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IINovos Olhares na Saúde" ISBN: 978-989-97708-3-6

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IINovos Olhares na

Saúde"

ISBN: 978-989-97708-3-6

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Novos Olhares na Saúde

Reservados todos os direitos de acordo com o legislação em vigor

© 20 14. Escola Superior de Enfermagem Oro Jose Timóteo Montalvào Machado

Revisão Técnica e Gráfica Teresa Carvalho

1.' Edição: Junho 2014

ISBN: 978-989-97708-3-6

Conselho Editorial

Alexandrina Lobo Alice Mártires Amâncio Carvalho Cristina Antunes Helena Penaforte M~ João Monteiro Vitor Rodrigues

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NOVO OLHAR PARA A COMUNIDADE (conti nuação)

QUAL O HÁBITO DOS ENFERM EIROS DOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS LlD.I\R 157 HABITUALMENTE COM OS ADOLESCENTES? Manuel Brás; Maria Figueiredo; Carina Ferreira & Eugénia Anes NECESSIDADES DE CUIDADOS DO UTENTE 168 Paula Martins; Gorete Baptista & Helena Pimentel DIFICULDADES SENTIDAS PELAS EQUIPAS NA REFERENCIAÇAO DE UTENTES PARA A RNCCI 178

Andreia Fernandes; Gorete Baptista & Paula Martins ACESSIBILIDADE AOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS E QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS 189

Ana Ribeiro; Alexandrina Lobo; Carlos Neves; Graça Ramos; João Gomes & Paula Jesus A PARTICIPAÇÃO DOS UTILlZADORES DOS SERViÇOS DE SAÚDE NO PROCESSO DE CUIDADOS, 201 VIVÊNCIA DAS PESSOAS COM DOENÇA DE CROHN Lara Régua; Paulino Sousa &Alexandrina Lobo HUMANITUDE - UMA FERRAMENTA DO CUIDAR EM CUIDADOS CONTINUADOS - PERSPETIVA 216 DO EDUCADOR SOCIAL Rita Araújo; Ana Galvão & Paula Martins

ALERTAR 112 - O USO DE LEI NO CIDADÃO FLAVIENSE: LIGUE, ESCUTE E INFORME 228 Patrícia Pires; Ana cêpeda; Ana Reis; Helena Penaforte & Vítor Machado

GESTÃO E EMPREENDEDORISMO NA SAÚDE

NOVOS MODELOS DE GESTÃO HOSPITALAR: LIDERANÇA E SATISFAÇÃO PROFISSIONAL EM 240 ENFERMAGEM Helena Menezes & Vitor Rodrigues DA QUALIDADE À SATISFAÇÃO EM SAÚDE NO CENTRO DE DIAGNÓSTICO PNEUMOLÓGICO 253

DE MIRANDELA Helena Domingues; Ricardo Ribeiro & Alexandrina Lobo SATISFAÇÃO DOS UTENTES COM OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NOS CENTROS DE SAÚDE 264

DE UMA UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DO NORDESTE DE PORTUGAL Carina Ferreira; Manuel Brás & Eugénia Anes SATISFAÇAO DOS DOENTES COM APNEIA DO SONO COM OS SERViÇOS DE CUIDADOS 274

RESPIRATÓRIOS DOMICILlÁRIOS Ana Ferreira; Vitor Rodrigues & Teresa Correia

OS CUIDADOS DE HIGIENE COMO PRODUÇAO DE CUIDADOS: UMA PERSPETlVA DOS 287

ENFERMEIROS GESTORES Cristina Silva; Manuela Martins & Helena Penaforte PERCEÇAO DE SUPORTE ORGANIZACIONAL: ESTUDO EM ENFERMEIROS DE UMA UNIDADE 297

DO CENTRO HOSPITALAR DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Vitor Machado & Manuela Frederico-Ferreira SATISFAÇÃO PROFISSIONAL EM ENFERMAGEM NOS NOVOS MODELOS DE GESTÃO 309

