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Suporte Didáctico

Coordenação Técnico - Pedagógica

Coordenação do Projecto

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1.ª Edição

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Mecânico de Aparelhos de Gás

Guia do Formando

IEFP - Instituto de Emprego e Formação ProfissionalDepartamento de Formação ProfissionalDirecção de Serviços de Recursos Formativos

ISQ - Instituto de Soldadura e QualidadeDirecção de Formação

Augusto Mendes / Carlos Moreno

IEFP - Paulo Buchinho

ISQ / Pedro Paulino

OMNIBUS, LDA

BRITOGRÁFICA, LDA

BRITOGRÁFICA, LDA

Instituto do Emprego e Formação ProfissionalAv. José Malhoa, 11 1099 - 018 Lisboa

Portugal, Lisboa, Março de 2002

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Índice

ÍNDICE

I - INTRODUÇÃO AOS APARELHOS DE GÁS

• Objectivos 1

• Temas 1

Introdução 2

Classificação quanto ao tipo 2

Classificação segundo o modo de transmissão de calor 6

Aprovação de aparelhos a gás 7

• Resumo 10

• Actividades / Avaliação 11

II - FUNCIONAMENTO DOS APARELHOS DE GÁS

• Objectivos 13

• Temas 13

Queimadores 14

Aparelhos de produção de água quente 24

Avarias possíveis dos dispositivos e aparelhos a gás 45

• Resumo 50

• Actividades / Avaliação 51

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Índice

III - LIGAÇÃO DOS APARELHOS DE GÁS

• Objectivos 53

• Temas 53

Tubos de ligação aos aparelhos 54

Tubagens flexíveis 54

Tubagens rígidas 57

Tipos de ligação 58

• Resumo 59

• Actividades / Avaliação 60

IV - MONTAGEM DOS APARELHOS DE GÁS

• Objectivos 61

• Temas 61

Escolha dos locais 62

• Resumo 70

• Actividades / Avaliação 71

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Índice

V - EVACUAÇÃO DOS PRODUTOS DA COMBUSTÃO

• Objectivos 73

• Temas 73

Evacuação dos produtos da combustão 74

Extracção mecânica do ar viciado 80

• Resumo 83

• Actividades / Avaliação 84

VI - CONVERSÃO

• Objectivos 85

• Temas 85

Conversão 86

Potência do queimador 91

Afinação 92

Cálculo do diâmetro dos injectores 92

Conversão de equipamentos 94

• Resumo 98

• Actividades / Avaliação 99

VII - BIBLIOGRAFIA 101

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Introdução aos Aparelhos de Gás

OBJECTIVOS

No final desta unidade temática, o formando deverá estar apto a:

• Classificar os aparelhos a gás quanto ao tipo de evacuação dos produtos da combustão;

• Classificar os aparelhos a gás quanto ao modo de transmissão de calor;

• Classificar os aparelhos a gás quanto à sua categoria;

• Identificar e explicar as inscrições da chapa sinalética dos aparelhos a gás.

TEMAS

• Introdução

• Classificação quanto ao tipo

• Classificação segundo o modo de transmissão de calor

• Aprovação de aparelhos a gás

• Resumo

• Actividades / Avaliação

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Introdução aos Aparelhos de Gás

INTRODUÇÃO

Os aparelhos a gás são equipamentos de uso doméstico e industrial, utilizados na confecção e conservação dealimentos, aquecimento de águas sanitárias, ambiente e para diversos fins industriais.

Os aparelhos a gás são constituídos por três grupos principais:

• Aparelhos domésticos, de variados géneros e que podemos encontrar em 95% dos lares portugueses;

• Aparelhos de cozinha industrial, como é o caso dos fogões e fornos industriais, fritadeiras, etc.;

• Queimadores industriais, que tanto pode ser um simples maçarico de canalizador, como um forno túnel de 100 m com o seu sistema de queima.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO

Podemos classificar os aparelhos quanto ao modo de evacuação dos produtos da combustão, da seguinte forma:

• Tipo A

• Tipo B

• Tipo C

Aparelhos do tipo A são aparelhos que retiram o ar necessário à combustão do local onde este se encontra edescarregam os seus produtos de combustão no mesmo meio.

Fig.I.1 - Esquema dum aparelho do tipo A

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Introdução aos Aparelhos de Gás

Como exemplo de alguns aparelhos do tipo A, temos:

• Fogão;

• Aquecedor catalítico;

• Placas;

• Fornos de encastrar.

Aparelhos do tipo B são ligados a uma conduta de evacuação dos produtos da combustão. Este tipo de aparelhoretira o ar necessário à combustão do local onde está instalado e lança os respectivos produtos da combustãopara uma conduta de evacuação.

Fig.I.2 - Esquema dum aparelho do tipo B

Como exemplo de alguns aparelhos do tipo B, temos:

• Esquentador ;

• Caldeira.

Aparelhos do tipo C são aparelhos ligados a condutas de evacuação dos produtos da combustão e de admissãode ar. Este tipo de aparelho retira o ar necessário à combustão do exterior do edifício e lança os respectivosprodutos da combustão para uma conduta de evacuação.

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Introdução aos Aparelhos de Gás

Fig.I.3 - Esquema dum aparelho do tipo C

Como exemplo de alguns aparelhos do tipo C, temos:

• Esquentador estanque;

• Caldeira estanque.

Os aparelhos podem também ser classificados como aparelhos de circuito estanque e aparelhos de circuito nãoestanque.

O circuito de combustão de um aparelho de circuito estanque, é estanque em relação ao local em que estámontado e o seu funcionamento é, assim independente das condições de ventilação do local.

Os aparelhos de circuito estanque podem ser montados em qualquer compartimento, mesmo quando este nãodispõe de portas ou janelas para o exterior.

Os orifícios de evacuação dos aparelhos de circuito estanque devem ficar situados a, pelo menos 0,4 m dequalquer abertura do imóvel e a não menos de 0,6 m dos orifícios de admissão de ar de ventilação.

Estas distâncias devem ser medidas entre os pontos mais próximos de cada elemento.

Os aparelhos de circuito estanque recebem o ar de combustão e descarregam os gases queimados directamentede e para o exterior do edifício, através de um sistema fornecido com o aparelho. O lado externo deste equipamentode admissão de ar/descarga de produtos da combustão tem sempre um acessório (deflector) que impede osventos incidentes de interferirem com o processo de queima do aparelho.

Podem-se distinguir os seguintes tipos de aparelhos não estanques:

• Aparelhos não-ligados - são os aparelhos domésticos de cozinha sem câmara de combustão (fogão, frigoríficos, alguns caloríferos, etc.).

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Introdução aos Aparelhos de Gás

• Aparelhos ligados - caldeira tradicional, serviço simples (aquecimento) ou serviço duplo (água quente sanitária / aquecimento) e esquentador, ligados a uma conduta de fumos, que funciona com tiragem natural ou mecânica.

Em resumo, temos:

Não Estanques

Estanques (Tipo C)

Não Ligados (Tipo A) Exemplo:

• Fogão • Placa• Aquecedor • Forno

Ligados (Tipo B) Exemplo:

• Esquentador• Caldeira

Exemplo:

• Esquentador• Caldeira

Tiposde

Aparelhos

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Introdução aos Aparelhos de Gás

CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O MODO DE TRANSMISSÃO DE CALOR

Distinguem-se os aparelhos de convecção natural, de convecção forçada e irradiação.

a) Aparelhos de convecção natural

Os corpos de aquecimento do calorífero, conduzidos a uma temperatura elevada, aquecem o ar do local que estáem contacto com eles.

Uma vez aquecido, este ar torna-se leve e eleva-se, cedendo o local ao ar mais frio. As correntes ascendentes,ditas de convecção, participam na renovação do ar do local e à homogeneização da temperatura.

Fig.I.4 - Aparelho de convecção natural

Estes caloríferos têm igualmente mudanças por irradiação, mas a percentagem de calor irradiado é inferior a20%.

Distinguem-se também os caloríferos de convecção “escuros” e os radiadores de “fogo visível”.

Nos primeiros, a combustão do gás não é aparente, pois ele é “mascarado” com a carroçaria do aparelho. Nossegundos, as chamas tomam uma cor avermelhada e estão colocadas atrás de um vidro especial, criando assima atmosfera e a irradiação das lareiras de outros tempos.

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Introdução aos Aparelhos de Gás

b) Aparelhos de convecção forçados

Para assegurar a circulação do ar no ambiente, alguns aparelhos são providos de um ventilador que permitetambém a homogeneização da temperatura ambiente.

c) Aparelhos de irradiação

Para estes aparelhos as trocas por irradiação são mais importantes se se elevar a 40% as trocas totais.

Fig.I.5 - Irradiador a gás

APROVAÇÃO DE APARELHOS A GÁS

Os aparelhos devem ser concebidos e fabricados de modo a funcionar com toda a segurança e a não apresentaremperigo para as pessoas, animais domésticos e bens, quando normalmente utilizados.

Aquando da sua colocação no mercado, todos os aparelhos devem:

a) Estarem acompanhados de instruções técnicas, destinadas ao montador / instalador;

b) Estarem acompanhados de instruções de utilização e de manutenção destinados ao utilizador;

c) Exibirem, assim como a respectiva embalagem, as advertências adequadas.

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Introdução aos Aparelhos de Gás

As instruções técnicas devem, nomeadamente, especificar:

a) O tipo de gás utilizado;

b) A pressão de alimentação utilizada;

c) Regulação da entrada de ar primário:

• Para alimentação da combustão,

• Para evitar a criação de misturas com um teor perigoso de gás não queimado,

• As condições de evacuação dos produtos da combustão,

• Para os queimadores com ventilação e os geradores de calor a equipar com tais queimadores, as respectivas características, os requisitos de montagem, etc.

Classificação dos aparelhos em Categorias

Os aparelhos são classificados em categorias de acordo com a Norma Europeia EN 30.

A Categoria do Aparelho a gás define qual(ais) a(s) família(s) de gás que o aparelho pode utilizar assim comoindica dentro de cada família o gás que pode ser utilizado.

Existem três categorias:

• Categoria I – Aparelho concebido para utilizar uma única família de gás

• Categoria II – Aparelho concebido para utilizar duas famílias de gás

• Categoria III – Aparelho concebido para utilizar as três famílias de gás

Além desta indicação, terá de ser indicado por categoria qual(ais) o(s) gás que pode ser utilizado dentro darespectiva família, nomeadamente:

I3B - Só Butano

I3P - Só Propano

I3+ - Butano e Propano

I2H - Ar propanado, ar butanado, gás natural, grupo H

II2H3P - Ar propanado, ar butanado, gás natural H e Propano

II2H3B - Ar propanado, ar butanado, gás natural H e Butano

II2H3+ - Ar propanado, ar butanado, gás natural H e Butano e Propano

III – Gás de cidade, gás natural, propano e butano, etc. (todos os gases das três famílias)

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Introdução aos Aparelhos de Gás

Exemplo:

O que significa um aparelho da categoria II2H3+ ?

• O II significa que pode utilizar duas famílias de gases.

• O 2 significa que pode utilizar gases da 2ª família e o H significa que esse gás é o gás natural do tipo H.

• O 3 significa que pode utilizar gases da 3ª família e o + significa que tanto pode utilizar Butano como Propano.

Marca CE e Inscrições

A marca CE é constituída pelo símbolo “CE” seguido dos últimos dois algarismos do ano em que a marca tiversido aposta e do símbolo de identificação do organismo qualificado que tiver efectuado o controlo.

O aparelho ou a sua chapa sinalética devem ostentar, além da marca CE, as seguintes inscrições:

a) O nome ou o símbolo de identificação do fabricante;

b) A designação comercial eléctrica;

c) O tipo de alimentação eléctrica utilizado, se aplicável;

d) Categoria do aparelho.

Fig.I.6 - Chapa sinalética

Devem ser acrescentadas as informações necessárias para instalação, de acordo com a natureza do aparelho.

Nota: A Portaria 1248/93 de 7 de Dezembro estabelece a regulamentação técnica decorrente da transposiçãopara a ordem jurídica interna da Directiva nº 90/396/CEE, de 29 de Junho de 1990, relativa aos aparelhos quequeimam combustíveis gasosos e respectivos dispositivos de segurança.

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Introdução aos Aparelhos de Gás

RESUMO

Nesta Unidade Temática foram apresentados os aparelhos a gás e foi explicada a classificação quanto a trêsaspectos: quanto ao tipo, quanto ao modo de transmissão do calor e à categoria do aparelho.

A classificação quanto ao tipo indica-nos a forma como é feita a admissão do ar para a combustão e evacuaçãodos produtos de combustão.

O modo de transmição do calor pode ser por convecção natural, forçada, ou por irradiação.

A classificação de aparelhos em categorias é uma classificação que define qual, ou quais, famílias de gás que oaparelho pode utilizar, bem como, dentro de cada família qual o gás que pode ser utilizado.

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Introdução aos Aparelhos de Gás

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Como podem ser classificados os aparelhos a gás quanto ao tipo?

