IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DE REDE DE GENES … · FIGURA 7 – Mapa de interação dos genes...

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FACULDADE INFÓRIUM Diego Vinícius de Castro Pereira IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DE REDE DE GENES ENVOLVIDOS NO CÂNCER DE PELE DE MELANOMA ATRAVÉS DE MINERAÇÃO DE TEXTO Belo Horizonte Fevereiro de 2016

Transcript of IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DE REDE DE GENES … · FIGURA 7 – Mapa de interação dos genes...

FACULDADE INFÓRIUM

Diego Vinícius de Castro Pereira

IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DE REDE DE GENES ENVOLVIDOS NO CÂNCER

DE PELE DE MELANOMA ATRAVÉS DE MINERAÇÃO DE TEXTO

Belo Horizonte

Fevereiro de 2016

2

Diego Vinícius de Castro Pereira

IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DE REDE DE GENES ENVOLVIDOS NO CÂNCER

DE PELE DE MELANOMA ATRAVÉS DE MINERAÇÃO DE TEXTO

Dissertação apresentada ao Programa de pós-

graduação da Faculdade Infórium de Belo horizonte,

como requisito parcial a obtenção do título de mestre

em Tecnologia da Informação Aplicada à Biologia

Computacional.

Orientador: Dr. Fabiano Sviatopolk-Mirsky Pais

Coorientador: André Luiz Sena Guimaraes

Belo Horizonte

Fevereiro de 2016

3

Diego Vinícius de Castro Pereira. Identificação e Análise de Rede de Genes Envolvidos no

Câncer de Pele de Melanoma Através de Mineração de Texto.

Dissertação apresentada ao Programa de pós-

graduação da Faculdade Infórium de Belo horizonte,

como requisito parcial a obtenção do título de mestre

em Tecnologia da Informação Aplicada à Biologia

Computacional.

Aprovada em ___/___/___ pela banca constituída dos seguintes professores:

______________________________________________________

Prof. Dr. Fabiano Sviatopolk-Mirsky Pais – Infórium

_____________________________________________________

Prof.

______________________________________________________

Prof.

Belo horizonte, fevereiro 2016.

Faculdade Infórium de Belo Horizonte

Rua dos Timbiras 1532 – 30.140-061 – Belo Horizonte, MG

Telefone (31) 2103-2103 – www.mestradoti.com.br

4

Dedico este trabalho ao meu pai Francisco de Assis

Cota Aguiar e à minha mãe Dalvemídia Pereira

Aguiar, meus amores, que apesar das dificuldades

soube transmitir toda sua sabedoria e apoio

constante.

5

AGRADECIMENTOS

A DEUS, que todos os dias de minha vida me deu forças para nunca desistir.

A faculdade Infórium, por ter me dado à oportunidade de aprimorar meus conhecimentos.

Aos meus colegas de mestrado, pelos bons momentos que passamos juntos.

Ao meu orientador. Professor Dr. Fabiano Sviatopolk-Mirsky Pais e coorientador André Luiz

Sena Guimarães, pelo apoio e amizade, além da dedicação, competência e especial atenção

nas revisões e sugestões, fatores fundamentais para a conclusão deste trabalho.

Aos professores que destinaram parte de seu precioso tempo para participarem desta pesquisa,

em especial Marcos Flávio Silveira Vasconcelos D’angelo e Eloá Santos.

A todos os professores do mestrado que de alguma forma contribuíram para a minha

formação.

Aos familiares e amigos que sempre me incentivaram e apoiaram nessa jornada.

A minha namorada Joyce (Bisnaguinha), pelo carinho, apoio, paciência e massagens.

Aos acadêmicos Tiago Caldeira e Raimundo pelo apoio no desenvolvimento da pesquisa.

6

Toda a sabedoria vem do Senhor Deus, ela sempre

esteve com ele. Ela existe antes de todos os séculos.

Quem pode contar os grãos de areia do mar, as

gotas de chuva, os dias do tempo? Quem pode medir

a altura do céu, a extensão da terra, a profundidade

do abismo?

Quem pode penetrar a sabedoria divina, anterior a

tudo?

A sabedoria foi criada antes de todas as coisas, a

inteligência prudente existe antes dos séculos!

O verbo de Deus nos céus é fonte de sabedoria, seus

caminhos são os mandamentos eternos

(ECLESIÁSTICO 1: 1-5).

7

RESUMO

O câncer é definido como uma enfermidade caracterizada pelo crescimento descontrolado das

células. É apontado como uma das principais causas de morte no mundo. Existem vários tipos

de cânceres, sendo os mais frequentes na população masculina próstata, pulmão, cólon e reto.

Entre as mulheres são mais comuns: mama, cólon, reto e pulmão. Contudo, o câncer de

melanoma cutâneo é um tipo de câncer que vem apresentando um dos maiores índices de

crescimento na última década. O melanoma inicia-se nos melanócitos, os quais são células

que produzem a melanina e que garantem a proteção contra os danos causados pela radiação

ultravioleta (UV). O desenvolvimento do melanoma é resultado de alterações no DNA. O

estudo sobre o funcionamento de diversos genes vem sendo auxiliado pelas ferramentas de

bioinformática. O objetivo deste trabalho foi identificar genes que podem estar envolvidos no

desenvolvimento e/ou manutenção do câncer de pele melanoma e realizar uma comparação

com os genes envolvidos na manutenção de uma pele saudável, através de pesquisa

bibliográfica, bancos de dados genômicos e, sobretudo, com a utilização de ferramentas de

bioinformática. Para a identificação dos genes envolvidos ou potencialmente envolvidos que

foram analisados quanto a sua relação com o melanoma, utilizou-se como referência artigos

científicos, livros, dissertações e teses da base de dados Pubmed. Após a identificação dos

genes, as interações entre eles foram mapeadas, e um escore referente a essa interação, foi

definida através do banco de dados STRING (Search Tool for the Retrieval of Interacting

Genes/Proteins). Com base nesse escore, os genes foram agrupados usando o algoritmo de

classificação K-means. Os genes do grupo que obteve o maior escore foram chamados genes

líderes. Os outros grupos foram classificados por “B”, “C”, “D” e assim sucessivamente, de

acordo com a força do escore. O estudo foi complementado por uma análise topológica dessa

interação com os softwares Cytoscape, enquanto uma análise ontológica foi realizada com o

software BinGO. A analise realizada permitiu sugerir genes com forte interação para o câncer

de pele melanoma. Os genes líderes sugeridos foram o TP53, porém os genes pertencentes aos

grupos B, C, e D (AKT1, JUN, STAT3 e MYC) também apresentaram escore relevante e

obtiveram destaque no trabalho. Para a pele saudável, os genes líderes sugeridos foram o

UBC, porém os genes dos grupos B, C, e D (TP53, JUN, AKT1, CREBBP, EP300 e SRC)

também apresentaram o escore relevante. Uma comparação entre os genes identificados para

câncer de pele melanoma e os genes da pele saudável, também foi realizada, sugerindo genes

8

que podem estar ativos, silenciados, ou apresentando variações em suas funções para este tipo

de câncer.

Palavras chave: bioinformática; câncer; melanoma; genes; pele; líder (res).

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ABSTRACT

Cancer is defined as a illness characterized by the uncontrolled growing of cells. It is

appointed as the main cause of deaths in world. There are several types of cancers, being the

most frequents in the male population: prostate, lung, colon and rectum. Among the women

are more common: breast, colon, rectum and lung. However, cancer of cutaneous melanoma

is a type of cancer which is showing one of the highest factors of growing on the last decade.

Melanoma is started on melanocytes that are the cells that produce melanin and that staff the

protection against the damages caused by the UV radiation. The development of melanoma is

result of alterations on genes. The study of working of these genes has been helped by

bioinformatic's tools. The purpose of this work was identify genes that can make part of

development and maintenance of the skin cancer melanoma and make a comparison with the

genes that make part of maintenance of healthy skin, through bibliographic search, genomic

databases and mainly through the utilization of bioinformatic's tools. To identify the genes

that potentially make part of the development and maintenance of the skin cancer and that had

an analysis on their relations with the melanoma were utilized as reference: scientific articles,

books, compositions and theses of Pubmed database. After the genes identification, their

interactions were mapped, and a score (which was named WNL - Weighted Number of Links)

relative to this interaction, was defined through STRING database (Search Tool for the

Retrieval of Interacting Genes/Proteins). Based on this score, genes were grouped through the

K-means classification algorithm. Genes of the group with the highest WNL were named

leader genes. The others groups were classified as "B", "C", "D" etc. according to WNL. The

study was completed with an topologic analysis of this interaction with the software

Cytoscape, while an ontological analysis was made with the software BinGO. The analysis

allowed suggest genes with a strong interaction with the skin cancer melanoma. The

suggested leader genes were TP53's, but genes that belong to groups B, C, and D (AKT1,

JUN, STAT3 and MYC) have also shown relevant WNL and got emphasis in this work.

Suggested leader genes on healthy skin were UBC, but the genes of groups B, C and D (TP53,

JUN, AKT1, CREBBP, EP300 e SRC) have also shown relevant WNL. A comparison

between genes identified on skin cancer melanoma and genes of healthy skin was also made,

suggesting genes that can be actives, silent, or showing variations on their functions to this

type of cancer.

Keywords: bioinformatic, cancer, melanoma, genes, skin, leader (s).

10

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 - Estrutura da Pele Humana...................................................................21

FIGURA 2 - Subtipos de melanomas......................................................................28

FIGURA 3 – Sistema ABCD(E) para identificação de melanomas.......................31

FIGURA 4 – Resultados dos tipos de associações em uma análise na base de

dados STRING..........................................................................................................35

FIGURA 5 - Organização da Pesquisa....................................................................44

FIGURA 6 – Mapa de interação dos genes potencialmente envolvidos no

câncer de pele melanoma........................................................................................46

FIGURA 7 – Mapa de interação dos genes potencialmente envolvidos na pele

saudável....................................................................................................................47

FIGURA 8 – Tipos de associações entre genes e respectivas pontuações.......48

FIGURA 9 - Resultado da analise topológica da rede do câncer de pele

melanoma..................................................................................................................50

FIGURA 10 - Resultado da analise topológica da rede da pele saudável...........51

FIGURA 11 – Associações dos genes líderes, grupo B, C e D do Câncer de Pele

Melanoma..................................................................................................................56

FIGURA 12 – Associações dos genes líderes, grupo B, C e D na pele

saudável....................................................................................................................58

FIGURA 13 – Analise Ontológica (processos celulares/biológicos) dos genes

líderes, grupo B, C e D do Câncer de Pele Melanoma..........................................65

FIGURA 14 – Analise Ontológica (processos biológicos/celulares) dos genes

líderes, grupo B, C e D da Pele Saudável..............................................................69

FIGURA 15 – Analise Ontológica (função molecular) dos genes líderes, grupo

B, C e D do Câncer de Pele Melanoma...................................................................72

FIGURA 16 – Analise Ontológica (funções moleculares) dos genes líderes,

grupo B, C e D da Pele Saudável............................................................................73

11

FIGURA 17 – Analise Ontológica (Componentes celulares) dos genes líderes,

grupo B, C e D do Câncer de Pele Melanoma......................................................75

FIGURA 18 – Analise Ontológica (componentes celulares) dos genes líderes,

grupo B, C e D da Pele Saudável..........................................................................76

GRÁFICO 1 – Comportamento lei de potência da rede do câncer de pele

melanoma................................................................................................................50

GRÁFICO 2 – Comportamento lei de potência da rede da pele saudável.........51

GRÁFICO 3 – Distribuição dos genes do câncer de pele melanoma em relação

ao WNL.....................................................................................................................55

GRÁFICO 4 – Distribuição dos genes da pele saudável em relação ao WNL....57

GRÁFICO 5 – Porcentagem dos genes em comum ao CPM e PS nas 10 classes

com maior poder de interação...............................................................................81

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Características das lesões benignas e malignas.............................26

TABELA 2 – Resultados da analise de variância (ANOVA) com o melanoma....49

TABELA 3 – Resultados da analise de variância (ANOVA) para a pele

saudável....................................................................................................................49

TABELA 4 – Variação entre classes de um gene do melanoma nas 10 classes

com maior poder de interação................................................................................78

TABELA 5 – Variação entre classes de um gene da pele saudável nas 10

classes com maior poder de interação..................................................................79

TABELA 6 – Genes identificados apenas no câncer de pele melanoma............82

TABELA 7 – Genes exclusivos da pele saudável.................................................84

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

A.C. - Antes de CRISTO

AJCC - American Joint Committee on Cancer

AKT1 - v-akt Murine Thymoma Viral Oncogene Homolog 1

AP-1 - Activating Protein 1

APP - Amyloid beta (A4) precursor protein

AR - Receptor de Androgénio

ARN - Ribonucleic acid

BINGO - Biological Networks Gene Ontology Tool

BRAF - B-Raf Proto-oncogene, serine/threonine kinase

CAMP - Cathelicidin Antimicrobial Peptide

CBC - Carcinoma Basocelular

CCE - carcinoma de Células Escamosas

CDH1 - Cadherin 1, type 1, E-cadherin (epithelial)

CDK2 - Cyclin-dependent kinase 2

CPM - Câncer de Pele Melanoma

CREBBP - CREB Binding Protein

CTNNB1 - Catenin (cadherin-associated protein), beta 1

D.C. - Depois de CRISTO

DNA - Ácido desoxirribonucleico

EGF - Fator de Crescimento Epidérmico

EP300 - E1A Binding Protein p300

ER-a - Receptor de Estrogênio - alfa

ERBB2 - Erb-b2 receptor tyrosine kinase 2

ESR1 - Estrogen Receptor 1

FYN - FYN Proto-oncogene, Src family tyrosine kinase

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GLI2 - GLI Family Zinc Finger 2

GO - Gene Ontology

HF - História Familiar

HPV - Vírus do Papiloma Humano

HSP90A - Heat Shock Protein 90 Alpha

HSP90AA1 - Heat Shock Protein 90 Alpha 1

HUGO - Human Genome Organisation

IGF - Insulin Like Growth Factor

INCA - Instituto Nacional do Câncer

lncRNAs - RNAs não-codificadores longos

INS - Insulin

JUN - Jun Proto-oncogene

MATLAB - Matrix Laboratory

MES - Melanoma Expansivo Superficial

MLA - Melanoma Lentiginoso Acral

MLM - Melanoma Lentigo Maligno

MMP-2 - Matrix Metallopeptidase 2

MN - Melanoma Nodular

mRNA - RNA mensageiro

MYC - v-myc Avian Myelocytomatosis Viral Oncogene Homolog

NFKB1 - Nuclear factor of kappa light polypeptide gene enhancer in B-cells 1

NOTCH1 - notch 1

NRAS - Neuroblastoma RAS Viral (v-ras) Oncogene Homolog

OH - Hidroxila

OMS - Organização Mundial da Saúde

PGH - Projeto Genoma Humano

polyA - Poliadenilação Rica em Adenina

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PPARa - Peroxisome proliferator-activated receptor alfa

PPARg - Peroxisome proliferator-activated receptor gamma

PPARy - Peroxisome proliferator-activated receptor delta

PS - Pele Saudável

PTPN11 - Protein tyrosine phosphatase, non-receptor type 11

RAC1 - Ras-related C3 botulinum toxin substrate 1

RAS - Rat Sarcoma Viral Oncogene Homolog

RHOA - Ras Homolog Family Member A

RNA - Ácido Ribonucleico

rRNA - RNA ribossomal

RUV - Radiação Ultravioleta

SPSS - Statistical Package for Social Sciences

SRC - SRC Proto-oncogene, non-receptor tyrosine kinase

STAT3 - Transdutor de sinal e ativador da transcrição 3

STRING - Search Tool For The Retrieval Of Interacting Genes/Proteins

TP53 - Tumor Protein p53

tRNA - RNA transportador

UBC - Ubiquitin C

UV - Ultravioleta

UVA - Ultravioleta Alfa

UVB - Ultravioleta Beta

VEGF - Vascular Endothelial Growth Factor A

WNL - Weighted Number of Links

WNT - Wnt Oncogene Analog

15

SUMÁRIO

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................................. 17

2.1 FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS...................................................................................................... 17

2.1.1 Ácidos Nucléicos ................................................................................................................... 17

2.1.2 Proteínas e Aminoácidos ...................................................................................................... 18

2.1.3 Genes .................................................................................................................................... 19

2.1.4 A Pele Humana ..................................................................................................................... 21

2.2 Câncer .......................................................................................................................................... 22

2.2.1 Câncer de Pele e Principais Subtipos Não Melanoma .......................................................... 24

2.3 Câncer de Pele Melanoma .......................................................................................................... 25

2.3.1 Subtipos de Melanoma Maligno Cutâneo – Características ................................................ 27

2.3.2 Fatores de Risco ................................................................................................................... 29

2.3.3 Exame ................................................................................................................................... 31

2.3.4 Prognóstico e Estadiamento ................................................................................................ 32

2.3.5 Tratamento ........................................................................................................................... 32

2.4 BIOINFORMÁTICA ........................................................................................................................ 32

2.4.1 Search Tool For The Retrieval Of Interacting Genes/Proteins (STRING) ............................... 34

2.4.2 Cytoscape ............................................................................................................................. 35

2.4.3 Classificação e Agrupamento De Dados ............................................................................... 36

2.4.4 Biological Networks Gene Ontology Tool (Bingo) ................................................................ 37

2.4.5 Genecards ............................................................................................................................. 38

3. OBJETIVOS ......................................................................................................................................... 38

3.1. Delimitação do Tema ................................................................................................................. 38

3.2. Objetivo Geral ............................................................................................................................ 38

3.3. Objetivos Específicos .................................................................................................................. 39

4. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................... 39

5. OBJETO .............................................................................................................................................. 40

5.1. Problema .................................................................................................................................... 40

5.2. Hipótese Básica .......................................................................................................................... 40

6. METODOLOGIA .................................................................................................................................. 41

6.1. Tipo de Pesquisa ......................................................................................................................... 41

6.2. Dados Utilizados ......................................................................................................................... 41

16

6.3. Análise dos Dados ...................................................................................................................... 41

6.4. Organização Desta Pesquisa....................................................................................................... 44

6.5. Contribuições da Pesquisa ......................................................................................................... 44

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................................... 45

7.1. Identificação dos genes .............................................................................................................. 45

7.2. Criação do Mapa de Interação Genômico através do software STRING .................................... 45

7.3 Cálculo do Weighted Number of Links (WNL) ............................................................................. 47

7.4. Agrupamento e Classificação dos Genes ................................................................................... 48

7.5. Analise Topológica Através do Software Cytoscape .................................................................. 49

7.7 Genes Líderes .............................................................................................................................. 54

7.7.1 Genes Líderes no Câncer de Pele Melanoma e Pele Saudável............................................. 59

7.7.2 Genes líderes somente no Câncer de Pele Melanoma ........................................................ 60

7.7.3 Genes líderes somente na Pele Saudável ............................................................................. 62

7.8 Ontologias dos Genes Líderes ..................................................................................................... 64

7.8.1 Processos Celulares/biológicos ............................................................................................ 64

7.8.1.1 Processos Biológicos dos Genes Líderes do Câncer de Pele Melanoma ........................... 65

7.8.1.2 Processos Biológicos dos Genes Líderes da Pele Saudável ............................................... 68

7.8.2 Função Molecular ................................................................................................................. 71

7.8.2.1 Função Molecular dos Genes Líderes do Câncer de Pele Melanoma ............................... 71

7.8.2.2 Função Molecular dos Genes Líderes da Pele Saudável ................................................... 72

7.8.3 Componentes Celulares ....................................................................................................... 74

7.8.3.1 Componentes Celulares dos Genes Líderes do Câncer de Pele Melanoma ...................... 74

7.8.3.1 Componentes Celulares dos Genes Líderes da Pele Saudável .......................................... 76

7.9 Comparações Entre os Resultados Identificados no Câncer de Pele Melanoma (CPM) e Genes

Da Pele Saudável (PS) ........................................................................................................................ 77

7.9.1 Relação de Genes Identificados Apenas no Câncer de Pele Melanoma .............................. 80

7.9.2 Relação de Genes Identificados Apenas na Manutenção da Pele Saudável ........................ 83

7.9.3 Principais Variações Entre Genes dos 10 grupos Com Maior WNL ...................................... 88

8. CONCLUSÃO ...................................................................................................................................... 90

9. REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 91

10. ANEXOS ......................................................................................................................................... 114

Genes Órfãos ................................................................................................................................... 114

Genes e WNL do Câncer de Pele Melanoma ................................................................................... 115

Genes e WNL da Pele Saudável ....................................................................................................... 125

17

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo apresenta a fundamentação teórica relacionada aos tópicos

tratados nesta dissertação.

