IGREJA SOLIDÁRIA...Junho de 2020 | 2 Oceano EDITORIAL COMENTÁRIOS Edição de Maio de 2020 ENVIE...

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Jornal Oficial da Igreja Metodista | Junho de 2020 | ano 134 | nº 6 Distribuição Gratuita NO CENÁCULO Veja a reportagem sobre o no Cenáculo em parceria com a Trans Mundial. Página 5 LANÇAMENTO A SBB, em parceria com o Centro de Estudos Wesleyanos da Fateo, lançou a Bíblia de Estudo John Wesley. Página 4 SÉRIE Leia a última edição da série As mulheres Cooperadoras na Missão. Página 13 Saiba como as igrejas estão atuando em tempos de pandemia FIQUE EM CASA! IGREJA SOLIDÁRIA Página 8 EXPOSITOR CRISTÃO, ELEITO O MELHOR JORNAL CRISTÃO DO BRASIL E PREMIADO NA ARETÉ 2019

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Jornal Oficial da Igreja Metodista | Junho de 2020 | ano 134 | nº 6 Distribuição Gratuita

NO CENÁCULO Veja a reportagem sobre o no Cenáculo em parceria com a Trans Mundial. Página 5

LANÇAMENTO A SBB, em parceria com o Centro de Estudos Wesleyanos da Fateo, lançou a Bíblia de Estudo John Wesley. Página 4

SÉRIE Leia a última

edição da série As mulheres

Cooperadoras na Missão.

Página 13

Saiba como as igrejas estão atuando em tempos de

pandemia

FIQUE EM CASA!

IGREJA SOLIDÁRIA

Página 8

EXPOSITOR CRISTÃO, ELEITO O MELHOR JORNAL CRISTÃO DO BRASIL E PREMIADO NA ARETÉ 2019

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Junho de 2020 | www.expositorcristao.com.br

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Oceano

EDITORIAL

COMENTÁRIOSEdição de Maio de 2020

ENVIE SEU COMENTÁ[email protected]

[email protected]

CompaixãoNo ano em que a Igreja tem como tema

nacional a Unidade, ela está vivendo umtempo de isolamento social, com templos

fechados, sem poder celebrar com a comunidade, dar um abraço. No entanto, a Igreja não parou. Na edição passada abordamos o tema da Igreja Virtual. Nesta edição quere-mos compartilhar um pouco da solidariedade e da compai-xão que, por sua vez, são duas palavras importan-tes para a genuína fé cristã.

Solidariedade re-mete a “sólido, intei-ro, pleno”, levando ao entendimento de comprometer-se com a necessidade do outro, deman-dando uma integri-dade pessoal superior. Por outro lado, compai-xão tem o significado de “sentir com”, identificação com o sentimento alheio, seja sua alegria ou tristeza. A compaixão parece lidar mais com o interior, a vida espiritual, com o coração. E a solidariedade trabalha mais com as ações “sólidas”, “concretas”, que deságuam num com-portamento de ajuda e companheirismo prático.

A crise que estamos vivendo no âmbito da saúde pública, provocada pela Covid-19, que já

deixou quase 30 mil mortos/as e mais de 498 mil casos confirmados, segundo informações do Painel Coronavírus Brasil, tem repercutido muito no campo econômico, atingindo dura-mente muitas famílias que perderam o emprego

ou viviam de pequenos comércios locais. Neste tempo de pandemia, a Igreja

necessita, ainda mais, continu-ar a sua missão. É o que tem

feito muitos/as metodistas espalhados pelo Brasil

afora. O momento é de solidariedade e parti-lha.

Este mês temos duas datas impor-tantes a serem lem-bradas: o Dia do Ex-positor Cristão e o dia do no Cenáculo.

Trouxemos uma re-portagem especial do

no Cenáculo em par-ceria com a Rádio Trans

Mundial. Espero que esta edição

desperte em você cada vez mais o ato solidário e de compai-

xão para que dias melhores possam surgir no horizonte nesses tempos difíceis para todos/as nós.Pr. José Geraldo Magalhães Editor-chefe | Expositor Cristão

OPINIÃO | IGREJA SOLIDÁRIA

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“Neste tempo de pandemia, as capelanias militares têm trabalhado para promover a esperança e

o conforto espiritual da família militar noslares e nos quartéis de nossa nação. Tenhocompartilhado uma das mensagens que têmsido ministradas aos/às nossos/as militaresnestas semanas de crise. Temos que aproveitaresse tempo de morte para levar vida!”

Pastor Hugo Gonçalves de Freitas | Capelão Militar 5ª Região

“Recebemos a doação de uma pia móvel, tecnologia social desenvolvida pela Igreja Metodista de Natal. A pia foi instalada na comunidade Olga Benario, uma das áreas onde atua nossa rede de Felipe Camarão e adjacências. Cerca de 127 famílias vivem em barracos muito precários e sem acesso a água

encanada.”

Pastor George Emmerich | Remne

“O ser humano tem grande dificuldade em experimentar a confiança em Deus no dia a dia. Constrói celeiros,

acumula em quantidade. E isso faltará para alguém. A ideia da acumulação e sua normalização começam a entranhar na nossa vida a partir do momento em que começamos a ter um pouco mais do que o necessário para a sobrevivência.”

Bispa Hideide Brito Torres | Presidente 8ª Região

SIGA A GENTE!

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Jornal oficial da igreJa MetodistaFundado em 1º de janeiro de 1886 pelo missionário John James Ransom

Presidente do Colégio Episcopal: Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa

Bispa Assessora do jornal Expositor CristãoHideíde Brito Torres

Conselho Editorial:Camila Abreu, Patrícia Monteiro, Pr. Odilon Chaves

ExpositorCristão

Editor e jornalista responsável:Pr. José Geraldo Magalhães (MTB 79517/SP)

Produção Audiovisual: Rodrigo de BritosFoto de Capa: Katrinaku/istockphoto.comArte: Fullcase Comunicação

Revisão: Adriana GiustiTiragem: 15 mil exemplares

Entre em contato conosco:(11) 2813-8600 | [email protected]. Piassanguaba, 3031 - Planalto PaulistaSão Paulo/SP - CEP 04060-004

(11) 2813-8614*A REDAÇÃO DO JORNAL EXPOSITOR CRISTÃO É RESPONSÁVEL POR TODAS AS MATÉRIAS NELE PUBLICADAS, COM EXCEÇÃO DE ARTIGOS E REFLEXÕES, QUE SÃO RESPONSABILIDADE DE SEUS/AS AUTORES/AS.

https://bit.ly/jornal_ec_jun2020

Ênfases missionárias da Igreja Metodista

Estimular o zelo evangelizador na vida de cada metodista, de cada igreja local;

Revitalizar o carisma dos ministérios clérigo e leigo nos vários aspectos da missão;

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Promover o discipulado na perspectiva da salvação, santificação e serviço;

Fortalecer a identidade, conexidade e unidade da igreja;

Promover maior comprometimento eresposta da igreja aoclamor do desafio urbano.

Implementar ações que envolvam a igreja no cuidado e preservação do meio ambiente;

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2018

Nos caminhos da missãoservem com integridade

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MARCA PÁGINA.pdf 1 27/09/2017 15:13:32

"A pandemia e o confinamento impuseram novas dinâmicas às famílias: pais e filhos em casa; cônjuges

divididos entre tarefas profissionais, educação de filhos/as e relacionamento. Casais separados tendo que reconfigurar suas rotinas: guarda compartilhada e/ou mudança para a casa de ex-parceiros/as para cuidar dos/as filhos/

as. Casais de noivos tendo que cancelar seus casamentos.”

Pastor Márcio Divino de Oliveira | Professor na Fateo

Capa“A matéria de capa nos desperta a termos compromissos de evangelização por meio da internet. É interessante ressaltar que não podemos perder o foco de celebrar em comunidade juntamente com o Corpo de Cristo. Fazer uso das ferramentas virtuais é fundamental para a expansão do Reino de Deus.”

Rosana dos Santos | Portugal

Drive-in“Parabéns pela inciativa de celebrar em estilo drive-in. Não importa como, mas precisamos nos reunir como povo de Deus e testemunhar que, mesmo em tempos de pandemia, nós somos um povo que não perde a fé e a esperança no Deus do impossível.”

Paulo Roberto Gonçalves Brasília/DF

Série“Tenho todas as edições da Capelania e gostei muito da série Mulheres na Missão. É bom ver estudos bíblicos em nosso jornal. Isso me lembra os tempos de quando o professor Tércio Siqueira era um dos redatores.”

Suzana de Almeida Santos São Paulo/SP

Oferta Missionária“Sabemos que a Campanha Nacional de Oferta Missionária ficou comprometida devido à Covid-19, mas estamos na esperança de que em breve teremos as coisas normalizadas. Aguardamos com paciência e esperança no Senhor.”

Roberta Alves | Manaus/AM

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PALAVRA EPISCOPAL

Bispa Hideide Brito TorresPresidente da 8ª Região Eclesiástica

Não fazemos bem; este dia é dia de boas --novas, e nos calamos

“Por uma Igreja mais solidária”. Leia 2 Reis 7.3-15.

Algumas histórias do livro de Reis são estra-nhas e surpreendentes. Esta que estamos lendo hoje é uma delas. Havia uma opres-

são dos sírios contra o povo de Israel. Eles arma-ram suas barracas de guerra ao redor da cidade. O sítio durava muitos dias. Àquela altura, as pessoas passavam fome na cidade, pois não havia maneira de receber transporte de alimentos de outras loca-lidades. Todo o trânsito estava impedido. Era uma quarentena.

Os/as mais empobrecidos/as sentem mais de perto, logo e com mais intensidade os efeitos de uma quarentena. Sem gente pelas ruas, com a di-minuição do comércio e do trânsito de pessoas nas ruas, os leprosos se viram sem sua principal fonte de subsistência: a mendicância. Acossados pela fome e pelo desespero, eles decidem ir até o inimigo. Já estavam condenados à morte mesmo, então qualquer outra atitude dos sírios poderia ser uma vantagem!

