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II Encontro Brasileiro de Pesquisa em Cariologia • II EBPC II BRAZILIAN MEETING OF CARIOLOGY RESEARCH 13 a 15 de abril de 2015 FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Bauru/ São Paulo programatico.indd 1 31/03/2015 10:21:55

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II Encontro Brasileiro de Pesquisa em Cariologia • II EBPC

II BRAZILIAN MEETING OF CARIOLOGY RESEARCH

13 a 15 de abril de 2015

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Bauru/ São Paulo

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COMISSÃO ORGANIZADORA

CoordenaçãoProfª. Drª. Ana Carolina Magalhães(FOB-USP) [email protected]. Dr. Juliano Pelim Pessan(FOA-UNESP) [email protected]. Dr. Jonas de Almeida Rodrigues(FO-UFRGS) [email protected]

CientíficoDrª. Cristiane de Almeida Baldini Cardoso(USC/ FOB-USP)Drª. Polliana Mendes Candia Scaffa(FOB-USP)Mª. Lívia Picchi Comar(FOB-USP)

SecretariaDrª. Senda Charone(FOB-USP)CD. Beatriz Martines de Souza(FOB-USP)

SocialDrª. Flávia Mauad Levy(FOB-USP)Mª. Luiza de Paula Silva Cassiano(FOB-USP)

Servidores não docentesAlexsandro Rodrigues(Seção Técnica de Informática - PUSP-B-USP)Camila Medina(Tecnologia Educacional - FOB-USP)Denise Maria Regiani(Assistência Técnica-Administrativa - FOB-USP)

Instituição Responsável

Faculdade de Odontologia de Bauru - Universidade de São PauloAl. Octávio Pinheiro Brisolla, 9-75 – CEP: 17012-901Bauru - SP - Brasil

APOIO

ComercialDrª. Cíntia Maria de Souza e Silva(FOB-USP)

AlojamentoMª. Priscila Maria Aranda Salomão(FOB-USP)

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O desenvolvimento científico determinou, no âmbito da Odontologia, uma mudança de paradigma: a base científica, ao adquirir papel fundamental na tomada de decisão do profissional, foi igualmente responsável por mudanças nas práticas preventivas e terapêuticas de caráter individual e coletivo. Portanto, o contato com pesquisadores de destaque traz benefícios inegáveis à população acadêmica e às empresas parceiras. O processo multiplicador de conhecimento, por sua vez, leva esses conhecimentos à população em geral. A segunda edição do evento científico “Encontro Brasileiro de Pesquisa em Cariologia – II EBPC” foi estabelecida com base no sucesso da edição anterior, na qual tivemos a oportunidade de reunir renomados pesquisadores brasileiros de uma das áreas que mais tem crescido em número de publicações científicas na Odontologia: a Cariologia. Apesar do declínio da prevalência da doença cárie em níveis globais, esta ainda é uma preocupação no nosso país, onde os pesquisadores têm objetivado a realização de pesquisas clínicas e laboratoriais acerca do assunto. Ainda temos o surgimento cada vez mais prevalente das lesões não cariosas (como a erosão dentária), além de lesões hipomineralizadas de difícil tratamento clínico (como a hipomineralização molar incisivo), as quais têm recebido muita atenção por pesquisadores e dentistas. A Organização Européia de Pesquisa em Cariologia (ORCA) reúne anualmente, em diferentes países, pesquisadores de todo o mundo da referida área com o objetivo de promover contatos, favorecendo networking e a troca de experiências, bem como de divulgar resultados das pesquisas que têm sido feitas, atualizando os pesquisadores em relação às novas perspectivas de diagnóstico, prevenção e tratamento das lesões cariosas e não cariosas. Nos últimos

APRESENTAÇÃO

PRAÇA DA PAZ

FOTO: GUILHERME COLOSIO

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encontros da ORCA tem-se constatado presença significativa da delegação brasileira, mostrando o quanto a pesquisa nesta área tem crescido no país. A prova disso, é que o Brasil foi o país de origem dos pesquisadores que mais publicaram nos últimos anos na revista Caries Research, uma das mais conceituadas e com maior fator de impacto da área de Cariologia. Diante disso, destaca-se a importância de se realizar esse encontro de pesquisadores no Brasil, a fim de proporcionar o intercâmbio de conhecimento e favorecer o crescimento das pesquisas nessa área e a integração entre diferentes grupos de pesquisa. Neste sentido, o I Encontro Brasileiro de Pesquisa em Cariologia/ EBPC ocorreu de 6 a 8 de maio de 2013 em Canela/RS, sob organização do Prof. Jonas Rodrigues/ UFRGS, no qual discussões importantes sobre pesquisa nesta área ocorreram e determinou-se a partir de então que este encontro deveria ocorrer a cada 2 anos. Nesta II edição, temos o prazer em recebê-los na Faculdade de Odontologia de Bauru/USP, Bauru/SP.

Sejam bem-vindos!

Promover um espaço de discussão e atualização na área de Cariologia para pesquisadores brasileiros através da organização de simpósios ministrados por convidados e de apresentações orais de trabalhos científicos por demais pesquisadores, com objetivo de divulgar os resultados das pesquisas mais recentes realizadas no país.

Teatro Universitário, FOB/USP, Bauru-SP

Professores universitários, pesquisadores vinculados à Universidade e/ou empresas e discentes de pós-graduação e graduação em Odontologia.

O período do evento é de 13 a 15 de abril de 2015, com a participação de 13 palestrantes, de acordo com os temas dos Simpósios, assim como de 36 pesquisadores/pós-graduandos que apresentarão trabalhos científicos nas diferentes áreas descritas abaixo:

Grupo 1: Currículo em Cariologia nas Faculdades Brasileiras; Grupo 2: Fluoretos; Grupo 3: Microbiologia; Grupo 4: Erosão Dentária; Grupo 5: Diagnóstico e Risco de Cárie; Grupo 6: Epidemiologia e estudos clínicos;Grupo 7: Tratamento da cárie dentária.

Além dos 13 conferencistas convidados foram abertas inscrições para outros 137 participantes, dos quais 36 apresentarão oralmente trabalhos de pesquisa cujos resumos foram selecionados por uma comissão científica. Cada trabalho será apresentado em 5 minutos (3 minutos de exposição oral e 2 minutos para discussão). A apresentação dos trabalhos será organizada de acordo com os dias de palestra de cada grupo. Uma banca examinará os trabalhos escritos bem como as apresentações orais. No terceiro dia acontecerá uma reunião onde deverá ser redigido um relatório contendo os principais resultados, pontos de discussão, além das principais conclusões de cada grupo temático, que deverá ser apresentado em seguida pelos Moderadores. Os trabalhos apresentados serão publicados em Anais (na revista Journal of Applied of Oral Science).

OBJETIVOS

LOCAL

PÚBLICO-ALVO

DINÂMICA DO EVENTO

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150 pessoas

ESTIMATIVA DE PÚBLICO

O evento foi divulgado através de meio impresso (na reunião da SBPqO) e digital ([email protected],www.fob.usp.br/ebpc, facebook e instagram) principalmente entre o público acadêmico das Faculdades de Odontologia de todo o país.

DIVULGAÇÃO DO EVENTO

13/04/15 (SEGUNDA-FEIRA)

12:00-14:00 AlmoçoHall de entrada da FOB(Buffet Márcia & Marô) *entregar convite

CARDÁPIO:APARADOR: Frutas da Estação, Salada de Frutas, Cereais, Granola, Iogurtes, Queijo Mussarela, Queijo Prato, Queijo Minas, Presunto Magro, Peito de Peru, Torta de Frango, Torta de Peito de Peru, Torta de Legumes, Bolo de Cenoura, Bolo de Fubá, Bolo de Laranja, Bolo de Canela, Bolachas Doces e Salgadas, Mini Pães de Queijo, Mini Pães de Queijo Recheados, Mini Croissants Recheados, Mini Brioches Recheados, Mini Sanduíches, Mini Pães de Leite, Mini Pães de Manteiga, Manteiga, Requeijão, Geléias, Petit Fours, Doces, Ovos Mexidos, Bacon Frito, Panini Misto Quente, Panini Cheese Burguer e Mini PizzasMASSA: Rondelli 4 queijos molho rosêBEBIDAS: Café, Capuccino, Leite, Chás (três qualidades), Água, Água com Gás, Refrigerantes, Refrigerantes Diet, Suco de Abacaxi com Hortelã, Suco de Laranja, Suco de Caju, Suco de Maracujá e Suco de Goiaba.

20:00-23:00 Jantar Restaurante “The One” Alameda Octávio Pinheiro Brisolla, 17-59 • 8 quadras da USP - *adesão a parte (R$70,00)

CARDÁPIO:Premium fries, chickens on fire, Ribs BBQ, cheeseburgers slides, pocket salad.BEBIDAS: Chopp Amstel, refrigerante, ice tea, suco Del Valle, água com e sem gásSOBREMESA: Fudge Brownie

PROGRAMAÇÃO SOCIAL

MARIA FUMAÇA • FERROVIÁRIA

FOTO: GUILHERME COLOSIO

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14/04/15 (TERÇA-FEIRA)

12:00-14:00 AlmoçoHall de entrada da FOB(Buffet Márcia & Marô) *entregar convite

CARDÁPIO:APARADOR: Salada Cesar’s, Salpicão de legumes, Lombo na calda de laranja, Fricassê de Frango, Rondelli de presunto e queijo com molho ao sugo, Arroz, Batata palha e Farofa molhada. SOBREMESA: Doces caseiros com queijo fresco.BEBIDAS: Café, Capuccino, Leite, Chás (Três Qualidades), Água, Água com Gás, Refrigerantes, Refrigerantes Diet, Suco de Abacaxi com Hortelã, Suco de Laranja, Suco de Caju, Suco de Maracujá e Suco de Goiaba.

20:00-23:00 Festa de encerramentoRestaurante árabe “Al Dar”Rua Rio Branco, 13-11, Centro *entregar convite

CARDÁPIO: Coalhada, Babganoush, Hommos, Kibe cru, Tabule, Fatuche (Salada com diversas verduras), Rúcula com tomate seco, Mudárdara (arroz com lentilha), Salada caprese, Salada de pasta com legumes, Pão árabe, Esfiha (Carne, Queijo), Lasanha de carne, Canelone de presunto e queijo, Kafta com tomate, Frango grelhado com legumes, Arroz com cabelo de anjo.BEBIDAS: Suco de laranja, refrigerante e água.SOBREMESA: Árabe Surpresa. Bebidas alcoólicas a parte.

PARQUE VITÓRIA RÉGIA

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13/04/15 (SEGUNDA-FEIRA)MANHÃ

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA

8:00-8:30 CURRÍCULO EM CARIOLOGIAProf. Dr. Jonas RodriguesProfessor Assistente de Odontopediatria, UFRGS

ASSOCIAÇÃO ENTRE FLUORETO PROFISSIONAL E CASEIRO PARA CONTROLE DA CÁRIE DENTÁRIA: BASE DE EVIDÊNCIAProf. Dr. Alberto Carlos Botazzo DelbemProfessor Associado de Odontopediatria, FOA/UNESP

Resumo: Apresentação dos resultados do levantamento realizado sobre o ensino da Cariologia nas Faculdades de Odontologia brasileiras bem como as estratégias e estado atual do grupo de discussão acerca das diretrizes internacionais a serem implementadas no ensino da Cariologia.PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Ensino. Instituições acadêmicas

Resumo: O conhecimento científico atual indica que um suprimento constante de baixos níveis de fluoreto, especialmente na interface biofilme/saliva/esmalte, é mais efetivo no controle da cárie dentária em comparação a aplicações em doses mais altas, mas com menor frequência. Considerando a ampla disponibilidade de métodos e veículos fluoretados disponíveis para uso comunitário, para auto-aplicação e para administração pelo profissional, não é incomum que indivíduos e populações estejam expostos a dois ou mais veículos simultaneamente. Com base no mecanismo de ação dos fluoretos, parece razoável se esperar que o uso concomitante de diferentes veículos pudesse aumentar o efeito preventivo dos fluoretos quando comparado ao uso de um único veículo. Entretanto, os

8:30-10:00 FLUORETO

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resultados de meta-análises recentes indicam que o efeito protetor adicional da associação de métodos é de apenas 10% em comparação ao uso de um dentifrício fluoretado sozinho; em acréscimo, muitas das comparações não apresentaram diferenças estatisticamente significativas, o que poderia sugerir que a associação de dois métodos diferentes não apresenta benefício adicional para o controle da cárie. Deve-se ressaltar, entretanto, que a evidência atualmente dis-ponível ainda é escassa e que nem todas as associações de veículos fluoretados foram adequadamente testadas. Além disso, a distribuição polarizada da cárie dentária entre as populações indica que alguns grupos necessitam de terapias mais intensas que grupos menos susceptíveis. Desta forma, mesmo considerando-se que, de forma geral, a associação de duas ou mais modalidades de uso de fluoretos promova apenas um pequeno efeito adicional, parece razoável que tais associações sejam recomendadas para pacientes de alto risco à cárie. Para pacientes de baixo risco, entretanto, além de pouco efetiva, a associação de métodos pode aumentar o risco de possíveis efeitos colaterais. A presente recomendação leva em conta a relação custo/benefício e risco/benefício da possível associação de meios.PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Fluoretos. Prevenção

RELAÇÃO ENTRE CONSUMO DE CARBOIDRATOS E USO FLUORETO NA CARIOGENICIDADE DO BIOFILME DENTÁRIOProfª. Drª. Cinthia Pereira Machado TabchouryProfessora Associada de Bioquímica, FOP/UNICAMP

Resumo: A cárie dentária é uma doença biofilme-dependente, sendo que os microrganismos presentes na cavidade oral se aderem a superfícies duras, como os dentes, formando biofilmes de modo a sobreviver em condições naturais. Em acréscimo, os carboidratos fermentáveis da dieta são os principais fatores ambientais envolvidos na iniciação e desenvolvimento desta doença, que progressivamente se desenvolve em esmalte e dentina como resultado dos episódios frequentes de queda de pH no biofilme exposto ao açúcar. Entre os carboidratos da dieta, sacarose é o mais cariogênico, pois além de ser fermentada pelas bactérias presentes no biofilme dentário, é o único

substrato para a síntese de polissacarídeos extracelulares. Portanto, enquanto o ambiente de baixo pH no biofilme leva a mudanças da microbiota residente para uma mais cariogênica, os polissacarídeos extracelulares promovem alterações na composição e estrutura da matriz dos biofilmes. Além disso, o biofilme dentário formado na presença de carboidratos fermentáveis, como glicose, frutose e sacarose, apresenta baixas concentrações de cálcio, fósforo, e flúor, que são íons envolvidos nos processos de desmineralização e remineralização do esmalte e da dentina. Por outro lado, o papel dos reservatórios minerais no biofilme como uma fonte de íons para o fluido já foi estudado e é bem conhecido na literatura que o biofilme dentário é rico em reservatórios minerais inorgânicos e orgânicos dependentes do pH, os quais podem ser liberados para o fluido do biofilme durante a queda de pH. Assim, a liberação destes minerais pode ser relevante para reduzir as forças para dissolução do mineral dentário. Em acréscimo, sabe-se que diferenças significativas no grau de saturação no fluido do biofilme em repouso de indivíduos livres de cárie e cárie-ativos podem ser explicadas pela composição do biofilme formado, a qual é dieta-dependente. Desta forma, a homeostase na concentração mineral de íons no fluido pode ser influenciada pela condição da formação do biofilme. Em relação ao uso de produtos fluoretados, o íon flúor presente nos mesmos pode se difundir para a saliva, dentes, remanescentes de biofilme, que não foram removidos durante a escovação, por exemplo, e para a mucosa bucal. O flúor presente nos remanescentes de biofilme dentário e na superfície dos dentes é fundamental para interferir no processo de perda e ganho de minerais que ocorre na cárie dentária e mais sobre este assunto será abordado na presente apresentação durante o evento.PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Fluoretos. Placa dentária

