Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico...

20
Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro- grama de acreditação de laboratórios clí- nicos do Brasil. Até hoje o PALC é o maior programa do país e se tornou uma referên- cia em países da América Latina. Esta é a segunda reportagem da série “Conheça um pouco da nossa história”. Página 7. Em 2010 devem ser conhecidos os primeiros resultados de um estudo que desenvolve uma vacina experimental contra a malária. Esta é a estimativa do chefe da Divisão de Imuno- logia da Universidade de Nova York, Michael Heidelberger, feita em seminário apresenta- do em junho, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Página 8. Marcador de fusão genética pode melho- rar prognóstico de câncer de próstata Pesquisadores nos Estados Unidos descobriram que a fusão dos genes SLC45A3 e ELK4 é expressa em níveis elevados na urina de homens que apresentam risco de desenvolver câncer de próstata. Página 8. A SBPC/ML e seu house-organ Um house-organ é um veículo de comunicação utili- zado por empresas, instituições e entidades de classe com o propósito de alinhar pensamentos em busca de objetivos comuns. Em relação a este segundo número do Noticias - Me- dicina Laboratorial cabe uma reflexão. Este novo veículo tem a intenção de ser um jornal ins- titucional, um house-organ, um dos pilares de desen- volvimento e perpetuação da SBPC/ML, com a missão de fortalecer o “espírito de corpo” de nossa Socieda- de, promover a integração dos leitores, encurtando distâncias, reais ou virtuais, entre profissionais de la- boratórios clínicos, de empresas do setor diagnóstico e de uma gama de assinantes ligados à industria da medicina diagnóstica em nosso país. Através de notícias variadas nossa comunidade encon- trará neste meio de comunicação idéias, opiniões, no- vidades tecnológicas, assuntos de interesse acadêmico e de política de classe. Nossa comunidade, unida através da comunicação, verá ampliado o seu poder de argumentação, que deve ser usado como ferramenta para facilitar o acesso a seus pares e à opinião pública, aumentar a compre- ensão e o reconhecimento de nossa atividade profis- sional, e fortalecer os vínculos com nosso público de interesse, sejam usuários de serviços de saúde, órgãos de fomento, entidades reguladoras e fiscalizadoras, além de profissionais médicos de diversas especialida- des clinicas e cirúrgicas. Neste número você encontrará um artigo sobre o im- pacto regulatório na Saúde, que mostra uma visão da indústria diagnóstica de relevante interesse e influên- cia em nossa prática profissional. Temos também notí- cias sobre o 43º Congresso da SBPC/ML, o TEPAC 2009 e muitas outras informações interessantes. É muito importante que você contribua, enviando co- mentários e sugerindo temas para reportagens, entre- vistas e artigos. Basta entrar em contato com a Reda- ção do jornal através do e-mail [email protected]. Um forte abraço e uma boa leitura. Armando Fonseca - Editor-chefe PALC - sinônimo de qualidade há 11 anos Vacina contra malária está em fase experimental Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico in vitro A presidente e o secretário- executivo da Câmara Brasilei- ra de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) mostram como as em- presas de diagnóstico in vitro no Brasil vem reagindo à política regulatória do Governo e à crise econômica mundial. Os autores também apre- sentam um panorama deste mercado, que é dependente de grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Página 2. Foto: Arquivo/Fiocruz

Transcript of Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico...

Page 1: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação de laboratórios clí-nicos do Brasil. Até hoje o PALC é o maior programa do país e se tornou uma referên-cia em países da América Latina. Esta é a segunda reportagem da série “Conheça um pouco da nossa história”. Página 7.

Em 2010 devem ser conhecidos os primeiros resultados de um estudo que desenvolve uma vacina experimental contra a malária. Esta é a estimativa do chefe da Divisão de Imuno-logia da Universidade de Nova York, Michael Heidelberger, feita em seminário apresenta-do em junho, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Página 8.

Marcador de fusão genética pode melho-rar prognóstico de câncer de próstataPesquisadores nos Estados Unidos descobriram que a fusão dos genes SLC45A3 e ELK4 é expressa em níveis elevados na urina de homens que apresentam risco de desenvolver câncer de próstata. Página 8.

A SBPC/ML e seu house-organUm house-organ é um veículo de comunicação utili-zado por empresas, instituições e entidades de classe com o propósito de alinhar pensamentos em busca de objetivos comuns. Em relação a este segundo número do Noticias - Me-dicina Laboratorial cabe uma reflexão.Este novo veículo tem a intenção de ser um jornal ins-titucional, um house-organ, um dos pilares de desen-volvimento e perpetuação da SBPC/ML, com a missão de fortalecer o “espírito de corpo” de nossa Socieda-de, promover a integração dos leitores, encurtando distâncias, reais ou virtuais, entre profissionais de la-boratórios clínicos, de empresas do setor diagnóstico e de uma gama de assinantes ligados à industria da medicina diagnóstica em nosso país.

Através de notícias variadas nossa comunidade encon-trará neste meio de comunicação idéias, opiniões, no-vidades tecnológicas, assuntos de interesse acadêmico e de política de classe.

Nossa comunidade, unida através da comunicação, verá ampliado o seu poder de argumentação, que deve ser usado como ferramenta para facilitar o acesso a seus pares e à opinião pública, aumentar a compre-ensão e o reconhecimento de nossa atividade profis-sional, e fortalecer os vínculos com nosso público de interesse, sejam usuários de serviços de saúde, órgãos de fomento, entidades reguladoras e fiscalizadoras, além de profissionais médicos de diversas especialida-des clinicas e cirúrgicas.

Neste número você encontrará um artigo sobre o im-pacto regulatório na Saúde, que mostra uma visão da indústria diagnóstica de relevante interesse e influên-cia em nossa prática profissional. Temos também notí-cias sobre o 43º Congresso da SBPC/ML, o TEPAC 2009 e muitas outras informações interessantes.

É muito importante que você contribua, enviando co-mentários e sugerindo temas para reportagens, entre-vistas e artigos. Basta entrar em contato com a Reda-ção do jornal através do e-mail [email protected].

Um forte abraço e uma boa leitura.

Armando Fonseca - Editor-chefe

PALC - sinônimo de qualidade há 11 anos

Vacina contra malária está em fase experimental

Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico in vitroA presidente e o secretário-executivo da Câmara Brasilei-ra de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) mostram como as em-presas de diagnóstico in vitro no Brasil vem reagindo à política regulatória do Governo e à crise econômica mundial. Os autores também apre-sentam um panorama deste mercado, que é dependente de grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Página 2.

Foto: Arquivo/Fiocruz

Page 2: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

2

Evolução de planos de saúde público x privado (Fonte: jornal Folha de S.Paulo, 28/04/08)

Este cenário, de queda da participação pública de 20,45% neste período e o conseqüente crescimento dos planos de saúde, contribuiu para dar aos brasileiros outra visão. Hoje, 29% deles encaram a saúde como seu principal problema! Outra contribuição importante deste cenário foi a altera-ção ocorrida no perfil de exames exigidos. O diagnóstico como ferramenta essencial para garantir ao paciente uma correta - e mais precoce possível - terapia foi ganhando cada vez mais espaço nos debates médicos e, até mesmo, em rodas de discussão entre leigos. Com um quadro bastante eclético de operadoras de saúde – onde os interesses podem ser os mais diversos -, houve uma demanda crescente por novas tecnologias, às vezes procuradas pelo interesse na promoção do acesso ao que há de mais moderno e inovador em determinado segmento, com finalidade apenas mercadológica ou, em outros casos, como tentativas de encontrar o mais eficaz diagnóstico/tratamento, inclusive sob o ponto de vista de custo-efeti-vidade.

