II Seminário de Educação de Câmara de Lobos - Educar para o Futuro - Sucesso e Inclusão

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ORGANIZAÇÃO PARCEIROS www.cm-camaradelobos.pt /municipiodecamaradelobos CONFERENCISTAS David Justino Roberto Carneiro Rodrigo Queiroz e Melo João Caldeira Jacinto Jardim Ana Margarida Veiga Simão Nuno Lobo Antunes Liliana Rodrigues Maria José Camacho INSCRIÇÕES www.cm-camaradelobos.pt Secretariado 291 911 080 [email protected] Educar para o futuro: Sucesso e Inclusão Museu de Imprensa - Madeira

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Conheça todo o programa oficial do II Seminário de Educação de Câmara de Lobos - Educar para o Futuro - Sucesso e Inclusão

Transcript of II Seminário de Educação de Câmara de Lobos - Educar para o Futuro - Sucesso e Inclusão

ORGANIZAÇÃOPARCEIROS

www.cm-camaradelobos.pt/municipiodecamaradelobos

CONFERENCISTASDavid JustinoRoberto CarneiroRodrigo Queiroz e MeloJoão CaldeiraJacinto JardimAna Margarida Veiga SimãoNuno Lobo AntunesLiliana RodriguesMaria José Camacho

INSCRIÇÕESwww.cm-camaradelobos.pt

Secretariado 291 911 [email protected]

Educar para o futuro:Sucesso e Inclusão

Museu de Imprensa - Madeira

PROGRAMA08 de maio de 2015

09h00 Receção aos participantes / entrega de documentação

09h30 Sessão de abertura - Intervenção do Secretário Regional de Educação - Intervenção do Presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos

PAINEL I - Moderadora: Prof. Doutora Custódia Drumond

09h50 Temática de Abertura: “Por uma escola de sucesso: organização e práticas pedagógicas” Orador: Presidente do Conselho Nacional de Educação Professor Doutor David Justino 10h35 Temática: “Liderança, Mudança e Inteligência Emocional na Escola do Futuro” Orador: Professor Doutor Roberto Carneiro

11h15 Intervalo

11h30 Temática: “Educar para o futuro: Isso é pergunta que se faça?” Orador: Professor Doutor Rodrigo Queiroz e Melo

12h15 Debate 12h30 Intervalo para almoço PAINEL II - Moderador: Dr. Antelmo Gonçalves 14h00 Temática “Criatividade: A dimensão educativa que decide o sucesso do Homem” Orador: Professor Doutor João Caldeira

14h45 Temática: “Competências socioemocionais docentes: fatores de sucesso escolar e profissional” Orador: Professor Doutor Jacinto Jardim

15h30 Debate 15h45 Intervalo

16h00 Temática: “Autorregulação da aprendizagem: um referencial para ensinar e aprender” Oradora: Professora Doutora Ana Margarida Veiga Simão

16h45 Debate 17h00 Encerramento

09 de maio de 2015

09h30 Abertura dos trabalhos

PAINEL III - Moderadora: Dr.ª Rita Pestana

09h45 Temática: “Insucesso escolar” Orador: Doutor Nuno Lobo Antunes

10h30 Temática: "Educação Vocacional" Oradora: Professora Doutora Liliana Rodrigues 11h15 Debate

11h30 Intervalo 11h45 Conferência de encerramento: “Paradigmas da Inclusão: da reflexão à ação” Oradora: Mestre Maria José Camacho

12h30 Debate

12h45 Vice-Presidente, com o pelouro da Intervenção Social e Educação

13h00 Encerramento

MENSAGEM DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL

Caros conferencistas,

Inicio esta nota de boas vindas endereçando, desde logo, um agradecimento especial, a cada um de vós, pela disponibilidade para participar neste II Seminário de Educação, este ano subordinado ao tema «Educar para o Futuro: Sucesso e Inclusão». A vossa presença neste encontro é, para nós, motivo de grande satisfação e regozijo.

O executivo municipal de Câmara de Lobos estabeleceu, desde a primeira hora, o compromisso de dinamizar um novo ciclo social e cívico, integrador e propiciador de um ambiente favorável à reflexão e ao debate sobre o estado do Ensino e da Edu-cação no Município e na Região para, fruto desta reflexão, se construírem bases sólidas que melhorem os índices de escolar-ização e educação das nossas populações.