2. Qual é a diferença entre um aparelho ligado e um aparelho não ligado?

3. Como podem ser classificados os aparelhos a gás segundo o modo de transmissão do calor?

4. Quais as categorias dos aparelhos a gás?

5. Qual, ou quais, o(s) gás(es) que pode utilizar um aparelho da categoria II2H3+ ?

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

OBJECTIVOS

No final desta unidade temática, o formando deverá estar apto a:

• Identificar os vários tipos de queimadores e de injectores de gás;

• Identificar os componentes dos aparelhos a gás para confecção dos alimento e para produção de água quente;

• Explicar o funcionamento dos componentes dos aparelhos a gás;

• Diagnosticar os principais tipos de avarias dos aparelhos a gás e seleccionar a melhor forma de correcção.

TEMAS

• Queimadores

• Aparelhos de produção de água quente

• Possíveis avarias dos dispositivos e aparelhos a gás

• Resumo

• Actividades / Avaliação

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

QUEIMADORES

A combustão é realizada por equipamentos denominados queimadores. Uma função comum a todos os queimadoresé a de pôr em contacto o combustível e o ar em condições que tornem possível a realização e o controlo dacombustão.

O queimador tem como função:

• Assegurar a mistura de ar e gás em proporções convenientes e mantê-la constante entre determinada gama de caudais;

• Manter a estabilidade da chama;

• Dar à chama a dimensão apropriada à do recinto onde se realiza a combustão;

Um queimador é normalmente constituído por:

• Espalhador;

• Câmara de combustão;

• Venturi.

Existem dois tipos básicos de queimadores:

Queimadores de chama branca ou difusão

Queimador onde não há pré mistura com o ar, o que confere à chama as seguintes características:

• Cor branca amarelada;

• Grande difusão de luz (chama incandescente);

• Baixa temperatura da chama.

Este tipo de queimadores são utilizados principalmente para iluminação como, por exemplo, o Petromax.

Queimadores de chama azul

No queimador há uma pré mistura ar/gás, assim é queimada uma mistura que já contém oxigénio, o que conferedeterminadas características à chama.

• Chama de cor azul;

• Pouca difusão de luz;

• Alta temperatura da chama.

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

Este tipo de queimadores são os mais comuns, utilizados para produzir calor.

Fig.II.1 - Queimador de chama azul

O gás é injectado na câmara de mistura e através do efeito de venturi, arrasta o ar primário. Esse ar vai-semisturar com o gás na câmara de mistura e vai sair pelo espalhador onde se mistura com o ar ambiente (arsecundário). Essa mistura é inflamada dando origem à chama.

Queimadores para aquecimento do ambiente

Nos queimadores catalíticos a combustão tem lugar numa lã ignífuga (que não se queima), a qual se encontraimpregnada de um elemento catalisador, geralmente sais de platina. Este elemento catalisador favorece a reacçãoquímica entre o combustível e o oxigénio do ar. Nestes queimadores o processo de combustão dá-se a umatemperatura sensivelmente mais baixa que a de um queimador normal (cerca de 150 ºC), e sem chama visível.

A característica mais importante destes queimadores é a de não produzir monóxido de carbono, pelo que não éprejudicial a sua utilização nos locais habitados.

Este tipo de queimador tem grande aplicação por exemplo nos aquecedores.

GÁS GÁS

Ar Primário

Ar Primário Ar Primário

Ar Primário

Venturi Espalhador

Chama

Injector

Câmara de Mistura

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

Fig.II.2 - Queimador catalítico

O funcionamento de um queimador infravermelho é similar à de um queimador atmosférico de chama azul, masem vez de a chama se produzir na atmosfera, produz-se nas proximidades da superfície exterior de uns pequenoscanais de uma placa cerâmica. Ao aquecer-se a placa ao rubro esta gera calor sob a forma de radiação(infravermelha).

Fig.II.3 - Queimador infravermelhos

Reflector

Placa cerâmica

Reguladorde ár primário

Ár primário

Injector

GÁS

Ár secundário

Mis

tura

de

gás

Difusor

Câmara

Reguladorar primário

Ar primário

Injector

GÁS

Ar secundário

Grelha protectoraPainel catalítico

mis

tura

ar

gás

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

Coma a radiação infravermelha não se produz o aquecimento do ar mas apenas dos corpos ou objectos situadosno seu campo de acção. É por isso especialmente indicado para o aquecimento em grandes espaços.

Injectores

Os injectores são dispositivos de admissão de gás ao queimador. Quando a secção de saída é invariável oinjector diz-se calibrado e determina a potência calorífica do queimador.

Fig.II.4 - Injectores

Ao modificar o diâmetro do orifício do injector, vai haver alterações na potência do queimador e na qualidade eestabilidade da combustão.

Os injectores têm como função:

• Realizar o efeito de Venturi, para que a admissão de ar primário seja em quantidade adequada;

• Controlar a quantidade de gás a fornecer ao queimador.

Fig.II.5 - Esquema de um injector

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

Funcionamento dos aparelhos a gás

Aparelhos para confecção de alimentos

Fazem parte deste grupo de aparelhos de uso doméstico para preparação de alimentos os aparelhos a seguirenumerados:

• Fogareiros;

• Fogões baixos;

• Fogões;

• Fornos;

• Grelhadores.

Os Fogões são aparelhos de preparação de alimentos que assentam directamente no solo.

Fig.II.6 - Aparelho para confecção de alimentos (fogão), parte frontal e parte traseira

São compostos por:

• Uma mesa de trabalho com um ou mais queimadores;

• Um ou mais fornos com ou sem termostato;

• Eventualmente, um grelhador que pode ser de contacto ou radiante.

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

A Mesa de trabalho é parte de um aparelho para preparação de alimentos com um ou vários queimadores,cobertos ou descobertos, e concebida de modo a poder suportar recipientes que contêm alimentos.

Fig.II.7 - Mesa de trabalho

A figura seguinte mostra os componentes de uma mesa de trabalho.

Fig.II.8 - Componentes de uma mesa de trabalho

1. Um conjunto de Queimadores

2. Colector de alimentação

3. Reguladores do ar primário

4. Torneiras

5. Manípulos de comando

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

Na cabeça dos queimadores é onde se encontram os orifícios de saída da mistura ar / gás. A cabeça dosqueimadores (com ou sem espalhadores) podem ter diversas formas. Estas formas dependem essencialmenteda aplicação para a qual o queimador está destinado.

Fig.II.9 - Queimadores e espalhadores

Fig.II.10 - Queimador do forno e queimadores do fogão

O colector de alimentação é o troço do tubo que tem início no porta-tubos. Está disposto de forma a conduzir ogás até aos dispositivos de comando de cada queimador.

Fig.II.11 - Colector de alimentação

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

Os sistemas de regulação do ar primário mais frequentemente utilizados, são indicados de seguida.

a ) Por brida b) Por disco roscado c) Por venturi regulável

Fig.II.12 - Sistemas de regulação do ar primário

As torneiras devem ser montadas de forma a nenhum deslocamento involuntário, em relação ao colector dealimentação, seja possível.

Fig.II.13 - Torneira

O manipulo de comando permite o comando exterior das torneiras.

Fig.II14 - Manípulo de comando

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

Os Fornos são compartimento fechado destinado à confecção de assados, pastelaria, etc. e os Grelhadores sãoaparelhos destinados à confecção de alimentos a seco ou grelhados, a temperatura elevada, quer por irradiação,quer por contacto directo.

O conjunto forno - grelhador é composto por:

Fig.II.15 - Conjunto forno - grelhador

Legenda: 1. Manípulo de comando, 2. Torneira, 3. Termopar grelhador, 4. Tubo de alimentação do grelhador, 5. Regulador de árprimário do gerlhador, 6. Injector do grelhador, 7. Tubo de alimentação do forno, 8. Regulador de ar primário do forno, 9. injector doforno, 10. Termopar forno.

12

3

4

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Grelhador

Forno

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

A torneira do forno e do grelhador contem uma electroválvula, a qual estão incorporados 2 termopares. Um ligadoao queimador do forno e outro ao queimador do grelhador, desta forma, o sistema de segurança com o termopare electroválvula, permite que, no caso da chama do queimador do forno ou do grelhador se apagar acidentalmenteou por qualquer outro motivo, o abastecimento de gás seja automaticamente cortado.O grelhador é instalado na parte superior do forno e normalmente constituído por uma gambiarra.

O comando do grelhador e do forno é o mesmo, quer isto dizer que, se ligarmos o forno num sentido o grelhadorserá ligado num sentido inverso, para evitar o funcionamento em simultâneo dos dois queimadores.

Para além dos fogões domésticos, existem também os fogões industriais, grelhadores, chapas e outros, queaplicam o mesmo principio de funcionamento.

Fig.II.16 - Aparelhos de cozinha industriais

Tipos de queimadores

Quadro II.1 - Tipos de Queimadores

Tipo de Queimador

Caudal Nominal para todos os Tipos de Gás (m3/H)

em relação ao Poder Calorífico Superior

em relação ao Poder Calorífico Inferior

Queimadores auxiliares ≥ 0,23 < 1,16 ≥ 0,21 < 1,05

Queimadores principais

- semi-rápido

- rápido- ultra-rápido

≥ 1,16 < 2,3

≥ 2,3 < 3,5

≥ 3,5

≥ 1,05 < 2,09

≥ 2,09 < 3,14

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

APARELHOS DE PRODUÇÃO DE ÁGUA QUENTE

Pertencem a este tipo de aparelhos:

• Esquentadores

• Caldeiras

• Termoacumuladores

Esquentadores

Estes aparelhos são essencialmente compostos por:

• Frente

• Costas

• Unidade de ignição

• Automático de água

• Automático de gás

• Queimadores

• Câmara de combustão

• Chaminé

A frente é constituída por uma chapa de aço zincado, e faz a cobertura dos órgãos do aparelho.

As costas não são mais que um perfil pré-fabricado em chapa de aço, que suporta os diversos componentes doaparelho. Assegura também a fixação do aparelho à parede.

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

Fig.II.17 - Frente e costas de um esquentador

O automático de água está dividido em 2 câmaras por uma membrana de borracha. Existe um veio que éactuado pelo movimento dessa membrana e que na sua posição superior, abre as válvulas do automático de gás,permitindo assim a presença do gás para o queimador principal.

Fig.II.18 - Automático de água

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

O automático de água é composto pelos seguintes elementos:

• Selector de água (1)

• Caixa (2,3,4,7)

• Membrana (5)

• Selector de temperatura (8)

• Parafusos (9)

Fig.II.19 - Automático de água desmontado

A Membrana ou diafragma é construída em silicone, tem como finalidade a separação da câmara superior einferior do automático de água. O seu movimento provoca o accionamento de um veio que na sua posiçãosuperior, abre as válvulas do automático de gás. No seu estado de repouso é mantida na sua posição inferior pelaacção de uma mola.

Fig.II.20 - Membrana

1 2 3 4 5

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

Venturi – Quando se abre a torneira de água quente, a água que sai passa pelo esquentador através da câmarainferior do automático de água e através do Venturi, peça que tem uma forma especial e que produz uma depressãona câmara superior.

Essa depressão provoca pressões diferentes, sendo a da câmara inferior maior que a superior.

O resultado dessa diferença de pressão é o suficiente para vencer a força das molas e assim actuar a válvula doautomático de gás.

O regulador do caudal é responsável pela quantidade de água no aparelho. É um elemento importante, poispermite a manutenção de um determinado caudal, mesmo que varie a pressão de entrada de água (dentro dedeterminados limites), mantendo assim o esquentador em funcionamento.

O selector de temperatura funciona pela acção de uma válvula que permite, quando aberta fazer passar mais águasem ser através do venturi. Assim quando passa mais água e se queima a mesma quantidade de gás (esquentadorconvencional), esta sai mais fria, sendo, portanto, uma das formas de controlar a temperatura de saída.

O automático de gás é responsável pelo controlo do gás, a ele compete fazer a abertura da válvula de gás queé provocada pelo movimento ascendente do veio de água.

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

O automático de gás num esquentador é composto por:

• Junta (1)

• Mola (2)

• Prato de válvula (3)

• Veio (4)

• Caixa do automático de gás (5)

• Electroválvula (6)

Fig.II.21 - Automático de gás desmontado

Os queimadores de um esquentador, são constituídos por.

• Tubo de gás do piloto

• Queimador piloto

• Cachimbo

• Barra de injectores

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4

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

O queimador piloto tem como funções provocar a ignição do gás quando este sai pelo queimador e servir comoelemento de segurança. Este elemento é constituído por um pequeno queimador que pode ter ou não ar primárioe que está permanentemente aceso (no caso dos aparelhos com chama piloto).

Fig.II.22 - Queimador piloto

O cachimbo serve de suporte ao queimador principal e também faz de tampa do automático de gás.

O queimador principal é fabricado em aço especial, sendo concebido de um modo a permitir a sua fácil conversãopara qualquer tipo de gás.

É do tipo chama azul, constituído por diversas unidades de queima, sendo a mistura de gás com o ar primárioefectuada junto aos injectores. Essa mistura é conduzida através de uma conduta ao longo de uma chapaperfurada, de um modo a obter uma chama.

A barra de injectores é o elemento responsável pela regulação da potência do queimador. Tem um orifício que fixao caudal de gás em função da pressão de serviço.

