Importância clínica da deteção de micrometástases ... · Gray e colaboradores relataram uma...

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2011/2012 Catarina da Costa Dias de Sousa Importância clínica da deteção de micrometástases ganglionares no carcinoma colo-retal papel da pesquisa do gânglio sentinela março, 2012

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2011/2012

Catarina da Costa Dias de Sousa

Importância clínica da deteção de micrometástases ganglionares

no carcinoma colo-retal – papel da pesquisa do gânglio sentinela

março, 2012

Mestrado Integrado em Medicina

Área: Cirurgia Geral

Trabalho efetuado sob a Orientação de:

Mestre Laura Elisabete Ribeiro Barbosa

Trabalho organizado de acordo com as normas da revista:

Revista Portuguesa de Cirurgia

Catarina da Costa Dias de Sousa

Importância clínica da deteção de micrometástases ganglionares

no carcinoma colo-retal – papel da pesquisa do gânglio sentinela

março, 2012

1

Importância clínica da deteção de micrometástases ganglionares no

carcinoma colo-retal. Papel da pesquisa do gânglio sentinela

The clinical impact of detection of lymph node micrometastases in

colorectal carcinoma – the role of sentinel lymph node biopsy

Catarina da Costa Dias de Sousa

Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

2

Resumo

Introdução: Cerca de 30% dos doentes, sem evidência de doença ganglionar,

submetidos a ressecção cirúrgica potencialmente curativa, desenvolve

recorrência da doença. Este inesperado prognóstico poderá ser atribuído à

presença de micrometástases ganglionares, não detetadas pelos métodos

convencionais. Contudo, o impacto prognóstico das micrometástases ainda não

é claro. O principal papel da pesquisa do gânglio sentinela é aumentar a

precisão do estadiamento, ao identificar os gânglios linfáticos com maior

potencial de conter micrometástases. Neste trabalho, estudos sobre o

significado prognóstico das micrometástases, em doentes com doença

ganglionar negativa, são revistos.

Métodos: Foi efetuada uma pesquisa da literatura através da base de dados

PubMed, utilizando os termos: carcinoma colo-retal, micrometástases

ganglionares e prognóstico.

Resultados: Foram incluídos 41 estudos. Todos foram capazes de identificar

micrometástases, após uma análise detalhada dos gânglios linfáticos com

imunohistoquímica ou técnicas moleculares. Vinte e um estudos demostraram

que a presença de micrometástases ganglionares pode afetar adversamente o

prognóstico, enquanto os restantes não demonstraram tal correlação.

Conclusões: Existe evidência de que a deteção de micrometástases pode

influenciar negativamente o prognóstico dos doentes com doença ganglionar

negativa, contudo, maiores ensaios clínicos randomizados são necessários

3

para demonstrar o verdadeiro impacto prognóstico e preditivo das

micrometástases no carcinoma colo-retal.

Palavras-chave: carcinoma colo-retal, micrometástases ganglionares,

prognóstico, biópsia do gânglio sentinela

4

Abstract

Introduction: About 30% of patients, with node-negative colorectal carcinoma

on conventional histopathologic analysis, after potentially curative surgical

resection, will develop disease recurrence. This unexpected outcome may be

attributed to the presence of lymph node micrometastases, undetected by

routine examination. However, the prognostic relevance of lymphatic

micrometastases is unclear. The primary role of sentinel lymph node mapping is

to increase the accuracy of nodal staging by identifying those lymph nodes with

the greatest potential for harbouring metastatic disease. In this paper, studies

on the prognostic relevance of micrometastases, in patients with node-negative

colorectal carcinoma, are reviewed.

Methods: A literature search was conducted on PubMed by using the

keywords, colorectal neoplasms, lymph node micrometastasis and prognosis.

Results: A total of 41 studies were included. All studies were able to identify

micrometastases after a more detailed analysis of lymph nodes with

immunohistochemical staining or molecular techniques. Twenty one studies

have shown that micrometastases can adversely affect prognosis, while the

remaining have been unable to show such correlation.

Conclusions: There is evidence that micrometastases detection indicates poor

prognosis in patients with node-negative colorectal carcinoma. However, larger

randomized trials are needed to demonstrate the true prognostic and predictive

impact of micrometastases in colorectal carcinoma.

5

Key Words: colorectal neoplasms, lymph node micrometastases, prognosis,

sentinel node biopsy

6

Introdução

O carcinoma colo-retal (CCR) é uma das neoplasias mais comuns nos países

desenvolvidos. Estima-se que em 2008 terão ocorrido mais de 1,2 milhões de

novos casos e 608,700 mortes (1).

O prognóstico do CCR é estabelecido pelo seu estadio clínico-patológico. O

sistema TNM (tumor-node-metastasis), definido pelo American Joint Committee

on Cancer (AJCC), é o sistema de estadiamento mais frequentemente usado.

Segundo este sistema a disseminação ganglionar regional, na ausência de

metástases à distância, diferencia o estadio III do estadio I/II (2).

Um dos fatores de prognóstico mais importante no CCR é o atingimento

ganglionar regional. A presença de metástases ganglionares desempenha um

papel determinante no estadiamento e escolha da terapêutica, representando

um dos mais importantes indicadores para quimioterapia adjuvante (3-6).

Os doentes com ausência de metástases ganglionares (estadio I/II) têm uma

sobrevida aos 5 anos superior a 75%, enquanto que os doentes com

metástases ganglionares apresentam uma sobrevida aos 5 anos inferior a 50%

(7).

Atualmente a terapia adjuvante é recomendada para todos os doentes no

estadio III, mas não para os doentes no estadio II (8). Evidência sugere que

alguns doentes em estadio II têm pior prognóstico que aqueles em estadio III.

Este achado pode refletir o facto de os doentes em estadio III receberem

quimioterapia adjuvante, ao contrário dos doentes em estadio II (9). Assim

7

sendo, otimizar o estadiamento ganglionar e as indicações para terapia

adjuvante pode ter um enorme impacto clínico (10).

Segundo as recomendações de 2004 da American Society of Clinical

Oncology, apesar de não existir evidência direta de ensaios clínicos

randomizados que apoie o uso de quimioterapia adjuvante como rotina no

estadio II, o impacto significativo da quimioterapia no estadio III pode apoiar a

sua consideração para uso em doentes com alto risco no estadio II (8).

Gray e colaboradores relataram uma melhoria estatisticamente significativa na

sobrevida de doentes em estadio II tratados com terapêutica adjuvante. Foi o

primeiro ensaio randomizado a demonstrar um benefício na sobrevida (1-5%)

(11).

Várias características clínicas e patológicas foram identificadas e utilizadas

para identificar doentes com gânglios linfáticos negativos (ausência de

metástases ganglionares) que são de alto risco. Estas incluem doentes com

perfuração intestinal na altura da apresentação, grau de diferenciação

histológica: pouco diferenciada ou indeferenciada e envolvimento linfovascular

presente (8). Contudo, este grupo de doentes de alto risco que poderia

beneficiar da quimioterapia adjuvante, continua por identificar e o valor deste

tratamento nunca foi por isso validado (8).

Aproximadamente 90% dos doentes com CCR é tratado com cirurgia, que

representa a principal opção de tratamento, potencialmente curativo, para a

maioria dos doentes (12, 13). A base do tratamento do CCR não metastizado é

a ressecção cirúrgica completa do segmento que contém o tumor, com

8

margens radial, proximal e distal adequadas, bem como a linfadectomia

regional em bloco (6).

A linfadectomia foi provada ser tanto diagnóstica como terapêutica para o CCR.

O número de gânglios linfáticos ressecados tem um impacto significativo na

sobrevida destes doentes, sendo mesmo considerados na classificação TNM

(14).

Contudo, 20 a 30% dos doentes com gânglios linfáticos negativos, desenvolve

recorrência da doença. Pensa-se que estes doentes, que parecem ter doença

localizada têm, na verdade, doença metastática oculta não detetada pelos

métodos atuais de análise (15). Isto sugere que o estadiamento realizado

atualmente poderá não ser adequado.

Alguns doentes originalmente estadiados como “gânglio-negativos” são

classificados, após um maior estudo patológico, como tendo células tumorais

ocultas. Ainda não é claro, atualmente, se estes doentes com gânglios

linfáticos supostamente negativos que recorrem e aqueles com células

tumorais ocultas são os mesmos, mas vários estudos sugerem que as células

tumorais ocultas podem ser responsáveis por um pior prognóstico (6).

Nestes doentes um subestadiamento poderá ter ocorrido devido a uma

incompleta ressecção dos gânglios linfáticos ou a uma inadequada avaliação

histopatológica (6, 16). Nem todos os gânglios com metástases são

identificados devido a uma inadequada extensão da ressecção cirúrgica ou,

alguns são negligenciados durante a dissecção patológica padrão (17). Cerca

de 70% dos gânglios linfáticos metastizados são <5mm e podem escapar

devido ao seu pequeno tamanho (18).

9

A ressecção e exame patológico de um número adequado de gânglios

linfáticos são inerentes a um estadiamento preciso e correto (8). O aumento do

número de gânglios linfáticos examinados correlaciona-se com uma melhoria

da sobrevida e um decréscimo da recorrência (10, 14, 19, 20). Numa série de

35,787 casos no estadio II da National Cancer Data Base, a sobrevida aos 5

anos se fossem apenas examinados 1 ou 2 gânglios linfáticos foi de 64%,

contra 84% se mais de 25 gânglios linfáticos fossem examinados (20).

Num esforço para estandardizar a avaliação patológica ganglionar, o National

Cancer Institute, AJCC, The College of American Pathologists e outros

sugeriram que um número mínimo de 12 gânglios linfáticos deveria ser

removido em bloco e avaliado (12).

