendizado infantil. Rev. Ciênc. Ext . v. 3, n. 2, p.103, 2007.

Produção de História em Quadrinhos

As Histórias em Quadrinhos podem ser utilizadas como recurso didático nas

diversas disciplinas curriculares, oportunidade em que os alunos, além de se

divertirem, adquirem determinadas habilidades que estimulam a imaginação e a

criatividade, desperta o interesse pela leitura e escrita, o que contribui para a

produção de textos.

Para explorar o conhecimento sobre o Xadrez, pode-se sugerir aos alunos

que produzam HQs, relacionadas à lenda de Caíssa, que desenhem e criem sua

seqüência até o desfecho. O professor pode trabalhar com os elementos de

linguagem, como a onomatopéia, a disposição dos quadrinhos, dentre outros. O

professor deve acompanhar a produção da HQs, discutindo com os alunos sobre as

cenas a serem representadas, verificando o texto e se a seqüência das imagens

produzidas contém as informações para o entendimento da lenda. As versões finais

das HQs podem ser expostas em mural na sala de aula ou em qualquer outro

espaço da escola, o que favorece a aprendizagem colaborativa. Também podem ser

organizadas em forma de gibis e disponibilizadas na sala de leitura, na Biblioteca ou

gibiteca escolar.

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Avaliação: a avaliação da atividade terá como subsídios para o domínio do

conteúdo, feitos a partir de produções textuais, considerando o vocabulário, a

organização e o desenvolvimento da capacidade de trabalhar em grupos.

REFERÊNCIAS

ARAUJO, Carla Jamille C. de. A importância da história em quadrinhos no processo de alfabetização e letramento . Disponível em: < http://carlajamille.blogspot.com/2007/12/artigo.html >. Acesso em 3 nov. 2007 FREIRE, F. M. P. O trabalho com a escrita: a produção de HQs eletrôn icas . In: Anais do XIII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (SBIE/UNISINOS), 2003. São Leopoldo/RS. v.1, p. 310 - 316.

Xadrez Humano

O Xadrez Humano consiste na montagem de um jogo de xadrez com

representação figurativa e dramática, feita pelos alunos, atuando como peças vivas.

Os alunos, caracterizados com fantasias de peões, torres, cavalos, bispos, reis e

rainhas ou com as peças representadas em chapéu ou colete, ficam dispostos num

tabuleiro gigante (confeccionado no pátio da escola ou pintado no chão).

A partida pode ser encenada por duas crianças como protagonistas e trinta

e duas crianças (dezesseis de cada lado do tabuleiro), cada uma representando

uma peça, que se movem ao comando dos protagonistas, até que o jogo termine

com um mate em f7. Este jogo também pode ser desenvolvido sob forma de

competição interclasse.

Avaliação: desenvolver o espírito de trabalho em equipe, possibilitando aos

alunos uma revisão de tudo que aprenderam nas aulas xadrez ate este momento.

REFERÊNCIAS

GOULART, Edson. O ensino de xadrez para crianças das 3º e 4º séries do ensino fundamental. FCL / UNESP / Assis. Disponível em: <http://www.unesp.br/prograd/PDFNE2004/artigos/eixo10/oensinodexadrex.pdf. > Acesso em 2 ago. 2007.

SAID, Munir. Xadrez humano é destaque na Escola Chave do Saber . Disponível em: < http://www.clubedexadrez.com.br/menu_artigos.asp?s=cmdview6004 >. Acesso em: 12 out, 2007.

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SILVA, Wilson da. Atividades enxadrísticas motivadoras . Curitiba: Secretaria do Estado da Educação e Federação Paranaense de Xadrez, 2002.

Atividades Pré-Enxadrísticas

O objetivo desta atividade é facilitar o reconhecimento das peças e seus

movimentos no jogo de Xadrez. O professor, na primeira aula, desenvolve o

exercício do “Gato e Rato”, passando depois para os exercícios preparatórios e

Jogos Pré-Enxadrísticos.

