IHC - Abordagem geral, processos ou metodologia

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ERGONOMIA INFORMACIONAL E IHC Interação Humano-Computador Rosendy Jess Fernandez Galabo [email protected] @zndgalabo

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ERGONOMIA

INFORMACIONAL E IHCInteração Humano-Computador

Rosendy Jess Fernandez Galabo

[email protected]

@zndgalabo

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MÉTODOS E TÉCNICAS

EM IHCAbordagem geral, processos ou metodologia

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Processos de design de IHC

Uma característica básica dos processos de IHC é a

execução das atividades de forma iterativa, permitindo

refinamentos sucessivos da análise da situação atual e da

proposta de intervenção. Dessa forma, o designer tem

boas oportunidades de aprender mais e melhor tanto sobre

o problema a ser resolvido quanto sobre solução sendo

concebida. (BARBOSA e SILVA, 2010)

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Processos de design de IHC

Geralmente os processos começam analisando a

situação atual. Quando o designer considera ter adquirido

conhecimento suficiente sobre essa situação e

identificado as necessidades e oportunidades de

melhoria e oportunidades de melhoria, ele prossegue

seu trabalho sintetizando uma solução. (BARBOSA e

SILVA, 2010):

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Processos de design de IHC

• Os processos de IHC buscam atender e servir em

primeiro lugar aos usuários e aos demais envolvidos

(stakeholders), e não às tecnologias. Boa parte desses

processo é centrada no usuário, isto é, seguem estes

princípios (BARBOSA e SILVA, 2010):

• Foco no usuário

• Métricas Observáveis

• Design iterativo

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Processos de design de IHC

• Existem vários outras propostas de processo de IHC.

Cada uma privilegia uma forma de pensar, uma

sequência de atividades ou o emprego de certos

artefatos. Propostas existentes:

• Ciclo de Vida em Estrela (Hix e Hartson, 1993)

• Engenharia da Usabilidade de Nielsen (1993)

• Engenharia de Usabilidade de Mayhew (1999)

• Design Contextual (Beyer e Hotlzblatt, 1998)

• Design Baseado em Cenários (Rosson e Carroll, 2002; Carroll,

1995)

• Design Dirigido por objetivos (Cooper et. al. 2007)

• Design Centrado na Comunicação (Barbasa et al. 2004)

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Ciclo de Vida em Estrela

• Foi desenvolvido por Hix e Hartson no início da década

de 1990 e foi um dos primeiros ciclos de vida voltados

para IHC amplamente difundidos. Esse processo é

composto por seis atividades.

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Ciclo de Vida em Estrela

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Engenharia da Usabilidade de Nielsen

1. Conheça seu usuário

2. Realize uma análise competitiva

3. Defina as metas de usabilidade

4. Faça designs paralelos

5. Adote o design participativo

6. Faça o design coordenado da interface como um todo

7. Aplique diretrizes e análise heurística

8. Faça protótipos

9. Realize testes empíricos

10. Pratique design interativo

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Engenharia de Usabilidade de Mayhew

• Análise de requisitos

• Design, avaliação e

desenvolvimento

• Instalação

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Design Contextual

• . As atividades do design contextual são:

• Investigação contextual

• Modelagem do trabalho

• Modelo de fluxo

• Modelo de artefato

• Modelo de cultura

• Modelo físico

• Consolidação reprojeto do trabalho, projeto do ambiente do

usuário

• Prototipação

• Teste com usuários

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Design baseado em Cenários

• Um cenário é uma história sobre pessoas executando uma

atividade.

• Histórias dos cenários estimulam a imaginação da equipe de

design e encorajam a análise de caminhos alternativos.