Alguns depósitos metastáticos são demasiado pequenos para serem detetados

com apenas uma ou duas secções do gânglio linfático coradas com

hematoxilina e eosina (H&E), durante a análise patológica padrão (17). Calcula-

se que uma única secção através do centro de um gânglio linfático medindo 1

cm de diâmetro representa aproximadamente apenas 0.06% do gânglio

linfático (21). Esta avaliação pode resultar numa falha em identificar gânglios

linfáticos com uma pequena quantidade de doença metastática (4).

As técnicas de análise patológica convencionais têm limitações que tornam a

identificação de um baixo volume de doença metastática ganglionar difícil. A

falha em identificar doença micrometastática resulta num estadiamento

patológico com falsos negativos. Este subestadiamento pode contribuir para

um resultado desfavorável destes doentes que não são, por rotina, tratados

com quimioterapia adjuvante (6).

10

Um estadiamento ganglionar mais preciso através da identificação de

metástases com 2mm ou menos, pode identificar doentes em estadio I/II em

alto risco de recorrência regional ou distante e ajudar a orientar a terapia

adjuvante (11).

Metástases Ganglionares Ocultas

Micrometástases e células tumorais isoladas são definidas como células

tumorais ocultas (22).

A importância das células tumorias ocultas no CCR é controversa, contudo

estas podem ser um dos fatores que levam à recorrência destes doentes (23).

Ainda assim, apesar da controvérsia, a importância de pequenas metástases é

reconhecida pelas atuais diretrizes de estadiamento da AJCC e da International

Union Against Cancer (IUCC) (24).

Estas metástases foram classificadas com base no seu tamanho: células

tumorais isoladas são definidas como lesões metastáticas menores que 0.2

mm e classificadas como pN0(i+), enquanto micrometástases são definidas

como lesões metastáticas entre 0.2mm e 2.0mm e classificadas como pN1mi

(25).

A positividade ganglionar engloba, assim, macrometástases (>2mm) e

micrometástases e embora as células tumorais isoladas não sejam

consideradas como evidência de metastização ganglionar, a sua inclusão nas

diretrizes destas organizações é evidência da sua potencial importância

prognóstica (24).

11

Dado as macrometástases linfáticas constituírem o fator de prognóstico mais

importante no CCR, é razoável olhar mais de perto para o significado

prognóstico das metástases linfáticas menores de 2mm (11).

Uma análise mais cuidadosa dos gânglios linfáticos com recurso a secções em

série, imunohistoquímica (IHQ) ou métodos moleculares como a reação em

cadeia da polimerase (PCR) ou transcriptase reversa seguida de PCR (RT-

PCR), podem diagnosticar a disseminação linfática com maior precisão, ao

serem capazes de detetar um volume menor de doença metastática.

Idealmente, todos os gânglios linfáticos regionais deviam ser examinados com

estas técnicas, mas isto seria demasiado dispendioso e demorado e, portanto,

não viável na prática diária (6, 26).

Um exame histopatológico focado a um número limitado de gânglios linfáticos

com maior probabilidade de conter metástases seria prático e poderia melhorar

a precisão do estadiamento (6). Aglomerados de células tumorais não

aparentes na coloração convencional com H&E são evidentes em

aproximadamente 20% dos gânglios sentinela avaliados com IHQ e em

aproximadamente 40% dos avaliados com RT-PCR (27).

Pesquisa do gânglio sentinela (GS)

O conceito de GS foi aplicado pela primeira vez em 1960 por Gould e

colaboradores no seu estudo no carcinoma da parótida (28). Em 1977 Cabanas

RM propôs o conceito de pesquisa do GS para o tratamento do carcinoma

peniano (29).

12

O trabalho pioneiro de Morton e colaboradores, no início dos anos 90, na

abordagem do melanoma provou que a biopsia do GS podia prever o estado

ganglionar regional com uma precisão de 99% (30). Trabalho similar

desenvolvido por Giuliano e colaboradores mostrou que a biópsia do GS pode

ser aplicada com sucesso no tratamento do cancro da mama (31). Os

benefícios potenciais do procedimento foram evidentes ao permitir que estes

doentes sejam poupados da morbilidade pós-operatória associada a uma

linfadectomia regional completa. Após se demonstrar que estes doentes não

estavam em maior risco de recorrência regional, a técnica tornou-se padrão no

tratamento da maioria dos doentes (11).

Ao longo dos últimos anos foram múltiplos os estudos que investigaram esta

técnica em outras localizações. A biopsia do GS no CCR é ainda

investigacional mas o potencial impacto desta técnica no tratamento global

desta doença pode ser significativo (11).

Cerca de 30% dos doentes sem micrometástases detetadas vai desenvolver

recorrência e morrer da doença. Curiosamente, esta percentagem é muito

semelhante, em vários estudos, à taxa de supraestadiamento após estudo

cuidadoso do GS (6). O termo “supraestadiamento” é tipicamente utilizado para

descrever doentes com GS positivo identificado com técnicas que não as

convencionais, na ausência de positividade de gânglios não-sentinela

analisadas pelos métodos convencionais (26).

A linfadectomia no CCR é um procedimento padrão, geralmente sem

complicações ou morbilidades. A principal vantagem do GS no CCR não é

13

evitar um esvaziamento ganglionar como acontece na mama, mas melhorar a

precisão do estadiamento (4, 11, 22).

O paradigma do GS baseia-se na premissa de que a drenagem linfática de um

órgão ocorre de modo ordenado e progressivo (6, 11). Pensa-se que a

metastização linfática ocorre de uma forma sequencial, primeiro para o GS e só

depois para locais mais distantes. Assim sendo, uma avaliação completa do

GS (o gânglio com maior probabilidade de ter doença metastática) pode

resultar num relatório preciso da disseminação metastática (4).

A identificação de um pequeno número de GS permite ao patologista pesquisar

com maior precisão um volume metastático menor, nos gânglios com maior

probabilidade de atingimento, sem a utilização de recursos e custos proibitivos.

O GS é submetido a uma avaliação patológica mais extensa complementar à

avaliação padrão realizada a todos os restantes gânglios linfáticos ressecados.

Um estadiamento ganglionar mais preciso através da identificação de células

tumorais ocultas poderá identificar doentes em estadio I/II em alto risco de

recorrência, e potencialmente melhorar o estadiamento de doentes

previamente subestadiados pela avaliação de rotina (22). Por sua vez, isto

poderá levar a um número significativo de doentes a quem a quimioterapia

sistémica pode ser oferecida (32).

Apesar das causas de falência à distância serem multifatoriais, acredita-se que

um significativo grau de subestadiamento ocorre devido às limitações inerentes

às técnicas atuais de análise patológica (11).

Para a maioria dos doentes, a pesquisa do GS não contribui com informações

adicionais que irão alterar a extensão da cirurgia, pois os GS são identificados

14

maioritariamente na proximidade do CCR primário. Contudo, numa pequena

proporção de doentes, estes podem ser identificados para além da extensão da

linfadectomia, estendendo assim os limites da ressecção. A proporção de

doentes com drenagem linfática aberrante não é clara. Esta proporção varia na

literatura de 0 a 36%, o que pode refletir a existência de variabilidade na

extensão da ressecção e linfadectomia (4, 6).

Existem diversos traçadores que podem ser usados na técnica de pesquisa do

GS, que incluem o corante azul (isossulfano azul, azul patente), marcadores

radioativos (tecnécio) ou fluorescentes (33). O isossulfano azul é o corante de

escolha para o mapeamento linfático no CCR. É barato, fácil de utilizar e a sua

absorção nos canais linfáticos e gânglios é rápida (5-10 minutos) (6).

A maioria utiliza a técnica in vivo com injeção subserosa, circunferencial e

peritumoral de isossulfano azul (sem abrir o intestino). A rutura linfática

mesentérica é minimizada durante a mobilização do cólon antes do

mapeamento linfático. Devem ser tomados cuidados para evitar a injeção

intraluminal do corante, pois pode contribuir para a coloração de gânglios não

sentinela (6). O corante azul é distribuído rapidamente através das vias

linfáticas. A janela de tempo a partir da injeção até à identificação do GS é

estreita (6).

Embora alguns autores definam o GS como do primeiro ao quarto gânglios

corados a aparecer dentro de 5 a 10 minutos da injeção do corante, outros

consideram todos os gânglios corados de azul como GS. Consequentemente,

existe uma grande variabilidade no número de GS avaliados (6).

15

Durante a técnica in vivo de pesquisa do GS, os gânglios corados de azul são

marcados com sutura, imediatamente após a sua descoberta, para posterior

identificação pelo patologista. A marcação é essencial, pois os gânglios

corados inicialmente podem desvanecer-se, à medida que o corante se

distribui. A ressecção do segmento de colón que contém o tumor e do

mesentério correspondente é realizada após a marcação (6).

A amostra é submetida fresca para dissecção do GS e processamento com

secções seriadas microscópicas (20-40µm de intervalo), coloração com H&E,

IHQ com ou sem técnica de RT-PCR (6).

A IHQ é rentável e relativamente simples. Existe debate sobre a extensão de

doença submicroscópica que deve levar à classificação de gânglio positivo. É

conhecido que a IHQ pode identificar células que coram positivamente para o

antigénio carcinoembrionário (CEA) ou citoqueratinas em doentes sem cancro.

Estes falsos positivos podem resultar de células mesoteliais citoqueratina-

positivas ou células epiteliais degenerativas ou apoptóticas (34).

A técnica altamente sensível de RT-PCR, por outro lado, é mais cara, pode não

ser suficientemente específica para malignidade e requer manipulação e

processamento especializado. A RT-PCR está menos sujeita a erros de

amostragem em comparação com a IHQ, já que pode ser utilizada para avaliar

todo o gânglio linfático (6).

