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© 2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

C559 Chudo, Marisa Laporta. / Atenção à Saúde Infantil. / Marisa Laporta Chudo. — Curitiba : IESDE Brasil S.A. , 2008.

144 p.

ISBN: 978-85-387-0112-5

1. Educação – Saúde. 2. Educação Infantil. 3. Pedagogia. 4. Saúde Escolar. 5. Biologia Educacional. I. Título.

CDD 613.0432

Crédito da capa: Istock Photo

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Mestre em Educação em Ciências da Saúde pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Especialista em Análises Clínicas pela Universidade São Judas Tadeu (SP). Graduada em Biomedicina pela Universi-dade de Mogi das Cruzes (SP). Atualmente ministra aulas no Ensino Superior.

Marisa Laporta Chudo

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Sumário

O desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida ................................................... 13

Desenvolvimento da fecundação ao nascimento ......................................................... 14

Desenvolvimento após o nascimento ............................................................................... 15

Desenvolvimento nos primeiros meses ............................................................................ 16

Desenvolvimento nos primeiros anos ............................................................................... 19

Desenvolvimento postural .................................................................................................... 23

Desenvolvimento da criança na escola: importância do teste visual e auditivo .............................................................................. 25

Alimentação da criança .......................................................... 33

Alimentação na escola............................................................................................................. 42

Alergias alimentares ................................................................................................................. 45

A influência da relação materno-infantil sobre a alimentação .............................. 51

Relação materno-infantil e a nutrição ............................................................................... 52

Leite e alimentos sólidos ........................................................................................................ 54

Anemia ferropriva .................................................................... 65

Sinais de anemia ........................................................................................................................ 70

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Controle do esfíncter .............................................................. 81

Resíduos orgânicos ................................................................................................................... 81

O sono e a criança .................................................................... 93

Os padrões de sono dos bebês ............................................................................................ 95

Distúrbios do sono .................................................................................................................... 98

A importância da higiene ....................................................107

Higiene física .............................................................................................................................108

Higiene mental .........................................................................................................................109

Higiene do meio ......................................................................................................................111

Projeto político-pedagógico: temáticas e ações sobre saúde ................................115

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Apresentação

Educação e saúde têm formado um elo inseparável para a sociedade devido à sua importância no desenvolvimento de uma vida saudável. Atualmente, existe um consenso sobre a necessidade de os professores possuírem conhecimentos e habilidades profissionais abrangentes, e entre os vários temas que o educador precisa conhecer estão as relações existentes entre educação e saúde.

Sem uma boa saúde o indivíduo não tem suas capacidades e seu potencial plenamente desenvolvidos. As ações políticas em toda a sua história contemplam essa integração no âmbito dos cursos formadores de professores, tendo em vista ações dentro do contexto escolar. Em suma, é preciso ensinar saúde. Sabe-se que crianças escolarizadas tendem a apresentar menos problemas de saúde, do mesmo modo que crianças saudáveis apresentam melhores rendimentos escola-res. Ou seja, crianças que crescem com saúde e educação têm maior possibilidade de tornarem-se adultos com melhor qualidade de vida.

Este livro está organizado em sete aulas, iniciando com uma abordagem das principais características do desenvolvimento biológico da criança nos pri-meiros anos de vida. Em seguida apresenta-se a importância da alimentação da criança destacando os nutrientes essenciais para o seu bom desenvolvimento e crescimento. O terceiro capítulo apresenta a influência materna sobre a alimen-tação da criança, ganhando destaque o contato e atenção sobre o ato de alimen-tar. Na sequência aborda-se sobre a anemia ferropriva, e como devemos prevenir essa doença que é cada vez mais comum em crianças. A quinta aula apresenta como ocorre o controle do esfíncter, destacando esse ponto como um dos indi-cadores de maturação orgânica. Em seguida, explica-se a importância do sono, os padrões normais de sono do bebê, bem como os distúrbios do sono. Finalizando, o livro traz uma abordagem sobre a importância da higiene física, mental e do meio ambiente em que a criança brinca, bem como os cuidados para evitar a con-taminação por verminoses. Lembrando que todos os assuntos estão relacionados com os processos de desenvolvimento e aprendizagem das crianças.

Por essa razão, é fundamental que os futuros educadores estejam cons-cientes de seu papel como cidadãos e como educadores e procurem conhecer os aspectos vitais relacionados ao desenvolvimento da criança: seu crescimento, sua alimentação, prevenção de doenças, interação saúde-indivíduo-ambiente, fato-res da saúde comunitária e pública do país.

