O registro fóssil A importância dos fósseis Tornando-se um fóssil Rochas.
Importância do Registro Escrito na ressignificação da prática...
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Importância do Registro
Escrito na ressignificação
da prática Pedagógica do
Professor da EJA
Prof. Esp. Denílson Barbosa dos Santos
Especialista em Gestão, Supervisão e Planejamento Educacional
Especialista em PROEJA/IFMA
Especialista em Educação de Formadores de Professores/FACEMA
Especialista em Educação do Campo/UEMA
Graduado em Pedagogia e em Geografia/UEMA
E-mail: [email protected]
99903-9611 oi e whatss app
Primeiras palavras....
O ensino fundamental na modalidade de EJA é
marcante na vida dos alunos jovens, adultos e
idosos;
É fundamental investir em práticas
pedagógicas que contribuam para o
desenvolvimento integral dos alunos da EJA,
respeitando suas diferenças e possibilidades
no ato de aprender.
Primeiras palavras....
Como o registro escrito das situações
cotidianas ocorridas em sala de aula,
pode auxiliar os professores (a) do 1º e 2º
segmentos de EJA (anos iniciais e finais do
ensino fundamental), a melhor avaliar os
alunos e qualificar sua prática
pedagógica?
Primeiras palavras....
O nosso objetivo é destacar a importância
do registro da prática, enquanto recurso
metodológico na avaliação dos alunos da
EJA e constante aprimoramento da prática
docente.
Primeiras Palavras...
O registro escrito constitui-se em um
recurso metodológico que auxilia o
professor da EJA conhecer o processo
de aprendizagem /desenvolvimento
dos alunos, percebendo seus avanços
na apropriação do conhecimento.
Primeiras palavras...
A utilização deste instrumento
torna o professor mais seguro no
ato de avaliar, pois possibilita ao
mesmo refletir sobre sua prática,
ressignificando-a.
O Registro Escrito....
Permite aos professores expressarem o
sabem... O que vivenciam/ experienciam...
O que fazem e como fazem....os seus
resultados... Suas descobertas;
É o suporte em que os professores
realizarão as tarefas de escrita que
demandam principalmente documentação e
reflexão por escrito.
O Registro Escrito....
Constitui-se em uma fonte de auto
renovação, na medida em que o professor
vai admitindo suas capacidades e
possibilidades cognitivas, seus limites; e
aprende a identificar o tipo de ajuda que
precisa e que seus alunos de EJA precisam
no processo educativo.
O Objetivo do Registro Escrito....
É principalmente favorecer a
reflexão organizada sobre os
assuntos em pauta, permitindo que
se produza conhecimentos mais
aprofundado;
O Registro Escrito....
É um dos mediadores da interlocução do
coordenador pedagógico (formador) com os
professores da EJA;
Por meio dele, o coordenador (formador)
poderá acompanhar e avaliar tanto o
desenvolvimento dos professores como sua
própria atuação, a forma como tem
planejado e conduzido o trabalho de
formação.
O Registro Escrito.... Pode funcionar como
um espelho do processo de desenvolvimento
profissional do professor da EJA, pois
possibilita......
Entender melhor as suas próprias concepções e
práticas;
Identificar as teorias implícitas na sua ação;
Analisar o seu percurso pessoal de formação;
Tomar consciência dos avanços e dificuldades da
produção escrita;
Questões pertinentes sobre o Registro
Escrito...
Para que registrar?
O que registrar?
Como registrar?
Uma das importantes funções do registro é
a possibilidade;
O registro escrito é uma forma de
compartilhar com o papel, nossas
possibilidades e dificuldades;
O registro faz com que o professor seja
mais humano, não cometa erros ao avaliar
e também o coloca de frente com as
incertezas, dúvidas, limites, erros
contribuindo para seu crescimento pessoal.
Frente à essas incertezas o registro
também possibilita a construção de
uma prática inovadora, buscando
coerência entre o pensar e o agir.
A prática do registro é importante por nos permitir
construir a “memória compreensiva”, aquela memória
que não é só simples recordação, lembranças vãs, mas é
base para a reflexão do educador, para análise do
cotidiano educativo e do trabalho desenvolvido com o
grupo. O ato de escrever o vivido desencadeia um
processo reflexivo no qual a vivência restrita e singular
torna-se pensamento sistematizado, apropriação do
conhecimento. (WARSXHAUER,1993, p.65).
Segundo Weffort, (1995, p.10):
A reflexão registrada tece a memória, a
história do sujeito e de seu grupo. Sem
a sistematização deste registro
refletido não há apropriação do
pensamento do sujeito-autor (...)
Sujeito alienado do próprio pensamento
torna-se um mero copiador da teoria do
outro.
Pode ser difícil no começo, mas, se
entendemos que o registro é um
instrumento de trabalho do educador,
a dificuldade não pode ser argumento
para não fazê-lo.
