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IMPACTOS DA ADOÇÃO DE CERTIFICAÇÕES DE QUALIDADE NA COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL DOS PRODUTOS DERIVADOS DO AÇAÍ (EUTERPE OLERACIA): UM ESTUDO DE CASO Caio Jose Lima Gouvea Nogueira (UNAMA) [email protected] manoel antonio ferreira junior (UNAMA) [email protected] Jose Alberto Silva de Sa (UNAMA) [email protected] A forte exigência do mercado consumidor, principalmente no que diz respeito ao mercado externo, e a busca por novos nichos de mercado vêm cada vez mais levando indústrias do setor alimentício a adotarem ferramentas que tornem seus produtos conforme os padrões exigidos, dentre elas destacam-se as certificações de qualidade. O estudo teve por objetivo identificar os impactos da adoção de certificações de qualidade para a comercialização internacional de produtos derivados do açaí, em uma empresa de beneficiamento de polpas de frutas localizada no estado do Pará. As certificações estudadas foram: ISO 22 000, Halal, Kosher e IFOAM. A pesquisa foi do tipo Estudo de Caso. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados a entrevista semi-estruturada com o intuito de identificar quais fatores, dificuldades e ganhos/benefícios a empresa objeto do estudo obteve mediante as certificações de qualidade implantadas. A análise dos dados foi realizada utilizando-se quadros comparativos para as variáveis pesquisadas (fatores, dificuldades e ganhos) onde em um contexto geral constatou-se que para as empresas alimentícias a implantação de certificações de qualidade é um fator estratégico no que diz respeito ao sucesso das exportações. Palavras-chaves: Certificações de Qualidade, Indústria Alimentícia, Comércio Internacional XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.

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IMPACTOS DA ADOÇÃO DE

CERTIFICAÇÕES DE QUALIDADE NA

COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL

DOS PRODUTOS DERIVADOS DO AÇAÍ

(EUTERPE OLERACIA): UM ESTUDO

DE CASO

Caio Jose Lima Gouvea Nogueira (UNAMA)

[email protected]

manoel antonio ferreira junior (UNAMA)

[email protected]

Jose Alberto Silva de Sa (UNAMA)

[email protected]

A forte exigência do mercado consumidor, principalmente no que diz

respeito ao mercado externo, e a busca por novos nichos de mercado

vêm cada vez mais levando indústrias do setor alimentício a adotarem

ferramentas que tornem seus produtos conforme os padrões exigidos,

dentre elas destacam-se as certificações de qualidade. O estudo teve

por objetivo identificar os impactos da adoção de certificações de

qualidade para a comercialização internacional de produtos derivados

do açaí, em uma empresa de beneficiamento de polpas de frutas

localizada no estado do Pará. As certificações estudadas foram: ISO

22 000, Halal, Kosher e IFOAM. A pesquisa foi do tipo Estudo de

Caso. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados a entrevista

semi-estruturada com o intuito de identificar quais fatores,

dificuldades e ganhos/benefícios a empresa objeto do estudo obteve

mediante as certificações de qualidade implantadas. A análise dos

dados foi realizada utilizando-se quadros comparativos para as

variáveis pesquisadas (fatores, dificuldades e ganhos) onde em um

contexto geral constatou-se que para as empresas alimentícias a

implantação de certificações de qualidade é um fator estratégico no

que diz respeito ao sucesso das exportações.

Palavras-chaves: Certificações de Qualidade, Indústria Alimentícia,

Comércio Internacional

XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no

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1- Introdução

Os rápidos avanços na área tecnológica exigem cada vez mais das empresas a fabricação de

produtos com qualidade, custos adequados, gerando maior valor agregado para seus

consumidores, tornado as organizações mais bem estruturadas e aprimoradas para o

concorrido mercado consumidor encontrado nos dias atuais.

Neste ponto é inegável a importância da qualidade e suas derivações, seja no produto ou no

processo, no que diz respeito à satisfação do cliente e no mercado consumidor, seja na

melhora do mercado existente (nacional) ou na busca por novos nichos de mercado

(internacional) (FERREIRA & MEDEIROS, 2007).