Moderador: Prof. Dr. Juliano Pelim Pessan(Professor Assistente de Odontopediatria, FOA/UNESP)

10:00-10:30 Coffee-break

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10:30-12:00MICROBIOLOGIA

USO DE PROBIÓTICOS E FITOTERÁPICOS NO CONTROLE DO BIOFILME CARIOGÊNICO Profª. Drª. Fernanda Lourenção BriguentiProfessor Assistente de Odontopediatria, FOAr/UNESP

Resumo: A cárie dentária é uma doença biofilme-dependente que representa um problema de saúde bucal em todo o mundo. Apesar da disponibilidade de diversos meios de prevenção, o controle químico do biofilme dentário continua sendo um desafio a ser superado. Produtos naturais de origem vegetal ou probióticos têm sido utilizados como fonte de agentes terapêuticos inovadores. O estudo de produtos naturais possibilita a descoberta de novas substâncias a partir do metabolismo secundário das plantas. O uso de probióticos poderia modificar a microbiota bucal a partir da competição com microrganismos envolvidos na etiologia da cárie dentária. No entanto, ainda há desafios a serem superados, especialmente no que se refere à eficácia e segurança dessas formas alternativas. A Organização Mundial de Saúde e o Governo Federal estimulam a avaliação de plantas medicinais. A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterapia foi criada com o objetivo de “garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos”. Probióticos têm demonstrado eficácia na redução de microrganismos acidúricos e acidogênicos envolvidos no processo da cárie dentária. O efeito desses produtos no desenvolvimento da cárie dentária é encorajador, mas mais estudos são necessários para viabilizar sua ampla aplicação. O objetivo dessa palestra será apresentar os principais fitoterápicos e microrganismos probióticos que possuem potencial para serem utilizados como método de controle do biofilme dentário, além de discutir metodologias associadas à bioprospecção e análise da eficácia desses métodos alternativos.PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Fitoterapia. Probióticos

EFEITO DA TERAPIA FOTODINÂMICA ANTIMICROBIANA SOBRE O BIOFILME E A CÁRIE DENTÁRIA Profª. Drª. Iriana Carla Junqueira Zanin dos SantosProfessora Adjunta III de Odontologia, UFC

Resumo: A cárie dentária, intimamente relacionada à presença de biofilme sobre a superfície dos dentes, continua sendo um grande problema na odontologia e deve receber muita atenção na prática diária. Embora tenhamos observado um declínio na prevalência desta condição, ela é uma das doenças crônicas mais prevalentes do mundo, atingindo cerca de 60% a 90% das crianças em idade escolar e quase 100% da população adulta. A terapia fotodinâmica antimicrobiana (PACT) pode representar uma terapia inovadora útil no desenvolvimento de novas estratégias de prevenção e/ou tratamento de doenças infecciosas relacionadas à presença de um biofilme, incluindo a cárie dentária. Estudos prévios têm demonstrado o efeito da PACT em bactérias orais em culturas planctônicas, biofilmes desorganizados e organizados e em lesões de cárie dentinária formadas in vitro e in situ quando a combinação apropriada de fotossensibilizador e luz é utilizada. Avanços obtidos por nosso grupo de pesquisa nos últimos anos têm permitido o estabelecimento de parâmetros seguros e eficazes para a utilização da terapia fotodinâmica antimicrobiana, no entanto o longo tempo necessário de exposição à luz para se obter o efeito antimicrobiano esperado sempre foi um impasse para a realização desse tratamento. Recentemente, a utilização de novas fontes de luz tem permitido a obtenção de resultados promissores com tempos de irradiação variando de 22 segundos a 2 minutos, possibilitando o estabelecimento de protocolo clínicos para a utilização da terapia fotodinâmica antimicrobiana sobre biofilmes orais organizados e lesões de cárie formadas in vivo.PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Fotoquimioterapia. Placa dentária

Moderador: Prof. Dr. Rodrigo Arthur(Professor Assistente de Cariologia, UFRGS)

12:00-14:00 Almoço no hall de entrada da FOB

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13/04/15 (SEGUNDA-FEIRA)TARDE

14:00-15:30 EROSÃO

O PAPEL DA SALIVA E PELÍCULA ADQUIRIDA NA EROSÃO DENTÁRIA: ANÁLISE PROTEÔMICAProfª. Drª. Marília Afonso Rabelo BuzalafProfessora titular de Bioquímica, FOB/USP

Resumo: A erosão dentária é uma condição multifatorial causada por uma complexa interação entre fatores químicos, biológicos e comportamentais. Entre os fatores biológicos, a saliva é um dos mais importantes parâmetros na proteção contra o desgaste erosivo. Ela protege contra a erosão de diferentes modos. Devido ao fluxo salivar constante, a saliva dilui os ácidos. Também associada ao fluxo está a capacidade tampão da saliva que leva à neutralização dos ácidos. Em adição, a saliva é supersaturada em relação ao mineral dentário, fornecendo cálcio, fosfato e fluoreto que causam endurecimento do esmalte amolecido. Finalmente, a saliva tem a capacidade de formar uma camada protetora sobre a superfície dentária, chamada película adquirida, que é uma película formada in vivo como resultado da adsorção seletiva de glicoproteínas salivares sobre a superfície dentária, que contém também lipídios e glicoproteínas. Algumas das proteínas salivares presentes na estrutura da película adquirida possuem propriedades antierosivas. Entretanto, mais que proteínas individuais, interações proteína-proteína têm um papel fundamental na natureza protetora da película adquirida. Em adição, proteínas da dieta e sintéticas podem modificar a película, aumentando sua capacidade protetora contra a erosão dentária. Com o advento da análise proteômica, o conhecimento em relação à composição proteica da película adquirida tem crescido exponencialmente. Isto abriu novos caminhos envolvendo a modificação da composição proteica e estrutura da película adquirida, de forma a aumentar suas propriedades antierosivas.PALAVRAS-CHAVE: Erosão dentária. Proteoma. Saliva

16:30-18:00APRESENTAÇÕES ORAIS (FLUORETO, MICROBIOLOGIA E EROSÃO DENTÁRIA)

Banca avaliadora: Juliano Pessan, Rodrigo Arthur e Daniela Rios

DIAGNÓSTICO DA EROSÃO DENTÁRIA: DESAFIOS PARA O CLÍNICO Prof. Dr. Marcelo BöneckerProfessor titular de Odontopediatria, FO/USP

Resumo: A palestra abordará as dificuldades que os cirurgiões dentistas possuem em realizar o diagnóstico das lesões de erosão dentária em sua prática clínica, e serão apresentados critérios clínicos para realização de diagnóstico diferencial entre erosão dentária e outras lesões que envolvem o desgaste dentário. Os fatores de risco associados à presença de lesões de erosão serão discutidos, e os principais índices utilizados na clinica odontológica para o registro das lesões de erosão dentária serão demonstrados e avaliados.PALAVRAS-CHAVE: Diagnóstico. Erosão dentária. Etiologia

Moderador: Profª. Drª. Daniela Rios(Professora Associada de Odontopediatria, FOB/USP)

15:30-16:00 Coffee-break

20:00-23:00 Jantar (por adesão)

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14/04/15 (TERÇA-FEIRA)MANHÃ

8:00-10:00 DIAGNÓSTICO E RISCO DE CÁRIE

MÉTODOS DE ENSINO SOBRE O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE LESÕES DE MANCHA BRANCA EM ESMALTEProfª. Drª. Lidiany Karla Azevedo RodriguesProfessora Associada de Dentística, UFC

Resumo: Distúrbios que ocorram durante os primeiros estágios de desenvolvimento do esmalte podem resultar na redução da quantidade ou espessura do esmalte, ou ainda em alterações em sua cor. Tais mudanças podem ser confundidas com lesões de cárie dentária e erosão. A apresentação discorrerá sobre as principais alterações do esmalte dentário, métodos de diagnóstico e opções terapêuticas. Para a realização de um diagnóstico preciso das lesões de cárie, principalmente das lesões iniciais (mancha branca) é necessário que se realize profilaxia prévia ao exame clínico e o campo deve estar seco e bem iluminado. Aspectos clínicos como coloração, rugosidade, perda de estrutura e região em que a lesão ocorre devem ser analisados para que um bom diagnóstico seja estabelecido. Serão apresentados detalhes sobre o uso do “Índice Development Defects of Enamel (DDE)”, “International Caries Detection and Assessment System” (ICDAS), e também índices relacionados a outras lesões prevalentes de mancha branca em esmalte. O diagnóstico diferencial das alterações no esmalte é complexo e por isso exige um conhecimento profundo das características clínicas e dos fatores etiológicos de cada lesão, assim como a capacidade de classificá-las adequadamente quando necessário.PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Diagnóstico. Esmalte

GUIA PARA AVALIAÇÃO DE RISCO À CÁRIE BASEADO EM EVIDÊNCIA CIENTIFICA Profª. Drª. Soraya Coelho LealProfessora Adjunta de Odontologia, UNB

Resumo: Nesta apresentação os instrumentos de avaliação de risco à cárie (CRA) serão descritos, ressaltando a validade e acurácia de cada um deles. CRA tem por objetivo auxiliar o profissional na tomada de decisão de tratamento e no estabelecimento de intervalos de retorno individualizados, considerando as necessidades específicas de cada paciente. Nesta revisão, serão apresentados os principais instrumentos qualitativos e baseados em programas algoritmos, especialmente desenvolvidos para a avaliação de risco à cárie. A utilização de um único fator preditor, da combinação de fatores preditores e de modelos múltiplos também serão discutidos. Dentre os diferentes instrumentos de CRA identificados, destacam-se o CARIOGRAMA, o CAMBRA (manejo da cárie por meio da avaliação de risco), o CAT (instrumento de avaliação de risco) e o NUS-CRA (avaliação de risco da Universidade de Cingapura), porém com confiabilidade limitada, considerando as populações em que os CRAs foram testados e a soma da sensibilidade e especificidade dos mesmos (mínimo de 160%). A performance dos instrumentos para a CRA variou de acordo com a população estudada. Quando da utilização de um único fator preditor, a experiência de cárie passada apresentou melhor acurácia.PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Diagnóstico. Risco

Moderador: Profª. Drª. Michele Diniz(Professora Assistente de Odontopediatria, UNICSUL)

10:00-10:30 Coffee-break

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10:30-12:00 EPIDEMIOLOGIA E ESTUDOS CLÍNICOS

LEVANTAMENTOS EPIDEMIOLÓGICOS EM CARIOLOGIA Prof. Dr. Saul Martins PaivaProfessor Titular de Odontopediatria, UFMG

Resumo: A epidemiologia é o estudo da distribuição dos determinantes dos eventos ou padrões de saúde de populações. A partir do estudo epidemiológico das doenças é possível aplicar este conhecimento para prevenir, controlar e, até mesmo, erradicar problemas de saúde. Trata-se também de um instrumento essencial para a definição de políticas, planejamento e ações públicas, voltadas para a promoção da saúde. Essa conferência apresentará e discutirá temas sobre os principais dados epidemiológicos nacionais e internacionais de interesse para o campo da Cariologia. Alterações tais como cárie dentária, fluorose, defeitos de desenvolvimento do esmalte e erosão dentária comporão o foco central da discussão. PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Epidemiologia. Fluorose dentária

DELINEAMENTO DE ESTUDOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS EM CARIOLOGIA Prof. Dr. Heitor Marques HonórioProfessor Assistente de Bioestatística, FOB/USP

Resumo: Os estudos clínicos randomizados caracterizam-se como a principal fonte de evidência científica rumo ao topo da pirâmide: as revisões sistemáticas. Boa parte das Revisões Sistemáticas já publicadas são inconclusivas, alegando que não existem evidências científicas suficientes acerca de uma ou outra terapia avaliada. Isto acontece, pois no passado, não havia grande preocupação com o rigor metodológico das pesquisas clínicas e consequentemente com a qualidade deste tipo de trabalho. Assim, muitas publicações clínicas menos recentes, ainda que publicadas em periódicos de reconhecida qualidade, acabavam não se enquadrando nos rigorosos critérios de inclusão das Revisões Sistemáticas, gerando assim, nenhuma evidência sobre o assunto pesquisado. Neste sentido, é importante que o pesquisador saiba que os atuais conceitos da Odontologia baseada em Evidências preconizam como obrigatória a busca pelo rigor metodológico no delineamento e condução de estudos clínicos. A qualidade de um estudo clínico está intimamente ligada às estratégias utilizadas na amostragem, randomização da amostra, cegamento das análises e comparação dos resultados entre grupos experimentais e controle. Esta palestra abordará as estratégias e técnicas que garantirão ao pesquisador a qualidade na condução de um estudo clínico, de tal forma que ao ser publicado, este possa servir de matéria prima para futuras revisões sistemáticas, contribuindo na geração concreta de evidências científicas sobre o assunto pesquisado.PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Ensaios clínicos com assunto. Revisão

Moderador: Prof. Dr. Fausto Medeiros Mendes (Professor Associado de Odontopediatria, FO/USP)

12:00-14:00 Almoço no hall de entrada da FOB

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14/04/15 (TERÇA-FEIRA)TARDE

14:00-15:30 TRATAMENTO

TRATAMENTOS DE MÍNIMA INTERVENÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS PARA O CONTROLE DAS LESÕES DE CÁRIE INICIAIS Profª. Drª. Daniela Prócida RaggioProfessora Associada de Odontopediatria, FO/USP

Resumo: A cárie dentária ainda é a doença bucal mais prevalente e pode levar a problemas de autoestima e qualidade de vida, mesmo na infância. Neste sentido, esforço tem sido feito para controlar a lesão inicial, a fim de evitar os tratamentos mais invasivos e dispendiosos. O objetivo desta palestra é mostrar novas possibilidades no controle dessas lesões, de maneira mais conservadora e humanizada. As diferenças nas modalidades de tratamento para as lesões de esmalte e dentina; a necessidade de tecnologias novas e caras, a fim de alcançar os melhores resultados; e também o conforto relatado pelos pacientes após diferentes abordagens serão discutidos. A melhor maneira de controlar a lesão do esmalte é a utilização tópica de fluoreto, que pode estar disponível em dentifrícios, produtos para aplicação profissional e até mesmo em materiais restauradores odontológicos que ficam em contato com manchas brancas adjacentes. A abordagem atual de lesão que atinge a dentina é restauradora. Existe uma nova possibilidade para o tratamento deste tipo de lesão, quando atinge apenas 1/3 da dentina, que é o selamento (com infiltrante), sem remoção da lesão, reduzindo o tempo de cadeira e estresse para o paciente, com resultados similares ao tratamento restaurador. Finalmente, quando a restauração é o tratamento escolhido, discutiremos se há evidência para um melhor material ou técnica em relação aos resultados para o paciente e longevidade da restauração/dente.PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Fluoretos. Materiais