O principal argumento a favor do mapeamento in vivo é a ocorrência de

drenagem linfática aberrante que obriga a uma maior extensão da ressecção

(6).

16

Defensores da técnica ex vivo já citaram várias limitações da técnica in vivo:

possível disseminação de células tumorais e aumento da recidiva local,

reações adversas ao corante desde urticária a choque anafilático, interferência

com a monitorização da oximetria de pulso, juntamente com o aumento do

tempo de cirurgia. A questão da disseminação das células tumorais durante a

manipulação mecânica não está provada e as reações ao corante são

extremamente raras (6).

O corante fluoresceína pode ser injetado de um modo similar ao corante azul.

Este viaja rapidamente pelas vias linfáticas e marca os GS de fluorescente. A

fluoresceína é barata e não está associada a reações alérgicas. O seu uso ao

longo dos últimos anos, com resultados comparáveis aos do corante azul, tem

validado a sua utilidade (32).

A técnica ex vivo pode ser realizada com injeção peritumoral subserosa (em

redor do tumor primário e cólon intacto) ou submucosa (em redor do tumor

primário exposto através de uma incisão antimesentérica) com isossulfano azul

(6). A amostra é entregue fresca ao patologista num prazo de 30 minutos.

Os defensores da técnica ex vivo têm enfatizado o facto de esta técnica ser

aplicada de modo preciso a todos os locais anatómicos, sem risco de efeitos

adversos, disseminação tumoral ou aumento do tempo cirúrgico. A maioria dos

estudos que reportam a pesquisa do GS no reto prefere a técnica ex vivo, pois

podem surgir dificuldades devido à sua localização ser inacessível, sem

interrupção do mesocólon, se a lesão for extraperitoneal (6).

17

Wood e colaboradores, demonstraram que não há diferença significativa na

precisão da técnica de pesquisa do GS independentemente desta ser realizada

in vivo, ex vivo ou durante colectomia laparoscópica (35).

Na colectomia laparoscópica, duas técnicas têm sido aplicadas, uma que usa

injeção peritumoral submucosa endoscópica intraoperatória de corante azul e

outra injeção peritumoral subserosa sob visualização laparoscópica (32, 36).

O uso de radioisótopos tem sido utilizado no cancro da mama e no melanoma.

Relativamente pouca atenção tem sido dada ao mapeamento linfático com

radioisótopos no CCR (6). A linfocintilografia é demorada, dispendiosa e requer

uma abordagem multidisciplinar coordenada que não tem sido mostrada

melhorar nem a taxa de sucesso, nem a precisão do mapeamento do GS no

CCR em comparação com o corante azul (6).

A pesquisa do GS é precisa e rentável, acrescentando pouco no tempo

cirúrgico geral. O material necessário é pouco e o corante azul é barato (6).

Segundo o estudo de Paramo e colaboradores, a técnica de pesquisa do GS

no CCR terá uma curva de aprendizagem de cinco casos. A curva de

aprendizagem estabilizou após os primeiros cinco procedimentos, com taxas

de identificação superiores a 98% posteriormente (37). Todavia, Nordgard e

colaboradores, sugerem a existência de uma curva de aprendizagem de pelo

menos 20-30 casos (38).

Já sabemos que a deteção precisa das metástases linfáticas é essencial e

crítica para uma previsão adequada da sobrevida, assim como, para um plano

terapêutico adequado. Falta agora estabelecer a partir de que nível de doença

metastática podemos classificar um doente como gânglio-negativo ou positivo.

18

Para validar a importância da pesquisa do GS no CCR é importante definir se a

doença micrometastática descoberta através desta técnica, que seria

indetetável pelos métodos histopatológicos padrão, tem ou não impacto

prognóstico que justifique a sua implementação na prática atual.

19

Material e Métodos

Foi efetuada uma pesquisa da literatura até janeiro de 2012, através da base

de dados PubMed. Esta pesquisa foi realizada usando os termos: carcinoma

colo-retal, micrometástases ganglionares e prognóstico.

O objetivo foi identificar estudos sobre o significado prognóstico das

micrometástases em doentes com doença ganglionar negativa segundo os

métodos convencionais.

A seleção das referências foi feita tendo em conta a sua adequação aos

objetivos desta revisão. Artigos potencialmente relevantes foram selecionados

através da revisão dos títulos e resumos. Artigos adicionais foram identificados

por referências cruzadas de artigos obtidos na pesquisa inicial.

Apenas os artigos que incluíam a relevância prognóstica das micrometástases

ganglionares foram incluídos. Os critérios de exclusão incluíram a falta de

acompanhamento e/ou dados referentes à sobrevida/recorrência.

Artigos com carcinoma anal no título foram excluídos. Apenas foram incluídos

artigos em Inglês e Português, com acesso a texto integral.

20

Resultados

Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão os artigos selecionados

foram sumarizados conforme a Tabela I.

Foram incluídos um total de 41 estudos. Destes, 30 usaram IHQ (39-68) para

avaliar o impacto das micrometástases ganglionares no prognóstico, 10 usaram

métodos moleculares (PCR/RT-PCR) (69-78) e um usou ambos os métodos

(79). Todos foram capazes de identificar micrometástases após uma análise

mais detalhada, dos gânglios linfáticos.

Entre estes estudos, 21 correlacionaram a presença de micrometástases

ganglionares com um pior prognóstico (39,40,42,46,50,51,53,56,62,63,67-

71,74-79), enquanto os restantes concluíram que não existe associação

estatisticamente significativa. Dos estudos que recorreram a técnicas de PCR,

apenas dois não encontraram relação das micrometástases com o prognóstico

do doente (72,73).

21

Discussão

A importância prognóstica das macrometástases linfáticas está bem

estabelecida. Existe uma evidência crescente de que a doença

micrometastática nos doentes com CCR também se pode correlacionar com

um pior prognóstico. Infelizmente, a possibilidade de encontrar

micrometástases nos gânglios linfáticos examinados apenas com coloração por

H&E é muito pequena. As micrometástases podem, portanto, ser um fator

ainda indefinido de alto risco nos doentes com CCR, contribuindo, assim, para

a alta taxa de recorrência nos estadios I/II (80).

Os exames histopatológicos são limitados pela sua incapacidade de medir,

com precisão, o volume metastático total. Mesmo após múltiplas secções do

gânglio linfático e avaliação de cada corte, a informação obtida é incompleta

dado que apenas uma pequena parte do gânglio é analisada. Apesar de a taxa

de falsos negativos poder ser reduzida através de cortes seriados e IHQ, isto

impõe um grande aumento do trabalho do patologista e não está disponível

como um meio de avaliação intraoperatória (81).

A RT-PCR, por outro lado, permite a avaliação de todo o gânglio linfático,

contudo, o trabalho da extração de ácido ribonucleico (RNA) como pré-requisito

para a RT-PCR é impraticável na rotina.

No cancro da mama um novo método molecular, One Step Nucleic Acid

Amplification (OSNA) tem sido utilizado como um meio de diagnóstico

intraoperatório de deteção de metástases ganglionares (82).

22

O OSNA é um método de deteção molecular rápido, que pesquisa metástases

ganglionares através da deteção e amplificação do RNA da citoqueratina 19.

Este método pode avaliar todo o gânglio linfático e consegue detetar com

precisão, metástases ganglionares maiores que 0.2mm, em taxas comparáveis

ao exame patológico convencional (81). Alguns estudos estão a tentar

determinar a aplicabilidade deste novo método no CCR, com resultados

promissores (83, 84).

O significado biológico das células tumorais ocultas e o seu efeito prognóstico é

uma questão de grande controvérsia que permanece por responder. Esta

controvérsia irá provavelmente manter-se até que os resultados de doentes,

com e sem depósitos tumorais ganglionares, sejam baseados em definições

rigorosas que os estratifiquem de acordo com o nível de doença – células

tumorais isoladas versus micrometástases, células positivas com IHQ versus

RT-PCR e análise de marcadores isolados ou múltiplos (6).

Durante os últimos anos vários estudos avaliaram o valor prognóstico das

micrometástases ganglionares nos doentes com CCR contudo, a influência

destas no prognóstico ainda não foi totalmente estabelecida.

Sirop e colaboradores (3) demonstraram que melhores resultados podiam ser

obtidos se os doentes com micrometástases fossem considerados doentes de

alto risco e tratados com quimioterapia. Todos os doentes, de uma amostra de

109, realizaram pesquisa do GS na altura da cirurgia. Os GS foram

examinados por IHQ, enquanto os restantes foram apenas estudados pelo

método convencional. Catorze destes doentes tinham apenas micrometástases

(29.8% dos doentes com doença ganglionar positiva). Estes doentes foram

23

tratados com quimioterapia e todos sobreviveram cinco anos ou mais, sem

evidência de doença (sobrevida aos 5 anos de 100%). A sobrevida aos 5 anos

dos doentes com macrometástases foi de 75% e dos doentes sem evidência de

metástases ganglionar de 96.2%.

Rahbari e colaboradores, na sua recente metanálise de 39 estudos,

demonstraram que a deteção molecular de células tumorais ocultas está

associada a um maior risco de recorrência e a uma pior sobrevida (85).

Também, Iddings e colaboradores (86) realizaram uma metanálise com estudos

publicados entre 1991 e 2003. Todos os estudos foram capazes de identificar

micrometástases, após um exame patológico mais pormenorizado com

secções seriadas, IHQ ou RT-PCR. A sobrevida global aos 3 anos foi de 77.8%

para os doentes com micrometástases detetadas por RT-PCR e de 96.6%,

para os doentes sem micrometástases detetadas (p<0.001). Embora as

micrometástases detetadas por IHQ parecerem afetar adversamente a

sobrevida, a diferença não é estatisticamente significativa. A amostra

ganglionar limitada poderá explicar este impacto não significativo.