Com a abertura da economia brasileira, a partir de 1990, as empresas passaram a ter um novo

contexto competitivo, onde buscar novos mercados internacionais passou a ser uma prática

constante dentro de muitas organizações (MACHADO & SCORSATTO, 2005 apud

RODRIGUES, 2008).

Porém as exportações brasileiras são limitadas por restrições ao comércio nos mercados

internacionais, principalmente na União Européia e nos Estados Unidos, na forma de

Barreiras Tarifárias e Barreiras Não-Tarifárias.

Devido principalmente as Barreiras Não Tarifárias (Barreiras Ambientais, Laborais, Sanitárias

e Técnicas) e maior disponibilidade de informações sobre direito do consumidor, verifica-se

um grau crescente de exigência das pessoas com relação aos produtos, em especial os

alimentos.

Para obterem sucesso no mercado internacional, as organizações devem buscar estudar e se

familiarizar com os mercados escolhidos, como por exemplo, aspectos culturais, econômicos

e sociais (RODRIGUES, 2008).

Por isso, discutir a adoção de Certificações de Qualidade no Mercado Internacional em

tempos de globalização se faz extremamente relevante para a inserção e comercialização de

novos produtos, sendo o comércio internacional mais que uma realidade, uma necessidade

(SCHIMAICHEL & RESENDE, 2007).

Quando se fala no setor alimentício essa preocupação é ainda maior, a crescente busca por

alimentos seguros e adaptados para determinados locais do globo, levando em conta cultura e

religião, está forçando as indústrias alimentícias a obterem formas de controle mais apuradas

para fabricação de produtos em conformidade.

Um dos produtos atualmente demandados pelos mercados internacionais é o açaí , um dos

frutos mais produzidos na região norte, que além de trazer excelentes benefícios para a saúde

humana possui um delicioso sabor.

Este trabalho tem por objetivo identificar os impactos da adoção de certificações de qualidade

na comercialização internacional dos produtos derivados do Açaí (Euterpe Oleracia).

Realizou-se um Estudo de Caso em uma empresa beneficiadora de açaí situada no estado do

Pará, denominada Bela Iaça Indústria e Comércio de Polpas de Frutas LTDA, que realiza

comercialização de seus produtos para diversos continentes do mundo.

2- Certificações de Qualidade

Define-se certificação como:

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[...] um conjunto de atividades desenvolvidas por um organismo independente da

relação comercial, com o objetivo de atestar publicamente, por escrito, que

determinado produto, processo ou serviço está em conformidade com os requisitos

especificados. Esses requisitos podem ser nacionais, estrangeiros ou internacionais

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2007).

As certificações de qualidade podem gerar inúmeros impactos não somente para as empresas

que adotam tais ferramentas, mas também para seus clientes e conjunto da sociedade

(ZEIDAN et al., 2008).

Para as empresas, de uma maneira geral, a utilização de certificações aumenta o nível de

qualidade de deus processos, produtos ou serviços, além de uma vantagem competitiva pela

diferenciação no mercado em relação aos seus concorrentes. Já para os consumidores, o

produto passa a ter maior valor agregado, a certificação é uma forma de atestar que o produto

em questão possui qualidade garantida, e para o conjunto da sociedade é importante para as

relações de comércio internacional, proporcionando novos aspectos estratégicos (ZEIDAN et

al., 2008).

De uma maneira geral,

[...] observa-se um grande número de clientes exigindo de seus fornecedores a

obtenção da certificação de seus produtos ou serviços como uma demonstração de

sua qualificação e garantia de melhor atendimento aos requisitos contratuais e ainda

outras pressões de diferentes partes interessadas no processo de certificação tais

como consultorias, organismos certificadores, assessorias de imprensa, prêmios de

qualidade, etc. (SZYSKA, 2001, p. 17 apud (ZEIDAN et al., 2008, p. 2).

