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21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental ABES – Trabalhos Técnicos 1 III- 103 – PROJETO PANTANAL E O TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS PARA SEIS MUNICÍPIOS DO MATO GROSSO DO SUL Jorge Hamada (1) Prof. Assistente Doutor do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia de Bauru - UNESP. Engenheiro civil, mestrado e doutorado em Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos – USP. Pesquisador e coordenador do Grupo de Estudos de Resíduos Sólidos da Faculdade de Engenharia de Bauru - UNESP e consultor na área ambiental especialmente para manejo de resíduos sólidos. Nariaqui Cavaguti Prof. Livre docente do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia de Bauru - UNESP. Geólogo, atuante como consultor na área ambiental, e autor de inúmeros trabalhos relacionados à degradação do solo. Antonio Flávio Ferraz Engenheiro Civil, Diretor Técnico da Arrimo Engenharia e Consultoria Ltda – Campo Grande – MS. Consultor para gerenciamento de resíduos de serviço de saúde e coordenador de projetos e estudos de impacto ambiental na área de resíduos sólidos. Endereço (1) : Rua Martinha Dal Médico, 1-35 - Bauru - SP - CEP 17.046-150 - Brasil - Tel: (0xx14) 221- 6113 – Fone/Fax: (0xx14) 221-6112 - e-mail: [email protected] RESUMO O Pantanal sul-mato-grossense é uma das maiores planícies de sedimentação do mundo. O ciclo de enchentes e vazantes dessa planície resulta no transporte de grandes quantidades de matéria orgânica, que são carregadas pela correnteza a grandes distâncias. Durante a vazante, detritos são depositados nas margens e praias de rios, lagoas e banhados, passando a se constituir em elementos fertilizantes do solo. Em função dessas características, a migração de contaminantes resultante da disposição de resíduos humanos no solo e nas águas, também acompanha esse fluxo natural, podendo acarretar alterações e danos à flora e à fauna da região. Inseridos no Projeto Pantanal, fazem parte do presente estudo o diagnóstico e a concepção de sistemas de tratamento e disposição final para os municípios de Corumbá, Ladário, Porto Murtinho, Bonito, Aquidauana e Anastácio, pólos significativos de desenvolvimento econômico e turístico do Estado do Mato Grosso do Sul. As soluções propostas visaram não somente atender as condições sanitárias e ambientais requeridas para quaisquer comunidades, mas trazer também o conceito de preservação de recursos naturais, através de programas de coleta seletiva, inerentes ao processo de conscientização das populações locais, verdadeiras guardiãs do Pantanal. No dimensionamento dos sistemas, verificou-se o grande favorecimento das condições climáticas para os sistemas Corumbá/Ladário e Porto Murtinho, uma vez que ocorre um equilíbrio anual entre precipitação e evapotranspiração, o que simplifica sobremaneira o manejo de chorume. Os recursos tecnológicos requeridos para os empreendimentos são compatíveis com o desenvolvimento sócio- econômico da região, necessitando, porém investimentos em recursos humanos, através da qualificação de técnicos e de mão obra para o manejo dos resíduos sólidos. PALAVRAS-CHAVE: Projeto Pantanal, Destino dos Resíduos Sólidos, Mato Grosso do Sul. INTRODUÇÃO O Pantanal sul-mato-grossense, uma das maiores planícies de sedimentação do mundo, ocupa grande parte do Estado de Mato Grosso do Sul - aproximadamente 140 mil km 2 - estendendo-se, também, por países vizinhos como Argentina, Bolívia e Paraguai. Essa imensa planície inundável, com leves ondulações, pontilhada por morros isolados e rica em depressões rasas, tem seus limites demarcados por variados sistemas de elevações como chapadas, serras e maciços e é cortada por grande quantidade de rios, todos pertencentes à Bacia do Paraguai.

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21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

ABES – Trabalhos Técnicos 1

III- 103 – PROJETO PANTANAL E O TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINALDE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS PARA SEIS MUNICÍPIOS DO MATO

GROSSO DO SUL

Jorge Hamada(1)

Prof. Assistente Doutor do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Engenhariade Bauru - UNESP. Engenheiro civil, mestrado e doutorado em Hidráulica e Saneamentopela Escola de Engenharia de São Carlos – USP. Pesquisador e coordenador do Grupo deEstudos de Resíduos Sólidos da Faculdade de Engenharia de Bauru - UNESP e consultor naárea ambiental especialmente para manejo de resíduos sólidos.Nariaqui CavagutiProf. Livre docente do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia deBauru - UNESP. Geólogo, atuante como consultor na área ambiental, e autor de inúmeros trabalhosrelacionados à degradação do solo.Antonio Flávio FerrazEngenheiro Civil, Diretor Técnico da Arrimo Engenharia e Consultoria Ltda – Campo Grande – MS.Consultor para gerenciamento de resíduos de serviço de saúde e coordenador de projetos e estudos de impactoambiental na área de resíduos sólidos.

