IMPLEMENTAÇÃO PADRONIZADA DA … · 2018-02-22 · parcial para a conclusão do Curso de ......
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COMANDO DA ACADEMIA E ENSINO BOMBEIRO MILITAR
AUGUSTO CÉSAR PONTES COELHO
IMPLEMENTAÇÃO PADRONIZADA DA DESCONTAMINAÇÃO DO UNIFORME 4º A DO CBMGO QUANDO EM CONTATO COM FLUIDOS CORPORAIS
GOIÂNIA 2018
AUGUSTO CÉSAR PONTES COELHO
IMPLEMENTAÇÃO PADRONIZADA DA DESCONTAMINAÇÃO DO UNIFORME 4º A DO CBMGO QUANDO EM CONTATO COM FLUIDOS CORPORAIS
Artigo Científico, apresentado ao Comando da Academia e Ensino Bombeiro Militar - CAEBM, como requisito parcial para a conclusão do Curso de Formação de Oficiais e obtenção do titulo de Aspirante a Oficial, sob a orientação do Sr. 2º Tenente QOA Marcos de Jesus Borges Peres.
GOIÂNIA
2018
AUGUSTO CÉSAR PONTES COELHO
IMPLEMENTAÇÃO PADRONIZADA DA DESCONTAMINAÇÃO DO UNIFORME 4º A DO CBMGO QUANDO EM CONTATO COM FLUIDOS CORPORAIS
Goiânia, 09 de janeiro de 2018.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________ Roberto Machado Borges – TC QOC
Oficial Presidente
________________________________________ José Rodolfo Vicente Ribeiro – 1º TEN QOC
Oficial Membro
_______________________________________ Sancler Ramos – 1º TEN QOC
Oficial Membro
Nota
IMPLEMENTAÇÃO PADRONIZADA DA DESCONTAMINAÇÃO DO UNIFORME 4º A DO CBMGO QUANDO EM CONTATO COM FLUIDOS CORPORAIS
Augusto César Pontes Coelho1 RESUMO O bombeiro militar exercendo suas atividades operacionais de assistência as vitimas traumatizadas, existe o risco biológico por estarem em contato com fluidos corporais que contém microrganismos patógenos. Desta forma, o presente trabalho busca a padronização da descontaminação do uniforme 4º A do CBMGO. Para tanto, foi realizada revisão de literatura, discorrendo sobre descontaminação, riscos biológicos, patologias transmitidas quando em contato com fluidos corporais e substâncias úteis para descontaminação. Além disso, a aplicação de questionário sobre o posicionamento dos militares sobre o tema. Os resultados obtidos demostraram que o contato com fluidos corporais por bombeiros militares nas ocorrências é elevado, necessitando da implementação padronizada de descontaminação do uniforme. Palavras-chave: Descontaminação. Riscos biológicos. Agentes biológicos. ABSTRACT The military firefighter performing his operational activities of assisting traumatized victims, there is the biological risk of being in contact with body fluids that contain pathogenic microorganisms. In this way, the present work seeks a standardization of the decontamination of the uniform 4º A of the CBMGO. For this, a literature review was carried out, discussing on decontamination, biological risks, transmitted diseases when in contact with body fluids and substances for decontamination. In addition, a questionnaire application on the position of the military on the subject. The results showed that the contact with body fluids by military firefighters in the occurrences is high, necessitating the standard implementation of decontamination of the uniform. Keywords: Decontamination. Biological risks. Biological agents. ______________________ 1
Graduado em Bacharelado em Biomedicina pela UNINOVAFAPI.
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INTRODUÇÃO
O bombeiro militar no seu cotidiano executa atividades operacionais de:
combate a incêndio, busca, salvamento e resgate. Essas atividades são de agir
diretamente na assistência de vítimas de acidentes, em situação de perigo eminente
e em ambientes hospitalares, ou seja, inseridos em atividades que integram a área
de assistência à saúde. Com isso, bombeiros militares do estado de Goiás estão
sempre próximos de fluidos corporais (sangue, secreção, excreção, líquido cérebro-
espinhal, líquido pleural, líquido sinovial, fluido pericárdico, fluido peritoneal, fluido
amniótico e sêmen) principalmente quando atuam em atendimento pré-hospitalar e
resgate (ROSA, 2012).