A empresa objeto do estudo possui como suas principais certificações de qualidade: ISO 22

000, Halal, Kosher, e IFOAM, sendo as mesmas, respectivamente, explicadas abaixo.

2.1- ISO 22 000

A segurança de alimentos é a segurança que o consumo de um determinado alimento não

causa dano a um consumidor quando preparado ou consumido de acordo com seu uso

intencional (CODEX ALIMENTARIUS, 1999 apud BERTHIER, 2007, p. 4).

Assim a implantação de sistemas de gestão que utilizam as normas da Organização

Internacional de Normalização (ISO) vem sendo exigida cada vez mais pelos clientes. Por

isso, cada vez mais se pode destacar importância das ferramentas de gestão da qualidade na

segurança de alimentos em geral, tornando-o mais seguro e confiável a utilização de tais

alimentos, nesse sentido destaca-se a ISO 22 000 (BERTHIER, 2007).

A Norma ISO 22 000 – Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos para qualquer

organização da cadeia de alimentos foi desenvolvida com base no formato das normas da

gestão da ISO, semelhante a ISO 9001, por exemplo, (ABNT, 2006 apud BERTHIER, 2007,

p.15).

A certificação de qualidade ISO 22 000 é uma certificação voltada para a segurança de

alimentos que tem por finalidade assegurar que os alimentos estejam seguros para o consumo

final. Com isso, demonstrando a habilidade da organização em controlar os riscos e perigos na

segurança dos alimentos e procurando constantemente produtos finais seguros, que atendam,

prioritariamente, os requisitos dos clientes (BELA IAÇA, 2011).

A importância geral da ISO 22 000 é criar e consolidar um padrão internacional, objetivando

diminuir a atual diversidade de sistemas de gestão de segurança e conservação de alimentos.

Para tal a empresa deve considerar os efeitos da cadeia produtiva de alimentos, anteriormente

e após suas operações (ABNT, 2006 apud BERTHIER, 2007, p.16).

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Para planejamento e implementação correta da ISO 22 000, devem ser levados em conta um

série de fatores importantes, tais como: perigos relativos à segurança dos alimentos, produtos

fornecidos, processos empregados e o tamanho da estrutura da organização (ABNT, 2006

apud BERTHIER, 2007, p.16).

Por fim, deve-se ter total apoio e comprometimento da alta direção, pois a mesma alia

conscientização e liderança para desenvolver e implementar o sistema. A eficácia do sistema

tem avaliação dada pela análise crítica da direção sobre o desempenho da organização

(ABNT, 2006 apud BERTHIER, 2007, p.17).

Figura 1 – Selo da Certificação ISO 22 000

Fonte: Imagem concedida do arquivo da empresa Bela Iaça

2.2- Halal

Halal significa lícito é o mesmo que permitido, autorizado (permitido ao consumo

humano, legal). Alimentos Halal são aqueles cujo consumo é permitido por Deus.

No Sagrado Alcorão, Deus ordena aos mulçumanos e a toda a humanidade a comer

apenas alimentos Halal. Também é a base de tudo que é licito, na política, no social,

nos atos praticados (conduta), na justiça nas vestimentas, nas finanças, etc., é o

resultado de um sistema de produção que busca criar mecanismos que contribuam

com a saúde humana, criando um equilíbrio sustentável em todo seu processo

(CIBAL HALAL, 2011).

O certificado Halal assegura que todos os produtos processados que possuem o selo Halal,

seguem as normas estabelecidas na cultura Mulçumana, sendo a garantia de que o produto é

considerado lícito e a unidade produtora segue a jurisprudência islâmica (BELA IAÇA,

2011).

De acordo com dados da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, existe uma

demanda crescente no mercado Halal, a previsão é de aproximadamente 15% de crescimento

no mercado de produtos, e só no setor alimentício movimenta algo em torno de U$ 400

bilhões em todo o mundo (FAMBRAS, 2011).

O Brasil é responsável por U$ 1 bilhão desse comércio, que atualmente vai muito além do

segmento de carnes, passando a abranger setores de massas, biscoitos, sucos, chá, leite, entre

outros (AGROSOFT BRASIL, 2010).

