ILUMINAÇÃO

20
1 ILUMINAÇÃO LUZ Para iniciar o estudo da iluminação, e necessário conhecer a natureza da luz. Ao passar do tempo, foram desenvolvidas varias teorias sobre a natureza física da luz; do que se sabe, e possível estabelecer o seguinte: – A luz e constituída de vários comprimentos de onda ou de partículas, denominadas fotóns; – E uma forma de energia radiante, que se manifesta pela sua capacidade de produzir a sensação da visão. – Sua velocidade, no vácuo, e de 299.792.458 m/s; geralmente, arredonda-se para 300.000.000 m/s ou 300.000 km/s. As propriedades da luz – propaga-se no vácuo; – propaga-se em todas as direções no espaço; – transmite-se a distancia. Desta forma, pode-se afirmar que luz e uma radiação ondulatória eletromagnética, assim como as ondas do radio, televisão, telefone celular, microondas ou calor radiante, diferindo destes apenas pelas características geométricas de suas ondas (comprimento e frequência), capaz de produzir uma sensação visual. A sensibilidade visual para a luz varia não só de acordo com o comprimento de onda da radiação, mas também com a luminosidade. A curva de sensibilidade do olho humano demonstra que radiações de menor comprimento de onda (violeta e azul) geram maior intensidade de sensação luminosa quando ha pouca luz (ex. crepúsculo, noite, etc.), enquanto as radiações de maior comprimento de onda (laranja e vermelho) se comportam ao contrario. De todo o espectro eletromagnético, o olho humano e capaz de captar somente uma pequena parte. Esta porção, chamada de ESPECTRO VISIVEL (ou ESPECTRO

description

ILUMINAÇÃO

Transcript of ILUMINAÇÃO

Page 1: ILUMINAÇÃO

1

ILUMINAÇÃO

LUZ

Para iniciar o estudo da iluminação, e necessário conhecer a natureza da luz.

Ao passar do tempo, foram desenvolvidas varias teorias sobre a natureza física da

luz; do que se sabe, e possível estabelecer o seguinte:

– A luz e constituída de vários comprimentos de onda ou de partículas, denominadas

fotóns;

– E uma forma de energia radiante, que se manifesta pela sua capacidade de

produzir a sensação da visão.

– Sua velocidade, no vácuo, e de 299.792.458 m/s; geralmente, arredonda-se para

300.000.000 m/s ou 300.000 km/s.

As propriedades da luz

– propaga-se no vácuo;

– propaga-se em todas as direções no espaço;

– transmite-se a distancia.

Desta forma, pode-se afirmar que luz e uma radiação ondulatória

eletromagnética, assim como as ondas do radio, televisão, telefone celular, microondas

ou calor radiante, diferindo destes apenas pelas características geométricas de suas

ondas (comprimento e frequência), capaz de produzir uma sensação visual. A

sensibilidade visual para a luz varia não só de acordo com o comprimento de onda da

radiação, mas também com a luminosidade. A curva de sensibilidade do olho humano

demonstra que radiações de menor comprimento de onda (violeta e azul) geram maior

intensidade de sensação luminosa quando ha pouca luz (ex. crepúsculo, noite, etc.),

enquanto as radiações de maior comprimento de onda (laranja e vermelho) se

comportam ao contrario.

De todo o espectro eletromagnético, o olho humano e capaz de captar somente

uma pequena parte. Esta porção, chamada de ESPECTRO VISIVEL (ou ESPECTRO

Page 2: ILUMINAÇÃO

2

ÓPTICO), identifica-se como sendo a luz visível (ou simplesmente luz). Esta faixa do

espectro situa-se entre a radiação infravermelha e a ultravioleta. Para cada frequência da

luz visível e associada uma cor. O olho humano não tem a capacidade de captar as cores

infravermelha e ultravioleta, e as demais existentes apos eles.