A seção 2.1 apresenta os fundamentos biológicos importantes para o

entendimento deste trabalho. A seção 2.2 aborda o conceito de câncer, câncer de

pele e seus principais subtipos não melanoma. A seção 2.3 trata do tema câncer de

pele melanoma. A seção 2.4 apresenta uma visão geral sobre bioinformática e

softwares utilizados no trabalho.

2.1 FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS

2.1.1 Ácidos Nucléicos

2.1.1.1 Ácido desoxirribonucleico (DNA)

O DNA é um polímero, constituído de unidades que se repetem chamadas

nucleotídeos. Os diferentes nucleotídeos ligam-se entre si, formando uma cadeia

polinucleotídica. Cada um deles por sua vez contém um grupo de fosfato ligado a

um açúcar com cinco carbonos (pentose) e uma base orgânica nitrogenada (Watson

et al, 1953; MIR et al, 2004).

O açúcar é um derivado da ribose chamado desoxirribose porque nele falta o

agrupamento hidroxila (OH) no carbono 2, semelhante a hidroxila OH presente no

carbono 3. As estruturas da base nitrogenadas incluem duas purinas (adenina e

guanina) e duas pirimidinas (timina e citosina) (Watson et al, 1953; Burns et al,

1991).

A molécula de DNA é composta por duas destas cadeias de nucleotídeos que

se dispõem de forma helicoidal em sentido antiparalelo. As bases de uma cadeia se

18

prendem as de outras por “ligações de hidrogênio” (Watson et al, 1953; MIR et al,

2004).

Com sua replicação precisa, o ácido desoxirribonucleico presta-se para levar

a informação genética de célula a célula e de geração a geração (Watson et al,

1953; Burns et al, 1991).

2.1.1.2 Ácido Ribonucleico (RNA)

O ácido ribonucleico (RNA), é representado como uma fita única de ácidos

nucléicos, que diferente do DNA, possui o açúcar ribose e a base nitrogenada

uracila em substituição a timina. Essa fita é obtida através da transcrição de uma

das fitas do DNA. Os principais tipos de RNA são: O RNA mensageiro (mRNA), que

contém a informação para a codificação das proteínas, o RNA transportador (tRNA),

que é o responsável pelo transporte de aminoácidos, e o RNA ribossomal (rRNA),

que possui um papel estrutural (Mena-Chalco, 2005). Entretanto, diversos RNAs

não-codificadores, como os long-non-coding (lncRNAs) estão emergindo como

importante reguladores da fisiologia do tecido e processos de doenças, incluindo

Câncer (Iyer et al, 2015).

2.1.2 Proteínas e Aminoácidos

As proteínas são as macromoléculas mais abundantes nas células vivas. Elas

ocorrem em todas as células e em todas as partes destas. As proteínas também

ocorrem em grande variedade; milhares de diferentes tipos, desde peptídeos de

tamanho relativamente pequeno até enormes polímeros com pesos moleculares na

faixa de milhões de Daltons, podem ser encontrados em uma única célula. As

proteínas também exibem uma grande diversidade de funções biológicas.

(Lehninger, 2000).

Uma proteína corresponde a uma macromolécula composta de uma ou mais

cadeias polipeptídicas, cada uma com uma sequência característica de aminoácidos

19

ligados por ligações peptídicas, que são um tipo de ligação covalente (Lehninger,

2000).

O primeiro aminoácido descoberto nas proteínas foi a aspargina, em 1806. O

último dos 20, a treonina, somente foi identificado em 1938. Todos os 20

aminoácidos encontrados nas proteínas são α-aminoácidos. Eles têm um grupo

carboxila e um grupo amino, ligados ao mesmo átomo de carbono (o carbono α).

Diferem entre si por suas cadeias laterais ou grupos R, os quais variam em

estrutura, tamanho e carga elétrica e influenciam a solubilidade do aminoácido em

água (Lehninger, 2000).

2.1.3 Genes

Unidade física e funcional fundamental da hereditariedade. Um gene é uma

sequência ordenada de nucleotídeos localizada em uma posição particular em um

cromossomo específico que codifica um produto funcional específico isto é, uma

proteína ou mesmo uma molécula de RNA não codificante (JOAQUIM et al, 2010).

Por muito tempo as regiões não-codificadoras do genoma foram consideradas

“lixo genético”, devido à ausência de informação para síntese de proteínas nessas

sequências nucleotídicas. Atualmente, sabe-se que a propagação da informação

genética é muito mais complexa e não segue o antigo dogma central da biologia

baseado no simples fluxo DNA-RNA-Proteína. Inclusive, hoje se sabe, que a maior

porção do transcritoma produzido pelo genoma de eucariotos é composta por RNAs

não-codificadores de proteínas (Hui e Bindereif, 2005; Nagalakshmi et al., 2008;

Guttman et al., 2009; Nachtigall, 2012).

Um gene típico codificante pode ser constituído pelas seguintes regiões

características (Mena-Chalco, 2005):

Região de reconhecimento (região promotora);

Início de transcrição;

Região não-traduzida 5', que regula a transcrição gênica;

Início de tradução, ou códon de início (start codon);

Região para a codificação de proteínas.

Parada de tradução, ou códon de parada (stop codon);

20

Região não-traduzida 3';

Região de poliadenilação rica em Adenina (polyA) unicamente presente nos

eucariotos;

Parada de transcrição.

Existem classes de genes importantes na patogênese do cancro, sendo eles

os oncogenes e os supressores tumorais. Anormalidades tanto nos genes

estimuladores de divisão celular (chamados de oncogenes), como nos protetores ou

bloqueadores do ciclo celular (chamados de genes supressores tumorais) podem

levar à desregulação do ciclo celular (WARD, 2002).

De acordo com Rivoire et al (2006), os proto-oncogenes estimulam os

processos de divisão celular. São genes celulares normais que controlam o

crescimento celular e a diferenciação do organismo. Sob certas circunstâncias

podem transformar-se em oncogenes, que são genes dominantes no nível celular

que codificam proteínas estimuladoras do crescimento, que contribuem para o

descontrole da divisão celular e o fenótipo maligno da célula. A maioria dos

oncogenes se origina a partir de proto-oncogenes (Borges et al, 2001).

Originalmente os oncogêneses foram encontrados em vírus, e supôs-se que

seriam transferidos a células de vertebrados, causando assim o câncer. Contudo

soube-se mais tarde que esses genes já estavam presentes nas células na maioria

dos vertebrados (Burns et al, 1991).

Os proto-oncogenes são genes altamente preservados na evolução das

espécies. Há uma alta fidelidade de conservação da sua mensagem genética, ao

longo da evolução dos vertebrados, incluindo mesmo alguns invertebrados. Eles

parecem constituir uma família de genes altamente hierárquicos, desempenhando

funções críticas, e a mínima alteração causam graves transtornos nos processos de

divisão celular (Manso, 1986).

Em relação aos genes supressores, de acordo com Rivoire et al (2006),

inibem os processos de divisão celular. Os genes de supressão tumoral ou genes

supressores de tumor são genes recessivos no nível celular e tem a função de

reprimir a divisão, como uma maneira de controlar esta divisão. Mas a sua função

pode ser perdida ou alterada por deleção ou mutação pontual, contribuindo para o

desenvolvimento do câncer (Borges, 2001).

21

2.1.4 A Pele Humana

A pele (FIGURA 1) é um órgão complexo que protege o organismo do meio

ambiente e ao mesmo tempo interage com ele, sendo considerado o maior órgão do

corpo humano (CHU, 2008).

Desempenha um papel fundamental na proteção do organismo contra o

trauma físico, agentes patogénicos, alergenos, produtos químicos, radiação

ultravioleta (UV), a água em excesso e a perda de eletrólitos (WOLK, 2010).

A pele humana tem quatro funções principais: a homeostase endógena

(regulação da temperatura corporal e equilíbrio de fluidos), o metabolismo (a síntese

de vitamina D), a entrada sensorial, e para servir como uma barreira para ameaças

externas (infecção, lesão, luz ultravioleta) (SPELLBERG, 2000).

A pele pode ser dividida em três camadas principais: epiderme, derme e

hipoderme (SPELLBERG, 2000).

FIGURA 1 - Estrutura da Pele Humana (Wolk et al, 2010)

22

O sistema de pigmentação da pele humana está baseado em dois tipos

celulares: melanócitos e queratinócitos (Fitzpatrick et al, 1979).

Os melanócitos são células fenotipicamente importantes, responsáveis pela

pigmentação da pele e dos pelos, contribuindo para a tonalidade cutânea, conferindo

proteção direta aos danos causados pelos raios ultravioletas. Os melanócitos são

células produtoras de melanina (Miot et al, 2009).

A melanogênese é o processo responsável pela formação da cor da pele,

sendo constituídos pela interação de várias substâncias cromóforas presentes na

epiderme e derme, na qual se destaca a melanina (PETIT, 2003).

Nos mamíferos, a melanina é responsável pela coloração da pele, cabelos e

olhos, sendo que na espécie humana, possui papel fundamental na pigmentação da

pele e dos cabelos (Nerya et al, 2003).

2.2 Câncer

O câncer é uma patologia de etiologia multifatorial, resultante, principalmente,

de alterações genéticas, fatores ambientais e do estilo de vida (Popim et al, 2008;

Tsao, 2001).

De acordo com Silva (2005) e Chiattone (1996), a origem da palavra câncer

vem do grego Karkinos e do latim Câncer, ambos significando caranguejo, pela

semelhança entre as veias ao redor do tumor externo e as pernas do crustáceo,

embora alguns acreditassem que o nome teria relação com o fato de a doença

evoluir de modo semelhante ao movimento do animal.

O câncer é uma doença obviamente antiga. Escritos egípcios (1200 A.C.),

Hipócrates (460 A.C.) também faziam referências à enfermidade. O médico grego

Galeno (130 D.C.) foi o primeiro a classificar tumores de pele em malignos e

benignos (TRINCAUS, 2005).

Somente a partir do século XIX é que ocorreram avanços mais significativos

sobre o entendimento desta enfermidade (BIELEMANN, 1997).

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), câncer é o nome dado

a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento

23

desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente,

estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a

formação de tumores malignos, que podem espalhar-se para outras regiões do

corpo.

Jurberg et al (2006) afirma que o câncer é uma doença que pode ter cura,

porém para um bom prognóstico é necessário um diagnóstico precoce. Alguns

hábitos também têm estreita correlação com o aparecimento da doença: o fumo, a

vida sedentária, a dieta rica em alimentos gordurosos ou pobres em vegetais e frutas

que, associados a fatores genéticos, podem levar ao desenvolvimento do câncer.

Além disso, vírus como o da hepatite B e o vírus do Papiloma Humano (HPV)

também estão ligados ao aparecimento do câncer.

O câncer é considerado uma das maiores causas de morte no mundo

(DANTAS et al, 2009). Segundo o INCA, o câncer pode surgir em qualquer parte do

corpo, mas alguns órgãos são mais afetados do que outros. Entre os mais afetados

no Brasil estão pulmão, mama, colo do útero, próstata, cólon e reto (intestino

grosso), pele, estômago, esôfago, medula óssea (leucemias) e cavidade oral (boca).

Cada órgão, por sua vez, pode ser afetado por tipos diferenciados de tumor, menos

ou mais agressivos.

Estimativas mundiais do projeto Globocan (FERLAY et al, 2012), da Agência

Internacional para Pesquisa em Câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS),

afirmam que houve 14,1 milhões de casos novos de câncer e um total de 8,2

milhões de mortes por câncer, em todo o mundo, em 2012. Em 2030, a carga global

será de 21,4 milhões de casos novos de câncer e 13,2 milhões de mortes por

câncer, em consequência do crescimento e do envelhecimento da população, bem

como da redução na mortalidade infantil e nas mortes por doenças infecciosas em

países em desenvolvimento.

Segundo informações do INCA, a estimativa para o ano de 2014 no Brasil,

que será válida também para o ano de 2015, aponta para a ocorrência de

aproximadamente 576 mil casos novos de câncer, incluindo os casos de pele não

melanoma, reforçando a magnitude do problema do câncer no país. O câncer de

pele do tipo não melanoma (182 mil casos novos) será o mais incidente na

população brasileira, seguido pelos tumores de próstata (69 mil), mama feminina (57

mil), cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil).

24

De acordo com Ferreira et al (2008), muitos fatores contribuem para o

crescimento do câncer no Brasil, entre eles o envelhecimento da população,

decorrente das ações de saúde que evitam mortes prematuras por doenças

infecciosas ou parasitárias. O desenvolvimento socioeconômico, no entanto,

modifica os hábitos da população: não existe sociedade sem câncer, mas os tipos

de câncer mudam de acordo com o desenvolvimento do país e muitos deles podem

ser evitados pela conscientização.

2.2.1 Câncer de Pele e Principais Subtipos Não Melanoma

A ocorrência mais comum de câncer nos próximos anos será o de pele.

Cancro na pele é um processo de múltiplos passos, em que uma série de

acontecimentos genéticos e ambientais conduz ao aparecimento de células que se

multiplicam utilizando mecanismos anormais de controle do crescimento

(Ananthaswamy, 1990).

Os cânceres cutâneos não melanoma são as neoplasias malignas mais

comuns em humanos. O carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular,

representam aproximadamente 95% dos cânceres cutâneos não melanoma, o que

os torna um crescente problema para a saúde pública mundial devido a suas

prevalências cada vez maiores (Martinez et al, 2006).

2.2.1.1 Carcinoma Basocelular

O carcinoma basocelular (CBC) deriva de células basais da epiderme e do

aparelho folicular. É um tumor de baixo grau de malignidade, com capacidade de

invasão local, destruição tecidual, recidivante e com limitado poder de

metastatização. A taxa de mortalidade é baixa devido à precocidade do diagnóstico

do CBC nas áreas expostas e ao crescimento lento das lesões (Mantese et al,

2006).

O CBC é a neoplasia maligna mais comum em humanos, corresponde a

aproximadamente 75% do total dos tumores malignos cutâneos. Acometem

25

principalmente pacientes do sexo masculino, acima de 40 anos de idade, brancos,

com relato de exposição solar repetitiva e, frequentemente, localiza-se na face. É

facilmente tratável pela excisão cirúrgica, desde que diagnosticado precocemente

(Chinem et al, 2011; Mantese et al, 2006).

2.2.1.2 Carcinoma Espinocelular

O carcinoma de células escamosas (CCE), também denominado carcinoma

epidermóide, carcinoma escamocelular e carcinoma espinocelular, é uma neoplasia

maligna que se origina no epitélio de revestimento, sendo considerada a neoplasia

maligna mais comum nesta região (Brener et al, 2007).

É o segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer de pele.

Manifesta-se nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas

superiores da pele. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja

mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo,

pescoço, etc (SBD, 2015).

2.3 Câncer de Pele Melanoma

O melanoma origina-se dos melanócitos, células da pele produtoras de um

pigmento denominado melanina, que lhe proporciona proteção contra os danos

causados pela UV. O desenvolvimento do melanoma é consequência da perda dos

mecanismos genéticos de controle celular causados principalmente pelas radiações

UVA e UVB (Souza et al, 2009).

De acordo com Wainstein et al, 2004, a primeira descrição que se refere ao

melanoma surgiu durante o período 460 a 375 A.C. nas escrituras de Hipócrates,

mas o termo "melanoma" foi originalmente empregado em 1838 por Robert Carswell,

que o utilizou para descrever lesões malignas pigmentadas da pele. Já em 1858,

Pemberton realizava e advogava a excisão ampla e profunda como tratamento da

doença. Ainda de acordo com Wainstein et al (2004) pouco depois, em 1907,

Handley recomendava a ressecção em blocos com margens amplas. Nas décadas

26

de 50 e 60 vários pesquisadores como Allen, Spitz, Petersen e Bodenhan já

tentavam identificar os fatores prognósticos relacionados ao melanoma. Em 1969

Clark e colaboradores aprimoraram o sistema de micro estadiamento utilizando

como critério os níveis de invasão da pele, e em seguida, Breslow demonstrou a

importância da espessura do melanoma primário. Finalmente em 1992, Morton

introduziu o rastreamento linfático pré-operatório e a linfadenectomia seletiva do(s)

linfonodo(s) marcado(s) (linfonodo sentinela), técnica que atualmente foi incorporada

como procedimento de rotina na maioria dos grandes centros especializados em

câncer (Wainstein et al, 2004).

Nas últimas décadas, o melanoma tornou-se um assunto de grande interesse

devido ao aumento na sua incidência e à sua elevada letalidade. Embora represente

apenas 4% a 5% dos casos de câncer de pele, o melanoma provoca a maioria das

mortes por malignidades cutâneas, pelo seu alto potencial de enviar metástases a

órgãos distantes (Battisti et al, 2009).

De acordo com o INCA, o crescimento ou alteração da forma é progressivo e

se faz no sentido horizontal ou vertical. Na fase de crescimento horizontal

(superficial), a neoplasia invade a epiderme (camada mais superficial da pele),

podendo atingir ou não a derme papilar superior (camada intermediária da pele). No

sentido vertical, seu crescimento é acelerado através da espessura da pele,

formando nódulos visíveis e palpáveis.

Apesar de muitos fatores ambientais e genéticos contribuírem para o

desenvolvimento do câncer, uma das mais importantes é a exposição crônica à

radiação UV da luz solar (Grossman et al, 1997).

Vários estudos relacionam a exposição à radiação solar como uma das

principais causas de câncer de pele tipo melanoma e não melanoma (Szklo et al,

2007).

A tabela 1 apresenta as características identificadas nas lesões benignas e

malignas.

Tabela 1 Características das lesões benignas e malignas

Lesão Melanocítica

Critério Lesão benigna Lesão maligna

27

1. Tamanho Pequeno (<10mm) Grande (>10mm)

2. Simetria Simétrica Assimétrica

3. Delimitação lateral Bem delimitada Mal delimitada

4. Maturação Presente (focal ou

extensa)

Ausente

5. Disseminação

pagetóide

Ausente; se presente,

focal e delimitada.

Extensa

6. Necrose/ulceração Ausente Pode estar presente

7. Infiltrado

inflamatório

Ausente ou discreto Leve a intenso

8. Regressão Ausente Pode estar presente

9. Atipias celulares Ausentes ou peculiares Presentes/extensas

10.

Mitoses

Profundas Ausentes Presentes

Atípicas Ausentes Presentes

11. Melanização da

lesão

Regular e superficial Irregular, podendo ser

profunda

12. Proliferação de

células isoladas

Ausente ou discreta Presente e às vezes

predominante

TABELA 1 - Características das lesões benignas e malignas. Fonte:(Veronese et al, 2004)

2.3.1 Subtipos de Melanoma Maligno Cutâneo – Características

O melanoma cutâneo é classificado em quatro grupos clínico-histológicos:

melanoma em lentigo maligno, melanoma disseminativo superficial, melanoma

nodular, e melanoma lentiginoso acral, conforme apresentado na FIGURA 2 (Souza,

S.R.P. et al, 2004).

28

FIGURA 2 - Subtipos de melanomas. A. Melanoma Nodular. B. Melanoma sobre Lentigo

Maligno. C. Melanoma Nodular. D. Melanoma Nodular Ulcerado. E. Melanoma de Extensão

Superficial. F. Melanoma Subungueal. G. Melanoma de Extensão Superficial in situ. Fonte:

Neto (2008)

2.3.1.1 Melanoma Lentigo Maligno (MLM)

Corresponde a 5% dos melanomas em caucasianos, e é mais frequentemente

diagnosticado em mulheres, indivíduos com idade superior a 60 anos e em áreas

anatômicas mais intensamente expostas ao sol (Souza, S.R.P. et al, 2004).

