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II Simpósio Brasileiro de Geomática Presidente Prudente - SP, 24-27 de julho de 2007 V Colóquio Brasileiro de Ciências Geodésicas ISSN 1981-6251, p. 626-634

M.L. Chuerubim; T. T.dos Reis; G. P. Ferrari; M. B. Kaneshiro; A. A. Meneguette; M. M. S. Decanini; M. I Ishikawa

DESENVOLVIMENTO DE UM SIG NA WEB COMO APOIO À GESTÃO DA UNESP – CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE

MARIA LÍGIA CHUERUBIM

THIAGO TIEDTKE DOS REIS GUILHERME PIRES FERRARI

MICHELE BEZERRA KANESHIRO ARLETE APARECIDA CORREIA MENEGUETTE

MÔNICA MODESTA SANTOS DECANINI MAURO ISSAMU ISHIKAWA

Universidade Estadual Paulista - Unesp

Faculdade de Ciências e Tecnologia - FCT Departamento de Cartografia, Presidente Prudente – SP

{mchuerubim, tiedtke, memildo}@gmail.com {mikaneshiro}@hotmail.com

{arlete, monca, mauro}@fct.unesp.br

RESUMO – A evolução marcada pelo surgimento da Internet e pelo desenvolvimento de modernas tecnologias computacionais representa um excelente meio disseminador de informações à sociedade. Devido às potencialidades desta ferramenta e de sua enorme popularidade, é crescente o número de aplicações envolvendo a integração de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) na Web, o que possibilita que a informação geográfica possa ser visualizada/processada em diferentes locais, bem como por diferentes perfis de usuários. Nesta perspectiva, este trabalho dedicou-se à elaboração de um SIG voltado à gestão da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da UNESP – Campus de Presidente Prudente, com ênfase em ferramentas OpenSource e de domínio público, voltadas à exibição de dados geográficos e imagens de satélite na Web. O SIG-FCT foi desenvolvido considerando as crescentes demandas por diminuição de custos e uma maior democratização no processo de disseminação de informações à comunidade usuária. No SIG-FCT, disponibilizado em http://cartomidia.fct.unesp.br/sigfct, a interação com as informações ocorre de forma dinâmica, podendo ser ampla ou restrita, dependendo do tipo de usuário, não sendo necessária a utilização de software específico para visualização. ABSTRACT – The evolution marked by the advent of the Internet and the development of modern computational technologies represents an excellent means for disseminating information to the society. Due to the potentialities of this tool and its enormous popularity, the number of applications is increasing involving the integration of Geographic Information Systems (GIS) in the Web, which allows the geographic information to be visualized/processed in different places, as well as by different profiles of users. In this perspective, this work was carried out aiming at the implementation of a GIS to support the management of UNESP - Campus of Presidente Prudente, with emphasis on OpenSource and public domain tools, allowing the exhibition of geographic data and satellite imagery in the Web. The system, named SIG-FCT, was developed considering the increasing demands for reduction of costs and a wider democratization in the process of dissemination of information to the user community. In the system, available at http://cartomidia.fct.unesp.br/sigfct, the interaction with the information occurs in a dynamic form, in a wide or restricted manner, depending on the type of user. Specific software for visualization is not required.

1 INTRODUÇÃO A evolução tecnológica marcada pelo

desenvolvimento das denominadas Tecnologias de Informação (TI), vem proporcionando volumosos investimentos nas áreas relacionadas aos SIG, possibilitando a construção de uma infra-estrutura que integra diferentes tipos e volumes de informações, bem

como a disseminação destas informações de forma dinâmica e eficaz na web.

O conceito fundamental dos vários modelos de tomada de decisão adotados em tecnologias de informação como o SIG, é o de racionalidade, no qual indivíduos e organizações seguem um comportamento de escolha entre alternativas, baseado em critérios objetivos de julgamento, cujo fundamento será satisfazer um nível

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pré-estabelecido de aspirações. O processo decisório consiste em realizar uma escolha a partir de alternativas, o que implica na possibilidade de interpretar o processo de manipulação de dados em um SIG como uma forma de produzir diferentes hipóteses sobre um tema de estudo (COWEN, 1988).