COR

Cor e uma importante consideração no projeto de iluminação; e possível que

uma instalação de iluminação seja tecnicamente correta quanto a garantir luz suficiente

e, ainda assim, causar insatisfação pelo efeito incorreto das cores.

A maioria das superfícies mostra propriedades de reflexão seletivas. Elas

absorvem certos comprimentos de onda da luz incidente e, consequentemente, a

composição espectral da luz refletida e diferente. Esta luz refletida determina a

aparência da cor da superfície. Sob uma luz branca, a maca aparenta ser de cor vermelha

pois ela tende a refletir a porção do vermelho do espectro de radiação absorvendo a luz

Page 3: ILUMINAÇÃO

3

nos outros comprimentos de onda. Se utilizássemos um filtro para remover a porção do

vermelho da fonte de luz, a maca refletiria muito pouca luz parecendo totalmente negra.

A luz e composta por três cores primarias. A combinação das cores vermelho,

verde e azul permite obtermos o branco. A combinação de duas cores primarias produz

as cores secundarias – magênta, amarelo e ciano. As três cores primarias dosadas em

diferentes quantidades permite obtermos outras cores de luz. Da mesma forma que

surgem diferenças na visualização das cores ao longo do dia (diferenças da luz do sol ao

meio-dia e no crepúsculo), as fontes de luz artificiais também apresentam diferentes

resultados. As lâmpadas incandescentes, por exemplo, tendem a reproduzir com maior

fidelidade as cores vermelha e amarela do que as cores verde e azul, aparentando ter

uma luz mais “quente”.

Estudos e experiências tem demonstrado que a cor tem influencia sobre a saúde,

o bom humor e o rendimento das tarefas.

Temperatura de Cor

� A "temperatura" das cores faz com que se distingam cores frias e cores

quentes,mas os fundamentos para tal designação são psicológicos.

� As cores frias, como o próprio nome indica, estão associadas a sensação de

frio, e são essencialmente todas as cores que derivam do Violeta, Azul e Verde.

São consideradas cores calmantes.

As cores quentes estão associadas a sensações completamente opostas

aquelas que as cores frias transmitem. Assim, as cores quentes associam-se as

sensações de calor, adrenalina. São consideradas cores excitantes. As cores quentes são

todas aquelas que, no circulo das cores primarias derivam das seguintes cores:

Amarelo, Laranja e Vermelho.

Uso das cores em ambientes de trabalho

Um ambiente de trabalho que apresente uma utilização adequada das cores

proporcionara aos seus usuários uma atmosfera agradável, segura e com menos

propensão de danos a sua saúde. Este ambiente agradável diminuíra os riscos de fadiga

visual evitando assim falhas na execução das tarefas, logo, resultara em um aumento de

produtividade.

Page 4: ILUMINAÇÃO

4

Ao escolher a cor dos ambientes de trabalho, deve-se dar preferência a tons

suaves, pois embora as cores vivas sejam mais interessantes, elas se tornaram cansativas

para aqueles que terão que passar uma jornada de trabalho de 8 horas ou mais neste

ambiente. Isto não quer dizer que o uso de cores vivas deve ser descartado, muito pelo

contrario, existem certos ambientes que elas proporcionarão um efeito psicológico

muito mais eficaz, tais como: halls de entrada, salas de espera, salas de lazer, etc.

O fator climático e um dos determinantes na hora do planejamento cromáticos

dos ambientes de trabalho. Em locais de clima quente, deve-se dar preferência aos tons

azuis e verde claro, que estão associados a frescura das águas, da relva e das folhagens,

evitando-se sempre o uso do amarelo, que lembra o fogo e o sol. Embora a utilização

das cores frias traga uma sensação de frescor e tranquilidade, elas poderão tornar o

ambiente monótono e ao mesmo tempo depressivo. Quando o clima e mais frio deve-se

optar por cores que dêem a sensação de calor, como o amarelo, laranja e o vermelho.