DECISÃO RESTAURADORA DAS LESÕES DE CÁRIE Profª. Drª. Marisa MaltzProfessora Titular de Cariologia, UFRGS

Resumo: As filosofias de tratamento da doença cárie têm sido voltadas para uma abordagem mais conservadora, baseada no controle do processo de doença, de modo a adiar ao máximo o procedimento restaurador. Evidências de que a doença cárie e seus aspectos clínicos, as lesões de cárie, podem ser controlados por tratamentos não invasivos já estão bem estabelecidas na literatura. O controle da doença por alterações de hábitos de higiene bucal, alterações dietéticas, uso de fluoretos, agentes remineralizantes e antimicrobianos já foi reportado com sucesso em diferentes níveis de evidências. Após o controle da atividade de cárie do paciente, lesões iniciais em esmalte (lesões sem cavidade), brancas, opacas e rugosas, podem ter sua progressão paralisada, tornando-se lisas e brilhantes. Estas modificações na superfície do esmalte são o resultado tanto de processos de remineralização como de polimento da superfície. Ainda, sabe-se que uma lesão de cárie inativa pode tornar-se, inclusive, mais resistente a um novo desafio cariogênico do que o próprio esmalte hígido. A formação de uma cavidade é um momento muito importante clinicamente. Na presença de cavidade a invasão bacteriana no interior da lesão aumenta e quando a cavidade atinge a dentina temos inclusive penetração bacteriana nos túbulos dentinários. Mesmo na presença de bactérias no interior do tecido a lesão pode ser controlada, independente de sua profundidade, desde que haja possibilidade de remoção mecânica de biofilme no local. Entretanto, quando o biofilme está protegido em uma cavidade, impossibilitando a remoção do mesmo, o processo de cárie tende a continuar. Se a remoção e/ou desorganização do biofilme na cavidade não é possível, o tratamento restaurador está indicado a fim de paralisar a lesão de cárie. Além de possibilitar o adequado controle de biofilme do paciente, existem outras indicações do tratamento restaurador como a proximidade com o complexo dentino-pulpar, estrutura dentária remanescente e estética.PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Dentina. Materiais

Moderador: Profª. Drª. Linda Wang(Professora Associada de Dentística, FOB/USP)

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16:30-18:00 APRESENTAÇÕES ORAIS(DIAGNÓSTICO/RISCO DE CÁRIE, ESTUDOS CLÍNICOS/ EPIDEMIOLOGIA E TRATAMENTO)

Banca avaliadora: Michele Diniz, Fausto Mendes e Linda Wang

15:30-16:00 Coffee-break

20:00-23:00 Festa de encerramento no Restaurante “Al Dar”

15/04/15 (QUARTA-FEIRA)MANHÃ

8:30-10:00

10:00-10:30

10:30-12:00

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS COORDENADA PELOS MODERADORES DOS GRUPOS

Coffee-break

ENTREGA DA PREMIAÇÃO (PRESENÇA OBRIGATÓRIA) E ENCERRAMENTO

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RESUMOS DAS APRESENTAÇÕES ORAIS

1. FLUORETO13/04/2015 | 16:30-16:50

1.1 Efeito de dentifrícios fluoretados e à base de fosfocaseinato de cálcio na prevenção de cárie

Alexandria AK1*, Valença AMG2, MaiaLC1

1Departamento de Odontopediatria e Ortodontia, Faculdade de Odontologia/ Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.2Departamento de Clinica e Odontologia Social, Faculdade de Odontologia/ Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa, PB, Brasil.

OBJETIVO: Este estudo avaliou in vitro o efeito preventivo de cárie de produtos à base de flúor e fosfocaseinato de cálcio (CPP-ACP).

MATERIAIS E MÉTODOS: Cinquenta blocos de esmalte bovino, selecionados previamente por microdureza superficial, foram submetidos a um desafio cariogênico por meio do cultivo de biofilme bacteriano misto (S. sanguis ATCC 10556, S. mutans ATCC 25175, S. Parasanguinis ATCC 15912, S.sobrinus ATCC 27609). Os blocos foram distribuídos aleatoriamente (n=10): G1 (dentifrício CPP-ACP com fluoreto de sódio, 900 ppm de fluoreto), G2 (dentifrício com monofluorfosfato – MFP, 1450 ppm de fluoreto), G3 (dentifrício Arginina com MFP, 1450 ppm de fluoreto), G4 (controle negativo: meio de cultura com biofilme) e G5 (controle positivo: meio de cultura sem biofilme). O inóculo de 1,5 × 106 UFC/mL dos microrganismos foi incubado por 24 h, 37°C, em microaerofilia sobre os blocos de esmalte após tratamento. A variável resposta avaliada foi o percentual de perda de microdureza superficial (%PMS), além da avaliação qualitativa por meio das fotomicrografias realizadas em microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os dados foram analisados quanto à normalidade e avaliados por meio dos testes ANOVA e Tukey (p<0,05).

RESULTADOS: G4 apresentou maior %PMS diferindo estatisticamente dos demais grupos (p<0,05). G1, G2 e G3 não diferiram entre si (p>0,05). G5 diferiu de todos os grupos e apresentou a menor %PMS (p<0.05). As fotomicrografias revelaram superfície com pequenas áreas de desmineralização nos grupos experimentais, já o G4 revelou áreas de maior perda estrutural superficial.

CONCLUSÃO: Todos os produtos testados foram capazes de diminuir a perda de dureza do esmalte diante ao desafio cariogênico com biofilme misto in vitro.

APOIO FINANCEIRO: FAPERJ (E-26/201.316/2014), CNPq (302800/2012-3) e CAPES

PALAVRAS-CHAVE: Dentifrícios. Fluoreto. Prevenção & controle

1.2 Efeito de pasta contendo nano-hidroxiapatita/fluoreto sobre a lesão de cárie em esmalte in situ

Souza BM1*, Comar LP1, Vertuan M1, Fernandes Neto C1, Buzalaf MAR1, Magalhães AC1

1Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Odontologia de Bauru/ Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil.

OBJETIVO: Este estudo avaliou o potencial de uma pasta experimental contendo nano-hidroxiapatita e fluoreto sobre a redução da desmineralização e o aumento da remineralização de esmalte bovino in situ.

MATERIAIS E MÉTODOS: Treze indivíduos participaram de 4 fases seguindo protocolo cruzado e duplo cego (14 dias cada). Duas amostras hígidas (H) e duas pré-desmineralizadas (MB) foram utilizadas intraoralmente por fase correspondente aos seguintes tratamentos: Nanop Plus (10% de hidroxiapatita + 900 ppm F), MI Paste Plus (CPP-ACP + 900 ppm F) , F (900 ppm F) e placebo (sem ingrediente ativos). Duzentas e quarenta amostras de esmalte foram selecionadas com base nos valores de microdureza de superfície, sendo a metade (n=120) submetida à desmineralização (MB, pH 5, durante 6 dias) e a outra metade permaneceu hígida (H). As amostras H foram protegidas por tela plástica para o acúmulo de biofilme, enquanto sobre as amostras MB, biofilme não foi acumulado para possibilitar a remineralização. As amostras H foram posteriormente expostas a um desafio cariogênico (20% de sacarose, 8x5min/dia). Os tratamentos foram feitos 2x4 min/dia, extra-oralmente. A des-remineralização foi quantificada por microradiografia transversal. Os dados foram analisados por ANOVA de medida repetidas seguida pelo teste de Tukey (p<0,05).

RESULTADOS: Em relação à desmineralização, nenhum tratamento foi capaz de reduzir o ΔZ (% minxμm) e a profundidade da lesão (μm) em comparação ao placebo: Nanop Plus (1.000,9±249,5; 45,0±15,3); MI Paste (883,6±431,7; 60,7±26,4); F (985,5±313,4; 53,4±21,1); Placebo (1369,6±988,3; 57,2±30,6), respectivamente. Em relação à remineralização, os tratamentos com Nanop Plus e F foram eficazes no aumento do ganho mineral integrado (ΔΔZ), em comparação ao placebo: Nanop Plus (549,9±405,4); MI Paste (370,8±230,6); F (555,5±264,1); Placebo (200,4±186,8).

CONCLUSÃO: Nenhum tratamento foi capaz de reduzir a desmineralização do esmalte, enquanto as pastas Nanop Plus e F foram capazes de melhorar a remineralização do esmalte.

APOIO FINANCEIRO: FAPESP (2013/03942-7)

PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Desmineralização do dente. Esmalte dentário

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1.3 Comparação do flúor gel-acidulado e infiltrante no tratamento de lesões artificiais de cárie em esmalte

Velo MMAC*1, Araújo DFG1, Freitas MCCA1, Comar LP2, Souza BM2, Magalhães AC2, Rios D3, Wang L1

1Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia de Bauru/ Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil.2Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Odontologia de Bauru/ Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil.3Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade de Odontologia de Bauru/ Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil.

OBJETIVO: A aplicação tópica de flúor é a estratégia padrão no tratamento de lesões de cárie em estágio inicial (LCI). Uma proposta baseada na formação de uma barreira mecânica com o uso de infiltrante resinoso surgiu com a perspectiva de paralisar a LCI. Este trabalho comparou o efeito do tratamento de LCI com flúor (gel acidulado-APF 1,23%) ao tratamento realizado com infiltrante resinoso (ICON), através da análise de microdureza longitudinal (ML) do esmalte.

MATERIAIS E MÉTODOS: Blocos de esmalte bovino (6x4 mm), após leitura da microdureza de superfície hígida, foram aleatorizados em 2 grupos (n=12): F (APF 1,23 %- 4 min, durante 4 semanas) e I (tratamento da superfície e aplicação do ICON, em aplicação única). Ciclagem DES-RE foi realizada por 7 dias e os espécimes foram submetidos a um dos tratamentos descritos. Após o tratamento, os espécimes passaram por nova ciclagem DES-RE. Em seguida, cortes em sentido longitudinal foram realizados para as leituras de ML, as quais foram realizadas em duplicata em cada fase (hígida-H, desafio-DR, Tratamento- F ou I e novo desafio- ND) nas profundidades de 10, 30, 50, 70, 90, 110 e 220 μm. Análises comparativas entre profundidades e fases de um mesmo tratamento foram analisadas por ANOVA a dois critérios e Bonferroni e teste t-student entre os distintos tratamentos na mesma condição (p<0,05).

RESULTADOS: As condições hígidas e após o desafio foram similares aos dois grupos, demonstrando homogeneidade entre as condições iniciais e de desafio proposto. Após o tratamento e o novo desafio, a estrutura dentária resultante do uso de flúor demonstrou maior resistência comparativamente ao Icon até a profundidade de 70 μm (p<0,05).

CONCLUSÃO: Nenhuma estratégia testada foi capaz de recuperar completamente a LCI após o desafio de desmineralização. Entretanto, o flúor foi mais efetivo na resistência ao novo desafio comparado ao Icon.

PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Fluoreto de fosfato acidulado. Infiltrante resinoso

1.4 Laser com/sem fotoabsorbante na prevenção da desmineralização do esmalte: análise por Tomografia de Coerência Óptica

Barbosa PS 1*, Freitas AZ2, De Sant`Anna GR1

1Departamento de Odontopediatria, Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, SP, Brasil.2Departamento de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), São Paulo, SP, Brasil.

OBJETIVO: Os lasers podem ser utilizados como ferramentas para a prevenção da desmineralização do esmalte dentário. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito na desmineralização do esmalte após uso de laser infravermelho de baixa intensidade (λ = 810 nm, 100 mW/cm2, 90 s, 4,47 J/cm2, 9 J) com ou sem creme fotoabsorbante fluoretado ou não, usando Tomografia de Coerência Óptica (OCT).

MATERIAIS E MÉTODOS: 105 espécimes de esmalte foram preparados e analisados previamente por OCT e distribuídos aleatoriamente em sete grupos (n = 15): (L) aplicação do laser; (C-) sem tratamento; (F) flúor gel acidulado; (IV) creme; (IVF) creme neutro fluoretado; (IVL) creme e laser; e (IVFL) creme neutro fluoretado + laser. Os espécimes receberam todos os tipos de tratamentos antes de serem submetidos ao desafio cariogênico e serem reanalisados. Análise de variância e análise comparativa múltipla de Tukey foram realizadas com nível de significância de 5%.

RESULTADOS: Os dados demonstraram uma maior atenuação delta entre pré e pós desafio para L (0,034 ± 0,011) comparado ao IVF (0,016 ± 0,007), F (0,018 ± 0,010), IVFL (0,019 ± 0,008) e IVL (0,014 ± 0,010) (p<0,01). O grupo creme laser (IVL) demostrou delta significativamente inferior em comparação ao grupo (C-) (0,025 ± 0,008), o qual não apresentou diferença estatística em relação ao grupo (L) (p>0,05).

CONCLUSÃO: A técnica de OCT demonstrou que a associação creme e laser apresentou menor perda quantitativa do esmalte dentário após desafio cariogênico.

APOIO FINANCEIRO: CAPES - PROSUSP (3307801700P7)

PALAVRAS-CHAVE: Esmalte Dentário. Lasers. Terapia Fotodinâmica

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2. MICROBIOLOGIA13/04/2015 | 16:55-17:30

2.1 Análise molecular de bactérias do biofilme associadas aos diferentes estágios da cárie precoce da infância

Neves BG1*, Stipp RN2, Bezerra DS3, Guedes SFF3, Rodrigues LKA3

1Curso de Odontologia, Universidade Federal do Ceará, Sobral, CE, Brasil.2Departamento de Diagnóstico Oral, Faculdade de Odontologia de Piracicaba/Universidade de Campinas, Piracicaba, SP, Brasil.3Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem/Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi quantificar e avaliar a presença de Actinomyces naeslundii, Bifidobacterium spp., Lactobacillus acidophilus, Streptococcus gordonii, Streptococcus mutans, bem como espécies dos grupos Lactobacillus casei e Mitis através da técnica de reação em cadeia da polimerase quantitativa (qPCR) no biofilme dentário de crianças com diferentes estágios de lesões de cárie precoce da infância.

MATERIAIS E MÉTODOS: Crianças pré-escolares (n=75) com idade entre 2 e 5 anos foram examinadas clinicamente de acordo com o critério ICDAS e divididas em três grupos: livres de cárie (CF; n=20), presença de lesões de cárie de esmalte (ECL; n=17) e presença de lesões de cárie em dentina (DCL; n=38). Um “pool” de biofilme dentário de cada criança foi coletado e analisado para detectar a presença e a quantidade das bactérias por qPCR. Os dados foram analisados pelos testes de Kruskal-Wallis e do qui-quadrado, seguido de regressão logística múltipla.

