ILUMINAÇÃO
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1
ILUMINAÇÃO
LUZ
Para iniciar o estudo da iluminação, e necessário conhecer a natureza da luz.
Ao passar do tempo, foram desenvolvidas varias teorias sobre a natureza física da
luz; do que se sabe, e possível estabelecer o seguinte:
– A luz e constituída de vários comprimentos de onda ou de partículas, denominadas
fotóns;
– E uma forma de energia radiante, que se manifesta pela sua capacidade de
produzir a sensação da visão.
– Sua velocidade, no vácuo, e de 299.792.458 m/s; geralmente, arredonda-se para
300.000.000 m/s ou 300.000 km/s.
As propriedades da luz
– propaga-se no vácuo;
– propaga-se em todas as direções no espaço;
– transmite-se a distancia.
Desta forma, pode-se afirmar que luz e uma radiação ondulatória
eletromagnética, assim como as ondas do radio, televisão, telefone celular, microondas
ou calor radiante, diferindo destes apenas pelas características geométricas de suas
ondas (comprimento e frequência), capaz de produzir uma sensação visual. A
sensibilidade visual para a luz varia não só de acordo com o comprimento de onda da
radiação, mas também com a luminosidade. A curva de sensibilidade do olho humano
demonstra que radiações de menor comprimento de onda (violeta e azul) geram maior
intensidade de sensação luminosa quando ha pouca luz (ex. crepúsculo, noite, etc.),
enquanto as radiações de maior comprimento de onda (laranja e vermelho) se
comportam ao contrario.
De todo o espectro eletromagnético, o olho humano e capaz de captar somente
uma pequena parte. Esta porção, chamada de ESPECTRO VISIVEL (ou ESPECTRO
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ÓPTICO), identifica-se como sendo a luz visível (ou simplesmente luz). Esta faixa do
espectro situa-se entre a radiação infravermelha e a ultravioleta. Para cada frequência da
luz visível e associada uma cor. O olho humano não tem a capacidade de captar as cores
infravermelha e ultravioleta, e as demais existentes apos eles.
COR
Cor e uma importante consideração no projeto de iluminação; e possível que
uma instalação de iluminação seja tecnicamente correta quanto a garantir luz suficiente
e, ainda assim, causar insatisfação pelo efeito incorreto das cores.
A maioria das superfícies mostra propriedades de reflexão seletivas. Elas
absorvem certos comprimentos de onda da luz incidente e, consequentemente, a
composição espectral da luz refletida e diferente. Esta luz refletida determina a
aparência da cor da superfície. Sob uma luz branca, a maca aparenta ser de cor vermelha
pois ela tende a refletir a porção do vermelho do espectro de radiação absorvendo a luz
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3
nos outros comprimentos de onda. Se utilizássemos um filtro para remover a porção do
vermelho da fonte de luz, a maca refletiria muito pouca luz parecendo totalmente negra.
A luz e composta por três cores primarias. A combinação das cores vermelho,
verde e azul permite obtermos o branco. A combinação de duas cores primarias produz
as cores secundarias – magênta, amarelo e ciano. As três cores primarias dosadas em
diferentes quantidades permite obtermos outras cores de luz. Da mesma forma que
surgem diferenças na visualização das cores ao longo do dia (diferenças da luz do sol ao
meio-dia e no crepúsculo), as fontes de luz artificiais também apresentam diferentes
resultados. As lâmpadas incandescentes, por exemplo, tendem a reproduzir com maior
fidelidade as cores vermelha e amarela do que as cores verde e azul, aparentando ter
uma luz mais “quente”.
Estudos e experiências tem demonstrado que a cor tem influencia sobre a saúde,
o bom humor e o rendimento das tarefas.
Temperatura de Cor
� A "temperatura" das cores faz com que se distingam cores frias e cores
quentes,mas os fundamentos para tal designação são psicológicos.