Reconhecemos na Educação e na qualificação das Pessoas vetores estruturantes e decisivos para a afirmação futura do concelho de Câmara de Lobos e das suas Gentes no contexto das atuais dinâmicas da competitividade interterritorial. Efeti-vamente, os municípios, desde há muito, foram “convocados” para o desígnio de promover uma educação de qualidade que garanta, a todos, independentemente da sua condição, as competências necessárias para uma participação plena na vida cívica e serem agentes ativos no desenvolvimento social, cultural e económico.

Tendo em vista o reforço das qualificações das pessoas e da coesão social concelhia, pretendemos que a autarquia assuma um papel proativo e liderante na promoção da corresponsabilidade e do bem-estar de todos os cidadãos, mobilizando os atores e agentes sociais do concelho para uma efetiva inclusão social.

Nesta linha, endereçamos convite a um leque de oradores de reconhecida competência e mérito na área da educação, quer no plano nacional, quer regional, ilustres conferencistas a quem, desde logo, muito agradecemos terem aceite o convite para participar, com a sua sapiência, ajudar-nos a refletir sobre os desafios para a edificação de um sistema educativo cada vez mais plural, respeitador e valorizador da diversidade de cada aluno.

A todos vós, ilustres conferencistas, professores, pais e agentes educativos, o meu muito obrigado e fazendo votos que os trabalhos deste II Seminário de Educação sejam profícuos e que as preleções dos ilustres oradores convidados estimulem o debate e, sobretudo, uma reflexão crítica desta Região Autónoma.

(Pedro Coelho)

BIOGRAFIAS

José David Gomes Justino

Presidente do Conselho Nacional de Educação desde 2003, é licenciado em Economia pela Universidade Técnica e doutorado em Sociologia pela UNL. Desempenhou os cargos de vereador da Habitação Social na Câmara Municipal de Oeiras entre 1994 e 2001, deputado à Assembleia da República (1999-2002) e de Ministro da Educação do XV Governo Constitucional (2002-2004). Atualmente é professor universitário na FCSH/UNL e desde 2006 exerce funções como consultor do Presidente da República para os Assuntos Sociais.

Roberto Carneiro

Professor universitário na FCH-UCP e Presidente do Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa e Coordenador do Observatório da Imigração. Licenciado em Engenharia Química pelo IST, é mestre em Economia de Recursos Humanos e doutor Honoris Causa em Ciências da Educação. Exerceu diversos cargos governamentais, nomeadamente o de Secretário de Estado da Educação do VI Governo, Secretário de Estado da Administração Regional e Local, do VIII Governo, e Ministro da Educação do XI Governo. É autor de centenas de publicações entre artigos científicos, livros e enciclopédias.

Rodrigo Queiroz e Melo

Licenciado em Direito e doutor em Ciências da Educação, especialização em Administração e Gestão Escolar.É professor auxiliar da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa (UCP), onde coordena o Mestrado em Administração e Organização Escolar. É também Diretor Executivo da Associação de Estabelecimentosde Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) e membro da Direção da Confederação Nacional da Educação eensino secundário) da Fundação Manuel Leão e perito da CAf Educação no European Institut of Public Administration.Coordenou o projeto QUALIS de autoavaliação das escolas dos Açores e participou na equipa de avaliação externada Iniciativa Novas Oportunidades como coordenador do Eixo 2. Foi membro do Observatório do Plano Tecnológicoda Educação, lecionou Fiscalidade no Instituto Superior de Gestão, onde coordenou o Departamento de Ensinoa Distância e foi Chefe de Gabinete da Ministra da Educação do XVI Governo.Publicou vários artigos acerca do sistema educativo português e sobre a escola numa perspetiva organizacional.

João Caldeira

Licenciado em Educação Física e Desporto e doutorado em Ciências do Desporto pela Universidade da Madeira, é professor auxiliar convidado nesta unidade de ensino superior. Coordenou a Comissão de Acompanhamento da Componente Externa da Avaliação Docente (CACEAD) e projetos de intervenção social. É formador em diversas ações de formação, seminários, e congressos de fórum educativo. Exerceu várias funções públicas tais como Presidente da Junta de Freguesia de São Jorge e Vice-presidente da Câmara Municipal de Santana.

