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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS: UM ESTUDO DE CASO DO RU DA UFRN ANA PAULA DE BRITO NATAL RN 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA

AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES DE GÊNEROS

ALIMENTÍCIOS: UM ESTUDO DE CASO DO RU DA

UFRN

ANA PAULA DE BRITO

NATAL – RN

2016

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ANA PAULA DE BRITO

IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA

AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES DE GÊNEROS

ALIMENTÍCIOS: UM ESTUDO DE CASO DO RU DA

UFRN

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Curso de Graduação em Nutrição da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

como requisito para obtenção do grau de

Nutricionista.

Orientadora: Profª. Msc. Annamaria Barbosa do Nascimento

Co-orientadora: Prof.ª Drª. Dinara Leslye Macedo e Silva Calazans

NATAL-RN

2016

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ANA PAULA DE BRITO

IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA

AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES DE GÊNEROS

ALIMENTÍCIOS: UM ESTUDO DE CASO DO RU DA

UFRN

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final para obtenção do grau de

Nutricionista.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________

Orientador: Profª MsC. Annamaria Barbosa do Nascimento

__________________________________________________________

Co-orientador: Profª Drª Dinara Leslye Macedo e Silva Calazans

__________________________________________________________

Prof. Dr. Fabio Resende de Araújo

Natal, 15 de dezembro de 2016.

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AGRADECIMENTO

Agradeço, primeiramente, a Deus, que tornou todo este meu sonho possível.

Sempre esteve ao meu lado, me dando força e o suporte necessário para prosseguir. Desde o

início do curso podia sentir que Ele sempre estava comigo, e a cada conquista minha, tinha

certeza que era Ele quem me proporcionava a vitória. Dono de toda ciência, sabedoria e

poder, razão de tudo que se ver e sente; a Ele seja feita todas as coisas.

A minha irmã Josylene pelo incentivo e por ser um exemplo de vida pois no

meio da adversidade encontrar forças para seguir, a minha família pelo amor e carinho, as

minhas amigas; Karina marinho, Carla Nascimento, Dulce Maria, Nínive Alves, Juliana

Raquel e Carla Targino por toda a força e fidelidade, compreensão e cumplicidade

permanecendo sempre do meu lado e principalmente Lorena Vidal (Jaiana) enviada por Deus.

Agradeço as professoras que se disponibilizaram a ajudar-me nessa reta final,

pela dedicação e paciência para que tudo desse certo e Samara e Isadora pelo

companheirismo.

Agradeço aos funcionários do restaurante universitário e a nutricionista

Alzeneide Fernandes que sempre dedicada ao seu trabalho e me ajudando nesse processo.

Peço a Deus que abençoe todas essas pessoas e que as guie nas caminhadas da

vida, para gloria de seu nome e razão de seu viver, pois antes do pó o vaso não existiria!!!.

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“Porque dele e por Ele, e para Ele, são todas as coisas;

glória, pois, a Ele eternamente. Amém.”

Romanos 11:36

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BRITO, Ana Paula de. Identificação dos critérios para avaliação de fornecedores de

gêneros alimentícios: um estudo de caso do RU da UFRN, 2016. 42 f. Trabalho de

Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Curso de Nutrição, Universidade Federal do

Rio Grande do Norte, Natal, 2016.

RESUMO

Os cuidados na produção de refeição devem contemplar não somente o processo produtivo

dentro da Unidade de Alimentação e Nutrição (UANs), mas também desde a aquisição da

matéria prima – e uma relação com o fornecedor para que possa se ter um relacionamento

confiável –, através da identificação dos critérios de desempenho, o que torna uma fonte de

informação sobre o cumprimento das expectativas e objetivos estratégico entre a unidade e o

fornecedor, contribuindo para uma avaliação de seu desempenho. Esse estudo teve como

objetivo identificar os critérios de avaliação de fornecedor de gêneros alimentícios no

Restaurante Universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por meio de

pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa. A estratégia de pesquisa foi um estudo de

caso, com método de coleta por meio de observação participante e análise documental. Foram

observadas as etapas do processamento ocorridas na unidade de refeição desde a aquisição

dos gêneros alimentícios à distribuição. Os resultados obtidos mostraram que os critérios de

avaliação de fornecedor, foram identificado em duas categorias principais, com relação a

entrega e a qualidade, sendo medido nas etapas de produção através de indicados

identificados no processo produtivo. Foram utilizado três instrumentos para registro dos dados

que possibilitaram a identificação desses critérios, sendo esses instrumentos o mapa de

recebimento, o protocolo de carnes e o mapa de controle de refeição. Mostrando que o a

identificação dos critérios para avaliação de desempenho de fornecedor tem responsabilidade

na qualidade final do produto, pois tão importante quanto selecionar o fornecedor é o

monitoramento de seu desempenho através dos critérios identificados.

Palavras-chave: avaliação de fornecedor, serviço de alimentação, desempenho de fornecedor.

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ABSTRACT

Meal care should include not only the production process within the Food and Nutrition Unit

(UANs), but also from the acquisition of the raw material - and a relationship with the

supplier in order to have a reliable relationship - through Of the identification of the

performance criteria, which makes it a source of information about the fulfillment of strategic

expectations and objectives between the unit and the supplier, contributing to an evaluation of

its performance. The objective of this study was to identify the criteria for evaluation of food

suppliers in the Restaurant of the Federal University of Rio Grande do Norte, by means of

exploratory research, with a qualitative approach. The research strategy was a case study, with

method of collection through participant observation and documentary analysis. The

processing stages occurred in the food unit from the acquisition of foodstuffs to the

distribution were observed. The results showed that the supplier evaluation criteria were

identified in two main categories, in terms of delivery and quality, being measured in the

production stages through indicated ones identified in the production process. Three

instruments were used to record the data that allowed the identification of these criteria, these

instruments being the receiving map, the meat protocol and the meal control map. Showing

that the identification of the criteria for supplier performance evaluation has responsibility for

the final quality of the product, because as important as selecting the supplier is the

monitoring of its performance through the identified criteria.