Alem dos aspectos psicológicos e decorativos que as cores possuem, o que

realmente interessa para iluminação do ambiente de trabalho são as suas propriedades

de reflexão da luz. A utilização de cores com altos índices de reflexão poderá melhorar

significativamente o rendimento do sistema de iluminação, podendo-se aumentar o nível

de iluminamento geral do ambiente sem que seja necessário aumentar o fluxo luminoso

das fontes de luz.

� Cores de tetos e forros: Na escolha da cor do teto deve-se optar por cores

mais claras. Quanto mais estas se aproximem do branco, melhor serão as

condições de iluminação do ambiente. A luz difusa refletida pelo teto

proporcionara uma melhor uniformidade dos níveis de iluminação do ambiente,

reduzindo os problemas de sombras excessivas e de ofuscamentos produzidos

por reflexões dirigidas.

� Cores de paredes: O fundo de qualquer ambiente e limitado por suas

paredes, e sobre este fundo se destaca tudo que nele existe. E para este fundo

que a visão e direcionada quando se afasta de sua atividade, portanto, deve-se

evitar diferenças acentuadas entre a cor do plano de trabalho e o fundo, pois isto

exigira do olho um grande esforço de adaptação a nova cor, resultando em uma

fadiga visual. A cor das paredes e do plano de trabalho devera sempre que

possível possuir o mesmo tom.

Page 5: ILUMINAÇÃO

5

Pisos: Recomenda-se que o piso tenha uma cor mais escura que as que foram

utilizadas para as paredes e o teto.

ADAPTAÇÃO VISUAL

O olho humano tem uma grande capacidade de adaptação a condições variáveis

de iluminação. O processo pelo qual os olhos se ajustam a estas condições e chamado

de adaptação visual. Adaptação e a característica dominante na visão humana; de outra

forma não se poderia ver em ambientes tão distintos como os produzidos pelo dia, noite,

luz solar, nuvens, interiores e exteriores. E por causa desta capacidade de ajustamento

do olho humano que a luminancia, ou brilho, e relativa e não absoluta; a luz do dia que

parecia ser satisfatória ao entrarmos no cinema parece excessivamente brilhante quando

deixamos o cinema. Faróis de veículos que incomodam a noite quase não são

percebidos durante o dia.

O processo de adaptação possui três componentes:

● uma resposta neural rápida quando ocorre uma mudança na iluminação;

● uma resposta media do olho com a dilatação ou contração da pupila para

regular a quantidade de luz admitida no interior do olho;

● uma resposta retinal lenta com a produção ou remoção de substancias fotos-

químicas para aumentar ou diminuir a sensitividade a luz.

CONCEITOS

� Reflexão: E o fenômeno que consiste na mudança de direção de um raio

luminoso ao incidir em determinadas superfícies de separação de dois meios

homogêneos, sendo devolvido ao meio originário.

� Refração: É o fenômeno segundo o qual a direção dos raios luminosos

sofrem modificação ao passar de um meio para outro de diferente densidade.

Os dois fenômenos ocorrem concomitantemente. Pode haver

predominância de um fenômeno sobre o outro. Que fenômeno predominara

vai depender das condições da incidência e da natureza dos dois meios.

Page 6: ILUMINAÇÃO

6

� Absorção: E o fenômeno que se da quando uma parte de um raio luminoso que

incide sobre uma superfície e absorvido em maior ou menor grau.

� Transmissão: E uma característica de deixar passar a luz dos corpos

transparentes ou translúcidos.

Causas

Efeitos

Baixa acuidade visual

Fadiga

Baixo nível de iluminamento

Reflexos/ofuscamento

Exposição a raios infravermelhos

Catarata

Exposição a raios ultravioletas

Úlcera de córnea

As consequências de uma iluminação inadequada são notadas:

➔ na segurança - implicando no aumento do numero de acidentes;

➔➔➔➔ na produtividade - maior desperdício de material, pior qualidade do produto final;

➔ no bem-estar - maior fadiga visual e geral, ambiente desagradável baixando o moral

dos trabalhadores.