Jacinto Jardim

Com Licenciatura e Doutoramento em Ciências da Educação, tem-se dedicado à docência universitária e à formação de professores e de educadores, com as seguintes ações de formação: Pedagogia Empreendedora; Coaching com Docentes; Instrumentos Pedagógicos; Programa de Autoaperfeiçoamento; Programa de Autoconhecimento; Programa de Desenvolvimento de Competências Pessoais e Sociais; Empreendedorismo Social; Métodos de Animação de Grupos. Publicou no âmbito das competências pessoais, sociais e profissionais, da educação para o empreendedorismo, do desenvolvimento pessoal e social, da liderança e animação de grupos e do sucesso académico. Atualmente é o coordenador da Oficina de Acompanhamento do Docente (OAD) da Universidade de Aveiro (UNAVE | UINFOC).

Ana Margarida Veiga Simão

Professora Associada com agregação da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa. Desempenha atividades de docência e investigação na área da Psicologia da Educação. As suas principais publicações e projetos de investigação situam-se no domínio da Autorregulação da Aprendizagem, Desenvolvimento Profissional de Professores, Pedagogia no Ensino Superior e Bullying e Cyberbullying. Coordena em colaboração o Programa de Estudos da Aprendizagem Autorregulada (PEAAR) e o Programa de Doutoramento Interuniversitário (Coimbra-Lisboa) em Psicologia da Educação. Coordenadora da secção de Psicologia da Educação e da Orientação da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa.

Nuno Lobo Antunes

Médico pediatra especialista em Neuropediatria. É atualmente Diretor Clínico do PIN (Progresso Infantil, Centro de Desenvolvimento Infantil, tendo sido anteriormente Diretor Clínico e Coordenador das áreas de Neurodesenvolvimento e Neurologia do CADin (2004-2012). Foi Consultor de Neurologia Pediátrica no IPO-Lisboa (2001-2008), Membro do “Neurology Steering Comitee” Children Oncology Group nos EUA (1999-2000) e é ainda autor de vários “best sellers”.

Liliana Rodrigues

É docente e investigadora da Universidade da Madeira. Atualmente é membro do Parlamento Europeu. Licenciada em Filosofia pela UNL, mestre em Supervisão Pedagógica na Educação e doutorada em Educação na Especialidade de Currículo pela UMa. Como investigadora do CIE-UMa /FCT é autora de mais de 50 publicações internacionais tendo obtido uma bolsa de investigação na Áustria. Na UMa desempenha ainda diversos cargos de gestão entre os quais o de Diretora do curso de Ciências da Educação e é Membro do Concelho Científico do Centro de Competências Sociais.

Maria José de Jesus Camacho

Docente especializada na EB1/PE Achada e assistente convidada no Centro de Competências de Ciências Sociais da Universidade da Madeira, é licenciada em Educação Especial na área de Problemas Graves de Cognição e mestre em Educação na vertente de Supervisão Pedagógica. Anteriormente ocupou cargos de direção entre os quais Diretora Regional de Educação Especial e Reabilitação e Diretora de Serviços de Adaptações Tecnológicas.

COMUNICAÇÕES

José David Gomes JustinoComunicação: Por uma escola de sucesso: organização e práticas pedagógicasResumo: Pretende-se chamar a atenção da comunidade educativa para a necessidade de desenvolver uma cultura escolar de sucesso. Mais do que combater o insucesso e o abandono, importa orientar o esforço de todos para a melhoria sustentada dos resultados escolares e dos processos que potenciam esses resultados. Essa mudança da cultura das escolas pressupõe novas formas de organização pedagógica, visando diferenciar os processo de ensino e aprendizagem ajustando-os aos perfis dos alunos, construir estratégias de recuperação e potenciação das aprendizagens e uma monitorização rigorosa dos trajetos escolares. Por outro lado, importa adoptar uma atitude preventiva do insucesso, atuando aos primeiros sinais de dificuldades. Não deixar acumular atrasos nas aprendizagens poderá ser a via mais fácil de promover o sucesso.