Nas aplicações SIG na Web, a informação geográfica pode ser processada e apresentada em diferentes locais, bem como por diferentes perfis de usuários, através da Internet, o que implica na complexidade da implementação de aplicações SIG, tanto relacionadas aos aspectos funcionais quanto no que concerne à interface usuário-máquina (SCHIMIGUEL; BARANAUSKAS; MEDEIROS, 2004).

O presente trabalho tem por objetivo elaborar um SIG, direcionado à gestão da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP – Campus de Presidente Prudente, com ênfase em ferramentas OpenSource e de domínio público, voltadas à visualização de dados geográficos e mapas temáticos na Web, de forma a atender as crescentes demandas por diminuição de custos e uma maior democratização no processo de disseminação de informações à comunidade usuária.

Neste contexto, apresenta-se o SIG FCT desenvolvido a partir de uma metodologia orientada a objetos geográficos, adotando-se a modelagem Geo-OMT (Objetic Modeling Technique), para uso em um ambiente de sistema de informação, possibilitando integrar a parte gráfica aos atributos descritivos do mundo real. A capacidade de integração e interação de dados de diversas naturezas, através da tecnologia SIG, enriquece o poder de observação e análise, auxiliando de forma expressiva os processos envolvendo tomada de decisões, já que possibilita o acompanhamento e gestão de informações em tempo real por diferentes perfis de usuários, além de permitir interações e edições monitoradas em ambiente seguro de navegação pela Internet. 2 Sistemas de Informação Geográfica

Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) têm

adquirido cada vez mais popularidade, impulsionada principalmente por avanços na área de modelagem de dados e pelas possibilidades de suas aplicações em processos que envolvam tomadas de decisões. Esses sistemas permitem o desenvolvimento de aplicações que integram e relacionam diferentes informações associadas a um ou mais banco de dados. Os SIGs abrangem diversas áreas de aplicação como telecomunicações, planejamento urbano, arquitetura, turismo e entretenimento (COORS, 1998).

Um SIG web é um sistema de software (comercial ou acadêmico) que permite aplicações SIG na web, com o intuito de disponibilizar à informação geográfica na web, podendo apresentar algum tipo de interação com o usuário como, por exemplo, zoom, pan e consultas diversas. Atualmente, face aos crescentes investimentos no setor da geoinformação, surge a necessidade do desenvolvimento de tecnologias open source, com o

intuito de minimizar custos onerosos provenientes dos sistemas proprietários existentes e necessários ao desenvolvimento de um SIG (UCHOA e FERREIRA, 2004). 2.1 Modelagem de dados geográficos

Segundo Worboys (1995), o modelo é a representação abstrata e simplificada de um sistema real, com o qual se pode explicar ou testar seu comportamento, em seu todo ou em partes. Nele a observação e a manipulação devem satisfazer às necessidades de conhecimento e conceituação, já que um modelo não é o objeto real, e sim algo que visa representá-lo com certo grau de fidelidade.

De acordo com Câmara et al (1996), um modelo de dados deve fornecer ferramentas para descrever a organização lógica do banco de dados, bem como definir as operações de manipulação pré-estabelecidas. Para uma aplicação específica o processo de modelagem, quando realizado adequadamente, gera uma visão abstrata da realidade que permite o rápido acesso e reutilização dos dados, bem como a expansão do banco de dados e sua integração com banco de dados distintos, mas que descrevem a mesma realidade.

Neste contexto, utilizou-se a modelagem Geo-OMT, que agrupa de forma unificada as primitivas geográficas propostas por inúmeros autores, como também objetiva introduzir novas primitivas que suprem deficiências notáveis como, por exemplo, a representação de múltiplas visões das entidades geográficas (BORGES e DAVIS, 2001). O modelo Geo-OMT é baseado em três conceitos principais: classes, relacionamentos e restrições de integridade espaciais.

2.2 Cartografia multimídia

Segundo Ramos (2005), a cartografia multimídia

pode utilizar-se de texto, áudio, imagens, vídeos, animações, hipertexto, hipermapas, mapas clicáveis e hipermapas baseados em banco de dados. Para aplicar a mídia à cartografia deve-se, fundamentalmente, definir alguns requisitos como: público alvo, conteúdo, dados e mídias, imagens, diagramas, e o meio de divulgação (papel, CD-ROM, Internet).

