ImplantaçãO RepúBlica

16
Crise e Queda da Crise e Queda da Monarquia Monarquia Implantação da República Implantação da República TEMA: 3 Portugal: da 1.ª República à Ditadura Militar Portugal: da 1.ª República à Ditadura Militar Conteúdos: 9º Ano de escolaridade Conteúdos: 9º Ano de escolaridade Prof. Margarida Moreira Prof. Margarida Moreira

description

Documento de apoio às aulas de 9º ano. http://historian.blogs.sapo.pt/

Transcript of ImplantaçãO RepúBlica

Page 1: ImplantaçãO RepúBlica

Crise e Queda da Crise e Queda da Monarquia Monarquia

Implantação da RepúblicaImplantação da República

TEMA: 3

Portugal: da 1.ª República à Ditadura MilitarPortugal: da 1.ª República à Ditadura Militar

Conteúdos: 9º Ano de escolaridade Conteúdos: 9º Ano de escolaridade

Prof. Margarida MoreiraProf. Margarida Moreira

Page 2: ImplantaçãO RepúBlica

Após alguns anos de agitação republicana e de tentativas de golpe falhadas, a 5 de Outubro de 1910 um grupo de republicanos conseguiu derrubar a monarquia portuguesa.

Rei D. Manuel II

Crise e Queda da Monarquia Crise e Queda da Monarquia Implantação da República Implantação da República

Page 3: ImplantaçãO RepúBlica

Descrédito da monarquiaDescrédito da monarquia

A população descontente com a situação económica do país, organizava manifestações e greves. Vive-se numa verdadeira anarquia para a qual o Rei não encontra solução. Esta situação foi agravada com o Ultimato inglês, considerado por muitos uma verdadeira humilhação para Portugal.

Por outro lado, o governo estava constantemente envolvido em situações de corrupção e escândalos financeiros e eram inúmeros os adiantamentos à casa real pelos gastos excessivos da família real. O rei era tido como um palhaço e a monarquia como incapaz de responder e resolver os problemas do país.

O Partido Republicano aproveitou este clima de crise e descontentamento para intensificar a propaganda republicana.

Page 4: ImplantaçãO RepúBlica

Difusão das ideias Socialistas e Republicanas

Desde meados do sec. XIX as ideias republicanas e socialistas circulavam no nosso país em revistas e jornais.

Estas ideias contribuíram para a formação de um movimento a favor do republicanismo.

Foi neste contexto que se formaram em Portugal dois partidos:

O Partido Republicano – Apoiantes: Teófilo Braga; Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro;

Para estes, o regime republicano era garantia de liberdade, democracia e felicidade;

Partido Socialista – Apoiantes: Antero de Quental e Oliveira Martins.

O partido Socialista foi perdendo influência à medida que os Republicanos iam ganhando cada vez mais adeptos.

Page 5: ImplantaçãO RepúBlica

FIM DA MONARQUIA

O partido republicano soube aproveitar o clima de crise e descontentamento para conseguir mais adeptos. Para os republicanos a monarquia era responsável pela crise , pelo agravamento das condições de vida, em suma pelos males do país. Seguiram-se alguns acontecimentos que prenunciavam o fim da monarquia:

Revolta de 31 de Janeiro de 1891; Governo de ditadura de João Franco, a quem o rei D. Carlos

entregara o poder em 1906; Regicídio, em 1908 do rei e do príncipe herdeiro Luís Filipe; Sucessão ao trono de D. Manuel, muito jovem e que não havia

sido educado para governar.

Page 6: ImplantaçãO RepúBlica

Regicídio

Já em 1908 fora desferido um rude golpe na monarquia. O rei D. Carlos e o príncipe herdeiro Luís Filipe tinham sido assassinados em Lisboa , a tiro, por Manuel Buiça. A D. Carlos sucedeu D. Manuel II, o último rei de Portugal.

O clima era de grande agitação política. Nos O clima era de grande agitação política. Nos cafés de Lisboa, de Lisboa,

discutia-se e planeavam-se acções contra o regime, circulando discutia-se e planeavam-se acções contra o regime, circulando boatos e discutindo-se e exagerando-se episódios ocorridos. O boatos e discutindo-se e exagerando-se episódios ocorridos. O café Gelo era o local de reunião dos revolucionários, e foi daqui café Gelo era o local de reunião dos revolucionários, e foi daqui que partiram os regicidas para o Terreiro do Paço. que partiram os regicidas para o Terreiro do Paço.

Page 7: ImplantaçãO RepúBlica

Afonso Costa não chega a ser preso, conseguindo fugir para Espanha. Contestavam a ditadura de João Franco, chamado pelo rei a chefiar o governo, em 1906, que em 1907, obtém de D. Carlos a dissolução do Parlamento.

Dias antes, a 28 de Janeiro, republicanos e dissidentes progressistas tentam um golpe, prontamente sufocado pelas forças do regime. Foram presos, entre outros, António José de Almeida, João Chagas, Álvaro Poppe e o Visconde da Ribeira Brava.

Regicídio

Page 8: ImplantaçãO RepúBlica

Madrugada de 5 de Outubro

Na Madrugada de 5 de Outubro, a cidade de Lisboa presenciou alguns confrontos entre os republicanos e as tropas monárquicas.

