ILUMINAÇÃO LED -...

126 REVISTA INTERAÇÃO | São Paulo • v. 1 • edição 15 • ano 2015 • ISSN (1981-2183)

ILUMINAÇÃO LED

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alinhamento estratégico e sustentabilidade financeira, no metrô e nas empresas.

Faculdade das Amé[email protected]

Faculdade das Amé[email protected]

G. T. Maciel

L. S. Paschoal

ISSN (1981-2183) • ano 2015 • edição 15 • v. 1 • São Paulo | REVISTA INTERAÇÃO 127

RESUMO

Este artigo tem como objetivo apresentar como a sustentabilidade atua nas empresas e viabiliza novas oportunidades de negócios. Diante de um mercado tão competitivo e moderno, a sustentabilidade passa a ser algo desafiador para empresas. A sustentabilidade empresarial tem o poder de mudar para melhor a imagem de uma empresa diante de seus clientes, pois eles estão cada vez mais conscientes em relação ao que o meio ambiente precisa e o que deve ser feito para preservá-lo. Para que a empresa seja vista como sustentável, ela precisa praticar ações preocupando-se em não agredir ao meio ambiente. A empresa deve preocupar-se com a sociedade como um todo e cooperar com o seu desenvolvimento. O artigo aborda a questão da Iluminação dentro das empresas e as vantagens e desvantagens de se utilizar lâmpadas de LED. Como exemplo, utilizaremos a Companhia do Metropolitano de SP.

Palavras-chave: Sustentabilidade Empresarial, Meio Ambiente, Alinhamento estratégico, Novos Negócios.

Iluminação led: alinhamento estratégico e sustentabilidade financeira, no metrô e nas empresasG. T. Maciel e L. S. Paschoal

(126 - 147) páginas

128 REVISTA INTERAÇÃO | São Paulo • v. 1 • edição 15 • ano 2015 • ISSN (1981-2183) (126 - 147) páginas páginas (126 - 147)

Iluminação led: alinhamento estratégico e sustentabilidade financeira, no metrô e nas empresas. G. T. Maciel e L. S. Paschoal

1 – INTRODUÇÃO

A exigência de práticas sustentáveis das empresas vem causando grande impacto devido às mudanças que ela provoca. Os desafios são inúmeros. A preocupação só tende a aumentar, pois cada vez mais as empresas desejam ser vistas como empresas sustentáveis, tendo em vista que o conceito de sustentabilidade adquiriu um caráter institucionalizado

Ainda assim uma das grandes dificuldades atuais para que as empresas estejam sempre dispostas a ações nesse sentido, é que muitas vezes a preocupação financeira está a frente de tudo e ofusca outras possíveis vantagens, limitando as ações. Mas, segundo Werback (2010), é possível agregar costumes socioambientais dentro das empresas utilizando ferramentas e conceitos simples, mas que no cotidiano podem gerar resultados muito positivos em todos os sentidos. Eles podem ser de ordem ambiental, social, cultural e econômica, que devem ser igualmente importantes. Para que isso aconteça, as empresas precisam buscar se enquadrar dentro de um novo paradigma, e alinhar todas as suas ações em função dos objetivos.

No entanto, muitas vezes essas atitudes sofrem resistência, uma das possíveis causas é a falta de esclarecimento e de conceitos que facilitem a implementação. Nesse sentido algumas ferramentas vêm se consolidando como ótimos facilitadores do trabalho na hora de realizar ações desse tipo.

Este estudo busca verificar o alinhamento estratégico entre as propostas firmadas pelas empresas em relação a sua imagem social e suas ações operacionais de fato e checar a viabilidade financeira de uma oportunidade de inovação sustentável. Assim, utilizaremos como oportunidade de ação a implementação de iluminação de LED, que está relacionada a um assunto que vem sendo muito discutido ultimamente entre as empresas e a sociedade em geral, que é a questão da eficácia energética. Vale a pena trocar lâmpadas comuns por lâmpadas de LED? Existem vantagens e desvantagens? Se sim, quais são?