Dados levantados pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo re-velam que existem, entre as crianças de unidades educacionais da capital, vários problemas de saúde: 28% delas apresentam anemia; 72,9%, lesões e cáries dentá-rias; 10,4%, problemas visuais; 20%, verminoses; 8%, desnutrição; 9,7%, obesida-de; e 4,3%, baixa estatura.

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Ações públicas foram desenvolvidas: “São Paulo é uma Escola”, concomi-tantemente do projeto “Escola Promotora de Saúde”. Este segundo projeto pre-tende incluir ações educativas em saúde no projeto pedagógico, com o objetivo de contribuir para que a comunidade escolar se sinta motivada a refletir sobre o significado da saúde e da qualidade de vida, e a discutir sobre as causas e possíveis soluções para os problemas existentes na escola e nas comunidades.

A escola é o lugar ideal para a aplicação de programas de promoção de saúde de amplo alcance e repercussão, já que exerce uma grande influência sobre as crianças e adolescentes em cada etapa de seu desenvolvimento.

Marisa Laporta Chudo

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Controle do esfíncter

Resíduos orgânicosNosso corpo necessita de alimentos que cumprem suas funções de nu-

trição das células, e os produtos do metabolismo que não servem mais para o corpo transformam-se em resíduos e devem ser eliminados. São os produtos de excreção.

Esses resíduos são eliminados de várias formas, através do sistema uri-nário (resíduos do metabolismo celular), sistema respiratório (emite CO2), suor e do sistema digestório por meio da evacuação.

É importante sabermos diferenciar urina, suor e expiração da evacua-ção, pois enquanto aqueles possuem resíduos de produtos do metabo-lismo celular, as fezes contêm resíduos de alimentos não digeridos nem absorvidos, por exemplo, restos de verduras (celulose).

Para o perfeito funcionamento de todos os sistemas do nosso corpo, é necessário, durante toda nossa vida, beber muita água. A água ajuda para que as fezes não fiquem duras ou ressecadas e faz com que nossos rins, que fazem a filtragem do nosso sangue, funcionem melhor para expelir os resíduos que filtraram. Na falta de água, esses resíduos ficam retidos nos rins e também levam às cólicas renais, muito comuns em adultos.

Fibras encontradas nas verduras e frutas com cascas também são muito importantes para o funcionamento do intestino.

O ato reflexo de ter vontade de ir ao banheiro e urinar chama-se micção. O ato de ir ao banheiro para expelir fezes chamamos de defecação ou eva-cuação. Quando transpiramos chamamos de sudorese.

A micção é controlada pelo sistema nervoso, que possui vários pontos envolvidos na coordenação dos órgãos do sistema urinário. Esses dife-rentes núcleos localizam-se no cérebro e medula espinhal e estão co-nectados entre si e com os diferentes órgãos do sistema urinário.

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Atenção à Saúde Infantil

Ponte

Medula

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S -S

Nervos

Córtex

Bexiga

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S.A

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O ciclo normal da micção pode ser dividido em duas fases: a primeira de enchimento vesical, quando a bexiga acomoda quantidades crescentes de urina sem aumentar a pressão no seu interior. Isso permite a livre drenagem de urina proveniente dos rins através dos ureteres. Durante essa fase, o es-fíncter uretral se mantém contraído para evitar vazamento da urina confor-me demonstra a figura a seguir. Quando a bexiga está cheia, receptores trans-mitem essa informação para o cérebro e, desde que possamos ir ao banheiro, o cérebro desencadeia o processo de micção com contração da bexiga e re-laxamento do esfíncter, resultando no ato de urinar com bom jato, pequena elevação da pressão dentro da bexiga e esvaziamento completo da mesma conforme demonstra a figura seguinte.

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Colo vesical

Esfíncter

Uretra

Essa segunda fase é denominada fase miccional e ao seu final reiniciamos todo o ciclo da micção. O esfíncter urinário, além desse mecanismo automáti-

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Controle do esfíncter

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co, também possui controle voluntário. Por essa razão podemos interromper o fluxo urinário durante a micção sempre que desejarmos. Além disso, a con-tração persistente do esfíncter inibe a contração da bexiga. Como podemos notar, todo o controle das duas fases da micção é realizado pelo sistema ner-voso a partir do cérebro através da medula espinhal e posteriormente atra-vés dos nervos que vão para a bexiga. Assim, as doenças neurológicas geral-mente afetam a micção. Os recém-nascidos ainda não têm o sistema nervoso completamente desenvolvido e por isso não têm ainda o controle voluntário da micção. Por isso urinam de forma reflexa, ou seja, cada vez que a bexiga se enche ela se contrai, o esfíncter relaxa e ela se esvazia. Esse controle só é adquirido por volta de 2 a 4 anos de idade.