Distribuição das operadoras de saúdeFontes: sistema de informações de Benefícios - ANS/MS - 09/2007 e Ca-dastro de Operadoras - ANS/MS - 09/2007Nota: O termo “beneficiário” refere-se a vinculos aos planos de saúde, podendo incluir vinculos para: um mesmo indivíduo

As diferentes perspectivas eram dadas de acordo com a finalidade e o tipo de cada operadora de saúde – se co-operativa, filantropia, medicina de grupo, autogestão ou seguradora especializada em saúde. Neste sentido, os in-teresses variam de acordo com o peso dado à manutenção da tecnologia atual ou à busca e implementação de novas tecnologiasEmbora positiva, a evolução proporcionada pelas novas tecnologias gerou uma série de discussões, em diversas frentes – tanto públicas quanto privadas -, já que os recur-sos são escassos em todos os níveis. O resultado é que hou-ve um amadurecimento deste debate, deixando-se de lado as posições radicais e adotando-se critérios mais objetivos para a inovação tecnológica.

Incorporação de tecnologiasNeste sentido, a Comissão para Incorporação de Tecnolo-gias (Citec) do Ministério da Saúde, hoje sob a coordenação de Cláudio Maierovitch Pessanha Henriques, exerce o papel de unir todos os interessados na análise e implementação de novas tecnologias. Assim, participam da Citec as seis se-cretarias do Ministério da Saúde, além da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Ministério da Ciência e Tec-

Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico in vitro

artigo

Liliana Perez*Carlos Eduardo Gouvêa **

A globalização da economia e o acesso a novas tecnologias, aliados a outros fatores como a livre concorrência e um mercado interno forte, têm permitido uma evolução acelerada da área da saúde no Brasil nos últimos anos. O crescimento do mercado pode ser atribuído não apenas ao aumento da população, mas também à mudança de seu perfil. De um mercado extremamente concentrado no setor público – em 1995, quase 62% eram dependentes do SUS – 12 anos depois, em 2007, números mostravam que mais da metade das vidas dependiam de planos de saúde privados.

Page 3: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

3

nologia e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ao articular todas estas entidades governamentais para ge-rar ou não uma recomendação de inclusão de uma deter-minada tecnologia, seja por pressão social ou mesmo por demanda interna de algum órgão público interessado, a Ci-tec promove uma ampla análise dos produtos em questão, da literatura existente sobre o tema, além de avaliar todo o possível impacto que esta introdução teria, inclusive ve-rificando se a tecnologia substituirá ou não outra existente. Tais recomendações podem tanto ser feitas para o SUS quanto para as operadoras de saúde, através da ANS, e têm uma importância significativa, pois trabalha-se com con-ceitos de custo-efetividade (isolado e comparado) e medi-cina baseada em evidências, além, é claro, de considerar a segurança e eficácia da tecnologia e produtos propostos.

Neste quadro, o setor de saúde é visto como um dos que mais avançam no país. Porém, em contrapartida, tem-se a equivocada e simplista idéia de que é gerador de déficit na balança comercial. É equivocada porque existem alguns setores que são superavitários, como o de equipamentos e artigos para odontologia, por exemplo. É simplista porque considera todos os setores como sendo exatamente iguais ao setor farmacêutico. Foi considerando este quadro que o governo federal lançou diversas medidas, sob a forma de políticas econômicas para desenvolvimento de uma indústria nacional mais forte e que possa ser, além de geradora de empregos, altamente exportadora. Tais políticas podem ser encontradas no PAC da Saúde ou de forma mais organizada e detalhada no pro-grama do Complexo Econômico Industrial da Saúde, orga-nizado pelos Ministérios da Saúde, da Ciência e Tecnologia, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, além de contar com o apoio do BNDES.Para alcançar os objetivos ali definidos, as principais fer-ramentas usadas têm sido o fomento ao desenvolvimento tecnológico, produção e inovação; compras governamen-tais; regulação; cooperação técnica e econômica; e atra-ção de investimentos.

Embora os objetivos sejam nobres, há um grande risco de se travar a economia ou, no mínimo, gerar um grande atraso sem que haja qualquer contrapartida benéfica para o país em áreas onde a evolução tem sido positiva, com grande geração de empregos, caso da área de diagnóstico in vitro.

Diagnóstico in vitroEste segmento tem características muito peculiares. Como principais, pode-se destacar que é muito dependente de grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento, com altos custos para inovar, o que determina a concen-tração produtiva em poucas fábricas ao redor do mundo, justamente para tentar se buscar algum tipo de economia de escala. Por outro lado, é um segmento dos mais competitivos na área de Saúde. Com esta concorrência acirrada, tem-se visto um declínio constante das margens, o que levou a uma concentração em vários elos da cadeia (fusões e aqui-sições). A inovação tecnológica tem, portanto, um papel

fundamental de revigorar a própria indústria, ao mesmo tempo em que traz soluções cada vez mais eficazes e pre-coces para o paciente. Porém, sempre com uma atenção à oferta de soluções a custos decrescentes.

Distribuição do mercado de diagnóstico in vitro no Brasil (Fon-te: CBDL – 2008)

Com cerca de 60% do mercado pertencente a três áreas de exames laboratoriais (Imunologia/Virologia, Hormônios/Marcadores tumorais e Bioquímica), o setor continua bus-cando evolução não apenas com novas tecnologias como também através do investimento em novos mercados.

Áreas de atuação do mercado de diagnóstico in vitro no Brasil (Fonte: CBDL – 2008)

Neste sentido, percebe-se o surgimento de um novo mer-cado – diagnóstico in vitro para uso veterinário, além do mercado de point-of-care que deve amadurecer nos pró-ximos anos. O fato é que hoje há uma clara e crescente percepção da importância do correto e precoce diagnósti-co, não apenas pelos profissionais de saúde, como também pela população em geral. Impactos da crise econômicaA crise deflagrada em setembro de 2008 acabou reforçando algumas medidas que já eram regra para o setor de diag-

artigo

Page 4: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

4

nóstico: busca permanente de maior eficiência; redução de custos e priorização de investimentos.

Diante de uma situação de total instabilidade e incerteza da economia, sem possibilidade de projetar-se qualquer previsão, associada ao aumento da inadimplência e dimi-nuição generalizada do crédito, houve um primeiro mo-mento de grande preocupação para o setor.

Aliado a esta conjuntura, é preciso considerar ainda que as Avaliações de Tecnologia em Saúde (ATS) tanto pelas operadoras de saúde, quanto pela própria Citec, exercem uma pressão de barreira para a inovação, já que nem sem-pre são exercidas de forma transparente ou em velocidade compatível com a demanda pela sociedade. Infelizmente, o que se tem visto é a utilização inadequada desta impor-tante ferramenta, usando-a como desculpa para a não-in-corporação de determinado exame ou nova tecnologia que poderia trazer grande benefício.

A própria Citec, com seus quase três anos de existência, muito pouco aprovou. Aliás, ainda passa por uma primeira reestruturação, justamente para dar maior celeridade e transparência aos processos a ela encaminhados. Recente-mente foi transferida da Secretaria de Assistência à Saúde (SAS) para a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Insumos Estratégicos (SCTIE), ambas do Ministério da Saúde.