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2 – SUSTENTABILIDADE E A SUA POLÍTICA

Ao falar da sustentabilidade, estamos nos referindo a desenvolvimento econômico e bem-estar social e ambiental, aspectos que, segundo a própria Companhia do Metropolitano de São Paulo, buscam equilibrar com o transporte público sustentável.

O equilíbrio entre esses aspectos vem sendo discutido há bastante tempo no mundo todo, ainda assim muito se tem questionado a respeito do que seria de fato uma definição ideal para o conceito de sustentabilidade. Um dos mais citados é o que se estabeleceu no relatório de BRUNDTLAND, de 1987, que diz que sustentabilidade é O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.

2.2 - COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO – MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Segundo a Companhia do Metropolitano de São Paulo, existe a consciência de sua responsabilidade, de sua missão e dos seus desafios para melhorar a qualidade de vida dos paulistanos, no presente e no futuro. E assim, definiram diretrizes relacionadas a quatro pilares – econômico, social, ambiental e urbano, com o objetivo de prover transporte público com sustentabilidade, como segue no modelo:



Seguindo nessa linha de raciocínio, para trabalhar esses aspectos dentro da empresa o Metrô - SP faz uso de alguns sistemas de gestão que estão estabelecidos e declarados que se fundamentam em algumas regras; Ainda segundo o Metrô - SP:

“ISO 9001 – Sistema de Gestão da Qualidade: A melhoria contínua do desempenho e, em consequência, da satisfação do conjunto de partes interessadas é objetivo permanente do Metrô – SP. Para isto a empresa investe constantemente no aprimoramento tecnológico...”

“ISO 14001: Explicita estes compromissos em seus direcionadores estratégicos e em sua política integrada de qualidade, meio ambiente[...] Na última década, passou também a buscar conformidade com normas internacionais em sua abordagem para lidar com a qualidade de seus serviços[...] e eventuais impactos adversos de suas operações sobre o meio ambiente.”

Figura 1: Compromisso do Metrô para a sustentabilidade Fonte: Companhia do Metropolitano de São Paulo



Dessa forma podemos afirmar então que o Metrô - SP se propõe a levar em consideração as características ambientais, além de investir no aprimoramento tecnológico e integrá-los em seus direcionadores estratégicos; E também pelo que diz em sua Missão: Prover transporte público com rapidez, segurança, confiabilidade e sustentabilidade ambiental.

Com uso desses sistemas e essa preocupação com o meio ambiente, pressupõe-se que haja uma padronização das ações no sentido de reduzir o impacto ambiental com as atividades da empresa, e isso poderia ser auxiliado pela utilização de algumas ferramentas que vem se consolidando no mundo empresarial e na sociedade, como por exemplo, o Balanced Scorecard na análise do desempenho estratégico e os 3R´s na melhoria da relação consumidor-meio ambiente.

2.3. OS R’S DA SUSTENTABILIDADE

Segundo o Instituto SUA PESQUISA.COM, as palavras-chave que compõem os 3R’s da sustentabilidade são: reduzir, reutilizar e reciclar, e funcionam da seguinte forma:

A 1ª ação é a de Reduzir. Antes de qualquer coisa, é necessário reduzir o consumo, assim buscando sua estabilidade e manutenção, satisfazendo a necessidade pessoal e a sustentabilidade do mundo.

A 2ª ação é a de Reutilizar, em vez de se desfazer, tentar reutilizar objetos de outra forma, ou até mesmo concedendo a alguém que possa fazer isso. Fazer reformas e doações de objetos antigos são atitudes que auxiliam na redução da demanda pelo consumo de recursos naturais e matérias-primas.

Para finalizar, a 3ª ação é a de Reciclar. Se não houver a reutilização então se deve optar pela reciclagem, que transforma resíduos em novos produtos de matéria-prima.

Essas são algumas atitudes que, tomadas hoje, podem interferir no futuro das novas gerações.