2.3.1.2 Melanoma Expansivo Superficial (MES)

Melanoma expansivo superficial, ou extensivo superficial, ou de espalhamento

superficial (MES) é o mais frequente (70% dos casos). Aparece principalmente entre

a quarta e quinta décadas de vida, preferencialmente no tronco dos homens e

membros inferiores das mulheres, o que sugere que esta forma clínica esteja

associada à exposição solar sazonal (DIMATOS et al 2009).

29

2.3.1.3 Melanoma Nodular

Melanoma nodular (MN), é o segundo mais comum (15 a 30% dos casos),

ocorre mais frequentemente nas quinta e sexta décadas de vida, sexo masculino, na

proporção de 2:1. Apresenta-se como lesão papulosa ou nodular, elevada, de cor

castanha, negra ou azulada. São frequentes a ulceração e o sangramento; existe a

variante amelanótica, com superfície critematosa (Fernandes et al, 2005).

2.3.1.4 Melanoma Lentiginoso Acral

Melanoma Lentiginoso Acral (MLA) ocorre nas regiões palmoplantares,

extremidades digitais, mucosas e semimucosas. É mais frequente em não brancos.

Não tem predileção por sexo. Comum na sétima década de vida. Nas extremidades

digitais pode-se apresentar como lesão tumoral acastanhada subungueal,

melanoníquia estriada, fragmentação longitudinal da lâmina ungueal, além de

paroníquia crônica e persistente (Fernandes et al, 2005).

2.3.2 Fatores de Risco

Vários fatores podem ser responsáveis pela incidência de melanoma (Neto,

2008; Markovic et al, 2007). De acordo com Alves et al (2007) os fatores de riscos

mais relacionados ao melanoma são: histórico familiar e pessoal de nevos

displásicos ou melanoma, presença de nevos congênitos, nevos melanocíticos

adquiridos, superior a 100, o número de nevos atípicos superior a 50 e o diâmetro

dos mesmos (superior a 6 mm de diâmetro), pele tipo I ou II e radiação ultravioleta.

Além de queimaduras solares na infância e alta exposição ao sol. Molgó et al (2006);

Neto (2008) afirmam que o principal fator de risco constitucional ou endógeno para o

melanoma é o tipo de pele.

Segundo a classificação de Fitzpatrick et al (1997), existem seis fototipos

diferentes, os quais classificam a reação da pele quando exposta ao sol: tipo I

queima-se facilmente e nunca se bronzeia, tipo II queima-se facilmente e bronzeia-

se minimamente, tipo III queima-se pouco e bronzeia-se gradualmente, tipo IV

30

queima-se pouco e bronzeia-se bem, tipo V raramente se queima, bronzeia-se

muito e tipo VI nunca se queima, bronzeia-se profundamente. Salienta-se que o

risco de melanoma é maior nas pessoas com fototipos I, II e III.

Já em relação a U.V., está bem definido que a radiação ultravioleta provoca

depleção imunológica na pele, permitindo o desenvolvimento de tumores cutâneos

malignos. A maioria dos pacientes de cânceres da pele não melanomas são

considerados UVB-suscetíveis (Nasser, 2010).

Os dois mecanismos pelos quais a radiação ultravioleta pode danificar o DNA

são a excitação direta das moléculas, predominante na região do UVB, e a geração

de espécies altamente reativas de oxigênio, predominante na região do UVA. Os

danos oxidativos possivelmente são intermediados pela melanina. Células

previamente irradiadas com dose baixa de UVA e posteriormente com alta dose

apresentam duas vezes mais danos oxidativos do que aquelas sem a pré-irradiação.

Os danos causados ao DNA podem ser prontamente reparados pelo sistema de

excisão-reparo de nucleotídeo (Souza, S.R.P. et al, 2004).

Ainda de acordo com Nasser (2010), sabe-se que a capacidade de a radiação

UVB alterar o sistema imunitário cutâneo tem sido amplamente documentada, além

de ser um importante fator de risco para o desenvolvimento do câncer da pele

induzido pela luz solar (Nasser, 2010). Estima-se que até 65% dos casos de

melanoma possam estar relacionados à exposição solar (Carvalho et al, 2004).

Outro fator de risco é a hereditariedade. Análises genéticas foram realizadas

na década de 1980. Identificaram um padrão de herança autossômico dominante em

algumas famílias com múltiplos casos de melanoma. Atualmente, acredita-se que a

maioria dos casos dessa neoplasia resulte da interação de fatores de risco genéticos

e ambientais, constituindo um modelo de doença multifatorial (Carvalho et al, 2004).

Cerca de 8 a 14% dos pacientes que recebem o diagnóstico de melanoma

apresentam história familiar (HF) positiva para essa neoplasia. Além disso, estima-se

que cerca de 10% dos pacientes diagnosticados com mais de um melanoma

primário sejam portadores de uma mutação de predisposição hereditária a esse

tumor. Embora agrupamentos de casos de melanoma e/ou nevos displásicos

possam ocorrer em uma família devido a padrões comuns de exposição solar e não

a fatores genéticos, hoje estima-se que 10% de todos casos de melanoma sejam

31

causados por mutações germinativas em genes de suscetibilidade, sendo, portanto,

hereditários (Carvalho et al, 2004).

2.3.3 Exame

O diagnóstico de melanoma baseia-se na observação clínica, no

reconhecimento de sinais e sintomas, na presença de lesão suspeita, e aplicação de

algoritmos diagnósticos, sobretudo do sistema ABCD(E): A de assimetria da lesão, B

de características dos bordos (regular, irregular), C de cor (mudança de cor: preto,

castanho, cinzento, rosa, branco ou azul), D de diâmetro superior a 6 milímetros, E

de evolução (FIGURA 3) (Thomas et al, 2006).

FIGURA 3 – Sistema ABCD(E) para identificação de melanomas. A. Assimetria. B. Bordos.

C. Cor. D. Diâmetro. Adaptado de Manual de Dermatologia y Venerologia, Corell, J.J., 2008,

pq. 442. Adaptado por Neto, 2008.

As técnicas utilizadas para o diagnóstico são diversas como: a

dermatoscopia, biópsia de excisão, biópsia incisional, imunohistoquimica (Fitzpatrick

et al, 1979).

32

2.3.4 Prognóstico e Estadiamento

A espessura e a presença de ulceração do tumor são os principais fatores

prognósticos em pacientes com melanoma primário sem acometimento linfonodal. Já

naqueles com rastreamento e exérese eletiva do linfonodo sentinela, o fator mais

significativo é a característica histológica do linfonodo biopsiado (Wainstein et al,

2004).

Ainda de acordo Wainstein et al (2004), uma vez diagnosticadas metástases

linfonodais, os fatores prognósticos principais passam a ser o número de linfonodos

acometidos, a presença de macrometástases e ulceração da lesão.

O estadiamento da doença é feito de acordo com os protocolos do American

Joint Committee on Cancer (AJCC), publicados em 2002. Este estadiamento analisa

a espessura da lesão primária, a presença de ulceração, satelitose, acometimento

linfonodal e presença de metástases viscerais ou à distância (Ramos et al, 2009).

2.3.5 Tratamento

Em geral, as lesões são de fácil diagnóstico e possuem índices de cura

superiores a 95% quando tratados precoce e corretamente (Dimatos et al, 2009).

De acordo com o INCA, a cirurgia é o tratamento mais indicado. A

radioterapia e a quimioterapia também podem ser utilizadas dependendo do estágio

do câncer. Quando há metástase (o câncer já se espalhou para outros órgãos), o

melanoma é de difícil cura na maioria dos casos. A estratégia de tratamento para a

doença avançada deve ter então como objetivo aliviar os sintomas e melhorar a

qualidade de vida do paciente.

2.4 BIOINFORMÁTICA

A bioinformática é a ciência que utiliza a informática, a estatística e a

matemática na biologia molecular (Santos, 2010; Medini et al, 2008). Durante os

33

últimos anos, a bioinformática tornou-se um dos campos mais visíveis da ciência

moderna (OUZOUNIS et al, 2003).

O termo “Bioinformática” foi primeiramente usado por Pauline Hogeweg em

1979 para estudos de processos de informática aplicados na biologia de sistemas.

Desde então o seu principal uso tem sido nos ramos da genética e da genômica em

especial para auxiliar no manejo da grande quantidade de dados gerado no

sequenciamento de DNA, RNA e aminoácidos (Santos, 2010).

Atualmente, a bioinformática tem sido utilizada em diversas áreas como a

construção de banco de dados e a mineração de dados, análises de sequências,

identificação e analise de genes, relacionamento entre genes e proteínas, além de

prever a conformação tridimensional das proteínas, construir árvores filogenéticas e

modelos evolutivos, construir bibliotecas genômicas, estudar as funções biológicas,

design de drogas entre muitas outras coisas (Santos, 2010). Um tópico importante

na análise de sequências biológicas é a busca por genes, principalmente na

identificação de regiões codificantes de proteínas (Mena-Chalco, 2009).

Uma pergunta que se poderia fazer antes de sequenciar um genoma seria,

por exemplo, se esse organismo tem algum gene de potencial biotecnológico ou o

que há nos genes desse organismo que o faz conseguir viver nessa condição, ou

que gera uma doença. Vale observar que as ferramentas de bioinformática têm

permitido um grande avanço na identificação das funções de genes. A sequência de

um novo gene pode ser também comparada com aquelas armazenadas em um

banco de dados de genes de função conhecida, permitindo a rápida dedução da

possível função desse gene recém sequenciado. Testes experimentais para

descobrir a função de cada novo gene descoberto possivelmente exigiriam várias

décadas de pesquisa (Prosdocimi et al, 2004).

Nos últimos anos, o sequenciamento de DNA de diversos organismos tem

gerado uma grande quantidade de dados biológicos. Para possibilitar o

armazenamento, gerenciamento e disponibilização destes dados de forma a

potencializar ao máximo sua utilização, a bioinformática se desenvolveu

conjuntamente, e numa velocidade também impressionante (Formighieri, 2002).

A seguir, serão descritas algumas ferramentas de bioinformática utilizadas

neste trabalho.

34

2.4.1 Search Tool For The Retrieval Of Interacting Genes/Proteins (STRING)

A base de dados STRING tem como objetivo proporcionar uma avaliação da

integração nas interações gene-gene incluindo os efeitos diretos (físicos), bem como

associações indiretas (funcionais) (Franceschini et al, 2015).

Essas interações ajudam a descrever a função de um gene. O conhecimento

sobre os seus parceiros na interação é um requisito importante para entender

melhor a sua função (Franceschini et al 2015). Houve um progresso notável nos

últimos anos, tanto em termos de medidas experimentais e técnicas de previsão

computacionais (Szklarczyk et al, 2011).

A base de dados STRING abrange atualmente 2.031 organismos (STRING,

2015).

O STRING fornece uma base chamada primária experimental, originária a

partir de uma variedade de técnicas de bioquímicas, biofísicas e genéticas. As

interações também podem ser previstas computacionalmente, através de algoritmos

de previsão (Franceschini et al, 2015).

Szklarczyk et al, (2011) ressalta que todas as associações em STRING são

fornecidas com uma pontuação de confiança probabilística, utilizando o banco de

dados da Enciclopédia Kyoto Encyclopedia of Genes and Genomes (KEGG) e que

cada pontuação representa uma estimativa aproximada de uma determinada

associação.

O resultado é uma rede de associações previstas para um determinado grupo

de gene. Os nós da rede são os genes e as arestas representam as associações

funcionais previstas (STRING, 2015). Uma aresta pode ser representada com até

sete linhas de cores diferentes, sendo que estas linhas indicam a existência dos

tipos de provas utilizadas na previsão das associações. As provas podem indicar a

existência de conserved neighborhood, co-occurrence (coocorrência), fusion (fusão)

View, co-expression (coo expressão), experiments (experimentos), databases

(banco de dados), text mining (mineração de texto) e homology (homologia)

(STRING, 2015). A FIGURA 4 apresenta exemplos de resultados de cada tipo de

prova.

35

FIGURA 4 – Resultados dos tipos de associações em uma análise na base de dados

STRING. A: Conserved Neighborhood View, B: Co-occurrence, C: Fusion View, D: Co-

expression View; E: Experiments View, F: Databases View, G: Text Mining View. Fonte:

STRING, 2015.

2.4.2 Cytoscape

O Cytoscape é um projeto de software, de código aberto, desenvolvido para

visualizar e integrar interações de redes biomoleculares através de grandes bases

de dados de proteína-proteína, proteína-DNA e interações genéticas (Shannon,

36

2003). Utiliza os modelos computacionais baseados em grafos e redes, sendo que

um grafo é um conjunto não vazio de vértices (nós) e um conjunto finito de arestas

(arcos) tal que cada elemento do conjunto de arcos é representado por um par de

elementos de nós (Vaz, 2009). É importante ressaltar que topologia corresponde ao

modo pelo qual os vários elementos de uma rede são interconectados (Michaelis,

2015). Carvalho (2011) cita o termo topologia em seu trabalho e conceitua como

análise e correlação das propriedades da rede, ou seja, a interdependência entre

essa rede.

Existem disponíveis vários plugins para o Cytoscape que permitem interações

relacionadas com as mudanças na expressão gênica, analise de proteínas

envolvidas na recuperação celular voltadas a danos no DNA e entre outros

(Shannon, 2003). No presente trabalho foi utilizado o plugin network analyzer, o qual

realiza a analise de uma rede biológica com o objetivo de descobrir suas

propriedades topológicas (Cytoscape, 2015).

2.4.3 Classificação e Agrupamento De Dados

A técnica de agrupamento (ou clustering) procura identificar um conjunto de

categorias ou classes para descrever os dados (FAYYAD, 1996). O agrupamento de

dados em clusters (grupos) pode oferecer uma maneira de entender e extrair

informações relevantes de conjuntos de dados. A ideia é que dados de um mesmo

grupo tenham mais características em comum entre si do que com dados de

qualquer outro grupo (Vargas, 2010).

Existem algoritmos que realizam o agrupamento e classificação. O presente

trabalho utilizou o algoritmo fuzzy K-means. O K-means é um algoritmo muito

popular e bastante simples. O objetivo deste método é particionar os dados em uma

quantidade K de agrupamentos, minimizando a distância intraclusters e

maximizando a distância inter-clusters. Essa técnica utiliza um algoritmo de

agrupamento de dados com o objetivo de encontrar a melhor divisão de N dados em

K grupos. O centro do grupo inicial é formado em torno dos dados mais próximos e,

então, comparado com os pontos mais distantes, os outros grupos são então

formados. A partir daí, dentro de um processo de atualização contínua e de um

37

processo interativo encontram-se os centros dos grupos finais (EUZEBIO, 2012;

MONTEIRO E SILVA et al., 2001; TAN et al., 2006; SAMMA e SALAM, 2009).

2.4.4 Biological Networks Gene Ontology Tool (Bingo)

É uma ferramenta de código aberto, desenvolvida na linguagem de

programação Java. Tem como objetivo determinar a ontologia do Gene dentro de

um conjunto de genes (Maere et al, 2005; Liberman, 2004).

Ontologias oferecem um mecanismo pelo qual o conhecimento pode ser

representado numa forma capaz de ser processada por máquinas. O consórcio

“Gene Ontology” (GO) (“The Gene Ontology Consortium”, 2001) é um esforço

colaborativo para resolver a necessidade de descrições consistentes para produtos

de genes em diferentes bancos de dados, consistindo de um vocabulário padrão

para descrever a função de genes. No GO, foram desenvolvidas três classes

estruturadas (Liberman, 2004; The Gene Ontology Consortium”, 2001):

Função molecular: Palavras que descrevem as tarefas realizadas por

produtos gênicos individuais, como por exemplo, suas atividades enzimáticas,

catalíticas ou de ligação ao nível molecular.

Processos celulares/biológicos: Palavras que são usadas com objetivos

biológicos mais amplos, como a meiose, crescimento e manutenção celular

ou transdução de sinal.

Componentes celulares: Palavras que descrevem genes em termos das

estruturas subcelulares onde eles estão localizados, como organelas.

O Bingo mapeia as funções predominantes de cada gene, definindo, caso

necessário, hierarquias. Apresenta um visual intuitivo e personalizável dos

resultados (Maere et al, 2005).

38

2.4.5 Genecards

A base de dados GeneCards contém informações abrangentes sobre genes

humanos, incluindo dados sobre as funções celulares de seus produtos, e seu

envolvimento em doenças (Rebhan et al, 199).

Integra automaticamente mais de cem fontes web, apresentando informações

genômicas, transcritômicas, proteômicas, genéticas, clínicas e informações

funcionais (GeneCards, 2015).

3. OBJETIVOS

3.1. Delimitação do Tema

O tema apresentado utilizou como referências principais os artigos científicos,

livros, dissertações e teses das bases de dados eletrônicas Pubmed, Scielo e Web

of Science.

A metodologia aplicada neste trabalho utilizou como referência principal, o

artigo Bioinformatics and systems biology analysis of genes network involved in OLP

(Oral Lichen Planus) pathogenesis (Orlando et al, 2013).

As analises foram realizadas com os softwares STRING (Search Tool for the

Retrieval of Interacting Genes/Proteins), Matrix Laboratory (MATLAB), Statistical

Package for Social Sciences (SPSS), Cytoscape e a ferramenta Biológica Networks

Gene Ontology (Bingo)

3.2. Objetivo Geral

Identificar os genes potencialmente envolvidos no câncer de pele melanoma e

na manutenção da pele saudável através de pesquisas bibliográficas, bancos de

dados genômicos e ferramentas de bioinformática, bem como estudar as interações

realizadas por cada gene.

39

3.3. Objetivos Específicos

Para este objetivo geral, pretende-se de forma específica:

Identificar os genes possivelmente envolvidos no melanoma através de

pesquisa bibliográfica e os genes possivelmente envolvidos na manutenção

da pele saudável, através de pesquisa a base de dados GeneCards;

Criação do mapa de interação dos genes identificados utilizando o software

STRING 10;

Calcular o escore de cada gene, através da soma das pontuações referentes

às suas respectivas associações. Para esse escore foi definido o nome

Weighted Number of Links (WNL).

Análise topológica do mapa de interação através dos softwares Cytoscape;

Classificação dos genes através do algoritmo K-means;

Verificar a confiabilidade da rede, através de analises estatísticas utilizando o

software SPSS;

Realizar uma analise ontológica dos genes envolvidos através do software

Bingo;

Comparar os resultados das análises, considerando os dez grupos com maior

WNL, no câncer de pele melanoma e os genes potencialmente envolvidos na

pele saudável.

4. JUSTIFICATIVA

O câncer é uma doença genética. Inicia-se como consequência de alterações

múltiplas no ácido desoxirribonucleico (DNA) de uma única célula que muda a sua

constituição genômica (JR WAS, 2009). O dano genético ocorre em genes que

afetam a homeostase de vários processos biológicos como proliferação, crescimento

celular, apoptose, angiogênese, invasão e metástase (JR WAS, 2009).

Atualmente, ferramentas de bioinformática possibilitam que estudos sobre o

câncer apresentem resultados confiáveis a um baixo custo. Diante deste cenário, foi

proposto no presente trabalho um estudo dos genes possivelmente relacionados ao

câncer de pele melanoma.

40

Para uma melhor compreensão desta patogênese, é importante identificar os

genes envolvidos. Estes genes estão em diferentes processos biológicos, formando

assim uma complexa rede de interações. No entanto, apenas alguns deles têm um

elevado número de interações com outros genes na rede, portanto, eles podem ter

um papel mais importante. Os genes com o maior grau de interação serão

classificados como genes líderes, e poderão ser alvos de estudos para um

tratamento mais eficaz desta doença (ORLANDO et al, 2013).

A utilização de ferramentas de bioinformática e as analises realizadas podem

apresentar um melhor entendimento sobre essa doença, através de uma possível

identificação de genes importantes e a influência que estes genes exercem sobre

ela.

