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II SIMPÓSIO DE COMÉRCIO EXTERIOR – SIMCOMEX
“Inovação tecnológica: fator de competitividade no comércio exterior”
Dias 17 e 18 de Maio de 2016
Faculdade de Tecnologia de Barueri – Fatec Barueri
ÁREA DE PESQUISA: PLANEJAMENTO E OPERAÇÕES.
EMBARGOS A CARNE BRASILEIRA
Nathália Amorim Laham ([email protected])
Alex Shawan Kwok ([email protected])
José Abel de Andrade Baptista ([email protected])
Faculdade de Tecnologia da Zona Leste
Resumo
Este artigo tem como objetivo mostrar como o Brasil vem enfrentando os embargos impostos
por outros países, o Brasil sofre restrições sanitárias assim impedindo a entrada dos produtos
brasileiros em alguns países. Os embargos são medidas políticas tomadas por alguns países
tanto com o a fim de evitar a concorrência com outros países, assim como também não
deixando interferir nos setores internos do país, na maioria das vezes os embargos são para
casos de saúde pública e sanitária. A metodologia que foi utilizada neste artigo foi à pesquisa
bibliográfica realizada através de livros, sites e etc. com a finalidade de abordar os embargos
na exportação de carne. Em 2015 o Brasil conseguiu derrubar esses embargos e está
conseguindo 100% de exportação para os países que o restringia.
Palavras-chaves: Embargo, Carne bovina, suspensão de embargo.
Abstract
The purpose of this article is to show how Brazil has been facing embargoes imposed upon by
other countries. Brazil suffers sanitary restrictions that impede Brazilian products from
entering some countries. Embargoes are political measures taken by a country in order to
avoid competition from other countries, as well as to keep them from interfering with
domestic sectors. Most of the time embargoes are implemented in cases concerning public
health and sanitation. The methodology adopted in this article was applied using books,
websites etc. with the purpose of addressing meat export embargoes. In 2015, Brazil managed
to lift such embargoes and is now achieving 100% export rates to the previously restricted
countries.
Key Words: embargoes, beef export, embargo suspension.
1. Introdução
O Comércio Exterior faz parte de todos os países, não há nenhum país que sobreviva sem
comercializar com outras nações. O comércio exterior é movido por relacionamentos entre os
países, que necessitam trocar as mercadorias por muitas razões, e elas poderão não estar
relacionados a abundancia ou falta de recursos, cima, capital, trabalho, e etc. (KEEDI, 2010).
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A exportação tem muitos objetivos tanto para as empresas tornarem seus produtos
internacionais a fim de desenvolver seu mercado, como para evolução da economia do país,
com as vendas de mercadorias.
Os principais obstáculos de extensão das exportações estão ligados às etapas finais dos
processos de exportação, mais especificamente após a chegada da mercadoria no porto de
destino. As dificuldades mais enfrentadas são a burocracia alfandegária e os custos portuários,
assinaladas por, respectivamente, 40,8% e 37,3% das empresas consultadas (CNI, 2015).
Ao praticar comércio exterior, os países estão sujeitos a várias restrições tarifarias e não
tarifarias e também a embargos. Para que o comércio exterior seja praticado de forma correta
os governantes interferem no mesmo, e tomam medidas protecionistas ou outros como os
embargos. O problema deste Artigo é Como o Brasil está derrubando os embargos praticados
sobre a carne brasileira no mundo?
Com a queda dos embargos a carne bovina brasileira poderá entrar com maior facilidade em
outros países devido às novas aberturas de mercados em 2016, o Brasil poderá exportar vários
produtos cárneos termo processados de origem bovina, carne cozida congelada, conservas,
extrato de carne, vísceras cozidas e embutidos. (PALERMO, 2015). A reabertura foi
anunciada durante reunião entre a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa, 2015).