Gato e Rato

O “Gato e Rato” é uma dinâmica de atividade que tem por objetivo exercitar

conceitos que serão úteis no aprendizado do jogo, como por exemplo, a noção de

cooperação que deve haver entre as peças do tabuleiro. Utilizando um tabuleiro de

64 casas (8x8), 5 peças (4 Gatos e 1 Rato, sendo qualquer peça). Os Gatos movem-

se de uma em uma casa pela diagonal à frente e, o Rato, de uma em uma casa, pela

diagonal, à frente e para trás. Não há captura. Os Gatos vencem se bloquearem o

Rato; o Rato vence se escapar do cerco dos Gatos.

REFERÊNCIAS

SILVA, Wilson da. Apostila do curso de xadrez básico . Curitiba: Secretaria do Estado da Educação e Federação Paranaense de Xadrez, 2002.

Exercícios Preparatórios aos Jogos Pré-Enxadrístico s

Os exercícios preparatórios têm por objetivo levar o aluno ao

reconhecimento da importância de cada peça no jogo de Xadrez. Sugere-se que,

depois da apresentação dos movimentos que cada peça executa, os alunos, em

mural didático (tabuleiro gigante), percorram os movimentos que elas fazem,

explorando livremente as casas. Pode-se, se preferir, desenhar o tabuleiro no

quadro de giz. Da Hora, Barata e Rezende (2006, p. 11-16) muito bem exemplificam

estes movimentos e recomendam que os exercícios comecem pelo Peão.

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Movimento do Peão

O Peão só se movimenta para frente, sendo a única peça que não retorna ou

retrocede. No primeiro lance cada Peão pode avançar 1 ou 2 casas. A partir do

segundo lance de cada peão ele irá movimenta-se apenas 1 casa. O Peão sempre

captura a peça que está na sua diagonal.

Avaliação: de acordo com as posições dos Peões, os alunos respondem as

questões:

1 Em que casa o Peão preto pode se movimentar?

2 Quais as casas que o Peão branco pode ocupar?

3 Quais as casas que o Peão branco pode capturar?

Movimento e Captura do Bispo

O Bispo se movimenta na diagonal mantendo-se sempre nas casas de

mesma cor que se encontrava no início do jogo, podendo ir para frente e para trás,

quantas casas quiser, mas não pode pular nenhuma outra peça. Pode, pois, só

percorrer 32 das 64 casas do tabuleiro.

Avaliação: de acordo com as posições do Bispo, os alunos respondem as

questões:

1 Assinale com um “X” as casas que o Bispo preto pode ocupar, de acordo

com o diagrama:

( ) b1 ( ) b2 ( ) h2 ( ) f5 ( ) h7 ( ) a8 ( ) g6

( ) c5 ( ) d3 ( ) e3 ( ) d5 ( ) f2 ( ) c6 ( ) g5

2 Conforme o diagrama, o Bispo preto poderá capturar a peça da casa :

( ) a1 ( ) c1 ( ) h1

3 Se o Rei estiver na casa f4, ele será capturado pelo Bispo?

( ) Sim ( ) Não

Movimento e Captura da Torre

A Torre se movimenta na horizontal e vertical, para frente e para trás, para a

direita e para a esquerda, quantas casas quiser, mas não pode pular nenhuma outra

peça. Captura da mesma forma. Pode mover-se para qualquer uma das 64 casas do

tabuleiro, ao longo da coluna ou fileira que ocupa.

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Avaliação: de acordo com as posições das Torres, os alunos respondem as

questões:

1 Quais as casas que a Torre pode percorrer partindo da posição d3?

2 Com quantos lances, no mínimo, a Torre pode ocupar a casa h8?

3 Se a Dama estiver na casa b2, estará sendo ameaçada pela Torre?

Movimento e Captura do Cavalo

Para movimentar o Cavalo, percorre 2 casas em linha reta, e uma

perpendicular à primeira, formando sempre a letra "L". É a única peça do Xadrez que

pode pular outras peças.

Avaliação: de acordo com as posições do Cavalo, os alunos respondem as

questões:

1 Quais as casas ameaçadas pelo Cavalo situado na posição c3?

2 Em quais casas o Cavalo preto poderá ficar, após um movimento?

3 Se o Cavalo branco ocupar a casa d5, qual a casa que o Cavalo preto

poderá ocupar, sem ser ameaçado pelo Cavalo branco?