RESULTADOS: L. acidophilus e espécies do grupo L. casei estavam ausentes em quase todas as amostras de biofilme. Não foram observadas diferenças significativas nos níveis de A. naeslundii, grupo Mitis e S. gordonii entre os diferentes grupos. No entanto, S. mutans e Bifidobacterium spp. estavam presentes em concentrações mais elevadas nas amostras de biofilme de crianças com DCL, quando comparadas às amostras dos grupos CF e ECL (p <0,01). Além disso, a análise multivariada mostrou que o S. mutans e Bifidobacterium spp. estavam fortemente associados ao biofilme de crianças com lesões dentinárias, com um “odds-ratio“ de 21,5 e 5,9, respectivamente.

CONCLUSÃO: Diferenças foram observadas na proporção de bactérias acidogênicas e acidúricas com a progressão da cárie dentária. Os dados indicaram que S. mutans e Bifidobacterium spp. podem estar fortemente associados à progressão da cárie precoce da infância.

APOIO FINANCEIRO: CNPq (Proc. 475346/2011-4 Edital MCT/CNPq 14/2011 Universal)

PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Placa dentária. Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real

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2.2 Cariogenicidade de biofilmes originados de diferentes inóculos em um modelo de biofilme de microcosmos

Signori C1*, Maske TT1, Cenci MS1, Oliveira EF1, Van de Sande FH1,2

1Programa de Graduação em Odontologia/ Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil. 2Faculdade de Odontologia/ IMED Faculdade Meridional, Passo Fundo, RS, Brasil.

OBJETIVO: Avaliar o potencial cariogênico de biofilmes originados de diferentes tipos de inóculo (saliva e placa dentária) de indivíduos cárie-ativos e livres de cárie, em um modelo de biofilme de microcosmos.

MATERIAIS E MÉTODOS: Dez voluntários foram selecionados de cada condição de cárie (livres de cárie e cárie-ativos) para coleta pareada de placa dentária e saliva. Biofilmes de microcosmos foram iniciados, a partir do inóculo, sobre espécimes de esmalte individualmente dispostos em placas de 24 poços. Os biofilmes cresceram em meio definido enriquecido com mucina, e foram submetidos a desafio cariogênico diário (meio definido suplementado com sacarose 1% por 6h/dia). Após 10 dias, os biofilmes foram coletados para análise das variáveis de desfecho: perda mineral (porcentagem de mudança de dureza de superfície) e composição microbiológica dos biofilmes (Contagem das UFCs – Unidades Formadoras de Colônias). Análise estatística foi realizada utilizando teste T, Modelo de Análise Multivariada Linear e coeficiente de correlação de Pearson (p<0,05).

RESULTADOS: Análise comparativa do baseline da contagem das UFCs entre indivíduos com diferentes condições de cárie mostrou diferença estatisticamente significante para Estreptococos mutans e microrganismos ácido-tolerantes nas amostras de placa dentária, e para ácido-tolerantes na saliva. Elevados níveis de Estreptococos mutans foram encontrados na placa dentária coletada de lesões ativas de cárie. Depois do crescimento dos biofilmes sob desafio cariogênico, as diferenças nos valores não foram estatisticamente significantes para microrganismos totais, Lactobacilos, Estreptococos mutans, ácido-tolerantes; e ainda, para a perda de dureza de superfície (%PDS), considerando o tipo de inóculo e condição de cárie. Correlação significativa foi encontrada para %PDS e contagem de UFCs das bactérias ácido-tolerantes e lactobacilos do biofilme microcosmo.

CONCLUSÃO: Apesar das limitações do presente estudo, o potencial cariogênico do biofilme de microcosmo foi similar, independente das diferenças no baseline entre os inóculos.

APOIO FINANCEIRO: CNPq

PALAVRAS-CHAVE: Biofilmes. Desmineralização. Saliva

2.3 Potencial de aplicação da inativação fotodinâmica mediada pela curcumina para eliminação de biofilme dentário

Santezi C1, Albuquerque G1, de Annunzio SR1, Bagnato VS2, Dovigo LN1

1Departamento de Odontologia Social, Faculdade de Odontologia de Araraquara/ Universidade Estadual Paulista, Araraquara, SP, Brasil.2Instituto de Física de São Carlos/ Universidade de São Paulo (USP), São Carlos, SP, Brasil.

OBJETIVO: O biofilme dentário é o principal agente etiológico da cárie e medidas preventivas antimicrobianas eficazes ainda são um desafio. Este trabalho avaliou a atividade fotodinâmica (PDI) da Curcumina (CUR) sobre biofilme de Streptococcus mutans (UA 159 ATCC 700610; Sm) e Lactobacillus casei (ATCC 4646; Lc).

MATERIAIS E MÉTODOS: Suspensões padronizadas (107UFC/mL) de cada microorganismo (MO) foram transferidas para placas de 96 poços e incubadas (37ºC, 75rpm, 90min). Em seguida, foi adicionado meio de cultura em cada poço e incubaram-se as placas para crescimento do biofilme (37ºC, 75rpm, 48h). As amostras alocadas nos grupos CUR+Luz+ e CUR-Luz+ foram tratadas com 200μL de CUR (80μM) ou com o veículo usado para seu preparo, incubadas no escuro (37ºC, 5 min) e iluminadas (460nm, 14 min, 18J/cm2). Os grupos que não receberam luz (CUR+Luz- e CUR-Luz-) foram incubados no escuro (37ºC, 19 min). A taxa metabólica das amostras foi analisada com XTT e a viabilidade celular com o cálculo de UFC/mL. Após análise descritiva, a comparação de médias foi realizada por meio de intervalos de confiança (95%).

RESULTADOS: Para Sm, as médias de UFC/mL nos grupos CUR-Luz- e CUR+Luz+ foram 6,83 (IC95%:7,22-6,43) e 3,03 (IC95%:3,73-2,34), respectivamente; para Lc foram 6,71 (IC95%:7,01-6,41) e 1,54 (IC95%:2,32-0,75). Também não houve embricamento dos IC95% desses grupos para XTT, indicando redução estatisticamente significativa da viabilidade e metabolismo dos MOs. Houve cruzamento entre os IC95% dos grupos CUR-Luz-, CUR+Luz- e CUR-Luz+, sugerindo ausência de efeito da CUR ou da luz isoladamente.

CONCLUSÃO: A PDI mediada pela CUR é eficaz na redução dos MOs, podendo ser útil na prevenção da cárie.

APOIO FINANCEIRO: FAPESP (2013/15770-6)

PALAVRAS – CHAVE: Cárie Dentária. Microbiologia. Terapia Fotodinâmica

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Monteiro DR1*, Arias LS1, Barbosa DB2, Delbem ACB1

1Departamento de Odontologia Infantil e Social, Faculdade de Odontologia de Araçatuba/ Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP, Brasil.2Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese, Faculdade de Odontologia de Araçatuba/ Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP, Brasil.

OBJETIVO: Este estudo avaliou o efeito de diferentes concentrações de tirosol na formação de biofilmes mistos de Streptococcus mutans ATCC 25175, Candida albicans ATCC 10231 e Candida glabrata ATCC 90030.

MATERIAIS E MÉTODOS: Os biofilmes mistos foram formados sobre a superfície de espécimes de hidroxiapatita no interior de placas de 24 poços. Um volume de 1 mL do inóculo de cultura mista foi adicionado em cada poço e as placas incubadas por 2 horas para permitir a adesão celular aos espécimes. Em seguida, o meio de saliva artificial contendo tirosol nas concentrações de 50, 100 e 200 mM foi adicionado às células aderidas e as placas foram incubadas por 48 horas a 37ºC para promover a formação de biofilme. A eficácia do tirosol foi determinada através da quantificação da biomassa total, avaliação da atividade metabólica e quantificação das unidades formadoras de colônias (UFCs). Os dados foram submetidos à ANOVA a um critério seguida pelo teste post-hoc de Holm-Sidak (p < 0,05).

RESULTADOS: O tirosol não promoveu reduções significativas na biomassa total. Entretanto, todos os tratamentos com tirosol foram eficazes na redução da atividade metabólica das células do biofilme, com reduções significativas que variaram de 25% a 87% (p<0,001). Também foi possível notar que, para todas as cepas, as maiores reduções no número de UFCs ocorreram para os grupos expostos ao tirosol a 200 mM, com diferenças significativas entre este grupo e os demais. A maior redução nas UFCs (4,99-log10; p < 0,001) foi encontrada para C. albicans.

CONCLUSÃO: O tirosol apresenta efeito dose-dependente na redução da formação de biofilmes cariogênicos, exceto para a biomassa total.

APOIO FINANCEIRO: FAPESP (Proc. 2013/03273-8 e 2013/10285-2)

PALAVRAS-CHAVE: Biofilmes. Percepção de Quorum. Streptococcus mutans

2.4 Atividade antimicrobiana do tirosol em biofilmes mistos de Streptococcus mutans, Candida albicans e Candida glabrata

2.5 Efeito antibiofilme do tirosol sobre Streptococcus mutans

Arias LS1*, Monteiro DR1, Barbosa DB2, Delbem ACB1

1Departamento de Odontologia Infantil e Social, Faculdade de Odontologia de Araçatuba/ Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP, Brasil.2Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese, Faculdade de Odontologia de Araçatuba/ Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP, Brasil. OBJETIVO: Esse estudo in vitro analisou a influência do tirosol (uma molécula de quorum sensing) na inibição da formação de biofilme de Streptococcus mutans sobre espécimes de hidroxiapatita.

MATERIAIS E MÉTODOS: O inóculo de S. mutans ATCC 25175 (1 mL, 108 células/mL) foi adicionado a cada poço de placas de 24 poços contendo os espécimes de hidroxiapatita. Após 2 horas (período de adesão celular), o inóculo foi removido e o tirosol diluído em saliva artificial (50 mM, 100 mM e 200 mM). Cada diluição foi adicionada (1 mL) aos poços e as placas incubadas (37 ºC, 48 h) para formação do biofilme. Saliva artificial sem tirosol e com digluconato de clorexidina (DC - 250 μg/mL) foram usados como controles negativo (CN) e positivo, respectivamente. O efeito do tirosol foi avaliado através da quantificação da biomassa total, atividade metabólica celular (XTT) e contagem de unidades formadoras de colônias (UFCs). Os dados foram submetidos à ANOVA a um critério seguida pelo teste post-hoc de Holm-Sidak (p<0,05).

RESULTADOS: Não houve diferenças significativas entre os grupos quanto à biomassa total. Todas as concentrações de tirosol e o DC promoveram reduções significativas na atividade metabólica celular em relação ao CN. A maior redução na atividade metabólica ocorreu para o grupo exposto ao tirosol a 100 mM (86,53%; p<0,001). A contagem de UFCs confirmou que todos os grupos tratados com tirosol ou DC promoveram reduções significativas no número de células cultiváveis (variando de 1,19 a 4,54-log10), em comparação ao CN.

CONCLUSÃO: O tirosol inibiu a formação de biofilme de S. mutans. Entretanto, novos estudos devem ser realizados para que este composto possa ser usado com segurança como um tratamento alternativo na prevenção da cárie dentária.

APOIO FINANCEIRO: FAPESP (Proc. 2013/10285-2 e 2014/05507-9)

PALAVRAS-CHAVE: Biofilmes. Percepção de quorum. Streptococcus mutans

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2.6 Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana em Biofilmes de Streptococcus mutans Maduros e em Formação

Lima RA1*, Lins DS2, Rodrigues LKA1, Duarte S3, Zanin ICJ4

1Departamento de Clínica Odontológica, Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem/ Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.2Departamento de Prótese Dentária e Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia de Araraquara/ Universidade Estadual Paulista, Araraquara, SP, Brasil. 3Departamento de Ciências Básicas e Biologia Craniofacial, Faculdade de Odontologia/ Universidade de Nova Iorque (NYU), Nova Iorque, Estados Unidos da América.4Departamento de Microbiologia, Faculdade de Odontologia/ Universidade Federal do Ceará, Sobral, CE, Brasil.

OBJETIVO: O estudo avaliou os efeitos da terapia fotodinâmica antimicrobiana (TFDA), através da associação do azul de orto toluidina (TBO-100 μg/ml) e luz vermelha (630nm), na viabilidade microbiana, produção de polissacarídeos, topografia de biofilmes de Streptococcus mutans, além de quantificar as espécies reativas de oxigênio intracelulares (ERO) e verificar possível citotoxicidade aos tecidos orais.

MATERIAIS E MÉTODOS: Biofilmes de S. mutans UA159 foram formados em discos de hidroxiapatita após a formação da película salivar. Densidades de energia 211,37 e 422,74 J/cm2 foram utilizadas (1 e 2 minutos de irradiação, respectivamente). Em biofilmes maduros de 5 dias, TFDA foi aplicada em dose única; já para averiguar sua atuação sobre biofilme em formação, a TFDA foi aplicada duas vezes/dia, ao longo de 5 dias. Digluconato de clorexidina (CHX) 0,12%, 2x/dia, foi utilizado como controle positivo. Topografia do biofilme foi analisada através de microscopia eletrônica de varredura de pressão variável (MEV-PV). ERO nas células do biofilme maduro foram determinadas através de marcador para estresse oxidativo. A quantidade de LDH (lactato desidrogenase), no modelo de tecido EpiOralTM, foi avaliada para determinar citotoxicidade.

RESULTADOS: TFDA-2min (dose única) obteve redução de 5-log na viabilidade microbiana e redução de 6,5-log, quando usada 2x/dia, resultado superior aos outros grupos (ANOVA, p<0,05). TFDA (2x/dia) reduziu a produção de polissacarídeos solúveis e insolúveis no biofilme em formação (ANOVA, p<0,05) e as imagens da MEV-PV mostraram pequeno número de aglomerados celulares e perda das estruturas de conexão dos polissacarídeos. TFDA-2min apresentou os maiores níveis de produção de ROS (p<0,0001), seguido de TFDA-1min (ANOVA, p<0,05). A citotoxicidade da TFDA-2min foi de 1,29%, e da CHX, 3,33%.

CONCLUSÃO: A associação luz vermelha e TBO pode ser uma terapia promissora e segura contra biofilme de S. mutans. Mais estudos são necessários para avaliar os efeitos da terapia em biofilmes in situ e in vivo

PALAVRAS-CHAVES: Fotoquimioterapia. Placa dentária. Streptococcus mutans

2.7 Dose-resposta antimicrobiana e mineral de um modelo de biofilme em Simulador Multifuncional de Cavidade Oral

Maske TT1*, Brauner KV1, Nakanishi L1, Arthur RA2, van de Sande FH1,3, Cenci MS1

1Programa de Graduação em Odontologia, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.2Departamento de Odontologia Preventiva e Social, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.3Faculdade de Odontologia/ IMED Faculdade Meridional, Passo Fundo, RS, Brasil.

OBJETIVO: Este estudo objetivou estabelecer e padronizar um modelo de biofilme complexo para estudo da cárie dentária.