• Perguntas do tipo “E... Se...” permitem imaginar outros

caminho para a história descrita

• Os cenários também são responsáveis por guiar a avaliação e

descrevem hipóteses sobre o uso da solução de IHC

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Design baseado em Cenários

• As atividades são do design baseado em

cenários são:

• Análise do problema

• Cenários de problemas

• Projeto de uma solução de IHC

• Cenário de atividade

• Cenário de informação

• Cenário de interação

• Prototipação

• Avaliação da solução proposta

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Design baseado em Cenários

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Design dirigido por objetivos

• Design dirigido por objetivos orienta o designer a projetar

uma solução de IHC criativa que apoia os usuários em

atingirem seus objetivos.

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Design centrado na comunicação

• Base teórica a engenharia semiótica.

• O diferencial desse processo consiste em nortear esforços de design desde o início do processo pelas dúvidas que os usuários costumam ter durante a interação

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Design centrado na comunicação

• Base teórica a engenharia semiótica.

• O diferencial desse processo consiste em nortear esforços de design desde o início do processo pelas dúvidas que os usuários costumam ter durante a interação

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Atividades básicas do design de IHC

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Estabelecer requisitos

• Técnicas de coleta de dados

• Questionários

• Entrevistas

• Grupos de foco

• Observação natural

• Estudo da documentação (logs, regulamentos)

• Análise de usuários

• Análise da tarefa

• Análise competitiva

• Compreender contexto atual

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Estabelecer requisitos

• Técnicas de coleta de dados

• Questionários

• Entrevistas

• Grupos de foco

• Observação natural

• Estudo da documentação (logs, regulamentos)

• Análise de usuários

• Análise da tarefa

• Análise competitiva

• Compreender contexto atual

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Estabelecer requisitos

• Uma boa maneira para obter informações contextuais e

gerar ideias que podem se tornar requisições é conduzir

uma análise heurística (UNGER e CHANDLER, 2009)

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Avaliação heurística

• A avaliação heurística é um método informal de

inspeção de interfaces onde especialistas de

usabilidade julgam cada elemento da interface com

usuário, tendo como referência princípios heurísticos

de usabilidade comumente aceitos. (SANTOS, 2004)

• O termo “avaliação heurística” em IHC foi introduzido por

Jakob Nielsen e Rolf Molich no início da década de 1990,

quando propuseram um método através do qual o

projetista aplica um número de princípios, ou heurísticas,

ao projeto. (SANTOS, 2004)

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Avaliação heurística

• Por ser uma ferramenta geral, a avaliação heurística

pode ser aplicada em qualquer estágio do

desenvolvimento do projeto, desde antes da prototipagem

até após a implementação.

• A avaliação heurística é um meio bastante eficaz para

aumentar a usabilidade de uma interface.

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Avaliação heurística

• O procedimento para aplicação do método de avaliação

heurística é composto pelas seguintes etapas:

1. Reunir um grupo de especialistas para executar a

avaliação. Nielsen, após alguns estudos, relatou que o

número suficiente de avaliadores para detectar

grande número de problemas de usabilidade pode

variar entre três e cinco.

2. Avaliar a interface isoladamente e posteriormente,

comparar os achados. A avaliação isolada é importante

para evitar que os achados de um sejam influenciados

pelos de outro avaliador da interface.

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Avaliação heurística

• O procedimento para aplicação do método de avaliação

heurística é composto pelas seguintes etapas:

3. Esta etapa consiste em recolher o feedback da parte

dos avaliadores. As formas como os avaliadores darão

resposta sobre seus achados podem ser:

• Relatório estruturado – Onde são compiladas todas

as notas e relacionados os achados da avaliação no

relatório. Entretanto, a redação de um relatório

estruturado pode levar muito tempo.

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Avaliação heurística

• O procedimento para aplicação do método de avaliação

heurística é composto pelas seguintes etapas:

3. Esta etapa consiste em recolher o feedback da parte

dos avaliadores. As formas como os avaliadores darão

resposta sobre seus achados podem ser:

• Registro de verbalizações – Pressupõe a presença de

alguém para tomar nota das falas do avaliador durante

o processo. Tem como vantagem a possibilidade de

descobrir problemas que poderiam ser encobertos no

caso do avaliador por si só tivesse que tomar nota de

tudo. Também comentários não estruturados podem ser

captados.