Fig.II.23 - Queimador principal

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

A câmara de combustão é composta por um permutador de calor, uma saia e uma serpentina, que são geralmenteconstruídas em cobre.

Fig.II.24 - Câmara de combustão

A chaminé é provida de deflectores que garantem a correcta evacuação dos gases. Desta forma é mantido o arlimpo no local onde se encontram instalados os aparelhos.

Fig.II.25 - Chaminé

Os deflectores têm uma forma que, em caso de haver uma corrente descendente pela chaminé provocada pelovento ou outra razão, o queimador não é afectado.

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

Situação Correcta de Evacuação

Retorno de gases

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Fig.II.26 - Evacuação dos gases da combustão

Os esquentadores convencionais (não inteligentes) têm um funcionamento muito simples baseado em princípiosmecânicos.

Fig.II.27 - Esquema do funcionamento do esquentador convencional

1. Tubo de gás piloto2. Vela de ignição3. Termoelemento4. Câmara de combustão5. Queimador príncipal6. Injector7. Prafuso para medição da pressão8. Filtro de gás piloto9. Válvula de fecho10. Válvula electromagnética11. Filtro de gás12. Válvula de ignição lenta13. Venturi14. Tubo de entrada de gás15. Automático de água16. Selector de temperatura17. Regulador do caudal de água18. Filtro19. Membrana20. Entrada de água fria21. Saída de água quente (flexível)22. Tecla do piezo23. Selector de potência24. Tecla para acender o piloto25. Prato da válvula26. Válvula de gás piloto27. Injector do gás piloto28. Válvula de gás príncipal29. Anilha de estrangulamentos30. Dispositivo de controlo dos gases

de combustão31. Bica de tiragem directa32. Torneira de água quente33. Torneira de água fria

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21 20 32 31 33 17 16 15

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GásÁgua

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

A electroválvula é o elemento responsável pela interrupção da passagem do gás aos queimadores e ao piloto, nocaso de extinção da chama.

Quando o piloto está apagado, a diferença de potencial entre os extremos do termopar é nula. Deste modo aelectroválvula encontra-se em repouso, e bloqueia a passagem do gás para os queimadores e para o piloto.

Quando se pretende ligar o esquentador, vai-se exercer uma pressão num dispositivo, empurrando-o com a mão.Esta pressão vai fazer com que a força da electroválvula seja vencida, permitindo a passagem de gás para opiloto; provoca-se a ignição deste carregando no piezo.

A chama do piloto ao incidir directamente sobre o termopar, provoca uma corrente eléctrica suficiente paraalimentar a electroválvula e assim, mante-la aberta, o que permite deixar de pressionar o manípulo.

Ao ligar a torneira de água quente, dá-se o movimento ascendente do veio, provocando a abertura do prato daválvula, permitindo assim a passagem de gás para o queimador principal e a sua consequente ignição.

Quando o piloto se apaga, a corrente eléctrica produzida vai diminuindo devido ao arrefecimento do termopar, atéque já não seja suficiente para alimentar a electroválvula, e assim esta fecha-se.

O prato de válvula, permite a passagem do gás para o queimador principal. É um elemento a ter em atenção nomomento da conversão do aparelho.

Os esquentadores inteligentes tem um funcionamento ligeiramente distinto, logo com alguns componentesdistintos, como a unidade de ignição e a válvula de membrana.

Fig.II.28 - Esquema do funcionamento do esquentador inteligente

1. Queimador piloto2. Vela de ignição3. Sonda de ionização4. Câmara de combustão5. Queimador príncipal6. Injector7. Parafuso p/ medição da pressão8. Hidrogerador9. Anilha de estrangulamento10. Válvula de gás11. Válvula de membrana12. Válvula piloto13. Válvula servo14. Válvula de ignição lenta15. Venturi16. Tubo de entrada de gás17. Automático de água18. Cone de comando19. Selector de temperatura20. Interruptor21. Regulador do caudal de água22. Filtro de água23. Membrana24. Tubo de água fria25. Tubo de água quente26. Unidade de ignição27. Válvula de gás príncipal28. Tubo de gás piloto29. Limitador de temperatura30. Dispositivo de controlo dos

gases de combustão31. Parafuso de regulação

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

Na unidade de ignição são recebidos e processados todos os sinais enviados por alguns dos elementos doesquentador.

Ao abrir a torneira da água quente, o micro-interruptor é activado, enviando um sinal à unidade de ignição. Estapor sua vez acciona a vela de ignição, fazendo saltar a faísca junto do queimador piloto; a energia necessária àfaísca é fornecida pelas baterias. De seguida, é dada ordem para a válvula do piloto abrir possibilitando assim apassagem do gás para o piloto.

Com a chama do piloto a incidir sobre a sonda de ionização, origina-se uma corrente de ionização que chega atéà unidade de ignição que por sua vez emite um sinal para a válvula “servo” fechar.

Fig.II.29 - Sonda de ionização

No caso da evacuação dos produtos da combustão não estar a ser feita correctamente, o dispositivo de controlodos gases envia um sinal à unidade de ignição e esta emite um sinal de modo a bloquear a passagem de gás paraos queimadores.

A unidade de ignição é composta por.

• Caixa de baterias

• Circuito de ignição

• Micro-interruptor

• Dispositivo de controlo dos gases

O circuito de ignição é responsável pela ignição do gás ao queimador do piloto. Uma vez que, ao abrir a águaquente o circuito é ligado, e faz saltar uma faísca junto ao queimador.

Micro-interruptor – Ao abrir a torneira de água quente, o automático de água acciona o micro-interruptor, que dáum sinal ao circuito eléctrico, provocando a ignição da vela e simultaneamente, abrindo a válvula do piloto inflamandoo gás.

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Válvula de membrana – O princípio em que se baseia a segurança do esquentador é o de que se não houverchama no queimador piloto, então deve-se cortar a chegada do gás ao automático de gás e, assim evitar que estesaia pelo queimador principal sem ser queimado. Se existir chama no queimador piloto, então quando o gáschegar ao queimador principal efectua-se a sua imediata ignição.

Fig.II.30 - Válvula de membrana

O funcionamento da válvula de membrana resume-se a três situações:

1 – Quando o aparelho se encontra desligado, a válvula do piloto encontra-se fechada, enquanto a válvula servoestá aberta, ou seja, não existe passagem de gás para o piloto.

2 – Quando a água de saída do aparelho (água quente) é aberta, dá-se início à passagem de gás, que se encontrana válvula de membrana para o piloto. Nesta situação ambas as válvulas se encontram abertas.

3 – Quando o queimador principal está ligado, a válvula servo fecha, continuando a válvula piloto aberta.

Existem, no mercado, esquentadores com várias potências, como por exemplo:

DESIGNAÇÃO POTÊNCIA ÚTIL KW CONSUMO DE GÁS m3(st)/h

GÁS NATURALPCS 10300 Kcal/m3

GÁS PROPANOPCS 22300 Kcal/m3

Esquentador 19,2 (11 l) 2,3 1,7

24,4 (14 l) 2,9 2,2

31 (17 l) 3,7 2,75

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Caldeiras

As caldeiras à semelhança dos esquentadores são aparelhos que são utilizados para o aquecimento de água.Contudo, as caldeiras podem fazer o aquecimento de águas sanitárias e aquecimento de água para o aquecimentocentral.

Fig.II.31 - Caldeira mural para produção de águas quentes sanitárias e também para circuito de aquecimento centrale caldeira de chão.

A instalação individual para aquecimento central a gás, permite alcançar e manter a temperatura seleccionada nointerior de uma habitação ou local comercial com total independência da existente no exterior.

A caldeira a gás é, como gerador de calor, o principal componente de um crescente numero de aquecimentoscentrais, e pode também fornecer águas sanitárias.

As caldeiras simples, fornecem calor à água de aquecimento e enviam-na, através do circuito de distribuição, aosradiadores e a outros emissores de calor.

Fig.II.32 - Radiadores

Estas caldeiras, transmitem instantaneamente à água de aquecimento, o calor gerado na combustão, quandoesta passa pelo seu permutador de calor. Mediante a sua bomba de circulação e através da tubagem de distribuição,a água portadora de calor, é impulsionada até aos radiadores ou outros emissores de calor. O controlo termostáticodas caldeiras assegura o seu funcionamento automático.

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

As caldeiras mistas de produção de águas sanitárias instantâneas têm dois circuitos de água separados. Um deágua de aquecimento e outro de águas sanitárias. Se se abre uma torneira de água quente, a água de aquecimentocede o seu lugar à água sanitária, aquecendo-a no instante em que passa pelo permutador de calor.

Fig.II.33 - Esquema de funcionamento das caldeiras mistas

Gás Retornode águade aquecimento

Água fria Águassanitárias

Saída de águasde aquecimento

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

Dentro destas temos as de produção instantânea de água e as caldeiras com acumulador. As mistas comcumulador, impulsionam a água de aquecimento, através de uma serpentina, que está banhada pela água sanitáriacontida num acumulador. Ali a água de aquecimento cede o seu calor à água sanitária, mantendo-a apta parautilização.

Fig.II.34 - Esquema de funcionamento das caldeiras mistas com acumulador

Gás Retornode água

deaquecimento

Saída de águadeaquecimento

Água fria Águassanitárias

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

Dentro da caldeira ou acoplados a ela podem encontrar-se acumuladores até 60 litros. Os de maior capacidade(até 300 litros), colocam-se não longe da caldeira e ligados a esta.

Fig.II.35 - Caldeira mural com acumulador

Fig.II.36 - Acumuladores de água quente sanitária

Um século de experiência de desenho e construção de aparelhos de aquecimento instantâneo de água e aconsciência da sua responsabilidade para com os utilizadores, no uso racional da energia e na preservação domeio ambiente, levaram os fabricantes de caldeiras convencionais a gás, tornar possível que estas alcancemrendimentos próximos dos 90%.

Existem também as chamadas caldeiras de condensação. Estas caldeiras de alto rendimento são de concepçãomuito distinta das caldeiras convencionais. Funcionam com pré-mistura estequiométrica ar-gás, e tiragem forçada.Extraem aos produtos da combustão, o calor latente do vapor de água gerado na combustão do gás, e alcançamassim rendimentos superiores a 100% do poder calorífico inferior do combustível.

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Termoacumuladores

A instalação de um termoacumulador a gás, para aquecimento de água quente sanitária, tem a função de armazenar,aquecer e manter quente um volume de água suficiente para abastecer abundantemente e em simultâneo váriospontos de utilização.

O seu âmbito de aplicação são as instalações com elevados débitos momentâneos de água quente sanitária,como habitações com duas ou mais casas de banho, onde é frequente a simultaneidade de uso, tais comocabeleireiros, cafés, restaurantes, ginásios, etc..

Uma vez em serviço e com a temperatura pretendida seleccionada, o termoacumulador vai accionar o queimador,sempre que a temperatura da água se encontre abaixo do pretendido. O calor gerado pela combustão do gás,transmite-se à água através das paredes da câmara de combustão e da conduta/ permutadora de calor.

Quando o sensor de temperatura assinala que a temperatura desejada foi alcançada, a válvula termostáticaapaga o queimador, permanecendo acesa a chama piloto para acender de novo o queimador.

Quando se abre uma torneira, a pressão da rede de abastecimento, impulsiona a água, de modo que esta entrepela parte inferior do acumulador.

Cada vez que entra água fria, desce a temperatura dentro da cuba e o queimador liga-se automaticamente, atéque a água alcance de novo a temperatura desejada.

Os gases queimados (dióxido de carbono e vapor de água), após subir pela conduta/ permutadora, são expulsospara o exterior através de uma chaminé.

De seguida pode-se ver o esquema do funcionamento de um termoacumulador.

Fig.II.37 - Esquema do funcionamento de um termoacumulador

Entradade água fria

Envolvente exterior

Isolante térmico

Cuba de aço esmaltadoe vitrificadoCâmara decombustão

Ligação àconduta deevacuação

Saída de águaquente sanitária

Ânudo de protecçãocontra a corrosão

Condutapermutadora de calor

TermostatoVálvula de gás

Entrada de ar para acombustão

Entrada de gás

Chaminé

Queimadoratmosférico

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Outros dispositivos utilizados nos aparelhos a gás

• Dispositivos de segurança

• Dispositivos de acendimento

• Dispositivos de corte

• Dispositivos de regulação

Dispositivos de segurança

São dispositivos destinados a interromper o acesso do gás aos queimadores no caso de a chama por qualquerrazão se apagar.

Lâmina bimetálica

Este dispositivo baseia-se no princípio de que juntando duas lâminas de metais distintos, consolidadas entre si,com coeficientes de dilatação diferentes, ao serem aquecidas, como não têm o mesmo coeficiente de dilatação,dobram para o lado do metal que dilate menos (elemento passivo).

Fig.II.38 - Princípio de funcionamento das lâminas bimetálicas

Ao ser aquecida pela chama do pavio a lâmina dobra empurrando o êmbolo da válvula de admissão de gás aoqueimador, abrindo-a.

Quando o pavio se apaga a lâmina retorna à sua posição inicial, deixando de empurrar o êmbolo da válvula desegurança e esta corta a passagem de gás ao queimador.