Movimento e Captura do Rei

O Rei movimenta-se apenas uma casa, em qualquer direção. Nunca pode

se movimentar para uma casa que esteja sob ataque ou capturar uma peça que

esteja defendida por uma peça adversária.

Avaliação: analisando as posições do “Rei” no tabuleiro, os alunos

respondem as questões:

1 Quais as casas que o Rei preto pode ocupar?

2 Quais as casas que o Rei branco pode ocupar?

3 Qual dos Reis tem “mais casas” para se movimentar?

Movimento e Captura da Dama

A Dama (Rainha) é a peça mais poderosa do jogo e, muitas vezes, a sua

perda significa a perda da partida. Pode ir para frente ou para trás, para direita ou

para a esquerda, ou na diagonal, mas não pode pular nenhuma outra peça.

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Avaliação: de acordo com o diagrama, os alunos respondem:

1 Quais as casas que a Dama preta pode ocupar?

2 A Dama preta pode num só movimento ocupar a casa f3?

( ) Sim ( ) Não

3 A Dama poderá ocupar a casa a3, com o único lance?

( ) Sim ( ) Não

Jogos Pré-Enxadristicos

Os jogos Pré-Enxadrísticos (ProtoXadrez), criados ou adaptados, servem

como um primeiro contato do aluno com as peças e o tabuleiro, visando a

preparação para algo mais complexo, posteriormente. A utilização de parte das

peças, torna a aprendizagem mais simples, facilitando o processo ensino-

aprendizagem do jogo de Xadrez. Deve-se iniciar pelo Peão e, depois de ter

trabalhado o jogo Batalha de Peões, pode-se solicitar que o aluno pratique a partida

com os Reis e Peões nas casas iniciais. Aos poucos, acrescenta-se uma nova peça

na posição inicial. A seguir alguns exemplos de ProtoXadrez.

Batalha de Peões

Este jogo visa exercitar o movimento do Peão e sua prática possibilita um

melhor domínio do movimento, captura e promoção da peça. Joga-se em um

tabuleiro de 64 casas (8x8). Cada jogador possui oito Peões que são arranjados em

suas casas. O jogador com as pedras brancas inicia o jogo sendo que o Peão pode

se movimentar como o similar do Xadrez, mas sem a captura. Ganha a partida quem

fizer um Peão chegar do outro lado do tabuleiro, ou aquele que deixar o adversário

sem movimento possível.

Corrida de Cavalos

Esta atividade reforça a aquisição do movimento do Cavalo, exercitando no

aluno a elaboração de um plano que o ajudará para a condução da partida. Utiliza-

se um tabuleiro de 64 casas (8x8) e um Cavalo. Deve-se conduzir a peça que está

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situada em “a1” até a casa marcada com o número 1, depois até o número 2, a

seguir ao número 3 e, finalmente, retornar ao ponto de partida. Todo o percurso

deve ser feito em 20 lances. O jogador que ultrapassar esse número de lances deve

refazer o trajeto.

Duelo de Monarcas

Posicionamento dos Reis em suas casas iniciais (Rei branco em “e1” e Rei

negro em “e8”), tentando chegar a qualquer casa da oitava horizontal (linha 8 para

as brancas e linha 1 para as negras). Ganha o jogo quem conseguir chegar por

primeiro.

Jogo da Velha

É uma adaptação do Jogo da Velha e proporciona um excelente exercício

para os movimentos de Torre, Bispo e Cavalo. Depois de algumas partidas, os

alunos não encontrarão mais dificuldades na movimentação destas peças. Utiliza-se

tabuleiro de 9 casas (3x3). Regras: Cada jogador possui três peças: Torre, Bispo e

Cavalo. Os jogadores devem colocar as peças no tabuleiro tentando formar “três em

linha”. Aquele que conseguir dispor suas peças desta forma por primeiro ganha o

jogo. Depois de colocar as peças e não havendo fechado “três em linha”, iniciam-se

os movimentos das peças como no xadrez, e tenta-se fechar a seqüência. Também

obtém a vitória o jogador que imobilizar as peças de seu adversário, onde o lance é

das pretas e estão bloqueadas. Não existe a captura.

Ataque da Infantaria

Colocar o Rei e os Peões em suas casas iniciais, tentando chegar com um

Peão na oitava casa horizontal. Vence quem conseguir chegar primeiro com

qualquer um dos Peões (as peças brancas sempre iniciam a partida).