Há riscos biológicos na atividade do corpo de bombeiros e com isso
susceptível a adquirir doenças que possam ser prevenidas através de: utilização de
Equipamento de Proteção Individual (EPI), vacinação, lavagem correta das mãos e
descontaminação do uniforme militar. Conforme citado por Maia (2012) esses riscos
inerentes à atividade do bombeiro podem ser causados por microrganismos
patógenos imperceptíveis a olho nu, como: vírus, bactérias, fungos, parasitas e
outros agentes.
Segundo Goiás (2016), o uniforme operacional do CBMGO (4º A) é útil na
proteção do socorrista, apesar de não ser considerado como EPI pelo fato de não
ser realizado a troca ou a sua higienização ao fim de cada ocorrência. Salienta-se
que o grau de utilização desse fardamento é satisfatório tanto para agentes físicos
como para agentes biológicos, advertindo o manual de resgate que seja em
pequena quantidade e fazendo o uso EPI, que são: capacete; óculos; máscara;
luvas de procedimento ou cirúrgica; joelheira e bota ou coturno.
O presente trabalho buscou sugerir a padronização na descontaminação de
uniforme 4º A utilizado pelos bombeiros em serviço operacional como medida
preventiva para inúmeras patologias que possam ser contraídas nessa atividade ou
ser transmitidas para as vítimas ou pessoas que usufruem do serviço do corpo de
bombeiros. Além de informar aos militares que através da prevenção os riscos que
podem ser evitados intrínsecos a profissão.
Dessa forma, esse trabalho produziu um material simples e de fácil
entendimento para que seja divulgado e executado em domicílio por militares e/ou
familiares evitando qualquer risco biológico.
6
Ressalta-se que esse trabalho está em concordância com o Planejamento
Estratégico 2012-2022, onde o segundo eixo estratégico estabelece ações que
envolvem tanto o público interno como o publico externo, ou seja, bombeiros
militares e cidadãos com atividades de saúde (GOIÁS, 2012).
Além do mais, os objetivos foram de sugerir medidas padronizadas de
descontaminação do uniforme 4º do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás
(CBMGO) através de um folder (ver apêndice B) produzido para ser divulgado em
todas as unidades da Corporação, a fim de instruí-los como realizar a higienização
do uniforme em ambiente doméstico.
2. CONCEITOS
Biossegurança é toda ação com a finalidade de prevenir, minimizar, eliminar e
os riscos intrínsecos de atividades relacionadas ao ensino, pesquisa e prestação de
serviços capazes de afetar a saúde humana, animal e ambiental (TEIXEIRA; VALLE,
2010).
Fluidos corporais são substâncias líquidas que auxiliam no funcionamento
adequado das funções metabólicas e fisiológicas do corpo humano (STRASINGER;
LORENZO, 2009).
3. DESCONTAMINAÇÃO
Descontaminação é um processo de tornar o material, instrumento ou
superfície seguro para uso, com objetivo de eliminar ou minimizar os microrganismos
presentes e diminuir os riscos (SOUZA; PEREIRA; RODRIGUES, 1998).
Fazem parte do processo de descontaminação: limpeza, desinfecção e
esterilização.
Limpeza é o procedimento que busca retirar a sujidade e o material orgânico
do item contaminado através de processos de fricção mecânica e imersão. É a
primeira etapa da descontaminação e sua importância é essencial para que se
realizem os processos de desinfecção e esterilização (MATO GROSSO DO SUL,
2014).
7
Desinfecção é a segunda etapa da descontaminação, onde através de
processos químicos ou térmicos, busca-se eliminar e inativar microrganismo, exceto
os esporulados (MATO GROSSO DO SUL, 2014).
A esterilização é a ultima etapa da descontaminação, onde utiliza-se de
processos físicos ou químicos para eliminar todos os microrganismos que possam
não ter sido inativados na etapa anterior (MATO GROSSO DO SUL, 2014).
4. RISCOS BIOLÓGICOS
Toda atividade onde o trabalhador expõe-se a agentes biológicos, direta ou
indiretamente, capazes de gerar acidentes ou doenças ocasionadas por agentes
patógenos é chamada de risco biológico (BRASIL, 2011).
Os agentes patógenos são microrganismos, tais como: bactérias, vírus,
parasitas, fungos, príons e outros agentes que podem causar doenças nos animais e
nos seres humanos (BRASIL, 2009).