5. OBJETO

5.1. Problema

Com o objetivo de orientar a realização deste trabalho, o seguinte problema

foi formulado: Quais são os genes que possuem maior relevância no câncer de pele

melanoma?

5.2. Hipótese Básica

Genes que apresentam alto WNL e baixo TIS podem indicar maiores

relevância no câncer de pele melanoma, os quais poderão ser comprovados com

experimentos.

41

6. METODOLOGIA

6.1. Tipo de Pesquisa

Esta pesquisa será uma pesquisa exploratória. Pesquisas exploratórias são

desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo,

acerca de determinado fato. Ainda segundo GIL (2008), muitas vezes as pesquisas

exploratórias constituem a primeira etapa de uma investigação mais ampla.

6.2. Dados Utilizados

Para a identificação dos genes envolvidos ou potencialmente envolvidos no

câncer de pele melanoma que foram analisados neste trabalho utilizou-se, como

referência, apenas artigos científicos, livros, dissertações e teses da base de dados

Pubmed. Os descritos utilizados foram “Malignant melanoma and gene expression.”

para genes do câncer de pele melanoma. A nomenclatura oficial utilizada foi a

HUGO (Human Genome Organisation), sendo considerados apenas os genes

humanos. Os artigos pesquisados foram referentes aos últimos cinco anos,

apresentando como resultado 3.086 artigos. Foram considerados apenas os genes

identificados no resumo e conclusão dos artigos.

Em relação à manutenção da pele saudável, os genes potenciais também

foram identificados, apenas para fazer uma comparação com os resultados obtidos

no câncer de pele melanoma. Para determinar o principal conjunto de genes, foi

realizada uma pesquisa considerando apenas os genes humanos na base de dados

GeneCards, sendo os descritos “Skin Normal”. Também foi utilizado a nomenclatura

oficial HUGO (Human Genome Organisation), sendo considerados apenas os genes

humanos.

6.3. Análise dos Dados

Após a identificação dos genes, as interações entre eles foram mapeadas, e

uma pontuação, referente à interação, foi definida para cada um através do banco

42

de dados STRING versão 10.0 (Search Tool for the Retrieval of Interacting

Genes/Proteins) (Von, 2005; Jensen, 2009), permitindo assim a classificação destes

genes. Foram consideradas apenas as interações com um elevado grau de

confiança, acima de 0.9 (valor de confiança em STRING varia entre 0 e 0.99, sendo

0.99 a confiança mais alta). Foram mantidas as opções padrão para os outros

parâmetros.

Depois dessa etapa, foi gerada uma lista de genes candidatos potencialmente

relacionados com o melanoma e pele saudável. O software STRING foi usado para

definir cada interação e construir o mapa genômico com os genes identificados.

Para todos os genes identificados, foram somadas pontuações (escores)

referentes às suas respectivas associações. Somaram-se as pontuações dos

diferentes tipos de associações de cada gene, e este resultado foi então

multiplicados por 1000 (Poswar, 2015; Covani, 2008; Orlando, 2013; Giacomelli,

2006; Bragazzi, 2011), obtendo um escore único. Para esse escore foi definido o

nome Weighted Number of Links (WNL). Para o cálculo de WNL foram utilizados os

escores das associações encontrados nos arquivos Text Summary e Network

proteins description, disponibilizados após o mapeamento da rede de genes na base

de dados STRING.

Também foi realizado um escore global para os genes analisados neste

trabalho. Este escore foi chamado de TIS (significant global connectivity) (Barone,

2014; Poswar, 2015; Covani, 2008; Orlando, 2013; Giacomelli, 2006; Bragazzi,

2011). As pontuações, referentes ao TIS de cada gene, foi identificada utilizando a

mesma metodologia para a identificação do WNL. Entretanto o WNL utiliza as

pontuações apenas das associações da rede de genes aqui identificadas e o TIS

utiliza os escores de uma rede global de genes, disponível na base de dados

STRING. Para o cálculo do TIS foi utilizado os escores das associações encontradas

no arquivo Protein Network Data, disponível na base de dados STRING.

Com base na pontuação WNL, os genes foram agrupados através do

algoritmo de agrupamento K-means, para este agrupamento foi utilizado o software

SPSS PASW Statistics 18. A plataforma MatLab v.13 também foi utilizada apenas

para conferência dos resultados obtidos. Os parâmetros utilizados foram: Variável

WNL e para o Label case by (rótulo) foram utilizados os genes. O número de cluster

43

utilizado para o câncer de pele melanoma foi 20 e para a pele saudável foi utilizado

16 cluster. O método definido foi Iterate and classify (iteração e classificação). Em

Save (salvar), foi definida Cluster membership (participação do cluster). As opções

definidas foram: Initial cluster centers (Centros dos grupos iniciais), ANOVA table

(tabela ANOVA), Cluster information for each case (Informações sobre o cluster para

cada caso). Os outros parâmetros foram mantidos como padrão. A classificação foi

realizada de acordo com a média do WNL de cada grupo. Os genes líderes

obtiveram o posto mais alto (Poswar, 2015; Covani, 2008; Orlando, 2013;

Giacomelli, 2006; Bragazzi, 2011). Os outros genes foram denominados de acordo

com sua pontuação WNL. Genes sem interações, ou seja, com o WNL igual à zero

foram definidos como genes órfãos (Poswar, 2015; Orlando, 2013; Giacomelli, 2006;

Bragazzi, 2011).

Para avaliar as diferenças entre as classes em termos de WNL, foram

realizadas uma análise de variância (ANOVA) e TukeyKramer. Foram utilizados os

testes post hoc. A significância estatística foi fixada em um P valor <0,001. Em

Depedent List (lista dependente) foi utilizado a variável WNL e em Factor (fator) foi

utilizado o resultado obtido através da análise de cluster K-Means. Os outros

parâmetros foram mantidos como padrão.

Análise topológica foi realizada com Cytoscape, foi utilizado o arquivo Text

Summary para a visualização da rede, para as opções Source Interaction (fonte da

Interação) foi utilizado com campo Node1 (Nó1), para Target Interaction (Interação

alvo) foi utilizado com campo Node2 (Nó2) e para Interaction Type (Tipo de

Interação) foi utilizado com campo combined_score (Escore combinado). Foi

utilizado o plugin Network Analyzer e a opção Analyze Network (Topological

Coefficiente), foi selecionada a opção rede sem direção e todos os parâmetros foram

mantidos como padrão (Shannon, 2003).

A análise ontológica foi realizada com a ferramenta Biológica Networks Gene

Ontology (Bingo), para a visualização da rede foram utilizadas os mesmos

procedimentos adotados para a visualização da rede no Cytoscape. Somente foram

considerados os genes líderes, grupo B, C e D. O nível de significância foi fixado em

0,001, o testing correction definido foi Benamini & Hochberg False Discovery RATE

(FDR) correction, as ontologias utilizadas foram GO_Biological_Process,

GO_Molecular_Function, Go _Cellular_Component, todas as ontologias foram

44

relacionadas ao Homo sapiens. Os outros parâmetros não foram alterados, fazendo

uso das configurações padrão. Foram consideradas para analises as ontologias

mais frequentes no dataset (conjunto de dados) (Poswar, 2015; Covani, 2008;

Orlando, 2013; Giacomelli, 2006; Bragazzi, 2011; Maere, 2005).

6.4. Organização Desta Pesquisa

A organização dos conhecimentos envolvidos com o processo de

desenvolvimento do trabalho da dissertação para alcançar o objetivo geral está

esquematizada na FIGURA 5.

FIGURA 5 - Organização da Pesquisa. Fonte: Próprio autor.

6.5. Contribuições da Pesquisa

A principal contribuição desta pesquisa é apresentar um melhor entendimento

sobre o câncer de pele melanoma, sugerir genes que possam estar relacionados

com o desenvolvimento da doença.

Identificação dos possíveis

genes relacionados ao câncer de

pele melanoma e

na manutenção

da pele saudável

Criação do mapa de

interação dos genes

identificados utilizando o

software STRING 10

Cálculo do WNL de cada

gene identificado

Analise topológica da rede de genes

através dos softwares Cytoscape

Classificação dos genes através do

algoritmo K-means

Verificar a confiabilidade

da rede, através de

analises estatísticas utilizando o

software SPSS

Realizar uma analise

ontológica dos genes

envolvidos através do software

Bingo

Comparar os genes

potenciais do câncer de pele melanoma e pele saudável

45

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste capítulo, serão apresentados os resultados da pesquisa que resultou

na presente dissertação. O objetivo foi verificar quais são os genes que

possivelmente possuem maior grau de interações no câncer de pele melanoma e as

principais diferenças em relação aos genes potenciais com maior interação na pele

saudável, no intuito de sugerir possíveis alvos de estudos e pesquisas.

7.1. Identificação dos genes

A análise dos artigos científicos, livros, dissertações e teses da base de dados

Pubmed permitiu a identificação de 820 genes para o câncer de pele melanoma. Em

relação à manutenção da pele saudável a lista inicial identificada no GeneCards

apresentou um total de 2.867 genes, sendo que todos apresentavam um escore de

confiança gerado pelo próprio GeneCards. Uma média de escores dos genes

identificados foi realizada e foram considerados somente os genes que possuíam

escores acima da média. Assim foram utilizados neste trabalho 503 genes para a

pele saudável.

7.2. Criação do Mapa de Interação Genômico através do software STRING

Após a identificação dos genes, as interações entre eles foram mapeadas,

através do banco de dados STRING versão 10.0 (Search Tool for the Retrieval of

Interacting Genes/Proteins) (Von, 2005; Jensen, 2009), Conforme descrito na seção

de metodologia do trabalho e cujo resultado está apresentado nas Figuras 6 e 7.

Para o mapeamento, foram consideradas apenas as interações com um

elevado grau de confiança, acima de 0.9 (valor de confiança em STRING varia entre

0 e 0.99, sendo 0.99 a confiança mais alta). É importante ressaltar que os genes são

representados como nós e as associações como arestas. Uma aresta pode ser

representada com até oito linhas de cores diferentes, sendo que estas linhas

indicam a existência dos tipos de provas utilizadas na previsão das associações

(STRING,2015).

46

FIGURA 6 – Mapa de interação dos genes potencialmente envolvidos no câncer de pele

melanoma. A associação vermelha indica fusion (fusão), a verde indica Conserved

Neighborhood (vizinhança conservada), a azul escuro indica co-occurrence (coocorrência),

roxa indica a existência de experiments (experimentos), a amarela indica textmining

(mineração de texto), a azul claro indica databases (banco de dados), a associação azul

indica homology (homologia) e finalmente, a preta indica co-expression (co-expressão)

(STRING, 2015). Fonte: Próprio autor.

47

FIGURA 7 – Mapa de interação dos genes potencialmente envolvidos na pele saudável.

Fonte: Próprio autor.

7.3 Cálculo do Weighted Number of Links (WNL)

A cada incidência do gene soma-se o escore encontrado (Poswar, 2015;

Covani, 2008; Orlando, 2013; Giacomelli, 2006; Bragazzi, 2011), obtendo um escore

único. Para esse escore foi definido o nome Weighted Number of Links (WNL)

(Poswar, 2015; Covani, 2008; Orlando, 2013; Giacomelli, 2006; Bragazzi, 2011).

A FIGURA 8 apresenta uma parcial de relatório obtido após o mapeamento no

banco de dados STRING, apresentando as pontuações das associações entre os

48

genes (por tipo de associação), as quais foram utilizadas para o cálculo do WNL de

cada gene.

FIGURA 8 – Tipos de associações entre genes e respectivas pontuações. Fonte:

Próprio autor.

7.4. Agrupamento e Classificação dos Genes

Com base na pontuação WNL, os genes foram agrupados usando o algoritmo

de classificação K-means. Em seguida foram classificados de acordo com a média

do WNL de cada grupo. Os genes do grupo que obteve o maior WNL foram

chamados genes líderes (Poswar, 2015; Covani, 2008; Orlando, 2013; Giacomelli,

2006; Bragazzi, 2011). Os outros grupos foram identificados pelas letras B, C, D e

assim sucessivamente, de acordo com a força do WNL. Genes sem interações

foram definidos como genes órfãos (ANEXO) (Poswar, 2015; Orlando, 2013;

Giacomelli, 2006; Bragazzi, 2011). Para o câncer de pele melanoma foram definidos

20 grupos e para a pele saudável foram definidos 16 grupos, de acordo com o k-

means.

Para avaliar se as diferenças entre os grupos criados utilizando o algoritmo K-

means, são válidas, foram realizadas uma análise de variância (ANOVA) e

TukeyKramer através do software SSPS. Foram utilizados os testes post hoc. A

significância estatística foi fixada em um P valor <0,001 (Poswar, 2015; Orlando,

2013;).

49

A diferença de pontuação WNL entre os grupos relacionados ao melanoma foi

confirmada pela ANOVA com o teste Tukey post hoc (P < 0,001), apresentando

significância igual à zero (TABELA 2).

TABELA 2 – Resultados da analise de variância (ANOVA) com o teste Tukey

post hoc utilizando o software SSPS.

A diferença de pontuação WNL entre os grupos relacionados à pele saudável

também foi confirmada pela ANOVA com o teste Tukey post hoc (P < 0,001),

(TABELA 3).

TABELA 3 – Resultados da analise de variância (ANOVA) com o teste Tukey

post hoc utilizando o software SSPS.

7.5. Analise Topológica Através do Software Cytoscape

Para verificar se a rede atende as propriedades da rede livres de escalas, a

análise topológica foi realizada com o software Cytoscape (Shannon, 2003), foi

50

utilizado o plugin Network Analyzer. Através desta analise foi possível confirmar que

a rede (mapeamento dos genes) do câncer melanoma exibe um comportamento lei

de potência (correlação = 0,914, R2 = 0,885) (FIGURA 9) de acordo com a teoria da

rede livre de escala (Poswar, 2015; Orlando, 2013).

FIGURA 9 - Resultado da analise topológica, obtida com o software cytoscape, da

rede de genes envolvidos no câncer de pele melanoma.

A analise topológica, realizada no software Cytoscape (plugin Network

Analyzer), também apresentou um comportamento compatível com lei de potência

da rede do câncer de pele melanoma, através do GRÁFICO 1.

51

GRÁFICO 1 – Comportamento lei de potência da rede do câncer de pele

melanoma. Resultado da analise topológica, obtida com o software Cytoscape.

Fonte: Próprio autor.

A rede de genes da pele saudável também exibiu um comportamento

compatível com a lei de potência (correlação = 0,934, R2 = 0,875) (FIGURA 10) de

acordo com a teoria da rede livre de escala (Poswar, 2015; Orlando, 2013).

FIGURA 10 - Resultado da analise topológica, obtida com o software

Cytoscape, da rede de genes envolvidos na manutenção da pele saudável.

52

GRÁFICO 2 – Comportamento lei de potência da rede da pele saudável.

Resultado da analise topológica, obtida com o software Cytoscape. Fonte: Próprio

autor.

A analise topológica realizada através software Cytoscape, permitiu observar

que os mapas de interação do câncer de pele melanoma e da pele saudável seguem

uma lei de potência, o que indica que a interação do mapa de genes possui

propriedades de rede livres de escala. Estas redes foram assim denominadas por

não apresentarem um número característico de ligações como acontece nas redes

de caráter aleatório que seguem uma distribuição de Poisson, onde a maioria dos

nós tem um número de ligações próximo da média, sendo pouco provável encontrar

nós com o número de ligações significativamente maior ou menor do que a média

(Barabasi et al, 1999).

Ainda de acordo com Barabasi et al (1999), uma das principais características

da rede livres de escalas é denominada de conexão preferencial, ou seja, existe

uma tendência de um novo vértice se conectar a um vértice da rede que tem um

grau elevado de conexões. Essa característica implica em redes com poucos

vértices altamente conectados, denominados hubs, e muitos vértices com poucas

conexões.

No presente trabalho, os nós com muitas ligações são os genes que possuem

maior interação, apresentando maior relevância neste trabalho. Os nós com poucas

ligações apresentam menor interação. Neste caso, quanto maior o número de

interações com outros genes, maior a possibilidade de interagir com novos genes.

As redes em escala-livre seguem uma distribuição em lei de potência, isto

quer dizer que a probabilidade de um nó estar conectado a k outros nós é

proporcional a k-y (Metz et al, 2007; Barabasi et al, 1999).

Umas das propriedades da lei de potência é a correlação. A correlação revela

se existe uma relação funcional entre uma variável e as variáveis restantes. A

correlação mostra o quão forte é a ligação entre as variáveis (UFPA, 2015). A

correlação nunca pode ser maior do que 1 ou menor do que menos 1. Uma

correlação próxima à zero indica que as duas variáveis não estão relacionadas. Uma

correlação positiva indica que as duas variáveis movem juntas, e a relação é forte

53

quanto mais à correlação se aproxima de um. Uma correlação negativa indica que

as duas variáveis movem-se em direções opostas. Duas variáveis que estão

perfeitamente correlacionadas positivamente movem-se essencialmente em perfeita

proporção na mesma direção (ME, 2016).

A correlação encontrada nas duas redes analisadas estão muito próximas de

1, o que quer dizer que é muito grande a possibilidade de que variações em um

gene serão acompanhadas por outros genes. Se um gene X aumentar sua força de

interação, outros genes que interagem com o gene X apresentarão altas

possibilidades de aumentar sua força de interação, o mesmo ocorrerá caso o gene X

diminua a sua força de interação.

Outra propriedade analisada foi o r-square (r quadrado). R quadrado é a

porcentagem da alteração da variável de resposta explicada pela relação com uma

ou mais variáveis preditoras. Normalmente, quanto maior o R quadrado, melhor o

modelo ajusta os dados. O valor de R quadrado está sempre entre 0 e 100%. O R

quadrado também é conhecido como coeficiente de determinação ou determinação

múltipla (em regressão linear múltipla) (MINITAB, 2016).

O r quadrado analisado foi de 88,5% para a rede do câncer de pele

melanoma e 87,5% para a pele saudável, o que representa uma alta porcentagem

de ajuste dos dados, caso aconteça alterações nas variáveis (genes) das redes

analisadas.

Os gráficos 1 e 2 apresentam um Power Law (comportamento lei de potência

da rede), mostrando a relação dos coeficientes topológicos em relação quantidade

de vizinhos de cada gene. É possível observar que quanto maior o número de

vizinhos, menor o coeficiente topológico. Os gráficos demonstram que os graus de

distribuição das redes analisadas satisfazem a lei de potência. O coeficiente

topológico foi calculado para cada gene da rede e representado graficamente em

função do número de ligações ( Tn = ( J(n,m) / Kn ) , em que J(n,m) indica o número

de nós a que ambos n e m estão ligados com o acréscimo de mais um, e Kn é o

número de ligações do nó n. Os nós que possuem menos que 2 vizinhos

apresentam um coeficiente topológico de zero (NA, 2016; Stelz et al, 2005).

54

7.7 Genes Líderes

Diante dos resultados da analise, para o melanoma os genes líderes

sugeridos foram o TP53, porém os genes pertencentes aos grupos B, C, e D (AKT1,

JUN, STAT3 e MYC) também apresentaram WNL relevante e foram considerados

líderes (FIGURA 11). O WNL de cada gene foi representado graficamente contra a

sua conectividade global, chamado de TIS (significant global connectivity). As

pontuações, referentes ao TIS de cada gene, foi identificada utilizando a mesma

metodologia para a identificação do WNL. Entretanto o WNL utiliza as pontuações

apenas das associações da rede de genes aqui identificadas e o TIS utiliza os

escores de uma rede global de genes, disponível na base de dados STRING. A

abordagem TIS foi descrita anteriormente (Barone, 2014; Poswar, 2015; Covani,

2008; Orlando, 2013; Giacomelli, 2006; Bragazzi, 2011).

Os gráficos 3 e 4 apresentam a dispersão entre os genes em relação ao WNL

e o TIS. Através desta análise é possível identificar que os genes líderes, grupo B, C

e D apresentam dispersão muito acima do valor esperado na regressão linear. O

objetivo deste gráfico é visualizar a relevância do gene na via analisada. Quanto

maior o WNL, maior a interação do gene na via analisada e mais relevante será o

gene neste trabalho. Porém quanto menor o TIS, mais interessante se torna o gene.