AO AQUECER

AO AQUECER

À TEMPERATURA AMBIENTE

lâminas Solidáriaslâminas SeparadasElemento passivodilatação mínima

Elemento activodilatação máxima

LÂMINAS BIMETÁLICAS

À TEMPERATURAAMBIENTE

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

Fig.II.39 - Modo de actuação das lâminas bimetálicas

Termopar

Este dispositivo de segurança baseia-se no princípio de que se tivermos dois metais com propriedades condutoresdiferentes unidos por um fio que também seja um bom condutor eléctrico, ao aquecermos um desses metais, vaigerar-se entre as duas extremidades uma corrente eléctrica.

Fig.II.40 - Principio de funcionamento do termopar

Ao acender o esquentador actua-se normalmente sobre a válvula de passagem de gás e ao mesmo tempotambém sobre o isqueiro do aparelho, implantando deste modo a chama do pavio. Esta por sua vez, aquece aextremidade do termopar provocando uma corrente eléctrica que vai prender a válvula (electroválvula), e darcontinuidade à passagem de gás para os queimadores.

Pelo contrário, assim que se extingue a chama do pavio, deixa de haver corrente eléctrica na electroválvula e estafecha, cortando assim, a passagem do gás por completo.

ao queimador

Gás

Lâmina bimetálicaquente

Chamado pavio

PAVIO ACESOPAVIO APAGADO

GásVálvula desegurança

Mola

Lâmina bimetálica

Pavio apagado

Pavio

Soldadura quente

Soldadura fria

Elemento A

Elemento B

Soldaduraquente

Consumidordecorrente

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

Fig.II.41 - Principio de funcionamento termopar / electroválvula

Sonda de Ionização

Trata-se de um dispositivo que contem alguma sofisticação, por isso mesmo, aparece geralmente associado aaparelhos do tipo esquentador Inteligente.

Este dispositivo é constituído geralmente por um filete metálico orientado sobre o queimador (Fig. 29), e ligado aocircuito integrado que faz a gestão do aparelho.

Este dispositivo detecta a presença de calor na câmara de combustão, e quando deixa de detectar esse calor,transmite essa informação ao circuito integrado, e este efectua o corte do gás aos queimadores.

Sonda de Viciação Atmosférica

Este dispositivo detecta níveis elevados de dióxido de carbono (CO2) e/ou monóxido de carbono (CO).

Este dispositivo é muito vulgar não só em esquentadores mas também em aquecedores a gás.

Sonda de Ultra Violetas

Este dispositivo, detector de chama, é constituído, essencialmente, por uma ampola de vidro contendo um gás edois eléctrodos.

Quando as radiações ultravioletas emitidas pela chama incidem na ampola, o gás ioniza-se fechando o circuitoeléctrico entre os eléctrodos. Pelo contrário quando deixa de haver combustão o circuito é interrompido e dá-seo corte do gás.

Interruptor térmico

Em caso de má evacuação dos gases da combustão e consequente retorno, vai haver um aumento de temperaturajunto a saída da câmara de combustão. Quando tal acontece o interruptor térmico vai actuar na electroválvula,fazendo o corte do gás.

Posição desligado Posição de acendimento manual Posição de funcionamento

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Dispositivo de acendimento

Estes dispositivos destinam-se a inflamar o gás colocando o aparelho em funcionamento.

Acendimento por resistência eléctrica

A resistência eléctrica é colocada à saída do pavio ou no caso de este não existir, à saída do queimador.

O princípio de funcionamento é simples, a resistência eléctrica aquece, e o gás ao passar através dela inflama--se.

Estas resistências trabalham com tensões de 6 a 12 Volt.

Sistema de acendimento piezoeléctrico

Sistema que funciona por percussão, isto é, ao dar-se um pequeno choque num cristal, este produz uma correnteeléctrica de grande voltagem que provoca uma faísca.

Este dispositivo é colocado à saída do pavio, ou no caso deste não existir, à saída do queimador, sendo a faíscaproduzida à frente da inflamação do gás.

Fig.II.42 - Sistema de acendimento piezoeléctrico

Dispositivos de corte

Estes dispositivos não pertencem ao aparelho propriamente dito, são dispositivos pertencentes à rede, e sãoconhecidos como “Válvulas de Corte Rápido”.

Estes dispositivos destinam-se a efectuar o corte manual do gás ao aparelho. Os mesmos são também designadoscomo válvulas de ¼ de volta.

Existem também dois tipos de válvulas consoante a forma do corpo da válvula.

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Válvulas de macho cónico

Em que o corpo da válvula tem a forma cónica.

Fig.43 - Válvula de macho cónico

Válvulas de macho esférico

Em que o corpo da válvula tem forma esférica.

Fig.II.44 - Válvula de macho esférico

Temos na figura seguinte uma válvula de esférico na posição aberta e fechada. O corpo destas válvulas roda numacamada de teflon o que assegura a sua estanquidade.

Posição fechada Posição Aberta

Fig.II.45 - Válvula de macho esférico

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Dispositivo de Regulação

Estão incluídas nesta categoria:

• Torneiras dos queimadores dos fogões;

• Dispositivos de regulação dos esquentadores de potência variável (válvula de regulação do caudal de gás que o aparelho consome);

• Termóstatos para regulação de temperatura em caldeiras que produzam água quente para aquecimento central.

Este tipo de dispositivos destinam-se a regular a potência dos aparelhos assim como a forma de funcionamentodos aparelhos.

AVARIAS POSSÍVEIS DOS DISPOSITIVOS E APARELHOS A GÁS

Avarias possíveis dos dispositivos de segurança Termoeléctricos:

Causas possíveis Formas de corrigir

O dispositivo determopar nãofunciona oufunciona mal

O queimadorcontinuaaceso após odispositivoter actuado

O termopar está avariadoou mal apertado no corpo

Substituir ou enroscar melhor.Nunca curvar o termopar em curvasapertadas; o fio interior é fácil de partir.

Limpar.

A ponta do termoparestá mal colocada emrelação à chama do pavioou do queimador.

A sede da vedação estáofendida, definida ou suja

Há prisão na agulha dodispositivo

Desmontar, limpar, substituir ourectificar consoante o caso

Desmontar, lubrificar ou desempenar,conforme os casos

Há formação de depósitosde carvão na ponta dotermopar.

Corrigir a posição do termopar.Esta deve ficar apenasligeiramente mergulhada na chama.

Avaria observadano aparelho

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Avarias possíveis dos dispositivos de segurança contra a viciação atmosférica

Formas de Corrigir

• Limpar com jacto de ar comprimido.Nunca usar mandril ou agulhaspara este fim.Montar na posição exacta todas aspeças que desmontou.mesmo ao ar livre

• Corrigir a posição do termopar.Este deve ficar apenas ligeiramentemergulhado na chama. Muito afastadonão faz ligação. Muito mergulhadoperturba o funcionamento doqueimador e pode dar lugar a rápidaformação de depósitos de carvão.

• Arejar o compartimento

• Não mexer. Trocar o dispositivo poroutro novo. Só pode ser regulado nafábrica.

• Limpar, sem alterar as posiçõesrelativas das diversas peças.Isto acontece, em especial,nos dispositivos em que achaminé é, por montagem, vertical.

• Esta avaria só pode ser solucionadana fábrica ou em laboratório.Trocar por um novo.

• Desapertar o termopar e recuar aponta até esta ficar apenas a roçara chama do pavio.

Causas Possíveis

• Injector entupido

• Chama mal colocadaem relação ao termopar

• A atmosfera está muito viciada

• O dispositivo foi mal montadona fábrica

• A chaminé está obstruídacom cinza e cabeças de fósforos

• O dispositivo não funciona porquejá foi antes alterado, em relaçãoà afinação de fábrica

• A ponta do termopar está muitoem cima da chaminé e evitaassim que a chama descole

Avaria Observada noAparelho

• O dispositivo nãoacende, mesmo aoar livre

• O dispositivo acende,mas apaga-serapidamente

• A atmosfera estámuito “pesada”e o dispositivonão apaga

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Formas de Corrigir

• Apertar a braçadeira, se estiverdesapertada. Se a ponta dotubo estiver em mau estado, cortar amesmaSe o tubo já está esticado deve-sesubstituir

• Desmontar o porta-tubos e, se asroscas não apresentarem defeitos,tornar a montar aplicando comovedante fita de teflon, massa delitargírio com glicerina, locktite ouaraldite

• Substituir por outro novo

• Desmontar a torneira e fazer comoindicado na 2ª alínea

• Desmontar o macho; se nãoapresentar defeitos, lubrifica commassa grafitada ou silicones. Se omacho apresentar riscos ou outrosdefeitos parecidos,substituir atorneira

• Substituir o redutor e devolver oavariado para a companhia, anotandoo defeito encontrado

• Limpar, ou afinar o respectivoregulador de ar primário

• Se, com o regulador de ar primáriotodo aberto, persistirem as chamasamarelas deve verificar-se o injector

• Centrar o conjunto

• Fechar o respectivo regulador até aoponto conveniente

Causas Possíveis

• Fuga entre o tubo de borrachae o porta - tubos do redutorou da válvula de corte

• Fuga de gás na roscado porta - tubos

• Porta - tubos fléxiveis estalado

• Fuga na junta da torneira como colector de alimentação

• Fuga pelo macho da torneira

• Redutor com fuga pela junta datampa ou pelo furo de respiração

• Entradas de ar primário

• Gás em excesso

• Descentramento do injectorem relação ao misturadordo queimador

• Excesso primário

Avaria Observada noAparelho

• Cheiro a gás com astorneiras doaparelho fechadas

• Chamas amarelas

• Chamas a deslocar

Avarias possíveis dos fogões

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Formas de Corrigir

• Regulador até ao ponto conveniente

• Se, fechando o regulador apareceremchamas amerelas, há que reduzir odébito de gás

• Se apenas as chamas dosqueimadores de mesa se descolame isso só se verifica quando oforno também está a trabalhar, háque calafetar melhor as juntas doforno ou mandar desempenar a porta

• No caso dos queimadores do fornoaumentarem as entradas de arsecundário

• Substitui-los

• Trocar o espalhador

• Limpar os injectores, se possívelcom o jacto de ar, de fora paradentro

• Limpar o injector ou colocar um novor

• Colocar bem, ou substituir

• Afinar o regulador de entradade ar primário

Causas Possíveis

• Excesso de gás

• Má calaftagem do fornoou porta empenada

• Falta de ar secundário

• Espalhadores deformados

• Espalhador que não é multigás

• Injector entupido ou by - passdas torneiras demasiadolubrificado

• Entradas de ar primário

• Falta de gás

• Espalhador mal colocado oudeformado

• Entrada de ar primário algo fechada

Avaria Observada noAparelho

• Chamas a deslocara vista

• Os queimadoresnão acendemou ficam fracos

• Retorno da chama

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

Formas de Corrigir

• Limpar o pavioDesentupir o injector ou substitui-lo

• Limpar o pavio

• Substituir o injector, ou afinar oregulador do pavio, se este formultigás.

• Substituí-los

• Limpá-las

• Substituir os injectores ou osqueimadores

• Limpar o permutador e osinjectores.Se estes continuarem a fazerchamas amarelas substituilos pornovos.

• Limpar o permutador da serpentinacom uma solução de ácido colorícoa 20%. Passar esta solução durante15min. Lavar com água, repetir 2 a 3vezes este tratamento. aconselhar ocliente a utiliuzar um tratador “anti-calcário”

Causas Possíveis

• Pavio entupido

• Fuga de gás na rosca doporta-tubos

• Pavio com muito gás

• Espalhadores ou leques deformadeformados

• Entradas de ar primário sujasou obstruídas

• Excesso de gás

• Permutador obstruído comfumo

• Permutador com calcário

Avaria Observada noAparelho

• O pavio não acende

• Chama amarelano pavio

• Queimadorescom chamasamarelas

• Os queimadoresfuncionam bem, masa água sai quase fria

Avarias possíveis nos esquentadores

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

RESUMO

A Unidade Temática principia pelo estudo dos queimadores e injectores para aparelhos a gás. O injector éresponsável pelo abastecimento de gás enquanto que o queimador junta o gás com o ar nas proporções maiscorrectas e é onde se dá a combustão.

Seguidamente foi feita a descrição do funcionamento dos aparelhos a gás tanto para confecção de alimentoscomo para produção de água quente. Foi dada particular atenção aos fogões e esquentadores. Tanto para umcomo para o outro, os aparelhos definem-se em vários componentes que os constituem, bem como, a função decada um.

No esquentador este estudo foi complementado com imagens em promenor de várias peças para que o formandoreconheça o circuito da água e do gás dentro de cada componente deste aparelho a gás.

Foi ainda dada particular atenção aos sistemas de segurança do esquentador (Lâminas bimetálicas, Termopar eSonda de Ionização).

Finalmente foram apresentadas as principais avarias que podem ser observadas nos aparelhos bem como a suaforma de resolução.

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Funcionamento dos Aparelhos de Gás

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Existe mistura com o ar primário num queimador de chama branca?