Endereço(1): Rua Martinha Dal Médico, 1-35 - Bauru - SP - CEP 17.046-150 - Brasil - Tel: (0xx14) 221-6113 – Fone/Fax: (0xx14) 221-6112 - e-mail: [email protected]

RESUMO

O Pantanal sul-mato-grossense é uma das maiores planícies de sedimentação do mundo. O ciclo de enchentes evazantes dessa planície resulta no transporte de grandes quantidades de matéria orgânica, que são carregadaspela correnteza a grandes distâncias. Durante a vazante, detritos são depositados nas margens e praias de rios,lagoas e banhados, passando a se constituir em elementos fertilizantes do solo. Em função dessascaracterísticas, a migração de contaminantes resultante da disposição de resíduos humanos no solo e nas águas,também acompanha esse fluxo natural, podendo acarretar alterações e danos à flora e à fauna da região.Inseridos no Projeto Pantanal, fazem parte do presente estudo o diagnóstico e a concepção de sistemas detratamento e disposição final para os municípios de Corumbá, Ladário, Porto Murtinho, Bonito, Aquidauana eAnastácio, pólos significativos de desenvolvimento econômico e turístico do Estado do Mato Grosso do Sul.As soluções propostas visaram não somente atender as condições sanitárias e ambientais requeridas paraquaisquer comunidades, mas trazer também o conceito de preservação de recursos naturais, através deprogramas de coleta seletiva, inerentes ao processo de conscientização das populações locais, verdadeirasguardiãs do Pantanal.No dimensionamento dos sistemas, verificou-se o grande favorecimento das condições climáticas para ossistemas Corumbá/Ladário e Porto Murtinho, uma vez que ocorre um equilíbrio anual entre precipitação eevapotranspiração, o que simplifica sobremaneira o manejo de chorume.Os recursos tecnológicos requeridos para os empreendimentos são compatíveis com o desenvolvimento sócio-econômico da região, necessitando, porém investimentos em recursos humanos, através da qualificação detécnicos e de mão obra para o manejo dos resíduos sólidos.

PALAVRAS-CHAVE: Projeto Pantanal, Destino dos Resíduos Sólidos, Mato Grosso do Sul.

INTRODUÇÃO

O Pantanal sul-mato-grossense, uma das maiores planícies de sedimentação do mundo, ocupa grande parte doEstado de Mato Grosso do Sul - aproximadamente 140 mil km2 - estendendo-se, também, por países vizinhoscomo Argentina, Bolívia e Paraguai. Essa imensa planície inundável, com leves ondulações, pontilhada pormorros isolados e rica em depressões rasas, tem seus limites demarcados por variados sistemas de elevaçõescomo chapadas, serras e maciços e é cortada por grande quantidade de rios, todos pertencentes à Bacia doParaguai.

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Na região pantaneira, a paisagem altera-se profundamente nas duas estações bem definidas do ano: a seca e achuvosa. Durante a seca, nos campos extensos cobertos predominantemente por gramíneas e vegetação decerrado, a água chega a escassear, restringindo-se aos rios perenes de leitos definidos, às lagoas próximas aesses rios e a alguns banhados em áreas mais rebaixadas da planície.

De novembro a março, o Pantanal vive o período das cheias. A vegetação muda segundo o tipo de solo e deinundação, predominando espécies de cerrado nas terras arenosas - conhecido como Pantanal Alto - e gramíneasnas terras argilosas, do Pantanal Baixo. Com as cheias, as depressões são inundadas, formando extensos lagos,reconhecidos como Baías, de extrema beleza, principalmente se forem alcalinas, apresentando diferentes coresem suas águas, de acordo com as algas que ali se desenvolvem e criam matizes de verde, amarelo, azul,vermelho ou preto.

Com a subida das águas, volumosa quantidade de matéria orgânica é carregada pela correnteza a grandesdistâncias. Durante a vazante, esses detritos são depositados nas margens e praias de rios, lagoas e banhados,passando a se constituir em elementos fertilizantes do solo. Em função dessas características, a migração decontaminantes resultante da disposição de resíduos no solo e nas águas, também acompanha esse fluxo natural,podendo acarretar alterações e danos à flora e à fauna da região.

Para minimizar a degradação do Pantanal, ocasionada pela ausência ou incorreções no manejo, tratamento edisposição final dos resíduos sólidos domésticos, há a necessidade da evolução da consciência sanitária eambiental e da implantação da gestão adequada desses resíduos.

Inseridos no Projeto Pantanal, fazem parte do presente estudo o diagnóstico e a concepção de sistemas detratamento e disposição final para os municípios de Corumbá, Ladário, Porto Murtinho, Bonito, Aquidauana eAnastácio, pólos significativos de desenvolvimento econômico e turístico do Mato Grosso do Sul.