Nicastri e colaboradores (15) na sua revisão de 19 artigos também concluíram

que os estudos com RT-PCR sugeriam uma relevância clínica significativa das

micrometástases, o mesmo não sendo demonstrado para os estudos com IHQ.

Durante a sua revisão encontraram limitações significativas na metodologia

usada pelos diversos estudos, incluindo definições histológicas das

micrometástases inconsistentes, uma amostragem pobre devido ao

inadequado número de gânglios linfáticos ou número de secções realizadas por

gânglio, falta de uniformidade no que respeita ao anticorpo utilizado na IHQ ou

24

ao marcador utilizado na RT-PCR. Assim sendo, muitos destes estudos foram

limitados pelo pequeno tamanho da amostra e/ou falta de técnicas

estandardizadas, permitindo a possibilidade de subestadiar micrometástases

ou realizar um estadiamento falso-positivo, baseado na deteção de células

epiteliais comuns (11).

A principal razão para o baixo poder de muitos dos estudos é a necessidade de

usar métodos demasiado dispendiosos e demorados. Como é esperado que a

pesquisa do GS identifique o gânglio linfático com maior probabilidade de

conter disseminação linfática, esta técnica pode constituir um meio que permite

limitar o uso de técnicas mais sensíveis aos gânglios com maior probabilidade

de envolvimento metastático (16, 87).

Vários estudos já demonstraram que uma análise mais pormenorizada do GS

revelou células tumorais ocultas em 20 a 35% dos doentes que tinham sido

anteriormente classificados como N0 através da análise de rotina (87).

O estadiamento pelo GS tem-se mostrado viável, tanto em termos de tempo

como custo (6). O primeiro relatório sobre o mapeamento do GS no CCR foi

apresentado em 1997 e confirmou a alta viabilidade (98%) e precisão (95%) de

predição do estado ganglionar regional (11) .

A taxa de sucesso, apesar de boa, varia bastante (58 a 100%), entre os

diferentes estudos (6). A taxa de sucesso de centros com grande experiência

na técnica é maior e significativamente de menor variabilidade. Esta

variabilidade é similar à observada no início da experiência da biópsia do GS

no melanoma e carcinoma da mama. A taxa de sucesso inicial do mapeamento

linfático no melanoma era de 82% e no carcinoma da mama de 60% (11).

25

Des Guetz e colaboradores (88) realizaram uma meta-análise em que

compararam o valor diagnóstico da pesquisa do GS no CCR com aquele da

análise histopatológica convencional. Dos 33 estudos incluídos, com 1794

doentes, a sensibilidade global foi de 70%, enquanto a especificidade foi de

81%.

Estes resultados levantam a questão se o GS apresenta ou não uma maior

probabilidade de conter pequenos depósitos tumorais do que os restantes

gânglios linfáticos (16). Vários estudos examinaram o GS e os gânglios não

sentinela do mesmo modo, por secções seriadas e imunohistoquímica.

Verificou-se que o GS tinha uma probabilidade significativamente maior de

conter micrometástases quando comparado com os gânglios não sentinela e

que é altamente preditivo, não só para a presença, mas também para a

ausência de células tumorais ocultas (sensibilidade e valor preditivo negativo

>90%) (34, 89).

Esta avaliação está em contraste com um estudo recente (90), em que não foi

encontrada diferença significativa entre o GS e os gânglios não sentinela, no

que diz respeito à frequência de deteção de micrometástases. No entanto, os

resultados deste estudo parecem ser negativamente influenciados pelo

pequeno número de gânglios linfáticos submetidos a uma análise mais

pormenorizada e pela falta de critérios morfológicos para a identificação de

células tumorais (16).

Estudos publicados sobre a pesquisa do GS no CCR apresentam, contudo,

uma considerável heterogeneidade nas técnicas de deteção usadas, na

definição de GS, no tempo de intervalo escolhido entre a injeção do corante e a

26

deteção do GS, nas técnicas histopatológicas aplicadas e na composição dos

grupos de doentes. Consequentemente, a taxa de deteção, sensibilidade e taxa

de gânglios linfáticos falsos negativos varia consideravelmente (16, 87).

Bembenek e colaboradores (91) demonstraram que as taxas de deteção e

sensibilidade eram significativamente influenciadas por fatores específicos do

doente e da doença, em particular a experiência do centro, índice de massa

corporal e invasão linfovascular.

A taxa de falsos negativos varia muito na literatura. Um GS falso negativo é

aquele sem células tumorais aparentes na presença de metástases em

gânglios não sentinela. Mesmo em artigos com mais de 50 doentes, a taxa de

falsos negativos varia de 7% a 62% (4). Estes falsos negativos podem ser

atribuídos a uma variedade de fatores, tais como: seleção dos doentes;

extensão da doença; técnica utilizada na injeção de corante ou radiofármaco,

ou ambos; número de GS examinados; método de secção do gânglio;

coloração e rotulagem. A variação na definição de GS constitui a maior razão

para esta discrepância tão grande entre as taxas de falsos negativos

reportadas (6).

A injeção circunferencial peritumoral incompleta de corante ou

inadvertidamente no lúmen intestinal irá levar à falha na identificação do GS.

Tumores maiores podem exigir um volume maior de corante para alcançar a

completa distribuição circunferencial peritumoral de corante (6).

O bloqueio dos canais linfáticos pela massa tumoral e visualização insuficiente

do corante em doentes obesos pode influenciar negativamente os resultados

da pesquisa do GS.

27

Para se chegar a uma conclusão mais definitiva deverá ser feita uma seleção

criteriosa dos doentes e melhoramentos técnicos (87).

Cahill sugere que o procedimento do GS pode ser mais eficaz em cancros

sobretudo em fase inicial, porque em cancros avançados a obstrução dos

vasos linfáticos pelo crescimento tumoral força a drenagem linfática a tomar

outro caminho (92). Muitas vezes, nos casos avançados, alguns gânglios

linfáticos podem tornar-se completamente substituídos pelo tumor, não

permitindo a penetração do corante (32).

A localização do tumor também tem impacto no sucesso do mapeamento do

GS. Tumores localizados no reto, particularmente aqueles tratados com

radioterapia pré-operatória, estão associados a um maior número de falsos

negativos devido à fibrose dos linfáticos submucosos (6, 32).

Em casos de intensa inflamação peritoneal, como a que pode ser encontrada

nos casos de contaminação fecal em carcinomas perfurados, o corante pode

não penetrar nos gânglios linfáticos inflamados (32).

Se forem identificados gânglios linfáticos como clinicamente positivos durante a

laparotomia, o mapeamento linfático não traz qualquer benefício, pois as

metástases ganglionares já são evidentes (32).

A biópsia do GS não substitui, ou compromete a realização de uma adequada

ressecção oncológica, sendo apenas realizada em complemento desta, o que

minimiza o impacto clínico da taxa de falsos negativos (11).

O estudo do Cancer and Leukemia Group B (CALGB) (90) foi o primeiro estudo

prospetivo multicêntrico a analisar a biópsia do GS no CCR. Incluiu vinte e

cinco cirurgiões, treze centros e setenta e dois doentes. Dos vinte e quatro

28

doentes que eram gânglio-positivos pela coloração com H&E, apenas onze

doentes tinham GS positivo, levando a uma taxa de falsos negativos de 54%.

Utilizando IHQ na análise dos GS e não-sentinela a taxa de falsos negativos foi

de 12%. Para além do tamanho relativamente pequeno da amostra, uma

limitação deste estudo foi a heterogeneidade de experiência na técnica entre os

cirurgiões recrutados para o estudo. Embora todos os cirurgiões tivessem

experiência no mapeamento do GS no carcinoma da mama ou melanoma,

dezoito deles realizaram menos de 5 procedimentos no CCR e apenas dois

realizaram mais de 10.

Bilchik e colaboradores (93) relataram resultados de um estudo prospetivo

multicêntrico com quatro cirurgiões, quatro centros e 132 doentes. Foram

selecionados cirurgiões e patologistas experientes que já tivessem realizado

mais de 20 procedimentos. A experiência vasta destes cirurgiões refletiu-se nos

resultados. A sensibilidade do mapeamento linfático foi de 88,2% e a taxa de

falsos negativos foi de 7,4%. Foram identificadas micrometástases em 23,6%

dos doentes cujos gânglios tinham corado negativamente pela análise

histopatológica convencional.

Stojadinov e colaboradores (94) relataram resultados do United States Military

Cancer Institute Clinical Trials Group. Neste estudo prospetivo randomizado

multicêntrico, seis cirurgiões em cinco instituições realizaram todos os

procedimentos de mapeamento do GS, após instrução formal e treino técnico.

Realizaram entre 6 a 12 casos antes de participarem no estudo. Um grupo de

82 doentes foi avaliado com biopsia do GS (com H&E e IHQ) e outro grupo

semelhante foi avaliado com a abordagem convencional. No grupo com biopsia

29

do GS, o GS foi identificado em 80 dos 82 doentes (97,6%). A taxa de falsos

negativos foi de 9,8%.

Saha e colaboradores (95) relataram um estudo multicêntrico com três

cirurgiões, três instituições e 500 doentes. Cada cirurgião tinha uma vasta

experiência, já tendo realizado mais de 30 procedimentos. A taxa de

identificação do GS foi de 99,3% com uma sensibilidade de 89,9% e

especificidade de 100%. O valor preditivo negativo foi de 93,1%, enquanto o

supraestadiamento, por deteção de micrometástases, ocorreu em 23,6% dos

doentes previamente diagnosticados como gânglio-negativos pela análise

convencional. Este estudo também analisou os gânglios não sentinela nos

primeiros 147 doentes com os mesmos métodos de análise utilizados para o

GS e apenas um caso de micrometástases foi detetado. Estes resultados

validam, assim, o conceito de GS no CCR, confirmando a presença de

metástases preferencialmente no GS.