Existe uma serie de fatores a serem considerados para que se tenha um local de

trabalho adequadamente iluminado:

– tipo de lâmpada e de luminária;

– quantidade de luminárias;

– distribuição e localização das luminárias;

Page 7: ILUMINAÇÃO

7

Uma boa iluminação não significa níveis excessivos de aclaramento, embora a

legislação somente especifique os níveis mínimos, mas sim de uma distribuição

uniforme, evitando-se que a parte mais iluminada supere por um valor maior que 4

(quatro) vezes o local mais obscuro, para que não ocorram ofuscamento e fadiga visual,

geralmente ocasionada pela adaptação constante, da retina as variações de aclaramento e

penumbra.Sempre que possível, a iluminação natural deve ser utilizado só ou em

conjunto com a artificial, resultando em economia de energia.

Entretanto, a incidência de luz solar deve ser indireta, isto e, não deve penetrar

diretamente no “campo de trabalho”, o que poderia ocasionar outros inconvenientes, tais

como a adição do calor, aumentando-se o desconforto térmico. A reflexão de objetos

metálicos são causas de ofuscamento, sendo necessário estudos preliminares para o

posicionamento de clarabóia, áreas de ventilação, lanternim, janelas e telhas

translúcidas, visando melhorar o aclaramento. Porem, as aberturas poderão ser

colocadas o mais alto que o pé direito permitir, mantendo-se entradas de ar na parte

inferior do galpão onde não haja incidência de carga solar.

A iluminação industrial pode geral ou suplementar. A geral deve ser projetada

para atender a maioria das atividades desenvolvidas no ambiente, a suplementar atende

as atividades especificas quando estas exigem maiores níveis de aclaramento, observada

as recomendações quanto ao ofuscamento.

E portanto fundamental uma iluminação que permita manter os equipamentos

devidamente limpos, visualizar com clareza as sinalizações de segurança e faixas,

permitir a prevenção da qualidade dos produtos e da saúde ocupacional do que concerne

aos orgãos da visão.

GRANDEZAS FUNDAMENTAIS EM LUMINOTECNICA

� Em Luminotécnica consideram-se basicamente as grandezas:

1. Fluxo luminoso

2. Intensidade Luminosa

3. Iluminância ou iluminamento

4. Luminância

Page 8: ILUMINAÇÃO

8

5. Eficiência Luminosa

6. Curva de distribuição luminosa

7. IRC (índice de reprodução de cor)

8. Temperatura de cor

1 – Fluxo Luminoso (F ou Ф)

Representa uma potencia luminosa emitida por uma fonte luminosa, por

segundo, em todas as direções, sob a forma de luz (abreviando: luz emitida ou

observada em um segundo, ou quantidade de luz emitida por uma fonte na tensão

nominal de funcionamento). Sua unidade e o lúmen (lm).

� Quantidade de Luz: Q = F.t

� Unidade: lm.s ou lm.h ou klm.h

2 – Intensidade Luminosa (I)

É o fluxo luminoso irradiado na direção de um determinado ponto. Sua unidade

e a Candela (cd).

3 – Iluminância ou iluminamento (E)

É a relação entre o fluxo luminoso incidente numa superfície e a superfície sobre

a qual este incide; ou seja e a densidade de fluxo luminoso na superfície sobre a qual

este incide. Também chamada de aclaramento, nível de iluminação ou nível de

iluminamento, e a grandeza fotométrica mais importante da iluminação (fluxo luminoso

recebido por uma superfície = luz que chega). A unidade é o Lux (lm/m2).

Iluminância ou iluminamento (E)

� Fórmula:

� E = Ф/A = lm/m2 = Lux

Page 9: ILUMINAÇÃO

9

Exemplos:

� Dia ensolarado de verão em local aberto ≫ 100.000 lux

� Dia encoberto de verão ≫ 20.000 lux

� Dia escuro de inverno ≫ 3.000 lux

� Boa iluminação de rua ≫ 20 a 40 lux

� Noite de lua cheia ≫ 0,25 lux

� Luz de estrelas ≫ 0,01 lux.