Nos mapas multimídia pode-se adicionar arquivos de texto, menus, barras de títulos e caixas de mensagem ao usuário, os quais devem conter informações sintéticas e muito claras. Quanto aos arquivos de texto, é importante a utilização de fontes universais, com variação de tamanho e estilo dentro de uma mesma fonte. Os textos devem ser curtos ou apresentados em resumo com possibilidade de impressão da versão completa.

O hipertexto caracteriza-se por um texto ou outra mídia, que contém links que o relacionam às outras mídias, estabelecendo conexões com idéias e conceitos. O hipertexto tem forma não linear. É uma ferramenta interativa, o que possibilita a inserção de novas informações. Na Cartografia, o contexto de hipertexto



se aplica aos mapas interativos como, por exemplo, os mapas clicáveis e os mapas índices, que apresentam hiperlinks que conduzem a novos mapas com novos temas, ou ainda hipermapas baseados em banco de dados.

As ferramentas voltadas à mídia definem um campo propício para o desenvolvimento de projetos educacionais, fundamentada em conceitos cartográficos tais como: escala, projeções, generalização e simbolização. Possibilitam, ainda, a divulgação de informações por meio da mídia discreta, que se restringe apenas ao armazenamento da informação em CD-ROM, e a mídia em rede, por meio de um sistema de telecomunicações, gerando mecanismos dinâmico de divulgação da informação a toda comunidade usuária (RAMOS, 2005). 3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

A partir da análise dos requisitos dos gestores e

demais usuários, elaborou-se tanto o projeto cartográfico como a modelagem de dados voltados para o SIG na WEB.

Os dados requeridos foram convertidos para uma base de dados geográfica (PostGIS), na qual foram indexados de acordo com as classes pré-estabelecidas no SIG, com a finalidade de responder às consultas referentes às diferentes entidades e suas respectivas relações.

Paralelamente, foi criada a interface utilizando-se linguagens de desenvolvimento para Web (HTML, PHP, JavaScript), em função da qual foi implementado e disponibilizado o SIG do Campus.

3.1 Projeto cartográfico

O projeto cartográfico é uma das etapas mais

relevantes na implementação de um SIG, pois possibilita uma definição das classes de informações geográficas requeridos, o que auxilia na definição das estratégias do projeto.

Inicialmente, define-se a escala em que se trabalhará, em função do grau de detalhamento desejado e necessário aos propósitos em questão. Neste estágio estipulou-se as escalas de representação cartográfica do SIG de acordo com os niveis de representação exibidos no SIG-FCT, relacionadas na Tabela 1. Tabela 1 - Níveis de representação e respectivas escalas

Nível de Representação Escala aproximada Campus 1:8000 Área 1:6000 Edificação 1:1000 Sala 1:500

Após a análise de demanda e, a partir da base

cartográfica, agrupou-se as informações em classes e sub-classes temáticas, as quais foram associadas a geometria, nível de medida e representação de cada feição. O esquema de classes estabelecido no projeto cartográfico e

o projeto gráfico do SIG-FCT estão relacionados na Tabela 2 respectivamente. Tabela 2 - Esquema de classes do projeto gráfico.

3.2 Modelagem Geo-OMT

Neste trabalho, utilizou-se a modelagem Geo-

OMT, que sintetiza por meio de diagramas de dados e classes a informação a ser representada. Sendo assim, primeiramente, delimitou-se a área geográfica de estudo, campus da UNESP-Presidente Prudente, em função da qual definiram-se as classes geo-campos e geo-objetos, bem como o tipo de representação geométrica, tais como: ponto, linha ou polígono, e os respectivos atributos.

Na modelagem, este conjunto de classes necessita ser relacionado por meios de relações convencionais e/ou topológicas. Desta forma, estabeleceu-se a modelagem hierárquica dos dados, sendo a principal denominada “Campus”. Associou-se a esta classe, as classes correspondentes às vias externas, que dão acesso ao campus, e a imagem de satélite, sobreposta a base do campus.