Também neste estudo, os doentes que foram submetidos a mapeamento do

GS, em conjunto com a ressecção cirúrgica completa, foram comparados com

um grupo semelhante que foi submetido apenas a ressecção cirúrgica

completa sem mapeamento do GS. Os doentes foram acompanhados por um

período mínimo de dois anos e uma marcada diferença na recorrência foi

observada entre os dois grupos. No grupo que realizou mapeamento do GS a

taxa de recorrência foi de 7%, enquanto que no grupo que realizou apenas a

ressecção, foi de 25% (p=0.001).

Existe, deste modo, evidência de que a deteção molecular de células tumorais

ocultas pode influenciar o prognóstico, todavia, grandes ensaios clínicos

30

randomizados são necessários para demonstrar o verdadeiro impacto

prognóstico e preditivo da doença micrometastática no CCR, antes do

ultraestadiamento e da pesquisa do GS se tornarem uma prática padrão.

Atualmente, a heterogeneidade existente entre as instituições e os cirurgiões e

a enorme diversidade presente nestes estudos, desde a utilização de diferentes

critérios na seleção dos doentes a técnicas de pesquisa e análise patológica

variadas, tornam difícil estabelecer o valor da biópsia do GS no CCR.

Ensaios clínicos randomizados são também necessários para provar o impacto

da quimioterapia adjuvante na sobrevida dos doentes com células tumorais

ocultas. Está, atualmente, a decorrer um estudo deste tipo (EnRoute+),

primeiro ensaio clínico randomizado, que foi desenhado para demonstrar se os

doentes em estadio I/II com doença micrometastática, beneficiam ou não, do

tratamento com quimioterapia.

31

Agradecimentos

À Mestre Laura Elisabete Ribeiro Barbosa pelo tempo dedicado,

disponibilidade, apoio e orientação indispensáveis à realização desta

monografia.

32

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75-7.

71. Bustin SA, Siddiqi S, Ahmed S, Hands R, Dorudi S. Quantification of

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43

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81. Osako T, Iwase T, Kimura K, Yamashita K, Horii R, Yanagisawa A, et al.

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stage breast cancer: a comparative analysis between one-step nucleic acid

amplification whole node assay and routine frozen section histology. Cancer.

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carcinoma: a meta-analysis. Ann Surg Oncol. 2006;13(11):1386-92.

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factor? A meta-analysis. World journal of surgery. 2007;31(6):1304-12.

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92. Cahill RA. What's wrong with sentinel node mapping in colon cancer?

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93. Bilchik AJ, DiNome M, Saha S, Turner RR, Wiese D, McCarter M, et al.

Prospective multicenter trial of staging adequacy in colon cancer: preliminary

results. Archives of surgery (Chicago, Ill : 1960). 2006;141(6):527-33;

discussion 33-4.

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Prospective randomized study comparing sentinel lymph node evaluation with

standard pathologic evaluation for the staging of colon carcinoma: results from

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47

Tabelas

Tabela I – Sumário dos estudos selecionados

Amostra Método Células tumorais

ocultas (%)

Follow-up

médio (meses)

Significado

prognóstico (p<0.05)

Bilchik et al.(39)

177 IHQ 20.3% 38.4 Sim

Bosch Roig et al.(40) 39 IHQ MM: 5.1%

CTI: 5.1% 81.7

MM: Sim

CTI: Não

Broll et al.(41) 49 IHQ 26.5% 84 Não

Bukholm et al.(42) 156 IHQ CTI: 37.8% NR Sim

Cianchi et al.(43) 238 IHQ 8.4% 110 Não

Choi et al.(44) 93 IHQ CTI: 31.2% 66 Não

Davies et al.(45) 105 IHQ 47% 45 Não

Faerden et al.(46)

126 IHQ MM: 5%

CTI: 26% 60 Sim

Fisher et al.(47) 399 IHQ 18.3% 77.3 Não

Fleming et al.(48) 56 IHQ 17.8% 98 Não

García-Sáenz et al.(49) 105 IHQ 24.7% 59.9 Não

Greenson et al.(50) 50 IHQ 28% 60.3 Sim

Haboubi et al.(51) 48 IHQ 60% 55 Sim

Hara et al.(52) 145 IHQ MM: 0.7%

CTI: 24.1% 82.4 Não

Isaka et al.(53) 42 IHQ 21.4% 62.4 Sim

Kronberg et al.(54) 90 IHQ 28.9% 90.7 Não

Lee et al.(55) 121 IHQ CTI : 50% 57 Não

Messerini et al.(56) 395 IHQ MM: 9.9%

CTI: 28.4% 128

MM: Sim

CTI: Não

Noura et al.(57) 55 IHQ 49.1% 74.4 Não

Oberg et al.(58) 147 IHQ 32% NR Não

Oh et al.(59) 124 IHQ 26.6% NR Não

Palma et al.(60) 38 IHQ 15,7% NR Não

Park et al.(61) 160 IHQ 5% 45.7 Não

Rosenberg et al.(62) 85 IHQ 27% 86 Sim

Shimoyama et al.(63) 57 IHQ 19.3% NR Sim

48

Amostra Método Células tumorais

ocultas (%)

Follow-up

médio (meses)

Significado

prognóstico (p<0.05)

Steinert et al.(64) 90 IHQ 45.6% 61 Não

Tschmelitsch et al.(65) 50 IHQ 76% NR Não

Uribarrena-Amezaga et al.(66) 85 IHQ 36.5% NR Não

Van Schaik et al.(67) 72 IHQ 57% 41 Sim

Yasuda et al.(68) 42 IHQ 76% NR Sim

Belly et al.(69) 38 PCR 37% 36 Sim

Bilchik et al.(70) 120 RT-PCR MM: 4.2%

CTI: 20% 25 Sim

Bustin et al.(71) 42 RT-PCR NR 47.3 Não

Clarke et al.(72) 27 PCR 76% 60 Não

Hayashi et al.(73) 71 PCR 52% NR Sim

Liefers et al.(74) 26 RT-PCR 54% 73 Sim

Merrie et al.(75) 141 RT-PCR 34% 42 Sim

Rosenberg et al.(76) 85 RT-PCR 52% 86 Sim

Thebo et al.(77) 20 PCR 80% NR Sim

Waldman et al.(78) 257 RT-PCR 87,5% 24 Sim

Noura et al.(79) 64 IHQ

RT-PCR

IHQ: 54.7%

RT-PCR: 29.6% 79.5

IHQ: Não

RT-PCR: Sim

Abreviaturas: CTI: células tumorais isoladas; IHQ: imunohistoquímica; MM: micrometástases; NR: não referido; PCR:

reação em cadeia da polimerase; RT-PCR: reação em cadeia da polimerase com transcriptase reversa.

Anexos

Normas da Revista Portuguesa de Cirurgia

1

Instruções aos AutoresA Revista Portuguesa de Cirurgia é o orgão oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia.

É uma revista científica de periodicidade trimestral que tem por objectivo a promoção científica da Cirurgia Portuguesa,

através da divulgação de trabalhos que tenham esse propósito.

A sua política editorial rege-se pelos valores éticos, deontológicos e científicos da prática, educação e investigação em

Cirurgia.

Todos os textos publicados são de autoria conhecida. A Revista compromete-se a respeitar todas as afirmações

produzidas em discurso directo, procurando quando seja necessário editá-las, por razão de espaço, manter todo o seu

sentido.

A Revista Portuguesa de Cirurgia compromete-se a respeitar e reproduzir todos e quaisquer resultados que sejam

obtidos em trabalhos apresentados e que cumpram os critérios de publicação. Todas as fotografias de pessoas e

produtos que sejam publicados serão, salvo quando indicado em contrário, de produção própria. Em relação a imagens

de produção externa todas as autorizações deverão ser obtidas antes da publicação, sendo a obtenção dessas

autorizações da responsabilidade do(s) autor(es).

Publica artigos originais, de revisão, casos clínicos, editoriais, artigos de opinião, cartas ao Editor, notas prévias,

controvérsias, passos técnicos, recomendações, colectâneas de imagens, informações várias e outros trabalhos desde

que relacionados com quaisquer dos temas que respeitam ao exercício da cirurgia geral, seja sob a forma básica,

avançada, teórica ou aplicada.

Os trabalhos para publicação poderão ser escritos em Português, Inglês, Francês ou Espanhol.

Todos os artigos enviados para publicação, serão submetidos a revisão científica prévia por revisores que serão pares

profissionais. Os artigos realizados a convite dos Editores não serão sujeitos a revisão por editores devendo, no entanto

cumprir as normas de publicação da revista.

O parecer dos revisores levará a que os artigos submetidos sejam:

Aceites sem modificações;

Aceites após correcções ou alterações sugeridas pelos revisores ou pelo Conselho Editorial e aceites e

efectuadas pelos autores;

Recusados.

Os casos de tentativa de publicação dupla levam a rejeição automática. Junto com o manuscrito deverão ser enviadas

cópias de outros artigos (publicados, aceites para serem publicados ou apresentados para publicação) relacionados com

o mesmo tema ou que façam uso dos mesmos elementos e da autoria de qualquer dos co-autores.

Deve ser indicado na página de título se o artigo é baseado em qualquer apresentação prévia, em comunicação oral ou

poster.

Os artigos publicados ficarão da inteira propriedade da revista, não podendo ser reproduzidos, em parte ou no

todo, sem a autorização dos editores. A responsabilidade das afirmações feitas nos trabalhos cabe inteiramente

aos autores.

