Iluminismo

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HISTÓRIA ILUMINISMO PROFESSOR: ALUNOS (A): TURMA: 5 DE MARÇO DE 2015 ESCOLA ESTADUAL GOVERNADOR MELO E POVOAS

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ESCOLA ESTADUAL GOVERNADOR MELO E POVOAS

histriaILUMINISMO

PROFESSOR: ALUNOS (A): TURMA:

IluminismoO sculo XVIII assistiu a uma revoluo intelectual de enorme importncia na Histria da Humanidade. A ela foi dado o nome deiluminismooufilosofia das Luzes(na Pennsula Ibrica, recebeu o nome de Ilustrao). Por essa razo, o sculo XVIII tambm conhecido como o Sculo das Luzes.O progresso do pensamento filosfico e dos conhecimentos cientficos durante o sculo XVII despertaria, na centria seguinte, um grande interesse pelos estudos sociais, polticos e econmicos. Mas o fator essencial para o surgimento do iluminismo foi o descontentamento da burguesia com a estrutura vigente.A Inglaterra havia superado o Antigo Regime graas Revoluo Gloriosade 1688. Na Europa Continental, porm, continuava a predominar a estrutura baseada noabsolutismopor direito divino, nomercantilismoe na sociedade de ordens. Ora, em pases como a Frana ou a Alemanha (esta ltima dividida em inmeros Estados), a mesma burguesia, que antes apoiara o fortalecimento do poder real e a interveno do governo na economia, voltava-se agora contra essas prticas. A razo principal para tal mudana de atitude foi a riqueza acumulada pelos burgueses, que os fazia almejar uma participao no governo e nas decises sobre poltica econmica.Basicamente, o iluminismo representou as aspiraes e interesses da burguesia no sculo XVIII. A filosofia iluminista direcionava-se para objetivos prticos, visando reformar as instituies polticas, sociais e econmicas para levar a sociedade humana felicidade. Por isso atacava a intolerncia, os privilgios da nobreza e do clero e, sobretudo, a falta de liberdade.O iluminismo repercutiu em todo o Mundo Ocidental, inclusive nas Amricas. Seu centro irradiador foi a Frana, onde os elementos que embasavam o Antigo Regime passaram a sofrer maior contestao.

Concepes fundamentais do iluminismoAs ideias iluministas caracterizavam-se por alguns princpios fundamentais, a saber: o racionalismo, o naturalismo, o liberalismo, a igualdade perante a lei e o anticlericalismo. Examinemo-los.Oracionalismoconsiste na nfase dada ao uso da razo. Os iluministas rejeitavam o pensamento teolgico,buscando para tudo uma explicao racional. No obstante, afirmavam que a razo somente seria utilizada corretamente se fosse iluminada (ou esclarecida) pelas luzes do conhecimento. Portanto, uma pessoa ignorante no saberia usar a prpria razo. Da a afirmao, recorrente entre os filsofos do perodo, de que o governo seria exercido pela minoria esclarecida (ou seja, pela burguesia).Onaturalismodos iluministas refletia sua crena na perfeio da Natureza. Esta deveria ser imitada pela sociedade humana, dentro da interpretao - feita pelos iluministas - do que seria natural. Assim, da mesma forma que os fenmenos da Natureza so regidos por leis determinadas, tambm as relaes entre os homens deveriam ser reguladas por normas naturais. Encaixa-se nessa linha de pensamento a afirmao de que o homem possui direitos naturais, retomando, nos aspectos poltico e social, o antigo conceito romano de Jus Naturale.Oliberalismo o reconhecimento da liberdade como um direito natural do homem. Essa liberdade se exerceria nos nveis poltico, econmico e intelectual, o que levava os iluministas a condenar o absolutismo, o intervencionismo e a intolerncia. Mas no se tratava de uma liberdade absoluta, sendo limitada pelos valores morais e pelo respeito aos direitos dos demais integrantes do corpo social.Aigualdade dos homens perante a lei. Dentro desse raciocnio, a lei no poderia privilegiar algum com base em seu nascimento ou condio social. Todavia, a igualdade defendida pelos iluministas era apenas civil (ou jurdica), no se estendendo ao plano econmico; e tambm no eliminava o menosprezo que a burguesia sentia em relao s classes populares.Oanticlericalismofoi tambm uma caracterstica do iluminismo. Quase todos os filsofos do perodo eram testas, isto , acreditavam em um Deus criador do Universo. Mas voltavam-se contra a Igreja (especialmente a Igreja Catlica) por dois motivos principais: um era filosfico (a Igreja colocava a f acima da razo); o outro, poltico-ideolgico (a Igreja apoiava o absolutismo, justificando-o pela teoria do direito divino). Havia ainda um argumento de ordem racional: se Deus est presente na Natureza, a Igreja torna-se uma instituio dispensvel. Para o homem cumprir os desgnios divinos, bastaria ter uma vida virtuosa, sem se ater a crenas e rituais.