2. Qual é a função do injector?

3. Indique os componentes principais de um esquentador.

4. Qual é a função da chaminé num esquentador? E a dos deflectores?

5. Qual é a diferença entre um esquentador e uma caldeira?

6. Quais são os dispositivos de segurança utilizados nos aparelhos a gás?

7. O queimador continua aceso após o dispositivo de segurança ter actuado. Quais podem ser as causas deste funcionamento? E como se pode corrigir?

8. Um fogão apresenta chamas amarelas. Quais são as causas possíveis e o que fazer para solucionar oproblema?

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Ligação dos Aparelhos de Gás

OBJECTIVOS

No final desta unidade temática, o formando deverá estar apto a:

• Identificar e classificar os tipos de ligação dos aparelhos a gás;

• Decidir quais os tipos de ligações correctas entre tubos de diferentes materiais;

• Aplicar correctamente as regras de instalação dos tubos.

TEMAS

• Tubos de ligação aos aparelhos

• Tubagens flexíveis

• Tubagens rígidas

• Tipos de ligação

• Resumo

• Actividades / Avaliação

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Ligação dos Aparelhos de Gás

TUBOS DE LIGAÇÃO AOS APARELHOS

Os tubos e os seus órgãos de ligação constituem os elementos essenciais das canalizações de gás.

Estes órgãos devem permitir o encaminhamento do gás de um ponto ao outro nas condições mais económicas,com a garantia permanente do ponto de vista do bom funcionamento, da segurança e da estanquidade.

Os tubos e os órgãos de ligação deverão ser suficientemente robustos para resistir, tanto à pressão do gás, bemcomo às acções mecânicas do solo susceptíveis de causar deformações graves ou rupturas.

Os materiais constituintes destes órgãos (tubos, juntas e peças de ligação) não devem deteriorar-se sob a acçãoquímica do gás e sobretudo do solo. Isto implica uma escolha criteriosa dos materiais e das precauções a tomarpara a sua protecção (revestimentos protectores, protecção catódica, etc.).

Os tubos são, geralmente, de forma circular por uma dupla razão de economia: perímetro mínimo para uma dadasecção, de forma a reduzir as perdas de carga por fricção; e espessura mínima para os espaços previstos, queirão reduzir a massa da matéria.

TUBAGENS FLEXÍVEIS

As tubagens flexíveis para a ligação dos aparelhos a gás podem ser, tubagens metálicas ou não metálicas.

⎩⎨⎧

borracha) de (mangueira metálicas Nãorígido)-semi os(denominad etálicasM

flexíveis Tubagens

Tubos flexíveis não metálicos

Os tubos flexíveis não metálicos apesar de serem feitos de borracha apresentam uma resistência a todos osníveis bastante considerável. As suas propriedades e demais características estão descritas na Norma NP-1038.

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Ligação dos Parelhos de Gás

Classificação das mangueiras

No quadro seguinte mostram-se as diferentes classes de mangueiras em função da sua pressão máxima deserviço.

Quadro III.1 - Classes de mangueiras em função da pressão máxima de serviço

A pressão máxima de serviço será a pressão que as mangueiras podem suportar dentro do que é consideradoseguro para cada classe.

Atendendo ao quadro anterior, o tipo de mangueira a utilizar num aparelho doméstico, como por exemplo o fogão,será uma mangueira da classe A, porque a pressão máxima de utilização no interior dos fogos é 50 mbar.

Dimensões Nominais

As dimensões nominais dos tubos e mangueiras flexíveis, bem como as respectivas tolerâncias, são indicadasno quadro seguinte:

Quadro III.2 - Dimensões nominais dos tubos e mangueira

67 mbar

1,5 bar

18 bar

A

B

C

PRESSÃO MÁXIMA DE SERVIÇOCLASSE

FAMÍLIA DE GASES CLASSE A CLASSES B e C

ø interior (mm) ø exterior (mm) ø interior (mm) ø exterior (mm)

1ª e 2ª 12 ± 0,6 18 ± 0,6 - -

3ª 9 ± 0,4 17 ± 0,8 9 ± 0,4 17 ± 1

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Ligação dos Aparelhos de Gás

Marcação das tubagens flexíveis não metálicas

Os tubos ou mangueiras devem possuir as seguintes inscrições indeléveis, apostas a intervalos regulares nãosuperiores a 1 m, com caracteres de 3 a 6 mm de altura:

• Nome do fabricante ou a sua marca registada;

• A palavra “GÁS”;

• Indicação da Especificação Técnica - NP 1038;

• Classe a que pertence;

• Data limite de utilização, expressa pelo número correspondente ao mês e pelos dois últimos algarismos do ano,que deve ser o quarto a contar do ano de fabrico.

Estas indicações devem ser apostas no tubo ou na cobertura da mangueira.

Exemplo:

NOME DO FABRICANTE - GÁS - NP 1038 - CLASSE C - Válido até 03/05

Regras de instalação

Os tubos flexíveis não metálicos devem ficar convenientemente montados, de modo a:

• Não ficarem em contacto com as partes quentes do aparelho;

• Serem facilmente acessíveis, em toda a sua extensão;

• Não ficarem sob a acção das chamas ou dos produtos da combustão;

• Terem um comprimento superior a 80 cm e inferior a 1,5m;

• Não cruzarem as costas dos fogões que, por imposição da NP-928, tem possibilidade de ter o seu porta-tubos à esquerda ou à direita do aparelho;

• Ficarem instalados nos porta-tubos correspondentes. Os porta-tubos devem ser de dimensões e forma adequados ao tipo de gás que está a ser utilizado na alimentação do aparelho.

Outra consideração a ter em conta é quando o porta-tubos é do tipo roscado, a estanquidade deve ser neste casogarantido por uma junta flexível à base de elastómero ou por outro material indicado e compatível com a situaçãodescrita.

Quando a alimentação de gás é feita por garrafas de GPL, instaladas no local, é admissível a utilização de umtroço de tubo flexível para a ligação à tubagem metálica.

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Ligação dos Parelhos de Gás

Sempre que, com a utilização dos tubos flexíveis, não possam ser cumpridos os requisitos acima estabelecidosaqueles devem ser substituídos por instalações fixas (metálicas) de gás.

Tubos flexíveis metálicos

Os tubos flexíveis metálicos, são também designados por “semi-rígidos” e têm este nome devido à sua forma em“fole” que permitem adaptá-los a várias posições e até variar o seu comprimento.

Fig.III.1 - Tubo semi-rígido

Este tipo de tubo aplica-se na ligação aos seguintes aparelhos:

• Fornos de encastrar;

• Placas;

• Aparelhos de aquecimento de água, instantâneos ou de acumulação;

• Aparelhos de aquecimento do tipo fixo.

TUBAGENS RÍGIDAS

As tubagens rígidas, também denominadas por tubos metálicos rígidos, servem também para a ligação de todosos aparelhos fixos, sendo o seu uso menos frequente devido ao facto da sua menor adaptação às diferentesposições.

A ligação dos aparelhos à instalação de gás deve ser feita com tubos metálicos rígidos, nomeadamente nosseguintes casos:

• Fornos de encastrar;

• Placas;

• Aparelhos de aquecimento de água, instantâneos ou de acumulação;

• Aparelhos de aquecimento do tipo fixo.

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Ligação dos Aparelhos de Gás

Como podemos observar, a ligação aos aparelhos a gás pode ser feita com tubos metálicos rígidos ou flexíveis,nomeadamente em todos os aparelhos fixos.

Fig.III.2 - Exemplo duma ligação de uma placa de encastrar

TIPOS DE LIGAÇÃO

No quadro seguinte mostra-se a relação que existe entre o tipo de ligação de gás ao aparelho e o tipo de aparelho.

Tipo de ligação Tipo de aparelho

Tubo flexível não metálico Aparelho móvel (Ex: Fogão)

Tubo rígido ou semi-rígido Aparelho fixo (Ex: esquentador)

Os aparelhos móveis são todos aqueles que se podem deslocar a fim de se poder limpar o local, como o vulgarfogão doméstico.

Considera-se um aparelho fixo quando este não se pode deslocar do sitio, como o esquentador, a placa deencastrar, o forno de encastrar, entre outros.

Acessórios para ligaçãode placas de encastrar

Tubo de Ligação metálico ( flexível ou rígido )

Válvula de corte do aparelho

AcessórioPorta borracha ( fogão )

Soldado ou roscado ( placa de encastrar)

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Ligação dos Parelhos de Gás

RESUMO

Nesta Unidade Temática foram identificados os vários tipos de tubos de ligação dos aparelhos a gás, nomeadamenteligações flexíveis e rígidas, bem como a sua marcação e correcta utilização.

Os aparelhos do tipo fixo são ligados com tubos metálicos (fléxiveis ou rigidos). Os aparelhos amovíveis têm queser ligados por tubos flexíveis (metálicos ou não metálicos).

Os tubos flexíveis não metálicos obedecem a regras de marcação e instalação bem definidas uma vez que são osmais “frágeis” e consequentemente os mais expostos a acidentes. Como exemplo, apresentaram-se as regrasde marcação da NP 1038.

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Ligação dos Aparelhos de Gás

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Quais são as classes de mangueiras e qual a respectiva pressão máxima de serviço?

2. Quais são as inscrições indeléveis que os tubos ou mangueiras devem possuir?

3. Quais são os aparelhos que podem ser ligados com tubos flexíveis metálicos?

4. Quais são os aparelhos que podem ser ligados com tubos rígidos?

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Montagem dos Aparelhos de Gás

OBJECTIVOS

No final desta unidade temática, o formando deverá estar apto a:

• Seleccionar os locais para montagem dos aparelhos a gás;

• Distinguir entre alimentação directa e indirecta.

TEMAS

• Escolha dos locais

• Resumo

• Actividades / Avaliação

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Montagem dos Aparelhos de Gás

ESCOLHA DOS LOCAIS

Aquando da montagem de aparelhos a gás, existem determinados factores a ter em conta, tais como:

• Escolha do local ;

• Ventilação do local;

• Fixação do aparelho;

• Ligação do gás e da água (se necessário);

• Condições de evacuação dos produtos da combustão (quando o aparelho não for de circuito estanque).

A instalação dos aparelhos termodomésticos alimentados a gás é condicionada pelos volumes dos compartimentosem que se pretende montá-los, pela localização e pelas condutas de evacuação dos produtos de combustãoexistentes ou que possam vir a ser instalados.

As regras de construção e de segurança adiante mencionadas definem as condições às quais devem obedeceros compartimentos, os tipos e as categorias de aparelhos que podem ser instalados nesses locais de habitação.

• Aparelho de circuito estanque - os aparelhos deste tipo podem ser instalados em qualquer compartimentode habitação;

• Outros tipos de aparelhos - todos os locais em que se pretende instalar um ou mais aparelhos, ligados ounão a condutas de evacuação, devem satisfazer as seguintes condições:

a) Dispor de uma entrada de ar suficiente para alimentar esse (s) aparelho(s);

b) Ter um volume total não inferior a 8 m3. Não se considera neste limite a dedução do volume ocupado pelomobiliário sempre que este não exceda os 2 m3;

c) O volume total pode ser reduzido a 6 m3, sempre que o compartimento tenha uma comunicação permanentecom outro local bem arejado, do qual constitui uma dependência, e no caso de não conter senão aparelhosdestinados ao cozimento de alimentos ou à produção de água quente por acumulação, com uma potênciacalorífica total de 4,6 KW (400 Kcal/h);

d) Não se determina qualquer volume total mínimo se o local for exclusivamente reservado para o alojamento deum aparelho de aquecimento ou de produção de água quente;

e) Dispor de uma ou mais janelas, ou bandeiras, que abram directamente para o exterior ou para um pátiointerior com uma largura mínima de 2 m, a fim de permitir, em caso de necessidade, um rápido arejamento.A superfície das janelas ou das bandeiras não deve ser inferior a 0,4 m2;

f) As janelas ou outras aberturas podem ser dispensadas, quando se trate, quer de um local exclusivamentereservado ao alojamento de um aparelho de aquecimento ou de produção de água quente, quer de uma saída(vestíbulo, corredor, etc.) que contenha apenas aparelhos de aquecimento.

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Montagem dos Aparelhos de Gás

Em ambos os casos, os aparelhos devem, não obstante, ser ligados a uma conduta.

Não é permitida a montagem, em caves, de aparelhos de queima alimentados com gases de 3ª família (GPL). Amontagem é permitida, se os aparelhos forem alimentados com gases das 1ª ou 2ª família, nas seguintes condições:

• Devem os aparelhos ser ligados à instalação de gás com elementos rígidos (ligações metálicas);

• Devem existir os meios adequados para a ventilação dos locais;

• As interligações das tubagens devem ser feitas por soldadura ou brasagem forte;

• As ligações roscadas ou flangeadas devem ser reduzidas ao mínimo indispensável e executadas de forma anão permitir os afrouxamentos involuntários.

Ventilação dos Locais

Um efeito tóxico pode ser definido como qualquer efeito nocivo ao organismo, reversível ou irreversível, ou umdistúrbio fisiológico causado pelo contacto com uma substância.

No dia-a-dia todas as pessoas estão expostas a diversas substâncias químicas, a maioria das quais não representarisco dentro das circunstâncias normais.

