IMAGEM DE LOJA: UM ESTUDO COMPARATIVO · P~RIA DA ROCHA COPPEAD/UFRJ RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL...

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IMAGEM DE LOJA: UM ESTUDO COMPARATIVO Patrícia Carvalho de França TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, COPPEAD/UFRJ, COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÂRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM (M.Sc.). APROVADO POR: Prof. DA ROCHA COPPEAD/UFRJ RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL ABRIL DE 1991 GUIMARÂES ROCHA J

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IMAGEM DE LOJA: UM ESTUDO COMPARATIVO

Patrícia Carvalho de França

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO

E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE

JANEIRO, COPPEAD/UFRJ, COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÂRIOS

PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CI~NCIAS (M.Sc.).

APROVADO POR:

Prof.

P~RIA DA ROCHA COPPEAD/UFRJ

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

ABRIL DE 1991

GUIMARÂES ROCHA J

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ii

Fran~a, Patricia Carvalho de

Imagem de loja: um estudo comparativo. Rio

de Janeiro: COPPEAD/UFRJ, 1991.

XI, 125 p., 29,7 cm.

Tese - Universidade Federal do Rio de

Janei.ro, COPPEAD, Mestrado em Administra~ão.

1- Estratégia de marketing. 2- Varejo.

3- Tese (Mestrado COPPEAD/UFRJ) .

I - Título.

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i i i

A Danilo,

Limeira e

com mui to

carinho.

Marina,

Rejane,

amor e

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iv

., AGRADECIMENTOS

A Kleber Figueiredo pela orienta~io segura e persistente.

A Angela da Rocha pelas importantes sugestões.

A Beatriz Helena Pereira pela ajuda na fase de coleta de

dados e pelas

.~studo .

inómeras e pacientes discuss5es sobre o

A Edson Guimaries Cortes por todo o auxilio na área de

computa~io.

A Lilian Lopes pela revisio cuidadosa e carinhosa.

Aos demais professores e funcionários da COPPEAD que, de

alguma maneira, contribuíram para a realizaçio deste estudo.

A Cadeia de Lojas de Variedades, especialmente ao Diretor de

Compras, que permitiu a realizaçio deste trabalho.

A Limeira, Rejane, Roberta e Fernando, pais e itmios, pela

sabedoria e alegria de viver.

A Dora Henrique da Costa, amiga de muitas viagens.

A Danilo por tudo.

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v

RESUMO DA TESE APRESENTADA A COPPEAD/UFRJ COMO PARTE DOS

REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇ~O DO GRAU DE MESTRE EM

CIÊNCIAS (M.Sc.l.

IMAGEM DE LOJA: UM ESTUDO COMPARATIVO

PATRICIA CARVALHO DE FRANÇA

ABRIL/1991

ORIENTADOR: Prof. KLEBER FOSSATI FIGUEIREDO

Este trabalho procura identificar a imagem de duas

filiais de uma cadeia de lojas de variedades junto aos seus

consumidores, relacionando-a com as; variáveis demográficas,

com o objetivo de avaliar a estratégia de marketing adotada

pelas mesmas e detectar diferen~as e semelhan~as; na

percepção dos consumidores.

A revisão de literatura fornece o embasamento teórico

para a formula~ão das hipóteses e da pergunta de pesquisa.

As pesquis;as; realizadas por diversos autores es;trangeiros

sobre o tema imagem de loja constitui a base para a

defini~ão dos atributos de imagem e das variáveis

demográficas pesquisados.

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vi

Os resultados revelaram diferenças na percepção dos

consumidores das duas filiais principalmente em relação aos

atributos de imagem associadas com aspectos operacionais ou

específicos de cada loja e ao tipo de cliente (cliente

habitual e cliente incerto). De certo modo, detectou-se a

existencia de uma imagem corporativa associada a cadeia de

lojas como um todo, coerente com a estratégia definida pela

empresa.

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vi. i.

ABSTRACT OF THESIS PRESENTED TO ,CDPPEAD/UFRJ AS PARTIAL

FULFILLMENT DF THE REQUIREMENTS FOR THE DEGREE DF MASTER OF

SCIENCE (M.Sc.).

THE IMAGE OF A STDRE: A CDMPARATIVE STUDY

PATRÍCIA CARVALHO DE FRANÇA

APRIL/i99i

CHAIRMAN: Prof. KLEBER FOSSATI FIGUEIREDO

This thesis attempts to identify the customers' image

of two branchas of a chain of stores of miscellaneous

products, and relate that to the demographic variables,

aiming at an evaluation of the marketing strategy adopted by

them, detecting differences and similarities in the

customers' percaption

The bibliographic review providas a theoretical basis

for the formulation of the research hypotheses and qustion.

The investigations carried out by various foreign authors on

the thema 'store image' is the foundation for the definition

of the imaga attributes and of the demographic variables

researched.

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viii

The results revealed differences in the customers'

perception of the two branches specially concerning the

image attributes associated with operational aspects or

specific aspects in each store, and the type of client

(habitual or irregular clientl. In a way. we have detected

the existence of a corporative image associated to the chain

as a whole, in accordance with the strategy defined by the

campany.

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I - INTRODUÇ~O

1. Importância do estudo.

2. Objetivos do estudo ...

3. Delimita~ão do estudo.

4. Organiza~ão do estudo ....

CAPÍTULO 11 - REVIS~O DE LITERATURA

1. O conceito de imagem de loja ...

p.

.2

.7

.8

. .. 9

. .. 12

2. Importância da pesquisa sobre imagem de loja. .22

3. Pesquisas sobre imagem de loja.

4. Resumo ..

CAPÍTULO 111 METODOLOGIA DA PESQUISA

1. Hip6teses e pergunta de pesquisa ....

1.1. Hip6teses.

1.2. Pergunta de pesquisa.

2. Determina~ão da popula~ão e da amostra.

3. Método de coleta de dados ..

4. Elabora~ão do questionário.

5. Trabalho de campo ........ .

6. Codifica~ão e análise dos dados.

7. Métodos estatisticos utilizados.

8. Limita~aes ....

.35

.48

.54

.54

.57

.57

.62

.62

.63

. .65

. .66

. .. 70

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x

CAPiTULO IV - RESULTADOS DA PESQUISA

1. FreqUincia dos atributos de imagem de loja ......... 72

2. Teste de hipótese e pergunta de pesquisa ........... 80

2.1. Teste de hipótese 1 ......................... 80

2.2. Teste de hipótese 2 .............. . . ..... 87

2.3. Pergunta de pesquisa. ................... 92

CAPiTULO V - CONCLUSõES

1. Conclusões ... . ........................... 97

2.Campos de pesquisas futuras ........................ 101

BIBLIOGRAFIA ......................................... 104

ANEXOS

ANEXO I - QUESTIONÁRIO .............................. 116

ANEXO 11 - RESULTADO DAS PERGUNTAS SOBRE

CONHECIMENTO DAS LINHAS DE PRODUTOS VENDIDAS E

LINHAS DE PRODUTOS COMPRADAS PELOS CONSUMIDORES ...... 122

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A REALIDADE E A IMAGEM

(Manuel Bandeira)

o arranha-c6u sobe no ar puro lavado pela chuva

E desce refletido na po~a de lama do pátio.

Entre a realidade e a imagem, no chão seco que as separa,

Quatro pombas passeiam.

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CAPÍTULO I - INTRODUÇ~O

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1. IMPORTaNCIA DO ESTUDO

As forças do macroambiente, de natureza econômica,

política, tecnológica, cultural etc. I modificam-se

constantemente e estas transformações vêm ocorrendo em ritmo

cada vez mais acelerado. Seu caráter incontrolável exige a

busca de adaptação a esses novos contextos por parte das

empresas. O setor varejista, em especial, caracter i za-se

pela necessidade de adequar-se rapidamente às mudanças

ambientais. A teoria de marketing é, portanto, instrumento

fundamental para auxiliar a empresa a atender os novos

hábitos dos consumidores, a enfrentar o mercado a cada dia

mais competitivo e a influenciar e, algumas vezes, modificar

as forças e tendências do macroambiente.

A administração de marketing pode adotar diferentes

tipos de orientação, no que diz respeito às suas relações

com os consumidores. Assim, algumas empresas podem ser

orientadas para o produto, outras possuem orientação para

vendas, enquanto outras podem adotar a filosofia de

marketing em sua administração.

2

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Porter esclarece que:

"Cada empresa que compete em uma ind~stria possui

uma estratégia competitiva, seja ela explícita ou

implícita. Esta estratégia tanto pode ter se

desenvolvido explicitamente por meio de um

processo de planejamento como ter evoluído

implicitamente através das atividades dos vários

departamentos funcionais da empresa." (Porter,

1980, p.14)

Rocha e Christensen, por sua vez, destacam:

" .. a estratégia de marketing é a parte visível da

estratégia empresarial, abrangendo as decisões

sobre a sele~ão do composto produto-mercado e a

forma de competir. A estratégia de marketing é a

face externa da estratégia empresarial." (Rocha,

Christensen, 1987, p.295)

Mas se a estratégia de marketing é a face externa da

estratégia empresarial e reflexo de seu posicionamento, o

consumidor também desempenha papel ativo na implementa~ão

dessa estratégia ao desenvolver uma percep~ão ou imagem que

pode confirmá-la ou não. Procurar conhecer melhor essa

rela~ão "misteriosa" entre empresa (estratégia) e consumidor

3

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(imagem) é fundamental para maior compreensão dos sucessos e

insucessos de uma gerência.

No setor varejista, onde a rela~ão loja/consumidor se

dá de maneira intensa, é enorme o campo de pesquisa nessa

área. Há algum tempo o marketing e o varejo têm se tornado

assunto ou matéria dos meios de comunica~ão, não sendo

difícil encontrar em jornais e revistas, especializadas ou

não, comentários e pesquisas sobre a propaganda no varejo, o

comportamento do consumidor em rela~ão às lojas de

departamento, de variedades etc. No entanto, pouco se tem

feito no meio acadêmico brasileiro para sistematizar o

debate e os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos sobre o

assunto por agincias l empresas e curiosos.

Outra característica do comércio varejista, no Brasil,

é a tendência de curto prazo que predomina em suas

atividades gerenciais.

obriga praticamente

A velocidade com que o mercado muda

a uma administra~ão dia a dia,

dificultando as atividades de planejamento estratégico, de

médio e de longo prazo. Essa característica parece

justificar a importância dada à realiza~ão de pesquisas de

mercado que buscam detectar mudan~as de hábito novos

estilos de vida - dos consumidores finais, antecipando-se

muitas vezes à indústria que assume, cada vez mais, o papel

de executor da produ~ão definida pelo varejista.

Li

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A pesquisa sobre imagem de loja é um dos instrumentos

utilizados pelos administradores do setor varejista para

posicionar sua efnpresa e para medir o SUcesso ou fracasso da

estratégia de marketing implantada. No entanto, esse tipo de

pesquisa nem sempre é muito bem aceito pelas empresas do

setor, já que nem sempre fica claro para os administradores

seus benefícios práticos. May destaca:

"Neste ponto, parece que a tarefa principal não é

convencer os varejistas a . fazer' pesquisa de

imagem} mas sim encorajá-los a 'planejar e

aplicar' pesquisa de imagem como uma parte

integrante de suas estratégias globais." ·(May,

1973, p. i v)

A importância do comércio varejista em nível mundial e

brasileiro é incontestável. Cita-se, Como exemplo, o poder

gerador de empregos e de renda que possui. As estimativas da

Confederação dos Diretores Lojistas, em 1977,

3.320.000 pessoas ligadas direta e indiretamente ao setor e

830.000 lojas em todo o país. Em 1985, o cálculo do total de

empregos no setor varejista brasileiro girava em torno de 6

milhões.

Os dados de 1988, no Br-asil, apontam os seguintes

números em termos de faturamento e funcionários diretamente

alocados no setor de comércio varejista de generalidades,

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constit.uído das lojas de departamento e de utilidades

domésticas:

TABELA l-COMÉRCIO VAREJISTA DE GENERALIDADES - 1988

Faturamento No. de : (Cr$ 1.000.0001 :funcionários

------------·------------------1----------------1------------1. Lojas Americanas 2. Mesbla 3. Commerce 4. Hermes Macedo 5. Casas Pernambucanas 6. Casas Pernambucanas (CEI 7. Mappin 8. Susa 9. Ponto Frio

10. Lojas Brasileiras 11. Casas Pernambucanas (RJI

161,76 155,91 114,11 92,83 87,53 78,32 73,31 67,96 64,37 37,48 34,71

13.737 13.441 8.000

12.170 15.000 11.100 10.497 6.700 4.122 6.500 7.678

------------------------------ ----------------1------------Subtotal 968,29 : 108.845

------------------------------ ----------------1------------Total 1900,00 : 232.577

------------------------------ ----------------1------------Total comércio 8500,00 : 594.207

Fonte: QUEM É QUEM 1989

A importância do setor varejista na economia

brasileira, aI iada a sua susceptibilidade às mudan~as

ambientais, torna cada vez mais necessária a realiza~ão de

estudos que desenvolvam o instrumental de marketing

apropriado h gerªncia dos ne~6cios no varejo.

o comércio e o ato de comprar ocupam um espa~o grande e

consomem bastante tempo da vida dos consumidores e da

sociedade: a propaganda, os meios de comunica~ão, a

indústria e a cidade, enfim, mobilizam-se ou são mobilizados

em torno da venda/compra. Ir às compras geralmente envolve a

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familia, "roupa nova" e está repleto de simbolismos. Nesse

sentido, poderia ser compreendido como um fato social nos

termos do conceito definido por Durkheim:

"é fato social toda maneira de agir fixa ou nio

suscetível de exercer sobre o individuo uma

coerç~o exterior; ou entio ainda, que é geral na

extensio de uma sociedade dada, apresentando uma

existincia pr6pria, independente das manifesta~5es

individuais que possa ter." IDurkheim, 1987, p.ll)

2. OBJETIVOS DO ESTUDO

O presente estudo tem por objetivo identificar a imagem

de duas filiais de uma cadeia de lojas de variedades, lojas

estas localizadas no Município do Rio de Janeiro, junto aos

seus consumidores, relacionando-a com a estratégia implícita

ou explícita adotada pelas mesmas.

Buscar-se-á também relacionar as variáveis demográficas

dos consumidores com a imagem percebida, bem como analisar

os aspectos considerados mais relevantes pelos consumidores

no que se refere à imagem de loja.

Espera-se poder contribuir para o melhor entendimento

das rela~5es existentes entre as empresas de varejo e o

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consumidor. A utiliza~ão de instrumentos de avalia~ão de

estratégias de marketing permite que a empresa consiga

detectar e até mesmo antecipar problemas futuros a tempo de

corrigi-los, tornando-a cada vez mais competitiva.

3. DELIMITAI;:í'\O DO ESTUDO

A empresa analisada iniciou suas atividades em 1929,

contando hoje com mais de 40 filiais espalhadas por todo o

território nacional. Caracteriza-se principalmente pela

venda de produtos de baixo valor unitário e grande variedade

de linhas de produto. Dentro da tipologia das empresas de

varejo, classifica-se como uma loja de variedades.

A pesquisa limitou-se a duas filiais da cadeia de

lojas situadas no Município do Rio de Janeiro,

representat i v·as em termos de volume de vendas e de

características do universo pesquisado.

A estratégia da empresa traduz-se nos compromissos

públicos que assume J a saber: "0 menor preç:oll, "sua

satisfação", umaior variedade ll e IIvocê será ouvidol!.

Os consumidores da loja, para efeito da pesquisa, são

todos aqueles que já apresentaram pelo menos uma experiência

de compra nas respectivas filiais.

8

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Os resultados do estudo estão restritos ao universo

pesquisado e não podem ser generalizados para outras filiais

ou empresas do setor.

4. ORGANIZAÇ~O DO ESTUDO

No capítulo inicial busca-se justificar o tema

escolhido e delimitar o universo do estudo.

No segundo capítulo objetiva-se rever a literatura

existente sobre o tema, destacando-se os conceitos e as

pesquisas realizadas pelos principais teóricos.

