imprensa e fala do Inter -...

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jornal da cidade edição 1464 23 de agosto de 2017. Bruno Alves quer estrear quebrando tabu: 'Hora para São Paulo acelerar' Bruno Alves foi apresentado como novo jogador do São Paulo no início da tarde desta quarta-feira, após seu segundo treino no clu- be. Mas o zagueiro de 26 anos, que recebeu a camisa 34 das mãos do diretor executivo de futebol Vinicius Pinotti, já chega falando firme e mirando a primeira vitó- ria da história do clube no Allianz Parque, no clássico de domingo, contra o Palmeiras. - Estou à dis- posição e preparado. É um momento bom, nada melhor do que um clássico para dar uma acelerada. Temos totais condições de quebrar esse tabu. Tabu existe para ser quebrado, e estamos confiantes para esse jogo no Allianz - disse o jogador, que já tem condições físicas e está regularizado para estrear. Revelado pelo Figueirense, Bruno Al- ves deixou o clube com ação na Justiça após ficar sem receber salá- rios. Assinou com o São Paulo até dezembro de 2020 e, no fim do treino desta quarta-feira, che- gou a trabalhar como ti- tular na zaga ao lado de Rodrigo Caio, quando Arboleda foi poupado. - Surgi no Fi- gueirense atuando pela direita com o Thiago Heleno e pela esquerda, com Marquinho. Jogo dos dois lados. Dori- val falou para eu fazer o que o Arboleda vinha fazendo e deu tudo cer- to - disse Bruno Alves, prevendo que não terá dificuldades para se en- trosar. - Já vi que o trei- no é muito intenso, com muito posicionamento. Dorival é muito tático, já conversou posiciona- mento. Quando se de- pende de treinador com visão tática diferente, ajuda. Fica mais fácil de entrar no time - elogiou o defensor, que, ao longo da entrevista, minimizou a presença do clube na zona de rebaixamento do Campeonato Brasi- leiro. Confira outros temas aborda- dos por Bruno Alves nesta quarta-feira: Características Sou za- gueiro de mar- cação muito for- te, recuperação boa, bola aérea muito boa, faço gols. Tenho von- tade, quero tra- balhar. Dorival me passou con- fiança, se colo- cou à disposição. Ele deu todo avala para caso precisar procu- rar apartamento, adaptar família. Já estou feliz no São Paulo. Escolha pelo São Paulo O que me fez escolher é que o São Paulo é um gigante do futebol brasileiro e mundial. Tive propostas de outros times da Série A, mas não tive dúvidas quando apareceu o São Paulo. Pela torcida e pela qualidade do elenco. Vou evoluir e ajudar a todos para tirar o clube dessa situação. Clima no elenco Todos sabem da pressão, mas elenco está confiante. Já estou bem á vontade, Dorival conver- sou comigo. É achar se- quência de vitória. Com certeza, vamos tirar o São Paulo dessa situa- ção. Pratto Falo sobre Prat- to, que conheci há pou- cos dias. É um excelente atacante, Agora no Paraná, Lisca reclama de apelido, corneta imprensa e fala do Inter Comandante da reação do Paraná Clube na Série B, com apenas uma derrota e 4 vitórias em sete jogos, o técnico Lisca mostrou bom hu- mor, reclamou do apelido e seguiu a linha do técnico do Vitória, Vagner Manci- ni, ao criticar o acompa- nhamento da imprensa especializada, ainda que de maneira leve. Ele também re- cordou a curta passagem pelo Inter no final do Bra- sileirão 2016. Luiz Carlos de Lorenzi, o Lisca, se queixou do rótulo de "doi- do" que costuma acom- panhar seu nome nas referências na mídia, em entrevista à Rádio Tran- samérica de Curitiba. "Me incomoda um pouco, por que é o que vende para fora. É só 'doideira', o mercado... me atrapalha um pouco. Não é doidei- ra, é gostar de trabalhar. Já perdi muitas situações em que dizem, 'pô, mais vai trazer um doido?'", contou. Lisca comandou o Inter em ape- nas três par- tidas no final de 2016, na tentativa de salvar o Co- lorado do inédito rebaixa- mento. Não deu. Desde então, demorou a as- sumir uma equipe até o convite do Paraná, em Julho. Ele tam- bém questionou a cobertura da impren- sa, citando o empate com o Paysandu (0 a 0) como re- ferência. "Depois do jogo eu vejo a crônica especia- lizada e é uma balbúrdia. É o mesmo jogo com três, quatro leituras diferentes. Em vários sites dizem, 'o Paraná entrou fechado, pra jogar por uma bola...' foi assim que foi o jogo? Tem gente que não vê o jogo e faz a crônica. E alguns que também não viram o jogo e 'chupam' a pronta errada!", comen- tou, em tom descontraído. Lisca disse que não tem nenhuma má- goa ou arrependimento de ter assumido o Inter virtualmente rebaixado. "Eu fui formado no Inter, meu avô foi goleiro do In- ter, meu bisavô foi treina- dor. É minha casa, eu fui criado lá dentro. Eu já era para ter ido antes, antes do Falcão, mas aí tinha aquilo do doido... aí foi o Celso Roth, e quando ele saiu o presidente me li- gou, foi uma convocação, fui como franco atirador. Era uma situação difícil." Lisca revelou que jamais esteve cotado para ficar em 2017: "Eu já sabia que não ia ficar, o Antônio Carlos já estava acertado. Tenho um orgulho muito grande de ter tentado e não ter deixado o Inter na mão". Ainda se adap- tando à Curitiba, Lisca contou uma passagem pitoresca ao tentar acom- panhar a rodada da Série B na noite de terça. "Caiu meu sinal de TV e eu fui ali na Rua 24 horas, que- ria ver o jogo do Brasil com o Goiás (2 a 1). Os caras ficavam assim, será que é ele mesmo. Uns dois vieram me pergun- tar, 'mas tu é de carne e osso', eu digo, 'não eu sou de lata!'" Bem-humorado, Lisca afirmou que não sai para um jogo sem arru- mar a própria cama, "Sei lá por que", e ainda rela- tou um caso na segunda divisão gaúcha. "Jogamos pelo Porto Alegre contra o Ce- râmica, e para entrar no estádio o ônibus tinha que ir de ré. Jogamos uma, perdemos, a outra, perde- mos...chegou a terceira, valia o acesso, o moto- rista foi entrar de ré, eu disse, 'não, vamos entrar de frente'. Aí ele me disse que não tinha como, que ia bater e eu 'azar do ôni- bus' e entramos de frente. E não é que ganhamos o jogo?" O Paraná é o sétimo colo- cado na Série B, com 31 pontos, a três de diferen- ça do Ceará, quarto lugar. Na sexta, Lisca coman- da o Tricolor paranaense contra um dos times que lhe deram notoriedade, o Juventude, quinto coloca- do com 34 pontos.