(Disponível em: <www.continencecenter.com.br/ml_3_miccao_normal.htm>.)

A partir da primeira amamentação, o bebê pode evacuar e geralmente isso ocorre nas primeiras 36 horas. O bebê urina durante o dia todo desde o seu nas-cimento, pois o leite materno contém uma grande quantidade de água.

O bebê nessa fase não tem controle sobre seu corpo, logo ele faz suas neces-sidades fisiológicas a qualquer momento. É muito comum também o bebê ter cólicas intestinais, porque seu intestino é prematuro e tem de funcionar sozi-nho. Até aproximadamente dois anos, o bebê não tem controle, mas desenvol-ve a percepção da vontade de fazer xixi ou evacuar, principalmente quando a bexiga está cheia, demonstrando vontade ou a sensação de estar fazendo algo. Quando suas fraldas estão sujas, a criança demonstra seu incômodo geralmente por meio do choro.

Sempre que for observada fralda suja, é imprescindível a troca, pois a urina (que é ácida) e as fezes machucam a pele do bebê, podendo aparecer assaduras.

Quando a criança começa a perceber os controles que tem sobre seu corpo, inicia-se o processo de retirada das fraldas (por volta de um ano e meio a dois anos). Nessa fase tanto a mãe como outras pessoas que cuidam da criança pre-cisam ajudá-la. Assim, sempre que a criança sentir vontade de evacuar, é preciso conduzi-la ao vaso sanitário infantil ou de adulto (com adaptador), mas nunca deixar a criança sozinha.

No início, é preciso limpar a criança ensinando-a como ela fará sozinha, com o tempo deve-se incentivar a criança a fazer a higiene sem o auxílio, acompanhan-do-a e ensinando-a a dar descarga e lavar as mãos. É importante vestir a criança com roupas flexíveis para que ela possa tirar facilmente na hora de ir ao banheiro.

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Durante a noite, os pediatras recomendam o uso da fralda. Sua utilização deve persistir pelo tempo necessário até o dia em que ela estiver seca na manhã seguinte; isso demonstra que a criança adquiriu o controle de sua micção. É im-portante lembrar a criança para ir ao banheiro antes de dormir e assim que acor-dar; essa medida ajuda no processo de retirada da fralda noturna.

Vale lembrar que cada criança é um ser diferente, cada uma tem seu tempo e devemos respeitá-lo, isso quer dizer que mesmo após a retirada da fralda a criança ainda poderá urinar à noite; chamamos isso de enurese noturna. A enure-se representa a perda involuntária de urina durante a noite e geralmente ocorre duas vezes ao mês. Esse fato é considerado normal quando a criança possui até cinco anos, mas se o problema persistir, a criança deve ser levada ao médico para diagnosticar possíveis problemas.

As mães e a escola precisam ter comunicação direta para que ambas ajudem nesse processo até a criança se sentir segura e não necessitar mais de ajuda para evacuar. É importante que a mãe sempre envie para a escola pelo menos uma peça de roupa caso seja necessário trocar.

Sempre que possível, devemos oferecer água para as crianças beberem, e jamais proibi-las. Ingerir água em grande quantidade beneficia o perfeito fun-cionamento dos órgãos e lubrifica as cordas vocais esse conselho é importante para os professores.

Não podemos coibir a criança de ir ao banheiro, pois, se a criança bebeu água, consequentemente necessitará sanar sua vontade de micção. Caso ocorra que a criança faça, involuntariamente, suas necessidades na sala de aula, o professor não pode reprimi-la e nem deixar que os colegas façam com que o aluno fique numa situação constrangedora. A criança precisa aprender a controlar seu es-fíncter conforme seu desenvolvimento maturacional, assim, se toda vez ela for repreendida ao pedir para ir ao banheiro, isso acarretará uma confusão mental e esse controle poderá ser adquirido por volta dos 10 anos de idade.