HOSPITALAR Helena Menezes & Vitor Rodrigues HUMANITUDE: EMPREENDER QUALIDADE EM SAÚDE 322

M= Olívia Costa; Ana Galvão & Gorete Baptista

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Novos Olhares na Saúde GESTÃO E EMPREENDEDORISMO

NASAÚot

Satisfação dos utentes com os cuidados de enfermagem

nos Centros de Saúde de uma Unidade Local de Saúde do

Nordeste de Portugal

Carina, F. ' ; Brás, M.2 & Anes, E.3

Resumo - Os estudos sobre n satisfação dos utentes develll refletir a prática de enfemmgem e servir essencialmente para a implementação de mudanças. Pretendeu-se avaliar o grau de satisfação dos utentes dos CS da ULS do Nordeste de Portugal face aos cuidados de enfenllHg:em,. e a sua relação com as variáveis sociodemogrãficas e clinicas. O instrumento de recolha de dados é composto por dU.1S pru1es: dados sociodemográficoslclinicos e pela escala SUCECSZfi • A amostra foi constituída por 693 utentes , sendo 64,2% do gênero fellúwllo , a maioria 55. 1% tem entre 25 a 50 anos, são casados (73,4%) e residem no meio urbauo (53.7%). Nas habilitações literãrins. predomina o ensino básico ou secWldário, com 51 ,4% de inquiridos. Relativamente ã situação laboral, 57,7% illdi\iduos são ativos, estando 24.3% inseridos no grupo de trabalhadores dos serviços pessoais. Dos inquiridos, 19,5% deslocam-se ao CS para consultas de plalleameuto familiar, seguindo-se caIU 18,5% consultas de hipertensão. Apresentam maior llÍvel de satisfação as mulheres, os idosos, com menores habilitações, viúvos, têcrucos e profissionais de nível internlêdio, utentes de Alfãndega da Fê, que reCOlTeram por apoio domiciliâria e com maior número de consultas por ano. Palnvras chave: Satisfação; qualidade; cuidados de eJúennagelll.

Abstmct - Studies about the users ' levei of satisfnctioll should reflect the llursiug praclice alld should be lhe starting point to the implementation of challges. It was illtenrled to assess lhe levei of satisfuctioll of users of lhe CS of the ULS Northeast af Portugal about whal cOllcems to IlUfsing care, ond how it's reloted with sociodemographic <tlld clinicai variables. The instnuueut for data collectioll cOIlsists cf twa parts: demograpltic I clinicai data and the SUCECS26 scale. The sample was 693 users, 64.2% female, 1U0st af it (55.1 %) is 25 to 50 years cid, lnanied (73.4%) and liviug in an urban envrromnellt (53.7%). As far as lhe qualifications are cOllcemed, the basic and secondary leveIs predominate. with 51 .4% af respondellts. As to labor rnarters, 57.7% of the illdividll .. ,ls are active, with 24.3% iuserted in the graup af personal services workers. Ofthose pclled, 19.5% move to CS to famiIy plDlUling cansultatiolls. foIlowed with 18.5% hypertensiall queries. Those who have a higher levei af sntisfactioll are lhe elderly, lhe women with ]ower qualificatiolls, widowers, technicialls and prafessionals of intennediate levei users of AJfãudega da Fé, which used the se.Ivice by home support õ\lld with the largest nmnber of visits per year. k(>)',\,ol'ds: Satisfactioll; Quality; Nursillg Care.

lCarillo Ferreira - ULS Nonlesle - Unidade Hospitalar de )'{iralldela; email: carinnÚ!rreirarâ.J!ivc.colll.p1 1Mollllel Brás- Escola Superior de SaÚde de Bragança - IPB; email: [email protected] J Eugénia Anes- Escola Superior de SaÚde de Bragança - IPB; email: ctlgellio@;ub.lJf