O TIS apresenta escores de uma rede global de genes, portanto se um determinado

gene apresenta um TIS muito elevado, este gene tende a ser comum em várias vias,

podendo apresentar funções mais gerais. Portanto, pode-se observar através destes

gráficos, que os genes líderes, grupo B, C e D se destacam em relação aos outros

genes.

55

GRÁFICO 3 – Distribuição dos genes do câncer de pele melanoma em relação ao

WNL

WNL

56

FIGURA 11 – Associações dos genes líderes, grupo B, C e D do Câncer de Pele Melanoma.

Fonte: Próprio autor.

Para a pele saudável, os genes líderes sugeridos foram o UBC, porém os

genes dos grupos B, C, e D (TP53, JUN, AKT1, CREBBP, EP300 e SRC) também

apresentaram o WNL relevante e foram considerados líderes (GRÁFICO 4)(FIGURA

12).

57

GRÁFICO 4 – Distribuição dos genes da pele saudável em relação ao WNL

WNL

58

FIGURA 12 – Associações dos genes líderes, grupo B, C e D na pele saudável. Fonte:

Próprio autor.

Em outras pesquisas, os genes citados neste tópico apresentou relação com

o câncer de pele melanoma. Entretanto, o gene UBC foi pouco relacionado a este

tipo de câncer, e também pode ser um interessante alvo para experimentos. Os

genes citados neste tópico serão discutidos logo abaixo.

59

7.7.1 Genes Líderes no Câncer de Pele Melanoma e Pele Saudável

TP53

Atua como um supressor tumoral em muitos tipos de tumores. Induz a

interrupção do crescimento ou apoptose, dependendo das circunstâncias fisiológicas

e tipo de célula. Está também envolvido na regulação do ciclo celular como um

ativador que atua para regular a divisão celular através do controle de um conjunto

de genes necessários para este processo (STRING, 2015).

Mutações em TP53 são as alterações genéticas mais comuns em

malignidades humanas. A super-expressão da proteína p53 tem sido relatada em

altas frequências em todos os tipos de câncer de pele. Cerca de 50% de todos os

cancros da pele apresentam mutações p53. (He, 2015; Weiss et al, 1995).

Avery-Kiejda et al (2011) apresenta como resultados de seu estudo

comprovações do envolvimento de TP53 no câncer de pele melanoma. Viros et al

(2014) acredita que este gene não tem um papel importante no melanoma.

AKT1

AKT é um componente de sinalização envolvido no desenvolvimento de

muitos cancros (Tang et al, 2015). Um aspecto importante da função AKT1 é o seu

envolvimento no metabolismo celular e na produção de energia celular. Sob algumas

circunstâncias, forte ativação de AKT1 aumenta o stress oxidativo, o que pode

causar a apoptose celular, como por exemplo, em células hematopoiéticas (Tang et

al, 2015).

Rebecca et al (2014) em seu trabalho cita que a inibição de AKT em

combinação com quimioterapia podem ter atividades clínica (tratamento) no

melanoma. Wan et al (2001) acredita que a ativação de PI 3-kinase / AKT pelo UV

pode aumentar a sobrevivência de células mutantes, promovendo, assim, o cancro

da pele, como foi encontrado em diversos outros tipos de cancro.

60

Shi et al (2014) apresenta uma ideia contrária, de acordo com o autor uma

minoria dos melanomas abrigam lesões genéticas, com mutações no AKT1.

JUN

JUN é a sigla de "JU-Nana", japonês para 17 (vírus do sarcoma aviário 17),

oncogene JUN (c-jun) codifica uma proteína nuclear que está envolvida no controle

transcricional relacionado com o crescimento celular (Carvalho C. H. P, 2010).

c-Jun (membro da família AP-1) foi inicialmente identificada como proto-

oncogenes e o seu papel central no desenvolvimento do cancro tem sido descrito

em muitos modelos. É frequentemente sobre-expressa em cancro. Entre outros

efeitos, c-Jun inibe p53 e promove à expressão da ciclina D. É altamente expresso e

ativo nas células com melanoma, e os mecanismos e as vias de sinalização que

regulam a proteína c-JUN são diversas (Kappelmann et al, 2014).

De acordo com Yang et al (2004) c-JUN pode oferecer um novo alvo para a

prevenção ou tratamento da progressão do melanoma humano.

7.7.2 Genes líderes somente no Câncer de Pele Melanoma

STAT3

Transdutor de sinal e ativador de transcrição que medeia às respostas

celulares a interleucinas, KITLG/SCF e outros fatores de crescimento (STRING,

2015).

Apresenta um papel crítico na sobrevivência, proliferação, angiogénese,

metástase e evasão de células de tumor (Kortylewski et al, 2005). Ainda de acordo

com Kortylewski et al (2005) contribui para o crescimento de células tumorais

através da regulação da expressão de genes que estão envolvidos na sobrevivência

e proliferação das células. Promove metástase e angiogénese através da indução da

expressão do gene metastático, MMP-2, e o gene angiogénico, VEGF (Kortylewski

61

et al, 2005). Participa na regulação da evasão do tumor através da inibição da

expressão de mediadores pró-inflamatórios, enquanto que promovem a expressão

de fatores imuno-supressores, que por sua vez ativa a sinalização STAT3 em

células dendríticas que conduzem a tolerância imunológica.

O gene STAT3 está ativo em diferentes tipos de cânceres humanos, incluindo

o melanoma. Muitos dos estudos que definem o papel da STAT3 na oncogênese

foram realizados em células de melanoma (Kortylewski et al, 2005; Emeagi et al,

2013).

MYC

A proteína codificada por este gene desempenha um papel na progressão do

ciclo celular, apoptose e transformação celular. Este gene funciona como um fator

de transcrição que regula a transcrição de genes alvos específicos. As mutações, a

sobre expressão, o rearranjo e translocação deste gene tem sido associado com

uma variedade de tumores hematopoiéticos, leucemias e linfomas (NCBI, 2016).

A sua expressão desregulada tem sido relatada para uma variedade de

tumores humanos e tem sido associada com o mau prognóstico no carcinoma do

pulmão, carcinoma de células escamosas da cabeça e pescoço, e carcinoma de

mama e colo do útero (Prins et al, 1993).

Existem três membros na família da oncoproteína MYC, são eles: c-myc, N-

myc, L-myc. Ambos apresentam papel na patogénese de muitas doenças

neoplásicas humanas (Chadd et al, 1999).

Para o melanoma humano a elevada expressão c-MYC é encontrada na fase

de crescimento vertical e relatada em metástases de tumores primários

(Schlagbauer-Wadl et al, 1999).

Zhuang et al (2008) em seus resultados sugerem que uma das principais

funções do C-MYC na progressão do melanoma é suprimir o gene BRAF ou NRAS,

já que cita em seu trabalho que melanomas malignos muitas vezes abrigam

mutações ativadoras em BRAF em NRAS.

62

7.7.3 Genes líderes somente na Pele Saudável

UBC

O gene UBC (Ubiquitin C) está associado com a degradação protéica, reparo

do DNA, regulação do ciclo celular, modificação quinase, endocitose e regulação de

outras vias de sinalização celular. Identificado em doenças como esclerose tuberosa

e nanismo de mulibrey (GeneCards, 2015).

CREBBP

O gene CREBBP codifica a proteína CREB. Este gene está envolvido em

muitos fatores de transcrição diferentes. Desempenha um papel crítico no

desenvolvimento embrionário e controle do crescimento. Mutações neste gene

podem causar síndrome de Rubinstein-Taybi. Também está associado com a

leucemia mielóide aguda (GeneCards, 2015). Além dessas doenças, um grande

número de estudos sugere que CREB está envolvida na progressão de melanoma

(Dobroff et al, 2009).

Jean et al (1998) em seu trabalho apresenta dados que indicam que CREB e

suas proteínas associadas atuam como fatores de sobrevivência para células de

melanoma humanos, e, por conseguinte, contribui para a aquisição do fenótipo

maligno. Melnikova et al (2010) e Dobroff et al (2009) afirmam que o aumento da

atividade de ligação ao elemento de cAMP (CREB) é uma característica da

progressão maligna do melanoma cutâneo.

EP300

EP300 é uma histona-acetiltransferase que regula a transcrição através da

remodelação da cromatina e é importante nos processos de proliferação e

diferenciação celular (Gayther et al, 2000). Além disso, medeia a ligação do gene

63

cAMP à proteína CREB. Os defeitos neste gene são uma das causas da síndrome

de Rubinstein-Taybi e podem também desempenhar um papel no cancro epitelial

(NCBI, 2015).

Gayther et al (2000) apresenta dados que demonstram que EP300 está

mutado em cancros epiteliais e fornece evidências de que ele se comporta como um

gene supressor de tumor.

Bhandaru et al (2014) combinou a sua proteína p300 e Braf no diagnóstico e

prognóstico de melanoma. Nos resultados de seu estudo, Bhandaru et al (2014)

demonstrou que a expressão Braf é inversamente correlacionada com p300 nuclear

e positivamente correlacionada com a expressão p300 citoplasmática. Braf e p300

citoplasmáticos foram associados com a progressão do melanoma, o tamanho do

tumor e estado de ulceração.

SRC

O SRC participa nas vias de sinalização que controlam um diversificado

espectro de atividades biológicas, incluindo a transcrição do gene, resposta imune, a

adesão celular, progressão do ciclo celular, apoptose, migração e transformação

(STRING, 2015).

Homsi et al (2009), Meierjohann et al (2006) comprovam um papel da família

src (proteína tirosina quinase citoplasmática) de Fyn no desenvolvimento e

progressão do melanoma. De acordo Homsi et al (2009), a sinalização Src implica

em várias doenças malignas, incluindo o melanoma. A prevalência da ativação de

Src no melanoma humano e o efeito dos inibidores de Src, como agentes isolados

ou em combinação, em células de melanoma não estão bem estabelecidos. Ainda

segundo Homsi et al (2009) a sua pesquisa comprovou que Src é expresso na

mucosa cutânea e melanoma metastático. Sugere ainda que inibidores de Src

podem ser uma terapia promissora no tratamento do melanoma.

64

7.8 Ontologias dos Genes Líderes

A análise das ontologias, a qual apresenta os processos biológicos/celulares,

funções moleculares e componentes celulares, para os genes líderes foi realizada

com a ferramenta Biológica Networks Gene Ontology (Bingo) (Poswar, 2015; Covani,

2008; Orlando, 2013; Giacomelli, 2006; Bragazzi, 2011; Maere, 2005).

Diante da analise de ontologias realizada no presente trabalho, é possível

perceber que variações em processos biológicos, funções moleculares e/ou em

componentes celulares podem influenciar o desenvolvimento da doença. Essas

alterações estão relacionadas com os genes líderes estudados e podem estar

ocorrendo por alterações das funções, inativação ou até mesmo ativação dos genes

analisados.

Entre as ontologias mais frequentes sugeridas no presente trabalho, existem

ocorrências em comum, ou seja, ontologias que são relacionadas com frequência

tanto no câncer de pele melanoma, quanto na manutenção da pele saudável.

Variações nestas ontologias podem de certa, forma influenciar no desenvolvimento

e/ou manutenção da doença. É importante destacar que existem ocorrências de

ontologias com alta frequência no dataset de uma via analisada que não apresentam

o mesmo nível de ocorrência na outra via aqui também analisada, ou até mesmo

ontologias que estão presentes em uma via e não estão presentes na outra via.

Podemos concluir que estas alterações podem ser significativas e devem ter

atenção especial no câncer de pele melanoma.

Este tópico apresentará as ontologias referentes aos genes líderes, grupo B,

C e D. Foram considerados para discussão as ontologias mais frequentes no dataset

(conjunto de dados).

7.8.1 Processos Celulares/biológicos

Este tópico apresenta as ontologias referentes aos processos biológicos para

os genes líderes, grupo B, C e D para o câncer de pele melanoma e pele saudável.

65

7.8.1.1 Processos Biológicos dos Genes Líderes do Câncer de Pele Melanoma

A FIGURA 13 apresenta os resultados da analise de ontologias (processos

biológicos) para o câncer de pele melanoma.

FIGURA 13 – Analise Ontológica (processos biológicos) dos genes líderes, grupo B,

C e D do Câncer de Pele Melanoma. Fonte: Próprio autor.

A analise de ontologias dos genes líderes, grupo B, C e D, envolvidos no

câncer de pele melanoma, sugeriram as seguintes funções biológicas:

66

Regulação Positiva do Processo de Biossíntese da Macromolécula

Qualquer processo que modula a velocidade, a frequência ou a extensão das

reações químicas, resultando na formação de uma macromolécula. Uma

macromolécula consiste em qualquer molécula de massa molecular relativamente

elevada, cuja estrutura compreende essencialmente a repetição múltipla de

unidades derivadas, efetiva, a partir de moléculas de massa molecular relativa baixa

(AmiGO2, 2016).

Regulação Positiva de Azoto Processo Metabólico Composto

Qualquer processo que ativa ou aumenta a frequência das reações químicas

e caminhos que envolvem compostos de azoto ou nitrogenados.

Ativação do metabolismo de nitrogênio, a regulação positiva do processo

metabólico de azoto, a regulação positiva do metabolismo do nitrogênio, a

estimulação do metabolismo de nitrogênio, a regulação do metabolismo de

nitrogênio, aumento da regulação do metabolismo de nitrogênio, regulação positiva

de processo metabólico de azoto (SGD, 2016).

Regulação Positiva do Processo de Biossíntese Celular

Qualquer processo que ativa ou aumenta a frequência das reações químicas,

resultando na formação de substâncias, realizadas por células individuais (AspGD,

2016).

Regulação Positiva do Processo de Biossíntese

Qualquer processo que ativa ou aumenta a frequência, a taxa ou extensão

das reações químicas, resultando na formação de substâncias (BioCyc, 2016).

67

Regulação Positiva do Processo Metabólico da Macromolécula

Qualquer processo que aumente a taxa, a frequência ou a extensão das

reações químicas, resultando na formação de uma macromolécula (AmiGO2, 2016).

Regulação Positiva do Processo Metabólico Celular

Qualquer processo que ativa ou aumenta a frequência das reações químicas

pelos quais as células individuais transformam substâncias químicas (BioCyc, 2016).

Regulação Positiva do Processo Metabólico

Qualquer processo que ativa ou aumenta a frequência das reações químicas

dentro de uma célula ou um organismo (BioCyc, 2016).

Regulamento de Processo do Organismo Multicelular

Qualquer processo que modula a frequência, a taxa de um processo do

organismo multicelular. Os processos relevantes para a função de um organismo

multicelular acima do nível celular; inclui os processos integrados de tecidos e

órgãos (AmiGO2, 2016).

Respostas a Estímulos Químicos

Qualquer processo que resulta em uma mudança de estado ou a atividade de

uma célula (em termos de movimento, secreção, produção de enzima, expressão de

gene, etc.) como um resultado de um estímulo químico (AmiGO2, 2016).

68

Regulamentação de Qualidade Biológica

Qualquer processo que modula uma característica qualitativa ou quantitativa

de uma qualidade biológica. Uma qualidade biológica é um atributo mensurável de

um organismo ou parte de um organismo, tais como o tamanho, massa, forma, cor,

etc (CGD, 2016).

Desenvolvimento de Órgãos

O processo cujo resultado específico é a progressão de órgãos ao longo do

tempo desde sua formação até a estrutura madura (AspGD, 2016).

Regulação Negativa de Processo Celular

Qualquer processo que interrompe, impede ou reduz a frequência, a taxa ou

extensão de um processo celular. São realizadas a nível celular, mas não estão

necessariamente limitados a uma única célula. Por exemplo, a comunicação entre

células ocorre em mais de uma célula, mas ocorre a nível celular (AmiGO2, 2016).

7.8.1.2 Processos Biológicos dos Genes Líderes da Pele Saudável

Para a pele saudável, também foi realizada a mesma analise com os genes

líderes, genes pertencentes aos grupos B, C e D. A FIGURA 14 apresenta os

resultados encontrados.

69

FIGURA 14 – Analise Ontológica (processos biológicos/celulares) dos genes líderes,

grupo B, C e D da Pele Saudável. Fonte: Próprio autor.

A analise ontológica destes genes líderes, grupo B, C e D, envolvidos na

manutenção da pele saudável, sugeriram os seguintes processos biológicos:

Respostas a Estímulos Químicos

Qualquer processo que resulta em uma mudança de estado ou a atividade de

uma célula (em termos de movimento, secreção, a produção da enzima, a

expressão do gene, etc.) como um resultado de um estímulo químico (AmiGO2,

2016).

70

Regulamentação de Qualidade Biológica

Qualquer processo que modula uma característica qualitativa ou quantitativa

de uma qualidade biológica. Uma qualidade biológica é um atributo mensurável de

um organismo ou parte de um organismo, tais como o tamanho, massa, forma, cor,

etc (CGD, 2016).

Transdução de Sinal

É o processo celular no qual um sinal é transmitido para provocar uma

alteração na atividade ou no estado de uma célula. A transdução do sinal começa

com um sinal de recepção. A Transdução de sinal termina com regulação de um

processo celular, por exemplo, regulação da transcrição ou regulamento de um

processo metabólico (AmiGO2, 2016).

Transmissão de Sinal

É o processo em que um sinal é liberado e/ou enviado de um local para outro

(AmiGO2, 2016).

Processo de Sinalização

A sinalização celular é um mecanismo de comunicação entre as células que

se encontram presente nas mais diversas formas de vida, desde organismos

unicelulares, como bactérias, fungos e protozoários, até seres multicelulares.

O mecanismo de sinalização celular envolve a participação de uma célula

sinalizadora, responsável pela produção e, na maioria dos casos, liberação de uma

molécula sinalizadora, denominada ligante, e uma célula alvo, que apresenta

receptores (proteínas que reconhecem especificamente o ligante) que serão

71

responsáveis pela propagação do sinal e consequente resposta celular (UFPB,

2016).

Regulação Positiva do Processo Biológico

Qualquer processo que ativa ou aumenta a frequência de um processo

biológico. Os processos biológicos são regulados por diversos meios, inclui o

controle da expressão do gene, modificação de proteínas ou interação com uma

molécula de proteína ou substrato (AmiGO2, 2016).

Organização do Componente Celular

Um processo que resulta na montagem, disposição das partes constituintes,

ou desmontagem de um componente celular (PANTHER, 2016).

7.8.2 Função Molecular

Este tópico apresenta as ontologias referentes à função molecular para os

genes líderes, grupo B, C e D para o câncer de pele melanoma e pele saudável.

7.8.2.1 Função Molecular dos Genes Líderes do Câncer de Pele Melanoma

A FIGURA 15 apresenta os resultados da analise ontológica (função

molecular) para o câncer de pele melanoma.

72

FIGURA 15 – Analise Ontológica (função molecular) dos genes líderes, grupo B, C e

D do Câncer de Pele Melanoma. Fonte: Próprio autor.

A analise ontológica destes genes líderes, grupo B, C e D, envolvidos no

câncer de pele melanoma, sugeriram as seguintes funções moleculares:

Atividade Ativadora de Transcrição

Qualquer atividade reguladora de transcrição necessária para a iniciação ou

regulação positiva da transcrição (AmiGO2, 2016).

Ligação de DNA com Sequência Específica

Interagir seletivamente e de forma não covalente com o DNA, através da

composição de nucleotídeos específicos (AmiGO2, 2016).

7.8.2.2 Função Molecular dos Genes Líderes da Pele Saudável

73

Para a pele saudável, também foi realizada a mesma analise com os genes

líderes, genes pertencentes aos grupos B, C e D. A FIGURA 16 apresenta os

resultados encontrados.

FIGURA 16 – Analise Ontológica (funções moleculares) dos genes líderes, grupo B,

C e D da Pele Saudável. Fonte: Próprio autor.

A analise ontológica destes genes líderes, grupo B, C e D, envolvidos na

manutenção da pele saudável, sugeriram as seguintes funções moleculares:

Atividade Ativadora de Transcrição

Qualquer atividade reguladora de transcrição necessária para a iniciação ou

regulação positiva da transcrição (AmiGO2, 2016).