O texto bíblico nos fala que o povo sírio foi assombrado por um barulho, vindo da parte do Senhor e fugira silenciosa e desesperadamente du-rante a noite. Tudo o que estava no acampamento era agora uma fonte de sobrevivência para aqueles leprosos. Eles se apossam de tudo o que podem, comem, bebem e se refestelam. No entanto, de-pois de algumas horas de alegria incontida, eles fazem uma declaração surpreendente: “Não fazemos bem; este dia é dia de boas-novas, e nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, algum mal nos sobrevirá; pelo que agora vamos e o anun-ciemos à casa do rei” (v. 9).

Eu sempre me admiro que as pessoas que dis-põem de muito pouco logo aprendem o milagre da multiplicação dos recursos, que acontece na parti-lha. Se formos à internet, vamos encontrar diver-sos experimentos sociais em que mendigos/as re-cebem grandes donativos e, na sequência, vendo a dor de outra pessoa, abrem mão da pequena rique-za que receberam. A solidariedade é uma arma de sobrevivência nas ruas, nas vielas, nas comunida-des menos favorecidas. Sem compartilhar, todos/as perecem – essa é a regra que logo se aprende.

É a teoria do maná: ou você colhe o bastante para o dia, ou vai ter uma coleção de bichos. Em Êxodo 16.4, a ordem é clara: “Agora eu vou fazer chover do céu pão para vocês. E o povo deverá sair, e cada um deverá juntar uma porção que dê para um dia”. A mesma dinâmica da confiança e da

dependência de Deus acontece na oração do Pai Nosso: “O pão nosso de cada dia, dai-nos hoje”.

Mas o ser humano tem grande dificuldade em experimentar a confiança em Deus no dia a dia. Constrói celeiros, acumula em quantidade. E isso faltará para alguém. A ideia da acumulação e sua normalização começam a entranhar na nossa vida a partir do momento em que começamos a ter um pouco mais do que o necessário para a sobrevi-vência.

O não entendimento desta dinâmica faz com que as pessoas, ao final, duvidem de Deus e de seu poder e não de si mesmas. É como Vitor Hugo coloca na boca de seus personagens em Os mise-ráveis: “Ver tanta pobreza em toda parte me faz pensar que Deus não é rico. Ele dá a impressão de ser, mas suspeito de algumas dificuldades finan-ceiras”.

Os leprosos estão acostumados à pobreza e à fal-ta. Por isso, eles sabem que a partilha é necessária para garantir o bem-estar de todos. Eles não falam que serão punidos pelo rei ou pelos poderosos se deixarem de compartilhar a boa notícia. A forma como se expressam parece ser uma preocupação de má-sorte ou falta da bênção divina: “O mal nos sobrevirá se não repartirmos a boa notícia que re-cebemos”.

A bênção retida é fonte de maldição. Todo o princípio bíblico se estabelece sobre a ideia de co-munidade. O Evangelho é uma boa notícia comu-nitária. Os discípulos, como igreja, preocuparam--se com as viúvas, os/as órfãos/ãs e os/as pobres.Há muitos relatos de ofertas com este fim e asorientações aos pastores e pastoras dos primeirosséculos incluem explícitas instruções nesta dire-ção.

Que a narrativa dos leprosos nos anime e nos motive hoje. Apesar da quarentena e da guerra contra o vírus invisível, há bolsões de bênçãos dos quais os males partiram de madrugada e onde deixaram seus víveres. Podemos compartilhar um prato de comida, uma palavra de ânimo, um tele-fonema, uma ajuda financeira a uma pessoa au-tônoma, um culto prestado a Deus com coração quebrantado, uma humildade ao consolar quem perdeu alguém querido. São ações assim que atrai-rão a bênção sobre todos/as nós, até que chegue o tempo em que as medidas de cevada e de farinha estejam em liquidação, como foi naquele tempo. Eu creio. Amém.

Data da Oferta

Missionária nacional vai

até 31 de outubro

Está no ar o site da Campanha Nacio-nal de Oferta Missionária 2020. Você pode doar até o Dia da Reforma Pro-

testante, em 31 de outubro. Com o tema “Sua oração, sua doação, uma Igreja”, fala-mos sobre esse momento em que a Igreja se une para levantar uma oferta única direcio-nada à expansão missionária nas Regiões Missionárias do Norte e do Nordeste. Em 2020, celebramos 25 anos de Oferta Mis-sionária e nos vemos diante do desafio de alcançar a expectativa nacional de 840 mil reais em doação, mesmo realizando a arre-cadação a distância, com a maioria das nos-sas cidades vivendo um tempo de distancia-mento social.

Você pode doar para a Oferta Missioná-ria por meio de transferência bancária ou através do seu cartão de crédito utilizando o Paypal, no site doacoes.metodista. Bastapreencher os dados e o valor, selecionar acampanha e concluir a doação.

No site da campanha você encontra todo o material necessário para realizar a mobi-lização na sua igreja local de forma digital:publicações no formato de Facebook, Insta-gram, Story e WhatsApp; vídeos para as Re-giões Missionárias e Eclesiásticas; Materiaispara crianças, e mais.

No site você também confere mais infor-mações sobre a história da campanha, co-nhece as igrejas que receberam a oferta em 2019 e as que vão receber nossas doações em 2020.

/// Acesse: https://ofertamissionaria.metodista.org.br/2020

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DIFERENCIAIS• Cerca de 19 mil notas de estudo:

° Notas de autoria de John Wesley

° Notas explicativas• 105 janelas (sobre 5 lemas de Wesley e outros 100 temas)• Indicação aos sermões de Wesley• Índice de assuntos• Texto bíblico Nova Almeida Atualizada• Introdução ao AT e ao NT• Introdução aos livros bíblicos

NACIONAL

É uma publicação única no mundo. Traz a tradução integral das “Notas explicativas sobre o Novo Testamento”de John Wesley (1754)e uma seleção de“Notas sobre o AntigoTestamento” (1765).

Sociedade Bíblica e Fateo lançam Bíblia de Estudo John WesleyA Sociedade Bíblica do

Brasil, em parceria com o Centro de Estudos

Wesleyanos da Fateo, lançou a Bíblia de Estudo John Wesley, que resgata a história e o amor de John Wesley pela Bíblia, por Jesus Cristo e pelas pessoas. É uma publicação única no mun-do. Traz a tradução integral das “Notas explicativas sobre o Novo Testamento” de JohnWesley (1754) e uma seleção de“Notas sobre o Antigo Testa-mento” (1765). Notas dos edi-tores ajudam o leitor a compre-ender o contexto histórico dasnotas de Wesley, sempre quenecessário. No total, são cercade 19 mil notas de estudo.

Com texto bíblico na Nova Almeida Atualizada, a edição contém, ainda, mais de 100 tex-tos breves, integrados ao texto

bíblico, que ressaltam temas relevantes da vocação, piedade e teologia wesleyana. Também destaca e explica frases famosas do estudioso, entre as quais, “O mundo é a minha paróquia”, “coração aquecido” e “andar como Cristo andou”. Por meio desses pequenos artigos, a pers-pectiva e essência metodistas podem ser degustadas e com-preendidas. Todo esse conteúdo está disposto em janelas temá-ticas que servem como orien-tação geral e estão conectadas com as demais notas. Para fácil localização, no final da Bíblia, um índice destaca os principais assuntos mencionados nos ma-teriais de estudo.

Esta edição pioneira e histó-rica é resultado da união de es-forços de duas conceituadas or-

ganizações cristãs, dedicadas ao desenvolvimento e à divulgação de obras essenciais para o exer-cício de uma vida cristã plena: a Sociedade Bíblica do Brasil e o Centro de Estudos Wesleyanos, da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista.

RECURSOS• Cerca de 19 mil notas de estudo

• 105 janelas (sobre 5 lemas de Wesleye outros 100 temas)

• Indicação aos sermões de Wesley

• Índice de assuntos

• Texto bíblico Nova Almeida Atualizada

• Introdução ao AT e ao NT

• Introdução aos livros bíblicos

DIFERENCIAL• Notas de autoria de John Wesley

• Notas explicativas

• Quadros temáticos

• Texto bíblico na Nova Almeida Atualiza

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Bispo Nelson Campos

Leite e Pastor Marcos Garcia

acompanhados da âncora da RTM, Renata Burjato.

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Reflexão e apoio à luz da PalavraA voz calma e o jeito ami-

gável de falar do pastor Marcos Antonio Garcia

dão o tom do programa “Um Tempo com Deus”, uma parceria de 18 anos entre a Rádio Trans Mundial e o devocional no Ce-náculo, da Igreja Metodista. Toda quinta-feira, às 10 da ma-nhã, o público tem um encontro com o pastor e com a apresenta-dora Renata Burjato para mo-mentos de reflexão e aprendiza-do. Em breve, além da produção semanal, os/as ouvintes vão po-der contar com conteúdo diário de curtas meditações ao longo da programação da RTM.

Em novembro de 2019, Mar-cos Garcia foi apresentador do mês da RTM e pôde falar um pouco mais de sua vida e vo-cação pastoral, e de como in-gressou na RTM. À frente do programa há três anos, ele re-cebeu o convite do bispo Adriel de Souza Maia. “Foi um grande desafio porque o bispo Nelson (Luiz Campos Leite, apresenta-dor anterior) realizou um exce-lente trabalho com o programa. É natural também que houvesse algumas alterações para tornar o programa sempre interessante ao público. Acho que a princi-pal contribuição que pude darfoi o programa passar a ser aovivo. Isso faz com que seja maisdinâmico e mais interativocom os/as ouvintes. O próprioBispo Nelson, um dos nossosouvintes mais fiéis, comentouque o fato de agora ser ao vivofaz toda a diferença”, comentouGarcia. Desde o início da qua-rentena motivada por causa daCovid-19 (novo coronavírus)no Brasil, o programa tem sidoreprisado, mas novas edições aovivo estão previstas para o se-gundo semestre.