MATERIAIS E MÉTODOS: Experimentos independentes foram realizados como estudos pilotos (EP) e seus resultados utilizados para estabelecer um protocolo para o modelo de biofilme. Saliva foi usada como inóculo e biofilmes foram formados sobre discos de esmalte (n=10). Para os EP, amostras (esmalte/biofilme) foram coletadas aos 4, 7, 14 e 21 dias e testaram-se diferentes condições considerando o fluxo de saliva artificial e desafio cariogênico. Para o modelo final, sacarose 5% (0,25ml/min, 6 min, 3x/dia) com fluxo de saliva artificial de 0,06 ml/min foram escolhidos. Então, a dose-resposta (clorexidina – CLX) e reprodutibilidade foram avaliadas. Soluções de CLX (0,012%, 0,03%, 0,06%, 0,12%) e solução salina estéril (controle) foram aplicadas 2x/dia por 7 dias (n=10). Dados provenientes dos experimentos independentes (condições iguais de protocolo) foram comparados para avaliar a reprodutibilidade (n=10). As variáveis de resposta avaliadas foram: porcentagem de perda de dureza superficial; perda de dureza integrada; e unidades formadoras de colônia para microrganismos totais, acidúricos totais, lactobacilos e estreptococos mutans. A análise estatística foi realizada por ANOVA seguido de Teste Tukey e Teste-T (p<0,05).

RESULTADOS: Para todas as variáveis de resposta dos EP diferenças entre 7 e 14 dias não foram estatisticamente significantes. Portanto, definiu-se como 7 dias o período experimental para avaliar o modelo. Encontrou-se padrão dose-resposta e diferenças foram estatisticamente significantes para perda mineral e contagens de estreptococos mutans e microrganismos totais para o controle comparado à soluções de CLX 0,12% e 0,06%. Dados das repetições independentes foram similares e não houve diferenças significativas (p≥0,350).

CONCLUSÃO: O modelo de biofilme proposto pode ser útil para o estudo da cárie dentária uma vez que lesões artificiais de cárie foram desenvolvidas e padrão dose-resposta foi mostrado.

APOIO FINANCEIRO: CNPq (Proc. 486810/2012-7)

PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Desmineralização. Placa dentária

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3. EROSÃO DENTÁRIA 13/04/2015 | 17:35-18:10

3.1 Como simular lesões de erosão dentária e desgaste erosivo do esmalte in vitro?

Oliveira GC1*, Dionísio EJ1, Jordão MC1, Gonçalves PSP1, Buzalaf MAR2, Honório HM1, Rios D1

1Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade de Odontologia de Bauru/ Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil.2Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Odontologia de Bauru/ Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil. OBJETIVO: O objetivo deste estudo in vitro foi estabelecer e validar um protocolo para a formação da lesão inicial de erosão e a detecção do desgaste dentário erosivo com ácido clorídrico (intrínseco), usando diferentes métodos de avaliação.

MATERIAIS E MÉTODOS: Doze blocos de esmalte bovino foram preparados e selecionados por meio de microdureza superficial, sendo então imersos em ácido clorídrico (0,01 M, pH 2,3) durante 360 s (sob agitação, 24°C). Antes da fase in vitro e após 15s, 30s, 60s, 120s, 240s e 360s de desafio ácido, a superfície do esmalte foi avaliada por Dureza Superficial, Rugosidade (Ra), Perfilometria e Profundidade da endentação da dureza superficial (com base no comprimento de penetração). Os dados foram analisados por ANOVA e teste Tukey (p<0,05).

RESULTADOS: Os resultados mostraram que a dureza superficial diminuiu progressivamente com o aumento do tempo de exposição à ciclagem erosiva em até 120 segundos, e não houve diferença estatística entre 120s, 240s e 360s. A profundidade da endentação apresentou alteração somente após 30s de desafio erosivo, sendo que após 60s as endentações não puderam mais ser mensuradas. Na perfilometria foi verificada perda de esmalte para todos os tempos avaliados, no entanto, não houve diferença entre 15s, 30s e 60s. A rugosidade aumentou significativamente somente após 240s de desafio erosivo.

CONCLUSÃO: De acordo com o presente estudo, a imersão dos blocos de esmalte bovino em ácido clorídrico, sob agitação, durante 30 segundos (24°C) é capaz de formar a lesão inicial de erosão in vitro. O desgaste dentário erosivo com o máximo de amolecimento da superfície foi obtido após 120 segundos da imersão no ácido. Todos os resultados dos diferentes métodos avaliados neste estudo se complementaram para a compreensão do processo de erosão dentária.

PALAVRAS-CHAVE: Desgaste dos dentes. Erosão dentária. Testes de dureza

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3.2 Avaliação in vitro de dentifrícios contendo fluoreto e hexametafosfato de sódio sobre a erosão dentária

Amaral JG1*, Pessan JP1, Vilha TA1, Moretto MJ1, Martinhon CCR1, Delbem ACB1

1Departamento de Odontologia Infantil e Social, Faculdade de Odontologia de Araçatuba/ Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP, Brasil.

OBJETIVO: O presente estudo avaliou o efeito de dentifrícios fluoretados contendo hexametafosfato de sódio (HMP) sobre a erosão dentária in vitro.

MATERIAIS E MÉTODOS: Blocos de esmalte bovino (n=72) foram selecionados após polimento e análise da dureza superficial (SH inicial), sendo aleatoriamente divididos em seis grupos (n=12) de acordo com o tipo de dentifrício utilizado: placebo, 1100 μg F/g, 5000 μg F/g, 500 μg F/g com 1% de HMP, 1100 μg F/g com 2,2% de HMP e 5000 μg F/g com 10% de HMP. Durante sete dias, os blocos foram submetidos a desafios erosivos 4x ao dia (solução de ácido cítrico, 0,04 M e pH 3,2) durante 5 minutos, e tratados em seguida com os respectivos dentifrícios (diluídos 1:3 - dentifrício/água deionizada) por 15 segundos. Entre cada desafio erosivo/tratamento houve um intervalo de 2 horas. Os blocos foram submetidos à análise de perfilometria e de dureza superficial. Os resultados foram submetidos à ANOVA (1-critério) e ao teste de Bonferroni (dureza de superfície) e Student-Newman-Keuls (perfilometria) (p<0,05).

RESULTADOS: Os blocos tratados com os dentifrícios 500 μg F/g com 1% de HMP e 5000 μg F/g apresentaram os menores valores de desgaste em relação aos demais grupos (p<0,05), não havendo diferenças significativas entre os mesmos. Com relação à dureza de superfície, os grupos 1100 μg F/g e 5000 μg F/g apresentaram os maiores valores, seguido pelos grupos 5000 μg F/g com 10% HMP, 1100 μg F/g com 2,2% HMP, 500 μg F/g com 1% HMP e placebo (p<0,05).

CONCLUSÃO: Concluiu-se que o dentifrício com 500 μg F/g suplementado com 1% HMP promoveu um maior efeito protetor contra os desafios erosivos, apresentando desgaste semelhante ao dentifrício com 5000 μg F/g.

PALAVRAS-CHAVE: Erosão dentária. Fluoreto. Polifosfato

3.3 Efeito in situ de diferentes tempos de ação salivar na inibição da erosão do esmalte

Jordão MC1*, Mendonça FL1, Oliveira GC1, Gonçalves PSP1, Magalhães AC2, Honório HM1, Rios D1

1Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade de Odontologia de Bauru/ Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil.2Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Odontologia de Bauru/ Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil. OBJETIVO: A saliva apresenta importante papel na manutenção das estruturas dentárias. Esse estudo avaliou a influência de diferentes tempos de ação salivar in situ na inibição da erosão dentária.

MATERIAIS E MÉTODOS: Cento e oitenta blocos de esmalte bovino foram selecionados por microdureza e aleatoriamente divididos em 5 grupos: controle (sem ação salivar), 30 min, 1, 2 e 12 h de ação salivar. Foram 4 fases cruzadas com intervalo de 1 dia. Para cada fase de ação salivar, 20 voluntários utilizaram dispositivos intrabucais palatinos contendo 2 blocos de esmalte durante o tempo correspondente a cada grupo. Para o grupo 12 h, os dispositivos intrabucais foram utilizados à noite, durante o sono. Imediatamente após a etapa in situ de cada grupo, os aparelhos e os blocos do grupo controle foram imersos em ácido clorídrico (0,01 M, pH 2,3) durante 30 segundos (lesão de erosão inicial). A dureza superficial de todos os blocos foi avaliada previamente à etapa in situ (SHi) e após a erosão (SHf) para o cálculo do percentual de perda de dureza (%PDS = [(SHi-SHf)/(SHi)]x100). Os dados foram submetidos à ANOVA e teste Tukey (p<0,05).

RESULTADOS: Os grupos 30 min e 1 h de ação salivar e o grupo controle não apresentaram diferença estatística significativa. Os grupos de 2 h e 12 h de ação salivar apresentaram efeito estatisticamente semelhante e uma significativa menor %PDS em relação ao controle.

CONCLUSÃO: O efeito da saliva in situ é capaz de diminuir a desmineralização erosiva do esmalte, no entanto é necessário um tempo mínimo de duas horas para obtenção do efeito. O aumento no tempo de permanência entre duas e doze horas do esmalte em saliva não promove um aumento na sua ação protetora.

APOIO FINANCEIRO: FAPESP (2013/15765-2)

PALAVRAS-CHAVE: Erosão dentária. Saliva. Testes de dureza

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3.4 Efeito de vernizes contendo trimetafosfato de sódio sobre a erosão/abrasão da dentina bovina in vitro

Danelon M1*, Pessan JP1, Ramos J1, Moretto MJ1, Delbem ACB1

1Departamento de Odontologia Infantil e Social, Faculdade de Odontologia de Araçatuba/Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP, Brasil.

OBJETIVO: O presente estudo avaliou a eficácia de vernizes fluoretados suplementados ou não com trimetafosfato (TMP) sobre a erosão e abrasão dentinária. MATERIAIS E MÉTODOS: Discos de dentina bovina polidos (n = 60; diâmetro de 4 mm) foram selecionados por microdureza de superfície (SMH). Em seguida foram divididos em 5 grupos (n=12) de acordo com o tipo de verniz utilizado: placebo (sem F/TMP), 5% NaF (5%NaF), 2,5% NaF (2,5%NaF), 2,5% NaF associado a 5% TMP (2,5NaF + 5%TMP), 5% NaF associado a 5% TMP (5%NaF + 5%TMP). O desafio erosivo foi promovido por imersão em ácido cítrico (0,05 M, pH 3,2) por 5 minutos (4 vezes ao dia) e o tratamento abrasivo, por escovação mecânica por 15 segundos, por um período de 5 dias. Após os desafios, determinou-se o desgaste dentinário (μm). Para análise dos dados foi considerado como fator de variação o tipo de verniz experimental, e como variável de medida, o desgaste da superfície dentinária (μm). Os dados foram submetidos à análise de variância (1-critério) seguida pelo teste de Student-Newman-Keuls (p<0,05).

RESULTADOS: Não houve diferença estatística entre os grupos na análise de SMH (p>0,05). Os grupos com 2,5%NaF + 5%TMP e 5%NaF + 5%TMP apresentaram os menores valores de desgaste quando comparados aos outros grupos (p<0,05). Os grupos 2,5%NaF e 5%NaF apresentaram desgastes similares (p>0,05).

CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que é possível diminuir a erosão/abrasão dentinária suplementando um verniz fluoretado com trimetafosfato de sódio.

PALAVRAS-CHAVE: Abrasão dentária. Erosão dentária. Flúor

3.5 Influência do desafio erosivo/abrasivo em dentes decíduos submetidos a procedimentos restauradores com diferentes protocolos adesivos

Santos NM1, Assunção CM1,3, Erhardt MCG2, Goulart M2, Essvein TE2, Lussi A3, Rodrigues JA1

1Departamento de Cirurgia e Ortopedia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.2Departamento de Odontologia Conservadora, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.3Departamento de Odontologia Preventiva, Restauradora e de Pediatria, Universidade de Berna, Berna, Suíça.

OBJETIVO: Avaliar a influência do desafio erosivo na interface dente-restauração do dente decíduo submetido a diferentes protocolos adesivos (convencionais e autocondicionantes, contendo ou não flúor).

MATERIAIS E MÉTODOS: Quarenta molares decíduos foram utilizados e aleatoriamente divididos de acordo com o sistema adesivo: G1 (Adper Single Bond 2®), G2 (Single Bond Universal®), G3 (Optibond FL®) e G4 (Bond Force®). Após a realização do preparo cavitário padronizado (2x2mm), os sistemas adesivos foram aplicados e as amostras restauradas com resina composta. Metade das amostras foi submetida ao desafio erosivo e abrasão e a outra metade (grupo controle) permaneceu imersa em saliva artificial. Para o desafio erosivo, as amostras foram imersas em 50 ml de Coca-Cola® (pH 3,6) por 1 minuto a 25°C, sob agitação constante, 3x/dia, por 5 dias. As amostras foram escovadas uma vez ao dia com pasta fluoretada e saliva artificial. Para a análise da microinfiltração marginal, as amostras foram imersas em azul de metileno 1%, seccionadas longitudinalmente, e analisadas através da extensão da penetração do corante na interface dente-restauração, sob microscópio óptico com aumento de 40x. Microdureza longitudinal (CSMH) foi realizada utilizando 50g/5s, a 25μm, 50μm e100μm da superfície erodida e a 25μm, 75μm e 125μm da interface com o adesivo. Foram aplicados os testes Kruskal Wallis para microinfiltração e ANOVA a 2 critérios para microdureza (p<0,05).

RESULTADOS: Considerando a microinfiltração, em 7,5% das amostras não foi observada presença de corante, em 30% somente em esmalte e em 62,5% o corante infiltrou além da junção amelodentinária. Não foram observadas diferenças estatísticas para CSMH nas diferentes profundidades (p≥ 0,05) e para microinfiltração (p=0,413) entre os grupos experimentais.

CONCLUSÃO: Não foram observadas mudanças significativas tanto no grupo teste quanto no controle para microinfiltração ou CSMH em dentes decíduos restaurados utilizando diferentes protocolos adesivos.

PALAVRAS-CHAVE: Dente decíduo. Erosão dentária. Restauração dentária permanente

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3.6 Influência do tipo de dispositivo intrabucal na desmineralização erosiva do esmalte

Gonçalves PSP1*, Jordão MC1, Mendonça FL1, Oliveira GC1, Magalhães AC2, Honório HM1, Rios D1

1Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade de Odontologia de Bauru/ Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil.2Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Odontologia de Bauru/ Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil. OBJETIVO: Este estudo in situ comparou a influência de aparelhos intrabucais palatinos e mandibulares na desmineralização erosiva do esmalte.

MATERIAIS E MÉTODOS: Oitenta blocos de esmalte bovino foram selecionados por meio da microdureza de superfície e distribuídos aleatoriamente em dois grupos: aparelho palatino e aparelho mandibular. O estudo foi realizado em 2 fases cruzadas in situ, com um intervalo de um dia. Em cada fase, vinte voluntários usaram o aparelho intrabucal em estudo contendo 2 blocos, durante 2 horas. Imediatamente após a remoção do aparelho, os blocos foram submetidos in vitro à exposição ácida por curto período, por meio da imersão em ácido clorídrico 0,01 M (pH 2,3) durante 30 s, o que resultou em erosão inicial (amolecimento superficial). A dureza de superfície dos blocos de esmalte foi analisada previamente à fase in situ (SHi) e após a erosão (SHf), para o cálculo do percentual de perda de dureza superficial (% PDS = [(SHi-SHf)/ (SHi)] x100). Os dados foram analisados utilizando ANOVA de medidas repetidas e teste de Tukey (p <0,05).