É preciso estar atento à cor da urina, exceto a primeira da manhã, as demais devem ter cor clara, pois significa que ela está saudável. Quanto mais amarela- -escura, significa que a pessoa toma pouca água e está retendo a urina muito tempo, o que poderá ocasionar problemas. A mesma observação deve ser feita com as fezes, pois se estiverem líquidas significa diarreia, lembramos que nesses casos a criança perde o controle sobre a evacuação. Caso as fezes estejam duras ou resseca-das, indica falta de água ou de alimentos com fibras ou frutas com cascas, nesse caso chamamos de constipação intestinal e é necessário procurar orientação médica.

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Controle do esfíncter

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Os músculos localizados na base da bexiga (colo vesical) e na parede da uretra controlam a micção. Na maior parte do tempo, esses músculos atuam fechando o colo vesical e a uretra para impedir a saída de urina. Também podem ser con-traídos voluntariamente para impedir a saída de urina.

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Músculos que controlam a micção (bexiga e esfíncter).

O controle do esfíncter é o primeiro sinal de maturação biológica da crian-ça. Primeiro ela faz sem percepção, depois ela começa a perceber, em segui-da pede para a mãe e, por último, já consegue utilizar o banheiro de maneira independente.

Atenção: nosso corpo consegue funcionar vários dias sem alimento, porém, não consegue sobreviver muitos dias sem água. Ofereça às crianças e beba muita água e sucos de frutas naturais – estes além de cumprirem a função de hidratação, fornecem vitaminas ao corpo.

Texto complementar

Educação infantil: controle de esfíncteresO controle dos esfíncteres depende de um sistema anatomofisiológico

que poderá funcionar após um período de maturação. Há uma estreita re-

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Atenção à Saúde Infantil

lação entre amadurecimento do sistema nervoso e o êxito no controle. Este depende também de normas culturais que variam de sociedade para socie-dade. O controle esfincteriano depende, portanto, de amadurecimento e de aprendizagem.

A época da maturação dos esfíncteres é discutível. No entanto, em diver-sas pesquisas feitas, a média de opinião situa o amadurecimento entre 18 e 24 meses de idade. Além do aspecto anatomofisiológico, situações pessoais e a forma com que os adultos envolvidos lidam com o processo de aprendi-zagem desse controle serão determinantes.

O processo depende, como já assinalado, mais da atitude dos adultos do que propriamente das técnicas empregadas. A ansiedade dos adultos, a comparação com outras crianças, o ensinamento insistente, a reprovação ou castigo quando a criança vacila ou se recusa a ser treinada podem fazer com que esse processo estenda-se ou se complique.

As atitudes frente ao controle variam de sociedade para sociedade. Numa delas (Ilha de Alor), as mães não se interessam por esse problema. Não fazem o menor esforço para ensinar seus filhos a andar, falar e controlar seus es-fíncteres. Normalmente, as crianças dessa ilha controlam-se por volta de três anos e não costumam brincar com suas fezes. Já entre os índios Navajos, as regras de limpeza vão sendo colocadas gradativamente e as mães espe-ram que a criança não tenha a impressão de estar submetida a uma vontade alheia. Já nas tribos Manus o controle é imposto, pois as funções eliminató-rias são consideradas vergonhosas. Em estudo abrangendo sociedades oci-dentais foi observado que, por exemplo, as mães norte-americanas e ingle-sas têm, de modo geral, atitudes mais severas e tentam fazer com que seus filhos controlem seus esfíncteres precocemente.

Do ponto de vista da criança [sic] o ideal é que comece esse aprendizado, por volta de dois anos, quando seu organismo, em princípio, estaria maduro e o aprendizado se daria de maneira mais tranquila, embora não possamos deixar de considerar as diferenças individuais quanto a essa maturação. Acrescente-se a isso um maior desenvolvimento do vocabulário e da com-preensão da criança o que lhe possibilitará uma participação mais efetiva nesse processo. Ao se levar em conta esses aspectos, estaremos evitando fu-turas dificuldades decorrentes de um treinamento realizado ocasionalmente e de forma inadequada.

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Controle do esfíncter

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A criança, em geral, costuma controlar primeiro as fezes e depois a urina e adquire primeiro o controle diurno para depois conseguir ter o controle noturno dos seus esfíncteres. As evacuações são mais regulares e menos fre-quentes, por isso são mais fáceis de serem controladas primeiro. Entre um ano e um ano e meio, a criança pode dar alguns sinais relacionados à evacuação, mas nem sempre é capaz de pedir ou avisar antes de evacuar. A criança nesta idade está, geralmente, às voltas também com o controle de sua postura. Pode acontecer, se for forçada a ficar sentada, que fique tensa e retenha as suas fezes. É comum a criança liberar as fezes tão logo consiga ficar de pé.