Não bastassem tais medidas, em nome da bandeira do com-plexo econômico industrial da saúde foram publicados al-guns atos legais que acabam impactando o setor de forma direta. O primeiro deles foi a Consulta Pública 01/2009 do Ministério da Saúde, que visava privilegiar em suas licita-ções as empresas que tivessem Certificação de Boas Práti-cas emitida pela Anvisa, o que geraria uma reserva de mer-cado para as empresas nacionais, todas elas já certificadas pela Agência. As multinacionais ficariam de fora já que a Anvisa, com a estrutura atual de apenas nove servidores no setor, não teria como inspecionar todas em pouco tempo. Vale lembrar que todas as empresas de diagnóstico in vitro têm seus programas de gestão de qualidade e atendem às Boas Práticas de Fabricação sob a ótica das normas interna-cionais, principalmente a ISO 13485.

As discussões sobre o tema foram longas e calorosas e, con-vencido de que não haveria um benefício para o próprio go-verno, o Ministério da Saúde não editou nenhuma portaria ou norma legal a partir desta Consulta Pública.

No entanto, o assunto não parou por aí. Foi retomado pela Anvisa, por meio da Consulta Pública 11/09 - hoje Resolu-ção RDC 25/09 -, que determinou que todas as empresas de produtos para saúde, inclusive diagnóstico, deveriam soli-citar anualmente a inspeção extra-zona para a certificação de Boas Práticas de Fabricação.

Em resumo, aquilo que seria uma medida válida apenas para empresas que fossem oferecer seus produtos ao Mi-nistério da Saúde, tornou-se uma obrigatoriedade para to-

das as empresas do setor. Assim, dentro do prazo de um ano, todas as cerca de 5 mil empresas de produtos para saúde com autorização de funcionamento perante a Anvi-sa devem ter as fábricas de onde importam seus produtos devidamente inspecionadas e certificadas por sua equipe de nove servidores (que sempre devem vistoriar em dupla cada instalação, levando, em média, oito dias para cada visita). Ou seja, serão dezenas de milhares de fábricas em todo o mundo a serem inspecionadas anualmente pela An-visa. Portanto, além da dificuldade de efetivar-se tal inspeção com a freqüência determinada legalmente (todo ano), há ainda o fator custo, relativo à taxa cobrada de R$ 37 mil por ano, por fábrica. Apenas na área de diagnóstico, estima-se uma arrecadação adicional para a Anvisa de cer-ca de R$ 20 milhões por ano. Caso a empresa não consiga obter tal certificação, estará impedida de registrar novos produtos ou mesmo de pedir a renovação de produtos já existentes e amplamente usados no mercado – mesmo que a falha não seja sua!

Estas não são boas notícias em um ano em que, mesmo com a crise que assola o país, o setor de diagnóstico obte-ve crescimento acumulado de 10% no valor importado nos últimos 12 meses - US$ 413,5 milhões -, mantendo um cres-cimento da força de trabalho em cerca de 13% no comércio atacadista, além de um crescimento de 7% na área de ser-viços de complementação diagnóstica e terapêutica, nos últimos 12 meses, o que significa mais de 122 mil empregos gerados, de acordo com dados do IBGE.

Emprego em serviços de complementação diagnóstica e tera-pêutica. Estoque no número de empregados no mês - em mil empregados (Fonte: CAGED-MTE)

Importação de kits de diagnóstico, reagentes e meios de cul-tura (Fonte: SECEX)

artigo

Page 5: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

5

PerspectivasÉ preciso buscar saídas para estes eventuais entraves cau-sados pelo próprio governo, levando em conta aspectos como sustentabilidade dos mercados, interesses dos pa-cientes, competitividade das empresas, qualidade, segu-rança e eficácia dos produtos ofertados.

Considerando que as atividades relacionadas à saúde re-presentam 5,3% do PIB (IBGE, 2005), e que o comércio atacadista de produtos médicos, ortopédicos e odonto-lógicos - segmento onde se insere a maior parte dos pro-dutos de diagnóstico in vitro - representa apenas 0,6% do PIB, não faz sentido impor medidas restritivas ao co-mércio internacional, via regulação sanitária. Tais medi-das não gerarão mais empregos ou desenvolvimento em um setor como este, mas trarão, com certeza, reserva de mercado para as poucas empresas existentes, com um possível aumento de preços e, em muitos casos, desabas-tecimento do mercado.

Como o próprio mercado internacional já adota práticas de excelência em termos de Boas Práticas de Fabricação, nada mais acertado do que a Anvisa ajustar mecanismos com o Inmetro para que se adote a norma NBR ISO 13485, tanto para empresas brasileiras quanto para empresas es-trangeiras. Caso quisesse, também poderia permitir aos organismos certificadores que possam incluir em suas inspeções às fábricas estrangeiras um complemento para

atingir-se o preconizado na Resolução RDC 59 (usada para as inspeções extra-zona da Anvisa) – o que seria 10% a mais do que já é verificado na ISO 13485 internacionalmente.

Além disso, outras medidas fundamentais para a redu-ção do impacto do regulatório sanitário na área de Saúde como um todo são relativamente fáceis de serem imple-mentadas e poderiam ser enumeradas em:1. Reduzir o tempo de registro e suas revalidações. Hoje, levam até 15 meses no caso de equipamentos.2. Harmonizar a legislação vigente de acordo com as nor-mas internacionais. 3. Adequar a estrutura existente visando terminar com os gargalos tanto em portos e aeroportos quanto nas inspe-ções extra-zona, usando para tanto os organismos certi-ficadores.4. Atuar de maneira efetiva como coordenadora do Siste-ma Nacional de Vigilância Sanitária para questões vitais, garantindo-se assim a efetiva segurança do paciente e usuário dos produtos para saúde, exercendo o seu papel inclusive em relação à pirataria, contrabando e comércio de produtos ilegais dentro do país.

(*) Liliana Perez, farmacêutica, é presidente da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial)(**) Carlos Eduardo Gouvêa, administrador público e ad-vogado, é secretário-executivo da CBDL (Câmara Brasilei-ra de Diagnóstico Laboratorial)

artigo

Page 6: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

6

Congresso da SBPC/ML vale pontos para três especialidades

43º Congresso da SBPC/ML tem cinco conferências magnas

Três brasileiros e dois estrangeiros são os convida-dos para apresentar conferências magnas no 43º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medici-na Laboratorial, de 15 a 18 de agosto de 2009, no Expominas, em Belo Horizonte.

No horário da conferência magna não há outras atividades simultâneas para que todos os presen-tes ao congresso possam assistir.

O primeiro conferencista é João Gabriel Marques da Fonseca, com o tema “A promoção da saúde no contexto da medicina laboratorial”, em 15 de agosto. No dia seguinte haverá dois convidados.

Sérgio Pena vai abordar os “Testes de DNA, pre-dição genética e segurança do paciente”. A con-ferência do sul-africano Patrick Bouic será sobre

“Impacto dos erros pré-analíticos na segurança do paciente”.

Na segunda-feira, 17, é a vez do norte-americano David Sacks falar sobre “Hemoglobina glicada: a importância de novas descobertas para o diag-nóstico e o tratamento do diabetes”.