Esse crescimento, no entanto, gera consumidores mais exigentes e atentos à qualidade,

normas e regras, por isso um das principais funções da certificação Halal é agregação de valor

aos produtos exportados, atendendo às essas exigências dos consumidores (BRASIL

ALIMENTOS, 2010).

A certificação Halal gera várias vantagens tais como: diferencial na abertura de novos

mercados, maior responsabilidade e conscientização da qualidade do produto entre as equipes,

redução de perdas e falhas, melhoria no desempenho do negócio e gerenciamento de risco,

melhoria de reputação da marca, remoção de barreiras comerciais e maior satisfação do

cliente (ISLAMIC HALAL, 2011).

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Darwiche explica que os processos de certificações e o selo de qualidade Halal são bastante

acessíveis para empresa de qualquer porte, e que hoje no Brasil existem mais de 300 empresas

que exportam seus produtos com o selo Halal. O mais importante é observar as regras,

seguindo recomendações das auditorias, fazendo com que as empresas mantenham o selo

(AGROSOFT BRASIL, 2010)

A surpresa é que mais do que simplesmente preceitos religiosos os selos de qualidade Halal

(lícitos, permitidos para consumo) são vistos pelos consumidores como um garantia de

qualidade tanto por partes dos processos como na compra e utilização de alimentos confiáveis

(AGROSOFT BRASIL, 2010)

Figura 2 – Selo da Certificação Halal

Fonte: Imagem concedida do arquivo da empresa Bela Iaça

2.3- Kosher

O termo Kosher ou Kasher, que significa próprio ou correto, é utilizado para definir os

alimentos preparados de acordo com as leis judaicas de alimentação, seguindo uma serie de

normas (REGENSTEIN & REGENSTEIN, 1979, 1988; BARKMEIER, 1998; CHANIN &

HOFMAN, 1998, KOF-K KOSHER SUPERVISION, 1998 apud ROÇA, 2002, p. 7).

A religião judaica é a mais exigente quanto às normas de alimentação, que envolve

seleção da matéria prima, abate de animais, preparo e consumo de alimentos, uso de

determinados utensílios e também regras de alimentação em certos dias como

sabbath ou dias de festas (LÜCK, 1994, 1995 apud ROÇA, 2002, p. 7).

O certificado Kosher é um documento que atesta a produção e produtos fabricados seguem as

normas específicas que regem a dieta judaica ortodoxa, sendo reconhecido em todo o mundo

como sinônimo controle máximo de qualidade (CERTFICADO KOSHER, 2011)

Seu processo de emissão depende de total abertura e transparência, tanto da empresa

requerente quanto da entidade judaica, para a retirada das informações necessárias e possíveis

melhorias. Após a emissão do certificado, os produtos passarão a ter acompanhamentos

constantes para que os mesmos continuem considerados aptos de acordo com o padrão Kosher

(CERTIFICADO KOSHER, 2011)

No mundo multicultural em que vivemos apenas uma pequena parcela dos consumidores de

produtos Kosher são judeus, podem-se destacar os mulçumanos, budistas, adventistas do

sétimo dia, vegetarianos, pessoas com alergias a certos alimentos e ingredientes e

consumidores que simplesmente consideram o alimento kosher como sendo de alta qualidade

(BARKMEIER, 1998, IBEN, 1995, KHOLMEINI, 1979; KOSHER, 1997; LÜCK, 1984,

1995 apud ROÇA, 2002, p. 8).

Podem ser consideram alimentos Kosher a carne, frango, peixe com escamas, laticínios,

frutas, legumes e produtos de confeitaria, porém alimentos como carne suína, misturas de

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carne e laticínios e todos os insetos ou animais que tenham muitas pernas, não são alimentos

Kosher (BARKMEIER, 1998, IBEN, 1995, KHOLMEINI, 1979; KOSHER, 1997; LÜCK,

1984, 1995 apud ROÇA, 2002, p. 8).