Keywords: supplier evaluation, food services , supplier performance.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CFN – Conselho Federal de Nutrição

FÇ – Fator de correção

UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte

RU- Restaurante Universitário

RDC – Resolução da Diretoria Colegiada

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1- Árvore decisória de processos de compras em UANs........................................16

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Critérios descrito na literatura para avaliação de fornecedores de gêneros

alimentícios..............................................................................................................................21

Tabela 2: Etapas observadas na produção de refeição............................................................23

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11

2. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 13

2.1. OBJETIVO GERAL .......................................................................................................... 13

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................ 13

3. REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................................... 14

3.1 GESTÃO DE SUPRIMENTO EM UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

(UANs) ..................................................................................................................................... 14

3.2 FORNECIMENTO DE MATÉRIA PRIMA ...................................................................... 17

3.3. PRINCIPAIS CRITÉRIOS DE DESEMPENHO DE FORNECEDORES ............... 20

4. METODOLOGIA .............................................................................................................. 22

4.1 TIPO DE PESQUISA ........................................................................................................ 22

4.2 LOCAL DE REALIZAÇÃO DA PESQUISA .................................................................. 22

5. RESULTADOS E DISCURSSÃO .................................................................................... 24

6. CONCLUSÕES .................................................................................................................. 29

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 30

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1. INTRODUÇÃO

As UANs (Unidade de Alimentação e Nutrição) cumprem um papel importante

na medida em que afetam o estado nutricional e o bem-estar da população por meio da

qualidade do alimento que produzem, devendo ter uma preocupação com relação à qualidade

do alimento para consumo, assim como os fatores que podem interferir nesta qualidade, o que

envolve equipamentos, armazenamento, e a escolha da matéria prima a ser fornecida

(ALEVATO, 2009).

Assim, os cuidados na produção de refeições devem, não somente no processo

de produção dentro da unidade de refeição, mas também, desde a aquisição da matéria prima

o que inclui a escolha do fornecedor confiável (REGO, 2010). As instituições públicas

costumam utilizar o processo de licitação para seleção de seus fornecedores, instituída por lei

as normas para licitações e contratos da administração pública (BRASIL, 1993). Devendo

essa seleção ser feita de maneira a atender as especificações para a unidade.

Tendo a seleção de fornecedor tem importância tanto quanto o monitoramento

de seu desempenho, para verificação dos resultados que se espera, assim possibilitando a

identificação de suas não conformidades para possíveis correções (VIENA, 2009) visto que a

unidade de alimentação depende de fornecedores que tenham compromisso com suas

atividades, não ocasionando transtornos durante a produção de refeições ou possíveis

mudanças que levam tempo, custo e queda na qualidade do produto produzido.

Assim o controle da cadeia de abastecimento é de suma importância para

atender os objetivos estratégicos, pois a relação que o fornecedor tem contribui para o sucesso

ou desastre do processo produtivo (FELIX; FRUCTOS, 2008). UANs como Restaurantes

Universitários têm na gestão de suprimentos um grande aliado à qualidade do seu produto

final.

Deste modo uma adequada avaliação de desempenho é uma fonte de

informação sobre o cumprimento das expectativas entre a unidade e o fornecedor. Atuando

como meio de comunicação, permitindo ações de melhoria e desenvolvimento de ambas as

partes (ZERBINI, 2006). Para estabelecimento dessa relação, é fundamental a ocorrência de

avaliação identificando os critérios de desempenho de fornecedor, utilizado no contexto de

gerenciamento da cadeia de suprimento (DEUS et al., 2011).

A avaliação do desempenho do fornecedor é uma estratégia de suma

importância assim quanto sua seleção, o monitoramento de seu desempenho para verificação

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de sua atuação com relação ao que se espera do desenvolvimento dessa atividade, pois além

da escolha do fornecedor o monitoramento do seu desempenho tem responsabilidade na

qualidade final do produto, podendo assim, identificar as possíveis inconformidades e

desenvolver de ações corretivas (VIENA. 2009).

Diante do exposto e, considerando também que o Restaurante Universitário

(RU) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) serve de referência para o

estabelecimento de critérios de compras de alimentos para outros órgãos públicos, devido ao

grande volume adquirido e reconhecimento externo da qualidade do seu produto final, o

presente trabalho propõe-se identificar os critérios para avaliação de desempenho de

fornecedores de gêneros alimentícios no RU.

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2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Analisar os critérios utilizados para avaliação de desempenho dos fornecedores de

gêneros alimentícios nas etapas do processamento durante a produção das refeições.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar os critérios de desempenho de fornecedor de gêneros alimentícios na etapa

do processo produtivo;

Investigar como são medidos os critérios de avaliação de desempenho dos

fornecedores;

Verificar os instrumentos que são utilizados para registro dos critérios de desempenho

do fornecedor.

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3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1 GESTÃO DE SUPRIMENTO EM UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

(UANs)

As Unidades de Alimentação e Nutrição (UANs) são caracterizadas por um

conjunto de áreas, onde se realiza atividades de alimentação coletiva com objetivo de fornece

refeições balanceadas nutricionalmente respeitando normas dietéticas e de higiene (ABREU;

SPINELLI; PINTO 2009) assim como proporcionar satisfação aos clientes, com relação ao

aspecto ambiental, físico, condições higiênico das instalações e manipuladores adequado

(PROENÇA; MATOS, 1996).

Segundo Conselho Federal de Nutricionista (CFN) unidade de Alimentação

e Nutrição (UAN) é uma unidade gerencial do serviço de nutrição e

dietética onde são desenvolvidas todas as atividades técnico-

administrativas necessárias para a produção de alimentos e refeições, até a

sua distribuição para coletividades sadias e enfermas, além da atenção

nutricional a pacientes na internação e em ambulatórios; (Resolução

380/05).

As unidades podem ser estabelecidas sob diversas formas de gerenciamento

como, auto-gestão onde a própria empresa possui e gerencia a UAN, produzindo as refeições

de seus funcionários, por concessão caracterizada quando a empresa cede um espaço para

outra empresa especializada produzir as refeições (ABREU; SPINELLI; PINTO, 2009).

O processo de administração de suprimento é dinâmico e complexo,

envolvendo várias etapas e necessita que se tomem várias decisões. A logística e o setor

administrativo de suprimentos não estão preocupados unicamente com o fluxo de compras e

vendas, mas com a relação harmônica entre os integrantes desse processo, assim falhas na

logística tem como consequências: inadequada reposição de matéria-prima, alterações no

cardápio por falta de alimentos dentro outros (ORNELAS, 2007). Na produção, a finalidade

do setor de suprimento é alimentar o fluxo, de forma a continua para não haver interrupções

(ABREU; SPINELLI; PINTO 2009).

Segundo Abreu; Spinelli; Pinto (2009), A administração de uma unidade de

alimentação e nutrição deve ser encarregada a um profissional nutricionista, sendo funções

atribuídas a esse profissional na UAN, funções de planejar, organizar, direcionar,

supervisionar e avaliar os serviços de alimentação e nutrição, participando do planejamento e

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implantação e execução de projetos de estrutura física, especificação de alimentos utensílio e

equipamento, planejamento do cardápio de acordo com a necessidade da clientela, custo e

valor nutritivo, coordenação e supervisão das atividades de pré-preparo, preparo, distribuição

e transporte de refeição, assim como avaliação dos fornecedores, e todo processo de compra

dos alimentos.