[...] é preciso que os professores se tornem
narradores, autores de sua práticas,
leitores e escritores de suas histórias, para
que possam ajudar as crianças a também se
tornarem leitores e escritores reais,
retirando prazer do falado e do lido,
gostando de escrever [...](KRAMER, 1993,
p.35).
Para iniciarmos tal procedimento, faz-
se necessário um reaprendizado do
exercício de ler e escrever, o qual
necessitamos ter uma disposição de
olhar com “novos olhos” nossa prática
cotidiana e o mundo a nossa volta.
Para Madalena Freire, é necessário
“Reaprender a olhar, romper com visões
cegas, esvaziadas de significados, onde a
busca de interpretar, dar significados ao
que vemos, lemos da realidade é o
principal desafio”. (1995, p.56).
No ato pedagógico o educador também tem
seu espaço de registro, podendo formalizar,
comunicar o que pensa, construir o que
ainda não conhece e aprofundando o que
necessita aprender, enfim, deixando suas
marcas, construindo sua história.
Registrar o não documentado passa a ser de grande interesse
para a compreensão da complexidade da escola.
Da mesma forma, uma única sala de aula também é um
mundo complexo, cheio de contrastes.
Penetrar no seu interior registrando sua história é também
caminhar no sentido de um aprofundamento da compreensão
das relações ali estabelecidas entre seus habitantes e o
conhecimento.
A organização de seus espaços e tempos obedece a uma certa
lógica, que corresponde ao compromisso que se estabelece
ali com o conhecimento. (WARSCHAUER, 1993, p.105).
Roteiro de apoio para quem deseja lançar-se
neste novo desafio, de registrar sua prática
docente (elaborado por Ostetto, 2001,p.68-69):
A) DADOS QUANTITATIVOS:- Onde descreve o que foi planejado para o
dia e o que foi efetivamente realizado;
B) DADOS QUALITATIVOS: Onde anota o que pode observar no
encaminhamento do planejamento e do dia, fazendo uma análise,
experimentando, já, uma reflexão.
Muitos são os aspectos que poderão ser
registrados/analisados:
1. O que aconteceu no dia de mais significativo:
1.1 Com relação ao grupo de jovens, adultos e idosos (como foi a
participação; se mostraram interesse/entusiasmo e em que; quais os
momentos de maior concentração, etc);
1.2 Com relação às situações e atividades propostas (se foram apropriadas às
alunos de EJA e ao momento; como foram apresentadas/introduzidas ao
grupo de alunos de EJA; o que foi positivo; o que ficou faltando; o que
poderia ser melhorado, etc);
1.3 Com relação à organização do espaço físico ocupado (onde foram
realizadas as atividades; se houve mudança na disposição dos móveis; como
os materiais foram aí organizados e utilizados, etc).
2. Fatos relevantes ocorridos no dia, fora
do previsto: Todo tipo de situação que não
estava no “plano diário” e foi encaminhada
(como surgiu; participação/ reação dos
alunos de EJA;
desdobramentos possíveis; foi proveitoso ou
não e por que; poderia ter sido
encaminhado de outra maneira, etc).
3. Como você sentiu no dia:
Facilidade/dificuldade ao encaminhar as
situações e atividades e ao coordenar o
grupo de alunos;
Dúvidas/insegurança em algum momento,
Qual? Reação/interação com os alunos–
grupo e individual – foi tranquilo? Teve
conflito? Como encaminhou? Se sentiu bem?
Uma Experiência com uso do registro
reflexivo no 1º segmento de EJA/2013
Foto 1: Aluno Seu Luis fazendo
a leitura do Registro feito por
ele no caderno da turma sobre
a aula anterior, em 14/05/13.
Foto 2: Alunos de EJA atentos a
fala do Estagiário Denílson Barbosa
dos Santos, durante aula
expositiva e dialogada sobre
Leitura e Escrita: implicações
Conceituais;Tipos de
Leitura;Histórico da Escrita;
expondo diversos tipos de gêneros
textuais, neste caso o Jornal
Mandacaru da escola, em
14/05/13.
Foto 3: Alunos Seu Francisco e
Ivana, após a leitura da
mensagem feito por eles
agradecendo a mensagem
recebida na aula
anterior(13/05/13 na dinâmica
“Meu fio de ouro”, selando este
momento em 14/05/13 com um
abraço.
Foto 4: Dona Raimunda e
demais alunos da 2ª Etapa de
EJA produzindo bilhetes e
cartões-postais na aula do dia
15/05/13 .
Foto 4: Poeta Edmilson
Sanches conversando com
os alunos de EJA sobre a
Academia Caxiense de
Letras e sobre a
importância da leitura e
da escrita, durante visita
em 16/05/13.
Foto 5: Poeta Edmilson Sanches ,
Poeta Wibson Carvalho,
Estagiário Denílson Barbosa dos
Santos e os alunos de EJA no
encerramento da visita a
Academia Caxiense de Letras em
16/05/13.
Foto 6: Prof.ª Joana da
Silva, Diretora da ECOM. Tia
Joana, contando uma
história de sua vida para as 3
turmas de EJA e falando da
importância deles
permanecer na escola
estudando, em 17/05/13.