74

Fator de Transcrição de Ligação

Interage seletivamente e de forma não covalente com um fator de transcrição

específico, o qual pode ser uma única proteína ou um complexo, de modo a modular

a transcrição. Um fator de transcrição de ligação à proteína pode ou não interagir

com o ácido nucleico (DNA ou RNA) (AmiGO2, 2016).

7.8.3 Componentes Celulares

Este tópico apresenta as ontologias referentes aos componentes celulares

para os genes líderes, grupo B, C e D para o câncer de pele melanoma e pele

saudável.

7.8.3.1 Componentes Celulares dos Genes Líderes do Câncer de Pele

Melanoma

A FIGURA 17 apresenta os resultados da analise ontológica (componentes

celulares) para o câncer de pele melanoma.

75

FIGURA 17 – Analise Ontológica (Componentes celulares) dos genes líderes, grupo

B, C e D do Câncer de Pele Melanoma. Fonte: Próprio autor.

A analise ontológica destes genes líderes, grupo B, C e D, envolvidos no

câncer de pele melanoma, sugeriram os seguintes componentes celulares:

Núcleo

Organela delimitada por membrana de células eucarióticas em que os

cromossomos são alojados e replicados (AmiGO2, 2016).

76

7.8.3.1 Componentes Celulares dos Genes Líderes da Pele Saudável

Para a pele saudável, também foi realizada a mesma analise com os genes

líderes, genes pertencentes aos grupos B, C e D. A FIGURA 20 apresenta os

resultados encontrados.

FIGURA 18 – Analise Ontológica (componentes celulares) dos genes líderes, grupo

B, C e D da Pele Saudável. Fonte: Próprio autor.

A analise ontológica destes genes líderes, grupo B, C e D, envolvidos na

manutenção da pele saudável, sugeriram os seguintes componentes celulares:

77

Organela Intracelular do Lúmen

Uma organela lúmen que faz parte de um organelo (pequenos órgãos)

intracelular (AmiGO2, 2016).

Organela do Lúmen

O volume interno fechado por membranas de um organelo particular, por

exemplo, retículo endoplasmático lúmen, lúmen nuclear (CATHACYC, 2016).

Membrana Fechada do Lúmen

O volume encerrado dentro de uma membrana selada entre duas

membranas. Engloba o volume de um organelo específico, por exemplo, retículo

endoplasmático lúmen (AmiGO2, 2016).

Parte Nuclear

Qualquer parte constituinte do núcleo, uma organela delimitada por

membrana de células eucarióticas em que os cromossomos são alojados e

replicados (AmiGO2, 2016).

7.9 Comparações Entre os Resultados Identificados no Câncer de Pele

Melanoma (CPM) e Genes Da Pele Saudável (PS)

Uma comparação entre os genes identificados para câncer de pele melanoma

e os genes da manutenção da pele saudável, foi realizada. Considerando, apenas,

os 10 grupos (identificados através do agrupamento realizado com o algoritmo k-

78

means) com maior WNL no CPM e na PS, variações que podem ser importantes na

patogênese foram sugeridas a seguir.

Os dez grupos com maior WNL no CPM apresentaram um total de 28 genes,

conforme apresentado na TABELA 4.

Gene Grupo no melanoma

TP53 A

AKT1 B

JUN C

MYC D

STAT3 D

EGFR E

MAPK1 E

HSP90AA1 F

MAPK14 F

MAPK8 F

RAC1 F

CCND1 G

FOS G

FYN G

PIK3CA G

SMAD3 G

HDAC1 H

HRAS H

RELA H

RHOA H

STAT1 H

BCL2 I

CDKN1A I

MAPK3 I

SMAD4 I

VEGFA I

ESR1 J

JAK2 J

TABELA 4 – Variação entre classes de um gene do melanoma nas 10 classes com maior

poder de interação. Fonte: Próprio Autor

Os dez grupos (identificados através do agrupamento realizado com o

algoritmo k-means) com maior WNL na PS apresentaram um total de 48 genes,

conforme apresentado na TABELA 5.

79

Gene Grupo na Pele Saudável

UBC A

TP53 B

JUN C

AKT1 D

CREBBP D

EP300 D

SRC D

FOS E

MYC E

STAT3 E

CTNNB1 F

EGFR F

ESR1 F

MAPK1 F

NFKB1 G

CCND1 G

PIK3CA G

RELA G

SMAD3 G

AR H

MAPK14 H

MAPK8 H

SMAD4 H

SP1 H

BCL2 I

INS I

PTPN11 I

CDKN1A I

HDAC1 I

HRAS I

IL6 I

JAK2 I

MAPK3 I

TGFB1 I

VEGFA I

APP J

CDK2 J

ERBB2 J

NOTCH1 J

PPARG J

CDH1 J

CREB1 J

EDN1 J

HIF1A J

80

IGF1 J

PPARA J

RB1 J

STAT1 J

TABELA 5 – Variação entre classes de um gene da pele saudável nas 10 classes com maior

poder de interação. Fonte: Próprio Autor

Considerando os 10 grupos citados, 24 genes estão presentes tanto no CPM

e na PS. Os genes em comum ao CPM representaram um total de 86%, enquanto

os genes em comum à pele saudável teve um total de 50%, o que indica que a

maioria dos genes com maior WNL no CPM também apresentam alto WNL na

manutenção da PS. Portanto é possível sugerir que pequenas variações em suas

funções possam estar associadas à manutenção e/ou desenvolvimento do câncer de

pele melanoma. Esta analise também indica que podem existir genes silenciados ou

ativados no câncer de pele melanoma. Estes valores estão representados no

GRÁFICO 5.

GRÁFICO 5 – Porcentagem dos genes em comum ao CPM e PS nas 10 classes com maior

poder de interação. Fonte: Próprio Autor

7.9.1 Relação de Genes Identificados Apenas no Câncer de Pele Melanoma

Considerando os 10 grupos com maior WNL no CPM e todos os grupos da

PS, foram identificados quatro genes incidentes apenas no CPM, o que sugere a

possibilidade de que estes genes possam estar ativados nesta doença (TABELA 6).

14%

86%

Genes Melanoma

Genes Melanoma Genes em comum

50% 50%

Pele Saudável

Pele Saudável Genes em comum

81

Genes Melanoma exclusivos

HSP90AA1

RAC1

FYN

RHOA

TABELA 6 – Genes identificados apenas no câncer de pele melanoma. Fonte: Próprio Autor

Estes genes serão discutidos abaixo.

HSP90AA1

O gene HSP90AA1 promove a maturação, manutenção estrutural e uma

regulamentação adequada de proteínas-alvo envolvidas, por exemplo, no controle

do ciclo celular e transdução de sinal. Além disso, codifica dois transcritos de mRNA,

sendo a proteína Hsp90A uma das proteínas codificadas (Zuehlke et al, 2015;

STRING, 2015).

McCarthy et al (2008), Becker et al (2004) sugerem que a proteína HSP90

seja um marcador de progressão no melanoma e que pode ter um efeito

estabilizador sobre as funções celulares nas células em proliferação de lesões

melanocíticas, podendo ser um pré-requisito para a progressão do tumor (McCarthy

et al, 2008).

RAC1

Em seu estado ativo, esta proteína conecta-se a uma variedade de proteínas

responsáveis pela regulação de respostas celulares, tais como os processos de

secreção, fagocitose de células apoptóticas, polarização celular epitelial (STRING,

2015).

82

Rac1 é um membro da superfamília GTPase de RAS, sendo que RAS foi

identificada como a terceira mutação recorrente mais comum em melanomas

(Halaban et al, 2015).

De acordo com Krauthammer et al (2012) as estruturas cristalinas, e estudos

bioquímicos e funcionais de Rac1 mostraram que ela pode promover a proliferação e

migração de melanócitos.

A mutação em RAC1 revelou-se através do sequenciamento de regiões

codificantes no melanoma e forneceram evidências de ser um novo "controlador" na

gênese da doença. A mutação é mais frequente em pacientes com melanomas

relacionados à exposição ao sol, que ocorre em cerca de 4-7% dos pacientes, sendo

altamente significativo (Halaban et al, 2015).

Krauthammer et al (2012) sugere a possibilidade de que RAC1 pode ter

benefício terapêutico da doença.

FYN

FYN é um proto-Oncogene, da família Src de tirosina-quinase (GeneCards,

2015). Desempenha um papel em muitos processos biológicos, incluindo a

regulação do crescimento e sobrevivência celular, a adesão celular, a sinalização

mediada pela integrina, remodelação do citoesqueleto, a motilidade celular, resposta

imune e orientação do axónio (STRING, 2015).

FYN contribui para o desenvolvimento e progressão de vários tipos de cancro,

através da sua participação no controle do crescimento celular, morte,

transformação morfogênica e motilidade celular. Estes cancros inclui o melanoma, o

carcinoma de células escamosas, da próstata e cancros da mama. Estudos recentes

demonstraram a importância de Fyn na resistência ou susceptibilidade das células

cancerosas em alguns tratamentos anticancerígenos (Elias et al, 2015).

RHOA

83

Membro da família RAS, regula uma via de transdução do sinal de ligação de

receptores da membrana plasmática para a montagem de adesões focais e fibras de

stress de actina. Está envolvido na formação do anel de miosina contrátil do ciclo

celular durante a citocinese. Também desempenha um papel essencial na formação

do sulco de clivagem e é necessário para a formação da junção apical de adesão

célula-célula de queratinócitos (STRING,2015).

Klein et al (2011) em seu estudo identifica papéis para o gene RHOA na

circulação das células de melanoma, mas não no crescimento ou sobrevivência das

células, quando tratadas com inibidores de BRAF.

7.9.2 Relação de Genes Identificados Apenas na Manutenção da Pele Saudável

Comparando os resultados dos 10 grupos com WNL mais forte na

manutenção da PS e todos os grupos do CPM, foram identificados treze genes

incidentes apenas na manutenção da PS, sugerindo a possibilidade de que alguns

destes genes possam estar silenciados nesta doença (TABELA 7).

Genes Pele Saudável exclusivos

UBC

CREBBP

EP300

SRC

CTNNB1

NFKB1

INS

PTPN11

APP

CDK2

ERBB2

NOTCH1

PPARG

TABELA 7 – Genes exclusivos da pele saudável. Fonte: Próprio Autor

Estes genes serão discutidos abaixo. Importante ressaltar que o gene

CTNNB1, PTPN11 e UBC menos relacionados a este tipo de câncer, estes genes

84

podem estar silenciados na CPM e podem ser interessantes para estudos

experimentais. Alguns destes genes já foram citados em tópicos anteriores.

APP

Mutações neste gene têm sido implicadas na doença de Alzheimer e

amiloidose cerebral arterial (NCBI, 2015).

Em relação à pele, Vega et al (1995) apresenta dados que demonstram que

APP beta está presente na pele humana glabra (regiões da pele sujeitas a maior

atrito, como palmas das mãos e pés).

Botelho et al (2010) em seu estudo fornece evidências de que APP é

expresso em níveis elevados em melanomas com estágio avançado. Ressalta ainda

que o bloqueio da expressão de APP pela interferência de RNA prejudica a

proliferação de células de melanoma metastático e leva à sua diferenciação terminal

e irreversível.

CDK2

O gene CDK2 é um membro da família da proteína-quinase (Chohan et al,

2015). Desempenha um papel importante na regulação de vários eventos do ciclo da

divisão celular eucariótica. Evidências indicam que a sobre-expressão de CDK2

pode causar a regulação anormal do ciclo celular, podendo estar diretamente

associada com a hiperproliferação de células cancerosas (Chohan et al, 2015).

Em relação ao câncer de pele, Macias et al (2008), Walker et al, 2001

afirmam que a ativação de CDK2 induz a proliferação de queratinócitos, mas não

afeta o desenvolvimento do tumor de pele. Contudo, de acordo com Du et al (2004)

os níveis da expressão de CDK2 estão fortemente correlacionados em melanomas.

Em seu estudo, Du et al (2004) afirma que o esgotamento de CDK2 suprimiu o

crescimento e progressão do ciclo celular em pacientes com melanoma, mas não em

outros tipos de câncer.

85

CTNNB1

CTNNB1 é o gene que codifica a proteína beta-catenina. É parte de um

complexo de proteínas que formam junções aderentes, que são importantes para a

criação e manutenção de camadas de células epiteliais, regulando o crescimento

celular e adesão entre as células adjacentes (Hartsock, 2008).

O nível de beta-catenina em células é rigorosamente controlado em um

complexo multiprotéico, e mutações no 3beta glicogénio-sintase-quinase (GSK-

3beta) resultam em um acumulo nuclear, transativação constitutiva do fator de

células T e fator intensificador de linfoides, um mecanismo que ocorre em muitos

tipos de cancro (Demunter et al, 2002).

Linhas celulares de melanoma podem abrigar mutações beta-catenina, no

entanto, o acúmulo celular de beta-catenina é raramente causado por mutações

CTNNB1 (Demunter et al, 2002; Omholt et al, 2001). No entanto, Castiglia et al

(2008) em seu estudo identificou mutações CTNNB1 em melanoma e sugeriu que a

desregulação da via Wnt/beta-catenina coopera no desenvolvimento e progressão

do melanoma.

ERBB2

Este gene codifica um membro da família de receptores do fator de

crescimento epidérmico (EGF). A sobre-expressão desse gene tem sido relatada em

numerosos cancros, incluindo cancro da mama e tumores do ovário (NCBI).

Justin et al (2006), Rao et al (2015) em seus estudos revelam a influência de

ErbB2 na resposta ao UV. A radiação UV ativa o receptor ErbB2/HER2. Sugerem

um papel para o ErbB2 em patologias induzidas por UV, tais como o cancro de pele,

já que apresentam dados que comprovam que a ativação de ErbB2 acelera a

progressão maligna do câncer de pele induzido por UV.

86

No melanoma ERBB2 dimeriza preferencialmente com ERBB3. A sinalização

NRG1-erbB3-ErbB2 promovem a sobrevivência celular, crescimento, a migração e

proliferação em células de melanoma (Rao et al, 2015; Zhang et al 2013).

INS

A insulina diminui a concentração de glicose no sangue. Aumenta a

permeabilidade da célula aos monossacáridos, aminoácidos e ácidos gordos. Além

disso, acelera a glicólise, o ciclo das pentoses fosfato, e síntese de glicogênio no

fígado (STRING, 2015).

A insulina e os fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs) são

importantes reguladores do crescimento e metabolismo energético. Várias

descobertas têm delineado um papel importante desempenhado por esta família de

moléculas, tanto na manutenção e desenvolvimento do melanoma (Capoluongo,

2011). Apesar da contribuição estabelecida do sistema IGF na carcinogênese, foram

relatados poucos dados sobre as relações entre melanoma e esta família de

moléculas (Capoluongo, 2011).

Antoniadis et al (2011) no resultado de seu estudo aponta a resistência à

insulina como fator de risco potencial para o melanoma.

NFKB1

Também conhecido como: p50; KBF1; p105; A EBP-1; NF-KB1; NFKB-p50;

NFkappaB; NF-kappaB; NFKB-p105; NF-kappa-B

NF-kappa-B é um fator de transcrição presente em quase todos os tipos de

células e participa de uma série de eventos de transdução de sinal que são iniciados

por estímulos relacionados em muitos processos biológicos, tais como a inflamação,

a imunidade, diferenciação, de crescimento celular, tumorigénese e apoptose

(STRING, 2015).

87

O fator nuclear kappa B (NF-kB) aparece desregulada em muitos tipos de

tumores, resultando na expressão e/ ou ativação de complexos de transcrição de

NF-kappaB mutantes (Karst et al, 2009).

NFkB é uma via que os tumores de melanoma usam para alcançar a

sobrevivência, proliferação e resistência à apoptose (Madonna et al, 2012). Ainda de

acordo com Madonna et al (2012) a inibição da ativação do NF-kB parece ser uma

opção muito promissora para terapias anti-cancerígenas.

NOTCH1

Notch1 é um proto-oncogene em vários órgãos. Na pele, o silenciamento do

gene Notch1 conduz à formação de tumores, sugerindo que Notch1 é um supressor

de tumor (Demehri et al, 2009). Liu et al (2006) cita que a sinalização de Notch1

impulsiona a fase de crescimento vertical do melanoma primário para um fenótipo

mais agressivo.

Proteínas Notch são importantes nas decisões do destino celular e está

associada com tumorigénese. O papel da sinalização Notch na pele de mamíferos

não está bem caracterizado e é baseada principalmente em estudos in vitro (Nicolas

et al, 2003). Nicolas et al (2003) sugere que a sinalização Notch induz a

diferenciação na pele de mamíferos (Nicolas et al, 2003).

PPARg

Receptores ativados por proliferação de peroxissoma (PPARs) são membros

da superfamília de receptores nucleares que regulam lipídios, glicose, e o

metabolismo de aminoácidos. Na pele regulam as funções celulares, incluindo a

proliferação e diferenciação celular, assim como respostas inflamatórias (Sertznig et

al, 2008).

Kang et al (2004) identificou a expressão de todos os três subtipos de PPAR

em melanócitos humanos e Lee et al (2007) apresentou dados que comprovam que

88

a pigmentação em melanócitos foi acelerado com PPAR-alfa e PPAR-gama,

sugerindo um possível papel para PPAR-alfa e PPAR-gama na modulação da

proliferação e diferenciação dos melanócitos (pigmentação).

De acordo com Sertznig et al (2008), PPAR-delta têm um papel anti-

apoptótico e mantêm a sobrevivência e a diferenciação de células epiteliais. Já

PPAR-alfa e PPAR-gama induz a diferenciação e inibe a proliferação, além de

regular a apoptose. No melanoma, o efeito inibidor do crescimento através da

ativação de PPAR-gama é independente da apoptose e, aparentemente, ocorre

através da indução da paragem do ciclo celular na fase G1.

Ainda de acordo com Sertznig et al (2008), PPARs podem ser considerados

alvos potenciais para o tratamento de várias doenças de pele.

PTPN11

Atua no fluxo de vários receptores de tirosina-quinase citoplasmáticos e

participa na transdução do sinal a partir da superfície da célula para o núcleo

(STRING, 2015).

De acordo com Chan et al (2008) mutações germinativas em PTPN11

causam síndrome de Noonan e síndrome de leopardo, enquanto que mutações

somáticas em PTPN11 ocorrem em vários tipos de malignidades hematológicas,

principalmente leucemia mielomonocítica juvenil e, mais raramente, em tumores

sólidos.

Legius et al (2002) em seu estudo supõe que mutações PTPN11 são

associados com anomalias de pigmentação da pele, tais como várias lentigines ou

manchas café com leite.

7.9.3 Principais Variações Entre Genes dos 10 grupos Com Maior WNL

Considerando os 10 grupos com maior WNL, os genes ESR1 e PPARA

apresentaram uma variação significante entre grupos do CPM para a PS. No CPM, o

gene ESR1 se encontra no grupo F e na manutenção da pele saudável foi

89

identificado no grupo J. Já o gene PPARA, no CPM esta associado ao grupo J e na

pele saudável ao grupo O, o que sugere a possibilidade de perda ou ganho de

funções na doença.

Estes genes serão discutidos abaixo. Importante ressaltar que o gene ESR1

foi pouco relacionado a este tipo de câncer e também pode ser um valioso alvo para

estudos futuros. O gene PPARA foi discutido em outro tópico.

ESR1

Está diretamente envolvido na regulação da expressão de genes eucarióticos

e afetam a proliferação e diferenciação celular (STRING, 2015).

A ação do gene ESR1 é mais visível no câncer de mama. Mais de dois terços

dos casos expressam o receptor de estrogênio - alfa (ER-a, codificada por ESR1),

sendo que a maior parte destes casos são sensíveis à inibição ER-a. (Robinson et

al, 2013; Toy et al, 2013). O papel de ER-a em melanoma é desconhecido (Mori et

al, 2006).

PPARA (Proliferadores de Peroxisoma Alfa)

Peroxissomas são organelas subcelulares encontrados em plantas e animais

que contêm enzimas para a respiração e para o metabolismo do colesterol e lipídios.