REFERÊNCIAS

D'AGOSTINI, Orfeu Gilberto. Xadrez básico . Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.

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DA HORA, Henrique; BARATA, Ricardo; REZENDE, Sylvio. Aprendendo xadrez na escola : plano de aula do professor para as primeiras 12 aulas. Rio de Janeiro: Federação de Xadrez do Estado do Rio de Janeiro. 2006. GOULART, Edson. O ensino de xadrez para crianças das 3º e 4º séries do ensino fundamental. FCL / UNESP / Assis. Disponível em: <http://www.unesp.br/prograd/PDFNE2004/artigos/eixo10/oensinodexadrex.pdf. > Acesso em 2 ago. 2007.

MILOS JÚNIOR, Gilberto; D’ ISRAEL, Davy. Xeque e mate. São Paulo: Adonis, 2000. REZENDE, Sylvio. Xadrez pré-escolar : uma abordagem pedagógica para o professor. São Paulo: Ciência Moderna, 2005. SILVA, Wilson da. Apostila do curso de xadrez básico . Curitiba: Secretaria do Estado da Educação e Federação Paranaense de Xadrez, 2002. STEFAN, Bernwallner. Aprendendo xadrez. São Paulo: Ciência Moderna, 2005.

1.4 IMAGENS

Ana Aparecida Vieira Palhano é autora e proprietária das imagens que

mostram tabuleiros de jogo de Xadrez, sendo excelentes sugestões para o projeto

interdisciplinar. A imagem 1 mostra um jogo de Xadrez confeccionado com cartolinas

usadas, podendo ser confeccionado nas aulas de Artes, quanto em Ciências,

trabalhando conteúdos sobre meio ambiente, preservação da natureza, reciclagem

de materiais, dentre outros. Cada aluno pode confeccionar seu próprio tabuleiro e

praticar o jogo em casa e com amigos. A imagem 2 representa um tabuleiro gigante

para a prática do Xadrez Humano, onde os alunos são as peças vivas do jogo. A

atividade pode ser trabalhada no projeto interdisciplinar, nas aulas de Artes e

Matemática.

Imagem 1 - Tabuleiro de Xadrez

Fonte: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscarImagens3.php

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Imagem 2 - Tabuleiro para a Prática do Xadrez Human o

Fonte: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscarImagens3.php

Estas atividades além de desenvolverem a criatividade dos alunos, em

grupo, também estimulam o envolvimento da comunidade escolar, principalmente

dos pais, que têm a oportunidade de verem seus filhos desenvolvendo atividades

lúdicas e culturais e acompanharam de perto o trabalho desenvolvido na escola.

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4 RECURSOS DE INFORMAÇÃO

4.1 SUGESTÕES DE LEITURA

4.1.1 Livros

Xadrez pré-escolar: uma abordagem pedagógica para o professor

O livro contém sugestões de exercícios pedagógicos e jogos preparatórios,

tomando por base experiências e pesquisas desenvolvidas pelo autor. É grande

utilidade para quem deseja utilizar o Xadrez no processo educacional.

REFERÊNCIA

REZENDE, Sylvio. Xadrez pré-escolar : uma abordagem pedagógica para o professor. São Paulo: Ciência Moderna, 2005.

O Homem que Calculava

O livro narra as aventuras e proezas matemáticas de Beremiz Samir,

personagem central, trama desenrolada no século XIII. Apresenta, ainda, de forma

romanceada problemas, quebra-cabeças e curiosidades da matemática. Inclui uma

das lendas que deu origem do jogo de xadrez, a Lenda de Sissa.

REFERÊNCIA

TAHAN, Malba. O homem que calculava. 40. ed. São Paulo: Record, 1995

Xeque e Mate

Livro voltado para o Xadrez Escolar, apresenta os movimento das peças,

regras, exercícios preparatórios, estratégias, táticas, exercícios de mate. Consta

ainda, a origem do jogo, os campeões mundiais e brasileiros, organização de

torneios e glossário de palavras utilizadas no xadrez.

REFERÊNCIA

MILOS JÚNIOR, Gilberto: D’ ISRAEL, Davy. Xeque e mate. São Paulo: Adonis, 2000.