Roberto CarneiroComunicação: Liderança, mudança e inteligência emocional na escola do futuroResumo: David Justino subordina a sua intervenção à necessidade de uma "mudança da cultura das escolas”, enquanto Rod-rigo Queiroz e Melo, reconhecendo a inexorável marcha do mundo, sonha com uma escola que faça com que "o mundo avance connosco".Os ilustres oradores que nos antecedem e que nos sucedem dão por adquirido o pressuposto de que 'Educar para o futuro: Sucesso e Inclusão’ acarreta uma radical transformação da escola de hoje, instituição de recorte industrial e baseada numa dominante oferta educativa, padronizada e uniformizada. Todos, de alguma forma, transportamos um novo ideal de escola. O de uma organização aprendente, dominada pela atenção às procuras de aprendizagem, que acolhe a diversidade natural de modelos e de opções pessoais e familiares, sem prejuízo da fidelidade ao mandato de serviço públco e de subordinação ao superior interesse da comunidade por ela servida.O problema fundamental na efetivação deste ideal, evidenciado ao longo de décadas de investigação, é o da resistência à mudança, oferecida pelas organizações educacionais e pelas pessoas diretamente envolvidas: o “stuckness” (imobilismo ou paralisia perante a dimensão, a complexidade e/ou o alcance da transformação necessária), que inviabiliza o processo de ino-vação e perpetua o modelo de escola rotineira e fabril do ciclo longo vivido ao longo de mais de 2 séculos. Assim, pelo nosso lado, abordaremos sucintamente os temas seguintes:Liderança, mudança e inteligência emocional na escola do futuro• Liderança e Mudança; Liderança e escolas de excelência; Atitudes face à mudança; Liderança vs. Gestão; Culturas de Lider-ança, Aprendizagem organizacional – organizações mecânicas vs organizações biológicas, Liderança e Organização; Chefe ou Líder?; Fases das Teorias de Liderança; Liderança e processos de transformação organizacional; Cultura organizacional; Vigília e Ação Noética; Estilos de Liderança; Tipologias e modelos de liderança; Lideranças transformacionais e motivacionais; Liderança pelo exemplo; Liderança Emocional e Motivação; A inteligência emocional – 5 dimensões.

Rodrigo Queiroz e MeloComunicação: Educar para o futuro: Isso é pergunta que se faça?Resumo: Conhecer o futuro e o modo como nele viveremos é uma questão que se coloca ao homem desde que este adquiriu consciência de si. Isto é, desde que se pensa como entidade autónoma do meio que o rodeia. Há quem perspetive o futuro como uma realidade inexorável que se nos impõe e quem o considere uma construção para que pode contribuir. Mas, como disse o Pe. Pedro Arrupe “O mundo avança mesmo sem nós; a nós compete-nos que avance connosco”.Assim, mais interessante que perguntar “como será a escola do futuro?” é procurar as tendências de desenvolvimento da nossa sociedade (global) e integrá-las no nosso projeto educativo fazendo assim avançar a escola.A reflexão que proponho assenta nestes dois eixos: (i) o das tendências de desenvolvimento no modo como interagimos uns com os outros e no modo como criamos valor económico (tendências que não podem ser ignoradas pela escola) e (ii) o que é a escola hoje e como podemos desenvolver os nossos projetos educativos para que a escola acompanhe e influencie positivamente o futuro.No primeiro eixo, o das tendências de desenvolvimento, apresentarei algumas ideias sobre as tecnologias de informação e comunicação (TIC) e o modo como estas impactaram o nosso modo de interagir, de aceder a informação e de criar valor. Isto como enquadramento de uma reflexão sobre os nativos digitais (os nossos alunos) e os seus padrões de comportamento.Quanto ao segundo eixo, o do desenvolvimento dos projetos educativos, proponho explorarmos o fim da educação (formal) e o sentido da escola hoje em Portugal, afirmando a importância da questão curricular (aquilo que verdadeiramente importa na escola).A terminar, tendo como fundo estes dois eixos, apresentarei uma proposta de mapa conceptual da escola de hoje, delineando os drivers da sua possibilidade de fazer o mundo avançar consigo.

João CaldeiraComunicação: Criatividade: a dimensão educativa que decide o sucesso do Homem Resumo: No tempo do nosso tempo, sentimos que a mudança, a transformação são, recursivamente, a incerteza certa da vida societal. Assim, neste contexto profundamente complexo, diríamos que a educação temperada na indeterminação das infinitas possibilidades da criatividade recupera e retém o roteiro de sucesso individual e/ou coletivo dos cidadãos. É nossa

convicção que a homeodinâmica educativa da criatividade desafia-nos a sair da normalidade padronizada e navegar num espaço-tempo não-linear da onda de novidade. É neste território dinâmico que a pessoa, nos mais diversos estados de desenvolvimento, realiza a interativa futuridade de ser único, de ser tudo em todos.