4. Luminância (L)

Medida em candela por metro quadrado [cd/m2], é a relação entre a intensidade

luminosa de uma superfície e sua área aparente. Esta associada a contrastes excessivos

(ofuscamento).

Page 10: ILUMINAÇÃO

10

5. Eficiência Luminosa (ε - η )

Também denominada Eficácia ou Rendimento. É a relação entre o fluxo

luminoso (em lúmen) emitido por uma fonte e seu fluxo energético (potência)

consumido para produzi-lo.

� Unidade= lúmen/watt.

Exemplo:

• lâmpada incandescente de 100W: 10 lm/W

• lâmpada fluorescente de 40 W: 42,5 lm/W a 81,5 lm/W.

• lâmpada vapor de mercúrio de 250W: 50 lm/W

• lâmpada multi-vapor metálico de 250W: 68 lm/W.

6. Curva de Distribuição Luminosa

Trata-se de um diagrama polar no qual se considera a lâmpada ou luminária

reduzida a um ponto no centro do diagrama e se representa a intensidade luminosa nas

varias direções por vetores, cujos módulos são proporcionais a velocidades, partindo do

centro do diagrama. A curva obtida ligando-se as extremidades desses vetores e a curva

de distribuição luminosa.

7. Temperatura de Cor

Medido em graus Kelvin (K) esta associada a aparência de cor das lâmpadas, ou

seja, as incandescentes com temperaturas de cor mais baixa com aparência mais quente-

amarelada e as fluorescentes normalmente com aparências mais frias azuladas Um

aspecto importante e que a temperatura da cor não pode ser empregada isoladamente e

sim em conjunto com o IRC, mas independentemente deste aspecto, aceita-se que cores

quentes vão ate 3.000K, as cores neutras situam-se entre 3.000 e 4.000K e as cores frias

acima deste ultimo valor.

SENSIBILIDADE DA VISTA HUMANA

Page 11: ILUMINAÇÃO

11

A retina humana tem um máximo de sensibilidade para a faixa de 0,58 µm

(verde amarelado), em níveis de intensidade luminosa elevados, ou seja, para o dia. E a

chamada visão fotópica.

Em contrapartida, para níveis de intensidade luminosa mais baixos, a maior

sensibilidade cai sobre a faixa correspondente aos azuis. E a chamada visão escotópica,

ou visão noturna.

Acuidade Visual e Sensibilidade ao Contraste

A capacidade de reconhecer pequenos detalhes e designada por acuidade

visual. Esta acuidade visual depende das condições físicas dos olhos do individuo e

da "inteligência" do cérebro em interpretar a imagem, e, portanto, varia entre os

indivíduos.

A acuidade visual depende também do brilho físico do objeto analisado, de

modo que qualquer individuo obtém melhor acuidade visual sobre condições

favoráveis de iluminação.

Outra capacidade inerente ao sistema visual do individuo e a capacidade dos

olhos distinguirem diferenças de contrastes.

OFUSCAMENTO

O ofuscamento e uma sensação desagradável que pode ocasionar cefaléia,

cansaço visual e astenopia, sendo causando por luz excessiva, superfícies polidas e

refletoras, acarretando mau estar e desconforto no ambiente de trabalho, devendo

portanto ser evitado.

Significa contraste excessivo de luminâncias. Pode ser perturbador

(deslumbramento) e inibilitador. Diferenciam-se pelo grau de perturbação que

provocam. O ofuscamento e uma sensação e, portanto, não pode ser medido, exceto em

termos de outra sensação.