A exportação é a atividade que proporciona a abertura do país para o mundo. É uma
forma de se confrontar com os demais parceiros e, principalmente, frequentar a
melhor escola de administração, já que, lidando com diferentes países, o país
exportador assimila técnicas e conceitos a que não teria acesso em seu mercado
interno (VAZQUEZ, 2007, p. 177).
A carne bovina é um dos produtos mais exportados pelo Brasil, movimentando muito a
economia do país. Com o fim dos embargos sobre a carne bovina brasileira entre os países, a
exportação tende a crescer mais em 2016 já em vista o aumento de 20% das vendas
internacionais. Com isso abre-se a possibilidade do mercado de carne seja aberto nos Estados
Unidos, assim acabando com o embargo imposto. A carne bovina brasileira já está em maior
quantidade nos mercados da Rússia, Japão, Países Baixos, Reino Unido e da Arábia Saudita
(FREITAS, 2015).
O País que mais impunha embargos com relação a comercialização de carne bovina do Brasil
eram os Estados Unidos, pois tinha um rigoroso padrão sanitário a produtos agros alimentares
(ABREU, 2015). O Brasil atualmente é líder na exportação e um dos principais produtores de
carne bovina no mundo.
O objetivo geral deste artigo é mostrar como o Brasil vem enfrentando os embargos impostos
por outros países, o Brasil sofre restrições sanitárias assim impedindo a entrada dos produtos
brasileiros em alguns países.
2. Referencial Teórico
2.1 Embargo
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Os embargos são medidas políticas tomadas por diversos Países, para evitar alguns problemas
como, por exemplo, na maioria dos casos de saúde pública e sanitária. Porem também o
embargo pode ser utilizado para proteger os setores internos da economia, assim para tentar
evitar a concorrência com outros Países (HERZ, 2002).
O embargo proíbe a comercialização de alguns produtos de país ou de um estado. No caso da
carne, umas das razões alegadas para a proibição do produto foi que teriam supostas
negligencias no controle sanitário por parte do Brasil, também foi constatada acusações que
pecuaristas agridem o meio ambiente por desmatarem as florestas.
O comércio internacional de carne bovina serve para análise na perspectiva das
exceções ao comércio ou medidas sanitárias. O Brasil atualmente é líder na
exportação e um dos principais produtores de carne bovina no mundo, e a União
Européia e a Federação da Rússia, inobstante sejam os principais importadores da
carne bovina in natura brasileira, são dois dos maiores consumidores e importadores
de carne bovina no mundo (GARCIA, 2009, p.1).
Os Estados Unidos aderiram diversas restrições com a carne brasileira, pois tem rigorosos
padrões sanitários aplicados a produtos agroalimentares nos EUA e proibiam a importação de
carne fresca ou congelada do Brasil, em razão da ocorrência de febre aftosa no rebanho
bovino (EMBAIXADA DO BRASIL EM WASHINGTON, 2003).
Em 2014 o Japão importou 250 mil toneladas de produtos termos processados de carne
bovina, suína, ovina e caprina, no valor de US$ 1,159 bilhão. No mesmo período o Brasil
Exportou 110,4 mil toneladas de carnes bovinas e suínas industrializadas para todo mundo, no
valor de US$ 651,2 milhões (PALERMO, 2015).
A carne bovina brasileira já entra no mercado chinês através de Hong Kong, que lidera as
importações do produto nacional. Mas a venda direta para a China traria muitos benefícios
para os exportadores do Brasil (STUCKERT, 2015).
Porém em 2015 o Brasil conseguiu derrubar 100% dos embargos sobre a carne bovina
brasileira, depois de um caso atípico da doença encefalopatia espongiforme bovina, conhecida
como mal da vaca louca (VERDÉLIO, 2015).