A conferência “Dilemas éticos na Aids: sigilo, confidencialidade, autonomia e segurança do paciente” será apresentada por Dirceu Greco na terça-feira, 18.

A programação completa do 43º Congresso da SBPC/ML está no site www.cbpcml.org.br.

Médicos especialistas em Pato-logia Clínica/Medicina Labo-ratorial que participarem do 43º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial vão receber 20 pontos no Certificado de Atualização Profissio-

nal (CAP), emitido pela Comis-são Nacional de Acreditação (CNA). O

congresso também conta 10 pontos para as espe-cialidades Hematologia/Hemoterapia e Patologia.A CNA é formada por membros da Associação Médica Brasileira (AMB) e do Conselho Federal de Medicina (CFM). A pontuação em eventos científicos é esta-belecida pelas sociedades de especialidade médica,

de acordo com normas da CNA.A Resolução 1772/2005, do CFM, determina que médicos com Título de Especialista ou Certificado de Área de Atuação têm cinco anos para somar 100 pontos em atividades de educação continuada para obter o CAP. A participação é obrigatória para quem obteve o título de especialista a partir de 1º de janeiro de 2006 e opcional para os titulados antes desta data.Segundo a AMB, o médico com CAP é mais valori-zado pelos pacientes e pelo mercado de trabalho porque mostra que está em dia com os avanços da medicina e sua área.

As informações sobre o congresso estão no site www.cbpcml.org.br.

notícias

David Sacks João Gabriel M. da Fonseca Patrick Bouic Sérgio Pena Dirceu Greco

Fotos: divulgação

Page 7: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

7notícias

PALC - sinônimo de qualidade há 11 anosEm 1998, na gestão de José Carlos Lima, a SBPC/ML tomou a inciati-va de criar o primeiro programa brasileiro de acreditação de la-boratórios. Onze anos depois, o PALC - Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos reafirma sua liderança como o maior e mais influente do setor.

O Programa também é uma re-ferência na América Latina. Seus auditores já apresentaram cursos em vários países do continente. Em 2006, a convite da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês), o PALC realizou, na sede da SBPC/ML, um curso para formar auditores da qualidade em laboratórios de bio-logia molecular para profissionais da Colômbia, Equador, Panamá, Peru, Uruguai e Bolívia.“O PALC surgiu em uma época que os laboratórios brasileiros enfrentavam o desafio de adotar novas tecnologias. Mas faltavam adequação e uma cultura voltada para o uso desses recursos, com a segurança desejada, de modo a permitir que os laboratórios ofe-recessem seus melhores serviços como integrantes da cadeia de assistência a saúde”, recorda o ex-presidente da SBPC/ML Wilson

Shcolnik, que foi o primeiro dire-tor de Acreditação da Sociedade.

A abertura da importações havia facilitado o acesso dos laborató-rios brasileiros a equipamentos usados nos Estados Unidos e na Europa.

Naquela ocasião, a SBPC/ML, ór-gãos do Governo e outras entida-

des participavam de um projeto de certificação das Boas Práticas Laboratoriais, semelhante a ava-liação da qualidade de laborató-rios. “Falava-se muito em ‘certifica-ção’, mas estava patente que esta nem sempre contemplava o pro-cesso propriamente dito”, lembra o ex-presidente José Carlos Lima.Os requisitos do PALC foram ela-borados com base no programa do College of American Pathologists (CAP), dos EUA, o mais antigo do

mundo.O mercado reagiu bem ao lança-mento do Programa. A SBPC/ML iniciou um trabalho educativo jun-to aos laboratórios para que estes aprimorassem o nível dos serviços prestados.“A bandeira da qualidade rara-mente encontra resistências por tratar-se de uma causa nobre, que beneficia todas as partes, como usuários, médicos e pagadores de serviços”, diz Shcolnik.

Hoje, o PALC tem cerca de 100 la-boratórios acreditados e em pro-cesso de acreditação, e conta com cerca de 20 auditores que atuam em diversos estados do país. As auditorias PALC são realizadas por pares, isto é, por profissionais com larga experiência em laboratórios clínicos. Os auditores incentivam a equipe do laboratório, a alta direção e gerência a alcançarem níveis cada vez mais elevados de qualidade e melhoria contínua.

A SBPC/ML divulga o PALC entre seus associados, compradores de serviços, médicos e público em geral para valorizar e reconhecer os laboratórios que demonstram um efetivo compromisso com a qualidade.

Conheça um pouco da nossa história

Prova do TEPAC 2009 será em Belo HorizonteOs candidatos ao Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (TEPAC) de 2009 devem ficar atentos. A prova está marcada para 9h da manhã de 14 de agosto, no Ouro Minas Palace Hotel (Av. Cris-tiano Machado, 4001, bairro Ipiranga), em Belo Hori-zonte.

O período de inscrições é de 1º a 31 de julho. O edital e a ficha de inscrições estão no site da SBPC/ML (www.sbpc.org.br).

Para obter o TEPAC não é preciso ser associado da SBPC/ML.

Page 8: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

8

Vacina contra malária está em fase experimental

Em 2010 devem ser conhecidos os pri-meiros resultados de um estudo que desenvolve uma vacina experimental contra a malária. É a estimativa do chefe da Divisão de Imunologia da Universidade de Nova York, Micha-el Heidelberger, feita em seminário apresentado em junho, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).Atualmente, de 15 mil a 20 mil pesso-as de várias regiões da África estão se

submetendo a testes desta nova va-cina, chamada de RTSS. Ela atua na proteína de uma das fases do desen-volvimento do plasmodium, parasita causador da doença. Heildelberger espera que os resulta-dos sejam melhores dos que os dos testes realizados nos últimos 20 anos. Os resultados desses ensaios ficaram abaixo das expectativas pois a prote-ção conseguida é inferior a 50% dos indivíduos vacinados, que precisam receber três doses, e dura no máximo dois anos.O ideal, segundo o norte-americano, é que a vacina assegure a proteção de pelo menos metade das pessoas, por um período prolongado, e tenha

dose única. O custo da vacina também deve ser baixo.No seminário na USP, o epidemiologis-ta Luiz Hildebrando Pereira da Silva disse que podem aumentar os casos de malária e regiões do Brasil onde são construídas usinas hidrelétricas e estradas.Como exemplo ele citou as áreas pró-ximas ao Rio Madeira, em Rondônia. Nessa região, existem pessoas que so-frem de malária clínica e as que são imunes devido ao contato prolongado e repetido com o parasita, mas são portadores e podem ajudar a proli-feração da doença se forem picados pelo mosquito transmissor.Fonte: Agência Brasil

notícias

A fusão dos genes SLC45A3 e ELK4, recém-descoberta, pode aumentar a exatidão dos exames de câncer de próstata. Eles são encontrados próximos entre si no cro-mossoma de células normais e células cancerosas. Quan-do os genes se expressam no RNA de células de câncer de próstata, com muita freqüência eles geram uma mensa-gem única resultante da sua fusão.Pesquisadores do Colégio Médico Weill Cornell (www.med.cornell.edu), da Universidade de Nova York (EUA), descobriram que a fusão genética é expressa em níveis elevados na urina de homens com risco de desenvolver câncer de próstata. Esta informação pode ser usada para identificar a doença através de uma amostra de urina.“Este pode ser um marcador importante no diagnóstico do câncer de próstata”, avalia o professor de patologia e medicina laboratorial Mark Rubin, vice-presidente de