Page 12: ILUMINAÇÃO

12

� Ele ocorre em função:

– luminância da fonte

– luminância do fundo

– tamanho aparente (área do campo visual causador)

– número de fontes presente no campo visual

– posição relativa da fonte em relação a direção de visão

Suas causas podem ser direta (visão direta da fonte) e indireta (reflexão). Para

correção, pode-se reduzir a luminância da fonte, colocação de elementos de controle da

fonte de luz, posicionamento da fonte de luz fora do angulo de visão, aumentar a

luminância do entorno a fonte (ex. Janelas).

Page 13: ILUMINAÇÃO

13

NBR ISO 8995-1

Iluminação de ambientes internos de trabalho

Prefácio

� A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro

Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de

responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de

Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais

(ABNT/CEE), são elaboradas por

� Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,

delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades,

laboratórios e outros).

Introdução

Uma boa iluminação propicia a visualização do ambiente que permite que as

pessoas vejam, se movam com segurança e desempenhem tarefas visuais de maneira

eficiente, precisa e segura sem causar fadiga visual e desconforto. A iluminação

pode ser natural, artificial ou uma combinação de ambas.

Uma boa iluminação requer igual atenção para a quantidade e qualidade da

iluminação. Embora seja necessária a provisão de uma iluminância suficiente em

uma tarefa, em muitos exemplos a visibilidade depende da maneira na qual a luz é

fornecida, das características da cor da fonte de luz e da superfície em conjunto com

o nível de ofuscamento do sistema. Nesta Norma foi levado em consideração não

apenas a iluminância, mas também o limite referente ao desconforto por

ofuscamento e o índice de reprodução de cor mínimo da fonte para especificar os

vários locais de trabalho e tipos de tarefas.

Os parâmetros para criar as condições visuais confortáveis estão propostos no corpo

desta Norma. Os valores recomendados foram considerados a fim de representar um

balanço razoável, respeitando os requisitos de segurança, saúde e um desempenho

eficiente do trabalho. Os valores podem ser atingidos com a utilização de soluções

energeticamente eficientes.

Page 14: ILUMINAÇÃO

14

Existem também parâmetros ergonômicos visuais tais como a capacidade de

percepção e as características e atributos da tarefa, que determinam a qualidade das

habilidades visuais do usuário, e conseqüentemente os níveis de desempenho. Em

alguns casos a otimização destes fatores de influência pode melhorar o desempenho

sem ser necessário aumentar os níveis de iluminância. Por exemplo, pela melhora do

contraste na tarefa, ampliando a visualização de própria tarefa através do uso de

equipamentos de auxílio à visão (óculos)1 e pela provisão de sistemas de iluminação

especiais com capacidade de uma iluminação local direcional.

Escopo

Esta Norma especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos e

os requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente,

com conforto e segurança durante todo o período de trabalho.

Esta Norma não especifica como os sistemas ou técnicas de iluminação devem ser

projetados a fim de aperfeiçoar as soluções para locais específicos de trabalho. Estas

podem ser encontradas nos respectivos guias e relatórios da CIE.

Referências Normativas

Os seguintes documentos normativos contêm disposições às quais, através da

referência neste texto, constituem disposições desta Norma Internacional. Quando

da publicação desta norma, as edições indicadas estavam válidas. Todos os

documentos normativos estão sujeitos à revisão, e as partes em acordos baseados

nesta Norma são encorajadas a investigar a possibilidade de aplicar as mais recentes

edições dos documentos normativos indicados abaixo. Membros da CIE, IEC e ISO

mantêm registros das normas internacionais atualmente válidas.

� EX:

� ISO 3834 Safety colours and safety signs

� ISO 6309 Fire protection – safety signs

� ISO 6385 Ergonomics principles in the design of work systems

� ISO 9241 Parts 6/7/8 Ergonomic requirements for office work with visual display terminals

� CIE 13.3 – 1995 Method of measuring and specifying colour rendering of light sources

Page 15: ILUMINAÇÃO

15

� CIE 16 – 1970 Daylight

Definições

Em geral os termos utilizados nesta Norma estão definidos no Vocabulário de Iluminação CIE (CIE 17.4 – 1987), mas existem alguns termos a mais que estão definidos abaixo:

� 3.1. Tarefa visual: Os elementos visuais da tarefa a ser realizada.