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Aprendendo Xadrez

Livro didático, contendo as regras e os segredos básicos de um jogo de

Xadrez. Também é recomendado a todos que querem aprender Xadrez, assim como

a jogadores amadores que desejam melhorar seu nível de jogo.

REFERÊNCIA

STEFAN, Bernwallner. Aprendendo xadrez. São Paulo: Ciência Moderna, 2005.

A História do Xadrez

Contém uma história ilustrada da era medieval sobre a invenção do Xadrez,

com diagramas que facilitam o aprendizado e a memorização das jogadas. Com este

conteúdo pode-se aprender facilmente a jogar, pois a linguagem é bastante

acessível.

REFERÊNCIA

CARDO, Horácio. A história do xadrez . Rio de Janeiro: Salamandra, 2000.

Xadrez Básico

Uma das melhores obras sobre o Xadrez moderno, condensando noções

indispensáveis para o aprendizado rápido do jogo. Abrange desde as noções

preliminares até o estudo de temas do Xadrez superior, tratando o jogo como uma

ciência, onde há necessidade de uma metodologia para o total aprendizado.

REFERÊNCIA

D'AGOSTINI, Orfeu Gilberto. Xadrez básico . Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.

Manual de Xadrez

O livro contém todos os assuntos relacionados ao aprendizado do Xadrez.

Inclui a Lenda de Sissa, a mais famosa sobre a origem do jogo. A obra também se

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volta a jogadores de alguma experiência que queiram aperfeiçoar seu conhecimento

e dispor de uma fonte de consulta sobre o Xadrez em geral.

REFERÊNCIA

BECKER, Idel. Manual de xadrez . São Paulo: Nobel, 1978.

4.1.2 Periódicos

Revista Ciência em Extensão

Proposta de utilização do Xadrez como ferramenta no processo de

aprendizagem, sendo desenvolvida paralelamente com outras atividades

pedagógicas, de forma a trabalhar também a interdisciplinaridade.

REFERÊNCIAS

D’LUCIA, Ricardo Santana; LEITÃO, Fernanda Sifuentes; FONSECA, Gustavo da; SILVA, Marilza Ramos Pereira da; SCALVI, Rosa Maria Fernandes. O ensino de xadrez como ferramenta no processo de aprendizado infantil. Rev. Ciência em Extensão , São Paulo: UNESP, v. 3, n. 2, p. 95-105, jan./jun. 2007 .

Revista do Professor Nova Escola

O artigo “Um Lance de Mestre” mostra como o professor pode tirar proveito

do milenar jogo de Xadrez para explorar com os alunos assuntos relacionados à

História, Geografia e Matemática.

REFERÊNCIAS

FALZETTA, Ricardo. Um lance de mestre. Revista do Professor Nova Escola , n. 112, maio 1998.

4.1.3 Internet

A Origem do Xadrez

O Xadrez nasceu na China, disseminando-se por meio da cultura árabe e

influência política/geográfica do islamismo (séc. VII). Introduzido na Europa (séc. IX)

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por meio do comércio com regiões árabes e contato com os povos na época das

Cruzadas. Chegou ao Brasil na época da colonização portuguesa.

REFERÊNCIAS

ORIGEM do xadrez. Disponível em: <http://www.xadrezregional.com.br/not05195.html >. Acesso em: 15 ago. 2007.

A Lenda de Sissa

Lenda que atribui ao filósofo Sissa a invenção do Xadrez, cujo objetivo foi o

de curar o tédio do Rei Kaíde. A recompensa pedida por Sissa parecia insignificante,

mas feitos os cálculos, o Rei verificou que seus tesouros não eram suficientes. Sissa

perdoou a dívida e se tornou Conselheiro do Rei.

REFERÊNCIAS

PIMENTA, Ciro José Cardoso. Xadrez: esporte, história e sua influência na sociedade. Disponível em: < http://www.cdof.com.br/xadrez.htm >. Acesso em: set. 2007

A Lenda de Caíssa

Caíssa criou um jogo de estratégia composto de dois exércitos (Brancos e

Negros). Cada exército era composto por 8 Peões, 2 Torres, 2 Cavalos, 2 Bispos, 1

Rainha e 1 Rei. Escondeu o jogo na Terra (Índia). Mais tarde soube que o jogo era

muito apreciado e resolveu deixá-lo definitivamente na Terra.