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Novos Olhares na Saúde EMPREENDEOORISMO NA SAÚDE

1 - INTRODUÇÃO

A saúde desempenha Ulll papel fimdamental no desenvolvimento dos países no campo

económico-financeiro, social e cultmal. Nas sociedades desenvolvidas tomou-se Ulll

tema dominante nos discmsos social e político, pelo que as organizações de saúde

devem estar atentas para se manterem e serem competitivas no mercado global, e

demonstrarem a eficácia e eficiência dos seus serviços mantendo sempre Ullla relação de

proximidade e satisfação com o utente. Um indicador de resultado, válido na avaliação

da qualidade dos serviços, é a satisfação dos utentes, o qual tem vindo a ocupar lnu

lugar importante e permanente, quer por prule das instituições de saúde quer por parte

dos governantes, sendo um objetivo major na vida dos individuos. Os estudos

científicos são uma impOltante fonte de informação nesta área, lnua vez que são os

resultados obtidos que nos permitem identificar os fatores que mais afetam, positiva ou

negativamente, os utilizadores dos serviços de saúde, possibilitando a tomada de

decisão no sentido de melhorar a satisfação dos utentes, contribuindo deste modo pru·a a

melhoria continua da qualidade de vida dos individuos. A satisfação do utente é

reconhecida em Portugal, estando legislada na base XXX da Lei de Bases da Saúde (Lei

n° 48/90, de 24 de agosto de 1990). Deste modo, a satisfação do utente é considerada

Illll elemento essencial na avaliação pelmanente do fimcionamento dos órgãos ou

serviços dependentes do Ministério da Saúde, dado cada vez mais se considerru· "a

infOlmação a respeito da satisfação do doente é tão indispensável pru·a a avaliação da

qualidade como pru·a o planeamento, gestão e administração dos sistemas de cuid.1dos

de saúde" (Lucas, 2002, p.23). A Direção Geral de Saúde considera que existem várias

á.reas priOlitárias de investigação em selviços de saúde, nomeadamente o "estudo das

perceções e da satisfação do cidadão em relação aos selviços de saúde, ao acesso à

informação e ao desempenho dos sistemas de reclamação" (Ministério da Saúde, 2004,

p. 74). O estudo desta problemática vai de encontro ao preconizado pela Ordem dos

Enfelmerros (OE) (2005), "a satisfação dos utentes/clientes quanto aos cuidados de

enfelmagem constitui lnu importante e legítiIno indicador de qualidade dos cuidados

prestados" (p.52). O exposto justifica a pertinência do presente estudo. Neste sentido, é

objetivo desta investigação avaliar o grau de satisfação dos utentes dos Centros de

Saúde da Unidade Local de Saúde do Nordeste de Portugal face aos cuidados de

enfelmagem, através da aplicação da escala de satisfação do utente com os cuidados de

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Novos Olhares na Saúde GESTÃO E EMPREENDEDORlSMO

NA SAÚDE

enfennagem nos CS - SUCECSz6; e relacionar o grau de satisfação dos utentes com as

vruláveis sociodemográficas e clinicas.

2-MÉTODO

A investigação empírica assentou num estudo descritivo exploratório, baseado numa

abordagem quantitativa.

A vru·iável dependente, que se pretende estudar, é a satisfação dos utentes dos CS da

ULS do Nordeste de Portugal face aos cuidados de enfennagem, é quantificada pela

escala SUCECS26 e respetivas dimensões, já validadas pru·a a população pOl1uguesa

(Ribeu:o, 2003).

As variáveis independentes forrun classificadas em dois gmpos, sociodemográficas e

clinicas.

2.1 - Participantes

A recolha de dados foi efetuada nos CS da ULS do Nordeste de POI1ugal. A amostra é

constituída por 693, os quais recOlTerrun aos CS, no peliodo compreendido entre

meados de agosto e meados de setembro de 2012. Os ct-itérios de inclusão são ser lItente

dessa ULS, maior de 18 anos, consciente e orientado no tempo e no espaço e aceitar

voluntru'iameute uele participru·.