Visto que nas unidades os alimentos passam por diversas etapas dentro do

fluxo de produção como recebimento, armazenamento em temperaturas adequada para cada

tipo de produto, pré-preparo, preparo, distribuição e descarte, passando por cada

procedimento, apresentando rotinas e ações especificas que contribui negativo ou

positivamente para o resultado final desse processo (AMARAL, 2008).

Diante disso, a Unidade de Alimentação e Nutrição deve analisar quais os

indicadores critérios de maior relevância para o analise do desempenho do fornecedor, pois

essa avaliação permite a classificação destes. Sendo estas informações utilizadas para

monitorar e apresentar aos fornecedores permitindo que a cada avaliação em que apresente

resultados não satisfatórios, eles possam corrigir as falhas promovendo a melhoria de seus

produtos e processos (MOURA, 2009).

Segundo Graeml (2000), os indicadores de desempenho são informações que

registram e retratam o comportamento de uma atividade, de uma função ou de toda uma

organização. Sendo utilizados para medir o desempenho de inúmeras atividades produtivas

(PONTES; SILVA; 2008). Esses indicadores devem ser voltados para a necessidade da

unidade de alimentação de modo a obter a execução do cardápio do modo planejada e uma

qualidade na refeição de forma a satisfazer os usuários e atender à exigência do restaurante.

Assim toda unidade de alimentação e nutrição, deve ter um planejamento, onde

é necessário um fluxograma para todo o procedimento, tenha um adequado planejamento,

vindo a nortear o processo do produto dentro da unidade (CARNEIRO, 2015).

Para as Unidades de Alimentação e Nutrição (UANs) a árvore decisória, serve

para ajudar na tomada de decisão permitindo a racionalização dos métodos de trabalho,

chegando até a fixação de padrões para execução dos processos o que num restaurante de

grande porte se tona indicado (ABREU; SPINELLI; PINTO (2009), como exposto na Figura

1.

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16

Figura 1: Árvore decisória de processos de compras em UANs

Legenda: N=condições não favorável, S= condição favorável

Fonte: (ABREU; SPINELLI; PINTO, 2009).

As etapas desse processo permitem o conhecimento do fluxo da produção,

visto que tem uma melhor eficiência do trabalho, qualidade e rendimento da produção,

possibilitando verificar os pontos de ajuste entre as áreas da produção, auxiliando na adoção

Fornecedor

Verificar Cardápio

Verificar as condições do produto

Identifica

r os

generos

Reparar o

produto

Dirigir ao pré-preparo

Descarte

Identificar

problema com o

Produto

Preparo

Cocção

Distribuir Recolher

Utensílios

Recolher

Resto

Higienizar

Recolher

amostra do

produto

Frutas e

hortaliças Carnes, aves,

pescados Cereais

enlatados

Dirigir ao

armazenamento

N

N

N

N

S

S

S S

S

Condições ok Falha do

fornecedor

Condições ok

Condições ok

Reparação

ok

ppreparo

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de procedimentos e tomada de decisões mais eficazes e racionais, sendo indicado em

restaurante de grande estrutura (ABREU; SPINELLI; PINTO, 2009).

Essas etapas conduzem as operações que devem acontecer na unidade,

permitindo a racionalidade do processo de trabalho, sendo desempenhado dentro do processo

de produção, tendo como vantagem uma base para melhorar a eficiência do trabalho, a

quantidade e o rendimento da produção, onde mostra todas as etapas do processo produtivo do

início ao fim do procedimento, desde o recebimento com o fornecedor, a distribuição final

dessa matéria prima como produto (ABREU; SPINELLI; PINTO (2009). Permitindo a

observação das condições de cada etapa para que o produto seja repassado à etapa seguinte.

Devendo se tomar decisões quanto à condução dessas etapas de processamento,

visto que o pré-preparo é a etapa pela qual os alimentos passam, antes do consumo, devendo

se ter especificações para assegurar as condições adequadas da matéria prima (BOULOS;

BUNHO, 1999). Se tornando indispensável a observação nessas etapas uma vez que serão

distribuídas diretamente para o consumo.

Assim toda Unidade de Alimentação e Nutrição, deve ter um planejamento,

onde é necessário uma tomada de decisão para todo o procedimento, vindo a nortear o

processo do produto dentro das etapas na unidade (CARNEIRO, 2015). Enxergando assim a

necessidade de avaliar cada uma delas, para que o processamento da matéria prima recebida

pelo fornecedor não venha a passar a outras etapas sem especificações de sua conformidade.

3.2 FORNECIMENTO DE MATÉRIA PRIMA

O processo de administração de suprimento segundo Abreu; Spinelli; Pinto

(2009) é dinâmico e complexo, onde a finalidade do setor de suprimento é alimentar o fluxo

de forma a evitar-se interrupções, visto que a logística e administração de suprimentos tem

relação além da venda e compras, assim erros na administração podem levar a reposição

irregular da matéria prima, quantidade maiores de estoque sem alterações de consumo, falta

de espaço para armazenamento e mudanças no cardápio por falta de matéria prima.

O atraso pela falta de matéria aumenta os custos e interfere na capacidade de

produção, sendo um dos objetivos do abastecimento a garantia do suprimento continuo

necessário para produzir (FELIX; FRUCTUS, 2008)

Para Feraboli (2012), a qualidade que terá o produto final dever ter início no

começo da cadeia de fornecimento levando em consideração desde a matéria prima ao

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produto final, se fazendo necessário, para que se possa melhorar a qualidade do produto final,

o trabalho em conjunto com os fornecedores buscando uma parceria e melhoria continua,

assim o fornecedor é de extrema importância, uma vez que podem determinar a quantidade e

qualidade do produto.

Talluri e Sarkis (2002) estabelecem o processo de compras e seleção de

fornecedor, contratos de fornecimento e acompanhamento de desempenho do fornecedor,

como um caminho crítico, atuando como ligação da organização ao fornecedor, visto que um

relacionamento, principalmente baseado em preços não é concebido como sustentáveis por

um longo tempo.

O processo de compra requer um bom conhecimento, visto que se devem

atender ao mesmo tempo a critérios técnicos, exigências operacionais e administrativas, assim

como a limitação do custo, além da satisfação do habito alimentar dos comensais,

considerando também a influência dos produtos na formação de novos hábitos alimentares

(CONTRI; DEGIOVANNI; MATOS 2012).