2.2 Exportação de carne brasileira.
O Brasil é o quinto maior país do mundo em território, com 8,5 milhões de km² de extensão,
com cerca de 20% da sua área (174 milhões de hectares) ocupada por pastagens. Apesar de
ser um país predominantemente tropical, possui uma grande variabilidade climática,
refletindo nos regimes pluviométricos e consequentemente nos sistemas de produção
pecuários. (ABIEC, 2015)
Exportar é uma alternativa estratégica de desenvolvimento, na medida em que estimula a
eficiência. O aumento da competitividade provoca o aparecimento de bens e serviços cada vez
melhores, estabelecendo uma relação intrínseca entre aquele que produz que consome que
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resulta num constante aprimoramento por parte do produtor para a conquista do consumidor
(GAMA, 2013, p.31).
Principais razões para exportar:
Busca de maiores lucros;
Ampliação de mercados;
Novos produtos a serem ofertados;
Aumento da produção e da produtividade;
Melhor utilização da capacidade instalada;
Aprimoramento da qualidade;
Incorporação de tecnologia;
Impulso à capacidade inovadora;
Redução do custo de produção;
Diversificação dos riscos;
Know-how internacional;
Novas ideias e crescimento empresarial;
Fortalecimento da marca e/ou da imagem da empresa. (LOPEZ, GAMA, 2015, p. 31-
32).
O Brasil lidera o ranking de maior exportador de carne bovina do mundo desde 2008 e as
estatísticas mostram crescimento também para os próximos anos. A exportação de carne
bovina crescerá a 2,15% ao ano, enquanto a carne de aves a 3,64%. (MINISTÉRIO DA
AGRICULTURA, 2015).
A ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne) prevê que o Brasil
será o maior produtor mundial de carne bovina em cinco anos (2015).
O Brasil será o maior produtor de carne bovina do mundo, superando os Estados Unidos, que
atualmente ocupam o primeiro lugar no ranking. “A produção de carne é um dos itens da
balança comercial que mais tem crescido, dentro do agronegócio brasileiro” (SAMPAIO,
2015, p. 1).
“Temos que persistir obstinadamente em praticar uma defesa agropecuária de forma
permanente. Vamos trabalhar para que o Brasil se situe entre os cinco países do mundo como
referência agropecuária” (ABREU, 2015, p. 1.).
2.3 Caso de Embargo
O Brasil sofreu muito com o embargo imposto pelos Estados Unidos, O Serviço de Inspeção
Sanitária Animal e Federal (APHIS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
(USDA).
O APHIS é responsável por proteger a sanidade das plantas e animais dos Estados Unidos,
administrando a entrada de plantas, animais e seus produtos no país, para evitar a
disseminação de doenças exóticas.
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O processo de certificação da carne brasileira é conduzido pelo APHIS e comporta seis
etapas:
• Preparação do documento técnico de análise de risco pela equipe do APHIS em
cooperação com autoridades do país demandante.
• Decisão do APHIS de introduzir nova regra e preparação do plano de trabalho regulatório
(Regulatory Work Plan – RWP).
• Revisão do RWP pelo APHIS.
• Preparação e publicação, no Registro Federal, do projeto de legislação de abertura de
mercado, com prazo de 60 dias, para comentários públicos nos Estados Unidos.
• Audiências públicas, eventuais mudanças necessárias nos Estados Unidos.
• Envio da proposta de legislação final para revisão do Congresso Norte-americano. A carne
bovina importada pelos Estados. (EMBAIXADA DO BRASIL EM WASHINGTON,
2003, p. 39- 40).
Em 2013 o departamento de agricultura dos Estados Unidos, começou a analisar novamente a
possibilidade de permitir importações de carne bovinas brasileira, in natura dos estados
brasileiros livres de febre aftosa, permitir a entrada de carne bovina in natura da Bahia,
Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São
Paulo, Sergipe e Tocantins, pois o departamento espera que o produto possa ser importado de
forma adequada, desde que cumpram todas as condições sanitárias impostas pelos Estados
Unidos (USDA, 2013).
Após 15 anos de restrição à carne bovina in natura brasileira por restrições sanitárias, os
Estados Unidos abriu o mercado para o Brasil (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, 2015).