Na realidade o Brasil tem se despertado nos últimos anos para a problemática dos resíduos sólidos, havendouma grande preocupação com relação ao lixo gerado no perímetro urbano e sua destinação final. Emboratenham sempre existido, independentemente da ênfase atual, os problemas relacionados ao destino final do lixopersistem amplamente, não somente no Estado do Mato Grosso do Sul, como em todo território nacional ondea presença do homem civilizado é demarcada pela presença de seus rejeitos.

METODOLOGIA

No diagnóstico foram efetuados levantamentos dos parâmetros conjunturais sociais, econômicos e culturais decada município, além da caracterização da geologia, da geomorfologia, do solo, da vegetação e do potencialgeoambiental.

A caracterização da geologia, da geomorfologia, do solo, da vegetação e do potencial geoambiental, baseou-senos dados obtidos junto à Secretaria do Planejamento e Coordenação Geral do Mato Grosso do Sul. Foramconsultados principalmente, o Atlas Multireferencial e os Mapas do Projeto de Estudos Integrados do Potencialde Recursos Naturais.

Dados específicos sobre o gerenciamento de resíduos, foram obtidos através de questionários e visitas aoslocais de referência, tais como prefeituras e secretarias municipais e almoxarifados locais. Foram efetuadasvisitas técnicas aos locais empregados para o tratamento e/ou descarga de resíduos sólidos domésticos (lixões)e àqueles potencialmente indicados para a implantação de sistemas efetivos de tratamento e disposição final dosmesmos. Em todos, foram efetuados registros para caracterização dos empreendimentos.

Foram efetuadas caracterizações do lixo dos municípios e visitas técnicas aos locais empregados para otratamento e/ou descarga de resíduos sólidos domésticos (lixões) e àqueles potencialmente indicados para aimplantação de sistemas efetivos de tratamento e disposição final dos mesmos. Foram realizadas sondagens atrado nas áreas propostas para implantação dos sistemas de tratamento e disposição final de resíduosdomésticos para caracterização do solo.

A partir de uma avaliação conjunta com as unidades administrativas municipais e com base nas investigações dediversas áreas potenciais, efetuou-se a escolha do local para implantação de cada um dos novos sistemas detratamento e disposição final de resíduos sólidos domésticos, tanto para os municípios isolados como para os

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consórcios que deveriam ser estabelecidos. Esses consórcios foram indicados para os pares Corumbá/Ladário eAquidauana/Anastácio, o que resultou na concepção e dimensionamento de 4 sistemas.

A partir desses parâmetros efetuou-se a concepção e o dimensionamento para cada sistema, incluindo-se o doconsórcio entre municípios vizinhos, que permitisse a centralização do sistema. A concepção incluiu aremediação de áreas afetadas previamente pela disposição dos resíduos, a proposição de instalações visando areciclagem e compostagem e a destinação final na forma de aterro sanitário ou de rejeitos. Para os diversossistemas efetuou-se o balanço hídrico para definição do sistema de tratamento de chorume resultante dacompostagem e do aterro (McBean et al, 1995, Rocca et al, 1993 e Tchobanoglous et al, 1993).

RESULTADOS

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SISTEMA EXISTENTE

Para avaliação dos sistemas existentes podem ser destacados os dados de maior relevância, que sãoapresentados na Tabela 1. O município de Ladário é cercado por Corumbá e seus perímetros urbanos distamapenas 9 km. No caso de Aquidauana e Anastácio, seus limites urbanos são separados somente pelo RioAquidauana.

Tabela 1 – Características básicas dos sistemas existentes nos municípios envolvidos (em janeiro de2.000).

Município PopulaçãoUrbana (1999)

Estimativa delixo gerado

(t/ano)

Observação sobre o tipo de sistema e operação

Corumbá 76.876 12.684 Usina em implantação e Lixão. Concentração dafrente de disposição de lixo, mas sem cobertura.Muitos catadores no local.

Ladário 11.700 1.902 Lixão com grande dispersão. Poucos catadores eanimais domésticos.

Aquidauana 33.703 5.561 Lixão com grande dispersão em área de empréstimode terra. Queima freqüente do lixo. Catadoresausentes.

Anastácio 16.046 2.648 Lixão com pequena dispersão em área de empréstimode terra. Sem catadores.

Bonito 11.702 2.149 Usina paralisada e queima do lixo em valas.Cobertura eventual e animais domésticos (gado).Catadores eventuais.

Porto Murtinho 5.574 959 Lixão em área limitada fora do dique. Família decatadores residentes na área.

Na análise dos sistemas foi efetuada a caracterização gravimétrica do lixo gerado nos seis municípios. Taisparâmetros, mostrados na Tabela 2, embora pontuais, permitem uma visão geral e a existência de algumasdiferenciações entre os municípios.