O terceiro capítulo aborda a metodologia de pesquisa,

detalhando suas diversas fases.

No quarto capítulo são apresentados os resultados da

pesquisa, oferecendo-se a análise descritiva das variáveis,

os testes de hipóteses e outros procedimentos estatísticos.

O quinto capítulo apresenta as conclusões e sugestões

para pesquisas futuras.

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CAPíTULO 11 - REVIS~O DE LITERATURA

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o objetivo deste capítulo é revisar a literatura sobre

imagem de loja. Em primeiro lugar, será evidenciado o

concei to de imagem, focalizando-se diversas tentativas de

emitir tal conceito.

Em segundo lugar, o capítulo abordará a importância de

se estudar imagem de loja, considerando-a como elemento de

estratégia de posicionamento.

Na seqüencia, serão apresentadas algumas pesquisas que

procuram identificar os atributos que contribuem, na ótica

do consumidor, para a forma<;:ão da imagem de uma loja.

Em quarto lugar, o capítulo focalizará pesquisas que

relacionam os atributos, como percebidos, com as variáveis

demográficas dos consumidores e as variáveis demográficas

específicas do varejo (hábito de compra, freqüencia de

compra, shopping versus loja de rua e situa<;:ão geográfica da

loja) .

Na parte final do capítulo é oferecido um resumo que

encaminha o esquema conceitual deste trabalho, no qual

estarão baseadas as hipóteses e pergunta de pesquisa.

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i. o CONCEITO DE IMAGEM DE LOJA

Nos últimos anos muita aten~ão tem sido dada aos

fatores que podem explicar o sucesso ou o fracasso de

negócios na área varejista. Martineau foi um dos primeiros

teóricos a sugerir que a personalidade ou a imagem de uma

loja pode influir decisivamente no seu desempenho.

(Martineau, 1958) De lá para cá, o conceito de imagem foi

amplamente discutido, sobretudo os atributos que, na mente

dos consumidores, configuram a imagem de determinado

estabelecimento comercial.

o conceito de imagem é muito complexo e constitui

objeto de interesse de diversos saberes, como a Psicologia,

a Semiologia e a Sociologia. A revisão de literatura, no

entanto, restringiu-se ao universo da teoria da

abordando especificamente administra~ão,

pesquisas e

marketing.

teorias relacionados com a

conceitos,

gerência de

Martineau, pioneiro na reali2a~ão de pesquisas sobre

imagem de loja, definiu-a da seguinte maneira:

"Há, de modo muito nítido, uma for~a operativa na

determina .. ão do universo de clientes de uma lOja,

além dos fatores funcionais óbvios como

locali2a~ão, faixa de pre~os e ofertas de

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produtos. Esta for~a é a imagem ou personalidade

da lOja - a maneira segundo a qual a loja é

definida na mente do consumidor, em parte

associada às suas qualidades funcionais e em parte

vinculada a uma aura de atributos psicológicos.

Enquanto o varejista se considera orientado para

valor e qualidade, há uma vasta gama de fatores

intangíveis que também desempenham um papel

crítico no sucesso ou fracasso de sua loja."

(Martineau, 1958, p.47)

A partir desse trabalho, muitas outras pesquisas

significativas foram conduzidas no meio acadêmico e por

empresas do setor varejista sobre motiva~ão de compra,

estilo de vida e variáveis psicográficas (variáveis ligadas

aos aspectos psicológicos do consumidor), o que permitiu,

posteriormente, a expansão de pesquisas para medir variáveis

não demográficas, a fim de explicar a preferência dos

consumidores por uma loja ou outra e, conseqUentemente, o

sucesso ou o fracasso de estratégias de marketing e de

empresas de varejo.

Outro autor, Arons, conceituou imagem de loja como "a

personalidade que a loja mostra a seu p~blico" ou 11 um

complexo de significados e rela~ões que servem para

caracterizar a loja pa,-a o p~blico". (Arons, 1961, p.5)

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Kunkel e Berry, por sua vez, consideram imagem de loja

como "estímulos diferenciadores para refor~o da a~ão

esperada, .. que uma pessoa associa com o ato de fazr compras

em uma determinada loja". (Kunkel; Berry, 1968, p.22)

A defini~ão de Kunkel e Berry, citada, ,"ef lete a

influência das diversas escolas da Psicologia na análise do

comportamento do consumidor. Bayton utiliza os conceitos de

motiva~ão, e aprendizagem para exp I icar o

comportamento de compra dos consumidores, destacando,

py"incipalmente, o conceito de refor~o positivo associado à

gratifica~ão pela escolha de um produto. Afirma o autor:

• r..... • "Uma das conseqUenClas mais importantes do refor~o

contínuo é sua influência no campo de a~ão dos

processos cognitivos, quando a n'ecessidade aparece

novamente. Com refor~o contínuo, o volume de

atividade cognitiva decresce e o indivíduo se

envolve cada vez menos em atividades mentais para

tomar decisões. Isto pode continuar até que, ao

surgir a necessidade, as atividades para

concret i zar o objetivo sejam praticamente

automáticas. Neste ponto, formou-se o hábito."

(Bayton, 1973, p.111)

Vale ressaltar, no conceito de imagem desenvolvido por

Martineau, a dimensão simbólica do consumo, que muitas vezes

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~ãe sobrepõe a aspectos racionais ou razões práticas que

justificam a compra. Rocha, ao discutir o papel desempenhado

pela publicidade na sociedade brasileira, define o "dominio

do consumo II da seguinte maneira:

liDe fato, o dominio do consumo é aquele onde

homens e objetos sio postos em contato. É pelo

consumo e em seu interior que algumas das mais

humanas das práticas encontram espaço de

realizaçio. O dominio do consumo é o da compra, da

venda J das escolhas, dos negócios. É, por

excelência, um negócio humano ... Na esfera do

consumo homens e objetos adquirem sentido,

produzem significações e distinções sociais. Pelo

consumo, os objetos diferenciam-se diferenciando,

num mesmo gesto e por uma série de operações

classificat6rias, os homens entre si. O consumo ~J

no mundo burguls, o palco das diferenças. O que

consumimos são marcas. Objetos que fazem a

presença e/ou auslncia de identidade, visões de

mundo, estilos de vida." (Rocha, 1990, p.67)

Para Oxenfeldt, no entanto, imagem de loja "é mais que

a soma de suas

características e

partes Representa a interaçio entre

inclui (ou é extremámente afetado por)

elementos marginais ... Por isso, considero imagem uma

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combinação de elementos factuais e emocionais". (Oxenfeldt,

1974-1975, p.9)

Quaresma não define explicitamente imagem de loja, mas

a inclui no processo desenvolvido pelo consumidor quando

seleciona uma loja, caracterizando a escolha de loja como um

processo de aprendizagem, isto é, uma das decisões

importantes que os consumidores tomam quando chegam ao ato

final de compra, que envolve quatro grupos de variáveis: (1)

critérios de avalia<;:ão dos consumidores,; (2) características

percebidas das lojas em consideração; (3 ) comparação de

processos; e (4) classificação das lojas segundo graus de

aceitação ou não das mesmas. Nas palavras da autora:

A

"A escolha da loja, então, é vista como um

processo em que o consumidor compara as

características das lojas, como ele as peY'cebe,

com seus critéri.osde avaliação." (Quaresma, 1978,

p.4)

imagem, segundo a autora, é uma representação

coletiva e sociologicamente determinada, o que se contrapõe

às abordagens que "individualizam" o processo de constru<;:ão

da imagem de loja.

A defini<;:ão da autora parece mais pr6xima da tentativa

feita por Doyle e Fenwick quando conceituam imagem de loja:

16

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Ilao invés de uma construf;ão raciónal pode ser visualizada

como a avalia~ão do consumidor acerca de todos os aspectos

relevantes da loja da maneira como são individualmente

percebidos e ponderados". (Doyle; Fenwick, 1974-1975, p.40)

Bolen trouHe uma importante contribui~ão para o tema

quando incorporou o conceito de imagem de loja ao composto

de varejo:

"A personalidade ou imagem de uma loja é parte

integrante do composto de varejo .. Difere dos

outros IlPs", entretanto, uma vez que as outras

partes do composto podem ser mudadas, muito

rapidamente, mas a personalidade da loja é um

conceito de longo prazo que é apreendido pelo

cliente ao longo do tempo." (Bolen, 1978, p.29)

o que faz ou cria a imagem ou personalidade da loja,

segundo Bolen, é um composto de pre~o, pra!;a, promoç:ão,

público-alvo e comportamento do pessoal de venda. A figura a

seguir reproduz as inter-rela~5es das cinco partes do

composto de varejo com o grupo-alvo. o sucesso, para esse

autor, está associado, portanto,à capacidade de avalia~ão

permanente de todos os aspectos, bem como à harmonia entre

as partes e o público-alvo.

1.7

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Figura I

Prüduto

Praça

A imagem de uma loja pode ser afetada pelas imagens

individuais dos seus departamentos. Burstiner sugere ainda

que "a clientela de qualquer empresa do varejo não é função

única da imagem que os consumidores fazem de uma loja

específica, mas também da imagem que fazem de outras lojas".

(Burstiner, 1986, p.536).

Rocha, em sua reflexão sobre o sistema publicitário,

analisa de forma bastante singular a maneira pela qual a

personalidade ou marca de um produto diferencia seus

consumidores. Nesse sentido, o texto transcrito a seguir

pode ser relacionado com o conceito de imagem de loja, uma

vez entendida como a "marca" ou personalidade de uma loja:

'~A forma pela qual as marcas dos produtos

classificam categorias de compradores é uma

i8

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espécie de 'interal;:ão' entre personalidades de

pessoas e 'personalidades' de produtos." (Rocha,

1990, p.72)

E ainda:

UDe fato, a publicidade exerce o papel inequívoco

de classificador. E, com o totetismo, reparte essa

mesma vocal;:ão. Tal como o 'operador totêmico' ela

é a forma de organi2al;:ão do mundo. Ao nomear os

produtos. ao identificá-los e climati2á-Ios, a

publicidade os diferencia e os tra2 para o nosso

mundo. A publicidade individuali2a cada produto

como o passo fundamental para torná-lo

'humano' .. Uma ve2 nomeado, e portanto já sócio da

sociedade humana, a cada

'história de vida', uma

produto se

'identidade' ,

ligam uma

um . clima' I

uma 'personalidade' que o tornam diferente de

qualquer outro. Com isto os produtos diferenciam,

consequentemente, os grupos de consumidores. A

marca, o nome próprio é o primeiro passo,"

(Rocha, 1990, p.108)

Dowling vai mais longe quando sugere que:

"Como a organi2al;:ão atende a vários p~blicos que

apresentam diferentes tipos de interal;:ão com a

19

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empresa, cada grupo provavelmente possui

diferentes imagens de uma empresa em particul~r.

Conseqüentemente a empresa não tem uma imagem; ela

tem m~ltipla imagem." (Dowling, 1988, p.27)

Davidson, Sweeney e Stampfl relacionam imagem de loja e

posicionamento:

como:

"Com efeito 1 os comerciantes, através de um

efetivo posicionamento no mercado, criam um

ambiente para troca ao iniciar, cultivar e manter

a imagem de loja na mente dos consumidores. Em

outras palavras, uma imagem é algo que o cliente

tem, o posicionamento é algo que o comerciante

constrói. 11 (Davidson; Sweeney; Stampf 1, 1975,

p.304)

Segundo os autores, imagem de loja tem sido definida

A personalidade percebida de uma loja.

As percepções, emoções e atitudes que os clientes têm

dos vários atributos da loja.

A avaliação que o cliente faz de importantes

atributos da loja como individualmente percebidos e

ponderados por alguma técnica de pesquisa.

20

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No entanto, os mesmos autores citados definem imagem de

l.oja "como a atitude que os consumidores (ou consumidores de

um segmento específico do mercado) têm acerca de uma loja de

varejo (empresa) relacionada às suas expectativas"

(Davidson; Sweeney; Stampfl, 1975, p.305).

Mazursky e Jacoby propõem uma definição de imagem que

está associada ao processo de desenvolvimento da imagem de

lOja, a saber:

"1. uma cognição e/ou sentimento (ou um conjunto

de cognições e/ou sentimentos);

2. que é (são) inferido(s);

3. tanto a partir de um conjunto de percepções que

estão acontecendo e/ou dados de entrada da memória

ligados a um fenômeno (ou um objeto ou evento tal

como uma loja, um produto, uma liquidação, etc);

4. e que representa o que esse fenômeno significa

para um indivíduo." (Mazursky; Jacoby, 1986,

p . 147)

Como se deduz dos conceitos apresentados, de modo geral

os teóricos não conflitam em suas definições. Alguns, no

entanto, enfatizam os aspectos

fatores

cognitivos

intangíveis,

(aspectos

elementos emocionais e afetivos,

marginais, etc), enquanto outros focalizam o processo de

formação da imagem (processo de aprendizagem e teoria do

21

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reforço-estímulo). Os autores parecem concordar.

esclarece Quaresma, que:

conforme

" .. a imagem de loja não é simplesmente a soma das

dimensões objetivas que um indivíduo associa a uma

loja específica; ao invés disso. a imagem de loja

é uma imagem geral que é mais do que a soma de

suas partes, uma vez que as partes interagem umas

com as outras na mente do consumidor." (Quaresma.,

1978, p.5)

2. IMPORT~NCIA DA PESQUISA SOBRE IMAGEM DE LOJA

o varejo, paralelamente ao desenvolvimento industrial,

tecnológico, cultural e, conseqüentemente, das relações de

mercado, apresentou mudanças significativas ao longo do

tempo. Davidson, Sweeney e Stampfl fazem uma análise

esquemática da evolução do varejo nos Estados Unidos,

destacando os seguintes aspectos em termos de impactos de

curto prazo no setor:

. e.ás.::s.u.er:.r:.aLL'M-..D.: demanda reprimida e b.D.QJJl de construção de

novos espaços de varejo; expansão de lojas, particularmente

filiais de lojas localizadas nas áreas centrais das cidades .

. L~Q: aparecimento do primeiro shopping center planejada,

do primeiro franchise de restaurante de f~s.t=3~ e da

22

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primeira loja de desconto; as mães permanecem em casa como

administradoras do consumo e das compras familiares .

. 1."liill.' os consumidores expressam mais e mais aos vendedores

das lojas seu descontentamento com o nível insatisfatório

dos produtos e servic;:os ofertados; aumenta a liberdade de

compra das minorias, a moda se torna mais livre e cresce a

renda disponível das mulheres trabalhadoras; início da

disseminac;:ão das cadeias nacionais do tipo mal~; crescimento

do número de lojas e das vendas orientadas para o segmento

jovem; b.o.o.lll de construc;:ão no Arizona,

Flórida.

. 1.9.:z.o., retrac;:ão dos distribuidores

Texas, Califórnia e

de gasolina e

transformac;:ão dos postos para o sistema de auto-servic;:o;

busca da conservac;:ão de energia nas lojas através da reduc;:ão

de aquecimento e iluminac;:ão, por exemplo; mais prec;:os

promocionais 1 particularmente em lojas de departamento;

maior atenc;:ão à construc;:ão do ambiente e reforma das lojas;

surgimento da ênfase no design. de vár.ias categorias de

produto; abertura de loja por períodos mais longas,

inclusive aos domingos; crescimento do espac;:o total do

varejo na maioria dos mercados; expansão geográfica nos

mercados secundários; dificuldade de encontrar nova

localizac;:ão; expansão das vendas em func;:ão da

competitividade e não do crescimento do mercado; pressão por

uma participac;:ão no mercado das lojas convencionais.