� As cores frias, como o próprio nome indica, estão associadas a sensação de
frio, e são essencialmente todas as cores que derivam do Violeta, Azul e Verde.
São consideradas cores calmantes.
As cores quentes estão associadas a sensações completamente opostas
aquelas que as cores frias transmitem. Assim, as cores quentes associam-se as
sensações de calor, adrenalina. São consideradas cores excitantes. As cores quentes são
todas aquelas que, no circulo das cores primarias derivam das seguintes cores:
Amarelo, Laranja e Vermelho.
Uso das cores em ambientes de trabalho
Um ambiente de trabalho que apresente uma utilização adequada das cores
proporcionara aos seus usuários uma atmosfera agradável, segura e com menos
propensão de danos a sua saúde. Este ambiente agradável diminuíra os riscos de fadiga
visual evitando assim falhas na execução das tarefas, logo, resultara em um aumento de
produtividade.
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Ao escolher a cor dos ambientes de trabalho, deve-se dar preferência a tons
suaves, pois embora as cores vivas sejam mais interessantes, elas se tornaram cansativas
para aqueles que terão que passar uma jornada de trabalho de 8 horas ou mais neste
ambiente. Isto não quer dizer que o uso de cores vivas deve ser descartado, muito pelo
contrario, existem certos ambientes que elas proporcionarão um efeito psicológico
muito mais eficaz, tais como: halls de entrada, salas de espera, salas de lazer, etc.
O fator climático e um dos determinantes na hora do planejamento cromáticos
dos ambientes de trabalho. Em locais de clima quente, deve-se dar preferência aos tons
azuis e verde claro, que estão associados a frescura das águas, da relva e das folhagens,
evitando-se sempre o uso do amarelo, que lembra o fogo e o sol. Embora a utilização
das cores frias traga uma sensação de frescor e tranquilidade, elas poderão tornar o
ambiente monótono e ao mesmo tempo depressivo. Quando o clima e mais frio deve-se
optar por cores que dêem a sensação de calor, como o amarelo, laranja e o vermelho.
Alem dos aspectos psicológicos e decorativos que as cores possuem, o que
realmente interessa para iluminação do ambiente de trabalho são as suas propriedades
de reflexão da luz. A utilização de cores com altos índices de reflexão poderá melhorar
significativamente o rendimento do sistema de iluminação, podendo-se aumentar o nível
de iluminamento geral do ambiente sem que seja necessário aumentar o fluxo luminoso
das fontes de luz.
� Cores de tetos e forros: Na escolha da cor do teto deve-se optar por cores
mais claras. Quanto mais estas se aproximem do branco, melhor serão as
condições de iluminação do ambiente. A luz difusa refletida pelo teto
proporcionara uma melhor uniformidade dos níveis de iluminação do ambiente,
reduzindo os problemas de sombras excessivas e de ofuscamentos produzidos
por reflexões dirigidas.
� Cores de paredes: O fundo de qualquer ambiente e limitado por suas
paredes, e sobre este fundo se destaca tudo que nele existe. E para este fundo
que a visão e direcionada quando se afasta de sua atividade, portanto, deve-se
evitar diferenças acentuadas entre a cor do plano de trabalho e o fundo, pois isto
exigira do olho um grande esforço de adaptação a nova cor, resultando em uma
fadiga visual. A cor das paredes e do plano de trabalho devera sempre que
possível possuir o mesmo tom.
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Pisos: Recomenda-se que o piso tenha uma cor mais escura que as que foram
utilizadas para as paredes e o teto.