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Tabela 2 – Composição gravimétrica do lixo gerado nos seis municípios estudados.Componente* Aquidauana Anastácio Bonito Corumbá Ladário P. Murtinho

Restos de Alimento 60,3 55,7 59,0 65,5 70,2 67,2**

Papel, papelão 14,6 13,9 18,0 17,2 10,9 15,8Têxteis 1,5 1,0 2,0 2,4 1,3 0,8Madeira 1,0 1,2 1,0 1 1,1 3,1Plástico 12,6 14,8 12,0 6,5 8,9 7,6Vidro 1,6 3,0 1,0 1,2 1,9 1,0Metais 7,6 9,2 3,5 2,8 3,8 2,9Outros 0,8 1,2 3,5 3,4 1,9 1,6* Amostragem pontual, para um dia da semana.** Inclusive capim e podas de quintais e jardins residenciais

Relativamente à caracterização física das áreas eleitas para implantação dos sistemas de tratamento e disposiçãofinal de resíduos sólidos domésticos, apresenta-se na Tabela 3 a caracterização do solo superior existente até auma profundidade de 3,0 m.

Tabela 3 – Características do solo superior das áreas eleitas para implantação do sistema de tratamentoe disposição final de resíduos sólidos.

De importância vital para o dimensionamento do sistema de drenagem e tratamento de chorume, os dadosclimátológicos regionais de maior interesse foram resumidos na Tabela 4.

Tabela 4 – Características climatológicas regionais para municípios considerados.Característica Aquidauana

e AnastácioBonito Corumbá e

LadárioP. Murtinho

Temperatura média anual (oC) 24,8 23,0 25,1 23,5Precipitação anual (mm) 1.398,2 1.605,8 1.051,5 1.179,9Período seco (meses) 3 a 4 3 a 4 3 a 5 3 a 5Evapotranspiração real anual (mm) 1.260 1.200 1.098 1.180Clima regional úmido a sub-

úmidoúmido sub-úmido a

semi-áridosub-úmido asemi-árido

A partir da Tabela 4, destacam-se os climas sub-úmidos a semi-áridos dos municípios de Corumbá, Ladário ePorto Murtinho, em que são praticamente equivalentes a precipitação e a evapotranspiração anual.

SISTEMAS PROPOSTOS

O município de Corumbá deverá receber em seu sistema centralizado os resíduos de Ladário. A área escolhidapara implantação do sistema é empregada atualmente para a destinação final dos resíduos sólidos de Corumbá.

Características doSolo Superior

Aquidauanae Anastácio

Bonito Corumbá eLadário

P. Murtinho

Areia (%) 57,0 a 59,0 7,4* 53,0* 22,7*

Silte (%) 11,0 a 13,0 77,4 18,5 34,3Argila (%) 28,0 a 31,0 15,2 28,5 43,0Classe Textural areia argilosa silte areia

argilosaargila síltica

Permeabilidadenatural (x 10-4 cm/s)

4,0 a 6,0 1,3 3,3 a 0,8 0,24

* Areia fina

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Como observado na Tabela 4, a precipitação média anual dos últimos 20 anos de 1.051,5 mm é relativamentebaixa e a temperatura média anual de 25,1 ºC, responde por uma evapotranspiração muito grande, que sugeriu aimplantação de uma lagoa de evaporação para o sistema de destinação final de chorume. O balanço hídrico dosistema, inclusive com a introdução do pátio de compostagem pode ser observado na Tabela 5. A recirculaçãodo chorume também foi considerada na operação. Uma das limitações do ponto de vista da implantação doaterro, é a existência de blocos rochosos, comuns na região. Uma visão geral do sistema proposto pode serobservada na Figura 1.

Tabela 5 – Balanço hídrico destacando-se o pátio de compostagem e a definição qualitativa do chorumegerado em sua composição final para o sistema Corumbá/Ladário.Coef. Esc. Superf., C 0,8Área Leira (m