. 19EQ, reestruturac;:ão das oportunidades de localizac;:ão;

rápida resposta à mudanc;:a de prec;:os pelos varejistas

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tradicionais e pressão sobre os fornecedof"es para obtenção

de mercador ias a preços mai s bai xos (o.f"f=J..c.e.); conf I i to de

canais de distribuição, abandono 'de determinadas linhas

pelas lojas tradicionais; varejistas começam a

planejamento financeiro e programa de marketing,

integrar

buscando

obter resultados financeiros. (Davidson; Sweeney; Stampfl,

1975)

Em termos de longo prazo, os anos 80 mostram uma

tendência para orientação no marketing em detrimento da

orientação para produto, com o crescimento de estratégias

que pensam em produto e serviço.

o movimento do varejo no Brasil, particUlarmente nas

regiões Sul e Sudeste, apresenta algumas semelhanças com o

dos Estados Unidos. É nessas regiões que se encontram um

maior nível de renda e características de desenvolvimento

industrial e de mercado mais próximas daquela realidade.

o comércio é uma atividade que chegou ao Brasil

juntamente com seu descobrimento. As primeiras casas

comerciais e a propaganda nos jornais, segundo Gimpel,

surgiram apenas no Segundo Império. (Gimpel, 1980) Em 1871,

foi fundada a Casa Masson. As Casas Pernambucanas, a Mesbla

e as Lojas Americanas datam de 1906, 1912 e 1929,

respectivamente.

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No Brasil,o primeiro shopping center surgiu apenas em

1966 (o Shopping Center Iguatemi, em São Paulo). Existem

hOje mais de 30 em todo o país. No entanto, nos Estados

Unidos totalizam atualmente mais de 27.000 shopping centers,

o que torna evidente o diferente grau de desenvolvimento

dessa atividade nos dois países.

Vale destacar que aproximadamente 90% dos shopping

centers americanos são do tipo vizinhança ou de comunidade,

enquanto no Brasil apresentam, em sua maioria, área superior

a 20.000 Os shopping centers estão localizados

basicamente nas regiões Sul e Sudeste, responsáveis por

cerca de 84% da renda gerada pelo setor. Esses dados,

portanto, parecem fundamentar a afirmação de que o Sul e

Sudeste do país apresentam características ou grau de

sofisticação do setor varejista mais compatíveis com os dos

Estados Unidos.

No entanto, a diferença na dimensão do varejo entre os

dois países, associada ao fato de que grande parte das

pesquisas realizadas sobre o assunto toma como base a

realidade dos países desenvolvidos, torna indispensável a

realização de estudos fundamentados no mercado consumidor

brasileiro, que se encontra em um estágio de desenvolvimento

manos avan~ado que o norte-americano, embora em algumas

regiões brasileiras já se verifique estágio relativamente

comparável àquele.

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De certo . modo, as mudan~as no comportamento do

consumidor vêm sendo acompanhadas também por uma nova

postura gerencial do setor varejista. Essa nova postura

parece clara quando se constata a ênfase dada na literatura

ao planejamento estratégico no varejo, bem como à

profissionaliza~ão do seu corpo gerencial.

Wortzel, analisando o comportamento do consumidor em

rela~ão ao varejo, declara que:

I'Para o consumidor dos anos 70, a imagem de uma

loja se agregava ao valor do produto e, muitas

vezes, justificava pagar um pre~o mais elevado.

Isto não acontece mais hoje com os compradores

mais esclarecidos que separam o valor da

mercadoria em dois componentes: as características

do produto e os benefícios eservi~os adicionais

oferecidos pela loja. Eles distinguem

inerente ao produto e que, portanto,

o que é

pode ser

obtido em qualquer outra loja e aquilo que a loja

específica adiciona à mercadoria. Comparam

usualmente lojas da mesma forma como escolhem

marcas." (Wortzel, 1987, p.47)

Em 1890, Marx, quando analisou o processo de produ~ão

do capital, j~ afirmava que:

26

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"Há uma relação física entre coisas físicas. Mas,

a forma mercadoria e a relação de valor entre os

produtos de trabalho, a qual caracteriza essa

forma, nada tim a ver com a natureza física desses

produtos nem

decorrentes.

com as relações materiais dela

Uma relação social definida,

estabelecida entre os homens, assume a forma

fantasmagórica de uma relação entre coisas. Para

encontrar um símile, temos de recorrer à região

nebulosa da crença. Ai. os produtos do cérebro

humano parecem dotados de vida própria,

autônomas que mantêm relações entre si

figuras

e com os

seres humanos. É o que ocorre com os produtos da

mão humana, no mundo das mercadorias. Chamo a isto

de fetichismo, que está sempre grudado aos

produtos do trabalho, quando são gerados como

mercadorias. É inseparável da produção de

mercadorias." (Marx, 1989, p.811

Rosenbloom, em artigo sobre planejamento estratégico no

varejo, discute as vantagens da implementação do

planejamento estratégico e aborda as dificuldades culturais

e operacionais relacionadas com as características próprias

do setor, destacando a afirmação de Becker,que reforça a

necessidade de mudança no comportamento ou no estilo de

gerência:

2"1

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"A maior parte dos lojistas não pensa

estrategicamente; são orientados para a a~ão

buscando resultados efetivos a curto prazo. Não há

engajamento da gerência com o planejamento

estratégico. Na maior parte, mas não na

totalidade, o tempo da alta gerência é usado

inadequadamente. Freqüentemente, é usado para

apagar fogo' das crises de curto prazo que

normalmente afetam

(Becker, 1977, p.107)

as atividades gerenciais."

Certamente esses elementos, aliados à sofistica~ão ou

ao aumento da competitividade do mercado,

setor varejista a adotar novas estratégias.

vêm for~ando o

Outros autores, Davidson, Sweeney e Stampfl, confirmam

essa tendência quando dizemm que:

"O mercado dos anos 80 é intensaCT\ente competitivo

e desordenado, com boa parte das empresas

engajadas em uma concorrência i.n.t..erUp..E!. .

Varejistas que empregaram uma estratégia de

posicionamento e se esfor~aram para sair dessa

confusão através da cria~ão de imagem própria e de

acordo com as expectativas dos clientes tiveram

uma oportunidade melhor de se tornar de forma

2B

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nítida a primeira op~ão para os consumidores do

público-alvo definido." (Davidson; Sweeney;

Stampfl, 1975, p.305l

Em fun~ão das mudan~as aceleradas no mercado, os

autores acreditam que os gerentes do varejo são for~ados a

encontrar um diferencial competitivo, a criar um nicho de

mercado que possa ser ocupado competitivamente a custos

baixos e por um longo período de tempo. E a estratégia para

identificar oportunidades, desenvolver e manter o nicho no

Um dos instrumentos utilizados pelos varejistas para

formular sua estratégia de mercado é a pesquisa sobre imagem

de loja, uma vez que ela permite conhecer os fatores

considerados importantes pelos consumidores na decisão de

compra de produtos específicos,

consumidores desses

competidores.

fatores em

bem como a percep~ão dos

rela~ão aos diversos

May refor~a esse argumento quando declara que:

"O objetivo de ser tudo para todos que por muito

tempo foi estabelecido não é mais possível no

mercado dos dias de hoje. A loja precisa decidir

que segmentos do mercado ela está servindo, ou

deseja servir, e aparelhar a loja para atender às

29

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Hildebrandt propõe que a pesquisa sobre imagem de loja

seja utilizada para avaliar a performance de empresas do

varejo, conforme transcrição a seguir:

'IAté agora, estudos sobre consumidor, indústria e

negócios no varejo necessitam de dados sobre o

consumidor específico. A avalia~ão do consumidor é

representada nos modelos através do julgamento dos

gerentes ou outras formas indiretas de medi~ão.

Neste estudo, a análise da avaliação do consumidor

sobre os fa.tores chaves é proposta. Uma amostra

representativa de famílias é usada para testar o

modelo de avaliação de imagem de loja que capta a

percepção dos consumidores sobre variáveis

estratégicas como nível de qualidade e preço."

Hildebrandt, 1988, p.91l

o conhecimento da imagem de loja permite maior

avaliação do planejamento estratégico adotado. O composto de

varejo e a parte central do planejamento estratégico.

Segundo Davidson, Sweeney e Stampfl, a estratégia de varejo

poderia ser esquematizada no seguinte diagrama:

3J.

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necessidades dos consumidores. Ser o certo para

consumidores específicos transforma-se numa meta

aceitável e atingível. Descobrir quem são os

consumidores, o que é certo e como manter e

sustentar essa imagem é essencial para o sucesso

do varejo, hoj e e no futuro."

p.19)

A imagem, esclarece Doyle e Fenwick,

significativo na atração exercida pela

(May, 1974-1975,

tem um impacto

loja sobre os

consumidores e, de modo mais específico, pode-se afirmar que

se reuniu bastante evidência de que os consumidores procuram

lojas cujas imagens são congruentes com suas auto-imagens.

(Doyle; Fenwick, 1974-1975)

Desse modo, e como o próprio Martineau havia

assim salientado, nenhuma loja pode ser tudo para todos;

como nas marcas, é necessário segmentar o mercado e procurar

desenvolver uma imagem coerente com as necessidades do

grupo-alvo da loja:

" .. D i fel-entes classes e diferentes tipos de

comprador têm diferentes perspectivas a respeito

do mundo e diferentes modos de vida. Cada segmento

do mercado procura diferentes ênfases."

(Martineau, 1958, p.50)

30

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Variáveis do

COMPOsto de varejo

Facilidades

físicas

Mercadoria

!Teço

Pro"oç1(o

Serviços

Ol'!/ani zaçi(o e pessoal

CoMpetição

I I Pro f.'atoa Se9"'ento-

alvo "arketing

* (Davidson; Sweeney; StaMpfl, 1975)

I

Expectativas dos

consuMidores

Conveniência eM terMOs de local e teMpo

AtMOsfera

da loja

Mercadoria

InfOrMação e interação

Serviços

32

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Os autores entendem as variáveis relativas às

expectativas dos consumidores, que são aquelas que formam a

imagem de loja, como:

C.~.e.oi.ên.c .. i.a._eJlI __ t..e.r~..de_~=J3.l.._.e._t.eJlIJ?.o.: no que diz r esp e i to

a local., os consumidores preferem fazer compras perto de

suas casaSj em termos de conveniência de tempo, quatro

aspectos precisam ser considerados: o tempo de viagem entre

a loja e a casa, os dias e horas de funcionamento J o

consumidor com pouco tempo disponível e o consumidor com

excesso de tempo.

A.t.roos..ie.r::.a __ dõLJ...o.ia: o consumidor precisa se sentir em casa, a

atmosfera deve ser adequada ao consumidor e coerente com

seu estilo de vida.

a mais complexa expectativa do consumidor.

Primeiro, o consumidor espera encontrar variedade ou

sortiment.o de mercadorias que seja coerente com suas

intenc;:ões de compra ou preferências. Segundo, o consumidor

espera encontrar não só variedade de tipos de mercadoria,

mas também variedade em termos de cor, marcas, estilos,

modelos e tamanhos para cada linha de mercadoria.

Er:.e..c;:.o. : os consumidores, quando decidem realizar uma compra,

esperam encontrar um leque de prec;:os aceitáveis. Para

algumas linhas de produto, o prec;:o é extremamente importante

na escolha da loja a ser visitada, particularmente para

aqueles produtos que representam um alto desembolso

financeiro em termos de prec;:o unitário ou de freqüência de

compra. Os consumidores, geralmente, esperam encontrar um

3,J

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preço competitivo, não necessariamente o menor preço ou a

loja com a menor estrutura de preço. Nos anos 80, os

consumidores são particularmente mais sensíveis ao conceito

de valor, isto é, qualidade recebida por centavo

desembolsado.

l.n.f.JJLroa.r;:.ã.cLE-. i nterol.l;;.ã.o_.d.o_-p..es.s.oa.l..: os consum idores esperam

qu.e a loja ofereça informações apropriadas sobre o produto,

suas características e modos de usá-lo. A propaganda e

outras formas de comunicação não pessoais podem contribuir

para informar o público sobre variedade, sortimento, preço e

personalidade da loja. Além de informações sobre produto, os

consumidores também desejam informações sobre os serviços

oferecidos pela loja (compra de produtos particulares,

alternativas de pagamento, garantias, entre outros). Os

consumidores possuem ainda expectativas sobre a qualidade do

atendimento, assim como do relacionamento que se estabelece

entre consumidor e demais funcionários da loja.

5.e.r.:..\l.iJ;;o.s.: os consumidores esperam que o varejo ofereça uma

variedade de serviços relacionados com o produto e a

transação de compra, tais como financiamento, entrega de

produto e instalação de equipamento, cartões de crédito,

variedade e sortimento de produtos, etc.

,34

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3. PESQUISAS SOBRE IMAGEM DE LOJA

As pesquisas sobre imagem de loja envolvem basicamente

quatro grupos de variáveis.

seguir:

, . , UARIAUEIS DEMOGRAFICAS:

· idade .sexo • T·a{::d. · f"to'nda • o(;u'Pa~.ãO . . resld ~(;ài , . . taMan 10 a faMllla · (: I asse süe i aI .nível educacional, etc

É o que mostra a figura a

Figura III

N

DIMEllSOES DA JIIMGD'I DE LOJA

UARIÁVEIS RELACIONADAS COM O UAREJO: · fr·.qüênc i a d. COMPr·a · ti po q. co(;pra eM loja ,sp~clfica .s~burbio versus centro · h1bi to de COMpn, ver·s~s sltuapão dE' COMpr'a, etc

UARIÁVEIS PSICOGRÁFICAS

Sobre as variáveis demográficas, a pesquisadora May foi

quem melhor definiu e estabeleceu sua importância no âmbito

da pesquisa sobre imagem de loja. Em estudo desenvolvido

para determinar a imagem de uma loja de departamento e de

outras três lojas líderes localizadas em uma grande área

metropolitana nos Estados Unidos, a autora destaca:

"A empresa reúne previamente os perfis

demográficos gerais e os perfis demográficos

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específicos do varejo dos seus clientes. (Deve ser

notado que o termo cliente diz respeito àquele que

efetivamente compra na loja em análise, enquanto o

termo consumidor se aplica a qualquer comprador

residente na área, independentemente dele comprar

ou nio na loja especifica.) Os dados demográficos

se referem a idade, sexo, raça, renda J ocupação,

residência etc. i as variáveis demográficas

específicas do varejo incluem a freqüência de

compra na l.oja d.e departamento, tipo de compra

y·ea li zada em lojas especializadas e compras

realizadas no subúrbio versus centro da

do cidade ... Na fase do estudo que trata

consumidor, os dados demográficos e demográficos

especificos do varejo sio coletados a fim de se

determinar se há ou nio diferen~as significativas

entre clientes e consumidores e, caso positivo,

quais são essas

informaçio adicional

diferen~as .. Posteriormente,

é coletada para ampliar os

dados demográficos específicos do varejo de modo a

incluir um número maior de situações de compra.

Cada uma das situa~ões de compra é apresentada aos

entrevistados para determinar suas reações às

diversas lojas em distintas ocasiões de compra."

( Ma y, 197 i. P. 7)

36

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Em rela~io ao segundo grupo de variáveis, May publicou

um dos raros ty"abalhos sobre variáveis psicográficas em

imagem de loja de departamento. A autora aponta O número

reduzido de estudos com essa abordagem, que, na sua maioria,

sio realizados fora do varejo:

" .. A maior parte dos poucos trabalhos disponíveis

sobre variáveis psicográficas diz respeito ao

marketing de produtos específicos e nio ao varejo

como um todo." (May, 1971, p,2l

Para a autora, o termo psicográfico "tem sido definido

como as rea~ões psicológicas e emocionais do consumidor" ou

"as psicográficas objetivam descrever o indivíduo com base

que sio críticas para explicar o naquelas variáveis

comportamento e a forma~io de atitudes". (May, 1971, p.1l

No âmbito do varejo, May define psicográficas como:

" .. as rea~ões psicológicas e emocionais do

consumidor ao comprar ou as variáveis que são

críticas para a explica~io do comportamento e das

atitudes dos que fazem

p 1)

·compras'.II. (May, 1971,

Demby, tentando responder por que as pequisas sobre

variáveis psicográficas passaram a atrair aten~ões, afirma:

37

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"Eu poderia sugerir que estamos ficando cônscios

de que os instrumentos de pesquisa que temos usado

até agora estão se tornando progressivamente

inadequados em face das transforma~ões do mundo

atual ... O impacto dessas mudan~as afeta as

necessidades médias das pessoas, suas atitudes, o

comportamento dos consumidores e,

clima social global." (Demby, 19701

sem dúvida, o

May menciona, também, que

apresenta a seguinte defini~ão para variáveis demográficas:

"As variávei.s psicográficas medem os valores,

atitudes e estilos de vida do público comprador.