Marcos é pastor titular da Igreja Metodista em Santo Ama-ro. Não é raro na programação da RTM e nas lives pelas pági-nas da rádio ele citar os nomes de suas “ovelhas” que param para ouvir ou assistir o que ele tem a dizer. Vale ressaltar, con-tudo, que as reflexões de “Um Tempo com Deus” têm ouvintes em diferentes partes do mundo. “Recebo retorno de ouvinte até do Japão. É muito bom saber o quanto as mensagens edificam as vidas”, complementou.

Alguns temas são bastante trabalhados no programa, por exemplo, perdão, família e ação de graças. Pedidos de oração

são outra constante. Mães pe-dem por seus/as filhos/as, espo-sas por seus maridos, filhos/as por seus pais.

A parceria de Marcos com Re-nata na apresentação tem muita sintonia. Eles sabem o tempo um do outro. Ela faz parte da equipe RTM há dez anos e, desde en-tão, também está na bancada do “Um Tempo com Deus”. “As mensagens trazidas pelo Pastor Marcos são muito próximas dos/as ouvintes. Ele sempre nos mos-tra como a Palavra de Deus pode nos socorrer nos momentos de dificuldade. As pessoas criam intimidade com ele. O progra-ma é um devocional, mas acaba sendo quase como um aconse-lhamento pastoral. É normal com outros programas da RTM as pessoas entrarem em conta-to para tirar dúvidas ou enviar relatos por e-mail. No UTCD, as redes sociais e as ferramen-tas como WhatsApp criam um canal direto e fazem com que a interação seja a principal marca do programa em relação ao/à ouvinte”, disse.

Parceria A parceria entre RTM e no Ce-

náculo começou há quase duas décadas. Na ocasião, o Bispo Nelson era editor do devocional. “Nós tínhamos, naquela época, um serviço por telefone do no

tância do devocional, publicado no Brasil há 81 anos e cujo dia nacional é celebrado em 16 de junho, e a contribuição com o programa. “É uma ferramenta devocional que auxilia muito nas reflexões para os diversos mo-mentos da nossa vida. Ao longo deste tempo, temos recebido re-latos do quanto as mensagens de-vocionais, sempre à luz da Bíblia, são um consolo e um incentivo à esperança”, comentou.

NovidadesEm breve, o público deve ter

novidades na programação. “Temos trabalhado para am-pliar mais este trabalho. Uma das ideias é levar pequenas re-flexões diárias ao longo da pro-gramação”, explicou Marcos Antonio Garcia.

O diretor de Produção de Conteúdo da RTM, André Cas-tilho, comenta sobre o que está por vir. “Nossa intenção para um futuro próximo é mudar as vinhetas do programa para algo mais moderno, já que as trilhas atuais, que são muito boas, estão desde o início do programa com o Bispo Nelson. Rádio sempre exige coisas no-vas. Além disso, estamos am-pliando a parceria com o no Ce-náculo e a Igreja Metodista para aproveitar mais o conteúdo e a sabedoria de irmãos como o Reverendo Marcos em outros programas”, afirmou.

Você pode ouvir a Rádio Trans Mundial pelo site www.transmundial.com.br, pelo apli-cativo da RTM (disponível para sistemas Android e iOS) e tam-bém conferir as edições dispo-níveis do programa “Um Tem-po com Deus” no link https://bit.ly/UmTempocomDeus.

Lucas MeloniEspecial para o Expositor Cristão

Cenáculo que era um disque--oração e disque-aconselhamen-to. Vimos a necessidade de criaruma série de livretos que a genteenviava às pessoas que ligavam.Em 2002, a Editora Cedro (àépoca, a casa publicadora do de-vocional) demonstrou interesseem apoiar o programa. A partirdaí, começou o programa que a

princípio era às quartas. Depois, mudou para as quintas. Nesse tempo todo fiquei na apresen-tação do programa até fevereiro de 2017, quando passei o bastão para o Pastor Marcos Antonio Garcia”, relembrou.

Bispo Adriel de Souza Maia é o atual editor nacional do no Cenáculo. Ele ressalta a impor-

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6 HISTÓRIA VIVA

O testemunho de uma vidaÉ difícil descrever com pala-

vras tudo que pude acom-panhar na vida e ministé-

rio da irmã Zélia, que conheci ainda quando era uma jovem mãe levando o seus filhos, Ro-berto e Rômulo, para a escola, no caso o Bennett, onde eu dava aula de Educação Religiosa e atu-ava na pastoral escolar. Ela era muito presente como metodista nas reuniões de pais e participa-va com sugestões e mesmo com participação nas celebrações re-ligiosas que fazíamos. Sim, sua vocação de diaconia já se fazia notar naquele tempo. Mais tar-de fui seu professor no curso de Teologia do Seminário Cezar D’acorso Filho, onde tirava as melhores notas e até me corri-gia em termos regionalistas, que eu, como gaúcho, trazia. Ría-mos muito com ela, Zélia jamais guardava sua opinião para si.

Depois de um tempo fora da I Região, retornei como Bispo em 1988, aí juntamente com seu esposo, Elizeu, que passou a nos assessorar na administração, a Zélia se integrou à Coordena-ção Regional de Educação Cris-tã, onde nos ajudou a organizar cursos de treinamento para professores/as da Escola Domi-nical, trabalho por meio do qual ela percorreu todo o estado do Rio de Janeiro participando e orientando os Seminários que, como Região, realizávamos.

Nesse tempo foi ficando clara a necessidade de preparar ma-terial de suporte a pastores/as e evangelistas, para a instrução dos novos membros da Igreja. Dela veio a ideia de escrever-mos juntos o Seguir a Cristo, livro que até hoje é usado pela Igreja no Rio de Janeiro e em algumas Regiões, alcançando já sete edições.

Zélia também atuou no curso de formação de Evangelistas. Mas sem sombra de dúvida a sua maior atuação foi na orga-nização das equipes de treina-mento e formação de profes-sores/as da Escola Dominical. Chegamos a alcançar sob sua liderança uma frequência mé-dia anual de 65% dos membros nas classes da Escola Domini-cal, número que anteriormente nunca havia chegado a 50%.

Preciso dizer que Zélia foi um presente de Deus para a sua família. E um grande presente

A metodista faleceu no dia 5 de maio, no Rio de Janeiro, aos 82 anos

“A metodista faleceu no dia 5 de maio, no Rio de Janeiro, aos 82 anos.

Zélia deu grandes contribuições para a Igreja Metodista”

de Deus para a Igreja Meto-dista, assim como para todos/as que com ela trabalharam. Zélia, com seus dons de ensino e discernimento, via desafios e necessidades que a maioria das pessoas não percebia. Isso ficou notório para mim quando, pre-sidindo a Cogeam, trabalha-mos juntos no período de 1998 a 2001. A Igreja não tinha uma Sede Nacional, os ministérios nacionais atuavam dispersos. Ela nos ajudou a defender a visão de que nossa influência e unidade como Igreja passava por termos todos trabalhando juntos, e fazer isso num mes-mo espaço ajudaria muito. A

Mulher de Deus verdadeiramente! Ajudou muitos irmãos e muitas irmãs a encontrar Deus pelos seus

ensinamentos da Bíblia. Que o Espírito Santo conforte seus filhos, Roberto e Rômulo, e os/as familiares.

Carlos e Adelaide Rosa

Como sobrinha de Rosemarí, tive a oportunidade de conviver com Zélia na minha infância. Ela me tratava com muito carinho e eu tenho muitas lembranças boas da casa dela, participei de muitos almoços, tardes de brincadeiras, desenhos e carinho com a família, sem contar as viagens de família de que participei. Viva o amor e a união da família Constantino. Que Zéliadescanse em paz e que haja paz para sua família e

para todos os outros seres. Amém! Hingrid Pfaffenzeller

HOMENAGEMMensagens coletadas por Rosemarí Pfaffenzeller, como uma forma de homenagear a vida de Zélia Santos Constantino.

Por 40 anos temos sido alimentadas/os pela grata memória da querida D. Zélia Constantino,

integrante da equipe de apoio da Federação Metodista de Juvenis de 1979 a 1983. Sua atuação

como educadora e amiga nos estimulou a ler a Bíblia e a moldar a nossa vida cristã nas bases

metodistas que unem fé e misericórdia, piedade e serviço, alegria e comunhão. Ao celebrarmos 40

anos desta experiência no ano passado, prestamos a ela nossa homenagem. Agora nos despedimos dela com muita tristeza, mas certos/as de que ela viverá

conosco na nossa história e na nossa memória.Juvenis Metodistas da Década de 1980

Deus conforte o coração dos/as familiares. Escreveu o livro que estudávamos na célula na casa de Oyar. Grande mulher de Deus. Tenho o livro até

hoje, grande professora da Escola Dominical.Carlos e Edina Faria

Irmã Zélia Constantino foi minha primeira professora de Escola Dominical na Igreja

Metodista do Catete. Eu gostava muito das suas aulas porque eram tão bem elaboradas e explicadas de maneira que parecia que ela

não estava em sala de aula, mas conversando comigo. Simplesmente, eu vivenciava cada

passagem bíblica explicada por ela. Além de tudo, era de uma bondade admirável que não dá para narrar aqui tudo que vivenciamos em dois anos de estudo Bíblico com ela. Com certeza foi

uma mulher dedicada às obras do reino de Deus.Vera Lúcia Teixeira

Zélia Constantino

construção da Sede Nacional foi uma conquista de toda a Igreja, para a qual Zélia muito contribuiu.