Dois agentes podem ter o mesmo grau de toxicidade mas apresentarem diferentes graus de risco. Um pode nãoter odor e não ser irritante para os olhos e vias respiratórias: o trabalhador não se apercebe da toxicidade;enquanto que outro pode ter odor desagradável e ser irritante para os olhos e vias respiratórias: o trabalhadorafasta-se naturalmente, diminuindo o risco de intoxicação.

Um indivíduo inspira em média 540 l/h de ar, e rejeita 50 a 100 gramas de água/h segundo a sua actividade.

Quadro IV.1 - Emissão média de CO2 por ocupante

30

20

16

OCUPANTE EMISSÃO MÉDIA DE CO2/OCUPANTE (l/h)

Adulto (fumador)

Criança (em actividade)

Adulto ou Criança (em repouso)

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Montagem dos Aparelhos de Gás

Os gases da combustão dos aparelhos a gás contêm CO na sua composição. Na figura seguinte podemosobservar os efeitos do CO no ser humano:

Fig.IV.1 - Efeitos do CO no ser humano

Alimentação directa

O ar captado na atmosfera exterior entra directamente no local onde se encontram um ou vários aparelhos deutilização, por uma conduta ou aberturas dispostas nas paredes exteriores do local.

Fig.IV.2 - Entradas directas de ar por conduta individual ascendente e descendente

Hora

Morte

Incinsciência

Vómitos, náuseas

Mau estar

Nenhum

Entrada directa de ar porconduta individualdescendente

Local onde estãoinstalados osaparelhos a gás

Entrada directa de ar Entrada directa de ar por condutaindividual ascendente

Apenasparagasesmenosdensosque o ar

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Montagem dos Aparelhos de Gás

Fig.IV.3 - Entradas directas de ar por conduta individual e colectiva

A alimentação directa é utilizável em todos os casos. Ela é obrigatória quando a evacuação dos produtos dacombustão dos aparelhos é apenas assegurada por uma passagem directa através da parede de um local, ou poruma conduta ligada a um pequeno pátio. É obrigatória uma abertura de ventilação directa mesmo quando osprodutos da combustão são evacuados por uma chaminé, desde que o aparelho seja alimentado por um gás maisdenso que o ar. O quadro seguinte especifica as dimensões mínimas das entradas de ar.

Quadro IV 2 - Área livre dos orifícios que atravessam as paredes

Aparelho Área livre dos orifícios que atravessam as paredes exteriores cm2

Aparelhos não ligados a condutasde fumos, consideradosisoladamente aquecedoresinstantâneos, máquinas de lavarroupa, etc.

Outros aparelhos, salvo aparelhosmóveis de aquecimento

Aparelhos ligados a condutas defumos, considerados isoladamente:

• Potência térmica inferior ou igual a 23,2 KW

• Potência térmica de 23 KW a 69,4 KW

Agrupamento de aparelhos no mesmolocal

100

50

50

70

A maior das áreas referente ao maisexigente dos aparelhos consideradosisoladamente

Gás mais denso que o ar

30cm

Entrada directa de ar porconduta colectiva

Entrada directa de ar porconduta individualhorizontal

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Segundo a comodidade e sob reserva de aplicação eventual das prescrições relativas aos gases mais densos doque o ar, o orifício pode encontrar-se em qualquer parede do local ou próximo do queimador de um aparelho deutilização.

Pode ser dividido em vários orifícios situados ou não sobre a mesma parede, desde que a soma das secçõeslivres dos diversos orifícios seja igual à secção livre prescrita no quadro anterior.

Altura acima do solo do local

Nos locais que têm aparelhos ligados, não se impõe qualquer cota, sob reserva de aplicação eventual dasprescrições para gases mais densos que o ar.

Nos locais que têm um ou vários aparelhos não ligados, a distância entre o bordo superior do ou dos orifícios daentrada de ar no local não deve ultrapassar:

a) 0,30 m quando a evacuação dos produtos da combustão se faz exclusivamente por uma passagem através de uma parede exterior;

b) 1,00 m quando essa evacuação se faz, total ou parcialmente por uma chaminé ou conduta equivalente.

Fig.IV.4 - Altura acima do solo do local

Porém, estes limites não se aplicam nas alimentações de ar fresco que saem próximo dos queimadores dosaparelhos.

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Alimentação indirecta

Uma alimentação indirecta de ar não constitui uma conduta de ar a não ser que o local onde estão situados umou vários aparelhos de utilização comporte uma conduta de fumo ou um tubo de evacuação de ar viciado, utilizadospara a evacuação destes aparelhos.

Fig.IV.5 - Entradas indirectas de ar

Uma alimentação indirecta deve satisfazer as seguintes condições:

a) O ar exterior deve penetrar nos locais, que fazem parte da mesma habitação mas que não são os locais ondeestão instalados os aparelhos a alimentar;

b) Estes locais devem ser contíguos ao local a alimentar ou serem separados apenas por um vestíbulo;

Corredor

Local que nãoseja quarto oucasa de banho

Entradade ar

Entradade ar

Local que nãoseja quarto oucasa de banho

Altura máxima paragases mais densosque o ar

30 cm

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c) O ar exterior deve transitar destes locais para o local a alimentar por passagens que ficarão permanentementedesimpedidas, mesmo com as portas fechadas, quer directamente através de uma parede comum, queratravés de um corredor ou vestíbulo;

d) O ar não deve ser retirado de um respirador sanitário.

Na distribuição de tomadas de ar exterior, as entradas de ar podem ser localizadas numa ou várias divisões deuma mesma habitação.

Admite-se a tomada de ar exterior num só local que não contenha os aparelhos a alimentar quando:

• Este local é contíguo ao local a alimentar e a passagem de ar do primeiro para o segundo local faz-se atravésda abertura na parede comum;

• Este local forma com o local a alimentar, e eventualmente com um corredor comum, o conjunto de habitação.

Em todos os outros casos, a tomada de ar exterior deve efectuar-se em dois compartimentos, contíguos ou não,ao local a alimentar.

As entradas de ar nos compartimentos quando contêm aparelhos de utilização não se impõe qualquer cota oulocalização particular para os orifícios de entrada de ar, que podem vários no mesmo compartimento.

A soma das áreas livres das passagens através das paredes (e dos seus orifícios terminais) situados no mesmocompartimento ou em locais diferentes, deve ser igual às áreas livres totais indicadas no quadro 2, conforme osaparelhos a alimentar. Estas passagens devem estar dispostas de modo que nenhum elemento móvel de construçãoas possa obstruir.

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Montagem dos Aparelhos de Gás

Outras disposições

A extremidade das condutas deve ser protegida por uma grelha ou um deflector, cuja área livre deve ser pelomenos igual à prescrita no quadro para o orifício correspondente.

Quadro IV 3 - Área livre da extremidade da conduta

Todos os orifícios de tomada de ar devem estar dispostos de modo a não poderem ser obturados por qualquerelemento móvel da construção.

Entendem-se por elementos móveis da construção: alçapões, postigos, portas, janelas e bandeiras.

Aparelhos Alimentados por Gases mais Densos que o ar a uma pressão igual ou superior a 150 mbar

Quando os aparelhos, ligados ou não, são alimentados por um gás mais denso do que o ar, a uma pressão igualou superior a 150 mbar, a secção total da passagem de ar de alimentação deve compreender, no local onde seencontre o aparelho, uma passagem directa através de uma parede exterior cuja secção livre, e a dos seusorifícios, seja pelo menos igual a 25 cm2. A distância entre o bordo inferior do orifício e o nível do solo do local deveser no mínimo igual a 0,11 m e a inclinação da abertura dirigida para o exterior.

150

100

100

50

150

Compartimentos Secção do orifício cm2

Cozinhas:

Cozinha contendo apenas aparelhosde cozimento

Cozinha contendo outros aparelhos

Outros locais

Aparelhos isolados

Esquentadores e similares

Máquina de lavar e análogos

Termoacumulador

Outros aparelhos

Grupo de aparelhos

100

150

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RESUMO

Nesta Unidade Temática foi estudado o local de montagem dos aparelhos domésticos a gás consoante se tratede aparelhos de circuito estanque ou não estanque.

Foi estudado o efeito do CO (monóxido de carbono) nos seres humanos .

A alimentação de ar para a combustão pode ser feita de uma forma directa (alimentação directa) ou de uma formaindirecta (alimentação indirecta). Tanto para uma forma como para outra foram estudadas as diverssas formascomo a alimentação pode ser feita bem como os valores mínimos para a secção dos orifícios de entrada.

Finalmente foi estudada a montagem de aparelhos alimentados por gases mais densos que o ar.

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Mecânico de Aparelhos de GásMecânico de Aparelhos de GásMecânico de Aparelhos de GásMecânico de Aparelhos de GásMecânico de Aparelhos de Gás 71 71 71 71 71

Montagem dos Aparelhos de Gás

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Em que compartimentos podem ser montados os aparelhos de circuito estanque?

2. Para os aparelhos de circuito não estanque, qual é o volume mínimo de compartimento?

3. Indique os efeitos do CO (monóxido de carbono) no ser humano.

4. Qual a diferença entre alimentação directa e indirecta?

5. Qual é a secção mínima do orifício de passagem de ar para uma cozinha contendo apenas aparelhos decozimento?

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Evacuação dos Produtos da Combustão

OBJECTIVOS

No final desta unidade temática, o formando deverá estar apto a:

• Identificar os materiais que podem ser utilizados nas condutas de evacuação dos produtos da combustão;

• Enumerar as regras a que devem obedecer as instalações dos aparelhos;

• Calcular o diâmetro para a evacuação de mais do que um aparelho por uma mesma conduta.ver a evoluçãohistórica da indústria do gás;

Desrev

TEMAS

• Evacuação dos produtos da combustão

• Extracção mecânica do ar viciado

• Resumo

• Actividades / Avaliação

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74 74 74 74 74

Evacuação dos Produtos da Combustão

EVACUAÇÃO DOS PRODUTOS DA COMBUSTÃO

É obrigatória a existência de um sistema de evacuação dos gases queimados para o exterior dos locais dehabitação. Este sistema deve assegurar uma comunicação permanente entre a câmara de combustão do aparelhoe a atmosfera exterior; esse sistema deve respeitar as prescrições da Norma NP-998.

O sistema de evacuação dos produtos de combustão depende do tipo, da potência e do regime de funcionamentodo aparelho considerado.

Sempre que as condutas de evacuação tenham que atravessar ou ficar instaladas na proximidade de materiaiscombustíveis deve respeitar-se um afastamento mínimo de 10 cm, ou revesti-las com uma protecção de materiaisincombustíveis.

As condutas de evacuação dos produtos da combustão podem ser feitas de vários materiais, tais como:

a) Alumínio;

b) Aço inoxidável;

c) Chapa de ferro esmaltada;

d) Chapa de aço galvanizada;

e) Quaisquer outros materiais cujas características físicas possam ser consideradas equivalentes às dos materiaisindicados nas alíneas anteriores.

Aparelhos de Circuito Estanque

Os aparelhos de circuito estanque diferem entre si, conforme são destinados a descarregar directamente noexterior ou numa chaminé colectora. As instruções técnicas indicarão o modo de montagem do aparelho.

O conjunto constituído por cada aparelho e o seu dispositivo de alimentação de ar e evacuação dos produtos dacombustão deve obedecer aos requisitos da norma que se lhe refere (esquentadores, caloríficos, etc.).

A instalação desse conjunto deve ser executada de acordo com as indicações contidas nas instruções queacompanham o aparelho e obrigatoriamente fornecidas pelo fabricante com cada aparelho.

O circuito estanque capta o ar necessário à combustão e devolve os gases queimados directamente de e para aatmosfera exterior, ou de e para o interior de uma chaminé colectora.

Dispositivo de evacuação que atravessa uma parede exterior

Os furos nas paredes devem ser revestidos com protecções que evitem os contactos directos dos tubos com aalvenaria.

As juntas dessas protecções, que tenham uma direcção normal ao plano da parede, devem ser obturadas.

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Evacuação dos Produtos da Combustão

Os dispositivos de captação de ar e de evacuação dos produtos de combustão são constituídos por ventosascolocadas no exterior da parede.

Dispositivo de evacuação para uma chaminé colectora

O comprimento saliente, no interior da chaminé colectora, dos tubos de captação de ar e de evacuação dosprodutos de combustão, tem de ser indicado nas instruções de montagem destinadas ao instalador do aparelho.

Não é limitado, num mesmo edifício, o número de pisos servidos pela chaminé colectora. A sua secção deverá sercalculada em conformidade.

O número de fogos servidos, em cada piso, pela chaminé colectora é limitado a dois.

Fig.V.1 - Ligação individual e a chaminé colectora

Em cada fogo, a chaminé colectora só pode receber as ligações de dois aparelhos, na condição de a distânciavertical entre os dois eixos das tubuladuras mais próximas não ser inferior a 50 cm.

Os orifícios de evacuação dos produtos da combustão devem ficar situados a, pelo menos, 40 cm de qualquerabertura do imóvel e a não menos de 60 cm do orifício de ar da ventilação.