Com a decisão dos Estados Unidos, abre-se um mercado potencial de pelo menos 100 mil
toneladas por ano para os frigoríficos nacionais. A decisão foi tomada durante visita da
presidenta da República, Dilma Rousseff, aos Estados Unidos. (ABREU, 2015).
A carne in natura continua como a categoria de produtos mais exportada. Em outubro, atingiu
faturamento de US$ 450 milhões, seguida de miúdos com US$ 51 milhões de faturamento.
3. Metodologia
Para a elaboração desse projeto, foram utilizadas pesquisa bibliográfica, seguindo a
classificação proposta por Vergara (2003, p.48), “é o estudo sistematizado desenvolvido com
base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material
acessível ao publico em geral”.
Para Churchill e Petter (2000) as pesquisas exploratórias, também denominadas desk research,
são usadas para gerar hipóteses ou explicações prováveis e identificar áreas para um estudo
mais aprofundado sobre a natureza de um problema. Já a pesquisa do tipo descritiva, também
chamada de ad-hoc, procura descrever situações.
4. Análise e Resultados
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Com base nos estudos coletados e análises, temos que, com os embargos impostos pelo
governo americano há alguns anos, a fatia ocupada nas participações de exportação de carne
brasileiras, eram relativamente baixas, pela dificuldade encontrada pelo governo brasileiro.
Com a ruptura dos embargos, os Estados Unidos criaram um mercado otimista e promissor
para os brasileiros.
Conforme o estudo realizado sobre o gráfico a seguir no ano de 2013 o Brasil exportou um
pouco mais que 23 mil toneladas de carne para o mercado americano, segundo alguns autores
citados no artigo, a participação do mercado norte americano, é uma das mais rentáveis para o
Brasil, pois apesar de ser um dos maiores importadores de carne bovina do mundo, há uma
fatia do mercado norte americano que aceita o produto brasileiro.
Havia uma estimativa sobre a força do o mercado norte americano, com a ruptura dos
embargos, foi previsto para o ano de 2015, um consumo mínimo de carne bovina brasileira,
que pode chegar a aproximadamente 100 mil toneladas ao ano, com um aumento de 77% nas
exportações de carne diretamente para os Estados Unidos comparadas com o ano de 2013.
Sendo assim, o mercado americano passaria a ser um dos mais fortes importadores de carne
bovina para o Brasil.
Ocupando no ranking, um lugar de entre os 5 maiores importadores de carne do Brasil. Nos
anos de 2013 e 2014, os Estados Unidos foi o oitavo colocado no ranking de maiores
importadores de carne bovina brasileira.
Porém no ano de 2015, houve um ganho de uma posição, subindo para sétima posição, logo
não atingindo a meta prevista.
Gráfico 1: Exportações brasileiras de carne bovina ano de 2013
Fonte: ABIEC (2015).
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Gráfico 2: Exportações brasileiras de carne bovina ano de 2014
400.529
314.672
169.600165.911
55.20322.214
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
450.000
2014
Exportações Brasileiras de Carne Bovina ano de 2014 (TON)
HONG KONG RUSSIA VENEZUELA EGITO CHILE USA
Fonte: ABIEC (2015).
Gráfico 3: Exportações brasileiras de carne bovina ano de 2015
297.571
195.906179.122
93.26997.556
30.789
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
2015
Exportações Brasileiras de Carne Bovina ano de 2015 (TON)
HONG KONG EGITO RUSSIA VENEZUELA CHINA USA
Fonte: ABIEC (2015).
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Analisando os gráficos acima, podemos ver que apesar das previsões realizadas no ano de
2013, o Brasil não atingiu o aumento esperado de exportação de carne bovina para os Estados
Unidos.
Do ano de 2013 para 2015 houve um pequeno aumento de 23,61%, um valor muito abaixo do
esperado, que tinha como meta quase quadriplicar o total das exportações para os americanos.