Por fim, a partida de Zélia do nosso meio foi uma perda que começou com sua enfermidade e culminou com seu falecimen-to no último dia 5 de maio. Pes-soas como Zélia deixam mar-cas eternas na Igreja Corpo de Cristo. Nossa oração é: Senhor, levante mais e mais novas ser-vas como Zélia em nosso meio. Rogando a Deus que console seus filhos, Roberto e Rômulo, e os/as demais familiares.

/// O irmão e Bispo Paulo Lockmann

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7 IGREJA E SOCIEADADE

Semana do Meio Ambiente: uma oportunidade de reflexão, ação e testemunho para a IgrejaDiante da destruição do meio ambiente, o movimento Renovar Nosso Mundo convida a igreja a testemunhar ao mundo o amor a Deus por meio do cuidado com a criação

A primeira semana do mês de junho é a Semana do Meio Ambiente. Um mo-

mento em que a sociedade se dedica a refletir sobre a impor-tância da natureza e promover ações de cuidado e conservação da biodiversidade. Neste mesmo período, o movimento ambien-tal cristão Renovar Nosso Mun-do realiza no Brasil o Momento Global, que tem como objetivo sensibilizar e mobilizar a comu-nidade cristã para a importância do mandato bíblico de cuidado com a criação de Deus.

O Momento Global é reali-zado nos 13 países onde há nú-cleos do movimento Renovar Nosso Mundo. Um dos focos da iniciativa é chamar a atenção da igreja cristã para a urgência no combate às mudanças climáti-cas, o que inclui repensar a nos-so estilo de vida, compreender a responsabilidade cristã no cui-dado com a criação, bem como pressionar governos e empresas para implementarem medidas e políticas públicas que mini-mizem o impacto humano no meio ambiente.

Com o intuito de fomentar a reflexão e debate sobre a relação entre fé cristã e meio ambiente, Renovar Nosso Mundo dispo-nibilizará em seu site recursos e ferramentas, como estudos bí-blicos, por exemplo, que pode-rão ser usados individualmente ou em pequenos grupos. Tam-bém será lançado um manifes-to em defesa da vida, contra o sistema de produção vigente e a favor de um estilo de vida inspi-rado no exemplo de Jesus.

Entre as ações do Momento Global está a realização de três lives, em formato de roda de con-versa sobre os seguintes temas:

• Por que os cristãos devem seimportar com o meio am-biente? Teólogos convida-

LIVESAs três lives e o sarau serão transmitidos pelo canal de Renovar Nosso Mundo, no YouTube e Facebook.

Diante do desmatamento cres-cente da Amazônia e dos efeitos concretos do aquecimento glo-bal e das mudanças climáticas, que destroem a criação de Deus e prejudicam toda a humanida-

de, o movimento Renovar Nosso Mundo convida a igreja evan-gélica brasileira a participar das ações do Momento Global para a Semana do Meio Ambiente como uma forma de testemunhar ao mundo o amor a Deus por meio do cuidado com a criação.

Para mais informações sobre o Momento Global, entrar emcontato pelo e-mail [email protected]

SOBRE O MOVIMENTO RENOVAR NOSSO MUNDORenovar Nosso Mundo é um movimento global de cristãos/ãs que acreditam que, por ver-dadeiramente sermos porta-dores/as da imagem de Deus, deveríamos agir como tal: vi-venciando o amor uns/as pelos/as outros/as em ações e em verdade. Por sermos portado-res/as da imagem de Deus, não ficaremos parados/as enquanto o nosso próximo está aprisio-nado na pobreza, e não ficare-mos inertes enquanto a criaçãoé negligenciada e a desigual-dade é deixada à sua própriadeterioração. >> Saiba maissobre Renovar Nosso Mundoe siga-nos nas redes sociais:@renovarnossomundo

A Igreja Metodista é uma das organizações que fazem parte da Campanha Renovar Nosso Mundo. A Pastora Thaiana Assis, da Igre-ja Metodista Central de João Pessoa (PB), é a representação meto-dista dentro da mobilização, e ela será responsável pela mediação da primeira live do Momento Global, com o tema “Por que os cristãos devem se importar com o meio ambiente?”. Confira a programação completa no site da Sede Nacional em www.metodista.org.br.

dos: Timóteo Carriker, Josias Vieira e John Medcraft. Me-diação: Thaiana Assis. (01/06, segunda-feira, às 16h).

• Como minha igreja poderiaser mais responsável ecolo-gicamente? Pastores convi-dados: José Marcos (Recife,PE), Vinicius Lima (Floria-nópolis, SC), Laurence Mar-tins (Manaus, AM). Media-ção: Josias Vieira. (03/06,quarta-feira, às 16h)

• Como meu estilo de vidaimpacta o meio ambiente?Ativistas convidados: Cris-tiano Ferreira (catador), Jor-ge Tonner Jr. (Comlurb RJ)e Stela Caroline (Lixo Zero).Mediação: Nicole Berndt(Casa Sem Lixo). (05/06, sex-ta-feira, às 16h).

O encerramento do Momen-to Global será no sábado, 06/06,

às 18h, com o sarau on-line “Arte, fé e meio ambiente”. A proposta do sarau é apresentar produções artísticas que rela-cionem a fé cristã com o meio ambiente, seja em forma de contemplação, inspiração ou, até mesmo, protesto. Conduzi-do pelo músico Carlinhos Vei-ga, o sarau contará com a par-ticipação de diversos artistas, entre músicos, poetas, cordelis-

tas e outros. Já tem presença confirmada Gladir Cabral (música), Rubão Lima (mú-sica), Zenilda Lua (poesia), Jénerson Alves (cordel), An-derson Monteiro (pintura), John Medcraft (fotografia) e Filipe Bonny (poesia).

Phelipe ReisAssessor de comunicação do Movimento Renovar Nosso Mundo.

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CAPA8

Solidariedade ecompaixão da Igrejadurante a pandemia

Várias igrejas metodistasestão fazendo missão mesmo

em tempos de pandemia

Várias igrejas pelo Brasil afora

continuam a missão mesmo

durante a pandemia.

A Igreja Metodista em Vila Conde do Pinhal, distrito do Grande ABC, distribuiu centenas de cestas básicas durante a pandemia.

Pr. José Geraldo Magalhães

Solidariedade e compaixão são palavras importantes para a genuína fé cristã.

Solidariedade remete a “sólido, inteiro, pleno”, levando ao en-tendimento de comprometer--se com a necessidade do outro,demandando uma integridadepessoal superior. Por outro lado,compaixão tem o significadode “sentir com”, identificaçãocom o sentimento alheio, sejasua alegria ou tristeza. A com-paixão parece lidar mais com ointerior, a vida espiritual, com ocoração. E a solidariedade traba-lha mais com as ações “sólidas”,“concretas”, que deságuam numcomportamento de ajuda e com-panheirismo prático.

A crise que estamos vivendo no âmbito da saúde pública, provocada pela Covid-19, que já deixou quase 30 mil mor-tos/as e mais de 498 mil casos confirmados, segundo infor-mações do Painel Coronavírus Brasil (https://covid.saude.gov.br/), tem repercutido muito no campo econômico, atingindo duramente muitas famílias que perderam o emprego ou viviam de pequenos comércios locais. Nesse tempo de pandemia, a Igreja necessita, ainda mais, continuar a sua missão. É o que tem feito muitos/as metodistas espalhados/as pelo Brasil afora.

O momento é de solidarie-dade e partilha. Na publicação passada trouxemos algumas ações de igrejas em São Paulo que estão fazendo máscaras e distribuindo para a comunida-de. Nesta edição, vamos contar a missão que está acontecendo na Igreja Metodista em Vila Conde, distrito do grande ABC, onde o trabalho social não pa-rou. “Temos o trabalho regular de ação social realizado pela nossa líder, Luciana, com a rea-lização de bazares beneficentes e entrega de cestas básicas para famílias que precisam. Porém, com a pandemia, a entrega de cestas básicas ficou mais inten-sa”, disse a metodista Érica Ruf-fa Rodrigues da Silva.

Uma das estratégias para conseguir alimentos a fim de montar cestas básicas foi divul-gar por meio das redes sociais para que a missão não parasse nesse período de pandemia. “Mesmo com o templo fechado, nosso desejo era continuar dan-do auxílio àqueles/as que pro-curam ajuda, muitos/as deles/as passando fome. Porém, com o templo fechado, a arrecadação de alimentos diminuiu. Então,resolvemos fazer um apelo nasredes com o intuito de que aspessoas pudessem doar alimen-tos para colocarmos nas cestas”,destacou Érica.

Por meio da divulgação pelas redes sociais, receberam uma

doação de mil cestas básicas provenientes da ONG Banco de Alimentos. Seguindo as orien-tações do Ministério da Saúde, os/as irmãos/ãs revezaram-se para a entrega das cestas básicas durante sete dias de trabalho. “Entre os dias 13 e 21 de abril entregamos os alimentos para as pessoas de nossa comunidade que precisavam também para quatro creches: CEI Sementi-nha, CEI Florescer, CEI Estação Alegria e CEI Luz do amanhã, que atendem famílias carentes da comunidade do Heliópolis e região”, finalizou Érica. A mis-são não foi somente entregar as cestas básicas. Junto com cada entrega, foi deixado um exem-plar do no Cenáculo para levar a Palavra a essas famílias.

Na Igreja Metodista em Cara-picuíba/SP, mais de 200 másca-ras foram entregues pelas irmãs da Sociedade de Mulheres e Mi-nistério de Ação Social.

2ª Região EclesiásticaNa cidade de Bom Jesus/RS

e no bairro de Vila Jardim, em Porto Alegre/RS, cerca de 200 famílias foram atendidas com cestas básicas nos meses de abril e maio em parceria com o Ban-co de Alimentos do Rio Grande do Sul e a Escola de Educação Infantil Metodista (CACIM), como relata Eliane da Rosa So-ares, uma das funcionárias da Escola.

A secretária da Igreja em San-tana do Livramento/RS, Maris-tela Stocher, contou que o mi-nistério de ação social também realizou o trabalho de en-trega de alimentos nesse período de pandemia. “Até agora foram entregues 30 cestas básicas e algu-mas máscaras de pano às pessoas necessitadas”, disse.