A função de compras dentro de uma organização tem um papel estratégico

devido ao volume de recursos utilizado para esse processo. A previsão de compra está

correlacionada com o planejamento do cardápio, o per capta dos alimentos, o número de

refeições estimado que serão oferecidas, a frequência de utilização dos gêneros no período de

previsão, a quantidade existente no estoque, assim como características da matéria prima

(ABREU; SPINELLI; PINTO, 2009). Sendo de grande responsabilidade na hora do

planejamento dessa matéria prima, uma vez que evita a falta do produto assim como um

aumento indesejável dos níveis de estoque.

Segundo Vieira; Japur, (2012), o processamento de compra se inicia na

emissão de pedidos, onde o setor de compra da instituição emite um pedido de empenho que

se aprovado pelo departamento de finanças, é assim encaminhada ao fornecedor que vão ficar

responsáveis pela entrega dos produtos segundo as descrições nas quantidades requeridas pelo

pedido de empenho. Após esse processo de compra, o recebimento é a primeira etapa do

controle higiênico-sanitário, onde se é realizado atividades de conferencia da quantidade e

qualidade do produto, sendo registrado em instrumento próprio da unidade, devendo-se haver

uma comparação da nota fiscal dos produtos e pedidos e verificando todas as informações

desde condições de compra, preços e volume assim como condições físicas do produto e meio

de transporte, a matéria prima que estiver com problemas, como data de validade vencida,

ingredientes ou embalagens não aprovados, devem ser devolvidos ao fornecedor ou

Page 20: IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE …

19

devidamente identificados e armazenados separadamente dos demais produtos para devolução

(VIEIRA; JAPUR, 2012).

Assim esse processo detém importância maior visto ser a etapa onde se inicia a

inspeção para entrada de gêneros dentro da unidade e a primeira etapa para avaliação do

comprimento dos fornecedores quanto ao exigido na entrega.

Quanto ao armazenamento e conservação os alimentos perecíveis devem ser

mantidos em câmeras frias para alimentos perecíveis, com temperatura e umidade relativa

com rigoroso controle, sendo indispensável a avaliação da capacidade funcional dos

equipamentos para evita-se os problemas posteriores decorrente da falta de manutenção e

longo período de armazenamento, os não perecíveis devem ser armazenados em local

diferente dos destinados a matérias de limpeza e descartáveis (CONTRI; DEGIOVANNI;

MATOS, 2012). Assim, o gerenciamento e acompanhamento em todas as etapas são de suma

importância para que o processo produtivo se realize com sucesso, sendo mecanismo vital

para que se possa ter controle e registro de todo procedimento dentro da unidade de

alimentação.

A tarefa de seleção de fornecedores não é uma atividade de fácil, entretanto é

essencial o cuidados quanto ao fornecimento, procurando corrigir defeitos encontrados

durante o processo produtivo ou relacionados a prazo de entregas (FERABOLI, 2012). Assim,

para Viena (2009) torna-se cada vez mais relevante o processo de escolha do fornecedor

adequado, atendendo assim as expectativas esperadas quanto às atividades desenvolvidas

pelos fornecedores.

Desta forma, os fornecedores contribuem em grande parte para o sucesso ou

desastre do processo produtivo (FELIX; FRUCTUS; 2008). Tendo assim uma

responsabilidade que é atribuída aos fornecedores para o cumprimento de forma satisfatória

de suas obrigações, desta forma o gerenciamento de compras tem sido utilizados para a

avaliação, como fatores tangíveis e não tangíveis, assim trazendo questões de quais métodos

utilizar tanto na seleção quanto na avaliação do desempenho dos fornecedores já selecionados

(VIANA, 2009).

A avaliação do fornecedor pode melhorar o seu desempenho de forma

significativa, ajudando a decisão de quando um determinado fornecedor deve ou não ser

removido do processo licitatório, servindo de incentivo para melhoria de seu desempenho

assim como auxilio na decisão para distribuição dos itens aos vários fornecedores.

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20

3.3. PRINCIPAIS CRITÉRIOS DE DESEMPENHO DE FORNECEDORES

Para atender as exigências do mercado, as empresas precisam atender a relação

com os fornecedores, estabelecendo um relacionamento de longo prazo, visando colaboração

mútua e a busca por melhoria continua da qualidade dos produtos (CAVALCANTE, 2010).

Para estabelecimento dessa relação com o fornecedor é fundamental a ocorrência de

avaliação, em que deve ser estabelecidos critérios para esse processo.

Os critérios de desempenho no ramo da alimentação coletiva são poucos sendo

maiores abordados os critérios de seleção, como os ressaltados por Abreu; Spinelli; Pinto

(2009), destacando capacidade de entrega, preço, facilidade de acesso, atendimento, garantia e

qualidade do produto, localização, lote mínimo de compra, pontualidade na entrega,

relacionamento com o fornecedor, idoneidade e flexibilidade comercial (ABREU; SPINELLI;

PINTO, 2009).

Os critérios de avaliação de desempenho de fornecedor na literatura abordam

diferentes empresas e prestações de serviços. Cavalcante; Marciel (2010) propõe como novos

critérios para avaliação de fornecedores são estes: o preço; o critério qualidade, englobando

qualidade da embalagem e reincidência de defeitos o critério entrega avaliando o prazo,

pontualidade nos serviços, e o critério serviços levando em consideração o tempo de resposta

a problemas, iniciativa, disponibilidade, acompanhamento e critérios que avalia diretamente o

fornecedor como a localização, estrutura de distribuição, certificados de qualidade e garantia.

Para Ching (2006) existem fatores para as empresas qualificarem e certificarem

seus fornecedores, sugerindo para tal procedimento os critérios de avaliação de desempenho

sendo esses a qualidade da matéria prima, o cumprimento do prazo de entrega, o cumprimento

da quantidade de material solicitado, competitividade em termos de preços praticados no

mercado e qualidade na prestação de serviços. Envolvendo assim vários critérios para essa

avaliação, considerando vários fatores para um melhor desempenho.

Segundo Vakurka et al (1996), os critérios podem ser analisados em categorias

de produto ou situação, sendo viável a situação de trabalho e processo que se queira

identificar. Segundo Viena, (2009), os critérios podem ser distribuir para avaliar um serviço

segundo seus objetivos da organização, onde a categoria de entrega e qualidade podem ter

seus critérios para analise dessa performance para o com seus fornecedores, ficando a critério

das serviços a melhor forma para analisar o desempenho de seus fornecedores.