ADAPTAÇÃO VISUAL
O olho humano tem uma grande capacidade de adaptação a condições variáveis
de iluminação. O processo pelo qual os olhos se ajustam a estas condições e chamado
de adaptação visual. Adaptação e a característica dominante na visão humana; de outra
forma não se poderia ver em ambientes tão distintos como os produzidos pelo dia, noite,
luz solar, nuvens, interiores e exteriores. E por causa desta capacidade de ajustamento
do olho humano que a luminancia, ou brilho, e relativa e não absoluta; a luz do dia que
parecia ser satisfatória ao entrarmos no cinema parece excessivamente brilhante quando
deixamos o cinema. Faróis de veículos que incomodam a noite quase não são
percebidos durante o dia.
O processo de adaptação possui três componentes:
● uma resposta neural rápida quando ocorre uma mudança na iluminação;
● uma resposta media do olho com a dilatação ou contração da pupila para
regular a quantidade de luz admitida no interior do olho;
● uma resposta retinal lenta com a produção ou remoção de substancias fotos-
químicas para aumentar ou diminuir a sensitividade a luz.
CONCEITOS
� Reflexão: E o fenômeno que consiste na mudança de direção de um raio
luminoso ao incidir em determinadas superfícies de separação de dois meios
homogêneos, sendo devolvido ao meio originário.
� Refração: É o fenômeno segundo o qual a direção dos raios luminosos
sofrem modificação ao passar de um meio para outro de diferente densidade.
Os dois fenômenos ocorrem concomitantemente. Pode haver
predominância de um fenômeno sobre o outro. Que fenômeno predominara
vai depender das condições da incidência e da natureza dos dois meios.
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� Absorção: E o fenômeno que se da quando uma parte de um raio luminoso que
incide sobre uma superfície e absorvido em maior ou menor grau.
� Transmissão: E uma característica de deixar passar a luz dos corpos
transparentes ou translúcidos.
Causas
Efeitos
Baixa acuidade visual
Fadiga
Baixo nível de iluminamento
Reflexos/ofuscamento
Exposição a raios infravermelhos
Catarata
Exposição a raios ultravioletas
Úlcera de córnea
As consequências de uma iluminação inadequada são notadas:
➔ na segurança - implicando no aumento do numero de acidentes;
➔➔➔➔ na produtividade - maior desperdício de material, pior qualidade do produto final;
➔ no bem-estar - maior fadiga visual e geral, ambiente desagradável baixando o moral
dos trabalhadores.
Existe uma serie de fatores a serem considerados para que se tenha um local de
trabalho adequadamente iluminado:
– tipo de lâmpada e de luminária;
– quantidade de luminárias;
– distribuição e localização das luminárias;
![Page 7: ILUMINAÇÃO](https://reader031.fdocumentos.com/reader031/viewer/2022020103/5695d1bd1a28ab9b0297b868/html5/thumbnails/7.jpg)
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Uma boa iluminação não significa níveis excessivos de aclaramento, embora a
legislação somente especifique os níveis mínimos, mas sim de uma distribuição
uniforme, evitando-se que a parte mais iluminada supere por um valor maior que 4
(quatro) vezes o local mais obscuro, para que não ocorram ofuscamento e fadiga visual,
geralmente ocasionada pela adaptação constante, da retina as variações de aclaramento e
penumbra.Sempre que possível, a iluminação natural deve ser utilizado só ou em
conjunto com a artificial, resultando em economia de energia.
Entretanto, a incidência de luz solar deve ser indireta, isto e, não deve penetrar
diretamente no “campo de trabalho”, o que poderia ocasionar outros inconvenientes, tais
como a adição do calor, aumentando-se o desconforto térmico. A reflexão de objetos
metálicos são causas de ofuscamento, sendo necessário estudos preliminares para o
posicionamento de clarabóia, áreas de ventilação, lanternim, janelas e telhas
translúcidas, visando melhorar o aclaramento. Porem, as aberturas poderão ser
colocadas o mais alto que o pé direito permitir, mantendo-se entradas de ar na parte
inferior do galpão onde não haja incidência de carga solar.