A ação de proliferadores de peroxissomas é mediada através de receptores

específicos, denominados PPAR, que pertencem à superfamília dos receptores de

hormonios esteróides. PPARs afetam a expressão de genes envolvidos na

proliferação celular, diferenciação celular e nas respostas imunes e inflamatórias.

Este gene codifica o subtipo PPAR-alfa, que é um factor de transcrição nuclear

(NCBI, 2016).

De acordo com Sertznig et al (2008), PPARa induz a diferenciação e inibe a

proliferação, além de regular a apoptose.

90

Lee et al (2007) apresentou dados que comprovam que a pigmentação em

melanócitos foi acelerado com PPARa, sugerindo um possível papel para PPARa na

modulação da proliferação e diferenciação dos melanócitos (pigmentação).

Ainda de acordo com Sertznig et al (2008), PPARs podem ser considerados

alvos potenciais para o tratamento de várias doenças de pele.

8. CONCLUSÃO

O presente trabalho apresentou como objetivo identificar quais são os genes

que possuem maior grau de interações no câncer de pele melanoma e quais as

principais diferenças em relação aos genes que possivelmente interagem na

manutenção de uma pele saudável. Para isso foram realizadas analises utilizando

ferramentas de bioinformática e mineração de textos.

A analise realizada permitiu sugerir genes com forte interação para o câncer

de pele melanoma. Os genes líderes sugeridos foram o TP53, porém os genes

pertencentes aos grupos B, C, e D (AKT1, JUN, STAT3 e MYC) também

apresentaram WNL relevante e obtiveram destaque no trabalho. Estes genes líderes

possivelmente possuem uma forte influência do desenvolvimento e/ou evolução da

doença e são alvos importantes para estudos experimentais. Para a pele saudável,

os genes líderes sugeridos foram o UBC, porém os genes dos grupos B, C, e D

(TP53, JUN, AKT1, CREBBP, EP300 e SRC) também apresentaram o WNL

relevante.

Uma comparação entre os genes identificados para câncer de pele melanoma

e os genes da pele saudável, também foi realizada. Para esta comparação foram

analisados somente os genes alocados nos 10 grupos com maior WNL.

Através desta analise foi possível identificar que a maioria dos genes com

maior interação na manutenção da pele saudável, também possuem alta interação

no câncer de pele melanoma, e que pequenas variações na rede de genes podem

ter influências no desenvolvimento e/ ou evolução do câncer de pele melanoma.

Os genes HSP90AA1, RAC1, FYN e RHOA estiveram presentes apenas na

rede do Câncer de Pele Melanoma, o que sugere a possibilidade de que estes

91

genes possam estar ativados nesta doença. Os genes UBC, CREBBP, EP300, SRC,

CTNNB1, NFKB1, INS, PTPN11, APP, CDK2, ERBB2, NOTCH1 e PPARG foram

identificados apenas na rede de genes responsáveis pela manutenção da pele

saudável, sugerindo a possibilidade de que alguns destes genes possam estar

silenciados nesta doença. Os genes ESR1 e PPARA apresentaram variações

relevantes entre os grupos, identificados pelo K-means, da manutenção da pele

saudável para o câncer de pele melanoma, o que sugere a possibilidade de perda

ou ganho de funções na doença.

Os resultados, identificados no presente trabalho, reforçam que a

bioinformática e a mineração de textos podem ser um ponto de partida interessante

para aprimorar o conhecimento sobre interação gene-gene e proteína-proteína,

mecanismos moleculares de doenças, processos biológicos, entre outros. E que a

análise detalhada de mapas de interação genômicos e rankeamento de genes, de

acordo com seu número de confiança nas interações, pode apresentar resultados

relevantes e sugerir novos alvos para análises experimentais, além de sugerir

possíveis fatores de risco e novas terapias.

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10. ANEXOS

Genes Órfãos

Para o câncer de pele melanoma foram identificados 196 genes órfãos (eles

serão apenas citados no presente trabalho), são eles: GPR52, STX17, GCA, COMP,

TH1L, SERPINB9, NUAK2, MCC, SDCBP, ALCAM, PCDHB11, RAP1GAP, PHGDH,

MIA2, DHODH, MAGEA4, PHIP, LILRB1, SELENBP1, MGRN1, MUM1, POU3F3,

MXI1, EPHB6, ARTN, HOXA1, SERPINA3, AQP9, orf, TMIGD2, CYGB, RNASE3,

BPTF, PHLDB1, SRPK1, IFNK, TRPM1, TUBB, TIPARP, VTCN1, RNASET2,

SP110, TCF21, MCAM, B1, CLEC2B, ESAM, AIM1, GOLPH3, IDH1, PLP1, STPG2,

RBMX, RWDD1, BRD3, NHS, AIM2, ROPN1B, ROS1, FAT2, CD53, MAGEC1,

SPARCL1, IL32, PAEP, DCTN6, MAGEA10, RXRB, IFI44L, DEAF1, ESF1,

POMGNT1, ABCF2, MAGEA6, SLN, CEACAM1, SSX2, CFH, DCSTAMP, SPHKAP,

CMIP, MAGEA12, FUK, TDG, TRPV2, MAGEA11, ANTXR1, SOX17, TRIM2,

CYP4A22, REG1A, NUAK1, NACC1, CD160, MAGEL2, PLEK2, TMEM47, MT3,

TOP1MT, GOLPH3L, PPM1E, PSAP, CSMD1, FABP3, VPS39, BAALC, RTEL1,

JHDM1D, CD68, CA2, MAGEA1, ROPN1, NAT8, HLA-DPB1, HEXA, PLCXD1,

115

ERP29, ZFP36L2, MEOX1, ME2, MIA, RAB28, FAT3, DDX11, CIC, ANXA5, MLX,

OLFM4, CRYAB, DIDO1, MGAT5, SULF1, TBX4, CDKL1, SLPI, DDX43, FAP, EBP,

MTAP, CTCFL, RHO, NLRP2, ABCB5, ACP5, CSTB, MAGEH1, ATP7B, IER5,

CYP27A1, MB, LOX, CTAG1B, MIA3, MOCOS, SFMBT1, NLRP6, D3, HDGF,

ALDH1A1, HHLA2, SERPINB2, MAGED2, EVPL, TTBK2, PRAME, FAT4,

RARRES1, SERPINB13, MIF, PGP, AMACR, CTHRC1, MAGEA3, SYN1, TFEB,

GCLC, OCA2, MAGEF1, ZHX3, FCRL1, IFI44, KLK8, MARCO, MAGEB18, HTRA1,

AQP3, KLK6, ATRAID, SULF2, HOXC13, HOXC11, ATL1, FXYD5, C17orf79, D4,

MYO1B.

Para a pele saudável foram identificados 46 genes órfãos, são eles: KLK8,

GJB3, ECM1, FLCN, TGM5, CASP14, ALOXE3, BMP6, SLC45A2, MAOA,

RARRES2, CYP21A2, GJB2, FZD6, EXT1, FMR1, CDSN, ABCC6, HERC2, ELL2,

SPINK5, CLDN1, TGM1, GAR1, SLC24A5, SLC6A4, AICDA, F8, GBA, OCA2, MICA,

CSTA, PLAG1, HFE, KRT6A, FERMT1, GJB6, PLAGL1, DSC3, ELN, C4B, NR3C2,

IL36RN, CRABP2, SLURP1, HR.