Já o Campo M i s s i o n á r i o Distrital em Ere-chim, composto por um templo em Erechim, outro templo em Sertão e um ponto missionário em Getúlio Vargas, op-tou por visitação particular às áreas ecológicas da Igreja em tempos de isolamento social. O Missionário Designado, Bru-no Leite, relatou ao Expositor Cristão que o intuito é ajudar as pessoas a cumprir o isolamento social de uma forma mais leve e saudável.

“Tive a ideia de oferecer às co-munidades circunvizinhas, em especial aquelas que se incluem no grupo de risco, a possibili-dade de usufruírem dos espaços da nossa igreja. Localizado no centro da cidade, o templo em Erechim dispõe de uma área de

“Sim, grandes coisas fez o Senhor por

nós, e por isso estamos alegres”

(Salmos 126.3)

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Solidariedade e compaixão da Igreja durante a pandemia

Várias igrejas metodistas estão fazendo missão mesmo

em tempos de pandemia

9CAPAJunho de 2020 | www.expositorcristao.com.br

Igrejas estão fazendo máscaras, distribuindo cestas básicas e indo às ruas cumprindo o Ide de Jesus.

Em Natal, os/as irmãos/ãs desenvolveram a Metô Pia para ser instalada em alguns pontos estratégicos para cuidar das pessoas que moram nas ruas.

Segundo o pastor, a igreja de Cristo no mundo vive um dos seus maiores desafios nes-se tempo de pandemia. “O que vemos hoje, em boa parte, é um reflexo comportamental do mo-vimento evangélico, que antes mediam suas forças pela quan-tidade de membros e tamanho dos seus templos, que virtu-almente não mais se pode ver. Tudo isso foi substituído por: quantidade de seguidores/as, presença em suas lives… e as-sim os cultos tornam-se seme-lhantes, apenas com diferenças na qualidade da transmissão. O que lamento diante de tudo isso é não poder olhar nos olhos, abraçar minhas ovelhas, orar com elas… Isso virtualmente é impossível”, publicou o pastor em uma rede social.

O pastor destacou exatamen-te o tema da edição de maio do Expositor Cristão, uma Igreja Virtual, mas ressaltou: “Outro aspecto importante é o fato de que seguidores/as migram bem mais rápido virtualmente do que presencialmente, basta ob-servar os/as nossos/as seguido-res/as nas redes sociais, deixam de seguir num piscar de olhos”, finalizou.

Covid-19O ano de 2020 para muitas

pessoas foi de perda de familia-res, amigos/as e de emprego. É um recomeço. Desde o primei-ro registro de suspeita de caso do novo coronavírus, em feve-reiro deste ano, que estamos vivendo tempos de isolamento social. Os números publicados no site oficial do governo Coro-navírus Brasil assustam. São 30 mil mortos/as e mais de 498 mil casos confirmados até o fecha-mento desta edição.

O processo de atualização de dados e casos confirmados pela Covid-19 no Brasil é re-alizado diariamente pelo Mi-nistério da Saúde através de informações oficiais repassa-das pelas Secretarias Estadu-ais de Saúde das 27 Unidades Federativas brasileiras. Os da-dos fornecidos pelos estados são consolidados e disponibi-lizados publicamente todos os dias, em torno das 19h.

O processo de atualização das informações nos municí-pios, estados e na esfera fede-ral é dinâmico e complexo. Os dados informados diariamen-te estão sujeitos a alterações. Analisando uma pluralidade de cada município brasileiro que respeita o porte populacio-nal, a infraestrutura e a orga-nização dos serviços de saúde, além de todos os desafios que uma pandemia de Covid-19 impõe, é possível verificar que haja alterações no número de casos ou casos em que ocorrem erros ou atrasos no repasse das informações.

rário para visitação para passear nas dependências do templo e aproveitar o ar puro e a nature-za, livre das aglomerações e con-tato com as outras pessoas. Só é permitida a entrada de uma pes-soa ou um grupo que more junto de cada vez. Os agendamentos podem ser feitos para as terças--feiras, quintas-feiras e sábados, nos seguintes horários: das 14h às 15h30 e das 15h40 às 17h.

“Acredito que podemos evi-tar doenças emocionais nessas pessoas e, ao mesmo tempo, nos mostrarmos uma igreja cons-ciente e cumpridora do seu pa-pel na cidade onde está”, finali-zou Bruno.

8ª Região EclesiásticaA Igreja Metodista em Novo

Horizonte/GO, juntamente com

a Creche Metodista, situada no mesmo espaço da igreja, há 38 anos atendendo diariamente 80 crianças entre 2 e 6 anos, tem se movimentado nesse período de pandemia com ações sociais para suprir a comunidade.

“Entre abril e maio, com a ajuda de algumas igrejas Me-todistas, conseguimos entregar mais de 50 cestas básicas com-pletas às famílias da creche e da comunidade. Quinzenalmente, por meio da creche e de irmãos/ãs de nossa igreja, temos recebi-do também doações de frutas e verduras da CEASA e produtos de uso e consumo do Sesc Mesa Brasil. Distribuímos primei-ramente kits dessas doações à comunidade e, após atendê-los, distribuímos às famílias que passam na avenida próximo à instituição”, informou Zilene Paula, pastora da igreja.

Remne

A Igreja Metodista Central em Natal/RN já fez parte da pau-ta dos noticiários da TV local algumas vezes pela missão que está desenvolvendo no Nordeste com o Projeto Igreja nas Ruas. O Pastor George Emmerich relata mais um trabalho que está sendo realizado nesse tempo de pande-mia. “Recebemos a doação de uma pia móvel, tecnologia social desenvolvida pela Igreja Meto-dista de Natal. A pia foi instala-da na comunidade Olga Benario, uma das áreas onde atua nossa rede de Felipe Camarão e adja-cências. Cerca de 127 famílias vivem em barracos muito pre-cários e sem acesso a água en-canada. A pia possibilitará que a população da comunidade possa lavar as mãos em água corrente, de forma a prevenir a prolife-ração de Covid-19”, destacou o Pastor George.

“Cada um cuide, não somente dos seus interesses,

mas também dos interesses

dos outros” (Filipenses 2.4)

2.660 m², com churrasqueira, muito verde, árvores frutíferas, hortas, animais que moram e visitam, como os teiús, os jacus, os guaxes, etc. Também na qua-dra vizinha existe uma grande

reserva ecológica cercada cha-mada de ‘mato da comissão’, o que atrai mais espécies nativas”, enfatizou o missionário.

As pessoas que são do grupo de risco podem agendar um ho-

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10 ARTIGO

“O vírus avança no país tendo a seu favor os problemas

estruturais conhecidos:

fragilidades no sistema de saúde, dramas sanitários

e sociais”

Dicas para uma ação pastoral da Igreja em tempos de pandemiaO Brasil vive um momento

delicado de sua história: o enfrentamento da Co-

vid-19, uma pandemia que teve início na China, passou por ou-tros países e chega ao Brasil fa-zendo muitas vítimas. Entre os grupos de risco estão idosos/as, pessoas abaixo da faixa dos 60 anos com comorbidades, grá-vidas e puérperas. Os meses de abril, maio e junho foram pro-jetados pelo Ministério da Saú-de como períodos críticos da pandemia, podendo ultrapassar esse tempo.

O vírus avança no país tendo a seu favor os problemas estru-turais conhecidos: fragilidades no sistema de saúde, dramas sa-nitários e sociais, má distribui-ção de benefícios sociais, além de fragilidades na articulação entre esferas do governo federal, estadual e municipal. Somam--se a isso as crises políticas, tro-cas de ministros da saúde, o fe-nômeno da negação da doença(inclusive entre evangélicos/as),entre outros problemas.

A pastoral em cenários de crises e mudanças: exame de possibilidades

A pandemia alterou sensivel-mente a vida dos/as brasileiros/as e instituições: isolamento social, trabalho home office e uso de ferramentas digitais. As Igrejas Protestantes não fica-ram à margem desses processos; reinventaram-se neste cenário assumindo a pastoral on-line como alternativa de pastoreio das pessoas.

Assim, o presente artigo re-flete sobre o cuidado Pastoral da Igreja em tempos de pan-demia. O termo pastoral aqui aplicado é entendido em seu sentido amplo, a ação do povo de Deus (clérigos/as e leigos/as), que busca cuidar das pessoas e da sociedade em seu cotidiano, sobretudo em tempos difíceis como esse de pandemia. A se-guir, indicações de possíveis intervenções pastorais nesses tempos de Covid-19.

1. Uma pastoral decuidado on-line:igreja e sociedadeComo indicado, o tempopresente é ímpar na história.As tradicionais atividades epráxis de cuidado pastoral daigreja (cultos, Ceia do Senhor,

pregações, aconselhamento pastoral; discipulado, ofício fúnebre, etc.) são reinven-tadas nesse tempo por meio das ferramentas virtuais (te-lefone, celular, internet, redes socais: WhatsApp, Facebook, Instagram, Skype, etc.). Neste cenário, novas formas de ação pastoral surgem: “Webnário” e “Lives”. Fenô-meno esse que pode ser lido criticamente como adequado para esse tempo. E poderá ser,

por um significativo período, a pastoral on-line. Entre os cuidados indica-se que a igre-ja precisa buscar meios cria-tivos e críticos de exercê-la; produzir materiais inclusivos e contextuais, que interajam com as demandas da igreja e da sociedade; envolver os mi-nistérios na pastoral on-line – não só clérigos/as –; e, porfim, vigiar para não reprodu-zir “fake news” ou ideologiasde dominação.