A iluminação industrial pode geral ou suplementar. A geral deve ser projetada
para atender a maioria das atividades desenvolvidas no ambiente, a suplementar atende
as atividades especificas quando estas exigem maiores níveis de aclaramento, observada
as recomendações quanto ao ofuscamento.
E portanto fundamental uma iluminação que permita manter os equipamentos
devidamente limpos, visualizar com clareza as sinalizações de segurança e faixas,
permitir a prevenção da qualidade dos produtos e da saúde ocupacional do que concerne
aos orgãos da visão.
GRANDEZAS FUNDAMENTAIS EM LUMINOTECNICA
� Em Luminotécnica consideram-se basicamente as grandezas:
1. Fluxo luminoso
2. Intensidade Luminosa
3. Iluminância ou iluminamento
4. Luminância
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5. Eficiência Luminosa
6. Curva de distribuição luminosa
7. IRC (índice de reprodução de cor)
8. Temperatura de cor
1 – Fluxo Luminoso (F ou Ф)
Representa uma potencia luminosa emitida por uma fonte luminosa, por
segundo, em todas as direções, sob a forma de luz (abreviando: luz emitida ou
observada em um segundo, ou quantidade de luz emitida por uma fonte na tensão
nominal de funcionamento). Sua unidade e o lúmen (lm).
� Quantidade de Luz: Q = F.t
� Unidade: lm.s ou lm.h ou klm.h
2 – Intensidade Luminosa (I)
É o fluxo luminoso irradiado na direção de um determinado ponto. Sua unidade
e a Candela (cd).
3 – Iluminância ou iluminamento (E)
É a relação entre o fluxo luminoso incidente numa superfície e a superfície sobre
a qual este incide; ou seja e a densidade de fluxo luminoso na superfície sobre a qual
este incide. Também chamada de aclaramento, nível de iluminação ou nível de
iluminamento, e a grandeza fotométrica mais importante da iluminação (fluxo luminoso
recebido por uma superfície = luz que chega). A unidade é o Lux (lm/m2).
Iluminância ou iluminamento (E)
� Fórmula:
� E = Ф/A = lm/m2 = Lux
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9
Exemplos:
� Dia ensolarado de verão em local aberto ≫ 100.000 lux
� Dia encoberto de verão ≫ 20.000 lux
� Dia escuro de inverno ≫ 3.000 lux
� Boa iluminação de rua ≫ 20 a 40 lux
� Noite de lua cheia ≫ 0,25 lux
� Luz de estrelas ≫ 0,01 lux.
4. Luminância (L)
Medida em candela por metro quadrado [cd/m2], é a relação entre a intensidade
luminosa de uma superfície e sua área aparente. Esta associada a contrastes excessivos
(ofuscamento).
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5. Eficiência Luminosa (ε - η )
Também denominada Eficácia ou Rendimento. É a relação entre o fluxo
luminoso (em lúmen) emitido por uma fonte e seu fluxo energético (potência)
consumido para produzi-lo.
� Unidade= lúmen/watt.
Exemplo:
• lâmpada incandescente de 100W: 10 lm/W
• lâmpada fluorescente de 40 W: 42,5 lm/W a 81,5 lm/W.
• lâmpada vapor de mercúrio de 250W: 50 lm/W
• lâmpada multi-vapor metálico de 250W: 68 lm/W.
6. Curva de Distribuição Luminosa
Trata-se de um diagrama polar no qual se considera a lâmpada ou luminária
reduzida a um ponto no centro do diagrama e se representa a intensidade luminosa nas
varias direções por vetores, cujos módulos são proporcionais a velocidades, partindo do
centro do diagrama. A curva obtida ligando-se as extremidades desses vetores e a curva
de distribuição luminosa.