2.2 - Material

O iust.nunento de recollIa de dados é composto por duas partes, da primeira fazem parte

os dados de cru·actellzação sociodemográfica e clinica vru-iáveis (género, idade,

lIabilitações literárias, estado civil, profissão, Centro de Saúde, motivo da consulta e

niunero de consultas de enfelmagem por ano) e da segunda faz parte a versão da escala

de Satisfação do utente com os cuidados de enfelmagem nos CS: SUCECSZ6 (Ribei.ro,

2003). Esta escala (SUCECSZ6) é composta por 26 itens (respondidos muna escala tipo

Likert), que traduzem 6 dimensões: qualidade na assistência, individualização da

infolmação, envolvimento do utente, infOlmação dos recmsos, fonnalização da

infonnação e promoção do elo de ligação.

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Novos Olhares na Saúde GESTÃO E EMPREENDEDORLSMO

NA SAÚDE

2.3 - Procedimentos

Foi obtida a autorização da autora para aplicação da escala. Relativamente aos

procedimentos éticos, foram tidos em conta todos os trâmites necessários para a

aplicação do questionário, dentro dos qnais a solicitação ao Conselho de Administração

da ULS do N0I1e de Portugal, via oficio, de autorização para aplicação do mesmo. Foi

também solicitado um consentimento escrito a todos os utentes, depois de comunicados

os objetivos e a pertinência da investigação e foi garantida a coniidencialidade e acesso

aos resultados, consoante a Declaração de Helsínquia.

3 -ANÁLISE DE RESULTADOS

Da amostra fazem parte 693 ntentes, verificando-se um predomínio do género feminino,

dos quais 445 (64,2%) são do sexo feminino e 248 (35,8%) do género masculino. A

faixa etária predominante é a dos 25 a 50 anos, com 354 (51,1%) dos inquiridos,

seguindo-se a dos 51 a 75 anos, com 244 (35,2%) dos inquiridos. A idade mínima

registada foi de 18 anos e a máxima 89 anos, sendo a média 47.6 anos e O desvio padrão

16.85 anos. Relativamente ao estado civil, a maioria dos inquiridos 509 (73,4%) são

casados ou vivem em mIião de facto. Quanto às habilitações literárias, predomina o

ensino básico ou secundário, com 356 (51 ,4%) de inquiridos, há 146 (21,1%) inquiridos

com habilitação superior e os restantes 191 (27,6%) não sabem ler nem escrever ou

sabem ler e escrever. Relativamente ao meio de residência, 372 (53,7%) indicam que

residem no meio mbano e 321 (46,3%) residem no meio rural. Na situação laboral, 400

(57,7%) indivíduos são ativos, 258 indivíduos (37,2%) são não ativos e os restantes 35

(5 ,1%) individuas são estudantes. No que concerne à profissão dos ativos, há uma

predominância do gmpo 5 - h'abalhadores dos serviços pessoais com 97 (24,3%)

inquiridos e do gmpo 2 - especialistas das atividades intelechlais e cientificas, com 84

(2 1%). Quanto ao CS, há mna predominãncia de Bragança com 145 (21%), Ivlirandela

com 108 (15,6%) inquiridos e Macedo de Cavaleir-os com 51 (7,4%) dos inquir-idos.