A partir da classe Campus, definiu-se uma relação de agregação, que indica um relacionamento “todo-parte”, pois o campus está dividido em áreas previamente definidas pelo gestor: norte, sul e central. Da mesma forma, a partir da classe “Áreas” estabeleceu-se as possíveis sub-classes de cada feição pertencente a esta classe: edificações, vias internas, hidrografia, vegetação e esportivo. No processo de modelagem foram previstas ainda classes e sub-classes que não foram implementadas no projeto como, por exemplo, as classes vegetação e limites, com o intuito de auxiliar futuros trabalhos.

A partir deste diagrama torna-se possível associar a modelagem conceitual à linguagem computacional.



3.3 Implementação da base de dados geográfico A partir dos arquivos vetoriais que compõem a

base cartográfica do sistema, geraram-se os respectivos arquivos shape com extensões, respectivamente, para a geometria (shp), atributos (dbf) e índice (shx), por meio do programa CAD2Shape 2.0, sendo este disponível gratuitamente na Internet.

Utilizando-se o programa Open Jump (Java Unified Mapping Platform) de domínio público, editou-se os atributos baseados nas especificações das classes, gerando o dicionário de dados, no qual realizou-se a edição da feição calçadão.

Um fator importante na implementação do SIG proposto, como já explicitado, é a utilização de ferramentas OpenSource. Nele, a interação com as informações geradas ocorrerá de forma dinâmica e confiável, podendo ser ampla ou restrita, dependendo do tipo de usuário, não sendo necessária à utilização de software específico para visualização.

Neste contexto, adotou-se as tecnologias fontes abertas para o servidor (Linux Debian, Web Server Apache), linguagem de programação PHP, sistema de gerenciamento de banco de dados PostgreSQL e sua extensão o PostGIS; bem como o servidor MapServer, um ambiente de desenvolvimento de código aberto para construção de aplicativos na Internet que permite por meio de ferramentas webmapping criar mapas dinâmicos utilizando-se recursos variados como imagens, e ainda a manipulação de diferentes informações geográficas, e também o phpPgGIS, criado pela empresa OpenGEO, que utiliza o MapServer para visualizar o conteúdo espacial

dos campos de geometria do PostGIS com muita simplicidade. 3.4 Interface gráfica

A interface gráfica do SIG-FCT segue o padrão de

exibição do website da UNESP (http://www.unesp.br) a fim de preservar a familiaridade com o usuário e, portanto, seguir a mesma lógica de navegação. Desta forma, o SIG-FCT direcionou-se a criação de um design simples e objetivo, cuja resolução mínima é de 800x600 pixels para um monitor de 15’, e cores aplicadas em 16 bits, direcionando-se ao atendimento das necessidades dos diferentes perfis de usuários.

Para o desenvolvimento da interface gráfica foi utilizado o pmapper (disponível em: http://www.pmapper. net), um framework que tem como função facilitar a utilização do mapserver para uma aplicação especifica. Para mais informações sobre a estrutura do programa consultar Burger (2006).

Tendo em vista utilizar o mesmo layout do portal da UNESP, algumas alterações no código do programa do pmapper.js foram necessárias, no qual se inseriu as imagens do cabeçalho e do rodapé do mesmo. A posição da legenda foi alterada bem como a dimensão do mapa. Também foi necessária a tradução dos termos, inclusão das funções login/senha e consulta rápida, onde estes não se encontram na versão inicial do pmapper. Para isso dividiu-se a tela em três colunas principais: a coluna à esquerda é alocada para a legenda, no centro se situa o mapa e na coluna da direita as ferramentas de navegação, como ilustra a Figura 1.



Figura 1 - Disponibilização da página do SIG-FCT. A interface gráfica foi desenvolvida a partir de

linguagens de programação direcionadas à Internet, como o Html, Php e JavaScript. O navegador realiza a leitura das informações contidas no banco de dados que utiliza a linguagem SQL e também do MapServer onde os mapas são apresentados através da linguagem PHP/MapScript, o que implica que o atrelamento entre estas diferentes linguagens de programação seja realizado no servidor, que possibilita a conexão entre as informações da página da Internet com as informações contidas no banco de dados do SIG. 3.4.1 Legenda interativa

A legenda interativa foi produzida através da

linguagem JavaScript, a partir de menus expansivos, Figura 2, contendo grupos e sub-grupos, divisão baseada nas classes e sub-classes geradas na modelagem dos dados.