2) 3.037

Área Pátio Livre (m2) 4.963

Área Pátio Total (m2) 8.000

DBO ES leiras (mg/l) 500 DBO ES Pátio livre (mg/l) 100 3,5

DBO Chorume Leira(mg/l) 5.000 2.590,0 DBO Chorume Aterro (mg/l) 8.000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dezEvapotranspiração* (mm) 161,6 135,0 140,0 106,7 76,8 64,7 66,5 88,8 120,5 155,0 160,3 171,1 1.447 Evaporação ajustada (mm) 111,7 93,3 96,7 73,7 53,1 44,7 46,0 61,4 83,3 107,1 110,8 118,3 1.000 Precipitação (mm) 162,7 133,3 130,2 72,1 49,3 25,7 20,4 23,4 56,0 69,7 138,3 170,4 1.052 Coef. C' 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 Esc. Sup. Leiras (mm) 35,8 29,3 28,6 15,9 10,8 4,6 3,7 4,2 10,1 12,5 24,9 30,7 211 Esc. Sup. Pátio livre (mm) 130,2 106,6 104,2 57,7 39,4 20,6 16,3 18,7 44,8 55,8 110,6 136,3 841 I-EP (mm) 15,2 10,7 4,8 (17,5) (14,6) (23,6) (29,2) (42,2) (37,3) (50,0) 2,6 21,4 (160) I-EP volumétrico (mm) 46,2 32,5 14,6 (53,1) (44,4) (71,7) (88,8) (128,1) (113,4) (151,8) 8,0 65,1 (485)

Vol. ES leiras (m3) 108,7 89,1 87,0 48,2 32,9 14,0 11,2 12,8 30,6 38,1 75,6 93,2 641

Vol. ES Pátio livre (m3) 646,0 529,3 516,9 286,3 195,7 102,0 81,0 92,9 222,3 276,7 549,1 676,6 4.175

Chorume efet. leiras (mm) 15,2 10,7 4,8 - - - - - - - 2,6 21,4 55 Volume efetivo chor. leiras (m

3) 46,2 32,5 14,6 - - - - - - - 8,0 65,1 166

Soma Pátio(m3) 800,8 650,8 618,6 281,3 184,3 44,4 3,4 (22,4) 139,5 163,1 632,7 834,8 4.331

Capac. Recirculação (m3) - - - 53,1 44,4 71,7 88,8 128,1 113,4 151,8 - - 651

Diferença (m3) 800,8 650,8 618,6 228,1 139,9 (27,4) (85,4) (150,5) 26,1 11,3 632,7 834,8 3.680

Correção cap. Recirc. (m3) - - - 53,1 44,4 99,1 174,1 278,5 113,4 151,8 - - 915

Correção diferença (m3) 800,8 650,8 618,6 228,1 139,9 (54,7) (170,8) (300,9) 26,1 11,3 632,7 834,8 3.417

Vol. Evaporado das lagoas (m3) 289,3 241,6 250,5 191,0 137,5 115,7 119,0 158,9 215,7 277,5 286,9 306,4 2.590

Vol. Final (m3) 511,5 409,2 368,0 37,2 2,4 (170,5) (289,8) (459,8) (189,6) (266,1) 345,8 528,5 827

Vol. Final Acumulado (m3) 511,5 920,7 1.288,7 1.325,9 1.328,3 1.157,9 868,1 408,2 218,7 (47,5) 298,3 826,8

Vol. Chorume do aterro (m3) 209,0 209,0 209,0 209,0 209,0 209,0 209,0 209,0 209,0 209,0 209,0 209,0 2.508

DBO Composta (mg/l) 1.907,2 2.175,3 2.190,5 3.173,7 3.902,5 5.196,2 5.597,5 5.362,9 3.700,7 3.281,0 2.125,8 1.893,2 * Método de Thornthwaite

Dimensões básicas das lagoas

MesesTotalParâmetros

Profundidade (m)Área (m

2)

Os municípios de Aquidauana e Anastácio, cidades vizinhas separadas pelo Rio Aquidauana, tiveram comosolução a centralização das atividades de tratamento e disposição final de resíduos domésticos. O sistemaproposto, que deverá ficar centralizado no município de Aquidauana, embora a pequena distância da Capital doEstado, apresenta um clima diferenciado, que favorece a evaporação do chorume, que deverá ocorrer na próprialagoa facultativa. O excedente será infiltrado no solo, que apresenta coeficiente de permeabilidade médio de5,0x10-4 cm/s. O balanço hídrico e qualitativo para o tratamento de chorume é mostrado na Tabela 6 e o layoutgeral do sistema é ilustrado na Figura 3.

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ABES – Trabalhos Técnicos6

Figura 1 – Sistema adotado para os municípios de Corumbá e Ladário.

Tabela 6 – Balanço hídrico destacando-se o pátio de compostagem e a definição qualitativa do chorumegerado em sua composição final para o sistema Aquidauana/Anastácio.Coef. Esc. Superf., C 0,8Área Leira (m