Elas superam índices, que medem pessoas que vêem

uma propaganda, e variáveis demográficas, que

classificam as pessoas em idade e renda, entre

outras coisas." (May, 1971, p.41

Duas pesqu,i sas realizadas para tese de doutorado

merecem destaque. A primeira, conduzida por Isaacson, em que

algumas variáveis psicográficas foram incluídas, consistiu

na aplica~ão de questionário auto-administrado que pedia

para o respondente concordar ou discordar das situa~ões

descritas. As trinta situa~ões ou fatores descritos se

combinavam para formar os cinco atributos psicológicos de

cada respondente.

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Os resultados da pesquisa, noentanto.nio permitiram

identificar qualquer relac;:io

variáveis psicológicas e os

significativa

hábitos de

entre

compra

as

dos

respondentes. Isaacson concluiu que "a análise das respostas

a estas afirmac;:ões ajudaram a ampliar ou explicar os

resultados, mas adicionaram muito poucas novidades à área da

pesquisa de comportamento do consumidor". (Isaacson, 1964)

O segundo estudo, realizado por Wyckham, enumera seis

áreas em que pesquisadores encontram problemas relativos à

mensurac;:io de atitudes de consumo, a saber:

"A. Engano ou racionalizac;:io por assunto.

B. Respostas por assunto, as quais se propõem a

ser atitudes mas que na verdade sio apenas

respostas ao instrumento.

c. A influência do processo de medida sobre o

objeto da medic;:io.

D. A formac;:io de retratos distorcidos da estrLltura

de atitudes pelo seu enquadramento em escalas .

E. A discrepância entre atitude e comportamento

previstos e comportamento observado.

F. Interac;:io de atitudes e outros fatores que

influenciam o comportamento." (Wyckham, 1967)

39

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Wyckham conclui ainda que estudos sobre atitudes de

consumo precisam considerar três aspectos:

"1. Medir atitudes é dificil.

2. Torna-se necessário empregar métodos indiretos

ao invés de métodos diretos de medi~ão.

3. A medi~ão de atitudes é apenas um dentre os

fatores empregados para' previsão de

comportamentos." (Wyckham, 1967)

A pesquisa incluiu cinco variáveis psicográficas

relacionadas com as sensa~ões ou sentimentos sobre o ato de

fazer compras e as sensa~ões gerais dos respondentes. As

cinco variiveis

semântico.

foram testadas através de diferencial

Os resultados apontaram para diferen~as de

comportamento e de imagem de loja entre os consumidores que

gostam de comprar e aqueles que não gostam de fazer compras.

O autor destaca ainda a importância de serem adotadas a~ões

diferenciadas para cada um dos grupbs.

May conduziu pesquisa em uma grande área metropolitana,

realizando quinhentas entrevistas nas residências

selecionadas. Para cada dimensão foi apresentada uma escala

com sete pontos, utilizando-se o diferencial semântico de

Osgood. Os dados obtidos apontaram que:

LI· O

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liA análise indicou uma conclusão muito importante

relacionada com o uso variáveis psicográficas nas

lojas de departamento_ A consistência do

aparecimento de três grupos ( cl..u.s.t.eLs_) --PREÇO,

DESCONTRAÇ~O e AUTOCONFIANÇA-- e a consistência do

conteúdo interno de cada um desses grupos indicam

que as pesquisas que venham a se concentrar em uma

dessas dimensões poderão chegar a conclusões muito

significativas_" (May, 1971, p_81l

Segundo May, o que faz a imagem de loja é um grupo de

dimensões cuja presen~a e importância variam de loja para

loja_ A afirma~ão da autora transcrita a seguir deixa claro

que a imagem de uma. loja não é definida de maneira isolada,

mas está estreitamente relacionada com a dos competidores;

al.ém disso, destaca a complexidade com que o varejista se

defronta para conceituá-la e mensurá-la:

"Quando um varej ist_a se engaja numa pesquisa de

imagem, ele decobre não apenas a imagem dominante

de sua própria loja, mas também a de seus

competidores_ Uma imagem, ele apreende, é composta

de muitas coisas diferentes: algumas tangíveis,

outras intangíveis; algumas mensuráveis, outras

não; algumas significativas, outras não; algumas

susceptíveis de altera~ão, outras imutáveis, As

dimensões que formam a imagem de uma determinada

41

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loja podem não ser as mesmas que explicam a imagem

de suas competidoras. Ainda mais, as dimensões que

os compradores consideram importantes numa loja

podem ser classificadas por eles como menos

relevantes ao examinar as lOjas competidoras. O

conhecimento da importância relativa das diversas

dimensões de uma imagem, bem como 9 conhecimento

de que dimensões a formam constituem uma nova e

valiosa informa~ão básica colocada à disposi~ão

do gerente sobre o seu neg6cio." (May, 1975, p.19)

Quando Martineau conceituou pela primeira vez imagem de

loja, quatro dimensões ou elementos formadores da imagem

foram descritos: leiaute e arquitetura, símbolos e cores,

propaganda e pessoal de venda. (Martineau, 1958)

Kunkel e Berry afirmam que a primeira decisão sobre a

dimensão específica de uma imagem diz respeito ao fato de

ela fazer parte de um "grupo". (Kunkel; Berry, 1968)

Os autores adotaram doze dimensões, abaixo

relacionadas:

pre~o do produto;

qualidade do produto;

sortimento do produto;

moda;

pessoal de venda;

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conveniência da localização,

outros fatores de conveniência,

servi~osi

promoção de vendas,

propaganda,

atmosfera da loja,

reputação sobre assistência.

Cada dimensão de loja contém até sete atributos,

totalizando quarenta e três. A quantidade de atributos de

cada dimensão foi determinada a partir da necessidade de

distinção dos componentes de cada dimensão. Assim, por

exemplo, a dimensão atmosfera da loja apresentou o maior

número de atributos (sete), a saber: leiaute da loja não

relacionado com conveniência, decoração externa e interna da

loja, display de mercadorias, tipo de consumidor, congestão,

produtos para presente, exceto com relação à qualidade,

sortimento ou atualidade (moda) das mercadorias, e prestígio

da loja.

Outros autores, Kelly e Stephenson, agruparam os

atributos em oito dimensões, que apresentam de três a seis

atributos, num total de trinta e cinco, a saber:

características gerais da empresa,

características físicas da loja,

conveniência de chegar à loja a partir da localização

da consumidor,

43

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produtos oferecidos;

pre~os cobrados pela loja;

pessoal da loja;

propaganda da loja;

seus amigos e a "loja. (Kelly; Stephenson, 1967)

Wyckham, em sua disserta~io de doutorado, nio agrupou

os atributos previamente, adotando em sua pesguisa trinta

atributos de imagem. Em sua conclusões, no entanto, guatro

dimensões são destacadas:

adegua~io da mercadoria.;

pessoal de vendas;

adegua~io da loja;

conveniência da localiza~io. (Wyckham, 1967)

o pesquisador Oxenfeldt propõe uma lista de

características de loja a serem medidas e relacionadas com

os diversos segmentos de clientes:

1. Fatores tangíveis

a) pesquisa de gualidade dos itens da linha que oferecem

melhor valor;

b) amplitude do sortimento.;

c) profundidade;

d) quantidade mínima de produtos gue nio constem no

estoque;

e) estilo corrente;

f) rapidez no atendimento de pedidos especiais;

44

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g) crédito)

h) suficiente ajuda na compra)

i) r ap i dez do c.be.c..k.o.ut.;

j) facilidade de devoluções/reparos, etc.

2. Fatores intangíveis que representam benefícios

substantivos

a) relações cordiais com o pessoal;

b) prazer;

c) familiaridade;

d) crença;

e) ajuda;

f) gratificação do ego por ser admirada;

g) limpeza.

3. Fantasias

a) lias melhores pessoas compram lá ll;

b) "conhecida como a melhor loja";

c) Ilvocê vai encontrar pessoas fascinantes quando for

comprar na loja". (Oxenfeldt, 1974-1975)

May, em seu trabalho de pesquisa, considerou seis

dimensões de loja e quarenta e dois atributos:

mercadoria-preço;

serviç:o;

conveniência;

atmosfera;

propaganda-display;

geral. (May, 1971)

45

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A autora observa que:

"Para evitar que os respondentes sejam levados a

refletir sobre uma área específica, essas

categorias não são explicitadas nos questionários

quer seja para os gerentes quer seja para os

consumidores. o grupamento tem sido usado,

entretanto, para a análise e apresentação dos

resultados." (May, 1971, p.201

De certa maneira os autores reconhecem que a quantidade

de atributos ou fatores de imagem de loja pesquisados

depende basicamente da criatividade do autor. Lindquist,

compilando os estudos de vinte e seis teóricos, resumiu as

várias dimensões em nove grandes grupos:

1. M.e.r:.t:.a.do.r:.i.a.: qualidade, seleção ou sortimento, estilo

ou moda, garantias e preços.

2. 8.e.r:.Y.Í-r;o. : serviços em geral, serviços de venda,

presença de auto-serviço, facilidade na devolução de

mercadorias, serviços de entrega e políticas de vendas

a crédito ..

3. Cl.i.en.l:..e.la: atratividade por classe social,

congl-uência da auto-imagem e pessoal de vendas.

4.

condicionado, toaletes,

elevadores,

leiaute da

iluminaç:ão, ar

loja, lugar de

passagem e largura, carpetes e arquitetura.

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5. CJ:iny.eniên.c:..i.a; conveniência em geral, conveniência da

localiza~ão e estacionamento.

6. P..r.:o=ão. : promo~ão de vendas, propaganda, displays,

cupons, símbolos e cores.

7. sensa~ão de calor humano,

aceita,ão ou tranqüilidade.

8. EaiQ1:.es ____ .--1.ns.U.t.w:..ion.a.i.s. : proje~ão moderna-

conservadora, atributos de reputa,ão e confiabilidade.

9. S.at..i.s.f_alô:.ã~....PJts.=.t.r-"lo..s.at;;.ão.: mercadorias sem defeitos,

ajustamentos e satisfa,ão f ina I ..

(Lindquist, 1974-1975)

Burstiner agrupa os fatores que contribuem para a

forma,ão da imagem de loja por parte do consumidor em quaty·o

grupos: (1) características da loja; (2 ) atributos das

mercadorias e servi,os; (3) atividades promocionais; e (4)

características dos consumidores. (Burstiner, 1986) Os

fatores que compõem esses grupos são: propaganda, clientela,

decora,ão, displays, leiaute, localiza,ão, mercadoria

(sortimento, qualidade, marcas) , facilidades de

estacionamento, características físicas, níveis de pre,os,

pessoal de vendas (disponibilidade, competência, cortesia)

etc), servi,os oferecidos, sinaliza,ão, tamanho da loja,

atmosfera da loja, horário de funcionamento da loja,

políticas da loja (crédito, devolu,ões e ajustamentos, etc)

e eventos especiais (exposi~ões, vendas, promo~ões, etc).

47

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Os principais problemas apontados pelos pesquisadores

em rela~ão aos trabalhos e estudos realizados são:

a maioria dos estudos generalizou os atributos que comp5em

a imagem de loja, enquanto poucos tentaram determinar os

atributos mais importantes quando da escolha de loja pelo

consumidor;

- poucos estudos avaliaram a confiabilidade e validade dos

atributos que definem a imagem de loja entre as diferentes

lojas e mercados ou em rela~ão aos intrumentos de medida;

- a maioria dos estudos foi conduzida como projeto piloto e r

portanto, poucos foram repetidos em diferentes situa~5es ou

momentos.

4. RESUMO

Este capítulo apresentou inicialmente diversas

tentativas de definir imagem de loja e mostrou a importância

de serem realizadas pesquisas sobre o tema. O núcleo do

capítulo consistiu no relato de pesquisas sobre imagem de

loja, as quais evidenciaram as dimens5es e os atributos que

serão analisados.

É apresentado a seguir o resumo da pesquisa realizada

por Lindquist, permite identificar os atributos

pesquisados ou apenas enunciados por diversos autores.

(Lindquist, 1974-1975)

48

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Dimensões

Mercadoria

Servi<;:o

QUADRO-RESUMO DAS DIMENSõES E ATRIBUTOS

PESQUISADOS POR VINTE E CINCO AUTORES ...

Atributos

Qualidade

Sele<;:ão/Sortimento

Estilo/Moda

Garantia

Pre<;:o

Servi<;:o geral

Pessoal de vendas

Auto-servic;o

Facilidade de devolu<;:ão

Crédito

Pesquisadores

Rich;Martineau;Arons; Rich e Portis;Kunkel e Berry;Tillman;Kelly e Stephenson;Fisk;May; Wyckham

Rich;Martineau;Arons; Bucklin;Alderson e Sessions;Rich e Portis;Kunkel e Berry;Tillman;Kelly e Stephenson;Fisk;May

Martineau;Arons;Rich e Portis;Myers;Rachman e Kemp;Kunkel e Berry; May

Bucklin

Rich;Martineau;Arons; Bucklin;Rich e Portis; Rachman e Kemp;Kunkel e Berry;Kelly e Stephenson;Fisk;May

Rich;Martineau;Arons; Bucklin;Myers;Kunkel e Berry;Fisk

Rich;Martineau;Rich e Portis;Myers;Tillman; Fisk;May

Rich

Rich;Martineau;Rich e Portis;Rachman e Kemp; Kunkel e Berry;May

Rich;Martineau; Bucklin;Rich e Portis; Fisk;May

.... As obras' dos autores citados no quadro encontram-se referenciadas na Bibliografia.

49

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Clientela

Facili.dades físicas

Conveniência

Promo<;:ão

Entrega

Pedidos por telefone

Classe social

Congruência auto-imagem

Pessoal da loja

(continua<;:ão)

Rich;Rich e Portis; Fisk;May

Rich;Rich e Portis;May

Martineau;McCann; Wingate;Fisk;Weale

Martineau;Kelly e Stephenson;May

Martineau;Rich e Portis,kunkel e Berry, Ti 11 man , Ke 11 y e Stephenson,Wyckham

Facilidades físicas Martineau,Kelly e Stephenson

Leiaute

Conforto

Arquitetura

Conveniência

Localiza<;:ão/ Conveniência

Estacionamento

Liquida<;:ão

Propaganda/Display

Propaganda

Rich,Martineau,Rich e Portis;KelJ.y e Stephenson,Fisk,May

Bucklin,Fisk

Mar'tineau

Kunkel e Berry,May

Rich,Martineau, Alderson e Sessions, Rich e Portis,Kunkel e Berry,Kelly e Stephenson,Fisk,May, Wyckham

Rich,Rich e Portis; Fisk,May

Kunkel e Berry

Rich,Martineau,Rich e Portis;Fisk

Martineau;Arons,Kunkel e Berry,kelly e Stephenson;Fisk,May

50

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Atmosfera da loja

Institucional

Pós-transa<;:ão

Cupom

Símbolos e cores

Atmosfera! Adequabilidade

(continuaç:ão)

Kunkel e Berry;Fisk; Ellsworth,Benjamin e Rudolf

Martineau

Martineau;Arons; Kunkel e Berry; Wyckham

Conservador!Moderno May

Reputaç:ão

Confiabilidade

Satisfaç:ão

Rich;Martineau;Rich e Partis

Rich;Arons;Rich e Por't i s; Myers

Fisk

Para os objetivos desse estudo, tomou-se como base o

trabalho desenvolvido pela pesquisadora May, (May, 1971) As

dimensões e os atributos utilizados nesse estudo são

listados abaixo:

QUADRO-RESUMO DAS DIMENSõES E ATRIBUTOS ,DA PESQUISA

Dimensões

Mercadoria! Pre<;:o

Servi<;:o

Atributos

Pre<;:o baixo Ofertas Variedade das linhas de produto Disponibilidade de produto Quantidade de produtos Qualidade dos produtos Disponibilidade de tamanho e cor

Serviç:o de caixa Sistema de auto-servi<;:o Vendedores

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Conveniência

Atmosfera

Propaganda I Display

Geral

Transporte público Localiza~ão da loja

Instalações da loja Ambiente da loja Estacionamento

Confiabilidade da propaganda Disposi~ão das mercadorias Localiza~ão das mercadorias Sinaliza~ão das mercadorias

Atualidade da roupa vendida

(continua~ão)

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CAPÍTULO lI! - METODOLOGIA DA PESQUISA

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Neste capítulo são descritos os procedimentos de

pesquisa utilizados para estudar a imagem de duas filiais de

uma cadeia de lojas de variedades localizadas no Município

do Rio de Janeiro, cumprindo os objetivos do trabalho,

conforme descrito no capítulo inicial.

o plano de pesquisa adotado obedeceu às seguintes

etapas:

1. Definição de hipóteses e perguntas de pesquisa.

2. Determinação da população e da amostra.

3. Escolha do método de coleta de dados.

4. Elaboração do questionário.

5. Trabalho de campo.

6. Codificação e análise dos dados.

7. Métodos estatísticos utilizados.

1. HIPóTESES E PERGUNTA DE PESQUISA

1.1. Hipóteses

Foram definidas as seguintes hipóteses nulas básicas

para este estudo:

54

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t1.i.e..4.:b.5'.SeL . ..J._: Não existe diferenl;a na percepção da imagem

de loja entre os consumidores de duas filiais de uma

cadeia de lojas de variedades.