RESULTADOS: Os resultados não mostraram diferença estatística significativa no grau de desmineralização erosiva do esmalte quando comparados os aparelhos intrabucais palatino (9,66 ± 5,4% KHN) e mandibular (10,52 ± 5,6% KHN).

CONCLUSÃO: Ao se considerar os modelos de estudo in situ, o tipo de aparelho intrabucal (palatino x mandibular) não interfere no grau de desmineralização erosiva do esmalte.

APOIO FINANCEIRO: FAPESP (2013/15765-2)

PALAVRAS-CHAVE: Erosão dentária. Saliva. Testes de dureza

Lima RL1, Camargo LG1, Leite MF1, Sant´Anna GR1

1Faculdade de Odontologia/ Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, SP, Brasil.

OBJETIVO: A ingestão de bebidas energéticas encontra-se disseminada no Brasil, principalmente entre os jovens e, suas consequências para o meio bucal são pouco conhecidas. Esse estudo in vitro objetivou analisar o pH inicial e a concentração ácida de energéticos comercializados e algumas formas de preparo com bebidas alcoólicas.

MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisados o pH e a concentração ácida de energéticos comercializados (n=16) e algumas formas de preparo com bebidas alcoólicas (n=64): puro - E, com uísque - EU, com rum - ER e com vodca - EV. Para análise estatística utilizou-se ANOVA com intervalo de confiança de 95% e múltiplas comparações de Tukey.

RESULTADOS: Todas as bebidas energéticas analisadas apresentaram pH ácido em relação ao pH crítico dos tecidos mineralizados dentários. Quando acrescidas de bebidas alcoólicas, o valor foi mantido em todas as combinações. Houve diferença estatística significante (p < 0,001) de pH inicial entre E (3,31 ± 0,65) e EU (3,65 ± 0,65); E e ER (3,65 ± 0,65) e E e EV (3,65 ± 0,63). Quanto à porcentagem de ácido na composição da bebida e dos preparos alcoólicos, houve diferença (p<0,001) entre E (7,12 ± 3,80) e EU (3,94 ± 2,71), E e ER (3,65 ± 2,35) e E e EV (3,73 ± 2,26).

CONCLUSÃO: Bebidas energéticas puras têm potencial desmineralizante quanto ao pH inicial, que se mantém ácido quando acrescidas de bebidas alcoólicas, apesar da concentração ácida em sua formulação diminuir ao se acrescentar bebidas alcoólicas.

PALAVRAS-CHAVE: Bebidas alcoólicas. Bebidas energéticas. Erosão dentária

3.7 Avaliação do potencial erosivo de bebidas energéticas comercializadas associadas ou não ao álcool

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4. DIAGNÓSTICO E RISCO DE CÁRIE14/04/2015 | 16:30-17:00

4.1 Escala de porosidade do esmalte para diferenciar o status de atividade das lesões de cárie

Louzada IC1*, Tedesco TK1,Rezende KMP1, Braga MM1

1Departamento de Odontopediatria, Faculdade de Odontologia/ Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. OBJETIVO: O objetivo foi validar uma escala de porosidade baseada na avaliação ultraestrutural por microscopia eletrônica de varredura (MEV) para diferenciação do status de atividade de lesões de cárie em dentes decíduos.

MATERIAIS E MÉTODOS: Trinta e sete dentes decíduos foram clinicamente avaliados quanto à presença e atividade de lesões (lesão ativa, lesão inativa ou superfície hígida). Após exodontia/exfoliação, em cada uma dessas superfícies foram selecionadas áreas de lesão e/ou áreas hígidas, que foram analisadas por MEV com câmara ambiental em aumentos de 1000, 2500, 5000 e 10000x, totalizando 318 imagens. Duas examinadoras, previamente calibradas, classificaram as imagens de acordo com uma escala de porosidade adaptada a partir de uma escala desenvolvida para avaliar padrões de condicionamento ácido do esmalte (Galil, Wright, 1979): 1- dissolução dos núcleos dos prisma (favos de mel); 2- dissolução da periferia dos prismas (paralelepípedos); 3- alternância entre os tipos 1 e 2; 4- superfícies fissuradas (mapas ou redes); 5- superfícies planas, mas com evidências de alteração superficiais mínimas; 6 (escore criado)- superfície sem evidência ultraestrutural de desmineralização superficial. Os escores 2 e 3 foram reordenados para análise estatística de maneira que quanto menor o escore, maior o grau de porosidade. Análises de regressão de Poisson foram utilizadas para verificar associação entre o padrão clínico das lesões e a escala de porosidade adaptada. Rate ratios (95%IC) foram calculadas como medida de associação.

RESULTADOS: Maiores escores foram atribuídos para lesões inativas (RR=1,45; 95%IC:1,08-1,96) e superfícies hígidas (RR=1,39; 95%IC:1,06-1,83) que para lesões ativas (RR=1,04; 95%IC:0,90-1,21). Lesões inativas não apresentaram diferenças comparadas às superfícies hígidas. A magnificação das imagens não influenciou na diferenciação (p=0,94).

CONCLUSÃO: A escala de porosidade adaptada de padrões de condicionamento ácido é válida para diferenciar ultraestruturalmente lesões ativas de lesões inativas e superfícies hígidas.

APOIO FINANCEIRO: CNPq, Pró-Reitoria de Pesquisa (Edital Novos Docentes) e FFO (Fundecto)

PALAVRAS-CHAVE: Cárie Dentária. Dente Decíduo. Porosidade

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4.2 Diferenças entre estudantes de Odontologia na percepção sobre atividade prática de detecção de lesões cariosas

Pedroza-Uribe IM*1, Conessa J1, Floriano I1, Reyes A1, Mattos-Silveira J1, Gimenez T1, Braga MM1

1Departamento de Ortodontia e Odontopediatria, Faculdade de Odontologia/ Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

OBJETIVO: Este estudo piloto comparou alunos do 2º e 4º ano de Odontologia quanto à percepção do ensino de detecção de lesões cariosas, após a realização de uma atividade prático-laboratorial usando o ICDAS.

MATERIAIS E MÉTODOS: Alunos do 2º ano (n=51) e 4º ano (n=48) do curso de Odontologia da FO-USP responderam um questionário sobre a percepção diante de uma atividade teórico-laboratorial em detecção de lesões cariosas, com auxílio de um sistema de escores (ICDAS). O questionário, respondido no início e ao final da atividade, continha perguntas sobre percepção da atividade e julgamento sobre preparo e habilidade para detecção de lesões. Análises de regressão de Poisson foram utilizadas e as razões de prevalência (RP) calculadas, para verificar a influência da turma do aluno e de outras variáveis explicativas nas respostas.

RESULTADOS: No início da atividade, as turmas assemelharam-se quanto à postura frente à atividade e ao julgamento da importância e facilidade sobre a detecção das lesões de cárie usando ICDAS (p>0,05). Ao final da atividade, os alunos do 4º ano atribuíram menor grau de importância clínica para o uso de um índice na detecção de lesões que os alunos de 2º ano (RP=0,96 95%IC=0,92-0,99). Os alunos muito satisfeitos com a atividade tiveram probabilidade 10% maior de atribuir maior importância à detecção de lesões comparados aos não satisfeitos (RP=1,10; 95%IC:1,01-1,21). Independente da turma, os alunos que declaram ter maior facilidade para detecção de lesões também se declaram melhor preparados (RP=1,17; 95%IC:1,07-1,28) e atribuíram maior importância ao uso dos escores (RP=1,03; 95%CI:1,01-1,07).

CONCLUSÃO: Os alunos em início de formação parecem dar mais importância aos escores para detecção de lesões cariosas, mas a percepção da atividade prática nesse âmbito não sofre influência da turma de formação, mas sim de outros fatores relacionados à postura do aluno.

APOIO FINANCEIRO: CNPq (400736/2014-4), CAPES, FAPESP

PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Diagnóstico. Ensino

Tannure PN1*, Oliveira DN1, Valente AR1, Fidalgo TKS2, Antonio AG2

1Disciplina de Odontopediatria, Curso de Odontologia/ Universidade Veiga de Almeida, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.2Departamento de Odontopediatria e Ortodontia, Faculdade de Odontologia/ Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

OBJETIVO: Objetivou-se identificar os determinantes socioeconômicos e os fatores de risco para a cárie em crianças de um abrigo infantil no Rio de Janeiro.

MATERIAIS E MÉTODOS: Foram incluídos dados coletados de responsáveis e escolares com idade entre 3 e 12 anos matriculados no Abrigo Municipal Tereza de Jesus. O responsável respondeu um questionário composto por dados sociodemográficos, hábitos de higiene bucal e dieta. Após realização de profilaxia profissional, as crianças foram submetidas a exames clínicos, em cadeiras odontológicas utilizando luz artificial, sonda exploradora nº5 com ponta romba e espelho plano. Os exames foram realizados por alunos de pós-graduação, supervisionados por um professor. Os dados foram tabulados e armazenados utilizando o programa SPSS 20.0 (SPSS Inc, Il, EUA) e analisados pelos testes Qui-quadrado e exato de Fischer (p<0,05).

RESULTADOS: Trinta e oito responsáveis estiveram presentes na entrevista. Deste universo, o principal cuidador eram as mães com o ensino médio completo/superior incompleto e pertencentes ao nível C2 (IBGE). Foram examinadas 67 crianças (6,98±2,15 anos) de um total de 450 entre junho de 2013 a março de 2014. A maioria era meninos (55,2%), na fase de dentição mista (70,1%), livres de cárie (56,7%) e de fluorose (77,6%). Quanto ao índice de cárie, a maior média encontrada foi na dentição decídua com um CEO-D de 1,33 (±2,25) enquanto que na permanente o CPO-D foi de 0,43 (±0,99). O nível de escolaridade do cuidador e a condição socioeconômica familiar não foram associados à cárie dentária (p>0,05). A presença de biofilme dentário, hipoplasia e sangramento gengival também não apresentaram associações positivas para o desenvolvimento da doença (p>0,05).

CONCLUSÃO: Os determinantes socioeconômicos e os fatores de risco estudados não foram considerados predisponentes para o desenvolvimento da cárie nesta população.

APOIO FINANCEIRO: FAPERJ (Proc. 110.674/2013)

PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Criança institucionalizada. Saúde bucal

4.3 Determinantes socioeconômicos e fatores de risco para cárie em crianças de um abrigo municipal/RJ

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Campos PH1*, Cordeiro RCL2, Ferreira-Zandona AG3, Diniz MB1

1Departamento de Odontopediatria, Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, SP, Brasil.2Departamento de Odontopediatria, Faculdade de Odontologia de Araraquara/ Universidade Estadual Paulista, Araraquara, SP, Brasil.3Departamento de Dentística Operatória, Faculdade de Odontologia/ Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, Chapel Hill, Carolina do Norte, EUA.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo in vitro foi comparar o desempenho de um novo dispositivo baseado em LED (Midwest Caries I.D.; MID), do critério visual ICDAS (International Caries Detection and Assessment System) e do dispositivo de fluorescência à laser (DIAGNOdent 2190; DDpen) na detecção de lesões de cárie oclusal em molares decíduos.

MATERIAIS E MÉTODOS: Oitenta e oito molares decíduos com superfície oclusal hígida ou com diferentes estágios de lesões de cárie foram avaliados duas vezes, com um intervalo de uma semana, por um examinador utilizando MID, ICDAS e DDpen. Os dentes foram seccionados e a profundidade da lesão foi avaliada utilizando estereomicroscópio como padrão-ouro. Sensibilidade, especificidade e acurácia foram calculadas nos limiares de diagnóstico D1 (lesões em esmalte e dentina) e D3 (lesões em dentina). O teste de correlação de Spearman foi utilizado para comparação dos dados obtidos com a análise histológica. Os coeficientes Kappa ponderado e de correlação intra-classe (ICC) foram calculados para avaliar a reprodutibilidade intra-examinador.

RESULTADOS: Em D1 as especificidades foram 0,30 (MID), 0,70 (ICDAS) e 0,48 (DDpen); as sensibilidades 0,71 (MID), 0,86 (ICDAS) e 0,81 (DDpen); e as acurácias 0,61 (MID), 0,82 (ICDAS) e 0,73 (DDpen). Em D3 os valores de especificidade foram 0,93 (MID); 0,92 (ICDAS) e 0,83 (DDpen); de sensibilidade 0,43 (MID), 0,71 (ICDAS) e 0,93 (DDpen); e de acurácia 0,89 (MID), 0,90 (ICDAS) e 0,84 (DDpen). Os valores de correlação de Spearman com o histológico foram 0,15 (MID), 0,57 (ICDAS) e 0,44 (DDpen). Os valores de reprodutibilidade intra-examinador foram 0,30 (MID), 0,92 (ICDAS) e 0,77 (DDpen).

CONCLUSÃO: O dispositivo Midwest Caries I.D não apresentou bom desempenho para detectar lesões de cárie oclusal em molares decíduos quando comparado ao ICDAS e ao dispositivo DDpen.

APOIO FINANCEIRO: CAPES (Processo nº 4053/08-7)

PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Dente decíduo. Diagnóstico

4.4 Desempenho de um dispositivo baseado em LED na detecção de cárie oclusal em molares decíduos

Cabral RN1*, Faber J2, Leal SC1

1Departamento de Odontopediatria, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil.2Departamento de Ortodontia, Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil.

OBJETIVO: Verificar se avaliação do risco à cárie dentária por meio do formulário baseado no Cariograma® software é capaz de predizer o aparecimento de novas lesões de cárie no período de um ano.

MATERIAIS E MÉTODOS: 150 escolares, entre 5-7 anos de idade, foram incluídos em um estudo longitudinal. Todos os escolares foram avaliados quanto à cárie dentaria por meio do ICDAS II, e todos foram classificados quanto ao risco utilizando um formulário baseado no software Cariograma®, que foi preenchido por meio de questionários enviados aos pais. Após 1 ano, 89 crianças foram reavaliadas para análise da progressão de cárie considerando o grupo de risco ao qual foram alocadas inicialmente. Todos os exames foram conduzidos por uma única examinadora treinada e calibrada. Foram realizados modelos de regressões múltiplas para se determinar a influência do risco à cárie na progressão da doença considerando os molares superiores/inferiores de ambas as dentições. Teste kappa foi realizado para avaliar a confiabilidade intraexaminador para o diagnóstico das lesões de cárie.

RESULTADOS: 89 crianças compuseram a amostra, sendo 44 meninos e 45 meninas, com média da idade de 6,79±0,48. O ceod médio foi de 3,68±3,05. Crianças com ceod>2 representaram 56,1% da amostra. Em relação ao risco de cárie inicial, 8% das crianças foram classificadas como alto risco, 86% risco moderado e 6% risco baixo. Em 16% da amostra houve progressão das lesões de cárie, e neste caso a maioria das crianças foi classificada com risco moderado. Regressões múltiplas mostraram que não houve influência da classificação inicial do risco na progressão da doença (p>0,05). O coeficiente kappa foi de 0,924.

CONCLUSÃO: Para a amostra estudada, o formulário baseado no software Cariograma® não foi capaz de predizer novas lesões de cárie ao longo de 1 ano.