Jacinto JardimComunicação: Competências socioemocionais docentes: fatores de sucesso escolar e profissionalResumo: A promoção das competências socioemocionais, por parte dos docentes, permitirá uma resposta à necessidade de uma abordagem da educação que faça efetivamente frente aos desafios atuais oriundos da sociedade, em geral, e do mercado de trabalho, em particular. Nesse sentido, e tendo como base um modelo teórico consistente e validado empiricamente, nesta comunicação serão apresentadas competências pessoais e sociais, bem como as estratégias pedagógicas para a sua ativação nas comunidades educativas. Defendendo a tese de que as soft skills constituem variáveis preditoras seguras tanto do sucesso escolar como do sucesso profissional, pretende-se apresentar um modelo competencial, tendo como horizonte a otimização do desenvolvimento dos docentes, de modo a maximizar as suas potencialidades e a minimizar as suas fragilidades. Para tal, recorrer-se-á a um racional teórico que fundamenta, antropológica, psicológica e pedagogicamente, o desenvolvimento segundo uma concepção integral, positiva e ecológica da pessoa e dos recursos de que dispõe.

Ana Margarida Veiga SimãoComunicação: Autorregulação da aprendizagem: um referencial para ensinar e aprenderResumo: A questão que atravessa esta intervenção prende-se com a reflexão sobre os graus efetivos de autonomia das propostas de intervenção em contexto educativo e de que forma elas se entrelaçam na identidade de cada um. Entende-se autonomia como a faculdade de tomar decisões que permite a cada um regular a própria aprendizagem para a aproximar de uma determinada meta, tendo em conta as condições específicas que formam o contexto de aprendizagem.

Nuno Lobo AntunesComunicação: Insucesso EscolarResumo: O Insucesso escolar declarado ou parcial é um problema com implicações em múltiplos aspetos da nossa vida em sociedade. Muitas vezes a causa prende-se com perturbações do desenvolvimento como a défice de atenção, o autismo ou a dislexia que atingem 100.000 crianças em Portugal. A palestra percorre estes temas, alertando para as suas diversas manifestações e sinais precoces, através de exemplos da vida real e à luz da experiência clínica do centro PIN Progresso Infantil, um dos mais prestigiados centros de desenvolvimento do país.

Liliana RodriguesComunicação: Educação Vocacional Resumo: Neste trabalho é feita a análise dos diversos modelos de formação que constituem o ensino secundário. A nossa atenção foi orientada para um subsistema da formação pós-obrigatória, o ensino profissional, que desde sempre foi estigmatizado pelos cursos de caráter geral, quer dizer, os cursos de matriz académica. O ensino profissional em Portugal ora se transfigura em vítima de representações sociais e políticas que fazem imperar a cabeça mais do que as mãos, ora se converte em promotor de estatísticas favoráveis à engenharia quantitativa das políticas educativas. Fazemos aqui uma análise do percurso histórico deste tipo de ensino na Europa, em Portugal e, por fim, na Região Autónoma da Madeira. Temos sempre por comparação o ensino académico de tradição liceal. E é com base nesta visão de um ensino secundário elitizante (que exclui “o diferente”) que fazemos a discussão sobre a possibilidade de uma real igualdade de oportunidades na escola secundária portuguesa. Questionamos ainda se as próprias políticas educativas são a garantia da divisão social do conhecimento que vai corresponder à divisão social do trabalho. Mais: se estas mesmas políticas educativas estão abertas ao diálogo com os indicadores levados a cabo pelo mundo da investigação.

Maria José de Jesus CamachoComunicação: Paradigmas da inclusão: da reflexão à açãoResumo: Contemporâneos da era que elegeu a Inclusão como caminho a seguir, de acordo com as recomendações emanadas da Conferência Mundial de Salamanca, que congregou os esforços, as vozes e desejos de 92 países e 25 organizações internacionais na urgência de garantir a Educação Para Todos, com especial enfoque na população com Necessidades Educativas Especiais, somos chamados a repensar, quotidianamente, a sua condição, potencialidades e fragilidades, no sentido de a concretizarmos com êxito. Subjacente à filosofia da Inclusão foram patenteadas, ao longo das últimas décadas, políticas, práticas e culturas, protagonizadas por diferentes intervenientes as quais espelharam tomadas de decisão, opções, sensibilidades e vontades distintas.Neste âmbito, a Região Autónoma da Madeira percorreu um caminho muito peculiar, alicerçado no entusiasmo com que abraçou a novidade e os desafios, na procura de conhecimentos e linguagens, no estabelecer de pontes e elos de ligação entre diferentes atores, no ensaiar de outros modos de fazer; na disseminação de boas práticas; na atenção e eleição de um continuum de serviços com que pautou a transição e complementaridade de processos. Hoje, no nosso aqui e agora, conscientes da diversidade e heterogeneidade de que se revestem os sistemas que nos envolvem, é urgente redescobrir itinerários e repensar paradigmas, no intuito de os revigorar, atualizar, redimensionar e colocar no horizonte das nossas práticas, enquanto promotores da Inclusão.