A percepl;ão da imagem de loja entre os

consumidores não varia em variáveis

demográficas.

A variável "percepl;ão da imagem de loja", que aparece

nas duas hipóteses, foi substituída, operacionalmente, pela

percepl;ão dos consumidores em relal;ão a cada um dos vinte

atributos listados a seguir e que foram destaque na revisão

de literatura:

prel;o baixo;

ofertas;

variedade das linhas de produto;

confiabilidade da propaganda;

disponibilidade de produto;

transporte público;

servi~o de caixa;

sistema de auto-servil;o;

instalal;ões da loja;

disposil;ão das mercadorias;

localizal;ão das mercadorias;

sinali2a~ão das mercadoriasj

ambiente da lOja;

quantidade de produtos;

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qualidade dos produtos;

localização da loja;

vendedores;

estacionamento;

disponibilidade de tamanho e cor; e

atualidade da roupa vendida.

Para medir a percepção do consumidor sobre cada um dos

atributos, empregou-se uma escala de cinco pontos. Assim, a

cada entrevistado, e para cada atributo, ofereceu-se uma

escala numérica de 1 a 5, em que o 1 representava imagem

negativa e o 5, imagem positiva. Solicitou-se a pontuação

entre 1 e 5 que melhor se ajustava à percepção do consumidor

sobre a conexão daquele atributo com a loja onde acabava de

realizar uma compra.

Na hipótese 2, além da variável percepção da imagem de

loja, aparecem as variáveis demográficas. Neste estudo foram

utilizadas as seguintes:

sexo;

idade;

ocupal;ão j

renda individual;

renda familiar;

bairro de residência;

classe social;

freqüência de visita a loja.

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Diante do exposto, tem-se que, em termos operacionais,

a hipótese 2 corresponde a 160 sub-hipóteses de trabalho,

resultantes do confronto entre cada um dos vinte atributos

da imagem e cada uma das oito variáveis demográficas.

1.2. Pergunta de pesquisa

Quais sio as dimensões da imagem de loja?

Ao se pesquisar a conexio entre vinte atributos e uma

determinada loja, é possível suspeitar que tais atributos

possam Ser agrupados em

similaridades estatísticas

categorias em

entre eles.

fun<;:io

Através

de

de

procedimento estatístico descrito adiante (análise fatorial)

pode-se determinar tais categorias que, entio, seriam as

dimensões que responderiam à pergunta de pesquisa.

2. DETERMINAC~O DA POPULAC~O E DA AMOSTRA

A popula<;:io compreende todos os consumidores da loja de

variedades.

A amostra foi definida em dois estágios: primeiro,

foram selecionadas, conjuntam~nte com a diretoria da

empresa, duas lojas ou filiais da cadeia; segundo, foram

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selecionados os consumidores entre aqueles que visitaram as

filiais no período da pesquisa, totalizando 60 consumidores,

sendo 30 de cada uma das lojas. Entendeu-se por consumidor

toda pessoa que tivesse feito no mínimo uma compra nas lojas

pesquisadas.

A sele~ão da amostra foi realizada aleatoriamente

dentro das lojas, de modo a facilitar a obten~ão das

respostas.

Considerando as variáveis demográficas selecionadas, a

amostra do estudo ficou assim caracterizada:

feminino masculino

F.l:l.IX fLH.fÍ.B.l.8.

16 a 25 anos 26 a 35 anos 36 a 45 anos acima de 45 anos

ativa não ativa

loja de shopping

23 7

6 11

6 7

24 6

loja de rua

24 6

5 2 5

18

11 19

58

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A B C/D-E

*Critério ABA-ABIPEME

não tem renda própria 1 a 10 salários mínimos 10 a 20 salários mínimos 20 a 30 salários mínimas mais de 30 salários mínimos

1 a 10 salários mínimos 10 a 20 salários mínimos 20 a 30 salários mínimos mais de 30 salários mínimos

bairro onde está a loja outros bairros

loja de shopping

11 10

9

4 18

5 2 1

12 5 4 9

8 22

loja de rua

5 18

7

14 8 4 O 4

8 7 4

11

20 10

Os consumidoy-es da loja localizada em shopping center

da Zona Sul do Municipio do Rio de Janeiro caracterizam-se

como: sexo feminino (23/30); homogeneamente distribuidos

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entre as diversas faixas etárias; residência diversificada

em termos de bairro (atingindo bairros da Zona Sul e da Zona

Norte do Município do Rio de Janeiro, inclusive de outros

municípios do Estado do Rio de Janeiro e de outros Estados

do Brasil); trabalhadores (25/30); renda individual entre i

e 10 salários mínimos (i8/30); renda familiar entre 5 e 20

salários mínimos (13/30), e, classe social não definida.

Na loja localizada em bairro da Zona Norte do Município

do Rio de Janeiro, os consumidores apresentaram o seguinte

perfil: sexo feminino (24/30) ; idade acima de 36 anos

(23/30), moradores do pr6prio bairro onde se localiza a loja

pesquisada (20/30) , não apresentam qualquer ocupaç::ão

predominante no mercado de trabalho (17/30) ; renda

individual de até 5 salários mínimos (20/30), renda familiar

homogeneamente distribuída entre as diversas faixas; e,

classe social B (i8/30).

Ouanto às variáveis demográficas relacionadas

especificamente com o varejo (freqüência e hábito de

consumo), os resultados encontrados são os seguintes:

cliente habitual cliente incerto

loja de shopping

21 9

loja de rua

22 8

toO

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diariamente semanalmente quinzenalmente mensalmente ou menos

loja de shopping

10 10

4 6

loja de rua

11 16

3 O

Como se pode verificar, os consumidores da lOja

localizada em shopping consideram-se clientes habituais

(21/30), onde realizam visitas diárias (10/30) e semanais

(10/30). Na loja de rua, os consumidores também classificam-

se como clientes habituais (22/30) , onde fazem visitas

diárias e semanais (11/30 e 16130, respectivamente).

3. MÉTODO DE COLETA DE DADOS

As características do tema da pesquisa e o seu caráter

pioneiro na área determinaram que se recorresse à coleta de

dados primários, através de entrevista pessoal, utilizando-

se um questionário estruturado.

4. ELABORAÇ~O DO QUESTIONÁRIO

Para montagem do questionário, tomou-se como base a

revisão de literatura. Vale ressaltar que, durante essa

fase, foi fundamental a cooperação dos executivos de topo na

6i

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área de marketing da cadeia de lojas pesquisada, o que

permitiu relativizar os conceitos teóricos com a realidade

brasileira e as características da empresa estudada.

Uma fase inicial para realiza~ão de pré-testes foi

fundamental porque permitiu rever detalhes relacionados com

a compreensão dos termos adotados, bem como da sistemática

das entrevistas.

Os pré-testes indicaram necessidade de ajuste em

algumas perguntas, especificamente no que diz respeito aos

adjetivos positivos e negativos associados aos atributos de

imagem de loja. Houve uma preocupa~ão com o tempo de

resposta do questionário, já que as entrevistas seriam

realizadas dentro da loja e em condi~ões desfavoráveis

quanto a espa~o e tempo disponível dos entrevistados, o que

poderia provocar fadiga e inviabilizar a coleta de dados.

No questionário, os atributos de imagem de loja foram

organizados de modo a se evitar o chamado "efeito halo " ,

procurando-se, sempre que possível, inverter as polaridades

da escala adotada. O adjetivo com conota~ão negativa foi

associado ao grau mais baixo ( 1 ), e ao adjetivo com

conota~ão positiva foi atribuído o grau mais alto (5), com

excecão dos atributos instala~ões da loja e estilo da roupa

vendida, uma vez que os adjetivos antiga e moderna e atual e

62

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não atual não são necessariamente associados com imagem

negativa e positiva, respectivamente.

o questionário encontra-se em anexo (Anexo !l.

5. TRABALHO DE CAMPO

A coleta de dados foi iniciada logo após a realização

das modificações adicionais no questionário,

partir do pré-teste.

definidas a

o entrevistador colocava-se perto das caixas de cada

loja, o que garantiu a fidelidade da amostra quanto ao

critério adotado para definir consumidor da lojp. Na

primeira abordagem, o entrevistador apresentava os objetivos

da pesquisa e perguntava se o consumidor aceitava ou não

participar do estudo. Os questionários foram respondidos

parte pelo entrevistado e parte pelo pesquisador, sendo que

alguns questionários foram totalmente preenchidos pelo

pesquisador por ter sido solicitado ou mesmo porque o

entrevistado demonstrava qualquer dificuldade para preenche­

lo sem ajuda.

As perguntas sobre linhas de produto vendidas pela loja

e linhas de produto compradas pelo entrevistado foram

acrescentadas devido à solicitação da empresa em estudo.

63

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Para diminuir o tempo de resposta para as duas perguntas foi

adotado o sistema de cartões, em que o entrevistado deveria

selecionar aqueles que continham o nome da linha de produto

vendida e comprada. Os resultados desse

apresentados no Anexo 11.

levantamento são

As entrevistas foram realizadas de 23/07 a 03/09/88 na

loja localizada no shopping center da Zona Sul e de 17/09 a

24/09/88 na loja de rua localizada na Zona Norte.

6. CODIFICAÇ~O E ANÁLISE DOS DADOS

Depois de realizado o trabalho de campo, os dados

levantados através dos 60 questionários passaram a ser

codificados. Foi então montado um arquivo de dados

obedecendo às exigincias do pacote estatistico utilizado

o SPSS (Statistical Package for the Social Sciences).

Os dados foram introduzidos em disquete após sua

codifica~ão, realizada de acordo com o plano previamente

estabelecido. Fez-se necessário um trabalho meticuloso de

conferincia, a fim de evitar erros na entrada dos dados para

análise.

Utilizou-se para a hipótese 1 o programa de análise

discriminante. A hipótese 2 foi testada através dos

64

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p,-ogramas de ç=JiõJiõ1-ª.!;L~.. Para responder à pergunta de tese,

empregou-se a análise fatorial.

Além de proporcionar distribui~5es de.freq~ªncias de

todas as variáveis envolvidas na pesquisa, O SPSS, através

das rotinas análise discriminante, cruzamentos e análise

fator ia I, permitiu testar as hipóteses e responder à

pergunta de pesquisa.

7. MÉTODOS ESTATÍSTICOS UTILIZADOS

Hipótese 1

Como descrito, a hipótese 1 está relacionada com a

possível diferen~a na percep~ão da imagem por parte dos

consumidores de duas lojas localizadas em pontos diferentes

do Município do Rio de Janeiro. Definiu-se, também, que a

substituída

vinte atributos

expressão 11 imagem de loja ll seria

operacionalmente pela percep~ão sobre

associados à imagem de loja.

Para testar a hipótese 1 foi utilizado o método de

análise discriminante, que.permite estudar diferen~as entre

dois (ou mais) grupos de medidas. A técnica gera uma equa~ão

do tipo:

65

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D=d~ VAR~ + de VARe + .. + d n VARn

onde:

D = valor discriminante (espera-se que casos de um

mesmo grupo

semelhantes) .

(sucesso/fracasso) possuam valores D.

VARn = variáveis independentes.

d n = coeficientes relacionados às variáveis VARM (com

base no valor destes coeficientes, pode-se avaliar que

variáveis possibilitam uma melhor distribui~ão).

Para a inclusão das variáveis discriminantes, adotou-se

o método passo a passo (Stepwise), em razão do elevado

número de variáveis independentes (20) usadas na análise.

o coeficiente Lambda de Wilks mínimo foi o critério

especificado para sele~ão das variáveis aptas a entrar na

análise. Quanto menor o coeficiente Lambda,

discriminante da variável.

maior o poder

o método passo a passo obedece à seguinte rotina:

sele~ão inicial ,da variável que possui o menor coeficiente

Lambda de Wilks, isoladamente; combina~ão da variável

selecionada com cada uma das demais variáveis disponíveis e

cálculo de um novo coeficiente Lambda para cada uma das

variáveis; sele~ão da segunda variável que, em conjunto com

a variável inicial, produziu o menor coeficiente Lambda;

66

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combina~ão das duas variáveis com cada uma das variáveis que

ainda não entraram na análise e cálculo de um novo Lambda,

etc. Esse procedimento continua até que todas as variáveis

tenham sido selecionadas ou que a adi~ão de novas variáveis

não contribua mais para a discrimina~ão entre os grupos.

A medida que o programa seleciona novas variáveis,

algumas que já tinham sido selecionadas podem perder seu

poder de discrimina~ão, porque a informa~ão que elas contêm

sobre as diferen~as entre os grupos está agora disponível na

combina~ão das outras variáveis incluídas. Essas variáveis

são automaticamente eliminadas do py-ograma por serem

Hredundantes ll .

Uma variável re~ovida num determinado passo da análise

pode retornar em um passo seguinte, desde que seja a que

minimiza o coeficiente Lambda naquele passo.

Foi adotado o nível de significância de 5% para

rejei~ão da hipótese nula.

Hipótese 2

Esta hipótese procura investigar a associa~ão entre

variáveis demográficas dos consumidores e suas percep~ões

soby-e a imagem das lojas pesquisadas. As 160 sub-hipóteses

6"7

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de trabalho relacionam as oito variáveis demográficas

selecionadas e os vinte atributos de imagem.

Para testar estas hipóteses utilizou-se a rotina

"Crosstabs" do SPSS que gera coeficientes de associaç:ão ou

correlaç:ão entre as variáveis envolvidas. Como todos os

atributos são variáveis ordinais (por construç:ão da escala),

a estatística utilizada em cada teste dependeu da variável

demográfica. No caso de testes envolvendo variáveis

demográficas nominais (sexo, ocupaç:ão, bairro de residência,

tipo de consumidor), utilizou-se o teste do qui-quadrado

para pesquisar a existência de associaç:ão entre as variáveis

em confronto. Nos testes envolvendo as demai.s variáveis

demográficas (que são pelo menos ordinais), utilizou-se o

coeficiente de correlaç:ão de postos de Spearmann.

Foi adotado o nível de significância de 5% para

rejeiç:ão da hipótese nula.

Pergunta de pesquisa

Para responder à pergunta sobre as dimensões da imagem

de cada uma das duas lojas, utilizou-se a análise fatorial.

Esta técnica consiste em procurar reduzir o número original

de var iáveis independentes em um número menor de var iávei.s

(fatores), que são combinaç:ões lineares das variáveis

68

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originais. O procedimento estatístico associado à técnica

identifica novas variáveis não correlacionadas, que, juntas,

são responsáveis por uma alta percentagem da variância das

variáveis originais. Cabe ao pesquisador definir o que ele

considera uma "alta" percentagem da variância explicada. Na

presente pesquisa, foi adotado o percentual de 70%.