De acordo com Baumgart (2012), todos os agentes patógenos acima citados
são considerados agentes biológicos.
Esses organismos estão presentes em materiais biológicos transmissores de
doenças, principalmente em fluidos corporais, como: sangue, secreção, excreção,
líquido cérebro-espinhal, líquido pleural, líquido sinovial, fluido pericárdico, fluido
peritoneal, fluido amniótico e sêmen (MAIA, 2002).
5. PRINCIPAIS PATOLOGIAS TRANSMITIDAS EM CONTATO COM FLUIDOS
CORPORAIS
Os microrganismos presentes nos materiais biológicos podem ocasionar
diversas patologias, as principais são: Hepatite C, HIV, HSV-1, Tuberculose e
Influenza.
5.1 Hepatite C
É uma doença hepática que causa degradação do fígado ocasionada pela
reprodução do vírus (VHC) nas células hepáticas. Dos fluidos corporais, o sangue é
o meio que mais transmite essa virose. Não existe vacina e nem qualquer tipo de
8
intervenção ao VHC após exposição. Aproximadamente, 3% da população mundial
estão contaminados com o vírus e muitos desconhecem o fato de albergá-lo
(FIGUEIREDO; PIAI, 2007).
5.2 HIV
É um retrovírus que debilita o sistema imunológico do indivíduo de forma
crônica e progressiva onde diminui quantitativamente as células, em especial os
linfócitos C4, de defesa gerando a Síndrome Imunodeficiência Adquirida (AIDS).
Surgimento de medicamentos anti-retrovirais tem prolongado a sobrevida, mas
ocasiona inúmeros efeitos colaterais, alto custo e inexistência de cura para a doença
(CANINI et al., 2004).
5.3 HSV-1
É uma doença infecciosa aguda humana, conhecida como Herpes, causada
pelo vírus DNA (Herpes Vírus Simples) que dissemina através de saliva infectada ou
lesões periorais. Considerada uma patologia de distribuição universal, pois 50% a
90% apresentam anticorpos circulantes contra o HSV-1. O Herpes vírus simples tipo
1 pode ocasionar lesões ou úlceras nos lábios, boca, olho e até no cérebro,
conhecida como menigoencefalite (AZAMBUJA et al., 2004).
5.4 Tuberculose
É uma doença infecciosa causada por bactéria de gênero Mycobacterium
afetando normalmente os pulmões, como também ossos, rins e meninges. Fluido
corporal transmissor é a saliva com a presença da bactéria. É uma patologia
tratável, porém de ampla dispersão geográfica e multirresistente. Estima-se que em
2010 cerca de aproximadamente 8,8 milhões de novos casos de tuberculose
ocorrem mundialmente (PEDRO; OLIVEIRA, 2013).
9
5.5 Influenza
É uma doença infecciosa do sistema respiratório, também conhecida como
gripe, causada por vírus RNA. O vírus da Influenza se subdivide em três tipos: A, B,
C e podem sofrer mutações. Transmitida por partículas de fluido corporal, saliva,
com a presença de vírus. Normalmente essa doença causa febre, dores no corpo,
dores na garganta, tosse e cansaço. Existem vacinas como medida preventiva e os
sintomas são tratáveis (BREHMER et al., 2011).
6. PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS ÚTEIS PARA DESCONTAMINAÇÃO
6.1 Água e sabão
Sabão é composto químico formado a partir da reação saponificação, ou seja,
de triglicerídeo com uma base forte na presença de calor gerando um sal. Esse sal
se solubiliza tanto em meios polares quanto apolares, devido essas características,
sabão juntamente com água tem grande capacidade remover a sujidade através da
fricção mecânica (CAOBIANCO, 2015).
6.2 Álcool 70%
É um composto orgânico hidratado, ou seja, solução aquosa de álcool etílico.
Tem grande utilidade por apresentar característica de desinfecção de ação rápida e
baixo custo. Possui grande efetividade na destruição de microrganismos (bactérias,
vírus envelopados, fungos), porém baixa efetividade para esporos e vírus não
envelopados (vírus que não possui membrana lipídica envolvendo-o). Normalmente
utiliza-se na concentração entre 60% a 70% por volume para ter grande efetividade
de desinfecção (RIBEIRO et al., 2015).