Page 9: ImplantaçãO RepúBlica

Apoio popular

A população civil começou a aderir à causa republicana participando nas barricadas. Após alguma resistência e tentativas de ataque, as tropas monárquicas, lideradas por Paiva Couceiro acabaram por destroçar.

Page 10: ImplantaçãO RepúBlica

Revoltosos na Praça do Município

Às 11:00h da manhã, José Relvas declarava a República Portuguesa na varanda da Câmara Municipal de Lisboa. Da revolução resultaram 76 mortos e cerca de 300 feridos civis e militares. Teófilo Braga ficou à frente do governo provisório.

Inicia-se um período caracterizado por sucessivas mudanças de governo, lutas entre monárquicos e republicanos, tumultos, assaltos, revoluções, greves.

Page 11: ImplantaçãO RepúBlica

3 de Janeiro

A população comemorou nas ruas a queda da monarquia. Com a República chegaram também novos símbolos nacionais:

a bandeira verde e encarnada, o escudo e o hino nacional” Portuguesa” (com música de Alfredo Keil e letra de Henrique Lopes de Mendonça datado de 1891).

Page 12: ImplantaçãO RepúBlica

Novos Símbolos da República

“A Portuguesa”

Heróis do mar, nobre Povo, Nação valente, imortal Levantai hoje de novo O esplendor de Portugal! Entre as brumas da memória, Ó Pátria, sente-se a voz Dos teus egrégios avós, Que há-de guiar-te à vitória! Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar, Às armas, às armas! Pela Pátria lutar Contra os canhões marchar, marchar!

MOEDA: EscudoEscudo

Page 13: ImplantaçãO RepúBlica

Populares na Praça do Município

Lisboa amanheceu hoje ao som do troar da artilharia. Proclamada por importantes forças do exército, por toda a armada e auxiliada pelo concurso popular, a República tem hoje o seu primeiro dia de História. A marcha dos acontecimentos, até à hora em que escrevemos, permite alimentar toda a esperança de um definitivo triunfo.

Não se faz ideia do entusiasmo que corre na cidade. O povo está verdadeiramente louco de satisfação. Pode dizer-se que toda a população de Lisboa está na rua vitoriando a república. (Jornal O Mudo, 5 de Outubro de 1910).

Os jornais davam conta do acontecimento:Os jornais davam conta do acontecimento:

Page 14: ImplantaçãO RepúBlica

Na mesma tarde, a família real, que fugira para Mafra, embarcava na praia da Ericeira para o exílio. Júlio Ivo, presidente da câmara na altura, deixou a seguinte descrição desse momento:

Ao entrar na rua de Baixo, a Família Real ia na seguinte ordem: na frente El-Rei D. Manuel; a seguir, D. Maria Pia, depois, D. Amélia…

El-Rei e quem os acompanhava subiram para a barca, valendo-se de caixotes e cestos de peixe … O sinaleiro fez sinal com o chapéu, e a primeira barca, Bomfim, levando a bandeira azul e branca na popa, entrou na água e seguiu a remos, conduzindo El-Rei… Exílio da família real.

A afluência nas Ribas era imensa. Tudo silencioso, mas de muitos olhos corriam lágrimas… EL-Rei ia muito pálido, D. Amélia com ânimo, D. Maria Pia acabrunhada…

Ainda as barcas não tinham atracado ao iate, apareceu na vila, vindo do lado de Sintra, um automóvel com revolucionários civis, armados de carabinas e munidos de bombas, que disseram ser para atirar para a praia se tivessem chegado a tempo do embarque…

Fuga da Família RealFuga da Família Real

Page 15: ImplantaçãO RepúBlica

Constituição de 1911 Em 25 de Agosto de 1911, entrou em vigor a nova

constituição. Esta consagrava o sufrágio directo nas eleições para o Parlamento, a soberania nacional e a separação e divisão tripartida dos poderes políticos.

Nos anos seguintes ocorreram várias transformações e convulsões na ordem social, com o encerramento dos conventos e extinção das ordens religiosas, a promulgação da lei do divórcio, o casamento civil, a nova lei eleitoral (que não consagrava ainda o sufrágio universal), a Igualdade dos cidadãos perante a lei, cria-se o ensino infantil, intensifica-se o ensino escolar e a cultural em geral, criaram-se as universidades de Lisboa e do Porto, (até então só existia a de Coimbra), etc.

Greves, manifestações e repressões entram na ordem do dia.

Page 16: ImplantaçãO RepúBlica

Os presidentes da República

A primeira república assistiu a uma sucessão de governos e lideranças que caracterizam este período de grande instabilidade política.

Até 1916, foram os seguintes os presidentes da República:

Manuel d’Arriaga

Canto e CastroAntónio J. Almeida

Sidónio PaisBernardino Machado

Teófilo Braga

Teixeira Gomes

Mendes Cabeçada Óscar Carmona

António O. Salazar

Em 1926, um golpe militar liderado pelo general Gomes da Costa punha fim à primeira República e instituía a ditadura militar que abriu caminho ao Estado Novo.Estado Novo.

Gomes da Costa