2. Uma pastoralde cuidado aprofissionais desaúde e profissionaisdos serviçosessenciaisEm tempos de pandemia,temos inúmeros/as profis-sionais de áreas dos serviçosessenciais (médicos/as e en-fermeiros/as, policiais, pro-fissionais de supermercados,etc.) que lutam bravamentepara proteger vidas e manter

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“Em tempos de pandemia, temos

inúmeros/as profissionais de

áreas dos serviços essenciais que

lutam bravamente para proteger vidas

e manter uma certa normalidade.

É importante que a Igreja

busque formas de pastorear

esse grupo nesse momento”

5. Uma pastoral aos/às enlutados/asO país convive diariamen-te com a contagem de seusmortos. Os/as familiares dasvítimas do novo coronaví-rus vivem o vazio de nãopoder enterrar seus mortos.Somam-se a isso os outros lu-tos, como perda de emprego,renda e negócios; mobilidade;sentido/esperança; saudadeda convivência com avós/ne-tos/as. Enfim, o sentimentode luto é geral. Pastorear uma

sociedade em luto é tarefa de uma igreja graciosa, compas-siva e terapêutica. A igreja pode fomentar palestras vir-tuais sobre luto e espirituali-dade; criar grupos virtuais a enlutados/as; canais on-line de aconselhamento pastoral; rede terapêutica de apoio a famílias enlutadas.

6. Uma pastoral desentido e esperançaUma análise teológico-pas-toral e social desse contextode pandemia e de horizontesfuturos indica que as doençasemocionais e crises existen-ciais/espirituais podem acom-panhar as pessoas por um lon-go período. A espiritualidadereforça na pessoa a confiançanas forças resilientes da vida.A fé cristã é fonte de hori-

uma certa “normalidade”. Es-ses/as trabalhadores/as, além de conviverem com o perigo da morte, enfrentam duras si-tuações de estresse e preocu-pações com seus/as familia-res. É importante que a igreja busque formas de pastorear esse grupo nesse momento. As ferramentas digitais po-dem ser valiosas para esse fim, assim como a capacita-ção de cristãos/ãs que atuam nesses setores profissionais

de fé e da sociedade. A igreja pode disponibilizar suas ins-talações ao poder público ou ONGs para ações sociais, aju-dar grupos da população vul-nerável, confeccionar másca-ras de proteção e doar para grupos de risco/profissionais dos serviços essenciais, in-centivar a solidariedade e ajudar as pessoas do grupo de risco, etc.

4. Uma pastoral àsfamílias em temposde confinamentoA pandemia e o confinamen-to impuseram novas dinâmi-cas às famílias: pais e filhos/as em casa; cônjuges dividi-dos entre tarefas profissio-nais, educação de filhos/as erelacionamento. Casais sepa-rados tendo que reconfigurarsuas rotinas: guarda compar-tilhada e/ou mudança para acasa de ex-parceiros/as paracuidar dos/as filhos/as. Casais de noivos tendo que cancelarseus casamentos. Cenáriopropício não apenas para ocrescimento relacional, mastambém para o surgimentode crises, conflitos e violênciadoméstica.Assim, uma pastoral fami-liar ganha relevância singu-lar nesse momento. Entre asações possíveis indica-se: 1)lives/palestras e pregaçõesvirtuais sobre família e confi-namento; 2) palestras virtuaissobre violência doméstica; 3)criação de pastoral de su-porte a mulheres vítimas deviolência doméstica; 4) acon-selhamento pastoral virtu-al (individual ou em grupo;específico com noivos/as); 5)palestras virtuais sobre confi-namento e dependência quí-mica (alcoolismo); etc.

zonte de sentido e esperança realista. Nesse cenário, urge a necessidade da construção de uma pastoral que dê sentido e esperança às pessoas e à socie-dade em tempos de pandemia e pós-pandemia.

7. Uma pastoralproféticaOs tempos de crises, comoesse de pandemia, são mo-mentos de muita insegu-rança, distorções e ebuliçãode vozes dissonantes à vida.Discursos econômicos preda-tórios e antivida prevalecem!É preciso discernimento espi-ritual para reconhecer a vozde Deus nesse cenário paranão cair nas armadilhas polí-tico-ideológicas, entre outras.Orientada pelo evangelho, aigreja em missão não pode es-quecer sua tarefa profética noexercício da pastoral.

E o futuro?As ferramentas virtuais têm

sido solução importante para a igreja pastorear as pessoas nesse tempo de pandemia. Todavia, com a flexibilização e o fim das políticas de isolamento social haverá exigência de novas práxis pastorais. Neste futuro incerto, pode ser que as pessoas procu-rem com euforia os cultos ou demais programações da igreja, mas também pode acontecer o inverso: insegurança e fecha-mento para a convivência social.

O certo é que será importan-te para a igreja e sua liderança pastoral fazer leituras responsá-veis da realidade a fim de pro-por práxis pastorais relevantes em um novo cenário: “o novo normal”. Em especial, a igreja terá que ter cuidado para não ser um vetor de contaminação da Covid-19.

Também será importante conjugar cultos e/ou outras programações presenciais com transmissão on-line, entre ou-tras ações virtuais para aquelas pessoas impedidas da convi-vência social ou inseguras de frequentar espaços públicos. Por fim, que os legados da pas-toral on-line não sejam esque-cidos em um novo cenário e a igreja em sua práxis pastoral continue sendo sinal de fé re-siliente, solidariedade, graça e esperança às pessoas dentro e fora da igreja!

Márcio Divino de OliveiraPastor na Metodista Vila Planalto, em São Bernardo do Campo, e professor na área de Teologia Pastoral, concentração em Missiologia, na Fateo.

*Esta matéria é uma síntese do artigo: Cuidado pastoral da Igreja em tempos de pandemia: Covid-19, de autoria de Márcio Divino de Oliveira e publicado na revista CAMINHANDO, v. v. 25, p. 257-276, 2020. Disponível em : https://www.metodista.br/revistas/revistas-metodista/index.php/Caminhando/article/view/10336/7240 > acesso em : 17 maio 2020.

para darem suporte espiritual a seus/as colegas.

3. Uma pastoralsolidária ecompassivaA igreja está de portas fecha-das, mas não a igreja orgâ-nica – corpo vivo de Cristo,formado por fiéis discípulos/as. Essa é uma especial opor-tunidade para o exercício dasolidariedade, ajuda aos/àsmais carentes da comunidade

“Famílias vivem momentos de

isolamento social em tempos de

pandemia”

ARTIGO

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12 MISSÃO

Bispo honorário Geoval Jacinto da Silva foi um dos pioneiros do metodismo em Petrolina.

Templo metodista em Petrolina na inauguração.

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Igreja Metodista em Petrolina adquire terreno em Jatobá“E tudo o que fizerem, seja em palavra, seja em ação, façam em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Colossenses 3.17)

Em meio a relatos de “en-fermidade e morte”, pro-vocados pelo coronavírus,

temos uma notícia de vitória e gratidão a Deus, porque hoje re-cebemos a Escritura da proprie-dade do Jatobá, em Petrolina/PE, com Registro no 2º. Car-tório de Imóveis de Petrolina, Protocolo 8654, de 4 de maio de 2020, em nome da Associação da Igreja Metodista. Deus seja louvado!

HistóriaA aquisição desta proprieda-

de é fruto de uma “revelação que Deus” nos concedeu em maio de 2014, para adquirirmos um terreno em uma avenida bem localizada, onde seria constru-ída a Igreja Metodista Central em Petrolina. Assim, surgiu um terreno ao lado do espaço onde nos reuníamos para o culto a Deus. Olhamos várias vezes o terreno, com vontade de adqui-ri-lo. Foi colocada uma placa de venda, e na oportunidade co-nheci os proprietários, Ismael e Israel. Falamos em comprar o terreno, entretanto, a Missão não tinha recursos para isso.

Em agosto de 2015, os pro-prietários começaram a cons-trução de um galpão para alu-gar para uso comercial, 260 m2. Quando soubemos da notícia ficamos tristes. Entretanto, os planos de Deus eram melho-res do que os nossos, o galpão foi construído, um empresário da cidade mostrou interesse pelo aluguel do espaço. Porém, no mês de dezembro de 2015, fomos avisados pelas irmãs Francyelly e Glória, vizinhas da Missão, que o interessado havia desistido do aluguel. Louvado seja Deus!

Imediatamente iniciamos o diálogo com os proprietários e alugamos o galpão. Preparamos o que foi possível e, em março de 2016, ocupamos o local, com um sentir no coração de que o próximo passo seria a compra.

Em junho de 2018, demons-tramos interesse de compra, e os proprietários definiram o preço e as condições de paga-mento. Assim, começamos uma campanha de oração e financei-ra. A Campanha “Tudo Vem de

PARA VISITAR OU APOIAR A MISSÃO EM PETROLINA:Petrolina Av. João Pernambuco, 171 - Jatobá nº10, Rua “C” 134

Juazeiro Av. Chefic Choury, 1596

Ao lado da caixa de água do bairro Antônio Guilhermino

(87) 8873-2625/ (87) 99639-7036 [email protected]

Capelania Militar desenvolve ações no Exército Brasileiro

Neste tempo de pandemia, as capelanias militares têm trabalhado para pro-

mover a esperança e o conforto espiritual da família militar nos lares e nos quartéis de nossa na-ção. O Reverendo Hugo Gonçal-ves de Freitas, pastor da Igreja Metodista na 5ª Região Eclesi-ástica e 2º Tenente Capelão do Exército Brasileiro, compartilha uma das mensagens que têm sido ministradas aos/às nossos/as mi-litares nestas semanas de crise.

No ano da morteIsaías 6.1-3,8 1No ano da

morte do rei Uzias, eu vi o Se-nhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. 2Se-rafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. 3E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exér-citos; toda a terra está cheia da sua glória. 8Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.

O texto bíblico inicia-se de modo forte: no ano da morte. Infelizmente, o ano de 2020 será marcado para muitos/as como o ano da morte de entes queridos, perda de empregos, falência de empresas, quebras de relacio-namentos, paralisação dos es-tudos e da carreira, enfim, um ano marcado pela crise.