7. Temperatura de Cor
Medido em graus Kelvin (K) esta associada a aparência de cor das lâmpadas, ou
seja, as incandescentes com temperaturas de cor mais baixa com aparência mais quente-
amarelada e as fluorescentes normalmente com aparências mais frias azuladas Um
aspecto importante e que a temperatura da cor não pode ser empregada isoladamente e
sim em conjunto com o IRC, mas independentemente deste aspecto, aceita-se que cores
quentes vão ate 3.000K, as cores neutras situam-se entre 3.000 e 4.000K e as cores frias
acima deste ultimo valor.
SENSIBILIDADE DA VISTA HUMANA
![Page 11: ILUMINAÇÃO](https://reader031.fdocumentos.com/reader031/viewer/2022020103/5695d1bd1a28ab9b0297b868/html5/thumbnails/11.jpg)
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A retina humana tem um máximo de sensibilidade para a faixa de 0,58 µm
(verde amarelado), em níveis de intensidade luminosa elevados, ou seja, para o dia. E a
chamada visão fotópica.
Em contrapartida, para níveis de intensidade luminosa mais baixos, a maior
sensibilidade cai sobre a faixa correspondente aos azuis. E a chamada visão escotópica,
ou visão noturna.
Acuidade Visual e Sensibilidade ao Contraste
A capacidade de reconhecer pequenos detalhes e designada por acuidade
visual. Esta acuidade visual depende das condições físicas dos olhos do individuo e
da "inteligência" do cérebro em interpretar a imagem, e, portanto, varia entre os
indivíduos.
A acuidade visual depende também do brilho físico do objeto analisado, de
modo que qualquer individuo obtém melhor acuidade visual sobre condições
favoráveis de iluminação.
Outra capacidade inerente ao sistema visual do individuo e a capacidade dos
olhos distinguirem diferenças de contrastes.
OFUSCAMENTO
O ofuscamento e uma sensação desagradável que pode ocasionar cefaléia,
cansaço visual e astenopia, sendo causando por luz excessiva, superfícies polidas e
refletoras, acarretando mau estar e desconforto no ambiente de trabalho, devendo
portanto ser evitado.
Significa contraste excessivo de luminâncias. Pode ser perturbador
(deslumbramento) e inibilitador. Diferenciam-se pelo grau de perturbação que
provocam. O ofuscamento e uma sensação e, portanto, não pode ser medido, exceto em
termos de outra sensação.
![Page 12: ILUMINAÇÃO](https://reader031.fdocumentos.com/reader031/viewer/2022020103/5695d1bd1a28ab9b0297b868/html5/thumbnails/12.jpg)
12
� Ele ocorre em função:
– luminância da fonte
– luminância do fundo
– tamanho aparente (área do campo visual causador)
– número de fontes presente no campo visual
– posição relativa da fonte em relação a direção de visão
Suas causas podem ser direta (visão direta da fonte) e indireta (reflexão). Para
correção, pode-se reduzir a luminância da fonte, colocação de elementos de controle da
fonte de luz, posicionamento da fonte de luz fora do angulo de visão, aumentar a
luminância do entorno a fonte (ex. Janelas).
![Page 13: ILUMINAÇÃO](https://reader031.fdocumentos.com/reader031/viewer/2022020103/5695d1bd1a28ab9b0297b868/html5/thumbnails/13.jpg)
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NBR ISO 8995-1
Iluminação de ambientes internos de trabalho
Prefácio
� A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro
Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de
responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de
Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por
� Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades,
laboratórios e outros).
Introdução
Uma boa iluminação propicia a visualização do ambiente que permite que as
pessoas vejam, se movam com segurança e desempenhem tarefas visuais de maneira
eficiente, precisa e segura sem causar fadiga visual e desconforto. A iluminação
pode ser natural, artificial ou uma combinação de ambas.
Uma boa iluminação requer igual atenção para a quantidade e qualidade da
iluminação. Embora seja necessária a provisão de uma iluminância suficiente em
uma tarefa, em muitos exemplos a visibilidade depende da maneira na qual a luz é
fornecida, das características da cor da fonte de luz e da superfície em conjunto com
o nível de ofuscamento do sistema. Nesta Norma foi levado em consideração não
apenas a iluminância, mas também o limite referente ao desconforto por
ofuscamento e o índice de reprodução de cor mínimo da fonte para especificar os
vários locais de trabalho e tipos de tarefas.