Desta forma, percebe-se que critérios de desempenho de fornecedor são uma

forma de melhorar o relacionamento e as estratégias e objetivos dos serviços. Para isso os

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critérios de medição de desempenho dos fornecedores podem ser utilizados para melhorar

esse desempenho (DEUS et al., 2011). Entretanto, na literatura critérios para avaliação de

desempenho de fornecedores envolvendo alimentos, encontrem-se poucos trabalhos que

abordem essa temática, dentre esses se destacam os estudos de Viena (2009) e Bonfim (2003)

que demonstram critérios para a avaliação de fornecedores, como pode ser observado no

Tabela 1.

Tabela 1: critérios descrito na literatura para avaliação de fornecedores de gêneros

alimentícios

Autores Critério

Viena (2009) Entrega

Eficiência

Qualidade

Conformidade

Compromisso

Bonfim (2003) Qualidade

Quantidade entregue

Confiabilidade na data definida

Pontualidade no horário de entrega

Equipamento adequando

No estudo realizado por Viena (2009), que buscou investigar as ferramentas e

técnicas utilizadas para seleção e avaliação de fornecedores na indústria brasileira de

alimentos, através de questionário eletrônico, os aspectos utilizados para a avaliação do

desempenho de fornecedor dessas indústrias, mostraram uma que parte das empresas

analisadas quanto a avaliação de critérios, baseou-se em duas categorias sendo estas: entrega e

qualidade. O que serviram para avaliar a performance do fornecedor quanto aos critérios

envolvidos no seu desempenho. Visto que para algumas empresas se torna uma forma mais

fácil de identificar e avaliar os critérios de desempenho de seus fornecedores, devido

determinados critérios se englobarem dentro dessa categoria.

Page 23: IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE …

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4. METODOLOGIA

4.1 TIPO DE PESQUISA

O presente estudo caracteriza-se como um estudo transversal, exploratório,

com abordagem quantitativa. Estudos transversais são estudos em que a exposição ao fator ou

causa, está presente ao efeito no mesmo momento ou intervalo de tempo analisado

(HOCHMAN et al, 2005). Enquanto que os estudos exploratórios são realizados quando há

pouco conhecimento sobre o assunto, permite um maior conhecimento sobre o tema ou

problema de pesquisa (MATTAR, 2014).

O método utilizado na pesquisa foi estudo de caso, onde tem propósito de

reunir informações detalhadas e sistemáticas sobre um assunto (PATTON, 2002).

Envolvendo-se num estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que se

permita o seu amplo e detalhado conhecimento (GIL, 2007).

4.2 LOCAL DE REALIZAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa foi desenvolvida no Restaurante da universidade do Rio Grande do

Norte. A unidade tem forma de gerência por autogestão, fornecendo refeições para em média

3.000 alunos universitário por dia, o restaurante conta com 40 funcionários, 13 estagiárias e 5

nutricionistas na produção e 3 no almoxarifado, funcionando de segunda a sexta para o

público em geral e fim de semana para residentes e bolsistas em atividade acadêmica.

Atualmente o restaurante se encontra com 15 fornecedores, contratado por

meio de sistema de pregão eletrônico com validade anual, as entregas dos gêneros são feitas

de acordo com a necessidade semanal para todos os itens, devido a capacidade do

almoxarifado ser pequena quanto ao armazenamento para todo o mês, assim como os camarás

frias e de congelamento.

Para o fornecimento de itens alimentícios, os fornecedores atendem mais de

uma categoria de alimento sendo distribuído para os gêneros secos como amido, feijão, arroz,

biscoito, açúcar dentre outros 6 fornecedores, para as frutas 1 fornecedor, para as verduras

frutas e legumes com 5 fornecedores, para as carnes 2 fornecedores, para leite e derivados 2

fornecedores, para as polpas com 1 fornecedor e para a entrega de pães 1 fornecedor.

Page 24: IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE …

23

4.3 COLETA DE DADOS

Para a obtenção dos dados utilizou-se duas fontes de evidência: observação

participante, sendo processo onde se mantem a presença do observador numa situação com

finalidade de realizar uma investigação para colher os dados sobre o contexto observado,

tornando-se o observador parte da situação a observada (MINAYO, 2004).

Quanto à análise documental, foi realizada uma consulta dos documentos

utilizados no RU, para monitoramento das atividades desenvolvidas na unidade, dentre eles o

como mapa de recebimento, protocolo de carnes, mapa de controle de refeição.

Assim foram observadas as etapas do processamento ocorrida na unidade desde

a aquisição de alimentos no processo de recebimento a cocção, para análise dos critérios

utilizados para avaliação do fornecedor nas etapas do processamento, exemplificadas na

Tabela 2.

Tabela 2: Etapas observadas na produção de refeição

Etapa Aspecto observado Coleta Relação com fornecedor

Recebimento Aspectos organolépticos;

temperatura; Aspecto do

fornecedor; hora de entrega;

conformidade dos gêneros;

meio de transporte; fermenta

utilizada para controle;

Através de

anotações em

planilha de

recebimento.

Permite identificar

critérios relacionados a

entrega.

Processamento

de carnes Aspecto organolépticos, peso

da quantidade total, aparas;

sacos e peso liquido.

Através de

Protocolo de

carnes.

Permite identificar

Critérios relacionados a

qualidade.

Processamento

s de vegetais Quantidade total; rendimento

das saladas; perda após

processamento; aspectos de

qualidade dos folhosos;

tamanho das verduras.

Mapa de

recebimento

Permite identificar

Critérios relacionados a

qualidade.

Preparo Observou-se a qualidade dos

alimentos pela qualidade do

grão de rendimento da

matéria prima

Pesagem (mapa

de controle de

refeição).

Permite identificar

Critérios de desempenho

da qualidade do

fornecedor.

Distribuição Foi observada a aceitação dos

comensais

Observação,

peso do resto

ingesta, sobra

limpa através do

mapa de

controle de

refeição.

Permite identificar

critérios de qualidade.

Page 25: IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE …

24

5. RESULTADOS E DISCURSSÃO

Os resultados encontrados apontam que os critérios identificados na

produção de alimentos no RU são divididos em duas categorias, sendo estas: “Critérios de

Entrega” e “Critérios de qualidade”. Estas categorias mostraram-se como pontos primordiais

para a avaliação dos fornecedores.