No SIG-FCT, o menu expandido mostra todos os sub-grupos existentes e, ainda, uma ferramenta ao lado de cada um destes sub-grupos, empregada na seleção das classes de interesse que serão exibidas no mapa.

Com exceção da imagem QuickBird e a toponímia da área, todas as checkbox encontram-se ativadas para exibição na tela, com o intuito de facilitar o acesso inicial.

Figura 2 - Legenda criada a partir de menus expansivos.



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Para facilitar o entendimento do usuário foram geradas checkbox para as sub-classes como, por exemplo, estacionamento e departamento, as quais apresentam o recurso de seleção das entidades de interesse no mapa de acordo com o zoom desejado, como ilustra a Figura 3.

Figura 3 - Descrição com as toponímias das edificações, Estacionamento e Áreas. 3.4.2 Mapa

O mapa é apresentado por meio de uma legenda interativa (checkbox), por meio da qual é possível selecionar as feições do mapa (ligar/desligar). Além disso, apresenta recursos para medir distâncias entre as feições do mapa. A recuperação das informações e as relações geométricas contidas no Banco de Dados é realizada no PostGIS, extensão do Postgres, e exibida na tela do SIG através do aplicativo MapServer.

Dentro do espaço destinado ao mapa encontram-se inseridas ainda as informações referentes à escala gráfica e numérica; ferramentas de zoom (barra de rolagem e aproximar/afastar); opção de imprimir e salvar mapa; informação das edificações; ferramentas de navegação pelo mapa e, por fim, uma ferramenta para medição das edificações veiculada diretamente ao MapServer. As telas de exibição do mapa juntamente com as ferramentas de avegação encontram-se ilustradas na Figura 4.

Figura 4 - Exibição da área do mapa juntamente com as ferramentas de navegação. 3.4.3 Zoom

A ferramenta de zoom foi implementada na forma

de uma barra de rolagem, localizada acima do mapa de exibição, e permiti que o zoom desejado pelo usuário seja acessado imediatamente, sem a necessidade de acessar níveis de zoom intermediários. Essa ferramenta facilita a utilização do SIG, principalmente, pelos usuários com Internet de baixa velocidade (por exemplo, dial-up), além de ser bastante intuitiva. À medida que a barra de rolagem é movida, o mapa exibe uma pré-visualização do zoom, baseado na ampliação ou redução do mapa já carregado na página. Quando o usuário encontrar o zoom desejado, uma nova imagem é carregada imediatamente.

A outra ferramenta de zoom que permite

aproximar /afastar de acordo com uma área retangular selecionada pelo usuário, encontra-se disposta na barra de navegação ao lado direito do mapa, como ilustra a figura 5 para a ferramenta de aproximar.

Em relação à configuração inicial do pmapper foi necessário alterar a posição, a dimensão e a fonte de texto da legenda, já que a posição original encontrava-se ao lado direito da página. Para tanto, utilizou-se o código pmapper.js.



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Figura 5 - Exibição da ferramenta de zoom (aproximar/afastar).

Existe ainda o módulo de exibição por escalas

fixas, que se encontra localizado logo acima do mapa, sendo utilizado pelo usuário na definição da escala em que se deseja exibir o mapa.

3.4.4 Login/Senha

Na divisão da tela para a apresentação do SIG tem-se na parte superior o link para os campos login/senha e registro do usuário, por meio dos quais se disponibiliza, gratuitamente, serviços de consulta à base geográfica do Campus da Unesp de Presidente Prudente. O acesso dos gestores às informações do Campus se dará também pelos respectivos campos, porém com domínios diferentes uma vez que os gestores terão acesso a uma gama de informações maior e mais detalhada que os demais usuários. O campo de login/senha é demonstrado na Figura 6.

Figura 6 - Campo de login/senha.