Os parâmetros para criar as condições visuais confortáveis estão propostos no corpo
desta Norma. Os valores recomendados foram considerados a fim de representar um
balanço razoável, respeitando os requisitos de segurança, saúde e um desempenho
eficiente do trabalho. Os valores podem ser atingidos com a utilização de soluções
energeticamente eficientes.
![Page 14: ILUMINAÇÃO](https://reader031.fdocumentos.com/reader031/viewer/2022020103/5695d1bd1a28ab9b0297b868/html5/thumbnails/14.jpg)
14
Existem também parâmetros ergonômicos visuais tais como a capacidade de
percepção e as características e atributos da tarefa, que determinam a qualidade das
habilidades visuais do usuário, e conseqüentemente os níveis de desempenho. Em
alguns casos a otimização destes fatores de influência pode melhorar o desempenho
sem ser necessário aumentar os níveis de iluminância. Por exemplo, pela melhora do
contraste na tarefa, ampliando a visualização de própria tarefa através do uso de
equipamentos de auxílio à visão (óculos)1 e pela provisão de sistemas de iluminação
especiais com capacidade de uma iluminação local direcional.
Escopo
Esta Norma especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos e
os requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente,
com conforto e segurança durante todo o período de trabalho.
Esta Norma não especifica como os sistemas ou técnicas de iluminação devem ser
projetados a fim de aperfeiçoar as soluções para locais específicos de trabalho. Estas
podem ser encontradas nos respectivos guias e relatórios da CIE.
Referências Normativas
Os seguintes documentos normativos contêm disposições às quais, através da
referência neste texto, constituem disposições desta Norma Internacional. Quando
da publicação desta norma, as edições indicadas estavam válidas. Todos os
documentos normativos estão sujeitos à revisão, e as partes em acordos baseados
nesta Norma são encorajadas a investigar a possibilidade de aplicar as mais recentes
edições dos documentos normativos indicados abaixo. Membros da CIE, IEC e ISO
mantêm registros das normas internacionais atualmente válidas.
� EX:
� ISO 3834 Safety colours and safety signs
� ISO 6309 Fire protection – safety signs
� ISO 6385 Ergonomics principles in the design of work systems
� ISO 9241 Parts 6/7/8 Ergonomic requirements for office work with visual display terminals
� CIE 13.3 – 1995 Method of measuring and specifying colour rendering of light sources
![Page 15: ILUMINAÇÃO](https://reader031.fdocumentos.com/reader031/viewer/2022020103/5695d1bd1a28ab9b0297b868/html5/thumbnails/15.jpg)
15
� CIE 16 – 1970 Daylight
Definições
Em geral os termos utilizados nesta Norma estão definidos no Vocabulário de Iluminação CIE (CIE 17.4 – 1987), mas existem alguns termos a mais que estão definidos abaixo:
� 3.1. Tarefa visual: Os elementos visuais da tarefa a ser realizada.
� 3.2. Área da tarefa: A área parcial em um local de trabalho no qual a tarefa visual está localizada e é realizada.
� 3.3. Entorno imediato: Uma zona de no mínimo 0,5 m de largura ao redor da área da tarefa dentro do campo de visão.
� 3.4 Iluminância mantida (Ēm): Valor abaixo do qual a iluminância média da superfície especificada não poderá ser reduzido.
� 3.5 Índice de ofuscamento unificado (UGR - Unified Glare Rating): A definição da CIE para o nível de desconforto por ofuscamento.
� 3.6 Índice limite de ofuscamento unificado (UGRL - Limiting Unified Glare Rating): O valor máximo permitido do nível de ofuscamento unificado de projeto para uma instalação de iluminação.