A categoria Critérios de Entrega identificado na etapa de recebimento,

engloba os seguintes pontos de avaliação: Pontualidade da entrega; Equipamento adequado

para transporte de mercadorias, Cumprimento de entregas de gêneros e Compromisso do

fornecedor. Quando esses critérios não são atendidos de modo satisfatório, como no caso do

RU, acarreta inúmeros problemas, comprometendo o desempenho no serviço de produção,

como atraso no preparo e distribuição das refeições e troca de cardápio emergencial. Contri;

Degiovanni; Matos (2011) afirmam que o não cumprimento desses critérios gera grande

preocupação devido à falta de matéria prima dentro das unidades de alimentação e nutrição.

Além disso, a distância do fornecedor também é um fator agravante, uma que pode ocasionar

atraso na entrega de mercadorias.

O critério pontualidade é medido através do número de entregas dentro dos

prazos combinados, sendo medido pela frequência de vezes que o fornecedor não atende a

entrega de pedidos na data solicitada pela unidade. Percebe-se que os fornecedores do RU não

atingem o esperado, no que se refere a esse critério, sendo este, considerado um dos critérios

mais importantes, uma vez que apresenta consequências diretas no desenvolvimento do

produto final. Dentre as principais consequências da falta de pontualidade observa-se a falta

de matéria prima e os transtornos decorrentes da alteração do ritmo de trabalho, uma vez que

o serviço é forçado a adequar-se a ausência desses produtos. Em um estudo realizado por

Spinelli; Belo em 2011, que objetivou avaliar a utilização de indicadores de qualidade em

UANs e restaurantes comerciais, observou-se que a falta de pontualidade dos fornecedores

acarreta a mudança no estoque, tornando necessário a realização de compras emergenciais o

que muitas vezes leva à mudanças nas características do cardápio.

Quanto à utilização de equipamentos adequados para o transporte de

alimentos, no RU, nota-se que esse critério é cumprido, não sendo observadas não

conformidades relacionadas ao uso de equipamentos inadequados no transporte das

mercadorias recebidas. A RDC n°216, estabelece que o transporte de alimentos deve ser

realizado em condições higiênico-sanitárias adequadas (BRASIL, 2014). Enquanto a Portaria

Page 26: IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE …

25

CVS/2013 que o transporte de alimentos deve ser feito com temperatura de compartimento de

carga em conformidade com a matéria prima transportada (BRASIL, 2013).

No RU, o instrumento utilizado para o registro desse critério é o Mapa de

recebimento de mercadorias (ANEXO 1), que considera além da adequação do transporte,

quesitos como pontualidade e prazos de entrega, uma vez que nele registra-se as datas e os

horários em que é realizado o recebimento das mercadorias.

No RU, identifica-se ainda o critério: Compromisso com entrega, que pode ser

medido através do recebimento dos gêneros na unidade, de modo que o entregador atenda as

especificações e a correção de problemas identificados no momento da entrega. Observou-se,

que problemas relacionados ao compromisso com entrega são recorrentes no RU,

principalmente no que se refere ao recebimento de gêneros não perecíveis além de frutas e

verduras, que muitas vezes não são entregues dentro das conformidades esperadas. Resultados

semelhantes foram encontrados por Souza; Bandeira; Janissek-muniz (2011) em seu estudo de

caso, onde foi observado que a falta de compromisso dos fornecedores acarreta em grandes

prejuízos à produção, uma vez que pode levar a interrupção ou cancelamento do serviço

causando transtornos à instituição e seus gestores, gerando desperdícios de custo e tempo.

O cumprimento de entregas é medido por meio da identificação das não

conformidades, como falta de itens solicitados, envio de produtos defeituosos ou de marcas

diferentes das padronizadas na compra, além disso, é observado também o envio de

gramaturas divergentes. No RU, observa-se entre as maiores dificuldades sofridas em

decorrência das deficiências do cumprimento de entregas, a utilização de marcas e gramaturas

diferentes das solicitadas.

A categoria: Critério de Qualidade, é medida durante a etapa de recebimento

por meio da averiguação das temperaturas de produtos (identificando se estas estão dentro das

especificações estabelecidas pela legislação); da qualidade sanitária observada e as

características organolépticas do produto, assim como as especificações das embalagem

segundo a legislação. Essas informações são registradas no mapa de recebimento (ANEXO

1). Percebe-se que no RU esta é a categoria que apresenta maior repercussão, uma vez que

influencia diretamente na qualidade das refeições produzidas. Zerbini (2006), mostra em seu

estudo, que o impacto na qualidade traz consequências negativas a instituição, visto que a

qualidade é essencial para o sucesso dos serviços e dos produtos oferecidos.

Viena e Alencar, (2010), investigaram oito empresas do setor de alimentos da

região metropolitana do Recife, visando investigar na prática da indústria no que se refere a

seleção e avaliação de fornecedores, identificado a qualidade como uma das principais

Page 27: IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE …

26

categorias de critério para desempenho do fornecedor, corroborando com os encontrados

nesse estudo.

Nesta categoria, observam-se também as etapas de preparo da matéria prima

como critérios para identificação da qualidade do produto, sendo o rendimento considerado

um fator determinante para a qualidade da mercadoria recebida. Belo (2011), afirma que a

avaliação do rendimento é considerada um critério de avaliação da qualidade dentro das

unidades de alimentação. Assim o rendimento possibilita a avaliação da qualidade de grãos,

visto que são observados que determinadas marcas não tem um rendimento satisfatório na

cocção, com maior número de ocorrência para o feijão visto que foi observado que muitas

vezes o grão, ou o grão de arroz com baixo rendimento, refletindo diretamente na aceitação

dos comensais e verificando a qualidade do produto para uma possível avaliação desse

desempenho.

Assim como o rendimento, o Fator de Correção (FC) se identifica como

critério na qualidade, visto que FC alto traz prejuízo à unidade de alimentação, pois se refere à

perdas em relação ao peso inicial, é medida pela remoção das parte não comestível do

alimento (ORNELAS, 2007). Para este item, observou-se que o RU apresenta altos fatores de

correção, o que representa baixa qualidade dos produtos adquiridos, bem como desperdício da

matéria prima. Além disso, o RU a avaliação do fator de correção serviu para medir qualidade

dos gêneros adquiridos, como mostra o estudo feito por Amaral, (2008) que o fator de

correção serve para avaliar a qualidade dentro de Unidades de Alimentação e Nutrição.