Patologia Experimental do Weill Cornell.Sua equipe está desenvolvendo um teste de urina que ele considera ser mais eficiente que o PSA, o TMPRSS2-ERG, ainda em testes clínicos nos EUA e na Europa.“Estudos recentes sobre PSA mostram que, para cada 50 homens que apresentam resultado positivo de PSA, só se consegue salvar a vida de um pessoa. Precisamos com urgência de marcadores biológicos que sejam clini-camente mais significativos na detecção de câncer de próstata”, explica.Rubin diz que a informação obtida da fusão genética do SLC45A3 com o ELK4 poderia ser adicionada ao teste de urina para aumentar a precisão deste exame e ajudar a determinar o nível de resposta a determinados tratamen-tos não cirúrgicos.Fonte: www.labmedica.es

Marcador de fusão genética pode melhorar prognóstico de câncer de próstata

No mês de julho, laboratórios do Rio de Ja-neiro distribuíram a seus clientes folhetos que alertam para a importância de controlar os níveis de glicose no sangue. Este trabalho fez parte de uma campanha contra o diabetes ini-ciada pela Regional RJ da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), que contou com o apoio da SBPC/ML.

O folheto, distribuído em unidades de coleta de vários laboratórios da Região Metropolitana da capital fluminense, faz uma analogia com os limites de velocidade no trânsito. O cliente

é informado dos níveis de glicose considerados como normal (até 99 mg/dL), pré-diabético (de 100 a 125 mg/dL) e diabético (maior ou igual a 126 mg/dL).

Para os pacientes diabéticos, o folheto alerta que a taxa de glicose não pode ser maior que 110 mg/dL em jejum e de 140 mg/dL duas ho-ras após as refeições. A pressão arterial tam-bém não deve ultrapassar 130 x 80 mmHg, o LDL colesterol deve estar sempre abaixo de 100 mg/dL e a hemoglobina glicada precisa ser menor que 6,5%.

SBPC/ML e SBEM-RJ fazem campanha de alerta ao diabetes

Page 9: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

9notícias

Page 10: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

10

Mais de um terço dos adultos e idosos e 70% dos adoles-centes consomem açúcar além do limite estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Este é o resultado de uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) com mais de 2 mil moradores da capital paulista, divulgada em julho.Entre as pessoas com consumo excessivo, o açúcar repre-senta, em média, 12% das calorias ingeridas diariamente, contra os 10% recomendados. Em alguns casos, esse valor chegou a 25%. Embora não seja tão alto, ele causa preo-cupação. “O valor de 10% já é o limite. Além disso, o maior con-sumo de açúcar associou-se à menor ingestão de alguns nutrientes, como proteína, fibras, zinco, ferro, magnésio, potássio, vitamina B6 e folato”, diz a nutricionista Milena Bueno, uma das autoras da pesquisa.Além de não ter valor nutricional, o açúcar em excesso está associado ao déficit de nutrientes. Segundo as auto-ras, apesar de o Brasil ser um dos principais produtores mundiais de açúcar proveniente da cana, não há estudos populacionais que investiguem esse consumo entre os bra-sileiros.Os resultados foram obtidos em duas pesquisas feitas a

partir de um mesmo banco de dados. Uma delas analisou os adultos e idosos e a outra, o consumo dos adolescentes. Os trabalhos investigaram a ingestão do açúcar presente nos alimentos industrializados e o de adição (aquele que é acrescentado aos preparados). A maior prevalência do consumo exagerado ocorre nos ado-lescentes. Mas a pesquisa revelou que, em média, 37% dos adultos e idosos abusam do doce. Entre as mulheres adul-tas, 40% ultrapassam os limites, contra 35% dos homens. Nos idosos, as taxas são 30% e 23%, respectivamente.A pesquisa ouviu 793 adolescentes, 689 adultos e 622 ido-sos. Os voluntários, todos residentes em São Paulo, foram selecionados a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, e responderam a um ques-tionário detalhado sobre o consumo de alimentos no dia anterior. “É uma amostra que pode ser considerada repre-sentativa do município de São Paulo”, diz a nutricionista Ana Carolina Colucci, também autora do trabalho.“Podemos extrapolar os dados para regiões com as mesmas características, ou seja, a população urbana de grandes cidades brasileiras”, acrescenta Milena Bueno.Fonte: jornal Folha de S.Paulo

notícias

Pesquisa mostra excesso no consumo de açúcar

Podem ser enviadas até 15 de agosto as propostas para o Programa “Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde (PPSUS) 2009”, promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Ministério da Saúde, Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e CNPq.O programa vai financiar projetos de pesquisa que ajudem a promover o desenvolvimento científico ou tecnológico da área da Saúde, principalmente no estado de São Paulo. Po-dem participar pesquisadores doutores vinculados a insti-

tuição científica ou tecnológica situada no estado.O total de recursos para o programa é de R$ 6 milhões, pro-venientes da Fapesp e do ministério. A duração máxima de cada projeto deve ser de até 24 meses, com valor máximo de R$ 500 mil. Este destina-se ao cumprimento das ativida-des diretamente vinculadas ao projeto e que não estejam disponíveis pela instituição.Mais informações em www.fapesp.br/ppsus.Fonte: Agência Fapesp

Fapesp recebe projetos para o SUS

A bactéria Staphylococcus epidermidis é conhecida por aderir a implantes, como ca-téteres e próteses, e provocar infecção nos pacientes. A bactéria se multiplica na super-fície do implante e cria um escudo protetor contra os antibióticos. A forma mais comum de resolver este problema é remover o im-plante porque os antibióticos não conseguem destruir a bactéria.Uma experiência desenvolvida na Universi-dade Brown, no EUA, pode ter encontrado a solução. O professor associado de engenharia ortopédica Thomas Webster e seu aluno, Erik Taylor, criaram um “caçador de bactérias” de dimensões nanométricas (1nm = 1milion-ésimo de milímetro) que penetra as defesas

da bactéria e acaba por destruí-la.Os pesquisadores criaram partículas magné-ticas de óxido de ferro com diâmetro de 8nm que são guiadas até o implante por um cam-po magnético gerado por um aparelho de res-sonância magnética. Quando o magneto do aparelho é colocado por baixo do implante, as nanopartículas são atraídas. Forçadas a se posicionar no lado de cima, na tentativa de se aproximar da fonte de magnetismo, elas ultrapassam o escudo da bactéria e a destro-em.O trabalho foi publicado no International Journal of Nanomedicine.

Fonte: www.devidelink.com

Caçadores de bactérias protegem implantes

Page 11: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

11

Page 12: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

12

O vírus H1N1, responsável pela atual pandemia de influen-za A, pertence a uma dinastia viral que começou om a gripe espanhola, em 1918, que matou mais de 20 milhões de pes-soas. Esta é a conclusão do artigo “The persistent legacy of the 1918 influenza virus”, publicado na edição on line do The New England Journal of Medicine (http://content.nejm.org) de 29 de junho, assinado por Anthony Fauci e colegas, do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infec-ciosas (Niaid, na sigla em inglês), dos EUA.

Segundo os autores, desde a pandemia de influenza de 1918/1919, outras manifestações da mesma família viral têm circulado pelo mundo.