� 3.2. Área da tarefa: A área parcial em um local de trabalho no qual a tarefa visual está localizada e é realizada.

� 3.3. Entorno imediato: Uma zona de no mínimo 0,5 m de largura ao redor da área da tarefa dentro do campo de visão.

� 3.4 Iluminância mantida (Ēm): Valor abaixo do qual a iluminância média da superfície especificada não poderá ser reduzido.

� 3.5 Índice de ofuscamento unificado (UGR - Unified Glare Rating): A definição da CIE para o nível de desconforto por ofuscamento.

� 3.6 Índice limite de ofuscamento unificado (UGRL - Limiting Unified Glare Rating): O valor máximo permitido do nível de ofuscamento unificado de projeto para uma instalação de iluminação.

� 3.7 Ângulo de corte: ângulo medido a partir do plano horizontal, abaixo do qual as lâmpadas são protegidas da visão direta do observador pela luminária.. 3

� 3.8 Plano de trabalho: a superfície de referência definida como o plano onde o trabalho é habitualmente realizado.

Critérios do projeto de iluminação

4.1 Ambiente luminoso

� A prática de uma boa iluminação para locais de trabalho é muito mais que apenas fornecer uma boa visualização da tarefa. É essencial que as tarefas sejam realizadas facilmente e com conforto. Desta maneira a iluminação deve satisfazer os aspectos quantitativos e qualitativos exigidos pelo ambiente. Em geral a iluminação deve assegurar:

- conforto visual, onde os trabalhadores têm um sensação de bem-estar,

- desempenho visual, onde os trabalhadores estão capacitados a realizar suas tarefas visuais, rapidamente e precisamente mesmo sob circunstâncias de dificuldade e durante longos períodos,

- - segurança visual, ao olhar ao redor e detectar perigos.

Page 16: ILUMINAÇÃO

16

A fim de satisfazer isto, é requerido que seja dada atenção a todos os parâmetros que contribuem para o ambiente luminoso.

Os principais parâmetros são:

- - distribuição da luminância,

- - iluminância,

- - ofuscamento,

- - direcionalidade da luz,

- - aspecto da cor da luz e superfícies,

- - cintilação,

- - luz natural,

- - manutenção.

Os valores de projeto para os parâmetros quantificáveis de iluminância, desconforto

referente ao ofuscamento e reprodução de cor estão estabelecidos na seção 5 para

várias atividades.

Nota: Adicionalmente a iluminação, existem outros parâmetros ergonômicos

visuais que influenciam o desempenho visual dos operadores, tais como:

a) As propriedades intrínsecas da tarefa (tamanho, forma, posição, cor e refletância

do detalhe e do fundo).

b) Capacidade oftálmica do operador (acuidade visual, percepção de

profundidade, percepção da cor).

� Se for dada atenção a estes fatores, estes podem otimizar o desempenho visual

sem a necessidade de um incremento dos níveis de iluminância.

Page 17: ILUMINAÇÃO

17

Iluminância

A iluminância e sua distribuição nas áreas de trabalho e no entorno imediato têm um maior impacto em como uma pessoa percebe e realiza a tarefa visual de forma rápida, segura e confortável. Para lugares onde a área específica é desconhecida, a área onde a tarefa pode ocorrer é considerada como a área de tarefa.

Todos os valores de iluminância especificados nesta Norma são iluminâncias mantidas e proporcionam a segurança visual no trabalho e as necessidades do desempenho visual.

Iluminâncias recomendadas na área de tarefa

� Os valores estabelecidos são as iluminâncias mantidas sobre a área da tarefa no plano de referência que pode ser horizontal, vertical ou inclinado. A iluminância média para cada tarefa não deve estar abaixo dos valores estabelecidos, independentemente da idade e condições da instalação. Os valores são válidos para uma condição visual normal e são levados em conta os seguintes fatores:

� - requisitos para a tarefa visual,

� - segurança,

� - aspectos psico-fisiológicos assim como conforto visual e bem estar,

� - economia,

� experiência prática.