2.4 BALANCED SCORECARD – BSC

Quanto à aderência das ações da empresa em relação a sua estratégia, existem algumas ferramentas que vêm para auxiliar na análise do seu desempenho. Dentre algumas ferramentas que auxiliam nessas perspectivas está o Balanced Scorecard - BSC, que significa Indicadores Balanceados de Desempenho. Segundo Nogueira R. (2003, p. XII), o BSC apresenta: A possibilidade de operacionalizar e acompanhar ações estratégicas, observando várias dimensões de sucesso, inclusive a financeira. Sendo assim uma excelente forma de medir o desempenho das ações praticadas pela empresa também em relação as suas sínteses sociais. De acordo com os próprios criadores do BSC, Kaplan e Norton, (1997, p. 25): O Balanced Scorecard traduz missão e estratégia em objetivos e medidas, organizados segundo quatro perspectivas diferentes: financeira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado e crescimento, o que leva a empresa a poder acompanhar historicamente suas ações e suas evoluções quanto ao desempenho e ao alinhamento estratégico. Segundo Rezende, J. F. (2003, p. 11), a avaliação estratégica é utilizada para determinar a compatibilidade entre os objetivos e restrições, os níveis de turbulência ambiental e recursos disponíveis.

A ideia aqui é mostrar que aproveitar oportunidades de sustentabilidade ambiental pode ser uma ação operacional alinhada à estratégia da empresa, que permite, como diz Kallas, D. (2005), criar valor com ativos intangíveis. Essas ações podem ser analisadas e medidas quanto ao seu desempenho dentro deste contexto e mensurada quanto a sua evolução de aprendizado e crescimento dentro das empresas e, ao que tudo indica nessas pesquisas sobre BSC, o alinhamento estratégico é muito benéfico para o crescimento destas. Segundo Kaplan e Norton, (1997, p. 2): O BSC permite que as empresas acompanhem o desempenho financeiro, monitorando ao mesmo tempo, o progresso na construção de capacidades e na aquisição dos ativos intangíveis necessários para o crescimento futuro.



3. IMPORTÂNCIA DE UMA ILUMINAÇÃO EFICIENTE

De acordo com Rodrigues (2002), a iluminação de um ambiente, seja ela natural ou artificial, é tão importante e necessária e, ao mesmo tempo, tão natural para todas as atividades que realizamos que deixamos de imaginar sua interrupção e automaticamente deixamos de imaginar também que possa haver outras maneiras de fazê-la. No cenário atual, com tantas cobranças por uma responsabilidade social, é importante lembrar que o consumo de energia e os resíduos gerados com a iluminação também são fatores preocupantes ao meio ambiente. Por isso, também com a iluminação, é preciso estar atento às inovações e melhorias que podem agregar valores às atividades e ainda gerar uma redução de custos, trazendo vantagens competitivas às empresas.

Ainda segundo Rodrigues (2002), existem problemas comuns de iluminação nas edificações brasileiras, os principais são:

• Iluminação em excesso;

• Falta de aproveitamento de iluminação artificial;

• Uso de equipamentos com baixa eficiência luminosa;

• Falta de comandos; interruptores das luminárias;

• Ausência de manutenção, depreciação do sistema;

• Hábitos de uso inadequados.

Dentre esses aspectos, trataremos aqui com mais importância, devido à proposta específica para o caso em estudo, o seguinte: Uso de equipamentos com baixa eficiência luminosa.

As lâmpadas fluorescentes tubulares estão entre as fontes de luz artificiais mais amplamente usadas no mundo! (OSRAM, 2014). Esses tipos de lâmpadas já existem há muito tempo e estão ultrapassadas em relação às novas tecnologias do mercado, além de terem um rendimento mais baixo, elas ainda produzem resíduos como o tubo de vidro, o reator eletrônico e o mercúrio, que são muito prejudiciais



ao meio ambiente, ainda que nos últimos anos tenha sido possível o seu descarte adequado e a reciclagem de algumas partes, como falaremos mais a frente.