É por volta de um ano e oito meses que as manifestações de oposição co-meçam a ficar mais intensas. A criança pode usar suas fezes para demonstrar o controle que tenta ter sobre si mesma e sobre os outros, por isso evacua quando e onde quer. É comum que demonstre curiosidade por suas fezes como a primeira “obra” pessoal. Vale novamente frisar a importância de uma atitude natural por parte dos pais, visto que pode acontecer de a criança utilizar seus excrementos como forma de agressão.

A fase entre um ano e oito meses e dois anos é a melhor época para o início dessa aprendizagem. Por volta dessa idade, a criança já deve ter pas-sado pelas seguintes fases:

1.º – eliminar por ato reflexo;

2.º – ter noção de que está evacuando;

3.º – avisar logo depois de ter terminado de evacuar;

4.º – antecipar que vai evacuar, sinal de maturação.

O processo de aprendizagem pode ser lento, não sendo possível medi-lo por dias ou semanas. A criança vai aos poucos aprendendo o que lhe está sendo transmitido; passa a associar as fezes com o local de fazê-las e passará a pedir logo que sinta vontade de evacuar.

Outro aspecto a ser considerado é que, nessa idade (um ano e oito meses, mais ou menos), a criança tem grande interesse em imitar as pessoas princi-palmente os pais em suas atividades, o que também facilita o aprendizado.

Até por volta de três anos, mais ou menos, devido a diarreias, roupas aper-tadas ou acidentes podem ocorrer regressões. Estas acontecem também se a criança está passando por dificuldades emocionais.

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O controle da urina, em geral, acontece depois do controle das fezes. A micção também pode ser automática ou voluntária. Nas crianças até um ano, a bexiga se esvazia automaticamente com muita frequência.

Alguns autores distinguem algumas etapas da maturação do controle da micção:

consciência de estar molhado; �

consciência de estar com a bexiga cheia; �

possibilidade de urinar quando a bexiga está cheia; �

possibilidade de urinar quando a bexiga ainda não está cheia. �

Os esfíncteres funcionarão mediante um treinamento que permitirá a re-tenção diurna e, em seguida, noturna. Inicialmente, a criança demonstra que está molhada; é mais fácil sentir o contato na pele do que perceber que a bexiga está cheia.

Durante o processo de aprendizagem de controle dos esfíncteres, pode haver interferência de outros fatores. Um brinquedo interessante, por exem-plo, pode atrair a criança e quando ela perceber já não dá mais tempo de avisar que quer urinar. Por longo tempo, esses descuidos são tão comuns que são considerados característicos nesse processo, mesmo se ocorrerem depois de dois anos e meio, época provável de a criança ser capaz de con-trolar seus esfíncteres. Mesmo a criança que conseguiu com facilidade ter esse controle pode reagir diante de situações mais mobilizadoras como nas-cimento de irmãos, entrada em creches, mudanças de casa ou babá, assim como em situações de dificuldades emocionais.

Enquanto o controle diurno ocorre por volta de dois anos e meio, o no-turno se dá por volta de três anos e meio, mais ou menos. Depende muito do grau de sono. Somente a partir de três anos, a curva de ação vesical infantil (capacidade de contração da bexiga) se assemelha à do adulto, possibilitan-do o controle noturno. É quando a criança passa a acordar sistematicamente com as fraldas secas.

Alguns pais, buscando acelerar o processo, acordam os filhos para urinar. Uns aceitam esse método e outros recusam violentamente serem inter- rompidas no seu sono. Nesse caso não se deve insistir, mas esperar o desen-volvimento da criança.

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Ao retirar as fraldas da criança é importante:

associar as fezes e a urina com o local de fazê-las. Deve-se evitar que a �criança urine e ou evacue em plantas, ralos e areia não só por questões de higiene, como também para incentivar hábitos que posteriormen-te deverão ser deixados, são passíveis de críticas e motivo de apelidos e brincadeiras pejorativas;

deve-se convidar as crianças mais ou menos de duas em duas horas a �ir ao banheiro para urinar ou evacuar e deixar que ela vá ou não;

uma atitude facilitadora é deixar que a criança veja outra criança usan- �do normalmente a privada;

nunca punir, premiar, prometer recompensas para a criança aprender �mais depressa. De ve-se evitar também usar expressões como “é sujo”, “é feio”, “fulano já é grande e sabe” ou “criança bonita faz xixi no penico”.