Por possuir um rigoroso controle de qualidade e alta confiabilidade dos consumidores, o

mercado dos alimentos Kosher vem crescendo em mais de 10% ao ano, tornando a marca

Kosher um diferencial para os produtos que a ela utilizam (KOSHER CERIFICATION, 2011).

A título de curiosidade, o certificado Kosher possui validade internacional de um ano, tendo

vigor a partir da data no qual foi emitido, podendo ser renovado ao fim do prazo mediante a

nova visita do rabino à fábrica (CERTIFICADO KOSHER, 2011).

Figura 3 – Selo da Certificação Kosher

Fonte: Imagem concedida do arquivo da empresa Bela Iaça

2.4- IFOAM

A IFOAM (International Federation of Organic Agriculture Movements) é uma entidade

internacional que estabelece regras e normas para definir o que é um produto orgânico e

credencia, em todo o mundo, órgãos responsáveis para inspeção e certificação (IFOAM,

2001).

Dentre os Princípios de Agricultura Orgânica listados pela IFOAM, está a seguinte

afirmação – o manejo orgânico deve ser conduzido com responsabilidade e

precaução, visando proteger a saúde e o bem-estar da geração presente e futura do

meio ambiente o que enquadra a agricultura orgânica no conceito de

Desenvolvimento Sustentável (SCHIMAICHEL & RESENDE, 2007, p. 4).

A agricultura orgânica possui várias características, tais como: proteger a fertilidade do solo

em um longo prazo, fornecer de nutrientes para a cultura de modo indireto, controlar ervas,

pragas e doenças, sendo a intervenção de agentes químicos e biológicos praticamente nulos

(REZENDE & FARINA, 2001).

Os produtos orgânicos possuem excelente aceitação no mercado consumidor atual, devido à

preocupação com a degradação do meio ambiente e uma maior busca por “produtos limpos” e

sem agrotóxicos (DAROLT, 2002 apud SCHIMAICHEL & RESENDE, 2007, p. 5).

A maioria dos produtores de alimentos orgânicos considera que a obtenção do selo aumenta a

credibilidade do produto para as vendas, sendo garantida a compra de um produto produzido

de acordo com as principais regras e padrões adotados pelos alimentos orgânicos

(RUNDGREN, 1998 apud CÉSAR, BATALHA & PIMENTA, 2008, p. 383).

“O mercado nacional de produtos orgânicos encontra-se em forte expansão, com crescimento

de 50% ao ano no Brasil, valor que supera a estimativa mundial de 20%.” (FONSECA, 2003

apud CÉSAR, BATALHA & PIMENTA, 2008, p. 379)

Atualmente existem padrões para que se possa desenvolver a agricultura orgânica de forma

clara e objetiva, porém esses padrões não são considerados constantes graças a avaliações de

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inspeção e melhorias, podendo ser alterados para tornar mais coerente e eficiente o manejo

orgânico (IFOAM, 2006).

Figura 4 – Selo da Certificação IFOAM

Fonte: Imagem concedida do arquivo da empresa Bela Iaça

3- Estudo de Caso

3.1- Caracterização da Empresa pesquisada

Fundada em 2003, a empresa Bela Iaça Indústria e Comércio de Polpas de Frutas LTDA é

localizada no município de Castanhal, a 84 km da capital do Estado do Pará, possui

aproximadamente 500 colaboradores diretos e indiretos no período de safra do produto

(BELA IAÇA, 2011).

A organização em cinco anos obteve um rápido crescimento em suas atividades, devido à

qualificação de sua equipe técnica, investimento em modernas instalações e constante busca

pela excelência de seus produtos e serviços (BELA IAÇA, 2011).

Figura 5 – Entrada da empresa

Fonte: Imagem concedida do arquivo da empresa Bela Iaça

A principal atividade da empresa é o beneficiamento de polpas de frutas, em especial o Açaí.

O seu mix de produtos também inclui beneficiamento de polpas como: abacaxi, acerola,

bacuri, caju, cupuaçu, limão, muruci, maracujá, entre outras frutas brasileiras (BELA IAÇA,

2011).