Estilo

Os trabalhos deverão, tanto quanto possível, ter um estilo directo, conciso e preciso, evitando abreviaturas pouco

2

conhecidas ou em excesso, bem como o uso de termos crípticos ou de uso muito restrito. Devem permitir uma leitura

agradável e rápida e não devem usar sub-entendidos nem fazer alusão a noções que não estejam claramente definidas

no próprio trabalho. Os capítulos devem estar bem definidos, seguindo a narração uma progressão lógica. Os elementos

de imagem usados devem fazer sentido informativo e estar bem relacionados com o trabalho.

Apresentação Inicial de Manuscrito

Devem ser enviadas pelos Autores aos Editores:

1) Quatro cópias do artigo original (incluindo cópias das tabelas, quadros e ilustrações);

2) Uma cópia electrónica da versão final (ver abaixo a parte relativa à apresentação em formato electrónico)

3) Uma carta de pedido de publicação, assinada por todos os autores. Essa carta deve indicar qual a secção onde os

autores entendem que mais se enquadre a publicação, bem como a indicação da originalidade do trabalho (ou não,

consoante o seu tipo); deve também indicar se algum abstract do trabalho foi ou não publicado (por favor, juntar todas as

referências apropriadas). Deve ser também referido se há algum interesse potencial, actual, pessoal, político ou

financeiro relacionado com o material, informação ou técnicas descritas no trabalho. Deve ser incluído o(s) nome(s) de

patrocinador(es) de qualquer parte do conteúdo do trabalho, bem como o(s) número(s) de referência de eventual(ais)

bolsa(s).

4) Um acordo de transferência de Direito de Propriedade, com a(s) assinatura(s) original(ais); sem este documento,

não será possível aceitar a submissão do trabalho. Será fornecido um modelo deste acordo, mediante pedido ao

Secretariado. (ver abaixo e em anexo mais informação sobre este assunto)

5) Cartas de Autorização – é de responsabilidade do(s) autor(es) a obtenção de autorização escrita para reprodução

(sob qualquer forma, incluíndo electrónica) de material para publicação. O secretariado editorial poderá fornecer, a

pedido, uma carta modelo para o fim em causa.

Deve constar da informação fornecida, o nome e contactos (morada, mail e telefone) do autor responsável pela

correspondência.

A Revista Portuguesa de Cirurgia segue os critérios de autoria propostos no British Medical Journal (BMJ 1994; 308: 39-

41) e as linhas gerais COPE relativas às boas práticas de publicação (www.publicationethics.org.uk)

Os trabalhos não devem ter mais de seis autores. A inclusão de mais nomes depende da aprovação pelos Editores

considerada a justificação apresentada.

O resultados de estudos multicêntricos devem ser apresentados, em relação à autoria, sob o nome do grupo de estudo

organizador primário. Os Editores seguem os métodos de reconhecimento de contribuições para trabalhos publicados no

Lancet 1995; 345: 668. Os Editores entendem que todos os autores que tenham uma associação periférica com o

trabalho devem apenas ser mencionados como tal (BJS - 2000; 87: 1284-1286).

Todo o material apresentado não será devolvido ao autor a menos que especificamente pedido e justificado.

Todos os documentos acima referidos devem ser enviados para:

Sociedade Portuguesa de Cirurgia

a/c Editores da Revista Portuguesa de Cirurgia

R. Xavier Cordeiro, 30

1000-296 Lisboa

3

Categorias e Tipos de Trabalhos

a) Editoriais

Serão solicitados pelos Editores. Relacionar-se-ão com temas de actualidade e com temas importantes publicados nesse

número da Revista. Não deverão exceder 1800 palavras.

b) e c) Artigos de Opinião e de Revisão

Os Editores solicitarão directamente Artigos de Opinião e de Revisão que deverão focar tópicos de interesse corrente.

Os Artigos de Opinião serão, preferencialmente, artigos de reflexão sobre educação médica, ética e deontologia

médicas.

Os Artigos de Revisão constituirão monografias sobre temas actuais, avanços recentes, conceitos em evolução

rápida e novas tecnologias.

Os Editores encorajam a apresentação de artigos de revisão ou meta-análises sobre tópicos de interesse. Os trabalhos

enviados e que não tenham sido solicitados aos seus autores serão submetidas a revisão externa pelo Corpo Editorial

antes de serem aceites, reservando os Editores o direito de modificar o estilo e extensão dos textos para publicação.

Estes artigos não deverão exceder, respectivamente as 5400 e as 6300 palavras; por cada imagem, tabela ou quadro

incluído, devem ser retiradas 80 palavras a este valor máximo.

d) Artigos Originais

São artigos inéditos referentes a trabalhos de investigação, casuística ou que, a propósito de casos clínicos, tenham

pesquisa sobre causas, mecanismos, diagnóstico, evolução, prognóstico, tratamento ou prevenção de doenças. O texto

não poderá exceder as 6300 palavras; por cada imagem, tabela ou quadro incluído, devem ser retiradas 80 palavras a

este valor máximo. Não se inclui para este efeitos o título e o resumo.

e) Controvérsias

São trabalhos elaborados a convite dos Editores. Relacionar-se-ão com temas em que não haja consensos e em que

haja posições opostas ou marcadamente diferentes quanto ao seu manuseamento. Serão sempre pedidos 2 pontos de

vista, defendendo opiniões opostas. O texto de cada um dos autores não deverá exceder as 3600 palavras; por cada

imagem, tabela ou quadro incluído, devem ser retiradas 80 palavras a este valor máximo.

Esta secção poderá ser complementada por um comentário editorial e receberemos comentários de leitores no “Forum

de Controvérsias” que será publicado nos dois números seguintes. Haverá um limite de 4 páginas da Revista para este

Forum, pelo que os comentários enviados poderão ter de ser editados.

f) Casos Clínicos

São relatos de Casos, de preferência raros, didácticos ou que constituam formas pouco usuais de apresentação. Não

deverão exceder as 1800 palavras, duas ilustrações e cinco referências.

g) Nota Prévia

São comunicações breves, pequenos trabalhos de investigação, casuística ou observações clínicas originais, ou

descrição de inovações técnicas em que se pretenda realçar alguns elementos específicos, como associações clínicas,

resultados preliminares apontando as tendências importantes, relatórios de efeitos adversos ou outras associações

relevantes. Apresentadas de maneira breve, não deverão exceder as 1500 palavras, três ilustrações e cinco referências.

4

h) Cartas ao Editor

O seu envio é fortemente estimulado pelos Editores.

Devem conter exclusivamente comentários científicos ou reflexão crítica relacionados com artigos publicados na Revista.

Para manter a actualidade, devem ser recebidas até um mês após a data da publicação do artigo em questão. São

limitadas a 900 palavras, um quadro/figura e seis referências bibliográficas. Os Editores reservam-se o direito de

publicação, bem como de a editar para melhor inserção no espaço disponível. Aos autores dos artigos, que tenham sido

objecto de carta ou cartas aos editores, será dado o direito de resposta em moldes idênticos.

i) Imagens para Cirurgiões

Esta secção do destina-se à publicação de imagens (clínicas, radiológicas., histológicas, cirúrgicas) relacionadas com

casos cirúrgicos. O número máximo de figuras e quadros será de 5. As imagens deverão ser de muito boa qualidade

técnica e de valor didático. Deverão cumprir os critérios apresentados abaixo referentes à aceitação de imagens para

publicação (ver 9. Figuras). O texto que poderá acompanhar as imagens deverá ser limitado a 300 palavras.

Preparação dos Manuscritos

A Revista Portuguesa de Cirurgia segue as regras dos «Requisitos Uniformes para Apresentação de Manuscritos a

Revistas Biomédicas» elaborados pela Comissão Internacional de Editores de Revistas Médicas também conhecidos por

“Normas de Vancouver”, na sua 5ª Edição.

Os pontos mais importantes destas normas estão sumariados a seguir:

Todas as submissões têm de ter um título, ser impressas apenas de um lado da folha, em folhas separadas de formato

A4, espaçados a duas linhas e ter uma margem de 3cm em todos os contornos e escritas em fonte Arial e corpo 12.

Os trabalhos devem ser preparados, segundo a seguinte ordem, iniciando-se cada item numa página separada:

1 . Página do título

2. Resumo (Sumário, Abstract)

3. Introdução

4. Material e Métodos

5. Resultados

6. Discussão

7. Bibliografia

8. Legendas

9. Figuras

10. Quadros ou Tabelas

Todas as páginas devem ser numeradas no canto superior direito. A numeração das referências, tabelas e imagens deve

ser feita pela ordem de aparecimento no texto.

1. Página do Título

Tem de apresentar o título completo, título abreviado e nomes e Instituições de origem de todos os autores. Quer o

título completo (máximo de 120 caracteres) quer o título abreviado (máximo de 40 caracteres) deverão ser apresentados

em português e em inglês. Deve conter o máximo de informações e o mínimo de palavras. Não deve conter formulas,

abreviaturas e interrogações.

Autores - Deve ser acompanhado do(s) nome(s) completo(s) do(s) autore(es), com indicação das iniciais do(s)

primeiro(s) nome(s) e do apelido, na forma como será publicado, seguido dos títulos profissionais e do nome da

instituição onde o trabalho foi realizado.

Autoria – conforme notado nos “Requisitos Uniformes”, “Todas as pessoas designadas como autores, devem ter-se

qualificado para a Autoria e todos os que se qualificaram devem ser mencionados. A ordem de alinhamento dos autores

5

deve ser uma decisão conjunta de todos os co-autores. Cada autor deve ter participado suficientemente no trabalho para

poder assumir responsabilidade pública pelo conteúdo. Os créditos de autoria devem-se basear somente em

contribuições substanciais para: (a) Concepção e desenho do estudo ou análise e interpretação dos dados; (b) escrita do

artigo ou a sua revisão crítica para o seu conteúdo intelectual e (c) aprovação final da versão a ser enviada para

publicação. As condições (a) (b) e (c) têm de existir. Cada parte do trabalho que seja crítica para as suas conclusões

principais deve ser, pelo menos, da responsabilidade de um dos autores.