Mas, em um ano marcado pela morte, o profeta Isaías teve um encontro com Deus, a maior experiência com o Se-nhor de sua vida. Eu creio que neste tempo de crise, teremos grandes revelações de Deus ao seu povo, à Igreja de Cristo.

E a visão do profeta, ou seja, a forma como Deus se mani-festou a ele, não foi de qualquer

missionária” colocada em nosso coração, que deu ori-gem à Igreja Metodista Cen-tral em Petrolina/PE.

Bispo Geoval e irmã VeraMissionário em Petrolina/PE

maneira: “eu vi o Senhor assen-tado sobre um alto e sublime trono”. Mesmo diante da crise, no ano da morte, o céu não está em crise, O Senhor dos Exérci-tos continua reinando sobre um alto e sublime trono. O Coman-do do universo não está vago, o trono não está vazio, Deus está no controle de tudo!

E os serafins ainda revelam que aquele que está assentado no trono é o Senhor dos Exér-citos. O Exército Brasileiro tem uma frase que sintetiza sua ação: braço forte e mão amiga. Assim também é o nosso Deus e pai de nosso senhor Jesus, com mão amiga nos acolhe, cuida e ama, enquanto com braço forte se levanta para nos proteger e lutar por nós!

Mas o fato de Deus estar rei-nando não significa que não precisemos fazer nada, o cha-mado urge: A quem enviarei e quem há de ir por nós? Hoje o chamado de Deus continua ecoando: A quem enviarei neste ano marcado pela morte?

Assim como o/a militar é treinado/a para a adversidade, a Igreja de Jesus se prepara para ser corpo de Cristo, especial-mente, no dia mau. Então, so-mos chamados/as para a nação brasileira, para nossa família, para os/as que sofrem e que pos-samos responder como Isaías: eis-me aqui, envia-me a mim!

Contudo, é impossível cumprir um chamado de Deus sozinho. Por isso, mais do que nunca, pre-cisamos estar unidos/as uns/as aos/às outros/as e ao Senhor dos Exércitos, somando forças, for-talecendo o cansado, animando, curando e restaurando o povo de Deus espalhado sobre a face da Terra. Que o Senhor dos Exérci-tos nos abençoe. Em Cristo!

Rev. Hugo G. FreitasCedido pela 5ª RE para servir nas Forças Armadas como Capelão Militar

Ti, Senhor” teve início em outu-bro de 2018, com a finalidade de arrecadar R$ 200.000,00 (Du-zentos mil reais), para comprar a propriedade à vista.

Deus nos abençoou e, com a participação da Missão, paren-tes, pessoas amigas, irmãos/ãs na fé e o apoio especial da Terceira Região - SP, em outubro de 2019, realizamos um Cul-to de gratidão a Deus, consagramos os recursos arreca-dados e realizamos a compra da pro-priedade. Amém! Agora, vamos para a fase da legaliza-ção da construção, junto à Prefeitura e outros órgãos.

Essa é a história de uma “revelação

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13SÉRIE

A didática de Wesley sobre a SalvaçãoA salvação sempre foi o

tema central nos en-sinos de John Wesley,

em suas práticas e em toda sua vivência religiosa. Seu zelo pela salvação começa por sua própria vida; não somente pela sua, mas por todas as almas viventes que Deus criou para que, por meio delas, seja Ele, Deus, glorificado. Wesley cuidava em fazer tudo o que diz res-peito à piedade, misericór-dia, justiça e caridade, visan-do à salvação, mesmo não a sentido, não a tendo como certa, ou seja, não sentia essa alegria, em razão de sua consciência, o fazer, o per-ceber que faltava algo além, apesar de seus esforços. A plena confiança e o fervor de estar salvo em Cristo, que ele percebia em outros/as contemporâneos/as, era o que ele tanto buscava sentir e viver (Sl 51.12).

No entanto, ainda que vi-venciasse essa crise de cons-ciência, sua facilidade de

No Concílio Geral rea-lizado em 1930 houve uma proposta quanto

à ordenação de mulheres na Igreja Metodista, mas não foi aprovada. Todavia, a ordem das diaconisas foi criada em 1946, tornando-se lei canônica em 1954. Somente na sessão da tar-de do dia 20 de julho de 1970, em Belo Horizonte/MG, que o X Concílio Geral da Igreja Me-todista decidiu que fosse aceita a ordenação de mulheres. A pri-meira presbítera ordenada foi a Revda. Zeni Lima Soares, em 1974.

No Concílio Geral de 1997, pela primeira vez na história, temos a presença de três candi-datas ao episcopado, sendo elei-ta, em julho de 2001, durante o XVI Concílio Geral, a primeira episcopisa da Igreja Metodista, a Revda. Marisa de Freitas Fer-reira. Hoje, mais de sessenta por cento dos membros da Igreja Metodista no Brasil são mulhe-res. Destas, aproximadamen-te 400 mulheres (presbíteras e pastoras) exercem o ministério pastoral.

OUTROS MINISTÉRIOS

Quanto ao Ministério Pasto-ral Feminino no Brasil, pode-mos ainda informar que his-toricamente as Igrejas foram acolhendo e reconhecendo o ministério pastoral, conforme relação a seguir:

Exército de SalvaçãoA primeira pregadora no Bra-

sil foi Stella De-lisle Miche, ofi-cial e logo ministra, que chegou ao Rio de Janeiro no dia 8 de maio de 1922.

Igreja do Evangelho Quadrangular

Fundada por uma evangelis-ta, Aimee Semple McPherson, tem prestigiado as mulheres no ministério da pregação. No ano de 1958, seis ministras foram ordenadas.

Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB)

A primeira pastora a assumir congregação na IECLB foi Rita Marta Panke, formada pela EST em julho de 1976.

Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB)

O Sínodo realizado em junho de 1984 aprovou a ordenação feminina na IEAB, sendo orde-nada a primeira presbítera em

O ministério pastoral feminino na Igreja Metodista

maio de 1985 – Carmem Etel Alves Gomes. Outra conquis-ta importante foi a eleição, na Catedral da SS. Trindade Porto Alegre, da primeira deã brasi-leira, a Revda. Marinez Rosa dos Santos, em janeiro de 1999. É mais um marco histórico na caminhada do ministério femi-nino ordenado do Brasil.

Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (IPI)

O Supremo Concílio da IPI aprovou, no dia 28 de janeiro, o ingresso das mulheres ao Mi-nistério Presbiteral Feminino, podendo atuar como pastoras e presbíteras. Essa lei entrou em vigor no dia 3 de fevereiro de 1999.

Igrejas Pentecostais No que diz respeito às Igre-

jas Pentecostais, destacamos a Congregação Cristã e a As-sembleia de Deus, que inicia-ram seus trabalhos em 1910 em território brasileiro. As mulhe-res também estiveram desde a nascente dessas Igrejas, mas em relação ao ministério feminino consta que na primeira Con-venção Geral das Assembleias de Deus (CGADB), realizada de 5 a 10 de setembro de 1930, foi feita uma solicitação por Gun-nar Adolf Vingren para ordenar as mulheres.

As mulheres da Assembleia de Deus podem assumir cargos no Círculo de Oração, também podem ser consagradas ao Dia-conato e assim receber autori-zação para organizar o culto e distribuir a ceia, e atuar na área social. Há algumas que atuam como missionárias.

Mas para o exercício do mi-nistério pastoral há muitas difi-culdades, por exemplo, na Con-venção Geral de 2001, realizada

apoiado pela esposa, mas ne-nhum dos dois poderia imagi-nar o que aconteceria durante a cruzada da “Convenção Nacio-nal das Assembleias de Deus do Brasil, Ministério Madureira”, com uma multidão por teste-munha. (…) Cassiane e Jairinho foram consagrados, pelo Bispo Manoel Ferreira (Presidente das Assembleias de Deus - Madu-reira do Brasil), pelo Pr. Reve-rendo Samuel Ferreira (Pastor Presidente da AD-Madureira do campo de Campinas - SP) e pelos Pastores Presidentes pre-sentes”.

Certamente há muitas histó-rias a serem contadas: mulheres que enfrentaram obstáculos para anunciar o Reino de Deus, que encararam as mais diver-sas situações, deixando as suas marcas e nos desafiando a con-tinuar a trajetória, na certeza de que o Deus da Vida nos renova a força para prosseguir nos ca-minhos da Missão!

/// Artigo adaptado da Revista Cami-nhando v. 16, n. 2, p. 31-40, jul./dez. 2011 - Para ler o artigo completo com as referências acesse www.expositorcristao.com.br

Pra Margarida Fátima Souza RibeiroProfessora na Fateo e Pastora em Santa Isabel/SP

de 15 a 19 de janeiro de 2001, consta que a sessão plenária da manhã de 17 tratou inicialmen-te de assuntos relacionados ao batismo nas águas e sua aplica-ção conforme a Bíblia. Um dos temas mais esperados foi o que

tratou da aceitação do pastora-do para as mulheres. A votação foi rápida e fulminante, sendo rejeitada por maioria esmaga-dora de votos. Dos cerca de 2,5 mil ministros presentes à ses-são, apenas 3 foram favoráveis à ordenação de pastoras.

Em meio às controvérsias, ocorreu, em 2005, a consagra-ção da primeira pastora as-sembleiana. No site oficial da cantora Cassiane está descrito como ocorreu a consagração. “No último dia 23, ao ser con-sagrada pastora ao lado de seu marido, Jairinho, Cassiane também entrou para a história da Assembleia de Deus. Ao ser consagrada a primeira pastora da denominação centenária, a cantora quebra um dos maiores tabus da instituição: o pastora-do feminino. Cassiane foi pega de surpresa. Jairinho já vinha se preparando para assumir o pastorado há um ano, sempre

comunicar a salvação, expor sua mensagem de libertação às almas, era muito produtiva. Sua didática era prática, ia ao encontro das necessidades da sociedade; e, apesar de muitos/as opositores/as, não se can-sava em procurar libertar os/as oprimidos/as de suas maze-las, visando à sua necessidade biológica, integridade social e liberdade/libertação espiritual.