3.4.5 Exibição da imagem A imagem de satélite QuickBird, na qual fez-se o

tratamento adequado para sua aplicação no SIG, encontra-se disposta na legenda a partir da ferramenta checkbox, por meio da qual a imagem é selecionada exibida na tela como imagem de fundo, sobreposta à base geográfica, Figura 7. A imagem de satélite é visível até a escala 1:5000, porém para escalas maiores a operação de exibição da imagem não está disponível.

Figura 7 - Imagem QuickBird sobreposta pela base cartográfica. 3.4.6 Ferramenta de medição

A ferramenta de medidas de Comprimentos/Área encontra-se disposta na barra de navegação através do

botão , e é aplicada para a medição da distância entre pontos e a determinação da área. Quando selecionada esta ferramenta abre-se um box, logo abaixo do mapa, que contém um campo para visualização da distância e outro para a área, além de um botão denominado “limpar”, utilizado para eliminar as linhas referentes as medidas anteriores, como verifica-se na figura 8.



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Figura 8 – Ferramenta de medidas de Comprimentos/Área.

Esta ferramenta foi desenvolvida no pmapper e

como no código original as medidas estavam referenciadas em quilômetros, foi necessário convertê-las para metros, utilizando-se para tanto o código geometry.js. 3.4.7 Salvar e imprimir mapa

As ferramentas referentes a salvar e imprimir

mapa estão dispostas na barra de navegação, e quando acionadas geram popups para a seleção da melhor opção para o usuário.

Para a ferramenta de salvar mapa abre-se um popup, em que se têm opções de resoluções para download. Na ferramenta de imprimir mapa abre-se também um popup, contendo opções de configuração de impressão que permitem que o usuário escolha a escala de saída do arquivo como também gere um novo arquivo no formato pdf.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A gestão de informações é um processo de

extrema relevância às organizações, face ao ambiente competitivo e dinâmico em que estas se enquadram, o que implica na necessidade de ferramentas que possibilitem a integração e o processamento de dados em diferentes fontes e formatos, contribuindo à tomada de decisões. Por sua vez, a implantação de um sistema integrado de gestão depara-se comumente com questões complexas referentes, por exemplo, aos custos associados à capacitação de funcionários, implantação e manutenção de sistemas, os quais decorrem da complexidade evolutiva do mundo moderno.

Como ferramenta de suporte à decisão os SIG (sistemas de hardware, software, informação geográfica e

procedimentos computacionais) vêm contribuindo aos processos de análise, gestão e representação da realidade, facilitando o fluxo de informações de maneira mais dinâmica e precisa, proporcionando uma melhoria na estrutura organizacional, com a centralização das informações e aumento da produtividade e, principalmente, contribuindo à uma maior interação entre os gestores, o que permite análises criteriosas dos efeitos de suas decisões à comunidade usuária.

Face à crescente evolução das tecnologias de informação, surge a necessidade de integrar e explorar as aplicações SIG WEB, nas quais a informação geográfica pode ser visualizada/manipulada em diferentes locais, bem como por diferentes perfis de usuários, através da Internet, o que caracteriza o desenvolvimento complexo de sistemas voltados, principalmente, à interface usuário-máquina.

Este trabalho dedicou-se à elaboração de um SIG voltado à gestão da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP – Campus de Presidente Prudente compreendendo apenas o centro educacional, com ênfase em ferramentas OpenSource e de domínio público, voltadas à exibição de dados geográficos e mapas temáticos na Web, de forma a atender as crescentes demandas por diminuição de custos e uma maior democratização no processo de disseminação de informações à comunidade usuária. O trabalho final disposto em: http://cartomidia.fct.unesp.br/sigfct, como apresentado na Figura 1.

Na implementação da base cartográfica que compõem o SIG FCT, encontraram-se alguns problemas associados à modelagem, em função da complexidade decorrente da associação de cada entidade à sua respectiva classe como, por exemplo, as feições biblioteca e esportivo que podem pertencer a mais de uma classe.