APOIO FINANCEIRO: CNPq

PALAVRAS-CHAVE: Cárie Dentária. Risco. Saúde Bucal

4.5 Formulário baseado no software Cariograma® é uma ferramenta capaz de predizer novas lesões de cárie?

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Bueno TL1, Agulhari MAS1, Modena KCS1, Consolmagno EC1, Wang L1, Atta MT1

1Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia de Bauru/ Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi verificar o uso de imagens fotográficas como um método diagnóstico para contribuir na decisão de intervir em sulcos e fissuras pigmentadas em molares após avaliação in vivo e in vitro.

MATERIAIS E MÉTODOS: Foram selecionados, nas clínicas de Dentística da FOB-USP, 62 molares permanentes com sulcos pigmentados de 18 pacientes. Os dentes foram examinados clinicamente e por meio de imagens fotográficas digitais por 3 examinadores independentes e previamente calibrados. Para validação do método, foi realizado um estudo in vitro em que 60 molares extraídos e com sulcos pigmentados foram fotografados seguindo as especificações do estudo in vivo e avaliados pelos mesmos examinadores. Os dados foram registrados como Sim ou Não para necessidade de intervenção, tanto para o exame visual como para as imagens das fotografias dos mesmos dentes. Os dentes foram seccionados em máquina de corte digital ISOMET® 1000, com disco diamantado dupla face, perpendicularmente à superfície oclusal em cortes no sentido do sulco principal, fotografados e analisados pelos 3 avaliadores. Os dados foram avaliados pela estatística Kappa e pelo teste Qui-Quadrado (p<0,05).

RESULTADOS: Os valores de Kappa interexaminador para as avaliações in vivo foram para análise visual: 0,65-0,55-0,53 e fotográfica: 0,79-0,89-0,89. Para as análises in vitro, os valores para a análise visual foram: 0,85-0,65-0,78 e fotográfica: 1-0,86-0,86. No entanto, a porcentagem de concordância para o exame visual e fotográfico quando comparados aos cortes foram de 70% e 60%, com um Kappa abaixo do esperado de 0,31 e 0,05, respectivamente. Para a etapa in vitro o teste Qui-Quadrado demostrou que somente o exame visual apresentou uma leve associação com os cortes (p=0,036).

CONCLUSÃO: As fotografias digitais não podem ser utilizadas como um método de diagnóstico, mas podem servir de documentação e controle. O exame visual é sempre necessário e mais confiável. PALAVRAS–CHAVE: Cárie dentária. Diagnóstico bucal. Fotografia dentária

4.6 Uso da fotografia digital como método de diagnóstico de lesão cariosa incipiente em fissuras pigmentadas

5. ESTUDOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLOGIA14/04/2015 | 17:05-17:35

5.1 Utilização de caseína fosfato de cálcio amorfo (CPP-ACP) sobre manchas brancas: estudo clínico randomizado

Mendes ACB1*, Restrepo MR1, Bussaneli DG1, Zuanon ACC1

1Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Araraquara/ Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Araraquara, SP, Brasil.

OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia do CPP-ACP na remineralização de lesões de manchas brancas em dentes anteriores de crianças de 5 a 13 anos de idade, matriculadas nas escolas Municipais da cidade de Botucatu-SP.

MATERIAIS E MÉTODOS: O estudo contou com 36 indivíduos divididos em 4 grupos experimentais: 1- controle (placebo); 2- flúor gel; 3- CPP-ACP; 4- CPP-ACP + flúor gel. Foram realizadas 2 aplicações dos referidos produtos por um examinador calibrado, com intervalo de uma semana entre elas. O acompanhamento das lesões foi realizado com o dispositivo DIAGNOdent Pen, antes da primeira aplicação, antes da segunda aplicação, depois de 1 mês e 3 meses da primeira aplicação. No estudo de intensidade de lesões foi aplicado o teste de Friedman e na comparação entre os grupos experimentais, o teste de Kruskal-Wallis. Essas análises foram complementadas pelo teste de Dunn e o nível de significância foi de 5%.

RESULTADOS: Observou-se que ao final dos 90 dias de acompanhamento, as aplicações de CPP-ACP e de flúor tópico apresentaram melhora na remineralização com semelhança estatística nos resultados. O melhor resultado na remineralização de lesões de manchas brancas foi observado quando associou-se o CPP-ACP ao flúor.

CONCLUSÃO: A utilização de CPP-ACP é uma boa alternativa para a remineralização de manchas brancas e seu efeito pode ser ainda melhor quando associada ao flúor.

PALAVRAS-CHAVE: Esmalte dentário. Fluoretos. Remineralização dentária

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5.2 Expressão gênica de virulência de Streptococcus mutans em lesões dentinárias de cárie precoce da infância

Bezerra DS1*, Stipp RN2, Neves BG1, Guedes SFF1, Rodrigues LKA1

1Departamento de Clínica Odontológica, Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem/ Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil. 2Departamento de Diagnóstico Oral, Faculdade de Odontologia de Piracicaba/ Universidade de Campinas, Piracicaba, SP, Brasil.

OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo verificar a prevalência e quantidade de Streptococcus mutans (SM) viáveis, bem como analisar a expressão de seus genes de virulência em lesões dentinárias ativas e inativas de crianças com cárie precoce da infância (CPI).

MATERIAIS E MÉTODOS: Amostras dentinárias de 29 lesões de cárie ativa e de 16 inativas foram coletadas de crianças em idade pré-escolar (2-5 anos de idade). Foi extraído o RNA total das amostras e reações de RT-qPCR foram realizadas para identificação, quantificação e análise de expressão de genes de virulência de SM (atpD, fabM, nox, pdhA e aguD). Os dados foram analisados pelo teste t de Student ou pelo teste de Mann-Whitney.

RESULTADOS: Embora presentes em baixa quantidade em relação ao total de bactérias, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes na prevalência e na quantificação de SM em lesões de cárie ativas e inativas (p>0,05). Todos os genes de virulência foram expressos em ambos os grupos, entretanto pdhA e aguD foram mais expressos em lesões inativas (p≤0,05).

CONCLUSÃO: Embora presente em baixa quantidade, SM é parte da comunidade microbiana viável em lesões de dentina e seus genes pdhA and aguD mostraram uma expressão aumentada em lesões dentinárias inativas, provavelmente devido às condições ambientais desfavoráveis para o crescimento microbiano, inerente a este tipo de lesão.

APOIO FINANCEIRO: CNPq (475346/2011-4 -MCT/CNPq 14/2011 - Universal)

PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Dentina. Expressão gênica

5.3 Influência do método de seleção no perfil de pacientes incluídos em pesquisas em Odontopediatria

Floriano I1*, Mattos-Silveira J1, Reyes A1, Guedes RS1, Piovesan C2, Mendes FM1, Braga MM1

1Departamento de Ortodontia e Odontopediatria, Faculdade de Odontologia/ Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.2Curso de Odontologia, Centro Universitário Franciscano, Santa Maria, RS, Brasil.

OBJETIVO: Esse estudo teve como objetivo comparar o perfil de pacientes incluídos em estudos realizados na área de Odontopediatria, com amostras compostas a partir de diferentes métodos de seleção: crianças que buscam tratamento e crianças que são selecionadas aleatoriamente na população.

MATERIAIS E MÉTODOS: Para esse estudo, os bancos de dados de outros estudos primários foram utilizados. Um deles consistiu em crianças selecionadas em uma campanha de vacinação, submetidas ao exame odontológico sem convocação prévia (Piovesan et al., 2013) (n=639). O outro estudo incluiu crianças que buscaram tratamento odontológico (ClinicalTrials.gov NCT01477385/NCT0150135) (n=225). Todos os pacientes foram examinados em cadeira odontológica, com relação à presença de lesão de cárie, além de os pais preencherem um questionário com dados sócio-demográficos. O perfil dos pacientes foi comparado utilizando testes t e análises de Poisson (grupo vacinação vs. grupo buscou tratamento). As crianças selecionadas na campanha de vacinação apresentavam, em média, idade inferior que as que buscavam tratamento (média [desvio-padrão]) (2,8 [1,1] e 6,4 [1,4] anos, respectivamente); por isso, as comparações foram ajustadas pela idade.

RESULTADOS: Apesar de as amostras não diferirem com relação a raça e estrutura familiar, observou-se que existe diferença no que diz respeito à renda (RP [IC 95%]) (2,09 [1,61 – 2,70]), ao capital social de vizinhança (como por exemplo, contato com parentes: 2,39 [1,81 – 3,17]) e pais com mais de oito anos de estudo (mãe: 0,58 [0,42 – 0,79]; pai: 0,69 [0,52 – 0,94]). Além disso, a amostra que procurou tratamento apresentava menor experiência de cárie (0,49 [0,29 – 0,84]) e relatava melhor percepção da saúde bucal (7,59 [4,68 – 12,34]).

CONCLUSÃO: Amostras coletadas com diferentes métodos de seleção podem apresentar experiências de cárie distintas. Além disso, características diferentes quanto a fatores sócio-demográficos, como percepção e postura frente à saúde bucal também podem ser encontradas.

APOIO FINANCEIRO: FAPESP (Proc. 2013/27206-8 e 2012/50716-0)

PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Dente decíduo. Diagnóstico

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Mattos-Silveira J¹*, Floriano I¹, Ferreira FR¹, Viganó ME¹, Mendes FM¹, Braga MM¹ ¹Departamento de Ortodontia e Odontopediatria, Faculdade de Odontologia/ Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

OBJETIVO: Comparar o custo-eficácia de opções de tratamento para lesões de cárie iniciais em superfícies proximais de molares decíduos quanto à redução de biofilme visível.

MATERIAIS E MÉTODOS: Neste ensaio clínico, duplo-cego e controlado com placebo (NCT01477385), 141 crianças com lesão de cárie inicial em superfície proximal de molares decíduos foram alocadas em três grupos de tratamentos: diamino fluoreto de prata a 30% – DFP (n=47), infiltrante resinoso – IR (n=47) e controle – instrução para uso do fio dental (n=47). Os indivíduos receberam instrução para usar o fio, o tratamento ativo e o(s) tratamento(s) placebo(s), mas apenas os custos do tratamento ativo e instrução para uso do fio dental foram computados nesse estudo. O biofilme visível nas superfícies proximais tratadas foi avaliado na primeira consulta e após 1, 6 e 12 meses. Os custos dos tratamentos foram comparados por análise de variância. Análises de custo-eficácia foram feitas e razão de custo-eficácia incremental (CER) foi calculada considerando como eficácia a porcentagem de redução de biofilme nos sítios avaliados.

RESULTADOS: O tratamento com IR apresentou o custo mais elevado por indivíduo (média=$40,02; DP=$10,40, p<0,001) e não houve diferença entre DFP e controle. Após um mês, os grupos apresentaram eficácia semelhante (p>0,05), porém a CER do grupo IR comparado ao controle foi de $1128,82 por sítio em que houve redução de placa. Aos 12 meses, IR apresentou pior eficácia na redução de biofilme proximal (17% vs. DFP=30% e controle=21%, p=0,005). Já a CER do DFP usando a mesma referência foi de $8,52, chegando após 12 meses a $5,83 por superfície com redução de placa.

CONCLUSÃO: O tratamento com IR é menos eficaz e mais caro quanto à redução de biofilme. O tratamento com DFP apresenta boa relação custo-eficácia para complementação do fio dental com tal finalidade.

APOIO FINANCEIRO: FAPESP (Proc. 2012/50716-0 e 2014/00271-7), CNPq, CAPES

PALAVRAS-CHAVE: Análise custo-benefício. Criança. Placa dentária

5.4 Abordagens minimamente invasivas para lesões de cárie proximais são igualmente custo-eficazes na redução de biofilme?

Viganó MEF¹*, Mattos-Silveira J¹, Lopes JMC, Braga MM¹

¹Departamento de Odontopediatria, Faculdade de Odontologia / Universidade de São Paulo, São Paulo SP, Brasil.

OBJETIVO: Avaliar a satisfação e a postura dos pais de crianças envolvidas em um estudo clínico randomizado para tratamento de lesões de cárie iniciais em superfícies proximais de molares decíduos.

MATERIAIS E MÉTODOS: Um estudo com grupos paralelos (diamino fluoreto de prata a 30%, infiltrante resinoso e grupo controle – instrução para uso do fio dental) foi realizado para verificar a eficácia dos tratamentos. 141 crianças foram seguidas por 2 anos. Ao final do estudo foi coletada a satisfação dos pais, que classificaram o tratamento em excelente, bom, aceitável ou ruim. Os pais que não retornaram para avaliação final ou avaliaram negativamente o tratamento, foram considerados como postura negativa e os que responderam positivamente sobre o tratamento, como postura positiva. Pacientes com dentes esfoliados após o tratamento (n=27) não foram considerados. Análises de regressão de Poisson foram realizadas para verificar a associação de variáveis explicativas com a postura dos pais e calculada a razão de prevalência (RP).

RESULTADOS: Nenhum responsável apontou impressão negativa sobre o tratamento. Cerca de 85% dos respondentes avaliaram o tratamento como excelente e 15% como bom (postura positiva). O grupo ao qual a criança foi alocada não influenciou no desfecho avaliado (RP=0,98; 95%IC:0,81-1,17). A postura positiva dos pais foi associada com crianças que relataram maior grau de desconforto na consulta de tratamento (RP=1,46; 95%IC:1,22-1,75) e da raça amarela (RP=1,58; 95%IC:1,35-1,88). Pais de crianças da raça negra mostraram mais frequentemente postura negativa que os da raça branca (RP=0,48; 95%IC:0,24-0,97).

CONCLUSÃO: A satisfação dos pais quanto ao tratamento recebido para lesões proximais é alta e independe do tipo do tratamento. Fatores como raça e experiência prévia com o tratamento podem influenciar a postura dos pais ao longo do estudo.

APOIO FINANCEIRO: CNPq, FAPESP (2012/50716-0)

PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Satisfação do paciente. Terapêutica

5.5 Atitudes dos responsáveis quanto aos tratamentos de lesões de cárie iniciais em proximais de decíduos

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Damiance PRM1*, Franco EC1, Santo CE1, Carleto NG1, Favoretto NC1, Oliveira AN1, Xavier A1, Damasceno RJ1, Panes VCB1, Godoy M1, Figueiredo AM1, Guedes MF1, Caldana ML1, Bastos JRM1

1Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade de Odontologia de Bauru/ Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil.

OBJETIVO: Relatar a prevalência de cárie dentária, uso e necessidade de prótese dentária total, em Monte Negro, nos anos de 2002 a 2008, em todos os grupos etários preconizados pela Organização Mundial da Saúde. MATERIAIS E MÉTODOS: A amostra foi composta por indivíduos de 5, 12, 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos de idade. Os munícipes foram submetidos ao exame bucal, em escola municipal. Para o exame foram utilizados: espelho bucal plano nº 5, sonda CPI e espátula de madeira. Os índices utilizados para a avaliação foram o CPOD e ceod. As variáveis discretas e contínuas foram apresentadas pela média e desvio padrão, enquanto as categóricas, por proporções.