Principais filsofos iluministasO inglsJohn Locke(1632-1704) considerado o "Pai do Iluminismo". Em seus dois Tratados sobre o governo civil (1690), posicionou-se frontalmente contra o absolutismo, defendendo a ideia de que o governo deve representar os cidados (entendidos como os membros das classes dominantes). Foi ele o primeiro pensador moderno a afirmar serem os indivduos possuidores de certos direitos naturais, que o Estado tem obrigao de respeitar.Os principais filsofos iluministas nasceram na Frana ou viveram nela. Foram eles Voltaire, Montesquieu, Diderot e Rousseau (este ltimo nascido na Sua).

Voltaire(1694-1778) foi o mais destacado representante do iluminismo, graas a seus dotes literrios, que lhe granjearam grande prestgio entre os leitores. Escreveu numerosas peas teatrais, romances, contos e poemas, e em muitos deles veiculou suas ideias. Em 1734, publicou as Cartas Inglesas ou Filosficas, nas quais elogiava as liberdades vigentes na Inglaterra e atacava o absolutismo e a intolerncia. Obrigado a deixar a Frana, nunca mais voltou, vindo a falecer na Sua. Voltaire foi um feroz adversrio da Igreja, sobretudo dos jesutas. At sua morte, exerceu extraordinria influncia, inclusive sobre os setores intelectualizados da aristocracia europeia. Sua obra mais importante o Dicionrio Filosfico (1764).

Diderot(1713-1784), juntamente com o matemticod'Alembert(1717-1783), dirigiu a elaborao da Enciclopdia, obra em 35 volumes, publicados entre 1751 e 1772. Esse trabalho monumental, que contou com cerca de 150 colaboradores, procurou abarcar todos os conhecimentos da poca e, ao mesmo tempo, difundir as concepes iluministas. O governo francs chegou a proibir sua divulgao em duas ocasies, mas em vo.

Montesquieu(1689-1755) publicou em 1748 sua obra maior:O esprito das leis. Nela, estudou as diversas formas de governo, destacando a monarquia parlamentar inglesa. Sua grande contribuio para as ideias polticas foi a teoria da tripartio de poderes, segundo a qual o governo deve ser dividido em Executivo, Legislativo e Judicirio. O equilbrio entre os poderes impediria a tirania e garantiria os direitos e liberdades dos cidados.

Rousseau(1712-1778) constitui um caso parte dentro do iluminismo. Concordava com os pensadores do perodo na defesa da liberdade e na valorizao da Natureza. Mas, ao contrrio dos outros, que eram monarquistas liberais, foi um partidrio ardoroso da democracia. Em seu livro O contrato social, afirmava ser o Estado o representante da vontade geral, isto , da maioria dos cidados (entendidos como o conjunto da sociedade, ou seja, o povo). Portanto, o poder poltico repousaria sobre o povo, que, em ltima anlise, seria a autoridade suprema (esse raciocnio teria grande influncia na fase popular da Revoluo Francesa). Contrariando o racionalismo dos demais iluministas, Rousseau defendia o predomnio dos sentimentos, afirmando que o homem no estado da Natureza bom ("A sociedade o corrompe"); essas ideias colocam-no como precursor do romantismo.Dois outros livros de Rousseau so tambm importantes: Emlio, no qual props uma nova pedagogia, baseada na liberdade do educando, e Discurso sobre a origem da desigualdade, que antecipou os socialistas na crtica propriedade privada.

Os economistasOs pensadores iluministas abordaram sobretudo questes filosficas ou problemas polticos e sociais. Mas uma parcela deles concentrou-se nos estudos econmicos, ficando por isso conhecida pela designao de os economistas. Estes combatiam o mercantilismo, que vinha a sera vertente econmica do Antigo Regime, e defendiam a liberdade econmica (em francs:laissez-faire/ "deixai fazer"). Consideravam a regulamentao exagerada, as tarifas alfandegrias e o excesso de impostos como entraves ao progresso. Para eles, o Estado no deveria intervir na economia, a no ser para garantir a propriedade privada e o livre curso das atividades produtivas. Criticavam igualmente o metalismo mercantilista, mas dividiam-se a respeito do que deveria substituir o ouro como base da riqueza nacional.Os francesesQuesnay,GournayeTurgotafirmavam que a principal atividade produtiva a agricultura, cabendo indstria e ao comrcio um papel secundrio. Segundo eles, a riqueza de cada pas dependeria de sua maior ou menor disponibilidade de recursos naturais. Essa posio valeu-lhes a denominao defisiocratas(partidrios do governo da Natureza).O escocsAdam Smith(1723-1790) concordava com as crticas dos fisiocratas ao mercantilismo e defendia a liberdade econmica. Entretanto, por ter vivenciado a Revoluo Industrial na Inglaterra, divergia dos demais economistas sobre qual seria a base da riqueza, em substituio teoria metalista. Enquanto os fisiocratas valorizavam os recursos naturais, Adam Smith sustentava que o trabalho (entendido como atividade tcnica) era a verdadeira fonte da prosperidade. Suas ideias esto expostas em uma obra essencial, intitulada A riqueza das naes (1765).A economia deveria, pois, fluir livremente e produzir riqueza, guiada apenas por aquilo que Adam Smith chamava de "a mo invisvel", isto , a relao natural existente entre as foras econmicas. Essa formulao terica propiciou, ao economista escocs, o ttulo de "Pai do Liberalismo Econmico".

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