� 3.7 Ângulo de corte: ângulo medido a partir do plano horizontal, abaixo do qual as lâmpadas são protegidas da visão direta do observador pela luminária.. 3
� 3.8 Plano de trabalho: a superfície de referência definida como o plano onde o trabalho é habitualmente realizado.
Critérios do projeto de iluminação
4.1 Ambiente luminoso
� A prática de uma boa iluminação para locais de trabalho é muito mais que apenas fornecer uma boa visualização da tarefa. É essencial que as tarefas sejam realizadas facilmente e com conforto. Desta maneira a iluminação deve satisfazer os aspectos quantitativos e qualitativos exigidos pelo ambiente. Em geral a iluminação deve assegurar:
- conforto visual, onde os trabalhadores têm um sensação de bem-estar,
- desempenho visual, onde os trabalhadores estão capacitados a realizar suas tarefas visuais, rapidamente e precisamente mesmo sob circunstâncias de dificuldade e durante longos períodos,
- - segurança visual, ao olhar ao redor e detectar perigos.
![Page 16: ILUMINAÇÃO](https://reader031.fdocumentos.com/reader031/viewer/2022020103/5695d1bd1a28ab9b0297b868/html5/thumbnails/16.jpg)
16
A fim de satisfazer isto, é requerido que seja dada atenção a todos os parâmetros que contribuem para o ambiente luminoso.
Os principais parâmetros são:
- - distribuição da luminância,
- - iluminância,
- - ofuscamento,
- - direcionalidade da luz,
- - aspecto da cor da luz e superfícies,
- - cintilação,
- - luz natural,
- - manutenção.
Os valores de projeto para os parâmetros quantificáveis de iluminância, desconforto
referente ao ofuscamento e reprodução de cor estão estabelecidos na seção 5 para
várias atividades.
Nota: Adicionalmente a iluminação, existem outros parâmetros ergonômicos
visuais que influenciam o desempenho visual dos operadores, tais como:
a) As propriedades intrínsecas da tarefa (tamanho, forma, posição, cor e refletância
do detalhe e do fundo).
b) Capacidade oftálmica do operador (acuidade visual, percepção de
profundidade, percepção da cor).
� Se for dada atenção a estes fatores, estes podem otimizar o desempenho visual
sem a necessidade de um incremento dos níveis de iluminância.
![Page 17: ILUMINAÇÃO](https://reader031.fdocumentos.com/reader031/viewer/2022020103/5695d1bd1a28ab9b0297b868/html5/thumbnails/17.jpg)
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Iluminância
A iluminância e sua distribuição nas áreas de trabalho e no entorno imediato têm um maior impacto em como uma pessoa percebe e realiza a tarefa visual de forma rápida, segura e confortável. Para lugares onde a área específica é desconhecida, a área onde a tarefa pode ocorrer é considerada como a área de tarefa.
Todos os valores de iluminância especificados nesta Norma são iluminâncias mantidas e proporcionam a segurança visual no trabalho e as necessidades do desempenho visual.
Iluminâncias recomendadas na área de tarefa
� Os valores estabelecidos são as iluminâncias mantidas sobre a área da tarefa no plano de referência que pode ser horizontal, vertical ou inclinado. A iluminância média para cada tarefa não deve estar abaixo dos valores estabelecidos, independentemente da idade e condições da instalação. Os valores são válidos para uma condição visual normal e são levados em conta os seguintes fatores:
� - requisitos para a tarefa visual,
� - segurança,
� - aspectos psico-fisiológicos assim como conforto visual e bem estar,
� - economia,
� experiência prática.
Iluminâncias recomendadas na área de tarefa
• requisitos para a tarefa visual,
• segurança,
• aspectos psico-fisiológicos assim como conforto visual e bem estar,
• economia,
• experiência prática.