Ação de Formação

Organizar o texto, tendo em atenção:Apresentação GlobalOrganização/EstruturaCorreção ortográfica e semânticaReflexão sobre uma das temáticas abordadasReflexão sobre a organizaçãoConsiderações finais (apreciação global do seminário, relevância das temáticas aboradadas, impacto na práticapedagógica e na formação pessoal)

SugestõesEnviar relatório para o email do Seminário ([email protected]): até 7 de junho de 2015identificando devidamente o assunto e o anexo do email.

Reflexão CríticaNormas a seguir para a colaboração da reflexão crítica:Fazer a Reflexão Crítica entre 1 a 3 páginas (com espaços, incluindo caixas de texto, notas de rodapé e de fim).Formato papel: A4Fonte: Times New Roman, Tamanho 12Espaçamento entre linhas: 1,5Alinhamento: Justificado

SecretariadoCarla GanançaCátia FreitasJoana GonçalvesPaulo OliveiraSónia RodriguesWendy Freitas

Comissão OrganizadoraLeonel SilvaPedro CoelhoSónia PereiraVerónica Faria

ComunicaçãoFábio TelesMagno BettencourtLuís Miguel Abreu

Informações Gabinete de Apoio PresidênciaCâmara Municipal de Câmara de LobosTelf: 291911080/291911081Praça da Autonomia9300-000 Câmara de LobosE-mail: [email protected]

Comissão CientíficaAna MargaridaAntelmo GonçalvesCustódia DrumondDavid JustinoJacinto JardimJoão CaldeiraLiliana RodriguesMaria José CamachoNuno Lobo AntunesRita PestanaRoberto CarneiroRodrigo Queiroz e Melo

www.cm-camaradelobos.pt /municipiodecamaradelobos /municipio_camaradelobos@CmCLobos

Foi pedida a validação à Secretaria Regional de Educação para que possa vir a produzir efeitos previstos para a formação contínua de professores e educadores - formação válida para progressão em carreira. Os professores e educadores que quiserem usufruir deste benefício terão de garantir a sua presença na totalidade das horas do seminário e a elaboração de uma reflexão crítica.

José David Gomes JustinoComunicação: Por uma escola de sucesso: organização e práticas pedagógicasResumo: Pretende-se chamar a atenção da comunidade educativa para a necessidade de desenvolver uma cultura escolar de sucesso. Mais do que combater o insucesso e o abandono, importa orientar o esforço de todos para a melhoria sustentada dos resultados escolares e dos processos que potenciam esses resultados. Essa mudança da cultura das escolas pressupõe novas formas de organização pedagógica, visando diferenciar os processo de ensino e aprendizagem ajustando-os aos perfis dos alunos, construir estratégias de recuperação e potenciação das aprendizagens e uma monitorização rigorosa dos trajetos escolares. Por outro lado, importa adoptar uma atitude preventiva do insucesso, atuando aos primeiros sinais de dificuldades. Não deixar acumular atrasos nas aprendizagens poderá ser a via mais fácil de promover o sucesso.