Os vírus da influenza têm oito genes. Destes, dois codificam para proteínas virais de superfície (hemaglutina e neurami-nidase) que permitem ao vírus entrar na célula hospedeira e espalhar-se por outras. Os 16 subtipos de hemaglutina e os nove de neuraminidase resultam em 144 combinações possíveis de proteínas. Três (H1N1, H2N2 e H3N2) estão to-talmente capacitadas para infectar seres humanos.

Segundo o artigo, graças às diferentes combinações, o vírus adquire a capacidade de infectar novos hospedeiros. Foi o que aconteceu na pandemia de gripe espanhola. O vírus original afetava apenas aves. Devido a mecanismos ainda desconhecidos, ele passou a contaminar humanos e, a par-tir daí, espalhou-se pelo mundo.

“Todos os vírus da influenza A atuais e adaptados aos hu-manos - sejam variações sazonais ou aqueles que causam pandemias mais dramáticas - são descendentes, diretos ou indiretos, daquele vírus fundador”, explica Jeffery Tauben-berger, co-autor do artigo e pesquisador do Niaid.O trabalho acrescenta que a dinastia não dá sinais de que será extinta, mas parece que tem perdido força ao longo do tempo. É o que mostra uma análise por intervalos de décadas das epidemias e pandemias que ocorreram depois de 1918.Fontes: Agência Fapesp e The New England Journal of Me-dicine

Dinastia de vírus influenza começou em 1918

notícias

Pesquisadores do Colégio Médico Weill Cornell (www.med.cornell.edu), da Universidade de Nova York (EUA), identificaram um marcador para me-tástase de câncer de seio, conhecido pela sigla TMEM. Sua densidade, as-sociada ao desenvolvimento de me-tástase em órgãos distantes através do sangue, é a causa mais comum de morte por câncer de seio.A equipe do Weill Cornell usou como base um estudo feito em animais pelo Colégio de Medicina Albert Einstein (www.aecom.yu.edu). Neste, foi en-contrada uma associação entre as me-

tástases sangüíneas ou sistêmicas e uma associação em três partes entre as células de carcinoma invasivo, os leucócitos perivasculares (macrófa-gos) e as células endoteliais.Em um estudo de casos controle, os pesquisadores do Weill Cornell anali-saram a retrospectiva de amostras de tecido de 30 pacientes com carcinoma ductal invasivo do seio, que apresen-taram metástase a distância. Estas amostras foram comparadas com con-troles que tinham somente a doença localizada ou apenas metástase em gânglios linfáticos regionais.

A densidade do TMEM era mais do do-bro no grupo de pacientes com metás-tase a distância do que naqueles com o câncer localizado.Segundo um dos pesquisadores, Brian Robson, a possibilidade de identificar os pacientes com alto e com baixo risco de metástase pode ajudar a in-dividualizar o tratamento e evitar te-rapias exageradas.O estudo foi publicado na edição on line de 24 de março de 2009 da revista Clinical Cancer Research.

Fonte: www.labmedica.com

Marcador pode prever metástase em câncer de seio

Especialistas em resistência micro-biana foram convidados para formar uma comissão que vai assessorar a Agência Nacional de Vigilância Sani-tária (Anvisa) e o Ministério da Saúde a elaborar normas que ajudem na prevenção e controle da resistência dos microorganismos aos antibióticos em serviços de saúde.

Com o nome de Comissão de Asses-soria Técnica em Resistência Microbi-ana em Serviços de Saúde (Catrem), sua atuação é mais ampla do que outra comissão que já existe, encar-regada do uso racional dos antimicro-bianos e resistência microbiana.Uma das áreas da Catrem será o uso de antimicrobianos em agricultura

e infecções comunitárias (não hos-pitalares), por exemplo. A proposta é que ela ajude a agilizar as dis-cussões internas da Anvisa nessa área e forneça subsídios para a diretoria colegiada da Agência e o Ministério da Saúde.Fonte: Assessoria de Imprensa da An-visa

Comissão para normas sobre resistência microbiana

Page 13: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

13

Dinastia de vírus influenza começou em 1918

notícias

Visite o nosso stand no 43º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, no Expominas, de 15 a 18 de agosto de 2009 e conheça as novidades da Roche vindas diretamente do Euromedlab e AACC.

o çin va ão

telocno gia

fie ciênciar

glamou

Roche Diagnostics Brasil0800 77 20 [email protected]

Visão

Valor Médico

Inovação

Eficiência

Descentralizado

Page 14: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

14notícias

Em julho, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou uma campanha para incentivar países e organiza-ções internacionais a combater as doenças responsáveis pelo maior nú-mero de mortes no mundo mas que ainda não são consideradas priori-tárias. Entre estas estão infarto do miocárdio, AVC, câncer, diabetes e doenças respiratórias em geral.

O Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc) recomendou que os líderes de países em desen-volvimento passem a fornecer indi-cadores sobre essas doenças para serem incluídos nas Metas de Desen-volvimento do Milênio (MGD, na sigla em inglês).

Para apoiar essas ações, a OMS criou a Rede Mundial de Doenças Não-co-municadas (NCDnet), que pretende reunir informações de diferentes fontes sobre câncer, doenças cardio-vasculares e respiratórias e diabetes e integrá-las às ações que incenti-vam a redução do tabaco, hábitos alimentares mais saudáveis e prática de atividades físicas.

A rede tem o apoio do Banco Mun-dial, do Fórum Econômico Mundial e de organizações não-governamen-tais como a Federação Mundial do Coração, Federação Internacional de Diabetes e União Internacional contra o Câncer. A NCDnet também vai incentivar que sejam tomadas ações prioritárias para essas doen-ças nos países em desenvolvimento e em nível mundial.

“Essas doenças ameaçam o cresci-mento econômico e social de muitos

países. Começamos a trabalhar com a OMS e em colaboração com outros parceiros internacionais para que a rede seja eficaz”, disse o diretor do Fórum Econômico Mundial, Richard Samans.

“Os legisladores têm o desafio de re-lacionar essas doenças com a pobre-za e reduzir as perdas na economia e na saúde entre a população econo-micamente ativa, além de adequar o sistema de saúde de seus países para atender esse tipo de doença, alertou o vice-presidente da Rede de Desen-volvimento Humano do Banco Mun-dial, Joy Phumaphi.

As doenças não comunicadas são responsáveis por 38 milhões de mor-tes a cada ano. Cerca de 80% delas ocorrem em países de baixa e média renda, segundo dados da OMS.

Fonte: OMS

OMS quer combater doenças consideradas não prioritárias

Um estudo do Laboratório Europeu de Biologia Molecular e da Universi-dade de Heildelberg, na Alemanha, mostra que 20 genes estão envolvi-dos no controle dos níveis de coles-terol. O trabalho foi publicado na revista Cell Metabolism (www.cell.com/cell-metabolism) de 7 de julho.

“Os resultados podem abrir novas vias para o desenvolvimento de tera-pias. Podemos buscar, por exemplo, pequenas moléculas que possam ter algum impacto nesses genes”, dis-se um dos autores, o alemão Heiko Runz.

Os pesquisadores tentam decifrar o processo que regula parcialmente os

níveis de colesterol no sangue feito pelas células que capturam o lipídio na corrente humana. Eles remove-ram todo o colesterol de células iso-ladas e, em seguida, vasculharam o genoma humano em busca de genes que reagissem a mudanças nos níveis de colesterol a partir da alteração na sua expressão.