No processamento e manipulação foi identificado outro critério dentro da

categoria de qualidade - o índice de desgelo sendo essencial para avaliação do desempenho do

fornecedor de carnes. No RU, percebe-se que a maioria das carnes de frango apresentam altos

índices de degelo, o que constitui uma fonte de prejuízo, visto que este resultado demonstra

que o peso dos produtos adquiridos é inferior ao que foi solicitado. O estudo realizado por

Garnida (2014), que falhas tecnológicas nos abatedouros no processo de pré-resfriamento das

carcaças, que acarretam em absorção de água acima dos limites aceitáveis, determinada

quando a quantidade de água resultante, expressa em percentagem do peso da carcaça com as

partes comestíveis na embalagem, ultrapassando o valor limite de 6%, consistindo assim em

práticas de fraude comercial quando esses produtos chegam ao alcance dos consumidores.

Com relação a etapa de processamento da matéria o instrumento utilizado pelo

RU para registro dessas medidas, que possibilitou a análise desses critérios, é o protocolo de

carnes (ANEXO 2), nesse instrumento é registrada a quantidade total de saída da carne, o

peso pós dessalgue de carnes para feijoada, rendimento da carne após o corte, o peso das

Page 28: IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE …

27

aparas, e peso dos sacos, sendo assim fermenta para se analisar a qualidade das carnes,

registrando também possível ocorrência de carnes estragadas, sendo essa feramente utilizada

para segurança e controle de entrada e saída do prato principal.

Assim os resultados de estudo de caso com relação aos critérios identificados

no Restaurante Universitário, podem ser comparados com outros estudos realizados na área de

alimentação como o estudo de Viena, (2009), onde foram encontrados os mesmo critérios de

avalição de fornecedor, pontualidade seguidas da qualidade dos alimentos, e compromisso

com a entrega. Comparando também com os resultados encontrados por Bonfim (2003), que

identificou critérios semelhantes aos encontrados nesse estudo, sendo estes: pontualidade,

qualidade de entrega, quantidades, confiabilidade das entregas e equipamentos adequados.

Ainda na etapa de processamento da matéria prima, os indicadores verificados

como medida para desempenho do fornecedor para essa etapa, foi medida através das

características dos gêneros recebidos, como sua conformidade como tamanho, pragas,

doenças nos hortifrútis, sendo possível determinar as qualidades dos gêneros adquiridos.

Como visto no RU essa etapa e caracterizada por processo minucioso de lavagem e corte das

partes dos alimentos que não são visíveis em etapas anteriores pela grande quantidade de

recebimento de gêneros folhosos, sendo problemas visuais na restaurante os vegetais como

insetos, lagartas, e qualidade desses vegetais. Assim, segundo Baião et al. (2010) é importante

que cada unidade estabeleça tenha uma avaliação criteriosa aos alimentos utilizados.

Na etapa de distribuição foi identificado que a qualidade é medida através da

aceitação, pois determinados pratos são avaliados pelos comensais dos serviços de

alimentação, contribuído para análise da qualidade de marcas divergentes do mesmo produto,

em virtude de muitas vezes ocorrer a troca de marca dos produtos solicitados assim como a

variação de qualidade do mesmo produto atribuído, chegam até os comensais, sendo assim um

feedback da qualidade dessa matéria prima.

Assim como os protocolos de carnes e mapa de controle de carnes o outro

instrumento utilizado na unidade para registro na etapas de produção e distribuição é mapa de

refeição (ANEXO 3) é um dos mais importantes instrumentos para controle, de toda a

refeição onde se pode analisar, todo o registro de rendimento de matéria prima, o controle

dessas operações é realizada a partir de mapas de previsão de gêneros, o que foi visto no

estudo realizado por Bello; Spinelli, (2011), tornando eficiente o controle dos processos na

unidade e assim registro das informações essenciais para gerenciamento da unidade. Sendo

preenchido por estagiários e nutricionista durante a produção com o registro do peso do

rendimento, quando é implantada uma nova receita no cardápio por novos estagiários.

Page 29: IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE …

28

Assim segundo os resultados encontrados nesse estudo, os critérios de

avaliação do fornecedor de gêneros alimentícios dar pelas atividades de avaliação inicial do

produto, devendo-se haver esse feedback entre a gestão da unidade através da identificação e

utilização desses critérios para formação que se possa avaliar o desempenho dos fornecedores,

aprimorando a melhora nos produtos remetendo diretamente na qualidade final.

Page 30: IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE …

29

6. CONCLUSÕES

Com esse estudo concluiu-se que, durante as etapas do processo produtivo no

RU da Universidade Federal do Rio Grande do Note, foram encontrados os seguintes

critérios: pontualidade, equipamento adequado para o transporte de mercadorias,

cumprimento de entrega dos gêneros alimentícios e compromisso do fornecedor, sendo

identificados na etapa de recebimento, assim como para a etapa de processamento foi

identificado o índice de degelo e FC (fator de correção), e no preparo e distribuição o critério

rendimento, sendo importante para avaliar o fornecedor quanto aos aspectos relacionados a

entrega e a qualidade no desempenho de suas funções.

Além disso, os critérios são medidos através dos indicadores observados nas

etapas de produção de refeição, como número de entregas dentro dos prazos combinados, pela

frequência de vezes que o fornecedor atende a entrega de pedidos solicitados, pela correção de

problemas identificados nos produtos, pela adequação de temperatura dos gêneros, qualidade

sanitária observada, características organolépticas do produto, assim como as conformidades

quanto ao tamanho e aceitação dos comensais entre outros. Esses indicadores são importantes

para analisar o atendimento dos critérios identificados, dando subsídios para uma melhor

avaliação do desempenho de seus fornecedores dentro da produção.

Assim, para o registro dessas informações a unidade utiliza três instrumento,

sendo relacionados a etapa de recebimento, como mapa de recebimento, auxiliando os

registros identificados para avaliação dos critérios, ao processamento sendo utilizado o

protocolo de carnes e mapa de controle de refeição que possibilita o registro das atividades

realizadas no preparo e distribuição das preparações.

A avalição dos fornecedores é fundamental para assegurar a qualidade dos

produtos e serviços oferecidos pela UAN, dessa forma quando os fornecedores não atingem o

esperado para assegurar essa qualidade a unidade enfrenta problemas que dificultam a

realização do processo produtivo de forma eficaz.

A utilização dos registros obtidos na UAN foi fundamental para

identificar os critérios para avaliação dos fornecedores, sendo assim, sugere-se que a exemplo

do RU da UFRN outras unidades adotem o controle rígido dos registro, facilitando assim,

avaliação dos fornecedores.

Page 31: IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE …

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http://www.researchgate.net/publication/222114008_An_Empirical_Investigation_of_Supplie

r_Development.