Roberto CarneiroComunicação: Liderança, mudança e inteligência emocional na escola do futuroResumo: David Justino subordina a sua intervenção à necessidade de uma "mudança da cultura das escolas”, enquanto Rod-rigo Queiroz e Melo, reconhecendo a inexorável marcha do mundo, sonha com uma escola que faça com que "o mundo avance connosco".Os ilustres oradores que nos antecedem e que nos sucedem dão por adquirido o pressuposto de que 'Educar para o futuro: Sucesso e Inclusão’ acarreta uma radical transformação da escola de hoje, instituição de recorte industrial e baseada numa dominante oferta educativa, padronizada e uniformizada. Todos, de alguma forma, transportamos um novo ideal de escola. O de uma organização aprendente, dominada pela atenção às procuras de aprendizagem, que acolhe a diversidade natural de modelos e de opções pessoais e familiares, sem prejuízo da fidelidade ao mandato de serviço públco e de subordinação ao superior interesse da comunidade por ela servida.O problema fundamental na efetivação deste ideal, evidenciado ao longo de décadas de investigação, é o da resistência à mudança, oferecida pelas organizações educacionais e pelas pessoas diretamente envolvidas: o “stuckness” (imobilismo ou paralisia perante a dimensão, a complexidade e/ou o alcance da transformação necessária), que inviabiliza o processo de ino-vação e perpetua o modelo de escola rotineira e fabril do ciclo longo vivido ao longo de mais de 2 séculos. Assim, pelo nosso lado, abordaremos sucintamente os temas seguintes:Liderança, mudança e inteligência emocional na escola do futuro• Liderança e Mudança; Liderança e escolas de excelência; Atitudes face à mudança; Liderança vs. Gestão; Culturas de Lider-ança, Aprendizagem organizacional – organizações mecânicas vs organizações biológicas, Liderança e Organização; Chefe ou Líder?; Fases das Teorias de Liderança; Liderança e processos de transformação organizacional; Cultura organizacional; Vigília e Ação Noética; Estilos de Liderança; Tipologias e modelos de liderança; Lideranças transformacionais e motivacionais; Liderança pelo exemplo; Liderança Emocional e Motivação; A inteligência emocional – 5 dimensões.

Rodrigo Queiroz e MeloComunicação: Educar para o futuro: Isso é pergunta que se faça?Resumo: Conhecer o futuro e o modo como nele viveremos é uma questão que se coloca ao homem desde que este adquiriu consciência de si. Isto é, desde que se pensa como entidade autónoma do meio que o rodeia. Há quem perspetive o futuro como uma realidade inexorável que se nos impõe e quem o considere uma construção para que pode contribuir. Mas, como disse o Pe. Pedro Arrupe “O mundo avança mesmo sem nós; a nós compete-nos que avance connosco”.Assim, mais interessante que perguntar “como será a escola do futuro?” é procurar as tendências de desenvolvimento da nossa sociedade (global) e integrá-las no nosso projeto educativo fazendo assim avançar a escola.A reflexão que proponho assenta nestes dois eixos: (i) o das tendências de desenvolvimento no modo como interagimos uns com os outros e no modo como criamos valor económico (tendências que não podem ser ignoradas pela escola) e (ii) o que é a escola hoje e como podemos desenvolver os nossos projetos educativos para que a escola acompanhe e influencie positivamente o futuro.No primeiro eixo, o das tendências de desenvolvimento, apresentarei algumas ideias sobre as tecnologias de informação e comunicação (TIC) e o modo como estas impactaram o nosso modo de interagir, de aceder a informação e de criar valor. Isto como enquadramento de uma reflexão sobre os nativos digitais (os nossos alunos) e os seus padrões de comportamento.Quanto ao segundo eixo, o do desenvolvimento dos projetos educativos, proponho explorarmos o fim da educação (formal) e o sentido da escola hoje em Portugal, afirmando a importância da questão curricular (aquilo que verdadeiramente importa na escola).A terminar, tendo como fundo estes dois eixos, apresentarei uma proposta de mapa conceptual da escola de hoje, delineando os drivers da sua possibilidade de fazer o mundo avançar consigo.

João CaldeiraComunicação: Criatividade: a dimensão educativa que decide o sucesso do Homem Resumo: No tempo do nosso tempo, sentimos que a mudança, a transformação são, recursivamente, a incerteza certa da vida societal. Assim, neste contexto profundamente complexo, diríamos que a educação temperada na indeterminação das infinitas possibilidades da criatividade recupera e retém o roteiro de sucesso individual e/ou coletivo dos cidadãos. É nossa

convicção que a homeodinâmica educativa da criatividade desafia-nos a sair da normalidade padronizada e navegar num espaço-tempo não-linear da onda de novidade. É neste território dinâmico que a pessoa, nos mais diversos estados de desenvolvimento, realiza a interativa futuridade de ser único, de ser tudo em todos.

Jacinto JardimComunicação: Competências socioemocionais docentes: fatores de sucesso escolar e profissionalResumo: A promoção das competências socioemocionais, por parte dos docentes, permitirá uma resposta à necessidade de uma abordagem da educação que faça efetivamente frente aos desafios atuais oriundos da sociedade, em geral, e do mercado de trabalho, em particular. Nesse sentido, e tendo como base um modelo teórico consistente e validado empiricamente, nesta comunicação serão apresentadas competências pessoais e sociais, bem como as estratégias pedagógicas para a sua ativação nas comunidades educativas. Defendendo a tese de que as soft skills constituem variáveis preditoras seguras tanto do sucesso escolar como do sucesso profissional, pretende-se apresentar um modelo competencial, tendo como horizonte a otimização do desenvolvimento dos docentes, de modo a maximizar as suas potencialidades e a minimizar as suas fragilidades. Para tal, recorrer-se-á a um racional teórico que fundamenta, antropológica, psicológica e pedagogicamente, o desenvolvimento segundo uma concepção integral, positiva e ecológica da pessoa e dos recursos de que dispõe.