3.1. PROPOSTAS DE MELHORIA

Dentro desses pensamentos, colocamos aqui então uma proposta para os interessados, no que diz respeito à redução de energia e redução da geração de resíduos, focada na modernização do sistema de iluminação. Quanto a esse fato, Segundo RODRIGUES (2002), sua eficiência está associada a um conjunto de elementos: lâmpadas, luminárias, reatores, circuitos de distribuição e controle, utilização da luz natural, cores das superfícies internas e do mobiliário. Sendo assim, exclusivamente quanto às lâmpadas, hoje existem no mercado as lâmpadas LEDs, que são muito mais eficientes do que as fluorescentes atuais, como veremos pelas características de cada uma, conforme catálogo e informações de fornecedores. “o LED é um componente eletrônico semicondutor, ou seja, um diodo emissor de luz (L.E.D = Light emitter diode )”6.

FICHA TÉCNICAMODELO: FLUORESCENTE

COMPLEMENTO: T10WATTS: 40WBASE: G13

COR: BRANCA NEUTRATEMPERATURA: 5250K

TAMANHO: 1200mmDIÂMETRO: 32mm

IRC: 70-79FLUXO LUMINOSO: 2700 Lumens

VIDA UTIL: 10000 horas

Tabela 1 – lâmpadas fluorescentes

Fonte: OSRAM segundo Gimawa

6 Segundo INSTITUTO DE ARTES DA UNICAMP. Disponível em: <http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/dicasemail/led/dica36.htm>



FICHA TÉCNICACOMPLEMENTO: Bulbo transparente

WATTS: 20W=36W/40WFluorescenteComumVOLTS: 220Volts(não usa reator)

COR: BrancaNeutra4000KTAMANHO: 1200mm

FLUXOLUMINOSO: 1600 LumensVIDA ÚTIL: 30.000 Horas

Tabela 2 - Lâmpadas LEDs Philips

Fonte: Philips segundo Gimawa

3.2 – ANÁLISE DE VIABILIDADE FINANCEIRA DO PRODUTO

Procuramos demonstrar, através de um comparativo entre os dois tipos de iluminação, também a sua viabilidade financeira, tendo como aspectos relevantes todos aqueles que afetam o custo e o retorno de cada projeto, de modo a demonstrar a economia gerada com a redução no consumo de energia elétrica e de mão de obra, com a implementação das lâmpadas LEDs; Essa economia está sendo colocada nas análises como retorno de investimento e utilizada para os cálculos dos índices financeiros que serão analisados.

Para tanto, vamos utilizar nos cálculos comparativos apenas os trens da linha 2-Verde do Metrô-SP (23 trens), por entendê-los como um espaço amostral suficiente para a comparação financeira dos dois projetos. Após isso poderemos utilizar outras dimensões, levando em conta as devidas proporções.

Por constatação em pesquisa de campo, temos que em cada trem existem 6 carros com 24 luminárias de 2 lâmpadas cada, totalizando 6624 lâmpadas fluorescentes de 40w, nos trens da linha 2 – verde.

Os demais valores foram extraídos de lojas virtuais de materiais elétricos, manuais técnicos de fabricantes de lâmpadas, nos sites da ANEEL, AES, BNDES e Metrô - SP.

Os dados que afetam os dois projetos seguem na tabela:



3.2.1. CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS

Considerando que a vida útil das lâmpadas fluorescentes é, neste caso, de 1/3 da vida útil de uma LED (item 12), para os cálculos foram levados em consideração, durante todo o projeto com LED, a ocorrência de três vezes o projeto com fluorescentes e um resíduo positivo no final devido a maior vida útil do reator em relação a estas lâmpadas (item 10).

E para o custo de mão de obra (item 9), os cálculos foram feitos da seguinte forma:

Total de lâmpadas instaladas x tempo aproximado para troca (15 minutos por troca ÷ 60 para valor em horas) x custo do salário mais encargos ((salário-base x2) ÷ horas de trabalho mensal).