Outro ponto importante que podemos notar ao analisar os gráficos, é que de um modo geral as
exportações de carne caíram no ano 2015. O total representa recuo de 18,1% em comparação
com 2014. Com relação ao volume de embarques a queda foi de 10,9%. Segundo a ABIEC
esse recuo se deve a problemas conjurais que afetaram de forma negativa os principais
importadores de carne do Brasil, como Rússia, Venezuela e Hong Kong.
Vale destacar que a categoria industrializada cresceu 21% em faturamento e 8% em volume
em relação a janeiro deste ano.
Para o ano de 2016 a estimativa é que as exportações de carne bovina tenham um aumento de
cerca de 27,1%, devido ao mercado Chinês em expansão que deve aumentar suas importações
do produto.
5. Conclusão
O Brasil vem conseguindo, pouco a pouco, retirar os embargos impostos por esses países ao
produto desde 2012, após um caso isolado de encefalopatia espongiforme, vulgarmente
conhecida como vaca louca, registrado no Paraná. Atualmente, com os riscos de epidemia
descartados e demonstrando para o mercado internacional uma excelente qualidade da carne
bovina, o Brasil vem buscando novamente estreitar as relações comerciais com importantes
players do setor. A China é um grande exemplo. O gigante asiático, antes do fim do bloqueio,
só tinha como porta de entrada para a carne brasileira pela ilha de Hong Kong. Porém com
uma alta demanda de carne brasileira, no ano de 2015 aparece como o quinto maior
importador de carne brasileira.
Destacando-se os países da América do Norte e os principais mercados do nordeste da Ásia.
Lembrando que os Estados Unidos estão entre os maiores importadores mundiais de carne
bovina, importaram em 2012 mais de 1 milhão de toneladas, ficando atrás apenas da Rússia
que são os maiores importadores mundiais de carne bovina.
Agora, com a retomada das vendas para todo o território, a expectativa é de incrementos
significativos nas exportações para os chineses, que ocupam a segunda posição entre as
maiores economias mundial.
Com base nos dados apresentados neste artigo podemos notar que os embargos impostos
contra as empresas brasileiras estão diminuindo cada vez mais, assim tendo menos restrições
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para poder exportar a carne bovina, em um nível global muito superior. Podendo ajudar a
economia do país a se desenvolver cada vez mais e ajudando a balança comercial permanecer
positiva.
Um grande ponto positivo para o Brasil é o aumento da concorrência, tanto brasileira quanto
local, a luta por um espaço no cenário global se torna mais difícil, assim acarretando um
desenvolvimento melhor das empresas para se manterem competitivas no cenário
internacional, produzindo produtos de alta qualidade, com preços cada vez mais competitivos.
Um dos principais beneficiários desta concorrência, serão os países importadores e o
consumidor final, pois com a alta concorrência de empresas disputando lugares no mercado
importador será imposto naturalmente pelo mercado um preço mais acessível, não havendo
monopólio local e sim uma alta concorrência, então em seguida o cliente final ganha sua
beneficiação pela alta concorrência das empresas locais e externas, tendo em vista que a
concorrência aumentará, logo haverá uma disputa de território de mercado local, assim sendo,
poderá ocorrer uma corrida por parte das empresas para fidelização do cliente. Um dos meios
utilizado para a fidelização, é a alta qualidade e bom preço, gerando sempre um ótimo custo x
benefício.
O volume também dependerá muito do cenário econômico mundial, da disponibilidade de
animais, da situação econômica americana, da situação cambial do Brasil, e também da
situação nos outros países fornecedores. Por ser referência mundial, o sistema sanitário norte-
americano é utilizado como base para diversos outros mercados importantes, assim esta
decisão poderá influenciar outros países a acelerar as negociações com o Brasil.
Umas das melhores formas para que o Brasil não sofra com os embargues novamente, é
manter o alto padrão de qualidade das carnes e uma garantia de que a carne é 100% confiável
para ao mercado internacional, livres de quaisquer doenças que possam denegrir a imagem do
país.
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II SIMPÓSIO DE COMÉRCIO EXTERIOR – SIMCOMEX
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Faculdade de Tecnologia de Barueri – Fatec Barueri
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