6.3 Hipoclorito de sódio
É um composto químico (NaClO), conhecido como água sanitária, com função
alvejante, higienização e desinfecção. Utiliza-se em forma de solução aquosa
(hipoclorito de sódio e água) em uma concentração de 2% a 2,5%. Observa-se que
10
hipoclorito em contato com material orgânico (sangue, fezes, fluidos e secreções) é
inativado rapidamente devido às enzimas presentes nos fluidos corporais (CAMPOS,
2016).
7. METODOLOGIA
O trabalho utilizou o método de pesquisa de revisão sistemática da literatura,
ou seja, buscando através da hipótese a solução em trabalhos publicados,
analisando e debatendo as contribuições científicas. Assim, trouxe meios para o
conhecimento sobre o que será pesquisado, como e sob qual abordagem foi tratado
o assunto na literatura (RIBEIRO et al., 2015).
As fontes dos artigos científicos utilizados foram encontradas no domínio
público Google Acadêmico, no Acervo da Biblioteca do Comando da Academia e
Ensino Bombeiro Militar do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás e em manuais
de instituições coirmãs.
Realizou-se aplicação de um questionário (Apêndice A) com sete questões
simples e objetivas para averiguar como os militares se posicionam sobre o tema
estudado. Participaram desse questionário militares que já trabalharam ou trabalham
no serviço operacional do Corpo de Bombeiros Militares do Estado de Goiás
pertencentes aos batalhões da região metropolitana de Goiânia: Comando da
Academia e Ensino Bombeiro Militar (CAEBM); Batalhão de Salvamento e
Emergência (BSE); 1º, 2º e 8º Batalhão Bombeiros Militar.
Os resultados foram analisados e tabulados no programa Microsoft Excel e
em seguida descritos em textos e apresentados em forma de gráficos.
8. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os dados levantados através da aplicação de questionário (ver apêndice A)
para 185 militares do serviço operacional dos batalhões da região metropolitana
pesquisados observam-se os seguintes resultados:
O gráfico 1 representa as respostas obtidas com o questionamento acerca da
exposição dos militares a fluidos corporais em ocorrências. Pelos dados, percebe-se
que a maioria dos bombeiros que participaram da pesquisa foram expostos a fluidos
11
corporais. O resultado demonstra que segundo Rosa (2012), os riscos biológicos
estão presentes na atividade de bombeiro militar.
Gráfico 1 - Exposição a fluidos corporais em ocorrências Fonte: Do autor
Em relação aos dados contidos no gráfico 2, estes demostram quais os
fluidos que esses militares tiveram contato. Com base nos dados 163 bombeiros
militares tiveram contato com sangue, 39 com excreções, 76 com secreções e 11
com outros não especificados. Corroborando com esse resultado, Rosa (2012)
afirma que diversos fluidos corporais estão presentes em ocorrências,
principalmente na atividade de atendimento pré-hospitalar.
Gráfico 2 - Fluidos corporais em contato com militares Fonte: Do autor
90%
10%
Sim
Não
Sangue Excreções Secreções Outros
163
39
76
11
167 167 167 167
Fluidos Militares
12
Já o gráfico 3, trata sobre isolamento do uniforme contaminado por fluidos
corporais e da descontaminação do local. Tratando-se do isolamento do uniforme,
obteve o percentual de 75% para a resposta “Não” e apenas 25% responderam
“Sim”. Quando abordado sobre a descontaminação do local, obteve-se um
percentual de 69% para a resposta “Não” e apenas 31% responderam “Sim”. Isto
nos leva a observar que a importância do isolamento do material contaminado, pois
para Knackfuss, Barbosa e Mota (2010), através de barreiras mecânicas evita-se a
contaminação do ambiente. Além da descontaminação do local para minimizar os
riscos biológicos presentes na farda e no ambiente.
Gráfico 3 – Isolamento do uniforme contaminado por fluidos corporais e descontaminação do local
Fonte: Do autor
Os dados dispostos no gráfico 4 objetiva relacionar quais materiais utilizados
na descontaminação do uniforme como proteção. Nota-se que dos militares
entrevistados houve a prevalência por não usar nenhum dos seguintes materiais:
luva de procedimento, luva de látex reutilizável, máscara descartável, óculos e
avental.
Como discutido por Santos (2017), o uso de equipamento de proteção é
importantíssimo e obrigatório na atividade com a finalidade de proteger aos riscos
existentes e à saúde do trabalhador.