REFERÊNCIAS

LENDA de Caíssa. Disponível em: < http://www.clubedexadrez.com.br/portal/cxtoledo/caissa.htm >. Acesso em: 15 ago. 2007.

4.2 NOTÍCIAS

Xadrez Escolar

O Projeto Xadrez Escolar desenvolvido nas escolas municipais de Francisco

Beltrão vem registrando resultados altamente positivos, cujo aumento de atenção e

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concentração dos alunos, leva ao desenvolvimento intelectual, melhorando a

aprendizagem nas diversas disciplinas escolares.

REFERÊNCIAS

PREFEITURA MUNICIPAL DE FRANCISCO BELTRÃO. Xadrez Escolar. Boletim Informativo, Francisco Beltrão/PR, 11 maio 2006. Disponível em: < http://www.franciscobeltrao.com.br/noticias/default.asp?id=1283&n=>. Acesso em 13 out. 2007.

Xadrez na Escola se torna Ferramenta de Aprendizado e atrai Crianças

Levado às escolas por um grupo de enxadristas, o Xadrez permitiu perceber

que se utilizado como ferramenta pedagógica, o jogo aguça a inteligência, trabalha a

concentração, aumenta a auto-estima e o espírito esportivo, proporciona a

socialização, solidariedade e respeito entre os alunos.

REFERÊNCIAS

SILVA, William Pereira da. Xadrez na escola se torna ferramenta de aprendizado e atrai crianças. Jornal Gazeta do Oeste , Mossoró/RN, Suplemento Escola. 01 ago. 2007. Disponível em: < http://cxpensart.blogspot.com/2007/08/cxpensart-notcias-xadrez-na-escola-se.html >. Acesso em: 14 out. 2007

Colégio Ipiranga desenvolve o Projeto Xadrez

O Xadrez faz parte do currículo escolar e vem se mostrando importante

ferramenta pedagógica para o desenvolvimento de habilidades de raciocínio lógico,

memória, agilidade do pensamento, segurança e aprendizado na vitória e na derrota,

o que acaba auxiliando na melhora do rendimento escolar.

REFERÊNCIA

COLÉGIO Ipiranga desenvolve o Projeto Xadrez. Jornal Yucumã , Três Passos/RS, 14 set. 2007. Disponível em: < www.jornalyucuma.com.br/news/25.htm>. Acesso em 13 out. 2007.

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4.3 DESTAQUE

Xadrez: O Poder Feminino

No séc. XIX a ascensão das Rainhas Isabel II (Espanha) e Victória

(Inglaterra) deu força à Rainha no Xadrez. É a peça mais ofensiva, se movimenta

quantas casas quiser, mas não ameaça a supremacia do Rei. A jogada reflete o

pensamento do século, pois todos podiam subir na vida, mas nunca se tornar Rei.

REFERÊNCIAS

FALZETTA, Ricardo. Um lance de mestre. Revista do Professor Nova Escola , n. 112, maio 1998.

4.4 PARANÁ

A Universidade Federal do Paraná, Campus-Litoral, na pessoa do Prof. Ms.

Emerson Joucoski, que conta com a parceria da Confederação Brasileira de Xadrez

Escolar, representada pelo Presidente Marcus Vinícius Lobo, aprovou um projeto de

pesquisa junto a pró-reitoria de pesquisa e pós-Graduação, cujo objetivo é o estudar

o desenvolvimento do Xadrez Escolar, a partir das ações de implementação e

manutenção desta modalidade nos municípios e das inferências dos cursos de

formação e capacitação dos professores, organizadas pelas Secretarias de

Educação e entidades envolvidas em estudar o desenvolvimento do Xadrez Escolar

em eventos de ações desportivas e esportivas, a partir das ações organizadas pelas

Secretarias de Educação, Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Confederação

Brasileira de Xadrez Escolar (CBXE).

REFERÊNCIAS

VIEIRA, Pedro Henrique. Núcleo de pesquisa já é realidade . Disponível em: < http://www.clubedexadrez.com.br/menu_artigos.asp?s=cmdview3605.>. Acesso em: 25 set. 2007