2) 2.995

Área Pátio Livre (m2) 3.965

Área Pátio Total (m2) 6.960

DBO ES leiras (mg/l) 500 DBO ES Pátio livre (mg/l) 100 2,2 DBO Chorume Leira(mg/l) 5.000 1.994,0 DBO Chorume Aterro (mg/l) 8.000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dezEvapotranspiração* (mm) 157,8 150,5 138,5 117,3 70,2 53,8 53,5 63,2 119,4 166,4 175,9 173,0 1.439 Evaporação ajustada (mm) 109,6 104,5 96,2 81,5 48,8 37,4 37,2 43,9 82,9 115,6 122,2 120,2 1.000 Precipitação (mm) 163,3 147,1 113,1 93,3 129,4 43,4 31,8 42,1 93,1 126,0 192,4 223,2 1.398 Coef. C' 0,22 0,22 0,22 0,18 0,22 0,18 0,18 0,18 0,18 0,22 0,22 0,22 Esc. Sup. Leiras (mm) 35,9 32,4 24,9 16,8 28,5 7,8 5,7 7,6 16,8 27,7 42,3 49,1 295 Esc. Sup. Pátio livre (mm) 130,6 117,7 90,5 74,6 103,5 34,7 25,4 33,7 74,5 100,8 153,9 178,6 1.119 I-EP (mm) 17,7 10,2 (8,0) (5,0) 52,2 (1,8) (11,1) (9,4) (6,6) (17,3) 27,9 53,9 103 I-EP volumétrico (mm) 53,1 30,6 (23,9) (14,9) 156,2 (5,3) (33,3) (28,2) (19,7) (51,8) 83,5 161,4 308

Vol. ES leiras (m3) 107,6 96,9 74,5 50,3 85,3 23,4 17,1 22,7 50,2 83,0 126,8 147,1 885

Vol. ES Pátio livre (m3) 518,0 466,6 358,8 295,9 410,5 137,7 100,9 133,5 295,3 399,7 610,3 708,0 4.435

Chorume efet. leiras (mm) 17,7 10,2 - - 52,2 - - - - - 27,9 53,9 162 Volume efetivo chor. leiras (m

3) 53,1 30,6 - - 156,2 - - - - - 83,5 161,4 485

Soma Pátio(m3) 678,7 594,1 409,4 331,4 652,0 155,7 84,7 128,1 325,8 430,9 820,6 1.016,4 5.628

Capac. Recirculação (m3) - - 23,9 14,9 - 5,3 33,3 28,2 19,7 51,8 - - 177

Diferença (m3) 678,7 594,1 385,5 316,5 652,0 150,4 51,4 99,9 306,0 379,1 820,6 1.016,4 5.451

Correção cap. Recirc. (m3) - - 23,9 14,9 - 5,3 33,3 28,2 19,7 51,8 - - 177

Correção diferença (m3) 678,7 594,1 385,5 316,5 652,0 150,4 51,4 99,9 306,0 379,1 820,6 1.016,4 5.451

Vol. Evaporado das lagoas (m3) 218,6 208,4 191,8 162,4 97,2 74,5 74,2 87,6 165,4 230,5 243,6 239,7 1.994

Vol. Final (m3) 460,1 385,6 193,7 154,1 554,7 75,9 (22,8) 12,3 140,6 148,6 577,0 776,7 3.457

Vol. Final Acumulado (m3) 460,1 845,7 1.039,4 1.193,5 1.748,2 1.824,1 1.801,3 1.813,6 1.954,3 2.102,9 2.679,9 3.456,6

Vol. Chorume do aterro (m3) - - - - 46,7 - - - - - - - 47

DBO Composta (mg/l) 302,0 254,7 168,8 158,1 1.207,5 158,1 158,1 158,1 158,1 168,8 345,0 455,2 * Método de Thornthwaite

TotalParâmetros

Profundidade (m)Área (m

2)

Dimensões básicas das lagoas

Meses

O município de Porto Murtinho, cercado por um dique para evitar inundações teve uma solução que seenquadrou no interior do perímetro do dique, o que traz maior segurança ao sistema e facilidades operacionaiscom solução adequada para o chorume, através de sua evaporação, favorecida pelas condições climáticas. Osolo na área do sistema também minimiza a migração de contaminantes por apresentar coeficientepermeabilidade médio menor que 2,5x10-5 cm/s. O balanço hídrico e qualitativo para o tratamento de chorumeé mostrado na Tabela 7 e o layout geral do sistema é ilustrado na Figura 4.

21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

ABES – Trabalhos Técnicos 7

Figura 3 - Layout do Centro de tratamento e disposição final do Lixo de Aquidauana e Anastácio – MS.

Tabela 7 – Balanço hídrico destacando-se o pátio de compostagem e a definição qualitativa do chorumegerado em sua composição final para o sistema Porto Murtinho.Coef. Esc. Superf., C 0,8Área Leira (m

2) 403

Área Pátio Livre (m2) 737

Área Pátio Total (m2) 1.140

DBO ES leiras (mg/l) 500 DBO ES Pátio livre (mg/l) 100 2,5 DBO Chorume Leira(mg/l) 5.000 1.080,0 DBO Chorume Aterro (mg/l) 8.000 940,5