Page 35: IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE …

34

ANEXO

Anexo 1: planilha de recebimento

RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO-UFRN

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - POP

MAPA DE RECEBIMENTO DE MERCADORIA HORA:____________________ NOTA FISCAL:__________________ FORNECEDOR:_______________ RECEBIDO EM:___/ ___ /___ RESPONSÁVEL PELO RECEBIMENTO:________________________ RESPONSÁVEL PELA ENTREGA: ______________________

PRODUTOS MARCA QUANT. DATA DE

FABRICAÇÃO

DATA DE

VALIDADE T º EMBALAGEM

Page 36: IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE …

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CRITÉRIOS PARA RECEBIMENTO DE

PRODUTOS CARACTERISTICAS TEMPERATURA

CARNES EM GERAL

CARNE BOV

REFRIGERADA

Aspecto firme não amolecido e nem pegajoso.

Cor avermelhado vivo, sem escurecimento.

Odor característico, observar as informações presentes no rótulo

Resfriada até 4ºC

CARNES

CONGELADAS

(AVES/PEIXES)

Embalagem íntegra, sem sinais de rachaduras na superfície, sem acúmulos de

líquidos no interior da embalagem ou cristais de gelo na superfície do produto

Congelada igual ou inferior a -

18ºC

FRUTAS, LEGUMES

E VERDURAS

FRUTAS Íntegros sem danos físicos ou mecânicos, livres de corpos estranhos, insetos e

larvas, observar padrão de tamanho.

Refrigerados até 10ºC

FOLHOSOS Separados em sacos transparentes, sem manchas.

VERDURAS Íntegros, livres de fungos e manchas, observar padrão de tamanho.

OVOS Íntegros, limpos, observar padrão de tamanho.

MERCEARIA SECA Embalagens integras, livres de pragas, observar informações do rótulo. 26ºC

LATICÍNIOS Observar a cor, aspecto, odor, consistência, características da embalagens, integridade do produto, data

de validade.

Até 8ºC

ASPECTOS DO ENTREGADOR: UNIFORME COMPLETO ( ) HIGIENE ( ) CALÇADOS ( )

CONDIÇÕES DE TRANSPORTE: CARRO ISOTÉRMICO ( ) REFRIGERADO ( ) ABERTO ( ) BAÚ ( )

OBS.:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 37: IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE …

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Anexo 2: protocolo de carnes

PROTOCOLO DE LIBERAÇÃO DE CARNES

Anexo 3: Mapa de recebimento

DIA DA LIBERAÇÃO:_____/_____/_____

REFEIÇÃO:____________________________________________ DATA:_____/_____/_____

PRODUTO:__________________________________

PREPARAÇÃO:_________________________________

PB PL APARAS SACOS PORÇÕES ASSINATURAS

PB:___________________

PB:___________________

PL:___________________

PL:___________________

LIBERAÇÃO P/COCÇÃO:________________

OBS:________________________________________________

PESO PÓS-DESSALGA: ___________________

DIA DA LIBERAÇÃO:_____/_____/_____

REFEIÇÃO:____________________________________________ DATA:_____/_____/_____

PRODUTO:__________________________________

PREPARAÇÃO:_________________________________

PB PL APARAS SACOS PORÇÕES ASSINATURAS

PB:___________________

PB:___________________

PL:___________________

PL:___________________

LIBERAÇÃO P/COCÇÃO:________________

OBS:________________________________________________

PESO PÓS-DESSALGA:____________________

DIA DA LIBERAÇÃO:_____/_____/_____

REFEIÇÃO:____________________________________________ DATA:_____/_____/_____

PRODUTO:__________________________________

PREPARAÇÃO:_________________________________

PB PL APARAS SACOS PORÇÕES ASSINATURAS

PB:___________________

PB:___________________

PL:___________________

PL:___________________

LIBERAÇÃO P/COCÇÃO:________________

OBS:________________________________________________

PESO PÓS-DESSALGA:____________________

Page 38: IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE …

37

DIA DA LIBERAÇÃO:_____/_____/_____

REFEIÇÃO:____________________________________________ DATA:_____/_____/_____

PRODUTO:__________________________________

PREPARAÇÃO:_________________________________

PB PL APARAS SACOS PORÇÕES ASSINATURAS

PB:___________________

PB:___________________

PL:___________________

PL:___________________

LIBERAÇÃO P/COCÇÃO:________________

OBS:________________________________________________

PESO PÓS-DESSALGA:____________________

Page 39: IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE …

38

MAPA DE CONTROLE DA REFEIÇÃO SERVIDA – CENTRAL

TIPO: ___________ PREVISÃO: ________DATA: ____/____/___ DIA: _____________________

PREPARAÇÃO

QUANTIDADE PRODUZIDA (ENVIADA) SOBRA LIMPA RESTO

Nº CUBAS KG PORÇÃO

Nº CUBAS

Nº CUBAS

PREVISÃO_____________ LINHA VEGETARIANA

QUANTIDADE PRODUZIDA (ENVIADA) SOBRA LIMPA RESTO

Page 40: IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE …

39

OBSERVAÇÕES E OCORRÊNCIAS: __________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

PESO DO LIXO (Vasilhame com tampa: 5Kg: _____________________

__________________________________

ESTAGIÁRIO/NUTRICIONISTA

PREPARAÇÃO

Nº CUBAS KG PORÇÃO

Nº CUBAS

Nº CUBAS

SAE = (CIRCULAR_____ VIG. TERCEIRIZADOS_______FUNC. RU_____)

EVENTUAL = _______ TVU______ SUP. INFRA _______ VIGILANTE ______

BOLSA ALIMENTAÇÃO (bolsitas + residentes + auxílio+ convênio______ +

pulantes______) = ________ KITS DESJEJUM_________

AT. ESPECIAL = (DCE_______ CA’S_______ MOTORISTA _______

FUNC. RESIDÊNCIA______TICKETS_____ INTERCÂMBIO_____) =

_____

PAGOS => _________

TOTAL => _________

1.

Page 41: IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE …

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MAPA DE CONTROLE DA REFEIÇÃO SERVIDA – CENTRAL

CONTROLE DE TEMPERATURA

Controle de Temperatura (Ligar os Balcões 10 minutos antes de receber as preparações) – 3 Medições ( 11:20 – 12:05 – 13:20) / (17:10 – 18:00 –

18 50)

H o r á r i o d a s c o l e t a s - - -

Linha 2 Linha 3 Linha 4 Linha 5 Linha 6

PREPARAÇÕES

H o r á r i o d a s c o l e t a s - - -

Linha Vegetariana

H o r á r i o d a s c o l e t a s - - -

PASS-THROUGH

FRIO

PASS-THROUGH

QUENTE

PREPARAÇÕES PREPARAÇÕES

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