Para verificar quais genes poderiam realmente fazer parte desse proces-so, o grupo usou a técnica de inter-ferência de RNA de modo a sistema-ticamente “desligar” um a um os candidatos.

Os autores observaram quais eram os efeitos provocados pelo desliga-

mento de cada gene, tanto na ab-sorção de colesterol como no nível total do lipídio dentro das células.

Foram identificados 20 envolvidos nos dois processos, 12 dos quais eram desconhecidos. Os pesquisa-dores agora tentam descobrir exa-tamente como esses genes regulam os níveis de colesterol dentro das células.

Eles também estão examinando pa-cientes para determinar se os genes (ou alterações neles) constituem fatores de risco e se poderão ser usados como alvo para o desenvolvi-mento de medicamentos.Fonte: Agência Fapesp

Genes controlam níveis de colesterol

Page 15: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

15notícias

Foi criado no site sobre aids do Mi-nistério da Saúde (www.aids.gov.br) uma seção específica com informa-ções sobre testagem anti-HIV. Com o nome “Fique Sabendo (www.aids.gov.br/fiquesabendo), este hotsite apresenta endereços dos Centros de Testagem e Aconselhamento em que é possível fazer o exame de forma gratuita e sigilosa. Ele informa, ain-da, em que situações deve ser feito o exame.“A internet é uma importante ferra-menta para democratizar a informa-

ção. Com esse novo espaço, quere-mos facilitar a vida de quem visita o site com o intuito de cuidar da saúde”, afirma a diretora do Depar-tamento de DST e Aids do Ministério da Saúde, Mariângela Simão.Segundo o Ministério, existem 630 mil pessoas no Brasil com HIV. Des-tas, 255 mil nunca fizeram o teste de aids e, por isso, não sabem que são positivos.

Fonte: Notícias do Departamento de DST e Aids

Ministério da Saúde informa sobre testagem de aids

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado apro-vou, no dia 7 de julho, em caráter terminativo, projeto de lei que inclui os portadores de diabetes entre as pessoas passíveis de isenção de pagamento de Imposto de Renda. Para entrar em vigor, a matéria precisa ser aprovada na Câmara dos Deputados e sancionada pelo presidente da República. Segundo o Ministério da Saúde, 8% da população brasileira - cerca de 15 milhões de pessoas - têm diabetes.Fonte: Agência Brasil

Os resultados do inquérito eletrônico de poliovírus, co-ordenado pelo Ministério da Saúde, serão apresentados em setembro à Organização Pan-americana de Saúde (Opas), na reunião da Comissão Regional de Erradicação da Poliomielite. O inquérito foi realizado pela Internet e era obrigatório que os laboratórios clínicos brasileiros respondessem se tinham ou não armazenado o poliovírus selvagem. O site da SBPC/ML divulgou o inquérito, que contou com a participação de quase 7 mil laboratórios.

Inquérito de poliovírus será apresentado em setembro

Diabéticos podem ser isentos de imposto de renda

Agosto1º- Curso de Gestão em Patologia Clínica/Medicina LaboratorialMódulo 6 - Gestão de pessoas e relacionamento com clien-tesFaculdade de Medicina da USP - São Paulo (SP)

15 a 18 - 43º Congresso Brasileiro de Patologia Clíni-ca/Medicina LaboratorialExpominas - Belo Horizonte (MG)www.cbpcml.org.br

Setembro19 - Curso a distânciaMicroorganismos emergentes: da clínica ao diagnósticoTransmissão ao vivo, pela Internetwww.sbpc.org.br

29 - Curso a distânciaAvaliação externa da qualidade (CEQ)Transmissão ao vivo, pela Internetwww.sbpc.org.br

Outubro17 - Curso a distânciaAlgoritmos para o diagnóstico das coagulopatiasTransmissão ao vivo, pela Internetwww.sbpc.org.br

26 - Curso a distânciaAspectos fundamentais para controle seguro da fase pré-analíticaTransmissão ao vivo, pela Internetwww.sbpc.org.br

Novembro28 - Curso a distânciaA clínica e o laboratório dos líquidos biológicos: coleta, análise e interpretaçãoTransmissão ao vivo, pela Internetwww.sbpc.org.br

30 - Curso a distânciaEspecificações da qualidade analíticaTransmissão ao vivo, pela Internetwww.sbpc.org.br

Agenda da SBPC/ML

Page 16: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

16 curtas

Um teste laboratorial remoto (TLR) que per-mite diagnóstico rápido para HIV, hepatite C, tuberculose e outras doenças infecciosas rendeu um prêmio de US$ 10 mil a estudan-tes da Universidade de Stanford, nos EUA. Eles ganharam o primeiro lugar no Biome-dical Engineering Innovation, Design and Entrepreneurship Award 2009 (BMEidea), concurso anual naquele país que escolhe as melhores inovações na área médica apresen-tadas por universitários.Batizado de “Lab-on-a-stick”, o dispositivo - em fase de protótipo - utiliza nanotecnolo-gia em receptores de proteínas para proces-sar amostras colhidas por swab oral.

Fonte: Medical Device Link (www.device-link.com)

Academia Nacional de Medicina faz 180 anos

A comemoração foi no dia 30 de junho, na sede da Academia, no Rio de Janeiro. Na cerimônia, o presidente da ANM entregou aos ministros da Ci-ência e Tecnologia, Sérgio Rezende, Educação, Fernando Haddad, e Saúde, José Gomes Tem-porão, uma proposta de reforma do ensino mé-dico no país. A Academia foi fundada em 1829, no reinado de Pedro I. Mais informações: www.anm.org.br.Fonte: Agência Fapesp

Doença de Chagas pode estar controlada em 20 anos

Este é o prognóstico do epidemiologista José Rodrigues Coura, do Instituto Oswaldo Cruz (RJ). Sua avaliação tem como base o cenário atual de contenção da doença.

O Brasil foi pioneiro no efetivo controle do Mal de Chagas, em 1983, seguido de outros países das Américas. A rede mundial de vigi-lância aumentou com a participação dos EUA, de algumas nações da Europa e do Japão. Elas se mobilizaram depois de registrarem casos da doenças em seus territórios, provocados pela migração de pessoas infectadas prove-nientes de regiões endêmicas.

Fonte: Agência Fiocruz de Notícias (www.fio-cruz.br).

Hemocentros de três estados fazem teste NAT

A partir de julho, o sangue doado aos he-mocentros do Rio de Janeiro, Pernambuco e Santa Catarina passa a ser submetido ao NAT, teste que diminui a janela imunológica - intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus e a detecção de anticorpos - para HIV e hepatite C. Para o vírus da aids, a jane-la imunológica cai de 22 para dez dias, en-quanto na hepatite C, reduz de 70 para 20 dias.