Dos inquiridos, 135 (19,5%) deslocam-se ao CS para consultas de planeamento

fanliliar, 128 (18,5%) consultas de hipertensão, 121 (17,5%) fazem

tratamentos/injetáveis, lO! (1 4,6%) reCOlTem ao serviço de vacinação e 95 (13,7%) têm

consultas de diabetes. A maioria dos inquiridos desloca-se ao CS 2 ou 3 vezes por ano,

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---GESTÃO E Novos Olhares na Saúde EMPREENDEDORlSMO

com predominância das duas consultas anuais, com 222 (32%) inquiridos. Na Tabela 1,

apreseutamos o resultado das questões de opinião dos utentes dos CS relativamente à

sua satisfação com os cuidados de enfermagem. Verifica-se que a maioria das respostas

está na categoria sempre. De realçar que os itens mais penalizados se relacionam com a

transmissão de infOlmação de serviços de saúde disponíveis e a forma como os podem

utilizar e em explicar-Ibe quais os direitos e deveres como utente do CS.

Tabela I. Opinião relativa aos cuidados de enfermagem nos cs: suceCS26

Relativamente à informação que achou necessária para lidar com as suas necessidades em cuidados de enfermagem. os enfennelros forneceram-lhe toda, alguma. nenhwna inforlllação? Sentiu que os enfennelros se preocuparam em fazer os ensinos que necessitava para lidar com as suas necessidades em cuidados de

Lenfenllage"'n!'ll.?-:'''':''";""_-::-__ -;-_:-_____ _ Relativamente â Informação, os enfermeiros preocupavam-se em envolver os seus familiares ou as pessoas maIs próximas (explicando a sua situação e como o podJam ajudar quando necessitava)? Os enfennet"ro"s"p"'r"e"'o"'au"'p"'a"v"am= -"'s"'e"'e'::m"""tra""'n"sl:::n"-itl'"r""i"n"fo"'rn::'lação sobre os sery!ços que tem à S!la dj§'p-osição (ex. lares. serviços soda!!d? Os enfermeiros preocupavam·se em transmitir·lhe Infonnação sobre a fonua como pode utilizar os serviços de saúde disponíveis (como e quando os deve utilizar)? Os enfennelros procuraram explicar-lhe as coisas de forma compreensivel? Os enfenneiros procuraram saber se compreendeu bem e se necessário voltavam a re~etir a infonnaçã,o? Os enfermeiros preocupavam·se em dar·Ule infonnação escrita sobre os assuntos que informavam ou explicavam (panfletos. livros, ou lllesmo esarever em ap-el coisas ue são importantes para ill? Os enfenl1eiros preocuparam·se explicar-lhe os cuidados que lhe prestavam e ~orque era necessário faze·los? No CS, os enfenuelros preoruparam·se em o Info11nar sobre o funcionamento do CS (horários de atendimento, tipo de consultas. a localização das salas de enfemlagem, de tratamentos. de vacinas

~,~? c::--~-;---No C$. os enfenneiros preocuparam·se em explicar·lhe quais os seus direitos e deveres como utente do CS? No CS, tem algum enfenneiro que esteja mais ligado a si (a quem se diJjge guando lã vai e que mostra conhecer melhor a sua slruaçãol? Quando necessita. é fácil contactar com os enfennelros do CS [para marcar consulta, para lhe colocar as suas dúvidas)? Os ellfennelros preocupam-se em manter a sua privacidade quando lhe prestavam cuidados? Quando os enfermeiros lhe prestavam cuidados preocupavam·se em manter um ambIente calmo (sem ruído, sem estar a conversar uns com os outros, mantendo-o com simpatia? Sentiu que os enfermeIros atenderam-no com simpatia?

Sentiu que os enfermeiros davam importãncla aos seus problemas?

Acha que os enfennelros demonstravam ter padêncta no atendimento dos utentes?