Consumo em kW/h Fluorescente LED

1. Potencia em kWats 0,04 0,022. Custo do kW/h em R$ (com tributos) 0,34 0,343. Quantidade total de lâmpadas 6624 66244. Tempo diário de utilização em horas 21 215. Total anual em R$ R$ 698.879,64 R$ 349.439,82

Custo inicial de cada projeto Fluorescente LED

6. Preço da lâmpada (unidade) R$ 3,85 R$ 58,207. Preço dos reatores (p/ duas lâmpadas) R$ 19,50 ---8. Total gasto com lâmpadas R$ 25.502,40 R$ 385.516,809. Custo de manutenção estimado do projeto M.O. R$ 49.353,35

R$ 49.353,35

10 . troca dos reatores com 20000 hrs R$ 64.584,00 ---11. total do investimento inicial R$ 139.439,75 R$ 434.870,1512. Tempo de duração do projeto em horas 10000 30000

Figura 3: Comparação Fluorescente x LED Fonte: Os autores, a partir de dados da Bibliografia



Todos os valores foram considerados no tempo, para formação do fluxo de caixa descontado, com uma taxa de referência igual a 10,2%a.a, que foi considerada como o custo do capital a ser utilizado para o financiamento do projeto, que se refere à taxa máxima praticada pelo BNDES para essa linha de financiamento. E para a mão de obra, uma inflação estimada de 6,5% a.a.6

Como podemos ver no item 5 da tabela 3, com o menor consumo de energia elétrica podemos obter uma economia de R$ 349439,82 ao ano, com essa economia sendo calculada no fluxo de caixa descontado, juntamente com os demais dados relevantes do projeto (custos), chegamos aos seguintes resultados:

6 PORTAL BRASIL, Inflação estimada para 2015.3 Taxa Mínima de Atratividade.4 Valor Presente Liquido.5 Taxa Interna de Retorno.

TMA3 10,20% a.a.

VPL4 custo fluorescente R$ 2.507.589,88

VPL custo LED R$ 1.537.768,75

Payback descontado 1 anoVPL economizado R$ 969.821,13TIR5 134,84%

Figura 4: Resultados da Análise Financeira do projeto com LED Fonte: Os autores



Com os valores descontados temos:

Custo com o projeto de iluminação com LED equivalente a 61,3% do projeto com iluminação fluorescente, ou seja, uma economia de aproximadamente 38,7%.

Gráfico 1: Fluxo de caixa descontado para economia com LED nos trens da linha 2-verde Fonte: Os autores

Gráfico 2: Comparação do Custo entre os projetos, LED x Fluorescente Fonte: Os autores



Para uma melhor visualização e comparação da relação entre nível de consumo e custo de mão de obra com a viabilidade do projeto de iluminação LED, mostraremos de forma simplificada como ficariam aproximadamente os fluxos de caixa descontados para um salão comercial com 40 lâmpadas e também para uma residência comum com 2 lâmpadas e custos de mão de obra mais baixos:

Gráfico 3: Fluxo de caixa descontado aproximado para economia com LED em um salão comercial

Fonte: Os autores

Salão comercial: Economia aproximada de 36%.TMA 10,20% a.a.

VPL custo fluorescente R$ 12.857,27

VPL custo LED R$ 8.225,69

Payback descontado 2 anosVPL economizado R$ 4.631,59TIR 72,85%

Tabela 5: Resultados da Análise Financeira do projeto com LED para salão comercial Fonte: Os autores



Residência comum: Economia aproximada de 27,5%TMA 10,20% a.a.

VPL custo fluorescente R$ 432,37

VPL custo LED R$ 313,91

Payback descontado 5 anosVPL economizado R$ 118,46TIR 29,29%

Tabela 6: Resultados da Análise Financeira do projeto com LED para uma residência comum

Fonte: Os autores

Gráfico 3: Fluxo de caixa descontado aproximado para economia com LED em um salão comercial

Fonte: Os autores

Como podemos ver pelas comparações entre os diferentes estilos de consumo, quanto maior o consumo de energia elétrica e maior o custo com mão de obra, mais vantajoso se torna o projeto de iluminação com lâmpadas de LED. Segundo Sunlab Power: Com a redução do consumo, há a redução de carga e custo nas instalações, proporcionando um maior retorno do investimento.



Quanto ao Custo Operacional do Metrô – SP, é possível fazer uma estimativa no impacto positivo que seria causado pela adoção deste projeto em todos os trens da companhia (150 trens), levando em consideração as devidas proporções (utilizado médias mensais em valores absolutos), abatendo a economia gerada no custo de energia elétrica e de mão de obra e considerando o acréscimo com compra de materiais mais caros.