8. LIMITAÇõES

A principal limita~ão diz respeito à carência de

literatura e pesquisas sobre o tema disponíveis no Brasil.

Praticamente toda a literatura encontrada refere-se a uma

realidade de mercado diferente da nossa.

A segunda limita~ão está associada à ausência de um

referencial anterior, bem como das empresas competidoras da

cadeia estudada, o que faz com que os resultados encontrados

devam ser analisados com certa restri~ão. Vale ressaltar a

dificuldade na obten~ão de dados principalmente dentro das

grandes empresas do setor, em razão do caráter estratégico

do tema.

69

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CAPiTULO IV - RESULTADOS DA PESQUISA

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Este capítulo apresenta os resultados da pesquisa. As

freqüências, os resultados dos testes de hipóteses e da

pergunta de tese slo relacionados a seguir.

1. FREQÜÊNCIA DOS ATRIBUTOS DE IMAGEM DE LOJA

A escala adotada de 1 a 5, após a análise das

freqüências obtidas em cada loja, foi modificada em fun~lo

do número reduzido de observa~ões em cada grau da escala.

Assim, os graus 1 e 2 foram transformados em 1 (que passou a

representar imagem negativa). e os graus 4 e 5 foram

transformados em 5 (representando imagem positiva). O grau 3

permaneceu como indicador de indiferen~a em rela~lo à imagem

negativa ou positiva.

Os 20 atributos da imagem de loja pesquisados

apresentaram a seguinte distribui~lo, segundo as categorias

de imagem negativa (1),

(5) :

indiferente (3) e imagem positiva

71

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TABELA lI-ATRIBUTOS DE IMAGEM DE LOJA

atributos

preço baixo (nunca/sempre)

ofertas (nunca/sempre)

variedade das linhas de produto (nada/muito)

confiabilidade da propaganda (nenhuma/total)

disponibilidade de produto (nunca/sempre)

transporte púb lico (não fácil/fácil)

serviço de caixa (lento/rápido)

sistema de auto-serviço (inadequado/adequado)

instalações da loja (antigas/modernas)

GRAU ATRIBUÍDO

LOJA DE SHOPPING

negat indif (1) (3)

3 10

5 o

4 7

2 7

5 5

2 7

6 10

2 6

1 5

posit (5 )

17

25

19

21

20

21

14

22

24

LOJA DE RUA

negat indif (1) (3)

4 14

1 1

4 4

3 9

5 7

o o

17 8

2 2

2 10

posit (5 )

12

28

í;2

18

18

30

5

26

18

72

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atributos

disposição das mercadorias (inadequada/adequada)

localização das mercadorias (não fácil/fácil)

sinalização das mercadorias (não facilitam/

.facilitam)

ambiente da lOja (não agradável/ agradável)

quantidade de produtos (não desejada/ desejada)

qualidade dos produtos (não têm/têm)

localização da loja (não convenientel conveniente)

vendedores (não informaml informam)

73

(continuac;:ão)

GRAU ATRIBUÍDO

LOJA DE SHOPPING LOJA DE RUA

(1) (3 ) (5 ) (1) (3 ) (5 )

5 5 20 3 2 25

4 7 19 4 2 24

8 4 18 7 1 22

6 5 19 4 6 20

3 3 24 3 6 21

2 3 25 1 5 24

4 1 25 o 1 29

6 7 17 7 2 21

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(continuaç:ão)

GRAU ATRIBUÍDO

LOJA DE SHOPPING LOJA DE RUA

atributos (1) (3 ) (5 ) (1) (3 ) (5 ) ----------------------------------------------------------_.-estacionamento* 5 3 21 24 2 4 (não fácil/fácil>

disponibilidade de 2 10 18 2 8 20 tamanho e cor (nunca/sempre)

atual idade da 10 9 11 14 5 11 roupa vendida (não é/é)

* Um respondente não se sentiu em condiç:ões de falar porque não possuía carro e nunca tinha utilizado o estacionamento.

A figura apresentada a seguir permite observar as

medianas dos pontos de todos os atributos pesquisados em

relaç:ão a cada loja.

74

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Figura IV Comparação das imagens da

loja de shopping e da loja de rua

_nunca tem menor preço -nllnca tem ofertas -as linhas de pr"oduto s~o nada variadas

_2 pr-opaganda é de ner,hulna corlfiarlça

-o produto desejado nunca está disponivel

.I·'~O tlá facilidade transporte póblico para chegar- à loja

-o servi~o de caixa é lt':;lntD

• 0 si. st.ema dE:-: <::\ut.o--Sel-Y i ç:ü é inadF.::ql.J.ado

• 25 instala~aes desta loja são antigas

• a disposiçio das mercadorias dentro da loja é inadequada

_nia ~ f~cil achar as filercadorias desejadas

-as sinalizaç5es das mercador- i as não +.::3.cilitam sua. loca 1 i za<f:ão

-o ambiente desta loja (instala~6esl decora~50J vendedores e locomoçio dentro da loja' nio é agradável para fazer compra,::,:;

• n~o há pr·odutos ria quantidade desejada

• os produtos n~o tªm "lua], :i. c!-3.d<;>

ta localizaçâo da loja n~o é conveniente

;.05 vendedores flâo informam quando s~o solicitados .n~{o é 'fác: i 1. estacionar

-nunca tem o produto no tamanho e na cor cle:.~sc":-!j ados

-a roupa vendida nesta loja nio é atual

-._._._._ .. _-

1 2 3 4 5

• I

I

• I •

• I •

sempr"e tem menor preço. S9nlpre tem ofertas.

as linhas de produto. sâo muito variadas

a propaganda é de. total confian<;:a

o produto desejado. sempre est~ disponivel

há facilidade de. transporte p~blico para

chegar- à loja O servi~o de caixa é­

r-áp i do o ~::;isterna clE~ •

auto-'ser'viç:o (~,

adequ;.3.do as instala~6es desta •

loja s~o modernas a disposiçâo das •

mercadorias dentro da loja é adequada

~ fácil achar as. mercadorias desejadas

as sinalizaçôes das. mercadorias facilitam

~;ua 1 oc:.3. 1 i ~~aç:~iC)

o ambiente desta loja­(instalaç5es l decoração l

vendedores e locomoç~o dentro da loja' é

agradável para fazer­Cf..1mpr"d.S

há produtos na • quarltidade desejada

os produtos têm • qua 1 i. dad",

a localizaç~o da loja_ é conven i ent(~

os vendedores informame quar1do sio solicitados

fÉ fácil_ e~5tac ionar

sempre tem o produto. no tamanho e na cor

desejados a roupa vendida nestae

loja é atual

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Adotou-se o mesmo procedimento em relação à escala de

atributos de imagem de loja e em relação ao grau de

importância conferido aos diferentes atributos de pesquisa:

os graus 1 e 2 foram agregados e transformados em 1 (nada

importante) e os graus 4 e 5 foram transformados em 5 (muito

importante). Os respondentes assinalaram os seguintes graus

de importância aos atributos abaixo relacionados:

TABELA III-GRAU DE IMPORTaNCIA DOS ATRIBUTOS

itens*

preo;:o

variedade

propaganda

ofertas

localização

lanchonete

bom atendimento anterior

estacionamento

qualidade

não respond

(O)

1

1

1

1

1

4

1

2

1

LOJA DE SHOPPING

nada import

(1)

1

2

6

5

4

15

7

6

2

indif muito importo

(3) (5)

5 23

6 21

8 15

4 20

4 21

6 5

6 16

2 20

5 22 ------------------------------------------------------

* Os itens ou atributos foram selecionados juntamente com a gerência da empresa, de acordo com a estratégia implementada.

76

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7'7

o número de não respostas justifica-se pelo

desconhecimento por parte de alguns respondentes da'

lanchonete e pela não utilização do estacionamento, assim

como pelo fato de o respondente não se sentir à vontade para

avaliar os atributos listados.

TABELA IV-GRAU DE IMPORTaNCIA DOS ATRIBUTOS

itens

não respond

(O)

LOJA DE RUA

nada import

(i)

indif

(3 )

muito import

(5 )

------------------------------------------------------pre<;:o O 3 9 18

variedade O 1 6 23

propaganda O 8 5 17

ofertas O 4 3 23

localiza<;:ão O O 3 27

lanchonete O 20 3 7

bom atendimento O 8 2 20 anterior

estacionamento O 26 1 3

qualidade O 1 8 21 -._----------------------------------------------------

Um respondente apontou como outro atributo muito

importante na decisão de comprar na loja do shopping a

existência de descontos/liquidação, enquanto na loja de rua

da Zona Norte um respondente destacou a tradição como outro

atributo muito importante na decisão de compra.

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78

As freqüências apresentadas permitem dois tipos de

observações: primeiro, a percepção de uma imagem positiva em·

rela~ão à maior parte dos atributos pesquisados nas duas

lojas; segundo, a pouca importância dada pelos consumidores

das duas lojas ao item lanchonete e pelos consumidores da

loja de rua da Zona Norte ao item estacionamento.

Parasuraman, Zeithaml e Berry propõem um modelo para

avaliar a qualidade dos servi<;:os com base na c:ompara<;:ão

entre as expectativas dos consumidores em rela<;:ão ao serviço

e suas percep~ões acerca do serviço que recebem.

(Parasuraman;

encontrados,

Zeithaml; Berry, 1985) Os resultados

de certo modo, podem ser utilizados para

aval iar a qualidade dos servi<;:os das fi 1 iais e,

conseqJentemente, da cadeia de lojas pesquisada. Para tanto,

os graus de importância conferidos aos atributos de imagem

pesquisados serão considerados como uma medida do serviço

esperado e os graus conferidos aos atributos de imagem, como

um avaliador do servi~o percebido. As medianas obtidas para

o serviço esperado e o sevi<;:o percebido nas duas lojas

pesquisadas são apresentadas a seguir:

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79

TABELA V-AVALIAÇ~O DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS

LOJA DE SHOPPING LOJA DE RUA

atributos ESPERADO PERCEBIDO ESPERADO PERCEBIDO

preço 4,69 4,23 4,33 3,57

variedade 4,57 4,42 4,69 4,63

propaganda 4,00 4,57 4,23 4,33

ofertas 4,50 4,60 4,69 4,92

localização 4,57 4,80 4,88 4,96

estacionamento 4,50 4,78 1,15 1,25 .

qualidade 4,63 4,80 4,57 4,75 ---------------------------------------------------_.---------

É curioso notar que apenas em rela~ão ao atributo pre~o

constata-se mediana referente ao serviço esperado superior à

mediana do serviço percebido. Para os demais atributos a

diferença é quase insignificante (como é o caso do atributo

variedades) ou apresenta valores muito próximos. Pode-se

suspeitar que as filiais superam as expectativas dos

consumidores em relação aos serviços prestados em quase

todos os atributos utilizados na comparação.

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2. TESTE DE HIPóTESE E PERGUNTA DE PESQUISA

2.1. Teste de Hipótese 1

Hipótese 1: Não existe diferen~a na percep~ão da imagem

de loja entre os consumidores de duas filiais de uma

cadeia de lojas de variedades.

A hipótese 1 foi testada utilizando-se a análise

discriminante pelo método passo a passo (Stepwise), uma vez

que a objetiva era verificar a possibilidade de haver

diferentes percep~ões entre os atributos de imagem.

o resultada do teste de hipótese realizada entre 60

consumidores (30 da loja de shopping localizada na Zona Sul

e 30 na loja de rua da Zona Norte da Municipio da Rio de

Janeiro) permite afirmar que é possivel diferenciar a imagem

de loja entre as dais grupos com base nos atributos

pesquisados. Rejeita-se, portanto, a hipótese nula, tenda-se

obtida um Lambda de Wilks de 0,261253, qui-quadrada de

72,483, com 8 graus de liberdade e probabilidade p < 0,0001

de rejeitar a hipótese nula (inferior ao nivel de

significância estabelecido de 5%)

Os resultados da análise discriminante com as médias e

coeficientes discriminantes dos atributos selecionadas pela

método passo a passo são apresentados a seguir:

80

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TABELA VI-RESULTADOS DA ANÁLISE DISCRIMINANTE PARA

PERCEPÇ~O DA IMAGEM DE LOJA ENTRE OS CONSUMIDORES

DA LOJA DE SHOPPING E DA LOJA DE RUA

Atributos

Serviço de caixa

Estacionamento

Disposição das mercadorias

Transporte público

Disponibilidade do pt-oduto

Qualidade dos produtos

Roupa vendida

Localização da loja

(MÉTODO PASSO A PASSO)

loja de shopping

3,46

3,86

3,90

4,06

3,96

4,36

2,90

4,33

Médias

loja de rua

2,26

1, 70

4,36

4,96

3,76

4,40

2,86

4,90

N = 30 (loja de shopping), 30 (loja de rua) Lambda de Wilks = 0,2612523 Qui-quadrado = 72,483 G.L. = 8 p < 0,0001

Coef. discr.

0,98901

0,93280

0,61210

0,52942

0,45497

0,37524

0,37388

0,26351

Serão tecidos a seguir alguns comentários a respeito

dos resultados da análise discriminante:

tendo apresentado médias de 3,46 entre os consumidores da

81.

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loja de shopping e 2,26 entre os consumidores da loja de

rua. Essa diferen~a talvez se explique em razão do espa~o

disponível ou tamanho de cada loja. A loja da Zona Norte

aparentemente apresenta um volume de pessoas por me superior

ao da Zona Sul, que, por ser uma loja mais nova e localizada

em um shopping center, sugere melhor distribui~ão e

localiza~ão das caixas. E ainda, o cliente da loja de

shopping parece ser mais apressado, além de ter como

parâmetro de atendimento as outras lojas do shopping.

o segundo atributo de maior poder

discriminante, estacionamento, apresentou médias de 3,86 e

1,70 entre os consumidores da loja de shopping e de rua,

respectivamente, destacando-se a percep~ão de uma imagem

mais negativa em rela~ão a esse atributo entre os

consumidores do segundo grupo. Uma das possívei.s

explica~5es para essa diferen~a. São as vantagens oferecidas

em ter-mos de servi~os pelos shopping centers, entre as

quais se destaca o estacionamento gratuito, ao contrário da

loja de rua que está situada em local de grande concentra~ão

urbana.

poder discriminante obteve médias de 3,90 para os

consumidores da loja de shopping e 4,36 para os consumidores

da loja de rua. Os dados demográficos permitem identificar

os consumidores da loja de rua como consumidores habituais

EI2

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(basicamente freqüentam a loja diariamente ou semanalmente)

e residentes na área de influência da loja (consumidores de

vizinhan~a), o que talvez justifique a média superior em

rela~ão ao atributo disposi~ão das mercadorias entre os

mesmos.

o quarto atributo de maior poder

discriminante, com médias de 4,06 e 4,96 entre os

consumidores da loja de shopping e da loja de rua,

respectivamente, apresenta rela~ão inversa à do atributo

estacionamento. Uma passível razão. para essa diferen~a é a

maior quantidade de transporte público disponível (metrô e

ônibus) para o consumidar chegar à laja de rua localizada na

Zona Norte.

Pi.SP'..QD..Lb .. LUdª.QJ;L.Q§_E..LQ.!llJ..t..Q.: o quinta atr ibuto de maiOl- poder

discriminante apresentou médias de 3,96 e 3,76 para os

cansumidores da loja de shopping e da loja de rua. A

diferen~a encontrada em rela~ãa a esse atributo tem também

como possível explica~ão o fluxo de pessoas dentro da loja

de rua comparativamente à loja de shopping,o que prejudica a

reposi~ão adequada dos estaques.