Os valores de iluminância podem ser ajustados em pelo menos um nível na escala da iluminância, se as condições visuais forem diferentes das assumidas como normais. A iluminância deve ser aumentada quando:
- baixos contrastes fora do normal estão presentes na tarefa,
- o trabalho visual é crítico,
- a correção dos erros é onerosa,
- é da maior importância a exatidão ou a alta produtividade,
- a capacidade de visão dos trabalhadores está abaixo do normal.
![Page 18: ILUMINAÇÃO](https://reader031.fdocumentos.com/reader031/viewer/2022020103/5695d1bd1a28ab9b0297b868/html5/thumbnails/18.jpg)
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Escala da iluminância
Um fator de aproximadamente 1,5 representa a menor diferença significativa no efeito subjetivo da iluminância. Em condições normais de iluminação aproximadamente 20 lux de iluminância horizontal é exigida para diferenciar as características da face humana e é o menor valor considerado para a escala das iluminâncias. A escala recomendada das iluminâncias é:
20 – 30 – 50 – 75 – 100 – 150 – 200 – 300 – 500 – 750 – 1000 – 1500 – 2000 – 3000 – 5000 lux
Iluminâncias no entorno imediato
A iluminância no entorno imediato deve estar relacionada com a iluminância da área de tarefa e deve prover uma distribuição bem balanceada da luminância no campo de visão.
Mudanças drásticas nas iluminâncias ao redor da área de tarefa podem levar a um esforço visual estressante e desconforto.
A iluminância mantida das áreas do entorno imediato pode ser mais baixa que a iluminância da área da tarefa, mas não deve ser inferior aos valores estabelecidos na tabela abaixo.
Iluminância da tarefa lux Iluminância do entorno imediato lux
≥ 750 500
500 300
300 200
≤ 200 Mesma iluminância da área de tarefa
OBS:
Coluna 1:
• Lista de ambientes (áreas), tarefas ou atividades
• A coluna 1 lista aqueles ambientes, tarefas ou atividades para os quais os requisitos
específicos são estabelecidos. Se um ambiente em particular, tarefa ou atividade não
estiverem listados, devem ser adotados os valores estabelecidos para uma situação
similar.
![Page 19: ILUMINAÇÃO](https://reader031.fdocumentos.com/reader031/viewer/2022020103/5695d1bd1a28ab9b0297b868/html5/thumbnails/19.jpg)
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• Coluna 2: Iluminância mantida (Ēm, lux) A coluna 2 estabelece a iluminância de manutenção na superfície de referência para um
ambiente, tarefa ou atividade estabelecidos na coluna 1
PLANEJAMENTO DOS AMBIENTES (ÁREAS), TAREFAS E ATIVIDADES COM A ESPECIFICAÇÃO DA ILUMINÂNCIA
• EX: Indústria Elétrica - TABELA NBR - 8995
Tipo de ambiente, tarefa ou atividade
Ēm ( Iluminância média)
lux
7. Indústria elétrica
Bobinas grandes 300
Bobinas médias 500
Bobinas pequenas 750
• EX: Instituições de Ensino – TABELA – NBR 8995 Tipo de ambiente, tarefa ou atividade INSTITUIÇÕES DE ENSINO
Ēm lux
Brinquedoteca 300
Berçário 300
Sala dos profissionais do berçário 300
Salas de aula, sala de aulas particulares
300
Salas de aulas noturnas, classes e educação de adultos
500
Sala de leitura 500
Quadro negro 500
Brinquedoteca 300
Berçário 300
Sala dos profissionais do berçário 300
![Page 20: ILUMINAÇÃO](https://reader031.fdocumentos.com/reader031/viewer/2022020103/5695d1bd1a28ab9b0297b868/html5/thumbnails/20.jpg)
20
Salas de aula, sala de aulas particulares
300
Salas de aulas noturnas, classes e educação de adultos
500
Sala de leitura 500
Quadro negro 500