Foto 7: Esmeralda em
20/05/2013, aluna de EJA
lendo o registro que ela fez
no caderno da turma sobre
a aula anterior .
Foto 9: aluna Maria Divina
despejando litros de água
para confirmar sua
estimativa sobre quantos
litros são necessários para
encher um balde em
20/05/2013.
Foto 10: Dona Joana, aluna
de assinando a frequência
da aula do dia 20/05/2013,
depois de um dia cansativo
de trabalho.
Foto 11: João, aluno de EJA ao
lado de se filho, assinando a
frequência do dia 20/05/2013,
depois de um dia cansativo de
trabalho.
Foto 12: Paulo Carneiro,
Presidente da Associação de
Deficientes Físicos de Caxias-
ADEFIC, iniciando a sua palestra
sobre acessibilidade e a questão
dos deficientes físicos em Caxias,
começando por falar de como se
tornou um deficiente físico na
aula do dia 21/05/2013.
Foto 13: Paulo Carneiro,
Presidente da Associação de
Deficientes Físicos de Caxias-
ADEFIC, comandando a dinâmica
“Céu, Terra e Mar” com os alunos
de EJA na aula do dia 21/05/2013.
Foto 14: Estagiário Denilson,
Coordenadora Pedagógica
Cleide Regina da ECOM. Tia
Joana, alunos de EJA e Paulo
Carneiro, Presidente da
ADEFIC, no encerramento de
sua palestra sobre
acessibilidade e a questão dos
deficientes físicos em Caxias,
na aula do dia 21/05/2013.
Foto 15: Alunos trabalhando em
grupo, escrevendo redação,
desenhando, colando sinônimos e
antônimos na aula do dia
22/05/2013 no concurso de
soletração.
Foto 16: Alunos sendo
acompanhados e
orientados pelo estagiário
Denílson na produção de
redação e desenhos na
aula do dia 22/05/2013.
Foto 17: Aluna Esmeralda
fazendo a apresentação de seu
desenho livre representando seu
grupo na aula do dia 22/05/2013
no concurso de desenho livre.
Foto 18: Aluna Esmeralda jogando
boliche matemático na aula do dia
22/05/2013 no concurso de jogos
matemáticos, onde o grupo
adversário deveria resolver as
operações propostas nos pinos que
ela derrubasse.
Fotos 19 e 20: Premiação dos grupos
vencedores com medalha de honra ao
mérito na aula do dia 22/05/2013 nos
concursos realizados, como deu
empate, os dois grupos foram
campeões.
Fotos 21 e 22: Prof.ª Mercilene,
Coordenadora do Museu da Balaiada,
orientando os alunos de EJA sobre o
percurso visita-guiada em 23/05/2013.
Foto 23: Alunos de EJA ouvindo
atentamente as explicações da Prof.ª
Mercilene no Hall de entrada do
Museu da Balaiada em 23/05/2013.
Foto 24: Alunos de EJA observando objetos e relíquias da época da Balaiada e ouvindo
atentamente as explicações da Prof.ª Mercilene dentro do Museu da Balaiada em
23/05/2013.
Foto 29: Alunos de EJA ouvindo
atentamente a palestra da Socorro,
Agente Comunitária de Saúde em
27/05/2013.
Foto 26: Socorro, Agente
Comunitária de Saúde, pesando a
aluna Dona Raimunda em
27/05/2013 na turma de 2ª Etapa
de EJA.
Foto 27: Socorro, Agente Comunitária de
Saúde, aferindo a pressão arterial da aluna
Dona Maria José em 27/05/2013 na turma de
2ª Etapa de EJA.
Fotos 28-29: aula sobre orçamento
familiar. Logo em seguida os alunos
resolveram os problemas matemáticos
envolvendo o uso do dinheiro propostos
no livro didático, conforme foto.
Foto 30: Alunos construindo o
glossário de sua linguagem
cotidiana.
Foto 31: Produção textual a vida dos alunos
Divina e Erinaldo de fraseada.
Foto 34: Alunos de EJA participando do Varal
da Leitura E Produção de quadras ilustradas e
bilhetes.
REFERÊNCIAS
HILÁRIO, Luiza Peruch. A importância do registro escrito na construção da
prática pedagógica do educador. Criciúma-SC: UNESC,2004. Disponível em:
http://www.bib.unesc.net/biblioteca/sumario/000026/00002608.pdf acesso
em 17/11/2015
OSTETTO, Luciana Esmeralda; OLIVEIRA, Eloísa Raquel de, MESSINA, Virgínia
da Silva. Deixando marcas... A prática do registro do cotidiano da educação
infantil. Florianópolis: Cidade Futura, 2001.
WARSCHAUER, Cecília. A roda e o registro. Rio de Janeiro, 1993.
WEFFORT, Madalena Freire. Observação, registro, reflexão. Instrumentos
Metodológicos II. 2ª ed, São Paulo, 1996.