Dizer que a criança está suja ou mostrar repugnância pode levá-la a sentir vergonha de um ato, para ela, natural e fonte de prazer.

Considerar problema uma criança que, aos dois anos, não tenha controle dos esfíncteres é o mesmo que considerar um bebê que engatinha ou balbu-cia imaturo por ainda não falar nem andar.

As meninas devem ser ensinadas a se secar sempre após urinar, e todos devem ser ensinados a se limpar depois de evacuar, por volta de quatro anos, mesmo que no início o façam sem muita eficiência e precisem de ajuda e/ou averiguação do adulto.

(Disponível em: <www.escolaparque.g12.br/portal/conteudo/circulares/1799.doc>.

Acesso em: 14 fev. 2008.)

Atividades1. Faça uma pesquisa a respeito do sistema urinário em homens e mulheres.

Em seguida, desenhe e compare ambos, respondendo se existem diferenças nos sistemas urinários dos homens e das mulheres.

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2. Escreva sobre a importância da água para a saúde.

3. Como os pais e os educadores podem contribuir na fase de controle do es-fíncter pela criança? Descreva como deve ser seu aprendizado.

Dicas de estudo<http://crisete.bebeblog.com.br/7735/PUERICULTURA/>.

O site acima oferece algumas dicas de puericultura (cuidados com o bebê), destacando como se dá o banho no bebê e o documento sobre “A Declaração dos Direitos da Criança”, entre outras dicas. É importante conhecer os cuidados e direitos da criança e debater em sala de aula.

<www.clicfilhos.com.br/site/display_materia.jsp?titulo=Manual+de+primeiros+socorros>.

Esse site oferece dicas a respeito dos primeiros socorros. É relevante conhecer esse tema para saber como proceder em caso de algum incidente.

Esse material é parte integrante do Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.videoaulasonline.com.br

Page 24: IESDE Brasil S.A. · IESDE Brasil S.A. Colo vesical Esfíncter Uretra Essa segunda fase é denominada fase miccional e ao seu final reiniciamos todo o ciclo da micção. O esfíncter

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Controle do esfíncter1. Não são diferentes.

Mulher

Rins

Ureteres

Bexiga

PróstataUretra

Uretra

Pênis

Homem

IESD

E Br

asil

S.A

.

2.

O nosso corpo é, em grande parte, constituído de água. �

Todas as partes do nosso corpo têm água, até mesmo os nossos os- �sos.

Nosso corpo perde muita água quando elimina urina, fezes, suor e �lágrimas. Por isso temos de beber água e outros líquidos para repor essa perda.

A água ajuda no bom funcionamento de todo o organismo. Por �exemplo: no trabalho dos rins e dos intestinos, na circulação san-guínea e na hidratação da pele.

Todos os seres vivos necessitam de água, por isso é muito importan- �te preservá-la.

Gabarito

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3. Para a retirada das fraldas, é necessário esperar que a criança seja capaz de controlar os esfíncteres. O controle do esfíncter constitui um proces-so complexo, trazendo à tona funções de socialização, de maior indepen-dência do adulto em relação aos cuidados com o corpo da criança e de obtenção de um controle maior sobre si própria. É importante salientar que a forma como o educador e os pais reagem frente ao controle esfinc-teriano desencadeará marcas na qualidade do desenvolvimento global da criança. O educador e os pais terão de criar situações para que a crian-ça possa vivenciar este treino, devendo aceitar os momentos de retro-cesso na aquisição dessa nova conquista como sendo parte do processo de construção do controle sobre o seu corpo e sobre sua independência. O educador deve procurar entender que a criança precisa descobrir quem ela é, o que pode e o que não pode fazer. Para construir sua identidade, ela passa por conflitos emocionais. Cabe ao educador dar espaços para que a criança procure fazer colocações verbais sobre seus sentimentos. Também é fundamental deixar clara a existência de regras e limites e a necessidade do cumprimento dos combinados, para que seja possível o estabelecimento dos trabalhos e das relações sociais (CAMARGO; HOLZHEIM, 2008).

Atenção à Saúde Infantil

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