Qy-ª .. U.d.ª.d~JlQ.â...,_P..L.QÓ..Y.t-º..s.: o sexto atributo de maiar pader

discriminante abteve médias de 4,36 e 4,40 para os dois

grupos de cansumidores pesquisadas, loja de shapping e loja

de rua. Esse atributo merece destaque uma vez que a inten~ão

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não foi medir qualidade, conceito que pode variar bastante

de um consumidor para outro. Observa-se, no entanto, que a

imagem positiva em rela~ão à qualidade dos produtos pode ser

uma resposta ou um tipo de solu~ão para a dissonância

cognitiva dos consumidores em rela~ão aos produtos comprados

nas lojas pesquisadas, bem como estar associada às marcas

vendidas pelas lojas, e não às lojas em si.

B-º1!E.iLY§DQ.Ld.-ª. :

discriminante,

consumidores de

no penúltimo atributo em termos de poder

as médias dos dois grupos analisados,

loja de shopping e loja de rua, foram de

2,90 e 2,86, respectivamente. A cadeia de lojas, segundo a

gerência da empresa, busca vender uma roupa atual, que não

representa necessariamente uma roupa na moda. Os resultados

encontrados apontam para uma indiferen~a por parte dos

consumidores em rela~ão a esse atributo, que parece ser mais

significativa que a diferen~a entre as médias dos dois

grupos.

b-º.ç.ªLi .. ?;.a.I<=_ªQ._da ... _ ... l..º-i-ª.: esse foi o atributo de menor poder

discriminante e apresentou médias de 4,33 e 4,90 para os

consumidores da loja de shopping e da loja de rua. Em

rela~ão a esse atributo,

entre os consumidores da

identifica-se uma média superior

loja de rua da Zona Norte, apesar

da imagem positiva entre os dois grupos pesquisados. As

facilidades de transporte, o tipo de consumidor identificado

e a tradi~ão da loja são alguns fatores que podem justificar

84

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essa diferenç:a, o que permite relativizar as vantagens

ofer-ecidas pelo shoPPing center em termos de opç:ão de compra

ao consumidor que o freqüenta. Vale destacar que o shopping

center se

urbana.

localiza em uma região de menor concentraç:ão

Os atributos selecionados pelo método passo a passo

(serviço de caixa, estacionamento, disposição das

mercadorias, transporte pGblico, disponibilidade de produto,

qualidade dos produtos, atualidade da roupa vendida e

localização da loja) refletem características próprias da

filiais e/ou aspectos operacionais das lojas pesquisadas,

com exceção de qualidade dos produtos e atualidade da roupa

vendida. A fim de verificar a existência de uma imagem

corporativa, foi realizada uma segunda análise discriminante

(pelo método direto) , retirando-se os oito atributos

selecionados na primeira análise. Os resultados são

apresentados a seguir:

8::i

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TABELA VII-RESULTADOS DA ANÁLISE DISCRIMINANTE PARA

PERCEPÇ~O DA IMAGEM DE LOJA ENTRE OS CONSUMIDORES DA LOJA DE

SHOPPING E DA LOJA DE RUA SEM AS VARIÁVEIS DE MAIOR PODER

DISCRIMINANTE SELECIONADAS PELO MÉTODO PASSO A PASSO

< MÉTODO DIRETO>

Atributos

~3istema de auto-serviç:o

Ofertas

Instalaç:ões da loja

Variedade das linhas de produto

Preç:o baixo

Propaganda

Vendedores

Sinalizaç:ão das mercadorias

Ambiente da loja

Localizaç:ão das mercadorias

Quantidade de produtos

Disponibilidade de tamanho e cor

Médias

loja de shopping

4,23

4,33

4,20

3,86

3,70

4,13

3,56

3,63

3,80

3,93

4,30

3,96

loja de rua

4,50

4,70

3,76

4,16

3,36

3,96

3,90

3,90

3,93

4,20

4,20

3,96

N = 30 <loja de shopping), 30 (loja de rua) Lambda de Wilks = 0,8413912 Qui-quadrado = 8,9803 G.L. = 12 p = 0,7046

86

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o Lambda de Wilks de 0,8413912, Qui-quadrado de 8,9803,

COm 12 graus de liberdade e probabilidade de 0,7046 permitem

afirmar que é possível identificar uma imagem corporativa da

cadeia de lojas de variedades.

2.2. Teste de Hipótese 2

Hipótese 2: A percep~âo da imagem de loja varia entre

os consumidores em fun~âo das variáveis demográficas

(sexo, idade, bairro de residência, ocupa~âo, tipo de

cliente, freqüência de visita e classe social).

Para realizar o teste da hipótese 2 utilizou-se o teste

do qui-quadrado entre variáveis ordinais e variáveis

nominais (atributos de imagem versus bairro de residência,

ocupa~âo, sexo e tipo de cliente) e o coeficiente de

correla~âo de Spearman entre variáveis ordinais (atributos

de imagem e freqüência de visita, idade e classe social).

Os resultados encontrados não permitiram rejeitar a

hipótese nula, uma vez que o nível de significância obtido

foi superior a 5% nos cruzamentos entre os atributos de

imagem e as variáveis demográficas bairro de residência,

ocupa~ão, classe social, sexo e freqüência de visitas à

loja.

87

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Em relação às variáveis demográficas tipo de cliente e

idade, alguns atributos de imagem apresentaram resultados

significativos, como se observa nos quadros abaixo.

TABELA VIII-RESULTADOS DOS CRUZAMENTOS ENTRE

ATRIBUTOS DE IMAGEM DE LOJA E TIPO DE CLIENTE.

(QUI-QUADRADO)

Atributos Qui-quadrado G.L. p

LOJA DE SHOPPING

Serviço de caixa 14,90646 4 0,0049

LOJA DE RUA

Disposição das 6,68182 2 0,0354 mercadorias

Localização das 6,98864 2 0,0304 mercadori.as

Qualidade dos 8,86364 2 0,0119 produtos

Disponibilidade de 7,37216 2 0,0251 tamanho e cor

N = 30 (loja de shopping), 30 (loja de rua)

• Os demais resultados não foram significativos ao nível de 5%.

88

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TABELA IX-RESULTADOS DOS CRUZAMENTOS ENTRE

ATRIBUTOS DE IMAGEM DE LOJA E IDADE*

(SPEARMAN)

Atributos

LOJA DE SHOPPING

Sistema de auto-serviço

Disposição das mercadorias

Localização das mercadorias

Estacionamento

Disponibilidade de tamanho e cor

Atualidade da roupa vendida

LOJA DE RUA

Serviço de caixa

Coef. Corro Spearman

0,4110

0,4336

0,4203

0,6065

0,3063

0,5338

0,4997

N = 30 (loja de shopping), 30 (loja de rua)

p

0,012

0,008

0,010

0,001

0,050

0,001

0,002

* Os demais resultados não foram significativos ao nível de 5%.

Para verificar diferenças na percepção da imagem de

loja entre os consumidores habituais e incertos, utilizou-se

também a análise discriminante pelo método passo a passo

(Stepwise), fixando-se em três o número máximo de passos.

Os resultados obtidos, Lambda de Wilks de 0,870183,

qui-quadrado de 7,8564, com 3 graus de liberdade e

probabilidade de 0,0491 (inferior ao nível de significância

B9

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estabelecido de 5%), permitem rejeitar a hip6tese nula. i

possível, portanto, afirmar que existe diferen~a na

percep~ão da imagem de loja entre os consumidores habituais

e incertos, confirmando estudos realizados pela pesquisadora

May entre quatro cadeias de lojas de departamento de uma

grande á,-ea metropolitana dos Estados Unidos e pnr

Oxenfeldt. (May, 1971; Oxenfeldt, 1974-1975)

Não foi possível, no entanto, realizar a análise

discriminante para detectar diferen~as entre os consumidores

das diferentes faixas etárias em razão do n~mero reduzido de

observa~ões em cada uma das faixas, o que inviabiliza a

utiliza~ão desse procedimento estatístico.

TABELA X-RESULTADOS DA ANÁLISE DISCRIMINANTE PARA PERCEPÇ~O

DA IMAGEM DE LOJA ENTRE OS CONSUMIDORES HABITUAIS E INCERTOS

(MiTODO PASSO A PASSO)

Médias

Atributos habitual

Localiza~ão da loja 4,76

Servi~o de caixa 3.,02

Pre~o 3,65

N = 43 (Habitual), 17 (Incerto) Lambda de Wilks = 0,870183 Qui-quadrado = 7,8564 G.L. = 3 p = 0,0491

incerto

4.,23

3,23

Coef. discr.

0,72314

0,60314

0,57061

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Os atributos de maior poder discriminante serão objeto

de alguns coment'rios, a saber:

é o atributo de maior poder

discriminante entre os dois grupos, cliente habitual e

cliente incerto, apresentando médias de 4,76 e 4,23,

respectivamente.

o segundo atributo de maior poder

discriminante apontou médias de 3,02 entre os clientes

habituais e 2,47 entre os clientes incertos.

!:"reJ;;,º-: o atributo de menor poder di.scriminante obteve médias

de 3,65 e 3,23 para os clientes habituais e

respectivamente.

incertos,

É possivel justificar de maneira geral os resultados

encontrados, j' que as médias para o grupo de clientes

habituais foram sempre superiores is médias do grupo de

clientes incertos. A imagem "mais l' positiva associada aos

clientes habituais pode ser explicada pela fidelidade em

relação à loja ou pela tendencia a valorizar a escolha da

loja como opção de compra. Em relação aos clientes incertos,

por ser

crítico,

11 incerto 11 , talvez seja mais apressado ou mais

uma vez que não apresenta nenhum tipo de

compromisso afetivo com a loja.

91

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2.3. Pergunta de pesquisa

Pergunta: Quais são as dimensões da imagem de loja?

Para responder à pergunta de pesquisa utilizou-se a

análise fatorial (método VARIMAX). O conjunto de fatores foi

determinado a partir de valores próprios superiores a um,

que explicavam percentagem da variância total superior a

70%.

Em relação à loja de shopping da Zona Sul, os

resultados obtidos com a análise fatorial são apresentados a

seguir:

Fatores

Fator 1

TABELA XI-RESULTADOS DA ANALISE FATORIAL ENTRE

ATRIBUTOS DE IMAGEM DA LOJA DE SHOPPING

Atributos

Confiabilidade da propaganda Quantidade de produtos Qualidade dos produtos Vendedores Atualidade da roupa vendida

92

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Fatores

Fator 2

Fator 3

Fator 4

Fator 5

Fator 6

Fator 7

(continuação)

Atributos

Transporte público Localização da loja Disponibilidade de tamanho e cor

Ofertas Disponibilidade de produto

Disposição das mercadorias Localização das mercadorias Sinalização das mercadorias

Serviço de caixa Sistema de auto-serviço Estacionamento

Preço baixo Instalações da loja

Variedade das linhas de produto Ambiente da loja

Obs.: 73,8% da variância.

Os fatores que, de certo modo, apresentam algum

significado são os de número 3, 4 e 5. O fator 3 parece

estar relacionado com as promoções realizadas pela empresa,

o fator 4 demonstra certa correlação entre os atributos que

dizem respeito ao leiaute ou organização espacial da loja da

Zona Sul; e, por último, o fator 5 apresenta correlação

entre os atributos relac i.onados com os aspectos

operacionais/serviços prestados pela loja.

A loja de rua apresentou resultados distintos dos da

loja de shopping, i.ndicando, possivelmente, que os

consumidores das duas lojas possuem maneiras pr6prias de

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perceber e correlacionar os atributos de imagem. Os fatores

são mostrados a seguir:

TABELA X II-RESUL TADOS DA ANÁLISE FATORIAL ENTRE

Fatores

Fator 1

Fator 2

Fator 3

Fator 4

Fator 5

Fator 6

ATRIBUTOS DE IMAGEM DA LOJA DE RUA

Atributos

Ofertas Confiabilidade da propaganda Disponibilidade de produto Instalações da loja Disponibilidade de tamanho e cor

Preço baixo Disposição das mercadorias Localiza~ão das mercadorias Sinalização das mercadorias Ambiente da loja

Transporte público Qualidade dos produtos

Variedade das linhas de produto Quantidade de produtos Localização da loja

Sistema de auto-serviço Vendedores Atualidade da roupa vendida

Serviço de caixa Estacionamento

Obs.: 73,7% da variância.

Os fatores encontrados na loja de rua da Zona Norte não

indicam qualquer significado aparente, com exceção do fator

94

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6, que agrupa atributos relacionados com os aspectos

operacionais/serviços da loja.

A pergunta de pesquisa, portanto, não pode ser

y-espondida, uma vez que a análise fatorial não apontou

dimensões de imagem l ou seja l grupamentos de atributos

relacionados entre si.

Não foi possível, também, confirmar as dimensões de

imagem relacionadas na revisão de literatura e escolhidas

como parâmetro para realização da pesquisa de tese, com base

no trabalho desenvolvido por May. (May, 1971) A análise

fatorial agruppu as variáveis de modo diferente, apontando

outras correlações entre os atributos de. imagem nas duas

filiais.

95

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CAPÍTULO V - CONCLUSõES

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1. CONCLUSõES

Este estudo procurou identificar- a imagem de duas

filiais de uma cadeia de lojas de variedades, com O objetivo

de detectar diferen(õ:as nas percep(õ:ões dos seus

consumidores.

Foram entrevistados 60 consumidores (30 da loja de

shopping e 30 da loja de rua), a fim de detectar sua

percep(õ:ão em rela(õ:ão aos atributos de imagem de loja.

Obser-vou-se pr imei ramente que há di feren(õ:a na percep(õ:ão

da imagem de loja entre os consumidores das duas filiais e

que as variáveis de maior poder discriminante são

relacionadas com aspectos específicos ou relativos ao

sistema operacional de cada loja (servi(õ:o de caiKa,

estacionamento, disponibilidade de mercadoria e transporte

público, por eKemplo). Uma segunda análise discriminante foi

realizada sem levar em considera(õ:ão os atributos de maior

poder discriminante selecionados na primeira, o que permitiu

detectar a eKistência de uma imagem comum às duas filiais ou

imagem corporativa da cadeia de lojas de variedades.

No entanto, é importante salientar que as diferen(õ:as

encontradas no pri.meiro momento entre as imagens de loja dos

consumidores das duas filiais e, posteriormente, dos

97

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clientes habituais e incertos parecem indicar que, apesar da

política global da empresa

internos da loja: leiaute,

(padroniza~ão dos espaços

sinalização e arquitetura;

pOlítica de compra centralizada; campanhas publicitárias de

âmbito nacional; etc ), a localização (loja de shopping

versus loja de rua) e o tipo de consumidor (habitual e

incerto) que freqüenta a loja merecem tratamento

diferenciado por parte da gerênci~ de marketing. Como já foi

destacado no Capítulo IV, os resultados são coerentes com

estudos realizados por May e Oxenfeldt no que se refere às

d if€.ren~as nas percepções dos c I ientes e não cl ientes da

lOja. (May, 1971; Oxenfeldt, 1974-1975)

Constatou-se, também, que, conforme estudos de

Hildebrandt, os resultados da pesquisa podem ser utilizados

como parâmetro para avaliar a performance da empresa e,

conseqüentemente, servir de base para redifinir a estratégia

de marketing - o composto de varejo.

A compara~ão entre as expectativas dos consumidores em

relação ao serviço oferecido (serviço esperado) e o serviço

efetivamente recebido (serviço percebido) é outra fonte de

avaliação da qualidade do servi~o prestado pelas filiais.

Essa avaliação permite à gerência da empresa reformular

estratégias que estejam sendo implementadas, bem como

reforçar aspectos importantes que estejam sendo bem

recebidos pelos consumidores.

98

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Destaca-se nessa avalia~ão a pequena diferen~a entre as

medianas relativas à percep~ão sobre o servi~o esperado e o

servi~o recebido.

apresenta como

com exce~ão do atributo pre~o que se

o ponto mais fraco na avalia~ão dos

consumidores. especialmente os consumidores da loja de rua.

Essa questão parece fundamental uma vez que a garantia do

pre~o baixo é o principal compromisso público da empresa e a

base de toda campanha promocional da cadeia de lOjas.

Entretanto, os altos índices inflacionários do período em

que foi realizada a pesquisa de tese talvez expliquem a

percep~ão negativa em rela~ão ao atributo pre~o baixo.

tornando essa questão bem mais crítica para a gerência da

empresa.