OBS. Todos os cálculos aqui mencionados podem ser verificados com mais detalhes em uma planilha do Excel que poderá ser solicitada aos autores através do e-mail.

3.3 – ANÁLISE DE IMPACTO AMBIENTAL

Além das características técnicas e financeiras, vale lembrar que as lâmpadas LEDs oferecem outras vantagens em relação às fluorescentes:

Lâmpadas de LED, segundo a PHILIPS: Esta nova lâmpada não emite calor, raios UV nem infravermelho. Como não contém mercúrio, ela está em total conformidade com a legislação ambiental europeia – sendo uma solução

Planilha de custo tarifário (Estimativa mensal para 2013 em R$)

Mensal atual Economia LED

Energia elétrica de tração 12593000,00 187311,40 12405688,60Salários e encargos sociais 37930000,00 13706,28 37916293,72Materiais 24972,57Custo operacional total 181358000,00 181181954,89Receita liquida 169766000,00 169766000,00Nível de cobertura do custo pela receita 93,61% 93,70%

Tabela 7: Planilha de custo tarifário do Metrô - SP Fonte: Os autores, a partir de dados da Bibliografia



realmente sustentável!

Devemos destacar então a redução na geração de resíduos; como pudemos ver na tabela 3, neste caso as lâmpadas fluorescentes duram apenas 1/3 do tempo de uma lâmpada de LED, e ainda necessitam de um reator para seu funcionamento, além do mercúrio contido em seu interior. Com isso, durante os 4 anos do projeto, geram a mais, aproximadamente:

Devido à grande quantidade de componentes químicos e resíduos eletrônicos altamente prejudiciais ao meio ambiente resultantes da manutenção da iluminação com lâmpadas fluorescentes comuns, é muito importante a destinação correta dos mesmos, para que haja a reciclagem dos materiais. Segundo a Apliquim Brasil Recicle:

Os processos de descontaminação e reciclagem das lâmpadas variam de acordo com o modelo do produto. Basicamente, separam-se os terminais (componentes de alumínio, soquetes plásticos, e estruturas metálicas / eletrônicas), o vidro (em forma de tubo, cilindro ou outro formato), o pó fosfórico (pó branco contido no interior da lâmpada) e, principalmente, o mercúrio, que é extraído e recuperado em seu estado líquido elementar. Todos os processos ocorrem por meio de equipamentos instalados sob circunstâncias especiais e em ambiente controlado, para que não haja fuga de vapores, e a contaminação do ambiente e das pessoas que operam os equipamentos. Posteriormente, os principais subprodutos (alumínio, vidro, soquetes, pó e mercúrio) podem ser reaproveitados.

A OSRAM tem algumas sugestões de empresas para descarte e reciclagem de lâmpadas conforme ANEXO 1.

Geração de resíduos Trens Linha Verde Metrô 150 trens

Bulbos de lâmpadas 13248 86400Reatores 4968 32400Mercúrio (em kg) 21 mg por bulbo 417,31 2721,6

Tabela 8: Geração de resíduos a mais, com o projeto de fluorescentes. (aproximado) Fonte: Os autores, a partir de dados da Bibliografia



4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao analisarmos todos os cenários contidos neste artigo, podemos perceber que existe um ponto de conjunção entre sustentabilidade ambiental e sustentabilidade financeira; Por exemplo, no caso do Metrô – SP estudamos a viabilidade da utilização da iluminação LED. Verificamos que essa aplicação é viável do ponto de vista financeiro e traz uma melhoria significativa do ponto de vista ambiental, visto sua redução no consumo de energia elétrica e geração de resíduos; Uma empresa que busca a sustentabilidade ambiental e aplica métodos de melhoria contínua identifica oportunidades de implementar inovações. E vale ressaltar que neste estudo consideramos apenas os trens do Metrô – SP, de modo que o retorno financeiro poderia ser muito mais significativo caso fosse aplicado também em todas as outras instalações físicas da empresa.