NS/SO

0.6%

0.3%

2.0%

4.0%

1.6%

0.3%

0.6%

1.3%

0.7%

1.2%

1.7%

1.2%

0.6%

0.1 %

0.3%

o 0.4%

0.4%

Nunca

0.4%

16.2%

36.7%

52.2%

50.1%

0.3%

0.6%

33.2%

1.3%

20.9%

40.8%

3.2%

0.7%

0.9%

0.4%

0.4%

0.3%

0.3%

Ás vezes Sempre

8.9%

25.8%

22.5%

14.1%

12.3%

5.8%

7.8%

26.6%

14.9%

35.5%

23.5%

17.2%

19.3%

16.6%

24.7%

9.1 %

13.6%

18.6%

90%

57.7%

38.8%

29.6%

36.1%

93.7%

90.8%

39.0%

83.10/0

42.4%

33.9%

78.5%

79.4%

82.4%

74.6%

90.5%

85.7%

80.7%

NASAÚOE

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Novos Olhares na Saúde GESTÃO E EMPREEN DEDORlSMO

i

Tabela 1. Opinião relativa aos cuidados de enfermagem nos cs: SUceCS16 (continuação)

N5/50 Nunca As vezes Sempre

Sentiu que os enfermeiros o colocavam à vontade para pôr as 0.4% 0.6% 20.2% 70.8% suas dúVidas?

Os enfermeiros tinham em conta a sua opinião relativamente aos 0.9% 0.4% 16 .3% 8z..l%

cuidados de enfermage.!!!.!lue lhe restavam? Sentiu que os enfenlleiros demonstraram ser profissionais

0 .1% 0.1% 8.4% 91.3% atualizados e bem informados? Legenda: NS/SO - não sabe/sem opInião

Quanto aos itens de satisfação com os cuidados de enfennagem, as questões abordadas

apresentam Ullla percentagem superior a 92.2% (Tabela 2).

Tabela 2. Satisfação com os cuidados de enfermagem 1105 CS: sucecs26

50 N5NI 5 Relativamente à forma como os enfermeiros explicavam as coisas Olnguagem utilizada. a preocupação em repetir caso não

0.1% O 7.4% 92.5% compreendesse. a preocupação em saber se tinha mesmo percebido Relativamente à fanua corno foi atendido pelos enfenneiros no

0.1% O 6.3% 93.5% CS Relativamente à disponibilidade dos enfermeiros (para o ouvir. ou mesmo para lhe resolver alguma situação reladonada com o 0.3% 0.3% 7.2% 92.2% servlço) Relativamente ao conhecimento que os enfermeiros tinham

0.3% 0.1% 7.2% 92.4% sobre os CUidados gue necessi tava Relativamente ao modo corno os enfermeiros lhe prestavam os

O 0.1% 5.6% 94.2% cuidados Relativamente aos cuidados de enfenuagem no CS O O 6.9% 92.9%

Legenda: 50 - sem opinião, I - insatisfeito; NSNI- nem satisfeito nem Insatisfeito; 5- Satisfeito

Relativamente ao nível de satisfação, este é supenor nas mulheres, nos idosos,

indivíduos cOll1menores babilitações, nos viúvos, nos técnícos e profissionais de nível

intelmédio, nos utentes de Alfândega da Fé, naqueles que reconeram por apoIO

dOullciliáIio e nos utelltes que possuem maior número de consultas por ano.

4 - DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

No que diz respeito à relação da satisfação face à prática dos cuidados de enfelmagem

em relação ao género dos uteutes, tanto numa análise dimensional como global,

NA SAÚOE

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Novos Olhares na Saúde GESTÃO E EMPREENDEDORLSMO

NA SAÚDE

apresentam diferenças estatísticas significativas, sendo as mulheres aquelas que

apreseutam níveis mais elevados. Dimeusionalmente, os resultados mostram níveis de

satisfação diferente face à "I/ifonuoção dos reC/lrsos" e "Formalizaçr7o da iliformaçc7o" .

Os resultados obtidos conoboram com Ferreira et alo (200 I) e Alves (2007).