Ainda em relação ao atributo pr-e~o, foi o que

apresentou o terceiro maior poder discriminante na

compara~ão entre a percep~ão da imagem de loja dos clientes

habituais e clientes incertos.

Para efeito da reavalia~ão do composto de varejo. faz-

se necessário ainda distinguir os atributos que são

passíveis de controle por parte da gerência, como o servi~o

de caixa, a disposi~ão das mercadorias ou a disponibilidade

do produto. daqueles que não são administrados diretamente

pela empresa. como transporte público, estacionamento, etc.

99

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Convém destacar que as diferen~as na percep~ão da

imagem de loja das duas filiais não devem ser vistas

necessariamente como "problemas ll a serem corrigidos. De

certo modo J elas podem estar" sinalizando adapta~ões às

características demográficas dos seus consumidores.

A loja de variedades caracteriza-se pela

comel-c ia I i za~ão de uma grande quantidade de linhas de

produtos, enfatizando principalmente aqueles itens de baixo

valor unitário, o que parece contrariar a orienta~ão de

diversos autores. A ênfase dada na literatura à segmenta~ão

e à estratégia de posicionamento parece ser mais adequada

ainda à realidade americana, no qual o tamanho do mercado e

o volume de vendas justifcam a especializa~ão das empresas.

As crises econ6micas brasileiras e a alternância de

momentos de crescimento acelerado com estagna~ão favorecem a

manuten~ão de estratégias em que predominam

especial izaç:ão.,. em

todos" .

outras palavras, IIvender

a não

t.udo para

Outra característica da loja de variedades é a venda

por impulso.

diversificar

Nesse sentido, a empresa pesquisada buscou

mais suas linhas de produto, instalando

padarias, a~ougues e áreas para vendas de frutas e verduras,

a fim de gerar um volume maior de compras programadas. Os

resultados apontaram, no entanto, que a variedade das linhas

100

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de produtos não é de total conhecimento do consumidor,

restringindo o elenco de produtos regularmente comprados

pelos clientes (ver Anexo lI>

Por último, verificou-se que a análise fatorial não

indicou uma redução no número de variáveis ou variáveis

correlacionadas entre si. Os fatores encontrados não

apresentaram razão aparente para o grupamento das variáveis,

além de serem, de certo modo, incompativei.s com as di.mensões

de imagem definidas antes do levantamento da pesquisa de

tese.

Os atributos relacionados com o leiaute da loja das

duas filiais (disposição das mercadorias, sinalização das

mercadorias e localização das mercadorias) apresentaram

maior probabilidade de grupamento.

2. CAMPOS DE PESQUISAS FUTURAS

Existe grande escassez de pesquisas que privilegiem o

comportamento do consumidor na avaliação da performance

empresarial. Nesse sentida, é enorme a campo para novas

estudos.

i01

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Sugere-se que novas pesquisas sejam realizadas levando

em consideração outras filiais, inclusive filiais dos demais

estados do país.

A comparação com a concorrência, por sua vez, pode

apresentar resultados muito interessantes, possibilitando um

maior enriquecimento das conclusões a respeito

varejista brasileiro.

do setor

seria possível também explorar os Nesse sentido,

sistemas simb6licos associados aos sistemas de loja, com o

objetivo de procurar entender o que diferencia os

consumidores dessa ou daquela loja.

Por último"

outro momento"

interessantes

propõe-se a aplicação deste estudo em um

o que provavelmente ofereceria informações

sobre as mudanças comportamentais do

consumidor brasileiro e do consumidor da cadeia de lojas de

variedades em especial.

i02

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BIBLIOGRAFIA

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ANEXOS

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ANEXO I - o.UESTION~RIO

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QUESTIONÁRIO

Bom-dia (Boa-tarde)! Sou aluna da COPPEAD/UFRJ e estou fazendo uma pesquisa sobre lojas.

Oi. Como oCa) Sr. (a) Seguilltes itens:

clasificaria esta loja em relaç~o aos

lmagj.rle a seguinte perguflta:

Como oCa) Sr. (a) classificaria o transporte póblico?

o transporte p~blico 2 de ótima qualidade 1

- O tr-dnsPcJ\-te '--_'---''---'_---'-_-1. é de P E? S sim a

qual. id,'.de

p~bl.i.co

Gllarlto mais próximo o tl-ansporte póblico estiver de um serviço de 6tima qualidade, mais à esquerda oCa) Br.(a) deve marcar. Da mesma forma, quanto mais pr6ximo de um sel"viço de péssj,ma qualidade, mais ~ direita oCa) Br.(a) deve marcar.

Utilize a mesma escala para responder os itens abaixo.

Sempre tem o menor p·rF.~(';':o

Nunca tem o menor prec;:o

Nunca tem ofertas '-_'---'_-'_-I._....JI_ Sempr'e tem ofer~i.:as

As linhas de .produtol são mu i t. o V 2U'- 1 dd a s L.. _-'-_.L_-'-_'--......J

A propaganda é de rlenhuma confian~a

o produto deseJadol nL(nC~~ E:~st../:\ dispon:í.vel L_-'-_-L_-'--_-'--I

As linhas de produto s~o nada variadas

A propaganda é de t.otal confi.an .. :"

O produto ':3&:mprH€~ e~;ti\

d(~sej adCJ di s.-pon i Vf= 1.

1.1.6

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Há facilidade de tr-ansporte p0blico para chegar à loja

o ser'viço de caixa é rápido

o siste,na de auto­serviço é adequado

As ins·tala~ae5 desta loja sâo antigas

A disposi~io das mercadorias dentro da loja é inadequada

É fácil mel-c:(,~dCJf" i~lS

achar aSI d pse j aei as L_-L_-'-_-'--_-'----'

As sinalizaç5es das mer'cadorias n~o facilitam sua loca.lização

o ambi~n~~ ~~stal 1 o j a ( 1. n " tal a,,- o e s, L, _-'-_-'-_-'--_'-----'

decoraç~oJ vendedores elocomo~io dentro da loja) é agradável para fazer compras

N~o há produtos fla

quarltidade desejada

Os produtos nâo tgm qual idade

A localizaçio da loja ~ corlveniente

I

Nio há facilidade de transporte pGblico para chegar à loja

o serviço de caixa é lento

o sistema de auto­serviço é irladequado

As instalaç5es desta loja s~o modernas

A disposiç~o das mercadorias dentro da loja é adequada

fácil achar

As sinalizaç6es das mercadorias facilitam sua localização

o amb ielltE~ lOja (instala~5esJ decora~~ol vendedores e locomoç~o dentro dê:\ loja) a9'-8cj,:'!vel CCJmpr·as

não é: par"" fazer

Há produtos na quant idad(:~ df~~sej ~\da

Os produtos tim qual i,dade

A localizaçio da loj,-\ não é conveniente

U.7

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Os vendedol"eS "âo irlformam quando sio ~;C)l icitados

Não é fácil f.~si:ac i on-9.f

Sempre tem o produto '10 tamanho e rla cor clEo?S(~j acios

A roupa nesta loja ",tu",l

vendida não é

'

" Os vendedores L......_'--"'----1_-'-_-'. informam gLlando são

S:iol ie i tados

,- É fác i. 1 '--~-'---'---'--'

esstacionar

I, Nunca tem o produto no tamar,ho e na cor

'--~-'---'---'--' df;"?sej ados

A roupa vendida nesta loja é atual

02. Oual o grau de importância que o(a) Sr. (a' atribui aos seguintes itens, quando decidiu comprar nesta loja?

Utilize a seguinte escala paTa at..-i.bui,-' (.1 gl""au de importincia para cada item:

Nada, impc.,,"tante Muito importante

ITENS

Variedade

F'r~ C1P ag ~'all d .c.~

Ofertas

L.clcal izaç::ão

Lanchonete

Bom atendimento anterior

ESõ5tac: i()namE~nto

Ouali.dade

Outro

118

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03. Canlo oCa) Sr. (a) se considera em rela~~o a esta loja e com qua freqU&ncia a visita?

Cliente habitual

Cliente incerto

N~o me considero cliente

Outro

FREGÜENCIA DE VISITAS (por semana, mês, ano J etc)

ENTREGAR O BARALHO COM AS LINHAS DE PRODUTO E PEDIR PARA DIA) ENTREVISTADOIA):

04. Separe as cartas com as linhas de produto que esta loja vende.

05. Separe as cartas com as linhas de produto que oCa) Sr. (a) compra regularmente aqui nesta loja.

06. Oual o nome doIa) Sr. (a)? _____________________________ _

07. Qual a sua idade?

18 an(]s ou menos

19 a 25 anos

26 a 30 anos

3i a 35 anos

36 a 45 anos

acima de 45 anos

08. Qual a sua profissio? _________________________________ _

119

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09, E o bairro de sua resid@ncia? _________________________ _

10. OLlal a faixa corresponderlte a sua renda mensal individual e familiar, obtida da soma da renda de todas as ~'essoas que moram em sua casa?

Cr$10.368,OO a CrS51.840,OO

CrS51.841,OO a CrSl03.680,OO

CrSi03.681,OO a CrS207.360,OO

CrS207.361,OO a CrS311.040,OO

CrS311.041,OO a CrS414.720,OO

Acima de CrS414.720,OO

11. Qual a quantidade que tem segu i ntr-:?s bens I

~;ua f{'am:í.lia''t'

BENS

TelE~v:i.s:ao

Pádio

Banhei'{"o

p€-?rt.encentes a

o 1

INDIVIDUAL FAMILIAR

em sua casa de cada um dos vocª ou a alguma pessoa de

QUANTIDADE

2 3 4 5 +6

) ) ,

Autom6vel (

Empregada )

Máquilla de lavar roupa )

DATA: ____________ _

120

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ANEXO 11 ~ RESULTADOS DAS PERGUNTAS SOBRE CONHECIMENTO

DAS LINHAS DE PRODUTOS VENDIDAS E LINHAS DE PRODUTOS

COMPRADAS PELOS CONSUMIDORES

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Quando perguntados sobre as linhas de produtos vendidas

ou não pela cadeia de lojas de variedades, foram encontradas

as seguintes respostas:

TABELA A-CONHECIMENTO DAS LINHAS DE PRODUTOS VENDIDAS PELA LOJA PESQUISADA

loja de shopping

linhas de produto não sim

i.vestuário feminino 6 2.acessórios do vestuário masculino 1 3.lingerie 3 4.meias femininas 2 5.vest.uário masculino 4 6.higiene e perfumaria O 7. produtos de limpeza 2 8.vestuário infantil e de bebê i 9.padaria 18 10.acessórios do vestuário infantil 2 ii.lanchonete 2 i2.utensÍlios para bebê 2 13.cal~ados 3 i4.a~ougue 23 i5.salgados 23 i6.hortifrutas 6 i7.bolsas femininas 4 i8.sacolas, malas e mochilas 7 i9.relógios 13 20.alimenta~ão infantil 7 2i. balas e bombons 1 22.aniversário 1 23.armarinho 4 24.bijuterias o 3 25.cosméticos i 26. cama, mesa e banho 3 27.utensílios para banheiro, cozinha e 2 28. en 1 atados e sobremesas 6 29.1ou~as, travessas I copos, servi~o m 2 30.cereais 11 31. frios e laticínios 7 32.bebidas 6 33. talheres e cutelaria 5 34. forno e fogão 12

24 29 27 28 26 30 28 29 i2 28 28 28 27

7 7

24 26 23 17 23 29 29 26 27 29 27 28 24 28 19 23 24 25 18

loja de rua

não sim

3 3 3 3 4 O O 7

12 3 O 4 1

24 6 O 3 3

19 5 O 6 2 3 O i 3 O i O O i 3

i3

27 27 27 27 26 30 30 23 18 27 30 26 29

6 24 30 27 27 11 25 30 24 28 27 30 29 27 30 29 30 30 29 27 17

------------------------------------------~------------------

:L22

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loja de shopping

linhas de produto não sim

35.utensilios para decorao;:ão e present 5 36.bicicletas 16 37.esportes 6 38.discos O 39.biscoitos e salgadinhos 3 40.papelaria 2 41.camping 14 42.praia 5 43. lâmpadas e eletricidade 4 44.ferragens e ferramentas 12 45.brinquedos 1 46.utilidades para cozinha 1 47.flores 8 48.auto-rádios 24 49.eletroportáteis 9 50.tvs 17 51.geladeiras, fogões e máquinas de la 29 52. aparelhagem de som 20

25 14 24 30 27 28 16 25 26 18 29 29 22

6 21 13

1 10

<continuao;:ão)

loja de rua

não sim

4 16 19

4 O 5

22 5 3 6 O 2 7

20 1

15 28 19

26 14 11 26 30 25

8 25 2"7 24 30 28 23 10 29 15

2 11

Os respondentes demonstram um grau de conhecimento das

linhas de produto vendidas pelas lojas pesquisadas bastante

semelhante, apesar da pequena divergincia em alguns itens

como salgados, esportes, cereais e ferragens e ferramentas.

Vale ressaltar que, das 52 linhas de produtos listadas,

apenas uma delas <geladeiras, fogões e máquinas de lavar)

não ~ realmente vendida nas lojas.

No entanto, a comparao;:ão dos produtos comprados pelos

respondentes de cada loja permite visualizar difereno;:as no

hábito de compra dos mesmos, como se pode verificar nos

quadro a seguir:

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TABELA B-LINHAS DE PRODUTO COMPRADAS PELOS RESPONDENTES

loja de shopping

linhas de produto não sim

1. vestuário feminino 23 2.acessórios do vestuário masculino 23 3.lingerie 24 4.meias femininas 21 5.vestuário masculino 27 6.higiene e perfumaria 10 7. produtos de 1 impeza 12 8.vestuário infantil e de bebê 26 9.padaria 24 10.acess6rios do vestuário infantil 21 11. lanchonete 19 12.utensílios para bebê 27 13.cal~ados 22 14.a~ougue 28 15.salgados 29 16.hortifrutas 17 17.bolsas femininas 27 i8.sacolas, malas e mochilas 27 i9.re16gios 30 20.alimentacloinfantil 27 21.balas e bombons 9 22.aniversário 21 23.armarinho 22 24.bijuterias 21 25.cosméticos 15 26. cama, mesa e banho 22 27.utensílios para banheiro, cozinha e 21 28.enlatados e sobremesas 21 29.1ouças J travessas J COPOS, serviço m 22 30.cereais 21 31. frios e laticínios 21 32.bebidas 24 33. talheres e cutelaria 25 34.forno e foglo 25 35.utensílios para decora~lo e present 18 36.bicicletas 29 37.esportes 27 38.discos 16 39.biscoitos e salgadinhos 13 40.papelaria 10

7 7 6 9 3

20 18

4 6 9

11 3 8 2 1

13 3 3 O 3

21 9 8 9

15 8 9 9 8 9 9 6 5 5

12 1 3

14 17 20

loja de rua

não sim

22 23 18 20 25

6 4

25 16 25 22 24 25 28 22

4 28 28 30 28

8 18 15 21 13 20 16 13 17 11

8 21 22 21 18 30 28 18

5 16

8 7

12 10

5 24 26

5 14

5 8 6 5 2 8

26 2 2 O 2

22 12 15

9 17 10 14 17 13 19 22

9 8 9

12 O 2

12 25 14

i24

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linhas de produto

41.camping 42.praia 43. lâmpadas e eletricidade 44. ferr-agens e ferramentas 45. br- i nquedos 46.utilidades para cozinha 47.flores 48.auto-rádios 49.eletroportáteis 50.tvs 51. geladeir-as, fogõe!? e máquinas de la 52.aparelhagem de som

loja d.? shopping

não sim

29 1 12 18 18 12 25 5

9 11 17 13 27 3 30 O 27 3 30 O 30 O 30 O

(continua",ão)

lOja de rua

não sim

29 1 24 6 18 12 20 10 17 13 18 12 26 4 30 O 27 3 30 O 30 O 29 1

------------------------------------------------------------

Os respondente~; da loja de shopping compram

principalmente produtos de 14 linhas, enquanto os

respondentes da zona norte compram produtos de 24 linhas.

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