Para que as ações sugeridas tenham os efeitos desejados de forma duradoura, é conveniente que elas estejam alinhadas com a estratégia global da empresa. Uma ferramenta para propiciar esse alinhamento é a utilização do Balanced Scorecards (BSC). Considerando que o Metrô mantém o certificado ISO:14000, nossa proposta deve se encaixar perfeitamente nas estratégias do Metrô – SP em termos de responsabilidade ambiental.

Considerando mais detalhadamente nossa proposta, Podemos apontar como único fato desfavorável à instalação da iluminação de LED o alto custo inicial do projeto, devido a essas lâmpadas serem de uma tecnologia ainda recente em relação às fluorescentes, apesar de concordarmos com o que dizem Kaplan e Norton, (1997, p. 23): Inevitavelmente, quando os executivos são pressionados para produzir um desempenho financeiro regular e excelente no curto prazo, são feitas opções que limitam a busca por investimentos em oportunidades de crescimento. Vale salientar ainda que há uma tendência de redução no custo dessas lâmpadas, o que poderá tornar esse projeto cada vez mais viável do ponto de vista financeiro e acessível às mais variadas aplicações, segundo BLUM, G. para o G1(2014), O preço da lâmpada de led está caindo muito. A cada ano, cai 50%.E também deixamos neste estudo, como ideia para amenizar esse ponto desfavorável, uma maneira de implementação do projeto com esse intuito diferente do modo como são feitos as comparações dos projetos



pelas análises financeiras, ou seja, comparando-os a partir do mesmo ponto de início. Sugerimos fazer com que um projeto vá substituindo o outro de forma gradual, ou seja, em vez de trocar todas as lâmpadas por LED, ir substituindo as fluorescentes que forem chegando ao fim de sua vida útil, até que todas tenham sido substituídas. Assim, além de amenizar o impacto financeiro, se ameniza também o impacto ambiental, utilizando os equipamentos o máximo possível antes de descartá-los, levando em consideração também o que se busca com a ferramenta dos 3R´s.

Visto isso, conforme dados apresentados aqui, podemos afirmar, então, que sim, é viável, de vários pontos de vista, a implementação do projeto com iluminação de LED, principalmente no que diz respeito à sustentabilidade, seja ela o tipo que for, ambiental, financeira e social. E concluímos, então, com uma afirmação pertinente a este estudo, quanto à análise de aderência estratégica, citada por MICHAEL PORTER6.

Normalmente, as companhias têm uma estratégia econômica e uma estratégia de responsabilidade social, e o que elas devem ter é uma estratégia só [...] a empresa seria mais competitiva se cuidasse do meio ambiente [...] Hoje, sabe-se que existe um universo de oportunidades aí.

5. REFERÊNCIAS

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6 PORTER, M. em entrevista a revista EXAME.



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6. ANEXOS

Anexo 1: Sugestões de empresas para descarte e reciclagem de lâmpadas.

PerguntaPara onde eu posso encaminhar as lâmpadas para que sejam recicladas?

RespostaSegue a relação de algumas empresas que realizam este trabalho:

SÃO PAULO

- WPA Ambiental (apenas reciclagem de reatores)Rua Aral, 115 - Jardim do MarCEP 09750-330 - S. Bernardo do Campo - SPUnidade Industrial: Rodovia PR 469, Km 03

Parque Tecnológico IndustrialPato Branco - PRTel.: (0xx11) 4330-1133 / Fax: (0xx11) 4330-0094E-mail: [email protected] Site: www.wpaambiental.com.br

- ApliquimEscritório/Fábrica:



Avenida Irene Karcher, 1201 - BetelCEP 13140-000 - Paulínia - SP - Caixa Postal 170Tel.: (19) 3884-7184 / 3884-8140 / 3884-8141 / Fax: (19) 3884-7562E-mail: [email protected] Site: www.apliquim.com.br

- Naturalis BrasilRua Manuel Lopes, 85 - V. MunicipalCEP 13201-190 - Jundiaí - SPTel: (11) 4521-5645Fax: (11) 4521-2793E-mail: [email protected] Site: www.naturalisbrasil.com.br

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