Isolamento do uniforme
Descontaminação do local
25%
31%
75%
69%
Sim Não
13
Gráfico 4 – Materiais utilizados na descontaminação do uniforme como proteção Fonte: Do autor
No gráfico 5, analisou se a descontaminação do uniforme é realizado junto
com outras roupas. O resultado apresentando foi 22% responderam “Sim” e 78%
responderam “Não”. Essa medida é essencial para evitar que ocorra contaminação
cruzada, ou seja, para Knackfuss, Barbosa e Mota (2010) é a transmissão de
microrganismos patógenos entre pessoas, objetos por meio de material
contaminado.
Gráfico 5 – Descontaminação do uniforme junto com outras roupas Fonte: Do autor
45 22 20 28
4
103
167 167 167 167 167 167
Materiais Militares
22%
78%
Sim
Não
14
Por outro lado o gráfico 6, relaciona as substâncias utilizadas pelos militares
em ambiente doméstico para descontaminação do uniforme e do local.
Gráfico 6 – Substâncias descontaminantes utilizadas pelos militares Fonte: Do autor
Analisando os dados acima dos 167 militares que tiveram contato com fluidos
corporais temos prevalência da utilização da água e sabão como substância
descontaminante quando comparado com álcool 70%, água sanitária e outras.
Para Busato et al. (2015), a capacidade da água sanitária utilizada a 0,08%
por um período de 15 minutos é efetiva na descontaminação. Outro detalhe
importante, afirma Graziano et al. (2013) é a ação germicida no período de até 50
segundos do álcool 70% e seu baixo custo quando comparado ao outras
substâncias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio desse trabalho, através da revisão de literatura e aplicação de
questionário, percebe-se a importância e a necessidade da realização da
descontaminação do uniforme 4º A do Corpo de Bombeiro Militar do Estado de
Goiás.
Pelo estudo observa-se que o contato com fluidos corporais por bombeiros
militares nas ocorrências é de 90%, necessitando da implementação padronizada da
Água esabão
Águasanitária
Álcool 70% Outros
167
63 46
6
167 167 167 167
Substância descontaminante Militares
15
descontaminação do uniforme a ser seguido pelos militares, ou seja, desde o
isolamento do uniforme até descontaminação do local.
Os fluidos corporais com inúmeros microrganismos patógenos podem causar
inúmeros danos à saúde do militar e dos familiares. No entanto, pode ser evitado
com diversas medidas paliativas que são: vacinação, utilização do uniforme 4º A
juntamente com EPI´s e a sua devida descontaminação quando em contato com
esses fluidos.
Com isso, criamos um material (ver apêndice B) de fácil entendimento,
ilustrado que será divulgado nos quarteis do CBMGO acessível tanto aos bombeiros
militares quanto para seus familiares, utilizando materiais acessíveis e de baixo
custo para realizar a descontaminação correta do uniforme em ambiente doméstico.
Corroborando com a prevenção de doenças e a redução de custo, tais como:
a não obrigatoriedade de implementar lavanderias no quarteis da instituição e a
diminuição de faltas ao serviço ocasionado por doenças causadas por
microrganismos patógenos.