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Evacuação dos Produtos da Combustão

Aparelhos de circuito não estanque

Aparelhos não ligados

Entre os aparelhos a gás, apenas os mencionados no quadro seguinte são dispensados da obrigatoriedade deligação a uma conduta de fumos, excepto se a evacuação dos produtos de combustão for feita para o exterioratravés de uma parede exterior, de acordo com as instruções de instalação obrigatoriamente fornecidas comcada aparelho

Quadro V.1 - Limite de potência para dispensa de ligação a conduta de fumos

Aparelhos ligados

Os produtos da combustão dos aparelhos de circuito não estanque, ligados, devam ser evacuados para o exteriorpor uma conduta de fumos.

As condutas de evacuação não podem ter um traçado arbitrário, têm de obedecer a normas de instalação.

A conduta de ligação de evacuação dos produtos da combustão deve comportar um troço vertical e outro horizontalou oblíquo.

O troço vertical deve estar situado imediatamente à saída do dispositivo anti-retorno de tiragem e ter o comprimentomínimo de 30 cm.

Fig.V.2 - Troço vertical da conduta

Aparelhos a gás não ligados Limite de potência (KW)

Aparelhos para confecção de alimentos Sem limitação

Máquina de lavar e secadores ≤ 8,7

Aquecedores de água do tipo acumulador ≤ 4,2

Outros aparelhos a gás ≤ 2,3

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Evacuação dos Produtos da Combustão

As condutas de evacuação não deverão ter mais de duas curvas.

O troço de saída da conduta de evacuação não deve terminar junto à face externa da parede mas deverá serinferior a 2 cm.

Fig.V.3 - Troço terminal da conduta

O comprimento e a inclinação da conduta devem respeitar os limites impostos no quadro seguinte:

Quadro V.2 - Inclinação e comprimento da conduta

Se a conduta de evacuação descarregar directamente para o exterior do edifício, aquela deve respeitar todos osrequisitos aplicáveis atrás referidos.

• O troço horizontal de saída não deve terminar junto à face externa da parede, mas excedê-la em, pelo menos,0,3 m da tubagem;

• O troço horizontal não deve ultrapassar quaisquer vazios existentes na parede, a menos que fique protegidocom uma manga;

Comprimento da conduta Inclinação L (m) I (%)

L ≤ 1 I > 0

1 < L ≤ 3 I ≥ 3

3 < L ≤ 6 I > 0

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Evacuação dos Produtos da Combustão

• A descarga dos produtos da combustão só deve ser auxiliada com o uso de ventiladores eléctricos, nascondições da figura seguinte:

Fig.V.4 - Evacuação dos produtos da combustão dos aparelhos

A extremidade das condutas deve ser protegida por uma grelha ou um deflector.

Fig.V.5 - Tubagens rigidas - Deflectores

Em todas as situações em que não é possível a evacuação dos produtos da combustão, de uma forma naturalesta poderá ser auxiliada com ventiladores. A seguir listam-se algumas situações em que tal é necessário:

• Quando o troço da conduta à saída do aparelho for inferior a 30 cm;

• Quando o troço da conduta oblíquo não apresentar um traçado sempre ascendente;

• Quando o troço da conduta oblíquo apresentar um traçado demasiadamente longo;

• Quando o aparelho for do tipo estanque.

min

30c

m

Ver quadro V.2

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Evacuação dos Produtos da Combustão

Aparelhos de Circuito não Estanque, ligados a condutas de fumos

O dispositivo de ligação entre o aparelho e a conduta de fumos, quando existir, designa-se por conduta deevacuação, e deve ser desmontável, mesmo na zona que atravessa a parede. A montagem deve ser realizada demodo a permitir a sua livre dilatação.

As condutas de fumos devem ser estanques aos produtos de combustão, quer pela natureza dos materiais quea constituem, quer pela natureza e modo da realização das juntas.

As ligações à conduta de fumos devem respeitar o seguinte:

• O tubo deve ter a sua extremidade seccionada paralelamente à parede da conduta dos fumos na qual penetra;

• A saliência do tubo na conduta de fumos será inferior a 2 cm;

• O tubo deve ser fixado, ou fazer batente, na conduta de fumos;

• Se a ligação se fizer através de um painel de uma câmara aberta, a extremidade do tubo pode ser seccionadaa 45o, com o orifício orientado para baixo. Esta disposição dispensa a fixação, ou o batente, do tubo e impedeo entupimento acidental que reduzirá a secção de passagem.

Fig.V.6 - Extremidade do tubo seccionada a 45º

Aparelhos não Ligados a Condutas de Fumos

O ar do local contendo produtos de combustão deve ser evacuado para a atmosfera exterior por um dos seguintessistemas:

• Uma conduta de evacuação de ar viciado, com origem nesse local;

• Uma conduta de evacuação dos gases queimados servindo um ou mais aparelhos de gás instalados no mesmolocal que os aparelhos não ligados;

• Uma abertura praticada na parte superior de uma parede exterior existente no local.

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Evacuação dos Produtos da Combustão

EXTRACÇÃO MECÂNICA DO AR VICIADO

a) Chaminés Colectivas - não é permitida a instalação de um dispositivo de extracção mecânica quando estedispositivo estiver colocado no compartimento onde se encontra o aparelho.

b) Chaminés Individuais e Orifícios na parte alta das Paredes Exteriores.

I Quando o compartimento contem, pelo menos, um aparelho ligado a uma chaminé (aparelho de circuito nãoestanque), e possua um sistema de extracção do tipo de turbina helicoidal, ou qualquer outro sistema deresultados equivalentes, só é admitido que um sistema de tiragem natural se mantenha quando o aparelho seencontra desligado por falta de energia eléctrica.

II Quando o compartimento contem aparelhos não ligados ou de circuito estanque, são admitidos todos ossistemas de extracção.

III Os dispositivos de extracção não devem ter persianas ou painéis móveis susceptíveis de obstruir, na passagem,o orifício de extracção do ar, a não ser que exista, no local, uma evacuação de viciado.

Ligação de vários aparelhos à mesma conduta

Quando diversos aparelhos, situados no mesmo local são ligados a uma mesma conduta de evacuação, estaspodem:

• Ser ligadas individualmente à conduta de evacuação. Neste caso, a distância vertical entre os eixos dos doisorifícios de ligação vizinhos não pode ser inferior a 25 cm sempre que uma das condutas seja praticamentehorizontal.

Fig.V.7 - Ligação individual

• Ser reunidas num troço comum desembocando na conduta de fumos conforme a figura seguinte. Neste casoa zona de junção deve ser realizada sem estrangulamento da secção e de tal modo que o eixo de cada condutade ligação forme um ângulo agudo com o eixo de troço comum.

25 c

m

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Evacuação dos Produtos da Combustão

Fig.V.8 - Ligação comum

Fig.V.9 - Ábaco da relação entre a potência do queimador e o diâmetro da conduta de evacuação

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Evacuação dos Produtos da Combustão

Quadro V.3 - Relação entre o diâmetro e a secção das condutas

Exemplo:

Pretendem-se ligar dois aparelhos por uma mesma conduta. Um dos aparelhos tem uma potência de 15 KW e ooutro tem uma potência de 25 KW. Qual deve ser o diâmetro da conduta final?

Resolução:

Do gráfico da Fig. V.9 temos que:

Aparelho de 15 KW - ∅ = 100 mmAparelho de 25 KW - ∅ = 120 mm

Do quadro V.3, temos que:

A um diâmetro de 100 mm corresponde uma secção de 78 cm2 e a um diâmetro de 120 mm corresponde umasecção de 113 cm2.

Somando as secções, obtemos uma secção total (que é dada pela soma das duas secções) de:

S = 78 + 113 = 191 cm2

Finalmente, e recorrendo novamente ao quadro 3, podemos verificar que não existe normalizada a secção de 191cm2. Assim sendo, deve-se escolher a secção imediatamente superior, isto é, 314 cm2. Para esta secção, odiâmetro da conduta final é de 200 mm.

55 24 125 122

80 50 130 133

90 64 140 154

100 78 150 177

105 87 200 314

110 95 250 412

115 104 300 706

120 113 350 962

Diâmetrointerior

da conduta(mm)

Secçãocorrespondente

(cm2)

Diâmetro interiorda conduta

(mm)

Secçãocorrespondente

(cm2)

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Evacuação dos Produtos da Combustão

RESUMO

Nesta Unidade Temática foram apresentados os materiais que podem ser utilizados nas condutas de evacuaçãode fumos.

Foram ainda descritas as regras para a montagem das condutas para uma correcta evacuação dos fumos.

Foi exemplificada a forma de cálculo das condutas quando se pretende efectuar a evacuação dos fumos de maisdo que um aparelho.

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84 84 84 84 84

Evacuação dos Produtos da Combustão

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Indique os materiais em que podem ser feitas as condutas de evacuação.

2. Qual o número máximo de fogos servidos, em cada piso, pela chaminé colectora?

3. Indique o comprimento mínimo do troço vertical imediatamente à saída do dispositivo anti-retorno de tiragem.

4. Pretendem-se ligar dois aparelhos a uma mesma conduta de evacuação. Um dos aparelhos tem uma potênciade 10 KW e o outro uma potência de 20 KW. Qual deve ser o diâmetro da conduta final?

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Conversão

OBJECTIVOS

No final desta unidade temática, o formando deverá estar apto a:

• Definir conversão, índice de Wobbe, potencial de combustão e intermutabilidade;

• Utilizar o diagrama de Delbourg;

• Explicar os factores que afectam a conversão;

• Calcular o diâmetro dos novos injectores.

TEMAS

• Conversão

• Potência do queimador

• Afinação

• Cálculo do diâmetro dos injectores

• Conversão de equipamentos

• Resumo

• Actividades / Avaliação

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86 86 86 86 86

Conversão

1ª Gás de cidade 4200 0,58 5515 8

Ar metanado 5000 0,82 5520 8

2ª Gás natural 10030 0,65 12440 20

Ar propanado 13550 1,31 12060 20

3ª Propano 24000 1,6 19000 37

Butano 30000 2 21000 30

Família GásPCS

(Kcal/m3) dW

(Kcal/m3)P

(mbar)

CONVERSÃO

A uma mudança de gás num aparelho termodoméstico, de uma família de gases para outra família de gases, dá--se a designação de conversão.

Os aparelhos termodomésticos concebidos para utilizarem mais do que uma família de gases, aparelhos daCategoria II ou III, desde que homologados para essa utilização, estão preparados para sofrerem uma conversão.

Qualquer conversão deverá ser executada de forma a que o aparelho a gás mantenha as suas características debom funcionamento.

Índice de Wobbe

É o parâmetro mais importante e utilizado para estabelecer critérios de intermutabilidade dos gases. Representa-se pela letra W e é o quociente entre o poder calorífico superior. O Poder Calorifico Superior (PCS) de um gás, oumistura, é a quantidade de calor libertado pela combustão de um m3 de um gás, ou mistura, e a raiz quadrada dasua densidade relativa (d), e é expresso pela seguinte fórmula.

dPCSW =

O valor de W deve manter-se constante quando se permutam dois gases, sendo esta a condição fundamentalarante dessa possibilidade.

Para uma maior exactidão, deve-se corrigir o índice de Wobbe, compensando o efeito que tem a viscosidade dogás sobre o caudal que passa através do injector.

O quadro seguinte apresenta as características de diferentes gases.

Quadro VI 1 - Características de diferentes gases

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Mecânico de Aparelhos de GásMecânico de Aparelhos de GásMecânico de Aparelhos de GásMecânico de Aparelhos de GásMecânico de Aparelhos de Gás 87 87 87 87 87

Conversão

Potencial de combustão

É um valor proporcional à velocidade de combustão, que se adopta ante a impossibilidade de fixar esta, pordepender de muitos factores – natureza do gás, forma, disposição e temperatura do queimador, etc., - e cujo valordeve estar em equilíbrio com a velocidade de saída da mistura inflamável no queimador de forma a que não hajadescolamento nem retorno de chama.

Intermutabilidade entre gases

Quando dois gases combustíveis possuem índices de Wobbe próximos, isto é, pertencem à mesma família, equando se substitui um pelo outro, na mesma rede, mantendo-se as mesmas características de bom funcionamentodos aparelhos, dá-se o nome de gases intermutáveis.

Os gases são intermutáveis quando, distribuídos na mesma rede, mantêm as mesmas condições de funcionamentocorrecto dos aparelhos:

• A mesma potência calorífica;

• A estabilidade da chama (ausência de desprendimento e retorno);

• A qualidade da combustão (relação CO/CO2 inferior ao máximo admitido, sem formação de fuligem nempresença de pontas amarelas).

Qualquer mistura terá um valor de W (índice de Wobbe) e de C (potencial de combustão) que são perfeitamenteconhecidos. Uma vez conhecidos estes valores introduzem-se no diagrama de intermutabilidade (ou de Delbourg),obtendo-se directamente a informação se essas misturas são intermutáveis.

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88 88 88 88 88

Conversão

No diagrama de Delbourg é representado nas abcissas, o potencial de combustão C, e nas ordenadas o índice deWobbe W.

Fig.VI.1 - Diagrama de Delbourg

Para cada família de gases assinala-se, para um queimador uma zona limitada de funcionamento satisfatório.