Estudantes ganham prêmio com TLR

Page 17: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

17

Page 18: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

18

BIOMÉDICO - PATOLOGIA CLÍNICA E BIOLOGIA MOLECULAREspecializando em Análises Clínicas (2009) Bacharel em Biomedici-na (2005.1-2008.2). Habilitação em Análises Clínicas e Biologia Molecular. Procuro oportunidade de trabalho. Disposto a trabalhar em outras cidades e [email protected]/BAContato: Tarsisio Araujo71 9153-5252

Farmacêutica - Patologia Clínica, Gestão Qualidade15 anos de experiência. Participação na implantação de laboratório de médio porte, microbiologista (espe-cialista em detecção de resistência bacteriana), membro da CCIH. Experiência de 4 anos em qualida-de, formação de auditor interno e externo [email protected] e regiãoContato: 15 3321-1892

Procuro empregoEstou procurando emprego na área da recepção ou [email protected] AlegreContato: leticia pedroso 51-3307-8425

Técnica Patologia se graduando em BiomedicinaTécnica Patologia Clínica, excelente experiência coletas arterial,venosa e rotina hospitalar (CTI e demais); Trabalho c/ biossegurança, organi-zação e atenção.Concluí estágio em 2 laboratórios. Estou me graduando em Biomedicina, busco emprego ou está[email protected] HorizonteContato: Carla Mariana Amaral de Souza 31 8731-7736

TUBOS VERDES HEPARINA 4 ML VACUETTEVende-se 1089 tubos heparina 4ml Vacuette por R$ 591,00. QT LOTE VALIDADE 682 C120805 06/2010 302 C110804 05/2010 103 C090803 03/2010 1 C010801 07/2009 1 C050802 12/2009 Contato: Luciana fone: (19)[email protected]: LABORATÓRIO DE ANÁLI-SES CLINICAS

LaboratórioVendo: 20 anos . Convênios diversos (Cassi, Bradesco, Funcef, Uni-med, Policia Militar, Itau, Promed, AFABB,Correios, Cooplife,Forluz, Cemig,Previminas, firmas Medicina Trabalho, etc ). Equip: Celldyn,cobas Média exames: 2500 /mês R$: 250.000,[email protected]: 37 8825-2885

EstágioEstudante do 2º ano de Biomedici-na de São Paulo procura vaga de está[email protected]ão Paulo/São PauloContato: Karina Gonzalez11 8093-2731

EnfermeiroAtuar em atividades direcionadas ao conhecimento que possuo. (Salvador-BA)[email protected] de SantanaContato: Verônica dos Santos(75) 9982-0828

GasometriaVendo gasometria da Roche, semi-novo, ótimo estado, com todos os re-agentes, preço R$ 35.000,00, pronta entrega. Ligar p/ Marino [email protected]á-RondôniaContato: Marino Rosin69 3421-3447

Equipamento para Bioquímica - Ótimo estadoSistema óptico aprovado, exato e de confiança, Nenhum material de consumo e baixo volume de rea-gente: baixo custo por teste, baixo consumo de água destilada: baixo custo operacional. Uso de vários tipos de tubos primá[email protected]: 61 3215-0481

BiomédicaBiomédica com habilitação em análises clínicas, experiência em rotina hospitalar e ambulatorial. Conhecimentos teóricos práticos para execução de toda a prática laboratorial. Grande interesse em desempenhar função na área de qualidade [email protected]: Suélen Patricia Pinheiro Macha15 9701-7728

Tec. em patologia clinicaEstou em busca de um estágio como tec. de patologia clínica. Estou cur-sando o terceiro periodo na escola técnica Juscelino Kubitschek - FAE-TEC Tenho esperiência em [email protected]: 21 2782-7880 Capacitação de pessoas e Gestão da QualidadeConsultoria para implantação RDC 302 - Acreditação PALC - Recursos Humanos (avaliação de desempe-nho e 360°), Treinamento - cursos in company (técnico e comportamental) Capacitação e desenvolvimento de lideranças. Melhoria da fase pré-analí[email protected]/SPContato: Beatriz Maria Nogaroli(19) 3234-5122

Procuro Estágio na área clínicaSou estudante de Farmácia na PUC-PR e estou no quarto [email protected]: Adriana França dos Santos(41) 9964-6043

Laboratório de AnálisesVendo Diversos Equipamentos de Laboratório Em ótimo estado. Motivo: Estou me desfazendo do laborató[email protected] de JaneiroContato: José Herculano(21) 2435-3146

Gestor Adm e TécnicoProcuro médico/farmaceutico/biomé-dico que tenha experiência e com histórico de resultados comprovados na área técnica e, principalmente, na administrativa para cargo de confiança em Vitoria/[email protected]: 27 8829-2480

Biomédico ou farmacêuticoPrecisa-se de biomédico ou farma-cêutico com experiência comprovada em rotina laboratorial para contrata-ção imediata e atuação em cidade no extremo norte de Minas [email protected]: 38 9961-5721

BIOMÉDICABiomédica formada em 2008 com habilitação em Análises Clínicas. Cursando Pós-Graduação em Citolo-gia Clí[email protected]: 13 9761-7289 Médico Patologista. Oportunidade!Para a região de Campinas, precisa-mos de um Médico Patologista com título de especialização pela SBPC e que tenha disponibilidade para, pelo menos, 20 horas semanais. Possibi-lidade de [email protected]: (19) 3234-4738

Biomédica/oferece-seBiomédica, formada há 20 anos procura colocação, tenho expe-riência tanto de rotina quanto de emergência na área hospitalar, tenho expêriencia também na área pedagógica em cursos de técnico de patologia e também em assessoria de vendas para laborató[email protected]ão PauloContato: Cleusa Regina Hernandes(011) 2917-2275

Tradução de texto técnico português-espanholA SBPC/ML procura serviço de tradução de português para espanhol para texto técnico com, aproximadamente, 8.800 palavras. Prazo: 15 dias corridos após entrega do original em português. Enviar orç[email protected]

Rio de Janeiro/RJContato: Roberto Duarte(21) 3077-1400

Vende-se aparelho Cobas Mira PlusAparelho Cobas Mira Plus em exce-lente estado de conservação. [email protected]: 11 2461-5855

Responsabilidade técnica ou técnico(a) de....sou farmacêutica bio-química. ofereço-me para farmácias bem como lab. de análises clínicas e toxicológicas no estado do Rio de [email protected] IguaçuContato: DANIELLE

Técnico de patologia clínicaSou formada em curso técnico de patologia clínica desde 2002.Fiz estágio em dois laboratórios, um privado, outro militar Eliel Figueiredo, somente hematologia e Marinha do Brasil todos os setores inclusive co-leta de sangue e bancada. Procuro [email protected] de JaneiroContato: danielle rodrigues21 9929-8039 Médico patologista clínicoProcura emprego em laboratório ou assessoria científica. Experiência de 30 anos nesta [email protected]: 71-3285-0417

EstágioCurso o 6º semestre de farmácia e preciso de uma vaga para estágio. Te-nho experiência em rotinas laborato-riais, em coletas, em atendimento em emergência de hospital geral. Previ-são de conclusão do curso: 06/[email protected]: ESTAGIÁRIA / 71 3256-0132

Aux. Laboratório (triagem)Estou no 5° semestre de biome-dicina. Procuro estágio (pode ser não-remunerado), com objetivo de conhecer rotina laboratorial. Estou disposta a [email protected] - SPContato: Tamara19 8126-7334

Classificados SBPC/ML

Aqui você vende e compra produ-tos e serviços, oferece e procura

empregos e estágios.

É fáci! É grátis!

Para anunciar ou consultar os Classificados SBPC/ML:

www.sbpc.org.br/classificados

Venda / Oferece-se

classificados

Page 19: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

19

Page 20: Impactos da regulação da saúde no mercado de diagnóstico ...sbpc.org.br/upload/publicacao/23d7a7c78a38cee4e8ae... · Em 1998, a SBPC/ML lançou o primeiro pro-grama de acreditação

20