Recomenda-se que a descontaminação seguindo o folder (ver apêndice B)
deve ser executada somente quando o uniforme entrar em contato com fluidos
corporais em ocorrências.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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16
BREHMER, Laura Cavalcanti de Farias et al. Revisão Integrativa da Literatura sobre a Influenza AH1N1. Texto Contexto Enferm, Porto Alegre, v. 1, n. 20, p.272-277, 2011. Disponível em: <http://www.index-f.com/textocontexto/2011pdf/20s-272.pdf>. Acesso em: 16 set. 2017. CAMPOS, Lucas Medrado. A biossegurança no suporte básico de vida do corpo de bombeiros militar do estado do Goiás. 2016. 26 f. TCC (Graduação) - Curso de Curso Formação de Oficiais, Comando da Academia e Ensino Bombeiro Militar, Goiânia, 2016. BUSATO, Claudia de Abreu et al. Utilização do hipoclorito de sódio na descontaminação de escovas dentais: estudo in vitro. Revista de Odontologia da Unesp, [s.l.], v. 44, n. 6, p.335-339, dez. 2015. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1807-2577.04214. CANINI, Silva Rita Marin da Silva et al. Qualidade de vida de indivíduos com HIV/AIDS: uma revisão da literatura. Rev Latino-am Enfermagem, [s.i.], v. 6, n. 12, p.940-945, dez. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v12n6/v12n6a14.pdf>. Acesso em: 16 set. 2017. CAOBIANCO, Gabriel. Produção de sabão a partir do óleo vegetal utilizado em frituras, óleo de babaçu e sebo bovino e análise qualitativa dos produtos obtidos. 2015. 57 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Industrial Química, Escola de Engenharia de Lorena, Universidade de São Paulo, Lorena, 2015. Disponível em: <https://sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2015/MIQ15012.pdf>. Acesso em: 01 out. 2017. FIGUEIREDO, Rosely Moralez de; PIAI, Thaís Helena. Hepatite C e Enfermagem: revisão da literatura. Rev. Min. Enf., [s. L.], v. 1, n. 11, p.86-89, mar. 2007. Disponível em: <http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/319>. Acesso em: 16 set. 2017. GOIÁS. Corpo de Bombeiro Militar. Manual operacional de bombeiros: resgate pré-hospitalar. 2016. Disponível em: <http://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/MANUAL-DE-RESGATE-PRÉ-HOSPITALAR.pdf>. Acesso em: 13 out. 2017. ______.______. Planejamento Estratégico: 2012 - 2022. 2012. Disponível em: <http://www.bombeiros.go.gov.br/wpcontent/uploads/2012/09/PlanejamentoEstrategico.pdf>. Acesso em: 20 out. 2017. GRAZIANO, Maurício Uchikawa et al. Eficácia da desinfecção com álcool 70% (p/v) de superfícies contaminadas sem limpeza prévia. Revista Latino-americana de Enfermagem, São Paulo, v. 21, n. 2, p.1-6, mar. 2013. KNACKFUSS, Paula Laviaguerre; BARBOSA, Thays Consul; MOTA, Eduardo Gonçalves. Biossegurança na odontologia: uma revisão da literatura. Revista da Graduação: publicações de TCC, [s. L.], v. 3, n. 1, p.1-13, nov. 2010.
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18
APÊNDICE A: Questionário aplicado para as guarnições
SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA E ADM. PENITENCIÁRIA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS
QUESTIONÁRIO
Esse questionário busca recolher dados para serem utilizados no Trabalho de
Conclusão de Curso do Cadete CFO III Augusto César Pontes Coelho, que tem
como principal foco verificar sobre a correta descontaminação de uniforme exposto a
fluidos corporais no serviço operacional do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de
Goiás.
1 – Durante as ocorrências você já sofreu alguma exposição com fluidos corporais?
(Se responder “Sim” prosseguir com questionário).
( ) Sim ( ) Não
2 - Quais fluidos corporais você foi exposto? (Pode marcar mais de uma alternativa).
( ) Sangue ( ) Secreções
( ) Excreções ( ) Outros: _________________________.
3 – Quando seu uniforme entra em contato com uma das substâncias citadas na
questão anterior, você realiza algum tipo de isolamento para transporte até sua
descontaminação?
( ) Sim ( ) Não
4 – Você utiliza algum desses materiais durante a descontaminação do uniforme do
Corpo de Bombeiros em ambiente doméstico? (Pode marcar mais de uma
alternativa).
( ) Luvas de Procedimento ( ) Luvas de Látex Reutilizável
( ) Máscara Descartável ( ) Avental
( ) Óculos ( ) Nenhuma das alternativas
19
5 – Você realiza a descontaminação do uniforme do Corpo de Bombeiros junto com
outras roupas?
( ) Sim ( ) Não
6 – Quais substâncias você utiliza para descontaminação do uniforme quando em
contato com fluidos corporais (sangue, secreções, respingos de saliva e outros)?
(Pode marcar mais de uma alternativa).
( ) Água e Sabão ( ) Hipoclorito de Sódio (Água Sanitária)
( ) Antes de lavar utiliza Álcool 70% ( ) Outros: ______________________.
7 – Após a descontaminação do uniforme, você realiza a descontaminação do local
(máquina de lavar, tanque de lavagem, recipientes plásticos)?
( ) Sim ( ) Não
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APÊNDICE B: Folder sobre descontaminação do uniforme 4º A do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado de Goiás