Além disso, e cada vez mais, os ensaios multicêntricos são atribuídos a um autor institucional (ver referência feita atrás).

Todos os membros do grupo que são nomeados como autores, quer numa posição de autoria junto ao título, quer como

nota, devem cumprir por inteiro os critérios de autoria definidos nos Requisitos Uniformes. Membros ou grupos que não

cumpram estes critérios devem ser mencionados, com a sua licença, nos agradecimentos ou no apêndice”. (JAMA

1993;269:2282-6).

Em todos os trabalhos com mais de um autor, deverá haver referência à participação dos autores em cada uma das

seguintes rubricas de concepção e elaboração (podendo cada um ser referido em mais de uma rubrica e sendo o

número de rubricas a assinalar dependente da estrutura de cada trabalho): 1 – Concepção e desenho do trabalho; 2 –

Aquisição de dados; 3 – Análise e Interpretação dos dados; 4 – Elaboração do Manuscrito; 5 – Revisão Científica; 6 –

Revisão Crítica; 7 – Análise e Revisão dos dados Estatísticos; 8 – Pesquisas Bibliográficas; 9 – Estudos Clínicos; 10 –

Obtenção de Fundos e Bolsas; 11 – Supervisão do Trabalho

Patrocínios e apoios – deverão ser referidas todas as entidades que patrocinaram o trabalho, as fontes de suporte

financeiro (apoios directos e/ou Bolsas) e eventuais conflitos de interesses.

Autor responsável pelos contactos – deve estar referido o nome, endereço, telefone e e-mail do autor a quem deve

ser enviada a correspondência.

2. Resumo

Os resumos são redigidos em Português e Inglês não devendo ultrapassar as 200 palavras no caso de trabalhos

originais e as 120 se se tratar de caso clínico. Os resumos (abstracts) não devem conter abreviaturas, referências ou

notas em rodapé e devem ser organizados segundo os seguintes items:

Introdução, explicando porque foi efectuado o corrente trabalho e (Objectivos) qual o seu propósito principal e as suas

bases de concepção.

Métodos, descrevendo os doentes, material de laboratório e outros métodos usados. Deve-se aqui identificar claramente

a natureza do estudo, por exemplo: ensaio clínico randomizado, revisão retrospectiva, estudo experimental.

Resultados, apresentando os achados principais, incluindo valores numéricos importantes.

Conclusões, apresentando as conclusões principais mas podendo ser mencionadas observações controversas ou

inesperadas.

Deve ser um sumário conciso de todo o trabalho e não somente das suas conclusões permitindo a sua compreensão

sem ser necessário ler todo o trabalho.

Serão seguidos de 3 a 7 palavras-chave, seguindo o MeSH (Medical Subject Headings) do Index Medicus, em

português e em inglês, para descrição do trabalho para indexação.

3. Introdução, 4. Material e Métodos, 5. Resultados e 6. Discussão

O texto deve ser preciso e conciso, evitando-se repetições desnecessárias. Deve incluir referência a aprovação da

Comissão de Ética da Instituição e aos métodos estatísticos utilizados. Quando sejam mencionados materiais

específicos, equipamentos ou medicamentos comerciais, deve ser mencionado entre parêntesis o seu nome curto e o

nome do fabricante. Todos os fármacos devem ser referidos pelo seu nome genérico, sendo eventuais referências a

nomes comerciais, acompanhadas do nome, cidade e país do fabricante, feitas em rodapé.

As abreviaturas, que são desaconselhadas, devem ser especificadas na sua primeira utilização e usadas depois

6

consistentemente. Os parâmetros utilizados devem ser expressos em Unidades Internacionais, com indicação dos

valores normais. A identificação das figuras deverá ser feita em numeração árabe e a dos quadros em numeração

romana.

O texto principal do trabalho deve ter secções separadas de Introdução, Material e Métodos, Resultados e

Discussão.

Um curto parágrafo de Agradecimentos também pode ser incluído, antes da Bibliografia; só deve ser mencionado quem

contribui directamente, de forma científica ou técnica, para o artigo.

7. Bibliografia

Deve ser referenciada em numeração árabe, por ordem de aparecimento no texto. Nos artigos originais ou de revisão

não há limite pré-estabelecido de referências. Nos casos clínicos não devem ultrapassar as 5. As referências de

comunicações pessoais e de dados não publicados serão feitas directamente no texto, não sendo numeradas. Deverão

ser feitas utilizando as abreviaturas do Index Medicus.

Escreva as referências a duplo espaço no estilo Vancouver (usando números em superscript e apresentando uma lista

completa das referências no final do trabalho, pela ordem em que aparecem no texto). Citações online devem incluir a

data de acesso. Use o Index Medicus para os nomes dos jornais científicos. Comunicações pessoais e Dados não

publicados não serão incluídos como referências; esta informação é para ser incluída no próprio texto com a indicação

apropriada: (A. autor, dados não publicados) ou (B. Autor, comunicação pessoal); estes elementos só devem ser usados

se houver autorização.

As Referências devem ser apresentadas de acordo com o estabelecido no “Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals”

8. Legendas

Devem ser dactilografadas a dois espaços em folhas separadas e numeradas em sequência (uma página para cada

legenda). As legendas devem ser numeradas em algarismos árabes pela sequência da citação no texto, e fornecerem a

informação suficiente para permitir a interpretação da figura sem necessidade de consulta do texto. Todos os símbolos

(setas, letras, etc.) e abreviaturas existentes devem ser claramente explicadas na legenda. A numeração tem de

corresponder à das figuras a que se referem.

9. Figuras

Se não forem em suporte digital, todas as figuras, imagens e fotografias devem ser enviadas em quadriplicado em fo-

tografia a preto e branco – ou a cores considerando a nota abaixo – (10x14 ou 12x18), não montadas e em papel

brilhante, ou em impressão a impressora laser. Para a secção Imagens para Cirurgiões as imagens poderão ir até 18x24

cm.

Têm de ser bem desenhadas, com boa impressão ou como fotografia de elevada qualidade, numeradas segundo a

ordem de apresentação no texto em algarismos árabes. As ilustrações desenhadas profissional ou semi-

profissionalmente devem ser enviadas sob a sua forma original de desenho a tinta da China, não se aceitando

fotocópias.

Radiografias, microfotografias e imagens similares devem ser apresentadas não montadas na forma de imagens

impressas brilhantes, transparências originais ou negativos e, nas microfotografias, indique o valor do aumento bem

como as colorações usadas.

A sua identificação será feita através do número e do título da figura e das iniciais e nome do primeiro autor escritos num

autocolante colocado no verso, que deverá ainda conter sinalização clara indicando qual a sua parte superior.

As letras e símbolos que apareçam nas figuras não poderão ser manuscritas (utilizar de preferência símbolos/letras

7

desenhadas a escantilhão, decalcadas ou mecanicamente impressas), devendo ser legíveis após eventual diminuição

das dimensões da figura em 50%.

As figuras deverão ser brancas em fundos escuros e/ou negras em fundos claros. As fotografias a cores devem ser

enviadas impressas em papel; em alternativa, poderão ser enviadas em suporte electrónico, desde que digitalizadas em

alta definição (ver em baixo).

As fotografias que mostrem doentes ou indivíduos que possam ser identificados pela imagem original devem ser objecto

de tratamento informático que cubra de forma eficaz as partes que permitam a identificação, mantendo a visão da zona

de imagem com interesse científico. Se for necessária a imagem identificando o doente é preciso que seja enviado em

conjunto com a(s) imagem(ns) uma autorização, por escrito, do próprio doente ou do seu representante, autorizando a

publicação.

Qualquer tabela ou ilustração reproduzida de um trabalho publicado deve indicar por completo qual a fonte original e os

autores devem fornecer o documento apropriado de autorização de uso (ver abaixo)

Gráficos a preto e branco gerados em computador e impressos em impressoras laser de alta qualidade podem ser

usados para publicação. A decisão técnica da sua possível utilização será feita pelos Editores ouvida a Empresa Gráfica.

Todas as figuras inapropriadas para publicação ou não seguindo estas regras serão devolvidas para revisão e re-envio

em tempo útil de 2 semanas, no caso

de o artigo ter sido aceite para publicação.

O material enviado em suporte digital deve ser acompanhado da informação necessária (como acima mencionado) para

a sua total compreensão.

10. Quadros e Tabelas

Devem ser enviados e devidamente assinalados no texto os locais onde os quadros devem ser inseridos. Se não for

enviado em formato digital, cada quadro constará numa folha separada e deve ser enviado na dimensão original. Serão

dactilografados a espaço duplo. Terão um título informativo na parte superior e serão numerados com algarismos

romanos pela ordem de aparição no texto. Na parte inferior colocar-se-á a explicação das abreviaturas utilizadas e

informativas (abreviaturas, significado estatístico,etc). Todas as abreviaturas devem ser explicitadas e as notas de

rodapé às tabelas indicadas com letras minúsculas em superscript. A nota de rodapé deverá ter indicação de publicação

prévia da tabela.

Deve evitar-se as linhas de separação verticais e limitar a utilização das horizontais aos títulos e subtítulos. Os quadros

devem sublinhar e melhorar a informação e não duplicá-la; os dados apresentados em tabelas não devem ser repetidos

em gráficos.

O material enviado em suporte digital deve ser acompanhado da informação necessária (como acima mencionado) para

a sua total compreensão.

Estatística

Os autores são responsáveis pela exactidão das suas afirmações, incluindo todos os cálculos estatísticos e doses de

medicamentos.