A zona é limitada por:

• Curva de desprendimento de chama;

• Curva de retorno de chama;

• Curva de limite de combustão completa.

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Conversão

Dois gases que, pelos valores de W e C, se encontram dentro da zona satisfatória de funcionamento, diz-se quesão intermutáveis.

Caso um substitua o outro no queimador, não se verifica alterações significativas na chama, sem efectuarmodificações nos queimadores. Assim se substituir o gás G1 por G2 num queimador não há necessidade deefectuar alterações no mesmo.

Intermutabilidade entre gases da 1ª família

Supondo que se está a utilizar gás de cidade e se pretende mudar para ar metanado, verifica-se que a velocidadede combustão do gás de cidade é duas vezes e meia superior à velocidade de combustão do ar metanado.

Dado que a velocidade de combustão do ar metanado é inferior ao gás de cidade, então existe a possibilidade dedeslocamento, não tendo o ar metanado tendência para formação de monóxido de carbono (CO), dado que nasua composição já existe uma dada percentagem de ar, tornando-se assim numa combustão com excesso de ar.

Portanto, quando se tratar da mudança de gás de cidade para ar metanado deve-se afinar o ar primário de modoa limitar a possibilidade de deslocamento de chama.

Intermutabilidade entre gases da 2ª família

Supondo agora que se está a utilizar na rede ar propanado e que se pretende mudar para gás natural, verifica-seque a velocidade de combustão do ar propanado é 1,3 vezes superior à velocidade de combustão do gás natural.

Portanto, podemos concluir que ao evoluirmos para um gás com velocidade de combustão inferior à do gás emutilização, não alterando as restantes condições nomeadamente as pressões de distribuição e as condiçõestécnicas do equipamento de queima, haverá naturalmente uma tendência para deslocamento de chama (o gásnatural queima de uma forma mais lenta), e neste caso dever-se-à afinar o ar primário e / ou alterar os injectorespara outros de diâmetro inferior aos instalados, reduzindo desta forma a velocidade de saída de forma a atingir oequilíbrio relativamente à velocidade de combustão.

Zona SatisfatóriaG1 G2

W

C

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90 90 90 90 90

Conversão

Família Mudança Tendência da chama

1ª Gás cidade → Ar metanado Deslocamento Ar metanado → Gás cidade Retorno de chama 2ª Gás natural → Ar propanado Retorno de chama Ar propanado → Gás natural Deslocamento

3ª Butano → Propano Deslocamento Propano → Butano Retorno de chama

Intermutabilidade entre gases da 3ª família – GPL

Supondo agora que se está a utilizar gás butano e que se pretende mudar para gás propano.

Verifica-se que a velocidade de combustão do gás butano (40 cm/s) é sensivelmente igual à do gás propano (41cm/s), a pressão de distribuição do gás butano é de 30 mbar, e a do gás propano é de 37 mbar, o poder calorificosuperior do gás butano é de 30000 Kcal/m3 e o do gás propano é de 24000 Kcal/m3.

Resumindo as características dos gases, temos que:

Constata-se que na esmagadora maioria dos casos todos os aparelhos de queima domésticos reagem bem àalteração do gás. Aliás, eles vêm concebidos e com pontos de afinação que permitem o funcionamento com gásbutano ou gás propano sem que seja necessária qualquer intervenção suplementar, apesar de que nalgunsaparelhos de elevado rendimento e concepção aperfeiçoada e no caso da evolução descrita (de butano parapropano) revela uma tendência para descolamento da chama pelo facto de haver um incremento da pressão dealimentação (de 30 para 37 mbar) consequentemente sendo esta a circunstância que favorece a tendência paraum eventual deslocamento da chama.

Tendência da chama

O quadro seguinte apresenta o resumo dos problemas que podem surgir na mudança de gás.

Quadro VI.2 - Tendência da chama

Gás Butano Gás propano

Velocidade de combustão, Vc (cm/s)

Pressão (mbar)

PCS (Kcal/m3)

40 41

30 37

30000 24000

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Conversão

Intermutabilidade de gases entre famílias

Na mudança de gás entre famílias deve ter-se em atenção a preservação da estabilidade da chama, isto é, semdeslocamento nem retorno e a preservação da higiene da combustão.

Intermutabilidade entre gás da 1ª para a 2ª família

Supondo a utilização de gás de cidade e a respectiva mudança para gás natural, verifica-se que o índice deWobbe do gás natural é superior ao do gás de cidade e o poder calorífico do gás natural é superior ao podercalorífico do gás de cidade, estamos pois perante uma mudança de um gás mais “pobre” para um gás mais “rico”(isto é, um gás com maior quantidade de energia por m3).

Neste caso torna-se necessário reduzir o caudal recorrendo à substituição dos injectores por outros de diâmetroinferior.

Intermutabilidade entre gás da 3ª para a 2ª família

Supondo que se está a utilizar gás butano e se vai mudar para gás natural, verifica-se que o índice de Wobbe dogás butano é superior ao do gás natural e o poder calorífico do gás butano é superior ao do gás natural.

Concluímos, pois, que neste caso a mudança é de um gás mais “rico” para um gás mais “pobre” (isto é, um gáscom menor quantidade de energia por m3), tornando-se, pois, necessário proceder à alteração do respectivocaudal de alimentação recorrendo a injectores de maior diâmetro.

POTÊNCIA DO QUEIMADOR

A potência do queimador é função do poder calorífico superior (PCS) do gás em utilização e da respectivadensidade (d).

1ª Situação

Admitindo que se muda de um gás referenciado como índice zero com um PCS e densidade inferiores ao do novogás que se pretende introduzir na rede, referenciado como índice 1, temos:

PCS1 > PCS0

d1 > d0

Neste caso, teremos um incremento da potência do queimador, ou seja:

P1 > P0

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92 92 92 92 92

Conversão

2ª Situação

Admitindo, agora, que se muda de um gás de índice zero para outro gás de índice um, em que o PCS em ambosos gases tem um valor idêntico mas a densidade do novo gás é superior à do gás em utilização, temos:

PCS1 = PCS0

d1 > d0

Neste caso, verifica-se uma redução da potência do queimador, ou seja:

P1 < P0

AFINAÇÃO

A afinação dos aparelhos depois de se converterem terá de ser feita mediante as instruções do fabricante, e teráde ter em conta, principalmente, os seguintes aspectos:

• Caudal mínimo;

• Caudal máximo;

• Quantidade de ar primário.

CÁLCULO DO DIÂMETRO DOS INJECTORES

O factor a manter na mudança dos injectores é a potência térmica. Ou seja, há que manter o caudal térmico doinjector.

A unidade do diâmetro do injector é o décimo de milímetro, ou seja, um injector de 75 representa um injector comum diâmetro de 0,75 mm.

O caudal térmico (Qt) é dado por:

Pd

PCSDC03622,0Q 2t ××××=

Em que:

C - Potencial de combustão

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Conversão

D - Diâmetro do injector

P - Pressão

dPCS

- Índice de Wobbe

Manter o caudal térmico do injector significa que o caudal térmico com o gás actual (gás 1) tem de ser igual aocaudal térmico com o novo gás (gás 2). Matematicamente, isto é representado por:

Qt(antes) = Qt(depois)

Substituindo obtém-se:

22

22

21

1

11

2 Pd

PCSDC03622,0Pd

PCSDC03622,0 ××××=××××

Portanto:

22

2

11

1

12P

dPCS

Pd

PCS

DD×

×

×=

Exemplo:

Se se pretende mudar de propano para gás natural, temos que:

2065,0

10030

3765,1

23300

DD 12×

×

×=

D2 = 1,4 X D1

Esta fórmula é válida para a mudança de gás propano para gás natural independentemente do diâmetro doinjector.

Se o injector tiver um diâmetro de 75 então o novo diâmetro deve ser de:

D2 = 1,4 X D1 ⇔ D2 = 1,4 X 75 = 105

Portanto o diâmetro do novo injector deve ser de 105.

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94 94 94 94 94

Conversão

CONVERSÃO DE EQUIPAMENTOS

Para converter os equipamentos a gás devem serem seguidas certos procedimentos para que a conversãomantenha o bom funcionamento dos equipamentos.

Fogão

a) Efectuar a substituição do porta-tubos de acordo com o especificado para o tipo de gás (o mais longo para gásnatural e o mais estreito para GPL).

b) Queimadores da mesa de trabalho

• Retirar as grelhas da mesa de trabalho

• Retirar os espalhadores

• Desapertar os injectores, substituindo-os pelos especificados para o gás que se pretende utilizar e de acordo com as instruções do aparelho.

c) Regulação do ar primário

Pode-se efectuar a regulação do ar primário, quando forem fornecidos reguladores específicos para o aparelho.

Os reguladores têm impresso (estampado) letras que referem o lado de inserção (a letra C para baixo, no caso dese utilizar gás de cidade, e a letra N voltada para baixo, no caso de se utilizar gás natural) e o tipo de queimadora que se destinam ( para o queimador auxiliar, R para o queimador rápido e SR para o queimador semi-rápido).

Fig.VI.2 - Regulador de ar primário

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Conversão

Fig.VI.3 - Exemplo de colocação do regulador

d) Substituição do injector do queimador do forno:

• Retirar o fundo do forno;

• Remover queimador;

• Desapertar o injector e substituir pelo injector adequado ao novo gás.

e) Regulação dos mínimos:

• Rodar o manípulo até à posição de mínimo;

• Retirar o manípulo e actuar no parafuso de regulação situado no interior da haste, ou ao lado da válvula, até obter uma pequena chama regular;

• Testar a afinação rodando rapidamente o manípulo da posição de máximo para o mínimo, verificando que a chama não se extingue.

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96 96 96 96 96

Conversão

Fig.VI.4 - Regulação dos mínimos da mesa de trabalho e do forno

Placa

O procedimento para a conversão de uma placa é em tudo idêntico ao da mesa de trabalho, ou seja:

• Substituição dos injectores;

• Regulação do ar primário (se possível);

• Regulação dos mínimos.

Esquentador

A conversão deste tipo de aparelhos deve ser efectuado recorrendo aos componentes de substituição originais damarca do aparelho (designados de kit de conversão) porque assim tem-se a garantia de serem os componentesmais adequados ao tipo de conversão que se está a realizar.

As operações a realizar são:

• Desmontar o queimador;

• Desmontar a barra de injectores e substituir os injectores antigos (1) pelos novos injectores;

• Trocar a anilha de estrangulamento (4);

• Substituir o prato da válvula (3);

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Conversão

• Substituir o injector do piloto (2);

• Substituir o o’ring (5) e montar o queimador;

• Montar todos os componentes;

• Efectuar o teste de estanquidade ao aparelho e às ligações do gás;

• Verificar o caudal de gás e a pressão dos injectores de acordo com os dados do fabricante.

Fig.VI.5 - Esquema para conversão de um esquentador

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98 98 98 98 98

Conversão

Caldeiras

Tal como nos esquentadores, também nas caldeiras se recomenda a utilização dos kits de conversão própriospara cada modelo.

As operações a realizar são:

• Desmontar a barra de injectores e efectuar a substituição dos injectores;

• Substituir a anilha de estrangulamento bem como as respectivas juntas e o’rings;

• Caso a caldeira seja do tipo modulante, também devem ser mudados os batentes dos obturadores das válvulassequenciais, bem como os respectivas juntas e o’rings;

• Testar a pressão do gás nos injectores e no colector de admissão de acordo com os dados do fabricante paracada modelo de caldeira.

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Conversão

RESUMO

Nesta Unidade Temática foi estudada a conversão da utilização de um gás por outro gás.

Foi definido o índice de Wobbe e o potencial de combustão bem como o conceito de intermutabilidade entrevários gases e a respectiva utilização do diagrama de Delbourg.

Foram estudadas as alterações da potência de um queimador quando se realiza a mudança da utilização de umgás por outro bem como o cálculo do diâmetro dos injectores.

Finalmente foi apresentada a forma de conversão das mesas de trabalho, fornos, placas, esquentadores e caldeiras.

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100 100 100 100 100

Conversão

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Sobre a conversão, pode dizer-se o seguinte:

a) Dois gases são intermutáveis se o seu poder calorifico superior for idêntico.

b) É factor determinante para que dois gases sejam intermutáveis que tenham o mesmo valor para o índice de Wobbe.

c) O potencial de combustão deve ser igual a metade do valor de W.

d) Nenhumas das afirmações anteriores está correcta.

2. Na mudança de gás de cidade para gás natural indique se são verdadeiras ou falsas as afirmações seguintes:

a) O poder calorífico superior do gás natural é inferior ao do gás de cidade.

b) O índice de Wobbe do gás de cidade é inferior ao do gás natural.

c) Na conversão de gás de cidade para gás natural devem-se aumentar os diâmetros dos injectores.

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Bibliografia

BIBLIOGRAFIA

- Manual técnico de instalações de gás, Lisboagás

- Manual técnico de instalações de gás, Beiragás

-NP 1037

- NP 1038

- NP 998

- Manuais técnicos de fabricantes de aparelhos a gás (Junkers - bosch thermotichnik, Espanha) ISBN 84 - 86138 - 08 - 6

- Manuais técnicos SEDIGAS

- Fichas de Aplicaciones del Gas