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dezEvapotranspiração* (mm) 146,0 119,6 121,2 96,9 73,1 59,6 60,7 83,2 102,9 113,3 141,2 152,4 1.270 Evaporação ajustada (mm) 115,0 94,1 95,4 76,3 57,6 46,9 47,8 65,5 81,0 89,2 111,2 120,0 1.000 Precipitação (mm) 182,6 149,6 146,1 80,9 55,3 28,8 22,9 26,3 62,8 78,2 155,2 191,2 1.180 Coef. C' 0,30 0,30 0,30 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,30 0,30 Esc. Sup. Leiras ou célula aberta (mm) 54,8 44,9 43,8 20,2 13,8 7,2 5,7 6,6 15,7 19,6 46,6 57,4 336 Esc. Sup. Pátio livre (mm) 146,1 119,7 116,9 64,7 44,2 23,0 18,3 21,0 50,2 62,6 124,2 153,0 944 I-EP (mm) 12,8 10,6 6,8 (15,6) (16,1) (25,3) (30,6) (45,8) (33,9) (30,5) (2,5) 13,9 (156) I-EP volumétrico (mm) 5,2 4,3 2,8 (6,3) (6,5) (10,2) (12,4) (18,4) (13,7) (12,3) (1,0) 5,6 (63)

Vol. ES leiras (m3) 22,1 18,1 17,7 8,2 5,6 2,9 2,3 2,6 6,3 7,9 18,8 23,1 135

Vol. ES 1 célula aberta (m3) 51,5 42,2 41,2 19,0 13,0 6,8 5,4 6,2 14,8 18,4 43,8 53,9 316

Vol. ES leiras + 1 célula aberta (m3) 73,6 60,3 58,9 27,2 18,6 9,7 7,7 8,8 21,1 26,3 62,6 77,1 452

Vol. ES Pátio livre (m3) 107,66 88,20 86,14 47,70 32,60 16,98 13,50 15,51 37,03 46,11 91,51 112,73 696

Chorume efet. leiras (mm) 12,8 10,6 6,8 - - - - - - - - 13,9 44 Volume efetivo chor. leiras (m

3) 5,2 4,3 2,8 - - - - - - - - 5,6 18

Soma Pátio(m3) 186,4 152,8 147,8 68,6 44,7 16,5 8,8 5,9 44,4 60,1 153,0 195,4 1.084

Capac. Recirculação (m3) - - - 6,3 6,5 10,2 12,4 18,4 13,7 12,3 1,0 - 81

Diferença (m3) 186,4 152,8 147,8 62,3 38,2 6,3 (3,5) (12,5) 30,8 47,7 152,0 195,4 1.004

Correção cap. Recirc. (m3) - - - 6,3 6,5 10,2 15,9 31,0 13,7 12,3 1,0 - 97

Correção diferença (m3) 186,4 152,8 147,8 62,3 38,2 6,3 (7,0) (25,1) 30,8 47,7 152,0 195,4 988

Vol. Evaporado das lagoas (m3) 124,2 101,7 103,1 82,4 62,2 50,7 51,6 70,7 87,5 96,3 120,1 129,6 1.080

Vol. Final (m3) 62,3 51,1 44,7 (20,1) (24,0) (44,4) (58,7) (95,8) (56,8) (48,6) 31,9 65,8 (92)

Vol. Final Acumulado (m3) 62,3 113,4 158,1 138,0 114,0 69,6 11,0 (84,8) (141,6) (190,2) (158,3) (92,5)

Vol. Chorume do aterro (m3) - - - - - - - - - - - - -

DBO Composta (mg/l) 576,0 577,8 475,8 245,2 245,2 245,2 245,2 245,2 245,2 245,2 262,4 584,9 * Método de Thornthwaite

Meses

Dimensões básicas das lagoas e de 1 célula de aterramento

TotalParâmetros

Profundidade lagoa (m)Área total lagoa (m

2)

Área de 1 célula (m2)

21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

ABES – Trabalhos Técnicos8

Figura 4 - Layout do sistema de tratamento e disposição final de Lixo de Porto Murtinho- MS.

O município de Bonito, principalmente, necessitou de uma solução integrada através da implantação de umacoleta seletiva, com triagem eficiente, contemplado em um sistema integrado de manejo, evitando-se a queimado lixo e efetuando a disposição de rejeitos de forma ambientalmente segura, visto que explora basicamente oturismo ecológico. As condições climáticas favorecem a formação significativa de chorume no sistema, quemerece a devida atenção quanto à operação das instalações, através das lagoas anaeróbia e facultativa. Obalanço hídrico e qualitativo para o tratamento de chorume é mostrado na Tabela 8 e o layout geral do sistema éilustrado na Figura 5.