Atualmente, 50% de sua produção é destinada ao Mercado Nacional e os outros 50% são

destinados ao Mercado Externo, sendo a exportação realizada de forma direta e indireta para

países como: Estados Unidos, Canadá, Japão, Holanda, Israel, entre outros (BELA IAÇA,

2011).

Devido à aquisição de novos mercados consumidores (exportações), a Bela Iaça vem

investindo constantemente na adoção de certificações de qualidade para a possível

comercialização de seus produtos fora do Mercado Nacional.

3.2- Instrumento utilizado na Coleta de Dados

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O instrumento de coleta de dados foi uma entrevista semi-estruturada, realizada no dia 8 de

abril de 2011, sendo o respondente o Gerente Técnico da empresa pesquisada.

O roteiro da entrevista possuía três perguntas abertas para cada certificação pesquisada,

sendo:

Questão 1 – Quais foram os fatores observadores pela empresa na adoção da certificação

de qualidade?

Questão 2 – Quais foram as dificuldades de implantação observadas pela empresa? E

como foram solucionadas?

Questão 3 – Quais foram os ganhos/benefícios com a utilização da certificação de

qualidade em questão?

Ao final da entrevista, realizou-se a análise do conteúdo, sendo a mesma apresentada no item

3.3.

3.3- Análise de conteúdo dos dados coletados

3.3.1- Respostas para a Certificação de Qualidade ISO 22 000

Segundo o entrevistado, os fatores que levaram a empresa a adotar a certificação de qualidade

ISO 22 000 foram: a forte exigência do mercado externo (principalmente Estados Unidos), o

ganho de credibilidade junto aos clientes, a possibilidade de abertura para novos mercados

consumidores e possuir um diferencial competitivo. As principais dificuldades de implantação

consistiram na grande dificuldade de compreensão da norma e pouco conhecimento sobre a

mesma por parte da empresa, como solução foi contratada uma empresa de fora do estado

para prestação de serviço de consultoria. E os benefícios gerados com a adoção da certificação

de qualidade são o preenchimento dos requisitos exigidos pelos clientes, gerando maior

satisfação, uma padronização nos produtos e processos da empresa e, conseqüentemente,

aumentando seu mercado consumidor.

3.3.2- Respostas para a Certificação de Qualidade Halal

De acordo com o Gerente Técnico, a certificação de qualidade Halal é uma exigência dos

mulçumanos. Com ela a empresa passa a abranger uma grande fatia de mercado Islâmico

localizado principalmente na Europa (França e Alemanha), Estados Unidos e Dubai. No que

diz respeito a dificuldades, a empresa já preenchia os requisitos da certificação de qualidade

Halal, e quanto aos benefícios, basicamente, é a ampliação do seu mercado consumidor.

3.3.3- Respostas para a Certificação de Qualidade Kosher

Para o respondente a certificação de qualidade Kosher é a mais conhecida dentro de todo o

mercado internacional, por isso, a empresa é bastante cobrada pelos clientes finais o que

acarreta nos produtos com o selo um diferencial no mercado. Não houve dificuldades para

adoção do selo Kosher, pois as atividades da empresa em si já preenchiam os requisitos

exigidos para tal certificação. E o ganho de nichos de mercado (Mercado Judaico) foi

considerado o principal ganho com a implementação da certificação Kosher.

3.3.4- Respostas para a Certificação de Qualidade IFOAM

O Certificado Orgânico (IFOAM) é considerado uma tendência mundial, e para obtenção

desse mercado em crescimento e pela forte exigência relacionada ao processamento dos

produtos orgânicos a empresa objeto de estudo resolveu adotar essa certificação internacional

de qualidade. A IFOAM apresentou sérias dificuldades de compreensão e conhecimento sobre

a norma, porém tal problemática ocorreu com os fornecedores do fruto, comunidades

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coletoras e agricultores ligados a empresa. A solução encontrada foi a contratação de um

Técnico Agrícola para capacitação local, realização de visitas e acompanhamento das cargas

de frutos orgânicos. O atendimento a exigência dos consumidores, e a ampliação do mercado

em geral são os benefícios gerados pela forte “tendência orgânica” crescente em todo o

mundo.