RESULTADOS: Foram examinados 443 indivíduos, em 2002 e 635, em 2008. A prevalência da cárie dentária aos 5 anos foi considerada alta: 78,5%, em 2002; 65,5%, em 2008. Aos 12 anos, houve declínio da prevalência de cárie dentária em relação ao levantamento de 2002 e, aumento da severidade (aproximadamente 17%) em 2008. Entre 15 e 19 anos, a prevalência de cárie foi aproximadamente 90% nos dois anos. 100% dos indivíduos adultos apresentavam cárie dentária. Alta prevalência de cárie (98,2%) foi vista dos 65 a 74 anos. O uso e a necessidade de próteses dentárias, entre os adolescentes, foram considerados nulos. Entre os adultos, o uso e a necessidade de prótese total declinaram no período. No grupo dos idosos, acréscimos no uso e diminuição da necessidade foram vistos de 2002 a 2008.

CONCLUSÃO: A população apresenta alta prevalência de cárie dentária, em todos os grupos etários, com declínio da ocorrência em 2008. O uso de prótese dentária total aumentou apenas entre os idosos e a necessidade declinou, entre os adultos. A severidade da doença manteve-se alta aos 12 anos e entre os idosos.

PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Prevalência. Saúde Bucal

5.6 Condições de Saúde Bucal da população de Monte Negro/RO: projeto FOB-USP em Rondônia

6. TRATAMENTO14/04/2015 | 17:40-18:10

6.1 Impacto do tratamento odontológico na qualidade de vida de crianças com cárie de estabelecimento precoce

Vollú AL1*, Costa MEPR1, Maia LC1, Antonio AG1

1Departamento de Odontopediatria e Ortodontia, Faculdade de Odontologia/ Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

OBJETIVO: Avaliou-se o impacto do tratamento da cárie de estabelecimento precoce (CEP) na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de pré-escolares.

MATERIAIS E MÉTODOS: Foram selecionadas 16 crianças (3,56 ± 1,31 anos) com CEP para tratamento odontológico reabilitador. Realizaram-se anamnese, exames clínico e radiográfico. Foram coletados dados demográficos, da QVRSB e o índice ceo-d. A versão brasileira do questionário Early Childhood Oral Health Scale (B-ECOHIS) foi aplicada, em dois momentos: antes e após 30 dias do tratamento. Os escores do B-ECOHIS e o tamanho do seu efeito (TE) foram utilizados para avaliar a QVRSB dos pré-escolares. Utilizou-se o teste t de Student para comparação entre as médias do B-ECOHIS, considerando: gênero, idade, nível socioeconômico, severidade da cárie e tipo de tratamento.

RESULTADOS: O ceo-d médio apresentado foi de 6,25±4,20, não havendo diferença entre meninos (6,00±4,32) e meninas (6,83±4,35) (p=0,942). Dor de dente, problemas quanto à alimentação e irritabilidade dos pré-escolares, bem como o sentimento de culpa e aborrecimento dos pais foram os domínios com maior impacto antes do tratamento. Houve maior impacto nas meninas (17,67±8,68) em relação aos meninos (13,30±10,53) (p<0,001) e nos participantes com menos de 4 anos (16,71±9,96) (p<0,05). Os mais altos valores do B-ECOHIS foram observados nos tratamentos com extrações dentárias e mantenedores de espaço. Não houve diferença entre o B-ECOHIS total dos participantes da classe média (16,24±10,30) e baixa (15,97±10,26). O B-ECOHIS total e seus domínios decresceram após tratamento. Observou-se um grande efeito do tratamento reabilitador para os pré-escolares (TE=1,19) e suas famílias (TE=1,00).

CONCLUSÃO: O tratamento odontológico proporcionou significante melhora na QVRSB dos pré-escolares.

APOIO FINANCEIRO: FAPERJ (Proc. 110.090/2014)

PALAVRAS-CHAVE: Assistência Odontológica para Crianças. Cárie Dentária. Qualidade de Vida

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6.2 Técnica de duas camadas influencia positivamente o sucesso de restaurações ART: estudo clínico randomizado

Hesse D1*, Guglielmi CAB1, Bönecker M1, van Amerongen WE2, Bonifácio CC2, Raggio DP1

1Departamento de Odontopediatria, Faculdade de Odontologia/ Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.2Departamento de Cariologia, Odontopediatria e Endodontia, Centro Acadêmico de Odontologia Amsterdam (ACTA), Amsterdam, The Netherlands.

OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi comparar duas técnicas de inserção do Cimento de Ionômero de Vidro (CIV) em cavidades ocluso-proximais de molares decíduos tratados de acordo com o Tratamento Restaurador Atraumático (ART). Além disso, foram utilizados dois tipos de proteção superficial (vaselina e verniz nanoparticulado).

MATERIAIS E MÉTODOS: Foram selecionadas 208 crianças de 6-7 anos de idade com pelo menos uma lesão de cárie ocluso-proximal em molar decíduo. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em quatro grupos: G1- técnica convencional, com o CIV manipulado convencionalmente (razão pó/líquido 1:1) e protegido com vaselina; G2- técnica de duas camadas, constituída por uma camada de CIV com consistência fluida (razão pó/líquido 1:2) e uma segunda camada com consistência convencional, protegido com vaselina; G3- técnica convencional, protegido com verniz nanoparticulado; G4- técnica de duas camadas, protegido com verniz nanoparticulado. As restaurações foram avaliadas após 1, 6, 12, 18, 24 e 36 meses. Análise de sobrevida de Kaplan-Meier e teste log-rank foram realizados para comparar os diferentes grupos. As variáveis coletadas foram testadas para associação com a longevidade das restaurações usando-se análise de regressão Cox (α=5%).

RESULTADOS: A perda amostral após 36 meses foi 9,1% e a sobrevida das restaurações foi 52,8%. Os principais tipos de falhas encontrados foram perda total ou parcial da restauração (70%) seguida de inflamação de pulpar (14,2%). O teste log-rank indicou diferença significativa entre os grupos e as técnicas de inserção, com melhor sobrevida para a técnica de duas camadas (p=0,005). Não houve diferença em relação às proteções superficiais utilizadas (p=0,082). O teste de regressão de Cox mostrou que não houve influência de qualquer variável testada na taxa de sobrevida das restaurações.

CONCLUSÃO: A sobrevida de restaurações proximais realizadas pelo ART foi positivamente influenciada pela técnica de duas camadas, mas não foi afetada pela proteção superficial utilizada.

PALAVRAS-CHAVE: Cimentos de ionômeros de vidro. Dente decíduo. Tratamento dentário restaurador sem trauma

6.3 Broca de polímero e remoção de tecido cariado: uma revisão sistemática da literatura

Barreiros D1*, Oliveira DSB1, da Silva RAB1, da Silva LAB1, Nelson-Filho P1, Küchler EC1

1Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto/ Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil.

OBJETIVO: O objetivo do estudo foi avaliar os aspectos microbiológicos da remoção de dentina cariada e a diferença na redução de microrganismos antes e após a remoção do tecido cariado com brocas de polímeros por meio de uma revisão crítica e sistemática da literatura.

MATERIAIS E MÉTODOS: Dois revisores realizaram a pesquisa em banco de dados de estudos publicados entre janeiro de 1950 e maio de 2014. Os critérios de exclusão foram: estudos in vitro, ex vivo, relatos de casos, estudos com animais de séries de casos e comentários, estudos sem comparar a broca de polímero com outra técnica ou que avaliaram somente dentes permanentes. O Risco de viés foi avaliado com base na escala de Newcastle-Ottawa para estudos observacionais. Comparações de redução dos microrganismos antes e após a escavação do tecido cariado foram realizadas para cada estudo. O tamanho do efeito da redução foi calculado para cada estudo, de forma individual, usando a fórmula de Cohen.

RESULTADOS: Verificaram-se 108 estudos não duplicados. No entanto, após a análise dos artigos, apenas 2 foram incluídos. A avaliação quantitativa demonstrou que a broca polímero reduz os níveis de microrganismos. A broca de polímero apresentou o maior tamanho do efeito para Streptococcus mutans (r=0,84; d=3,12), seguido por Lactobacillus comparada à broca carbide (r=0,83; d=3,03). CONCLUSÃO: As brocas de polímero são eficazes na remoção seletiva de cárie, promovendo uma redução significativa de microrganismos, principalmente Streptococcus mutans.

PALAVRAS-CHAVE: Bactérias. Cárie dentária. Revisão

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Ferreira FR¹*, Vigano MEF¹, Mattos-Silveira J¹, Moriyama CM¹, Mendes FM¹, Braga MM¹

¹Departamento de Ortodontia e Odontopediatria, Faculdade de Odontologia/ Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

OBJETIVO: Verificar o desconforto relatado por adolescentes após tratamentos minimamente invasivos em lesões iniciais de cárie proximais de dentes posteriores permanentes.

MATERIAIS E MÉTODOS: Um estudo clínico randomizado e controlado por placebo para avaliar progressão de lesões de cárie, após aplicação de tratamentos minimamente invasivos, foi delineado. Resultados de parte da amostra (n=24 adolescentes entre 12 e 17 anos) foram analisados com a finalidade acima descrita. Três tratamentos foram utilizados para lesões de cárie iniciais em superfícies proximais: Infiltrante resinoso, diamino fluoreto de prata (DFP) e apenas instrução de fio dental (grupo controle). Cada paciente recebeu o tratamento ativo do grupo alocado e duas simulações dos outros tratamentos em cada consulta (placebo). Após cada etapa de tratamento, ativo ou não, foi aplicada a Escala Facial de Wong-Baker para verificar o desconforto do paciente frente aos tratamentos recebidos. O efeito dos tratamentos ativos no desconforto reportado pelos adolescentes foi testado com Regressão de Multinível de Poisson e os valores de Rate Ratio (RR) calculados com 95% de intervalo de confiança (IC). Outras variáveis independentes foram testadas para ajuste dos modelos (p<0,05).

RESULTADOS: Na analise univariada, o grupo controle foi associado a menores níveis de desconforto comparado ao infiltrante resinoso (RR=0,35; 95% IC=0,16-0,79). Ao DFP foram atribuídos níveis de desconforto semelhantes ao grupo controle (RR=1,53; 95% IC= 0,65-3,57). Ajustando o modelo múltiplo pelo desconforto na simulação dos tratamentos e pelo gênero, tanto o grupo controle (RR= 0,42; 95% IC=0,20-0,87) quanto o DFP (RR= 0,53; 95% IC= 0,29-0,96) apresentaram menores níveis de desconforto em relação ao infiltrante resinoso.

CONCLUSÃO: O uso de fio e de DFP causam menos desconforto aos adolescentes no tratamento de lesões de cárie proximais. A diferença no desconforto quanto aos tratamentos ativos parece estar influenciada pelo desconforto causado no uso de placebos.

APOIO FINANCEIRO: FAPESP (Proc. 2014/00271-7 e 2012/50716-0)

PALAVRAS-CHAVE: Adolescente. Cárie Dentária. Terapêutica

6.4 Desconforto relatado por adolescentes após tratamentos para lesões iniciais de cárie proximais: resultados preliminares

Costa ICO1, Raggio DP1, Hesse D1, Bonifácio CC2

1Departamento de Ortodontia e Odontopediatria, Faculdade de Odontologia/ Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.2Departamento de Odontopediatria, Centro Acadêmico de Odontologia de Amsterdam (ACTA), Amsterdam, The Netherlands. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar a longevidade de restaurações ART ocluso-proximais utilizando três diferentes materiais.

MATERIAIS E MÉTODOS: Um total de 290 molares decíduos com cavidades ocluso-proximais de cárie foi selecionado em crianças de 4 a 7 anos no município de Barueri/SP, Brasil. Os pacientes foram alocados randomicamente em três grupos: G1 – Restaurações com CIV de alta viscosidade (Fuji IX – GC), G2 – Restaurações com Compômero (Dyract Extra – Denstply) e G3 – Restaurações com Cimento Carbômero de Vidro (GCC – Glass Carbomer – GCP Dental). Todos os tratamentos foram feitos segundo os preceitos do ART e as restaurações foram avaliadas após 2 e 6 meses. A longevidade das restaurações foi avaliada utilizando análise de sobrevida de Kaplan-Meier e teste de Log-rank enquanto a análise de regressão de Cox foi utilizada para testar associação entre os fatores clínicos (α = 0,05).

RESULTADOS: Houve diferença entre a longevidade dos materiais testados. A pior performance foi do GCC (RR = 1.33, CI = 1.05–1.69, p=0.017). A taxa de sobrevida geral do estudo foi de 58,3% e a taxa de sobrevida por grupo foi G1 = 62%; G2 = 58% e G3=48%. A análise de regressão de Cox mostrou associação entre presença de cavidade na superfície do dente adjacente à superfície restaurada e CPOD na sobrevida das restaurações.

CONCLUSÃO: A utilização do material restaurador recém desenvolvido Carbômero de Vidro não aumentou a longevidade de restaurações ART ocluso-proximais em molares decíduos.

APOIO FINANCEIRO: FAPESP (2013/11236-5)

PALAVRAS-CHAVE: Dente decíduo. Longevidade. Tratamento Dentário Restaurador sem Trauma

6.5 Restaurações ART ocluso-proximais utilizando três diferentes materiais: Ensaio Clínico Randomizado

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6.6 Necessidade de tratamento invasivo associada à hipomineralização molar incisivo

Grossi JA¹*, Cabral RN¹, Leal SC¹

¹Departamento de Odontologia, Faculdade de Ciências da Saúde/ Universidade de Brasília, DF, Brasil.

OBJETIVO: Avaliar a necessidade de tratamento invasivo em dentes afetados pela hipomineralização molar incisivo (MIH).

MATERIAIS E MÉTODOS: 185 escolares, residentes em Paranoá/DF diagnosticados com MIH por meio de um estudo epidemiológico prévio, foram avaliados utilizando-se o critério Nyvad para o diagnóstico de cárie e o da Academia Européia de Odontopediatria – EAPD para diagnóstico de MIH por um único examinador treinado e calibrado. Todos os dentes com quebra pós-eruptiva do esmalte com exposição de dentina foram avaliados quanto à necessidade de tratamento.

RESULTADOS: 2200 dentes (740 molares e 1480 incisivos) de 93 meninos e 92 meninas (idade média de 9,07 ± 1,45) foram avaliados quanto à presença de MIH. Deste total, detectaram-se características de MIH em 27,5% da amostra (447 molares e 158 incisivos) e necessidade de tratamento invasivo em 109 molares e 1 incisivo. Em 5,46% (n=6) dos casos houve indicação de exodontia, 7,27% (n=8) de endodontia e em 87,27% (n= 96) de restauração. A cárie dentária foi diagnosticada em todos os dentes com necessidade de tratamento. Em relação aos dentes indicados para restauração, observou-se o envolvimento de uma única superfície dentária em 51,04%, de duas superfícies e mais de duas superfícies em 21,87% e 25% dos casos, respectivamente.

CONCLUSÃO: A presença de cárie ocorreu em todos os dentes com fraturas pós-eruptivas envolvendo dentina associadas à MIH. A realização do tratamento restaurador nos casos de MIH com exposição de dentina deve ser feito o mais breve possível para se evitar a realização de procedimentos mais invasivos e até mutiladores, como a extração dentária.

PALAVRAS-CHAVE: Cárie dentária. Hipomineralização dentária. Odontologia preventiva

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