Como este projeto consiste em uma proposta preliminar de auxílio à gestão do campus e em função da vasta gama de informações, algumas das feições não puderam ser implementadas, e seguem como recomendações a trabalhos futuros, como por exemplo, a inclusão do núcleo Morumbi; infra-estrutura elétrica e hidráulica; mapas temáticos de uso e cobertura da Terra; climatização dos ambientes; materiais construtivos de cada edificação (como os tipos de revestimento, cobertura, iluminação, ar-condicionado, entre outros) e capacidade (número de salas, anfiteatros, auditórios, disponibilidade de computadores, carteiras, ramais telefônicos, etc); inserção de todas as plantas baixas das edificações, vinculação dos laboratórios existentes aos grupos de pesquisa, entre outras, e por fim a manutenção da base cartográfica, com base nas constantes evoluções do espaço físico.

Para este trabalho estavam previstas as criações de busca rápida e informações adicionais das edificações, mas devido às falhas no servidor e bem como a falta de tempo para a construção de tais campos, recomenda-se que isso seja implementado em trabalhos futuros.

O projeto SIG FCT possibilitou demonstrar o desenvolvimento de uma ferramenta de auxilio a tomada



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de decisões com uma série de recursos de domínio público, agregando as vantagens do SIG com a disponibilidade e o acesso facilitado via Internet. Com os recursos básicos disponíveis e as configurações e implementações iniciais a continuidade desse trabalho será mais fácil e de grande valia ao desenvolvimento do Campus, no que concerne ao processo de atualização do SIG.

Com o resultado obtido, conclui-se que é possível customizar projetos e sistemas de auxilio a gestão, tomada decisão e planejamento utilizando aplicativos OpenSource, o que conseqüentemente torna viável a implementação deste tipo de Sistema em projetos, uma vez que o custo das tecnologias é nulo, por ser de acesso e utilização livre. Com todos esses recursos, o SIG FCT é um dos exemplos da possibilidade de se difundir os Sistemas de Informação Geográfica em diversas áreas a um custo mínimo, de maneira a popularizá-los entre os mais diversos projetos, evidenciando ainda mais a importância dos produtos cartográficos para qualquer tipo de projeto de infra-estrutura, gerenciamento de recursos e tomadas de decisão. REFERÊNCIAS BORGES, K.; Davis, C. Modelagem de dados geográficos, 2001, 85 p. BURGER, A. P.mapper User Manual. Outubro de 2006. Disponível em: <http://www.pmapper.net/wiki/ doku.php?id=doc:manual>. Acesso: 27 outubro 2006. CÂMARA, G. Modelos, linguagens e arquiteturas para banco de dados geográficos. Tese (Doutorado CÂMARA, G.; CASANOVA, M. A.; HEMERLEY, A. S.; MAGALHÃES, G. C.; MEDEIROS, C. M. B. Anatomia de Sistemas de Informação Geográfica. Campinas: IMECC-UNICAMP, 1996. COORS, V.; FLICK, S. “ Integrating Levels of Detail in a Web-based 3D-GIS”. ACM GIS’98, pp. 40-45, 1998. COWEN, D. J. GIS versus CAD versus DBMS: what are the differences? Photogrammetric Engineering and Remote Sensing, 54: 1551- 1555, 1988. MAURO, D. R.; ROTTA, L. H. S.; FREIRE, R. B. Atualização de dados espaciais e não-espaciais da Unesp – campus de Presidente Prudente. Relatório de estágio Não-Obrigatório (Engenharia Ambiental). Presidente Prudente: Unesp, 2006. RAMOS, C. S. Visualização cartográfica e cartografia multimídia. São Paulo: Ed. UNESP. 2005. SCHIMIGUEL, J., BARANAUSKAS, M. C. C.; MEDEIROS, C. M. B. Usabilidade de aplicações SIG web na perspectiva do usuário: um estudo de caso.

Instituto de Computação – Universidade Estadual de Campinas. Campinas: UNICAMP, 2004. TEIXEIRA, A. L.; Moreti, E.; Christofoletti, A. Introdução aos sistemas de informação geográfica. Rio Claro: edição do autor, 1992. UCHOA, H. N.; FERREIRA, P. R. Geoprocessamento com software livre (versão1.0). Outubro de 2004. Disponível em: <www.geolivre.org.br/downloads>. Acesso: 20 abril 2006. WORBOYS, M. F. GIS: a computing perspective. London: Taylor&Francis, 1995.


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