Genes e WNL do Câncer de Pele Melanoma

Gene WNL 431 RAB11A 7757

1 TP53 404905 432 SFRP1 7727

2 AKT1 319796 433 ATF1 7537

3 JUN 273673 434 CITED1 7508

4 STAT3 230391 435 CLTC 7454

5 MYC 227249 436 MGMT 7432

6 EGFR 205607 437 DDR1 7421

7 MAPK1 204434 438 FDFT1 7300

8 MAPK14 192814 439 CD82 7240

9 MAPK8 192702 440 HHEX 7190

10 RAC1 191658 441 ETV1 6899

11 HSP90AA1 185749 442 GRIN1 6840

12 FYN 182703 443 PDCD4 6835

13 SMAD3 175621 444 ONECUT1 6818

14 PIK3CA 173733 445 BAP1 6766

15 FOS 171902 446 CX3CL1 6689

16 CCND1 169581 447 TCF4 6642

17 HRAS 167064 448 KLRK1 6532

18 HDAC1 163430 449 ANGPTL4 6476

116

19 STAT1 163345 450 GDF15 6445

20 RHOA 162603 451 TBX3 6419

21 RELA 159470 452 NLRP1 6414

22 CDKN1A 153607 453 CYP24A1 6404

23 MAPK3 152061 454 TBX2 6395

24 SMAD4 152043 455 GHRH 6360

25 BCL2 150278 456 SPRY4 6340

26 VEGFA 144208 457 SRY 6216

27 ESR1 138194 458 IL24 6200

28 JAK2 137278 459 ADORA2B 6171

29 AR 123983 460 NOX4 6116

30 TGFB1 123719 461 IMP3 6111

31 IL2 120215 462 LIF 6046

32 CDH1 119944 463 FDPS 5958

33 SP1 119223 464 EIF2C2 5957

34 IL6 117217 465 IL21 5938

35 RB1 115490 466 NLRC5 5877

36 HIF1A 115371 467 TYRP1 5786

37 IL8 115129 468 CSPG4 5730

38 NRAS 113458 469 ZFP36 5677

39 CDKN1B 113077 470 CPEB1 5664

40 CDC42 112728 471 MST1R 5661

41 YES1 107436 472 TRPV6 5644

42 CXCL12 107419 473 CD34 5616

43 MMP9 103862 474 C1QB 5538

44 ATF2 103525 475 PDE1A 5486

45 RAF1 102572 476 PDE1B 5441

46 EGR1 101791 477 AXL 5416

47 CDK4 100539 478 FZD3 5399

48 SMAD2 99099 479 CAV3 5395

49 FGF2 97869 480 PRKAB1 5394

50 GSK3B 95308 481 VIM 5343

51 MMP2 95092 482 BNIP3 5248

52 IRF1 94470 483 DDB2 5222

53 EDN1 94305 484 MRFAP1 5207

54 PTK2 93846 485 TAX1BP1 5099

55 CREB1 93199 486 RABGEF1 5074

56 IGF1 92557 487 FLOT2 4918

57 MTOR 92336 488 NLRP3 4916

58 E2F1 89994 489 BRD7 4905

59 SIRT1 89624 490 CSE1L 4897

60 PTEN 89313 491 ZEB1 4845

61 CDKN2A 86717 492 BRMS1 4827

62 MAP3K1 86302 493 MBD4 4793

63 KIT 84796 494 RASSF2 4776

117

64 IRF3 83814 495 PLIN2 4726

65 BCL2L1 82864 496 NDN 4714

66 ICAM1 82671 497 KDM5B 4680

67 IRF7 81640 498 PREX2 4679

68 PDGFRB 81112 499 SATB1 4569

69 TRAF6 80699 500 UHRF1BP1 4555

70 CAV1 80008 501 RAG2 4545

71 FOXO1 78778 502 GP9 4491

72 MAP2K1 76715 503 LMO2 4367

73 NCK1 74203 504 FLI1 4276

74 PPBP 73524 505 DOCK3 4261

75 KRAS 71496 506 POU3F2 4244

76 SYK 71494 507 MAGED1 4228

77 EGF 70467 508 SLIT3 4186

78 CXCR4 69975 509 BAG6 4170

79 CCR1 69621 510 MTSS1 4111

80 STAT2 69523 511 ATP7A 4009

81 PPARA 69519 512 CTSK 4005

82 BMP4 69176 513 TGFBI 3891

83 KDR 67834 514 KIF5B 3889

84 IL1B 67372 515 RAB11FIP2 3884

85 IGF1R 66648 516 CAPN3 3870

86 CCL5 66319 517 RANBP1 3862

87 HDAC9 66113 518 PLEK 3836

88 BRCA1 65940 519 PDCD1 3781

89 MET 65563 520 ULBP3 3750

90 CDK6 65340 521 DLX2 3730

91 ITGAV 64595 522 TLR5 3713

92 IFNG 64471 523 TRPM8 3708

93 FOXP3 62735 524 IL15RA 3694

94 SOCS3 62479 525 TCF12 3671

95 PDGFB 62274 526 USP15 3647

96 TERT 62232 527 EPCAM 3636

97 FOXO3 62195 528 DARC 3606

98 RASA1 62194 529 S100A2 3573

99 TIMP1 61480 530 RFXANK 3561

100 CCR7 61397 531 DCT 3529

101 HLA-A 61189 532 CD27 3476

102 TLR4 60355 533 CD70 3476

103 MDM2 60203 534 CD55 3421

104 SOCS1 59854 535 CD97 3421

105 ETS1 59124 536 MERTK 3221

106 PLK1 59107 537 SET 3212

107 CXCR2 59022 538 RYK 3209

108 ISG15 58913 539 GFAP 3130

118

109 IL4 58344 540 FBLN1 3039

110 CXCL10 58149 541 PHF19 2983

111 MYD88 57067 542 LGALS3BP 2918

112 POMC 55370 543 CCL8 2898

113 CCND2 54967 544 PERP 2896

114 CDC25A 54601 545 EID1 2826

115 CXCL9 54590 546 ITGB8 2826

116 CD40 54262 547 NXF1 2794

117 TGFB2 53673 548 CHRDL1 2791

118 VAV2 53650 549 ADAMTS13 2788

119 TNF 52620 550 ULBP2 2782

120 MAP2K2 52617 551 TYRO3 2765

121 ANXA1 52545 552 DGCR8 2760

122 CCL2 52145 553 NDST1 2759

123 FN1 51855 554 MVD 2754

124 CASP8 51640 555 LCN2 2720

125 MMP1 50416 556 LRAT 2692

126 IFIT1 50400 557 RPE65 2692

127 BRAF 50376 558 BATF 2647

128 E2F3 50210 559 RAB22A 2645

129 SKP2 49881 560 IFI16 2612

130 CXCL11 49856 561 IDH2 2611

131 VWF 49524 562 PFN1 2593

132 CCR10 49151 563 CAPZA1 2559

133 LEF1 49138 564 SETDB1 2526

134 EZH2 49047 565 IL20 2494

135 CCL19 48634 566 EYA4 2487

136 IL10 48296 567 DACH2 2487

137 CCL21 48086 568 DEC1 2470

138 CSK 47922 569 PAXIP1 2439

139 MCL1 47838 570 BRD4 2437

140 RRAS 47765 571 REV1 2423

141 CXCL5 47603 572 EWSR1 2394

142 TEK 47311 573 TCF20 2394

143 FADD 47107 574 SOX4 2369

144 SNAI1 45851 575 CD63 2369

145 DNMT1 45381 576 MAGEA2 2369

146 HLA-C 44965 577 TFAP2C 2358

147 CD8A 44911 578 BCL2L12 2354

148 IFIT3 44763 579 DDX21 2350

149 CCL27 44269 580 MYBBP1A 2333

150 CHEK1 44246 581 DERL2 2322

151 CD44 44009 582 GSR 2316

152 IFIT2 43666 583 LIN28B 2302

153 EIF4E 42858 584 ROBO3 2288

119

154 CNR1 42742 585 STMN1 2287

155 CCNA1 42674 586 NEU3 2277

156 CCL11 42568 587 RND3 2250

157 EPHA2 42525 588 PTGDS 2189

158 NCK2 41798 589 WWP2 2146

159 HMOX1 41474 590 ALDH3A1 2138

160 HSPA4 41203 591 S100A13 2114

161 BAX 41177 592 RAB27A 2089

162 TSC2 40693 593 KLK7 2087

163 PDGFRA 40481 594 CADM1 2086

164 GRM3 40464 595 TAZ 2034

165 ERBB3 40440 596 TFAP2A 2012

166 RHOC 40091 597 KRT4 1998

167 ISG20 39918 598 ENPP2 1981

168 VEGFC 39829 599 CD33 1960

169 GAL 39701 600 F10 1955

170 HSPB1 38993 601 PIM3 1916

171 RHOB 38724 602 TRPV4 1914

172 HGF 38255 603 ISYNA1 1902

173 ATF3 37852 604 NPTN 1898

174 ALDOA 37774 605 NES 1886

175 MX2 37646 606 CD99 1882

176 IL12RB1 37634 607 SERPINF1 1874

177 MITF 37111 608 DDR2 1865

178 VCAM1 37092 609 TRPV3 1864

179 IFI6 36984 610 TUBA1B 1859

180 WNT5A 36925 611 LAG3 1856

181 GADD45A 36856 612 CLDN1 1852

182 AURKA 36732 613 CD81 1852

183 PTGS2 36523 614 CHST14 1848

184 THBS1 36521 615 FABP7 1842

185 RPS6KA1 36071 616 PTMA 1841

186 SMAD1 35778 617 BRD2 1822

187 IFI27 35749 618 GPNMB 1820

188 KLF4 35555 619 CAMP 1816

189 EPO 35521 620 TYR 1810

190 GAPDH 35421 621 MLANA 1810

191 E2F5 35256 622 GALNT7 1800

192 GAS6 35192 623 CPE 1800

193 ATF4 34899 624 CNTN1 1799

194 NANOG 34868 625 GPR52 0

195 XAF1 34863 626 STX17 0

196 DDX58 34674 627 GCA 0

197 VAV3 34659 628 COMP 0

198 TLR2 34256 629 TH1L 0

120

199 CD86 33767 630 SERPINB9 0

200 TRADD 33723 631 NUAK2 0

201 IFNB1 33674 632 MCC 0

202 INSR 33456 633 SDCBP 0

203 IFITM3 33184 634 ALCAM 0

204 EPOR 33003 635 PCDHB11 0

205 PAX6 32919 636 RAP1GAP 0

206 RAD51 32547 637 PHGDH 0

207 EPHB2 32414 638 MIA2 0

208 CD28 32300 639 DHODH 0

209 CTGF 32282 640 MAGEA4 0

210 MAVS 32173 641 PHIP 0

211 STAT4 32167 642 LILRB1 0

212 SNAI2 32130 643 SELENBP1 0

213 KLK3 32110 644 MGRN1 0

214 CTTN 32041 645 MUM1 0

215 RPS6 31880 646 POU3F3 0

216 MAP4K4 31749 647 MXI1 0

217 TGFBR2 31331 648 EPHB6 0

218 GNAQ 31274 649 ARTN 0

219 SUZ12 31174 650 HOXA1 0

220 CDKN2C 31001 651 SERPINA3 0

221 ANGPT2 30935 652 AQP9 0

222 CIITA 30681 653 orf 0

223 SERPING1 30562 654 TMIGD2 0

224 HSPA5 30464 655 CYGB 0

225 VDR 30017 656 RNASE3 0

226 RUNX1 29792 657 BPTF 0

227 CSNK1A1 29469 658 PHLDB1 0

228 SOX2 29347 659 SRPK1 0

229 RPSA 29327 660 IFNK 0

230 TNFSF10 28842 661 TRPM1 0

231 CD80 28796 662 TUBB 0

232 COL1A2 28122 663 TIPARP 0

233 HSPA6 27823 664 VTCN1 0

234 BRCA2 27687 665 RNASET2 0

235 F13A1 27644 666 SP110 0

236 CDKN2D 27527 667 TCF21 0

237 SMARCB1 27122 668 MCAM 0

238 DNAJA1 27056 669 B1 0

239 BMI1 26964 670 CLEC2B 0

240 TLR3 26464 671 ESAM 0

241 PLXNB1 26381 672 AIM1 0

242 GLI3 26380 673 GOLPH3 0

243 HSF1 26328 674 IDH1 0

121

244 HDAC10 26024 675 PLP1 0

245 APC 25866 676 STPG2 0

246 HSPH1 25786 677 RBMX 0

247 KSR1 25710 678 RWDD1 0

248 MSH2 25648 679 BRD3 0

249 FAS 25247 680 NHS 0

250 MORF4L1 25115 681 AIM2 0

251 GNA11 25099 682 ROPN1B 0

252 HDAC8 24970 683 ROS1 0

253 RPS15A 24906 684 FAT2 0

254 RUNX3 24409 685 CD53 0

255 TBK1 24300 686 MAGEC1 0

256 EIF4A2 24042 687 SPARCL1 0

257 CCL3 23914 688 IL32 0

258 EDNRB 23888 689 PAEP 0

259 HES1 23860 690 DCTN6 0

260 IL1A 23810 691 MAGEA10 0

261 GRM1 23783 692 RXRB 0

262 DNAJB6 23605 693 IFI44L 0

263 MLH1 23426 694 DEAF1 0

264 DDIT3 23335 695 ESF1 0

265 GATA2 23287 696 POMGNT1 0

266 WT1 23178 697 ABCF2 0

267 MDM4 22933 698 MAGEA6 0

268 MYBL2 22624 699 SLN 0

269 DAXX 22577 700 CEACAM1 0

270 HDAC11 22554 701 SSX2 0

271 TP73 22390 702 CFH 0

272 HDAC6 22259 703 DCSTAMP 0

273 BUB1 22067 704 SPHKAP 0

274 TEC 21915 705 CMIP 0

275 NF1 21800 706 MAGEA12 0

276 RPL18 21774 707 FUK 0

277 CTLA4 21638 708 TDG 0

278 EIF3F 21496 709 TRPV2 0

279 SOX9 21487 710 MAGEA11 0

280 AXIN2 21392 711 ANTXR1 0

281 SKI 21187 712 SOX17 0

282 CDK8 21167 713 TRIM2 0

283 CDX2 21156 714 CYP4A22 0

284 DNAJA4 21071 715 REG1A 0

285 KISS1 21005 716 NUAK1 0

286 FOXA1 20994 717 NACC1 0

287 ITGA3 20802 718 CD160 0

288 DNAJB4 20626 719 MAGEL2 0

122

289 GLI2 20575 720 PLEK2 0

290 CTCF 20430 721 TMEM47 0

291 NME1 20252 722 MT3 0

292 BCL3 20229 723 TOP1MT 0

293 PSMA3 20199 724 GOLPH3L 0

294 FOXA2 20107 725 PPM1E 0

295 CDC25C 20069 726 PSAP 0

296 IFNAR1 20023 727 CSMD1 0

297 TANK 20008 728 FABP3 0

298 SH3KBP1 19941 729 VPS39 0

299 RARA 19650 730 BAALC 0

300 TNFRSF10B 19582 731 RTEL1 0

301 PARP1 19531 732 JHDM1D 0

302 ENO1 19442 733 CD68 0

303 BMP7 19345 734 CA2 0

304 LAMA3 18452 735 MAGEA1 0

305 EIF3D 18359 736 ROPN1 0

306 ADAM10 18289 737 NAT8 0

307 MMP3 18027 738 HLA-DPB1 0

308 CYLD 18013 739 HEXA 0

309 HSPA1A 17770 740 PLCXD1 0

310 LAMB3 17689 741 ERP29 0

311 IL27 17636 742 ZFP36L2 0

312 NOX1 17591 743 MEOX1 0

313 RHOV 17508 744 ME2 0

314 IL18 17194 745 MIA 0

315 SEMA4D 17143 746 RAB28 0

316 CDKN1C 17106 747 FAT3 0

317 IL7 17010 748 DDX11 0

318 BMX 16813 749 CIC 0

319 PDGFA 16750 750 ANXA5 0

320 KLF5 16718 751 MLX 0

321 PARK7 16641 752 OLFM4 0

322 GPC3 16630 753 CRYAB 0

323 FRS2 16576 754 DIDO1 0

324 EBI3 16444 755 MGAT5 0

325 PAX3 16384 756 SULF1 0

326 BUB3 16232 757 TBX4 0

327 MAP3K8 16126 758 CDKL1 0

328 HMGA2 15947 759 SLPI 0

329 CCL22 15913 760 DDX43 0

330 PMAIP1 15898 761 FAP 0

331 DKK1 15698 762 EBP 0

332 HINT1 15677 763 MTAP 0

333 DNMT3B 15589 764 CTCFL 0

123

334 NCF1 15437 765 RHO 0

335 FOXD3 15415 766 NLRP2 0

336 TLR7 15353 767 ABCB5 0

337 BCL2A1 15242 768 ACP5 0

338 NOTCH3 15211 769 CSTB 0

339 TIMP2 15160 770 MAGEH1 0

340 SOD1 15147 771 ATP7B 0

341 CYR61 15115 772 IER5 0

342 PROK1 14990 773 CYP27A1 0

343 PAX2 14952 774 MB 0

344 LGALS3 14871 775 LOX 0

345 LPL 14770 776 CTAG1B 0

346 TCF3 14673 777 MIA3 0

347 LDHA 14601 778 MOCOS 0

348 GH1 14276 779 SFMBT1 0

349 STAG2 14005 780 NLRP6 0

350 IL10RA 13915 781 D3 0

351 AHR 13812 782 HDGF 0

352 ARPC2 13803 783 ALDH1A1 0

353 CENPE 13803 784 HHLA2 0

354 DPP4 13399 785 SERPINB2 0

355 UBE3A 13325 786 MAGED2 0

356 NOTCH2 13319 787 EVPL 0

357 DUSP6 13147 788 TTBK2 0

358 RAD51C 13090 789 PRAME 0

359 ADAM17 13090 790 FAT4 0

360 PTCH1 12963 791 RARRES1 0

361 NT5E 12957 792 SERPINB13 0

362 NEDD8 12812 793 MIF 0

363 ATG5 12727 794 PGP 0

364 EPHA3 12713 795 AMACR 0

365 PRKX 12675 796 CTHRC1 0

366 ABCB1 12590 797 MAGEA3 0

367 NEDD9 12412 798 SYN1 0

368 GRIN2A 12367 799 TFEB 0

369 IL22RA1 12335 800 GCLC 0

370 PDIA3 12273 801 OCA2 0

371 HSPA1L 12254 802 MAGEF1 0

372 PLD1 12244 803 ZHX3 0

373 PBX1 12122 804 FCRL1 0

374 FBXW7 12037 805 IFI44 0

375 HSPA9 11640 806 KLK8 0

376 APRT 11595 807 MARCO 0

377 JAG1 11415 808 MAGEB18 0

378 PTP4A3 11348 809 HTRA1 0

124

379 C1R 11299 810 AQP3 0

380 FGFR3 11279 811 KLK6 0

381 DDX41 11273 812 ATRAID 0

382 HPRT1 11252 813 SULF2 0

383 CAV2 11232 814 HOXC13 0

384 GPI 11159 815 HOXC11 0

385 ATF6 11091 816 ATL1 0

386 GSTP1 11050 817 FXYD5 0

387 SOX10 10784 818 C17orf79 0

388 S100B 10700 819 ID4 0

389 IL7R 10667 820 MYO1B 0

390 CD14 10574

391 TP63 10550

392 IFNA1 10448

393 ATIC 10193

394 TAOK1 10146

395 MC1R 9930

396 HRK 9877

397 CDK5R1 9850

398 TRPV1 9753

399 NID1 9738

400 UCHL1 9721

401 BHLHE40 9676

402 MUC1 9487

403 FAT1 9486

404 CD83 9412

405 C1S 9393

406 NOD2 9374

407 MORF4L2 9233

408 TNFRSF10D 9227

409 TRPC1 9159

410 MAPK8IP1 9038

411 CD4 8947

412 WNT6 8896

413 TFE3 8617

414 EXO1 8600

415 RRM2B 8574

416 TPI1 8529

417 FLT3 8484

418 IL15 8428

419 RASGRP3 8168

420 ERCC1 8154

421 PLA2G6 8144

422 APC2 8140

423 EGLN3 8115

125

424 RIN1 8080

425 MSX2 7970

426 MYH11 7945

427 MEIS1 7876

428 ETV4 7867

429 RECK 7802

430 CYP27B1 7782

Genes e WNL da Pele Saudável

Gene WNL 270 BRCA2 25139

1 UBC 387957 271 GH1 24910

2 TP53 365317 272 COL4A5 24715

3 JUN 305674 273 MTA1 24650

4 AKT1 281377 274 CD36 24648

5 EP300 273624 275 CLOCK 24417

6 CREBBP 269441 276 PTHLH 24342

7 SRC 261329 277 WT1 24109

8 STAT3 249155 278 CCL27 23819

9 FOS 245046 279 SOX2 23682

10 MYC 232503 280 PTCH1 23589

11 ESR1 214720 281 KITLG 23567

12 CTNNB1 212322 282 PROC 23209

13 EGFR 205468 283 MC1R 23145

14 MAPK1 201881 284 VIP 23039

15 RELA 193979 285 PER2 22935

16 NFKB1 188459 286 FAS 22746

17 SMAD3 185064 287 SPP1 22253

18 PIK3CA 180012 288 SOD1 21985

19 CCND1 177166 289 GNRHR 21899

20 MAPK8 170337 290 HLA-C 21706

21 SMAD4 169202 291 HLA-B 21565

22 MAPK14 166573 292 GNRH1 21486

23 AR 160409 293 AHR 21485

24 SP1 160211 294 BCR 21349

25 IL6 157085 295 TSHR 21332

26 CDKN1A 156160 296 IL4R 21317

27 JAK2 155560 297 GLI2 21247

28 TGFB1 155404 298 GSTP1 20625

29 INS 155146 299 HLA-DRB1 20570

30 VEGFA 154789 300 PMS2 20413

31 HDAC1 153600 301 PDX1 20390

32 PTPN11 152610 302 POU5F1 20247

126

33 MAPK3 147894 303 CYP17A1 19893

34 HRAS 145697 304 CSF1R 19873

35 BCL2 144120 305 ABCA1 19845

36 STAT1 136990 306 CFTR 19781

37 HIF1A 133841 307 NF1 19298

38 PPARG 131324 308 HTT 19289

39 NOTCH1 127395 309 SOD2 18435

40 RB1 125703 310 NR0B1 18288

41 CREB1 124300 311 FGFR2 18277

42 APP 123768 312 TNFSF11 18093

43 PPARA 123618 313 TSC1 17727

44 IGF1 122186 314 MUC1 17628

45 ERBB2 120122 315 PARK2 17449

46 CDH1 119443 316 CYP19A1 17254

47 CDK2 118905 317 NOTCH2 17159

48 EDN1 116786 318 RXRA 16918

49 SMAD2 109689 319 ENG 16814

50 SIRT1 108056 320 ABCB1 16741

51 ABL1 105458 321 PLEC 16725

52 FGF2 105424 322 PER1 16599

53 MMP9 105180 323 CYR61 16527

54 IL8 101672 324 XRCC1 16365

55 NRAS 99190 325 CYP1B1 15891

56 PTEN 97303 326 PRNP 15760

57 MMP2 97276 327 NPPA 15747

58 IL2 96074 328 PITX2 15255

59 ICAM1 95483 329 TP63 14948

60 RPS27A 95139 330 PDGFA 14929

61 CEBPB 94845 331 FGFR3 14869

62 CDK4 93838 332 LEPR 14869

63 FOXO1 93717 333 TNFSF10 14716

64 GSK3B 92952 334 DMD 14675

65 NFKBIA 91506 335 CYLD 14646

66 E2F1 90052 336 MAF 14262

67 CDKN1B 89841 337 TGFA 13927

68 IKBKB 88794 338 PTCH2 13901

69 AGT 87763 339 SIRT2 13461

70 LEP 87483 340 IVL 13439

71 CHUK 87189 341 MYOG 13287

72 CXCL12 87183 342 TH 13239

73 SMARCA4 85621 343 KRT1 13217

74 PRKCA 84878 344 ELANE 12810

75 NCOA3 84875 345 LDLR 12636

76 IL1B 84816 346 MMP3 12240

77 PCNA 84504 347 GSTM1 12017

127

78 NOS3 84065 348 ALOX12B 12009

79 CAV1 83639 349 ADAR 11995

80 RAF1 83224 350 IL1RN 11886

81 BCL2L1 83169 351 OGG1 11798

82 TERT 82107 352 SELE 11737

83 SERPINE1 80735 353 TSG101 11681

84 CSF2 80324 354 CAT 11616

85 EGR1 77295 355 RPS19 11352

86 KIT 77107 356 GSTT1 11194

87 MDM2 76888 357 UGT1A1 11181

88 RARA 76627 358 SERPINC1 10826

89 ITGB1 76214 359 POLH 10744

90 F2 75919 360 NKX2-1 10021

91 BRCA1 75765 361 THBD 10015

92 LEF1 75472 362 MSX2 9996

93 CDKN2A 75428 363 DHFR 9876

94 IGF1R 72901 364 KRT16 9524

95 PDGFRB 71991 365 NF2 9514

96 ESR2 71272 366 MMP13 9500

97 VDR 70867 367 ISL1 9335

98 PGR 70833 368 IFNA1 9224

99 EGF 69127 369 PKP1 8775

100 IL4 66658 370 FBN1 8694

101 MET 65312 371 CSF3 8646

102 BMP4 64965 372 LOR 8636

103 SOCS3 64542 373 SOX10 8628

104 NR3C1 64352 374 CTLA4 8483

105 KRAS 63630 375 ALOX12 8423

106 ALB 63604 376 HMGCR 8381

107 POMC 62649 377 RAG2 8297

108 NR5A1 62177 378 LIF 8106

109 IRF1 61700 379 SRY 8055

110 TGFB2 61226 380 PAX3 7806

111 NFATC1 61169 381 FLG 7786

112 MYD88 60824 382 MGMT 7432

113 TIMP1 60745 383 T 7415

114 ATM 60653 384 XBP1 7137

115 CDK6 59525 385 XRCC3 7136

116 RUNX2 58964 386 KRT5 7088

117 FOXP3 58237 387 KRT14 6848

118 CD44 57586 388 NR1I2 6833

119 KDR 57281 389 ATP2A2 6792

120 TLR4 57234 390 PTGS1 6672

121 KLF4 56167 391 SLC6A3 6587

122 CASP3 55928 392 CDH3 6524

128

123 PML 54821 393 NME1 6485

124 HSPA8 53627 394 S100A8 6155

125 TNF 53372 395 AREG 6153

126 IGF2 53292 396 FHIT 6118

127 CCR5 52715 397 ODC1 5987

128 PDGFB 52695 398 MPO 5927

129 CEBPA 52664 399 ACE 5679

130 PPARD 52078 400 NOD2 5679

131 NGFR 52048 401 CSF1 5582

132 MSH2 51620 402 F3 5037

133 RORA 51315 403 MME 4887

134 BDNF 50324 404 CRHR1 4865

135 CD40 49987 405 FLNA 4639

136 COL1A2 49554 406 HBA2 4601

137 SHH 49475 407 HBB 4601

138 NGF 49223 408 DSG3 4456

139 ERBB4 48786 409 PKD1 4401

140 NR1H2 48038 410 DSP 4365

141 IFNG 47670 411 TRPV4 4344

142 PTGS2 47568 412 LMNA 4339

143 TCF7L2 47562 413 DSG1 4308

144 IL10 47305 414 DICER1 4307

145 IL12B 46981 415 CBS 4294

146 FN1 46871 416 PMP22 4247

147 TGFBR1 46076 417 TPR 4242

148 EPAS1 45630 418 CRP 4202

149 HMOX1 45089 419 FECH 4186

150 MMP1 45070 420 KL 4170

151 HNF1A 44940 421 DES 4120

152 TSC2 44819 422 FBLN5 4085

153 GATA3 44710 423 KRT17 3970

154 BAX 44507 424 TFAP2A 3868

155 GATA4 42727 425 SIRT6 3803

156 IL2RA 42276 426 RAG1 3752

157 HSPA4 42112 427 ETV6 3746

158 CDKN2B 42004 428 S100A7 3724

159 RUNX1 41914 429 CYP27B1 3666

160 NPY 41825 430 CALCRL 3617

161 HSPB1 41770 431 CETP 3184

162 F5 41647 432 ASIP 3169

163 SST 41423 433 KRT10 2869

164 CASR 41283 434 ERRFI1 2857

165 PLAU 41264 435 DST 2788

166 NFKB2 41043 436 TYR 2516

167 GNAS 40627 437 MEIS1 2462

129

168 APOA1 40564 438 MPZ 2447

169 HBEGF 40145 439 CACNA1A 2379

170 NOS2 39836 440 RYR1 2379

171 ERCC2 39766 441 HPRT1 2360

172 PSEN1 39691 442 DEFB4A 2303

173 CCL2 39507 443 HCCS 2278

174 ADRB2 39474 444 TYRP1 2257

175 TLR2 39438 445 SMN1 2095

176 COL17A1 39377 446 KLK7 2087

177 ITGB4 39273 447 MIF 1988

178 TEK 38962 448 G6PD 1976

179 GHR 38808 449 EWSR1 1900

180 TGFBR2 38643 450 SLC4A1 1872

181 RARB 38578 451 MECP2 1841

182 HGF 38438 452 MTHFR 1822

183 RARG 38175 453 HLA-DQB1 1820

184 CTGF 38066 454 PI3 1816

185 EPO 37895 455 DTNBP1 1800

186 FGFR1 37709 456 KLK8 0

187 INSR 37509 457 GJB3 0

188 COL1A1 36989 458 ECM1 0

189 IL5 36886 459 FLCN 0

190 ADAM17 36674 460 TGM5 0

191 STK11 36428 461 CASP14 0

192 BIRC5 36082 462 ALOXE3 0

193 PARP1 35634 463 BMP6 0

194 MITF 35232 464 SLC45A2 0

195 TNFRSF1A 35195 465 MAOA 0

196 RET 35157 466 RARRES2 0

197 BRAF 34615 467 CYP21A2 0

198 PSEN2 34482 468 GJB2 0

199 DNMT1 34466 469 FZD6 0

200 COL7A1 34461 470 EXT1 0

201 CCL5 34324 471 FMR1 0

202 SNCA 34024 472 CDSN 0

203 CHEK2 33976 473 ABCC6 0

204 VWF 33933 474 HERC2 0

205 VHL 33827 475 ELL2 0

206 LPL 33667 476 SPINK5 0

207 RBPJ 33593 477 CLDN1 0

208 IL13 33341 478 TGM1 0

209 DCN 33274 479 GAR1 0

210 FGF7 33042 480 SLC24A5 0

211 XPC 32860 481 SLC6A4 0

130

212 EDNRB 32840 482 AICDA 0

213 FASLG 32778 483 F8 0

214 IGFBP3 32612 484 GBA 0

215 ERCC3 32528 485 OCA2 0

216 IKBKG 32507 486 MICA 0

217 ADIPOQ 32354 487 CSTA 0

218 EZH2 32287 488 PLAG1 0

219 MAPT 32137 489 HFE 0

220 CRH 32131 490 KRT6A 0

221 MLH1 32100 491 FERMT1 0

222 FGF10 32099 492 GJB6 0

223 NFKBIB 32012 493 PLAGL1 0

224 SRF 31678 494 DSC3 0

225 PDGFRA 31560 495 ELN 0

226 SOX9 31367 496 C4B 0

227 PAX6 31300 497 NR3C2 0

228 BCL6 31189 498 IL36RN 0

229 PRL 30837 499 CRABP2 0

230 AGTR1 30759 500 SLURP1 0

231 NPM1 30668 501 HR 0

232 TP73 30563

233 CYP1A1 30496

234 TAC1 30492

235 PRKAR1A 30323

236 GLI1 29997

237 NFE2L2 29421

238 ARNTL 29409

239 MSH6 29148

240 CALCA 29062

241 CIITA 29057

242 XPA 29036

243 COL3A1 28935

244 ERCC4 28705

245 NTRK1 28431

246 LAMB3 28308

247 CDX2 28291

248 DRD2 28272

249 APOE 28128

250 GLI3 27777

251 LAMA3 27660

252 COL2A1 27616

253 LAMC2 27607

254 IL1A 27597

255 COL4A1 27568

256 NOS1 27240

131

257 ERCC6 27094

258 GATA1 26968

259 NOTCH3 26573

260 SP3 26419

261 GJA1 26368

262 ERCC5 25980

263 IL18 25839

264 IL1R1 25828

265 OPRM1 25763

266 PRLR 25737

267 APC 25709

268 HTR2A 25680

269 COL4A3 25430