Tabela 8 – Balanço hídrico destacando-se o pátio de compostagem e a definição qualitativa do chorumegerado em sua composição final para o sistema Bonito.DBO ES leiras (mg/l) 500 DBO ES Pátio livre (mg/l) 100 2,5 DBO Chorume Leira(mg/l) 5.000 672,0 DBO Chorume Aterro (mg/l) 2.000 Após lagoa anaeróbia

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dezEvaporação (mm) 128,6 106,6 112,6 92,5 69,2 54,6 55,2 77,8 88,9 116,9 122,6 131,7 1.157,1 Precipitação (mm) 226,0 179,5 142,0 109,2 134,9 51,1 32,7 44,2 99,3 145,7 192,5 248,7 1.605,8 Coef. C' 0,22 0,22 0,22 0,22 0,22 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 Esc. Sup. Leiras (mm) 49,7 39,5 31,2 24,0 29,7 9,2 5,9 8,0 17,9 26,2 34,7 44,8 320,7 Esc. Sup. Pátio livre (mm) 180,8 143,6 113,6 87,4 107,9 40,9 26,2 35,4 79,4 116,6 154,0 199,0 1.284,6 I-EP (mm) 47,7 33,4 (1,8) (7,3) 36,0 (12,7) (28,4) (41,5) (7,5) 2,5 35,3 72,2 128,0 I-EP volumétrico (mm) 46,1 32,3 (1,7) (7,0) 34,8 (12,3) (27,5) (40,2) (7,2) 2,4 34,2 69,9 123,8

Vol. ES leiras (m3) 48,1 38,2 30,2 23,2 28,7 8,9 5,7 7,7 17,3 25,4 33,5 43,3 310,3

Vol. ES Pátio livre (m3) 199,5 158,4 125,3 96,4 119,1 45,1 28,9 39,0 87,6 128,6 169,9 219,5 1.417,3

Chorume efet. leiras (mm) 47,7 33,4 - - 36,0 - - - - 2,5 35,3 72,2 227,1 Volume efetivo chor. leiras (m

3) 46,1 32,3 - - 34,8 - - - - 2,4 34,2 69,9 219,8

Soma Pátio(m3) 293,7 229,0 153,8 112,6 182,6 41,7 7,1 6,5 97,7 156,4 237,6 332,7 1.851,5

Capac. Recirculação (m3) - - 1,7 7,0 - 12,3 27,5 40,2 7,2 - - - 95,9

Diferença (m3) 293,7 229,0 152,1 105,5 182,6 29,5 (20,4) (33,7) 90,5 156,4 237,6 332,7 1.755,6

Correção cap. Recirc. (m3) - - 1,7 7,0 - 12,3 47,8 73,8 7,2 - - - 149,9

Correção diferença (m3) 293,7 229,0 152,1 105,5 182,6 29,5 (40,7) (67,3) 90,5 156,4 237,6 332,7 1.701,6

Vol. Evaporado da lagoa 86,4 71,6 75,6 62,1 46,5 36,7 37,1 52,3 59,7 78,6 82,4 88,5 777,6 Vol. Final (m

3) 207,3 157,3 76,4 43,4 136,1 (7,2) (77,8) (119,6) 30,8 77,8 155,2 244,2 924,0

Vol. Final Acumulado (m3) 207,3 364,6 441,1 484,5 620,6 613,4 535,6 416,0 446,8 524,6 679,8 924,0

Vol. Chorume do aterro (m3) 836,6 515,4 - - 640,8 - - - - - - 1.247,1 3.239,9

DBO Composta (mg/l) 1.730,1 1.656,1 179,8 188,8 1.806,8 214,7 807,2 1.187,0 178,2 244,0 884,9 1.834,9

Dimensões básicas da lagoa

MesesTotalParâmetros

Profundidade (m)Área (m

2)

Somente contribuição do Pátio

21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

ABES – Trabalhos Técnicos 9

Figura 5 - Layout do sistema de tratamento e disposição final de Lixo de Bonito - MS

CONCLUSÕES

As condições encontradas previamente nos referidos municípios não diferem significativamente daquelasencontradas em outras localidades do Brasil. Contudo, a maioria das cidades explora o turismo como uma dasprincipais fontes de arrecadação.

As soluções propostas visaram não somente atender as condições sanitárias e ambientais requeridas paraquaisquer comunidades, mas trazer também o conceito de preservação de recursos naturais, através deprogramas de coleta seletiva, inerentes ao processo de conscientização das populações locais, verdadeirasguardiãs do Pantanal.

No dimensionamento dos sistemas, verifica-se o grande favorecimento das condições climáticas para ossistemas Corumbá/Ladário e Porto Murtinho, uma vez que ocorre um equilíbrio anual entre precipitação eevapotranspiração, o que simplifica sobremaneira o manejo de chorume.

Verifica-se ao final, que os recursos tecnológicos requeridos para os empreendimentos são compatíveis com odesenvolvimento sócio-econômico da região, necessitando, porém investimentos em recursos humanos, atravésda qualificação de técnicos e de mão obra para o manejo dos resíduos sólidos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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