Relativamente à idade dos utentes, nas dimensões "Iudividualizaçc7o da ilifonuaçr7o" e

"I/iforlllaçc7o dos recursos" da satisfação face à prática dos cuidados de enfenuagem,

verificam-se diferenças estatísticas significativas. Através do teste de Scheffé ou

Tamhane, podemos afinuar que os inquiridos com idades compreeudidas entre os 51 e

os 75 anos estão mais satisfeitos do que os que têm menos de 25 anos, ou entre 25 e 50

anos no que conceme à "Iudividualizaçc7o da i/iformaçc7o". Os inquiridos com idade

superior a 75 anos estão mais satisfeitos do que os que têm idades compreendidas entre

os 51 e os 75 anos no que conceme à "I/ifonuação dos recursos". Globalmente, não se

verificaram evidências estatísticas significativas. Estes resultados vão de encontro aos

resultados dos estudos de Sing, Haqq e Mustapha. (1999), Hall e Doman (1990),

Johanssou, Oléní e Fridlung (2002), McIntyre et aI. (2002), Hespanhol et alo (2005),

Abrantes (2009), Pimentel (2010), Chaves et aI. (2012a), Chaves et aI. (2012b) e

Carvalho (2013), encontrando-se níveis de satisfação superiores nas pessoas com mais

idade.

Em relação ao nível de escolaridade, existem diferenças estatísticas significativas, na

dimensão "Iudividualização da iliforlllaçr7o". Através do teste de Tamhane, verificamos

que os inquilidos com meuos habilitações literárias estão mais satisfeitos do que os

restantes. Em relação à satisfação global, não se encontmram evidêucias estáticas

significativas. Estes resultados vão de acordo com os estudos de Ha!l e Doman (1990),

Sing et aI. (1999), Ribeil·o (2003), Hespanhol et aI. (2005), Alves (2007), Lomenço

(2008), Pimentel (2010) e Chaves (2012a).

Para a variável estado civil , foram encontradas diferenças significativas uas dimensões

"IlIdividllalizaçr7o da i/iforlllaç{7o" e "I/iforlllaçr7o dos recursos. O teste de Scheffé

mostmu-se inconclusivo, relativamente às diferenças existentes entre gmpos. Ao nível

da satisfação global, não se verificaram diferenças com significado estatístico entre os

gmpos em análise, sendo que os utelltes que atingil·am médias mais elevadas são os

viúvos. Ribeil·o (2003) cOlTobora os preseutes resultados.

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Novos Olhares na Saúde GESTÃO E EMPREENDEDDRISMO

NA SAÚDE

Relativamente à profissão dos ntentes, encontraram-se diferenças estatísticas

significativas nas dimensões "Illformação dos recursos", "Fo/7JlOli;ação da

illformação" e "Promoção de elo de ligação" da satisfação face à prática dos cnidados

de enfennagem. Quer numa análise global ou dimensional, realça-se com maior nível de

satisfação os trabalhadores técnícos e profissionais de nível intennédio (grupo 3) em

relação aos dos especialistas das actividades intelectuais e científicas (gmpo 2).

Hespanbol et a!. (2005) corroboram estes resultados.

No que respeita à variável centro de saúde e à sua relação com o nível de satisfação,

existem diferenças estatisticamente significativas quer global ou dimensionalmente,

sendo os utentes que recorrem ao Centro de Saúde de Alfândega da Fé aqueles que

apresentam médias mais elevadas de satisfação, em oposição aos utentes que recorrem

ao Centro de Saúde de Vimioso, que apresentam médias mais baixas. na totalidade das

dimensões. Relativamente ao motivo da consulta, também verificamos diferenças

significativas em tenllOS globais e por dimensões. Assim, verificaram-se diferenças com

significado estatístico nas dimensões "Illdividuali;ação da illformação", "Illformação

dos recllrsos", "Formali;ação da illformação" e "Promoção de elo de ligação", sendo

os utentes que reCOlwm por necessidade de apoio domiciliário aqueles que apresentam

médias de satisfação mais elevadas, em oposição encontram-se os utentes que reCOlTem

para contTolo e vigilância da diabetes, apresentando estes, médias mais baixas. Alves

(2007) cOITobora os nossos resultados.