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Avaliação heurística

• O procedimento para aplicação do método de avaliação

heurística é composto pelas seguintes etapas:

3. Esta etapa consiste em recolher o feedback da parte

dos avaliadores. As formas como os avaliadores darão

resposta sobre seus achados podem ser:

• Relatório segundo categorias – As categorias de

problemas devem ser estabelecidas e apresentadas

aos avaliadores antes do início do trabalho de

avaliação. Apesar de ser mais fácil de analisar, este tipo

de resposta pode deixar de lado alguns problemas que

outras formas de relatório poderiam encontrar.

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Avaliação heurística

• Os relatórios onde constam os problemas observados,

deve-se apresentar uma escala de avaliação onde os

problemas serão graduados de acordo com o nível de

gravidade. Nielsen (1999) estabeleceu uma escala que

varia de 0 a 4 para ser usada na determinação do grau

de gravidade de problemas de usabilidade.

0 Não é encarado necessariamente como um problema de

usabilidade.

1 Problema estético. Não necessita ser corrigido, a menos que haja

tempo disponível.

2 Problema menor de usabilidade. Baixa prioridade para sua correção

3 Problema maior de usabilidade. Alta prioridade para sua correção.

4 Catástrofe de usabilidade: imperativo corrigi-lo.

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Avaliação heurística

• Deve-se também apresentar a listagem de todos os

problemas encontrados por todos os avaliadores.

• Cada problema deve ser descrito de maneira clara e

com razoável profundidade, inclusive com imagens

ilustrativas das ocorrências.

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Avaliação heurística

• Importante notar que cada avaliador deve fornecer

graus individuais de gravidade para todos os

problemas mesmo os que foram encontrados por outros

avaliadores.

• A partir da atribuição dos níveis de gravidade aos

problemas observados é possível montar um quadro que

determinará quais ações deverão ser tomadas para a

correção dos erros que afetam a usabilidade da

interface.

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Teste de usabilidade

• O teste de usabilidade é um método empregado na

ergonomia e na interação humano-computador, para

testar e avaliar a usabilidade de produtos e sistemas, a

partir da observação dos usuários durante a interação.

(SANTA ROSA e MORAES 2008).

• Baseia-se em uma combinação de técnicas que

incluem observação, questionários, entrevistas e testes

com usuários (PREECE, ROGERS e SHARP, 2005).

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Teste de usabilidade

Um produto interativo como um website, geralmente é melhor

avaliado em laboratório, uma vez que tal ambiente permite aos

avaliadores controlar aquilo que desejam investigar (PREECE,

ROGERS e SHARP, 2005).

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Teste de usabilidade

Page 34: IHC - Abordagem geral, processos ou metodologia

Teste de usabilidade

Page 35: IHC - Abordagem geral, processos ou metodologia

Teste de usabilidade

• Nos testes de usabilidade podem ocorrer amplas

variações sobre como é conduzido, mas, em geral, todos

os testes compartilham cinco características (SANTA

ROSA e MORAES 2008) :

• Objetivo principal.

• Os participantes representam usuários reais.

• Os participantes executam tarefas reais.

• Observa-se e registra-se o que os participantes

fazem e dizem.

• Analisam-se os dados, diagnosticam-se os

problemas reais e, então, recomendam-se

alterações para consertar tais problemas.

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Teste de usabilidade

• Nos testes de usabilidade podem ocorrer amplas

variações sobre como é conduzido, mas, em geral, todos

os testes compartilham cinco características (SANTA

ROSA e MORAES 2008) :

• Objetivo principal.

• Os participantes representam usuários reais.

• Os participantes executam tarefas reais.

• Observa-se e registra-se o que os participantes

fazem e dizem.

• Analisam-se os dados, diagnosticam-se os

problemas reais e, então, recomendam-se

alterações para consertar tais problemas.