Ao avaliar um manuscrito, os Editores e os revisores irão considerar o desenho do estudo, a apresentação e a análise

dos dados e a interpretação dos resultados.

Todas as curvas de sobrevida devem ser acompanhadas por uma tabela indicando o número actual de doentes em

risco em cada ponto temporal.

Desenho: os objectivos e tipo (prospectivo, retrospectivo, aleatório, ...) do estudo devem ser claros, as hipóteses

primárias e secundárias identificadas, os pontos de avaliação (end-points) escolhidos e a dimensão da amostra

justificada.

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Apresentação: sempre que possível, deve ser usada representação gráfica para ilustrar os principais resultados do

estudo. O uso do desvio padrão e do erro padrão deve ser claramente demonstrado e apresentado entre parentesis

depois dos valores médios.

Análise: os métodos usados para cada análise devem ser descritos. Métodos que não sejam de uso comum devem ser

referenciados. Os resultados de testes estatísticos mostrando o valor desse teste, o número de graus de liberdade e o

valor P até à terceira casa decimal devem ser relatados. Os resultados das análises primárias deve ser apresentados

usando intervalos de confiança em vez de, ou além de, valores de P.

Ética

Todos os trabalhos apresentados devem estar conformes com as recomendações éticas da declaração de Helsínquia e

as normas internacionais de protecção ao animal. Material que esteja relacionado com investigação humana e

experimentação animal deve estar também de acordo com os padrões do país de origem e ter sido aprovado pelas

comissões locais de ética, se fôr esse o caso de aplicação. Consentimentos informados por escrito devem ser obtidos,

dos doentes, responsáveis legais ou executores, para publicação de quaisquer detalhes escritos ou fotografias que

possam identificar o indivíduo. Este consentimento deve ser apresentado juntamente com o manuscrito.

Revisão e Análise dos Trabalhos

As cópias dos trabalhos enviados com o pedido de publicação serão enviadas, de forma anónima, a 3 revisores, que se

manterão também anónimos, escolhidos pelos Editores e que receberão os artigos sob a forma de “informação

confidencial”, sendo, na medida do possível, “apagadas” electronicamente do texto referências que possam identificar os

autores do trabalho, não alterando o sentido do mesmo. Somente os trabalhos que cumpram todas as regras editoriais

serão considerados para revisão. Todos os trabalhos que não cumpram as regras serão devolvidos aos autores com

indicação da(s) omissão(ões). A apreciação dos trabalhos é feita segundo regras idênticas para todos e dentro de prazos

claramente estipulados. O autor responsável pelos contactos será notificado da decisão dos Editores. Somente serão

aceites para publicação os trabalhos que cumpram os critérios mencionados, seja inicialmente, por aceitação dos

Revisores, seja após a introdução das eventuais modificações propostas (os autores dispõe de um prazo de 6 semanas

para estas alterações). Caso estas modificações não sejam aceites o trabalho não será aceite para publicação.

Antes da publicação, as provas tipográficas finais serão – sempre que possível – enviadas ao autor responsável pelos

contactos que disporá de 1 semana para as enviar com revisão e correcção (de forma tipográfica e não de conteúdo).

Correcções não tipográficas implicarão um atraso na publicação e uma eventual re-avaliação do trabalho. Se o trabalho

não for enviado dentro do prazo estabelecido, será publicado conforme as Provas, sob a responsabilidade dos autores,

implicando a aceitação pelos autores da revisão das provas efectuada pelos serviços da Revista.

Direitos de Propriedade do Artigo (Copyright)

Para permitir ao editor a disseminação do trabalho do(s) autor(es) na sua maxima extensão, o(s) autor(es) terá(ão) de

assinar uma Declaração de Cedência dos Direitos de Propriedade (Copyright). O acordo de transferência, (Transfer

Agreement), transfere a propriedade do artigo do(s) autor(es) para a Sociedade Portuguesa de Cirurgia e devem entregar

esse acordo original assinado, juntamente com o artigo apresentado para publicação. Uma cópia-modelo deste acordo

para ser preenchido e asinado ser-lhe-á enviado por e-mail quando fôr recebido o manuscrito.

Se o artigo contiver extractos (incluindo ilustrações) de, ou for baseado no todo ou em parte em outros trabalhos com

copyright (incluindo, para evitar dúvidas, material de fontes online ou de intranet), o(s) autor(es) tem(êm) de obter dos

proprietários dos respectivos copyrights autorização escrita para reprodução desses extractos do(s) artigo(s) em todos os

territórios e edições e em todos os meios de expressão e línguas. Todas os formulários de autorização devem ser

fornecidos aos editores quando da entrega do artigo.

9

Pedido de Publicação por E-mail

O manuscrito completo pode ser enviado, por e-mail como um ficheiro único Word, acompanhado por uma carta de

pedido de publicação para o Editor em http://revista.spcir.com . Se o manuscrito for aceite para revisão será necessário,

o posterior envio de toda a documentação e texto sob forma física.

Apresentação Electrónica

A cópia electrónica do manuscrito final, revisto, deve ser enviada ao Editor, em conjunto com a cópia final em papel.

Deve ser mencionado o tipo de programa de software utilizado, a sua versão, o título do trabalho, o nome do autor e o

nome da Revista. Podem ser utilizados os programas de processamento de texto mais comuns mas é recomendado o

uso do programa Microsoft Word. O suporte deve ter a seguinte informação bem visível: Revista Portuguesa de Cirurgia /

Título abreviado do Trabalho / Nome do primeiro Autor / Sistema Operativo/ Programa de processamento de texto e

versão / Programa de desenho das gravuras e esquemas, e sua versão / Programa de Processamento de Imagem e sua

versão / Formato de compressão (se for necessário – ainda que não recomendado – zip, rar, ...)

A extensão do ficheiro dada pelo programa de software não deve ser alterada.

No suporte electrónico, não devem vir mais ficheiros do que os relacionados com o trabalho. O ficheiro electrónico de

texto não deve conter formatação especial, e deve ser escrito sem tabulações, quebra de páginas, notas de cabeçalho

ou de rodapé ou fonte especial (usar Arial 12). A função de paginação automática para colocar a numeração nas páginas

deve ser usada. É necessária atenção ao uso de 1(um) e l(letra L) bem como de 0(zero) e O(letra O). O sinal - (menos)

deverá ser representado como um hífen precedido de espaço. Se houver no texto caracteres não convencionais (letras

gregas ou símbolos matemáticos) é necessária atenção ao seu uso consistente e é necessário enviar separadamente a

lista desses caracteres.

Só em caso excepcional deverá o ficheiro vir sob forma comprimida (zip, rar, winzip) e deverá ser feita menção específica

a essa situação.

Se for usado o Microsoft Word deve ser utilizada a função própria de tabelas para construir as tabelas que sejam

necessárias.

Cada imagem deve ser guardada como um ficheiro separado nos formatos TIFF ou EPS e incluir também o ficheiro de

origem. Deve ser mencionado o nome do programa de software, e sua versão, usado para criar estes ficheiros; a

preferência vai para programas de ilustração e não para ferramentas como o Microsoft Excel ou o Microsoft PowerPoint.

As imagens devem também ser enviadas em forma física que será considerada como a final.

a) Imagens/Ilustrações em Meios Tons

Estas imagens devem ser guardadas como RGB (8 bits por canal) em formato TIFF. O modo cor não deve ser utilizado

se as ilustrações vão ser reproduzidas em preto e branco uma vez que a definição de perde com a conversão da cor em

tons de cinzento.

Programas adequados: Adobe Photoshop, Picture Publisher, Photo Paint, Paint Shop Pro.

b) Gráficos Vectoriais

Estes gráficos quando exportados de um programa de desenho devem ser guardados no formato EPS. As fontes usadas

nos gráficos devem ser incluídas (com o comando: "Convert text objects [fonts] to path outlines").

Não devem ser realizados desenhos com linhas muito finas. A espessura mínima de linha é de 0.2 mm (i.e., 0.567 pt)

quando medida na escala final.

Programas adequados: Freehand, Illustrator, Corel Draw, Designer.

c) Gráficos elaborados por folhas de cálculo: Podem ser aceites, por vezes, gráficos exportados para EPS por programas

como o Microsoft Excel, o Microsoft PowerPoint ou o Freelance. Devem ser usados padrões e não cores para o

preenchimento dos gráficos já que as cores se mesclam com os tons de cinzento.

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As legendas das figuras e das tabelas devem ser colocadas no fim do manuscrito.

Digitalização

Original Modo de Digitalização Resolução Final Formato

Ilustração a cores RGB (24 bit) 300 dpi TIFF

(foto ou diapositivo)

Ilustração a uma cor Escala de cinzento (8 bit) 300 dpi TIFF

(foto ou diapositivo)

Figura com linhas Linhas 800-1200 dpi EPS

A preto e branco

O original deve ser verificado, após ajuste de dimensão (redução ou ampliação), se tem, pelo menos, os valores de

resolução da tabela acima. Só se assim for é que a qualidade de impressão da imagem digitalizada será suficiente.

Outra informação

Será enviado, ao autor indicado, um ficheiro .pdf, com a cópia exacta do artigo, na forma final em que foi aceite para

publicação, bem como um exemplar da Revista em que o artigo foi publicado, salvo informação contrária. Mais

exemplares da Revista podem ser encomendados a custo que será definido conforme o número pretendido. Caso o

número pretendido seja superior a 10 exemplares, esta informação deverá ser indicada antes da publicação.

Nota: Os modelos de cartas, critérios de autoria, declaração de Helsínquia, os “Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals” e outros textos acima mencionados estarão disponíveis para consulta e

descarregamento no site da Revista Portuguesa de Cirurgia, http://revista.spcir.com .