Em relação ao número de consultas de enfelmagem por ano, verificaram-se con'e1ações

estatisticamente significativas, nas dimensões "Illdividuali;ação da illformaçc7o",

"Illforll/ação dos recursos", "Forll/ali;açc7o da illformoçc7o" e "Promoçc7o do elo de

ligaçc7o". As correlações indicam que os utentes com maior número de consultas por

ano estão mais satisfeitos. Hespanhol et a!. (2005) e .l\.Ives (2007) corroboram os

resultados do nosso estudo.

5 - CONCLUSÕES

Para se poderem alcançru' padrões de qualidade na prestaçào dos cuidados de saúde cada

vez mais elevados e, como consequência, contribuir para uma maior satisfação dos

utentes, a avaliação da qualidade dos cuidados de enfelmagem prestados deve ser tida

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-GESTÃO E Novos Olhares na Saúde

EMPREENOEDORISMO

em conta pelos gestores das instituições.

ConcluÍlllos que os níveis de satisfação dos utentes com os cuidados de enfermagem em

cuidados de saúde primários estão relacionados com várias variáveis sociodemográficas

e de caracterização, devendo p011anto ser tidas em consideração ao nível da tomada de

decisão, objetivando maiores níveis de satisfação e maiores ganhos em saúde.

Os resultados obtidos mostram que os utentes mais satisfeitos com os cuidados de

enfermagem no CS, são os utentes do género feminino , mais idosos, viúvos, com menos

habilitações literárias, técnícos e profissionais de nível intermédio, utentes do CS de

Alfândega da Fé, que recon"eram ao CS para apoio domiciliár'io e com mais consultas de

enfermagem anuais.

REFERÊNCIAS BffiLIOGRÁFICAS

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NA SAÚDE

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- -Novos Olhares na Saúde EMPREENDEDORlSMO

NASAÚOE

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Cnrinn FNTeil'n Eufenueira a exercer funções DO serviço de Especialidades na Unidade Hospitalar de Mirandela da ULS do Nordeste; Enfenneirn a exercer nmções de docente COlll a categoria de Assistente convidada, n3 Escola Superior de Saúde de Bragança - IPB; Enfenueira especializada em Enfermagem l\1édico­Cini.rgica e Mestrado em Gestão das OrgatÚIaçôes, Ramo de Gestão de Uludndes de Saúde.

Mnnu('1 Brás Doutor e Mestre em Ciências de Elúennagelll; Membro do Conselho Técnico-Cientifico da ESSa e IPB; Diretor e Presidente Comissão Científica Curso Mestrado Eufennngem Comunitãria; Investigador colaborador Centro Investigação Tecnologias Sistemas de Informação em Saúde (CINTESIS) Faculdade Medicina Universidade Porto; h1Vestigador Membro do Projeto "'11D.AJF" inscrito na UNIESEP e CINTESIS; Investigador Núcleo Investigação Intervenção Idoso (Nll) - Escola Superior Saúde - IPB. Ordem dos Enfeoueiros: Secretario do Conselho Diretivo; Pasta Ensino Superior, Fonnnção Investigação Sociedades Cientificas; Coordenador Gmpo TrabaUIO, MS e OE, Preparação Legislação "Metodologia Trabalho Ellfe17ueiro familia"; Vogal do Conselho Consultivo da A3ES ; Professor Adj\Ulto na Escola Superior de Snúde do Instituto Politécnico dn Bragança.

Eugéuin An('s Doutora em Desarrollo e Illtervellción Psicológica; Mestre em Gesllio e Economia da Saúde; Elúermeira Especialista em Elúe.rmngem na COllllUtidade; Investigadora no NIll (núcleo de investigação e inten 'ençno do idoso); Professor AdjWltO 11a Escola Superior de Saúde do Instituto Politecnico da Brngauçn .