Iluminâncias recomendadas na área de tarefa

• requisitos para a tarefa visual,

• segurança,

• aspectos psico-fisiológicos assim como conforto visual e bem estar,

• economia,

• experiência prática.

Os valores de iluminância podem ser ajustados em pelo menos um nível na escala da iluminância, se as condições visuais forem diferentes das assumidas como normais. A iluminância deve ser aumentada quando:

- baixos contrastes fora do normal estão presentes na tarefa,

- o trabalho visual é crítico,

- a correção dos erros é onerosa,

- é da maior importância a exatidão ou a alta produtividade,

- a capacidade de visão dos trabalhadores está abaixo do normal.

Page 18: ILUMINAÇÃO

18

Escala da iluminância

Um fator de aproximadamente 1,5 representa a menor diferença significativa no efeito subjetivo da iluminância. Em condições normais de iluminação aproximadamente 20 lux de iluminância horizontal é exigida para diferenciar as características da face humana e é o menor valor considerado para a escala das iluminâncias. A escala recomendada das iluminâncias é:

20 – 30 – 50 – 75 – 100 – 150 – 200 – 300 – 500 – 750 – 1000 – 1500 – 2000 – 3000 – 5000 lux

Iluminâncias no entorno imediato

A iluminância no entorno imediato deve estar relacionada com a iluminância da área de tarefa e deve prover uma distribuição bem balanceada da luminância no campo de visão.

Mudanças drásticas nas iluminâncias ao redor da área de tarefa podem levar a um esforço visual estressante e desconforto.

A iluminância mantida das áreas do entorno imediato pode ser mais baixa que a iluminância da área da tarefa, mas não deve ser inferior aos valores estabelecidos na tabela abaixo.

Iluminância da tarefa lux Iluminância do entorno imediato lux

≥ 750 500

500 300

300 200

≤ 200 Mesma iluminância da área de tarefa

OBS:

Coluna 1:

• Lista de ambientes (áreas), tarefas ou atividades

• A coluna 1 lista aqueles ambientes, tarefas ou atividades para os quais os requisitos

específicos são estabelecidos. Se um ambiente em particular, tarefa ou atividade não

estiverem listados, devem ser adotados os valores estabelecidos para uma situação

similar.

Page 19: ILUMINAÇÃO

19

• Coluna 2: Iluminância mantida (Ēm, lux) A coluna 2 estabelece a iluminância de manutenção na superfície de referência para um

ambiente, tarefa ou atividade estabelecidos na coluna 1

PLANEJAMENTO DOS AMBIENTES (ÁREAS), TAREFAS E ATIVIDADES COM A ESPECIFICAÇÃO DA ILUMINÂNCIA

• EX: Indústria Elétrica - TABELA NBR - 8995

Tipo de ambiente, tarefa ou atividade

Ēm ( Iluminância média)

lux

7. Indústria elétrica

Bobinas grandes 300

Bobinas médias 500

Bobinas pequenas 750

• EX: Instituições de Ensino – TABELA – NBR 8995 Tipo de ambiente, tarefa ou atividade INSTITUIÇÕES DE ENSINO

Ēm lux

Brinquedoteca 300

Berçário 300

Sala dos profissionais do berçário 300

Salas de aula, sala de aulas particulares

300

Salas de aulas noturnas, classes e educação de adultos

500

Sala de leitura 500

Quadro negro 500

Brinquedoteca 300

Berçário 300

Sala dos profissionais do berçário 300

Page 20: ILUMINAÇÃO

20

Salas de aula, sala de aulas particulares

300

Salas de aulas noturnas, classes e educação de adultos

500

Sala de leitura 500

Quadro negro 500