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Teste de usabilidade

• O processo de condução do teste segue as seguintes

etapas (BADRE, 2002):

• Planejamento do teste (determinar o objetivo do teste e as

tarefas).

• Organização dos materiais (site, script do teste, formulários de

consentimento, e outros materiais).

• Preparação do local (equipamento, sala e local).

• Teste piloto (com um ou dois colaboradores).

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Teste de usabilidade

• O processo de condução do teste segue as seguintes

etapas (BADRE,2002):

• Recrutamento dos usuários (selecionar e agendar as horas de

teste).

• Condução do teste

• Análise dos resultados (Revisar os problemas encontrados,

priorizar os problemas baseados na frequência, severidade e

identificar as soluções possíveis).

• Correção do site (fazer as alterações modificadas e testar mais

uma vez).

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Teste de usabilidade

• De acordo com Badre (2002), a usabilidade tem como

medidas os seguintes fatores:

• Tempo de aprendizagem

• Tempo de execução

• Número e tipos de erros

• Facilidade de relembrar

• Satisfação, preferências, opiniões e atitudes (medidas subjetivas).

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Teste de usabilidade

• Segundo Dumas e Redish (1999) a análise dos dados em

qualquer teste de usabilidade sempre inicia com a

descrição das características dos dados, como:

• Frequência dos resultados, tais como o número de erros que

ocorrem na tarefa.

• Resultados específicos, como a média ou mediana do tempo de

uma tarefa.

• Grau de variabilidade dos resultados, tais como a faixa de tempo

para a realização da tarefa.

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Usabilidade

• De acordo com a ISO 9241-11, a usabilidade é uma

medida na qual um produto pode ser usado por usuários

específicos para alcançar objetivos específicos com

eficácia, eficiência e satisfação em um contexto

específico de uso.

EFETIVIDADE

EFICIÊNCIA

SATISFAÇÃO

USABILIDADE

Usuários específicos

Tarefas específicas

Ambientes específicos

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Teste de usabilidade

Normalmente, deve-se fornecer pelo menos uma medida

para eficácia, eficiência e satisfação

1. Eficácia - Medida que envolve acurácia e completude

com os quais usuários alcançam objetivos específicos.

2. Eficiência - Medida que relaciona nível de eficácia

alcançada no dispêndio de recursos.

3. Satisfação - Resposta do usuário quando interage

com algum sistema.

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UsabilidadeObjetivos de

usabilidade

Medidas de

eficácia

Medidas de

eficiência

Medidas de

satisfação

Usabilidade

Global

Porcentagem de

objetivos

alcançados

Tempo para

completar uma

tarefa

Escala de

satisfação

Porcentagem de

usuários

completando a

tarefa com sucesso

Tarefas

completadas por

unidade de tempo

Frequência de uso

Média da acurácia

de tarefas

completadas

Custo monetário

de realização da

tarefa

Frequência de

reclamações

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Referências bibliográficas

• ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 9241-11/1998 - Requisitos Ergonômicos para Trabalho de Escritórios com Computadores: Orientações sobre Usabilidade. Rio de Janeiro, ABNT, 2000.

• BADRE, A.N. Shaping web usability. Boston:Addison-Wesley, 2002. 304p

• BARBOSA, S.D.J.; SILVA, B.S. Interacao Humano-Computador. Editora Campus - Elsevier, 2010.

• DUMAS, J. S.; REDISH, J. C. A pratical guide to usability testing. Portland: Intellect, 1999. 448p.

• SANTA ROSA, José Guilherme; MORAES, Anamaria de. Avaliação e projeto no design de interfaces. 1. Ed. Teresópolis, RJ: 2AB, 2008.

• CYBIS, W. A.; BETIOL, A. H.; FAUST, R . Ergonomia e Usabilidade: conhecimentos, métodos e aplicações. 2. ed. São Paulo: NovatecEditora, 2010. 422p.