Tudo isso tornou-se mais in-tenso e eficaz a partir do mo-mento em que sua comunhão com o Salvador Jesus Cristo

marcou sua vida. E isso deu--se por ouvir a Palavra com fé e perceber seu coração ar-der, aquecer-se pela presença da graça, pelo Espírito Santo. Desde então, suas mensagens tornaram-se mais vivas do que nunca, deixando um legado no reino de Deus, até mesmo para os dias atuais, alcançando o “mundo”, sendo referência de vida espiritual e eclesiástica.

Seu método de ensino preva-lece até o tempo presente, não só pela sua boa didática, mas por ter sido dirigido pela sabe-doria de Deus e pela unção do Espírito Santo.

Que possamos seguir pela fé em Deus e seu Filho Jesus Cris-to, na mesma devoção e fervor do Espírito, e no espírito, ado-rando, amando e servindo com todas as nossas forças ao Se-nhor, nosso Deus.

Venhamos, pois, viver não apenas relembrando a história de Wesley, mas vivendo com o coração aquecido intensamen-te. Para que, assim como ele, nossos frutos possam glorificar a Deus e deixarmos um bom le-gado para as gerações do futuro. Amém!

“A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão” - John Wes-ley.

Admilson Araujo LeitePastor na Igreja Metodista em Avaré /SP

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MÍDIA

PALAVRA EPISCOPALHá algum tempo a Igreja tem sido desafiada a encarar a internet como um grande campo missionário. Movidos pelo desejo de pregar o evangelho, como o único caminho capaz de transformar a realidade do homem e da mulher aqui na Terra, nós temos sempre procurado caminhos que facilitem essa ação de pregar a Palavra de Deus.

EC DE ABRIL:Nos últimos dois meses, as igrejas, de modo geral, reinventaram-se devido à pandemia da Covid-19, que já deixou 5,1 mil mortos e 73,5 mil casos confirmados somente no Brasil até o fechamento desta edição. As redes sociais ganharam seu espaço. Lideranças clérigas e não clérigas foram para a internet assistir ou fazer as lives.

O QUE FOI DESTAQUE NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO

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GIRO DE ExpositorCristão

DIÁLOGO EM TEMPOS DE CRISE A Igreja Metodista iniciou uma série de diálogos, que pretende trazer os depoimentos das princi-pais lideranças atuais e históricas da Igreja. Considerando o mo-mento de crise devido à Covid-19, a mudança que igrejas, famílias e comunidades enfrentam, o pri-meiro episódio da série fala sobre esse tema.

MISSÃO TAPEPORÃ A 5ª Região Eclesiástica iniciou uma Campanha para aquisição de cinco mil máscaras, sendo mil delas doadas para a Missão Metodista Tapeporã, em Dourados/MS. É possível doar pelo site regional ou fazer depósito em conta do Bradesco. Agência: 02886, Conta: 0007475-6, Associação Igreja Metodista CNPJ: 03.547.733/0001-39.

CORAÇÃO AQUECIDO No ano de celebrar o tema da Unidade, tornou-se necessário o afastamen-to. O mundo clama por esperança e a Igreja responde. Com corações estranhamente aquecidos, discípulas/os nos caminhos da missão, mesmo em distanciamento, vivem em unidade, transmitindo, dialogando, sendo uma igreja digital, que ajuda, informa e ora.

COLÉGIO EPISCOPAL: Os/as bispos/as foram surpreendidos/as recen-temente com informações acerca de uma acusação de estupro feita contra um

pastor metodista através das redes sociais. Com a publicação de um vídeo, uma mulher afirma ter sido vítima deste tipo de violência. Diante de toda mobilização gerada em torno do ocorrido é que nos dirigimos à Igreja.

ATO COMPLEMENTAR: O Colégio Episco-pal da Igreja Metodista publicou o Ato de Governo 001/2020 no final de maio. O documento diz respeito às reuniões por video-conferências de todas as

instâncias da Igreja. Normalizado o funcionamen-to de cartórios e órgãos competentes, os registros notariais das atas devem ser retomados, quando for o caso.

AS MATÉRIAS MAIS ACESSADAS NO PORTAL EXPOSITOR CRISTÃO

RÁPIDAS

MAIS LIDAS

NOTÍCIAS

Os/as mais empobrecidos/as sentem mais de perto, logo e com mais intensidade os efeitos de uma quarentena. Eu sempre me admiro que as pessoas que dispõem de muito pouco logo

aprendem o milagre da multiplicação dos recursos, que acontece na partilha

DIA 9 DE JUNHO: DIA DO ECRedação

O jornal oficial da Igreja Me-todista no Brasil – Exposi-tor Cristão – também tem um dia a ser comemorado: 9 de junho. São 134 anos de história. O Expositor Cristão foi fundado em 1º de janei-ro de 1886 pelo missionário norte-americano John James Ranson. É também o jornal protestante brasileiro mais antigo ainda em circulação. Tem a missão de informar com credibilidade e respon-sabilidade todas as pessoas cristãs, em especial, o povo chamado metodista. É vence-dor de quatro prêmios Areté.O periódico aspira a conti-nuar sendo um jornal cris-tão de referência para todas as pessoas cristãs e para a sociedade brasileira. Dessa forma, queremos anunciar os valores do Reino de Deus de forma clara, transparente e imparcial. Nossa inspiração está no compromisso com a verdade dos fatos, a máxima do jornalismo.Estamos alicerçados nos princípios éticos e cristãos para cumprir nossa missão com foco na credibilidade e compromisso com as pes-soas cristãs, sobretudo com o povo metodista. Para tal, trabalhamos em espírito de equipe, unidade, respeitan-do sempre as diferenças e as opiniões de nossos/as leito-res/as, que fizeram, e fazem, do jornal Expositor Cristão um marco na sociedade bra-sileira.Valorize o jornal Expositor Cristão. Divulgue, comparti-lhe e promova nosso jornal.Acesse: /// expositorcristao.com.br

BISPA HIDEIDE BRITO TORRES | 8ª REGIÃO ECLESIÁSTICA

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Jornal Oficial da Igreja Metodista | Fevereiro de 2020 | ano 134 | nº 2

Distribuição Gratuita

PASTORAL Colégio Episcopal

publica Carta

Pastoral sobre

unidade! Página 4

IGREJA E SOCIEDADE: Metodistas se mobilizam para ajudar vítimas da chuva em MG e ES. Página 10

EXPOSITOR CRISTÃO, ELEITO O MELHOR JORNAL CRISTÃO DO BRASIL E PREMIADO NA ARETÉ 2019

Página 8

Entenda seu

signifi ca e dicas para o período litúrgio

QUARESMA

INTERNACIONAL

Metodistas receberão

Prêmio Mundial da

Paz Metodista.

Página 7

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Jornal Oficial da Igreja Metodista | Março de 2020 | ano 134 | nº 3 Distribuição Gratuita

DOUTRINA Metodistas e suas crenças fundamentais. Página 13

CELEBRAÇÃO: “Levante-se! Pegue sua cama e ande”: tema do Dia Mundial de Oração. Página 12

EXPOSITOR CRISTÃO, ELEITO O MELHOR JORNAL CRISTÃO DO BRASIL E PREMIADO NA ARETÉ 2019

JOVENS Juventude planeja ações para 2020!Página 5

As ações das mulheres no Novo Testamento

E A MISSÃO

Página 8

Mulheres

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02/03/2020 14:1402/03/2020 14:14

Jornal Oficial da Igreja Metodista | Janeiro de 2020 | ano 134 | nº 1

Distribuição Gratuita

CONCÍLIOS Veja como foram os

concílios regionais.

Página 6

AVIVAMENTO: Hernandes Dias Lopes prega mensagem de avivamento na Sede Nacional. Página 3

EXPOSITOR CRISTÃO, ELEITO O MELHOR JORNAL CRISTÃO DO BRASIL E PREMIADO NA ARETÉ 2019

Página 8

A importância

vital da unidade

cristã

UnidadeUnidadeUnidade

NACIONAL Mulheres

comprometidas

com Deus cuidam

do meio ambiente e

servem em unidade.

Página 5

01_EC_JAN20_VS1.indd 101_EC_JAN20_VS1.indd 1

27/12/2019 15:2427/12/2019 15:24

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15CRIANÇA

Agindo com Amor

Em tempo de pandemia pode-se perceber um mundo necessitado de amor. Um mundo onde pes-

soas se isolaram não porque escolhe-ram isso, mas porque não havia outra solução. E esse isolamento mostrou que nós, cristãos/ãs, podemos fazer a diferença e servir ao Rei estendendo a mão a um/a de seus/as pequeninos/as. Não precisamos ir longe para encon-trar uma pessoa necessitada. Necessi-tada de recursos financeiros e mate-riais e até mesmo alimentos básicos. Porém, há tantos/as necessitados/as de amor, fé, esperança.

É preciso olhar a realidade por to-dos os lados. Se eu posso ajudar fi-nanceiramente, se eu posso dar de vestir, dar de beber, dar de comer,

ótimo! Que eu faça! Porém, muitos/as querem participar dessa rede de so-lidariedade e de amor e nem sempre sabem como. Simples, Jesus nos man-da amar, as barreiras físicas existem, mas há formas de expressar amor por ligações, chamadas de vídeo. Hoje as tecnologias podem nos aproximar de forma maravilhosa e assim levar o evangelho a quem precisa em doses de alegria, companheirismo, inter-cessão.

O importante é não deixar de fa-zer. Movimente-se e sirva a Jesus com seus dons e talentos de forma extraor-dinária e ensine a criança a fazer isso também.

/// Equipe DNTC

“Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? Ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? Ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizeste” (Mateus 25.37-40)

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