3.3.5- Quadros Comparativos

Os quadros abaixo resumem as respostas do entrevistado quanto às variáveis analisadas

(fatores, dificuldades e ganhos), sendo o símbolo (em verde) a representação da presença das

respostas comuns para as certificações em questão.

3.3.5.1- Quadro Comparativo dos Fatores

Fatores

f

Exigência do Mercado Externo

4

Ganho de Credibilidade junto

ao Cliente

1

Possibilidade de Ganhos de

Mercado

3

Diferencial Competitivo

2

Fonte: Dos Autores

Tabela 1 – Quadro Comparativo da Variável “Fatores”

De acordo com o quadro acima, observa-se que o principal fator que levou a empresa a adotar

tais certificações foi a forte exigência do mercado internacional, seja na forma de segurança

dos alimentos ou por fatores de religião. Logo em seguida a possibilidade de ganhos de

mercado aparece como outro fator decisivo no momento de aderir tais certificações, pois para

comercialização no mercado externo deve-se primeiro adequar seu produto para depois ter a

possibilidade de expansão de mercado internacional.

3.3.5.2- Quadro Comparativo das Dificuldades

Dificuldades

f

Compreensão da Certificação

2

Pouco conhecimento sobre a

Cerificação

2

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Não Houve Dificuldade

2

Fonte: Dos Autores

Tabela 2 – Quadro Comparativo da Variável “Dificuldades”

Pode-se observar com o quadro comparativo acima que as principais dificuldades são a

compreensão e conhecimento da certificação, seja por parte de empresa ou pelos seus

fornecedores, por isso a contratação de consultores especializados no assunto é sempre

importante para as certificações serem implantadas corretamente. Sendo que para a empresa

pesquisada as Certificações Halal e Kosher não apresentaram grandes dificuldades.

3.3.5.3- Quadro Comparativo dos Ganhos/Benefícios

Ganhos

f

Satisfação do Cliente

2

Padronização de Produtos e

Processos

1

Ganhos de Mercado

4

Fonte: Dos Autores

Tabela 3 – Quadro Comparativo da Variável “Ganhos/Benefícios”

Dentre os benefícios citados acima, destaca-se o ganho de mercado consumidor, pois com a

adoção de certificações de qualidade seu produto demonstra conformidade, fazendo com que

cada vez mais e mais clientes fiquem satisfeitos e passem a comprar o produto ofertado.

4- Conclusão

A certificação de produtos alimentícios no mercado intencional é considerada uma condição

básica, porém essencial para que os mesmos sejam comercializados com sucesso. A

certificação de qualidade dos produtos e processos nos padrões internacionais permite que as

empresas credenciadas passem a competir por novos nichos de mercados como europeus,

árabes, norte americanos, entre outros.

Além do fator competitivo, de uma maneira geral as certificações de qualidade passam a

atender a legislação local, previnem impactos ambientais, garantem a segurança dos alimentos

e ainda fortalecem a imagem da empresa perante o mercado.

O objetivo deste estudo sobre certificações de qualidade foi justamente identificar os impactos

na comercialização internacional de produtos derivados do açaí, sendo que no Estudo de Caso

observou-se que a empresa Bela Iaça expandiu as demandas do açaí, de forma global, devido

às certificações de qualidade.

É oportuno salientar que para a empresa pesquisada não foram necessários altos investimentos

no que diz respeito à implantação de processos, sistemas e outros tipos de serviços que visam

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Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.

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atender aos requisitos necessários para aderir de forma satisfatória às certificações de

qualidade.

As preocupações com a garantia da qualidade dos produtos e processos, as exigências do

cumprimento das normas internacionais, o estudo das barreiras da exportação de produtos

nacionais e as crescentes solicitações globais por determinados clientes específicos garantem

que pesquisas sobre este assunto tenham um papel estratégico dentro das organizações que

buscam vantagem competitiva no ramo de alimentos.

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