Ana Margarida Veiga SimãoComunicação: Autorregulação da aprendizagem: um referencial para ensinar e aprenderResumo: A questão que atravessa esta intervenção prende-se com a reflexão sobre os graus efetivos de autonomia das propostas de intervenção em contexto educativo e de que forma elas se entrelaçam na identidade de cada um. Entende-se autonomia como a faculdade de tomar decisões que permite a cada um regular a própria aprendizagem para a aproximar de uma determinada meta, tendo em conta as condições específicas que formam o contexto de aprendizagem.

Nuno Lobo AntunesComunicação: Insucesso EscolarResumo: O Insucesso escolar declarado ou parcial é um problema com implicações em múltiplos aspetos da nossa vida em sociedade. Muitas vezes a causa prende-se com perturbações do desenvolvimento como a défice de atenção, o autismo ou a dislexia que atingem 100.000 crianças em Portugal. A palestra percorre estes temas, alertando para as suas diversas manifestações e sinais precoces, através de exemplos da vida real e à luz da experiência clínica do centro PIN Progresso Infantil, um dos mais prestigiados centros de desenvolvimento do país.

Liliana RodriguesComunicação: Educação Vocacional Resumo: Neste trabalho é feita a análise dos diversos modelos de formação que constituem o ensino secundário. A nossa atenção foi orientada para um subsistema da formação pós-obrigatória, o ensino profissional, que desde sempre foi estigmatizado pelos cursos de caráter geral, quer dizer, os cursos de matriz académica. O ensino profissional em Portugal ora se transfigura em vítima de representações sociais e políticas que fazem imperar a cabeça mais do que as mãos, ora se converte em promotor de estatísticas favoráveis à engenharia quantitativa das políticas educativas. Fazemos aqui uma análise do percurso histórico deste tipo de ensino na Europa, em Portugal e, por fim, na Região Autónoma da Madeira. Temos sempre por comparação o ensino académico de tradição liceal. E é com base nesta visão de um ensino secundário elitizante (que exclui “o diferente”) que fazemos a discussão sobre a possibilidade de uma real igualdade de oportunidades na escola secundária portuguesa. Questionamos ainda se as próprias políticas educativas são a garantia da divisão social do conhecimento que vai corresponder à divisão social do trabalho. Mais: se estas mesmas políticas educativas estão abertas ao diálogo com os indicadores levados a cabo pelo mundo da investigação.

Maria José de Jesus CamachoComunicação: Paradigmas da inclusão: da reflexão à açãoResumo: Contemporâneos da era que elegeu a Inclusão como caminho a seguir, de acordo com as recomendações emanadas da Conferência Mundial de Salamanca, que congregou os esforços, as vozes e desejos de 92 países e 25 organizações internacionais na urgência de garantir a Educação Para Todos, com especial enfoque na população com Necessidades Educativas Especiais, somos chamados a repensar, quotidianamente, a sua condição, potencialidades e fragilidades, no sentido de a concretizarmos com êxito. Subjacente à filosofia da Inclusão foram patenteadas, ao longo das últimas décadas, políticas, práticas e culturas, protagonizadas por diferentes intervenientes as quais espelharam tomadas de decisão, opções, sensibilidades e vontades distintas.Neste âmbito, a Região Autónoma da Madeira percorreu um caminho muito peculiar, alicerçado no entusiasmo com que abraçou a novidade e os desafios, na procura de conhecimentos e linguagens, no estabelecer de pontes e elos de ligação entre diferentes atores, no ensaiar de outros modos de fazer; na disseminação de boas práticas; na atenção e eleição de um continuum de serviços com que pautou a transição e complementaridade de processos. Hoje, no nosso aqui e agora, conscientes da diversidade e heterogeneidade de que se revestem os sistemas que nos envolvem, é urgente redescobrir itinerários e repensar paradigmas, no intuito de os revigorar, atualizar, redimensionar e colocar no horizonte das nossas práticas, enquanto promotores da Inclusão.