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jornal da cidade • edição 1464 • 23 de agosto de 2017.

Bruno Alves quer estrear quebrando tabu: 'Hora para São Paulo acelerar' Bruno Alves foi apresentado como novo jogador do São Paulo no início da tarde desta quarta-feira, após seu segundo treino no clu-be. Mas o zagueiro de 26 anos, que recebeu a camisa 34 das mãos do diretor executivo de futebol Vinicius Pinotti, já chega falando firme e mirando a primeira vitó-ria da história do clube no Allianz Parque, no clássico de domingo, contra o Palmeiras. - Estou à dis-

posição e preparado. É um momento bom, nada melhor do que um clássico para dar uma acelerada. Temos totais condições de quebrar esse tabu. Tabu existe para ser quebrado, e estamos confiantes para esse jogo no Allianz - disse o jogador, que já tem condições físicas e está regularizado para estrear. Revelado pelo Figueirense, Bruno Al-ves deixou o clube com ação na Justiça após

ficar sem receber salá-rios. Assinou com o São Paulo até dezembro de 2020 e, no fim do treino desta quarta-feira, che-gou a trabalhar como ti-tular na zaga ao lado de Rodrigo Caio, quando Arboleda foi poupado. - Surgi no Fi-gueirense atuando pela direita com o Thiago Heleno e pela esquerda, com Marquinho. Jogo dos dois lados. Dori-val falou para eu fazer o que o Arboleda vinha fazendo e deu tudo cer-to - disse Bruno Alves, prevendo que não terá dificuldades para se en-trosar. - Já vi que o trei-no é muito intenso, com muito posicionamento. Dorival é muito tático, já conversou posiciona-mento. Quando se de-pende de treinador com visão tática diferente, ajuda. Fica mais fácil de entrar no time - elogiou o defensor, que, ao longo da entrevista, minimizou a presença do clube na zona de rebaixamento do Campeonato Brasi-leiro.

Confira outros temas aborda-dos por Bruno

Alves nesta quarta-feira:

Características Sou za-gueiro de mar-cação muito for-te, recuperação boa, bola aérea muito boa, faço gols. Tenho von-tade, quero tra-balhar. Dorival me passou con-fiança, se colo-cou à disposição. Ele deu todo avala para caso precisar procu-rar apartamento, adaptar família. Já estou feliz no São Paulo.

Escolha pelo São Paulo

O que me fez escolher é que o São Paulo é um gigante do futebol brasileiro e mundial. Tive propostas de outros times da Série A, mas não tive dúvidas quando apareceu o São Paulo. Pela torcida e pela qualidade do elenco. Vou

evoluir e ajudar a todos para tirar o clube dessa situação.

Clima no elenco Todos sabem da pressão, mas elenco está

confiante. Já estou bem á vontade, Dorival conver-sou comigo. É achar se-quência de vitória. Com certeza, vamos tirar o São Paulo dessa situa-

ção.Pratto

Falo sobre Prat-to, que conheci há pou-cos dias. É um excelente atacante,

Agora no Paraná, Lisca reclama de apelido, corneta imprensa e fala do Inter Comandante da reação do Paraná Clube na Série B, com apenas uma derrota e 4 vitórias em sete jogos, o técnico Lisca mostrou bom hu-mor, reclamou do apelido e seguiu a linha do técnico do Vitória, Vagner Manci-ni, ao criticar o acompa-nhamento da imprensa especializada, ainda que de maneira leve. Ele também re-cordou a curta passagem pelo Inter no final do Bra-sileirão 2016. Luiz Carlos de Lorenzi, o Lisca, se queixou do rótulo de "doi-

do" que costuma acom-panhar seu nome nas referências na mídia, em entrevista à Rádio Tran-samérica de Curitiba. "Me incomoda um pouco, por que é o que vende para fora. É só 'doideira', o mercado... me atrapalha um pouco. Não é doidei-ra, é gostar de trabalhar. Já perdi muitas situações em que dizem, 'pô, mais vai trazer um do ido? ' " , contou.

Lisca comandou o Inter em ape- n a s três par-

tidas no final de 2016, na tentativa de salvar o Co-lorado do inédito rebaixa-mento. Não deu. Desde

então, demorou a as-sumir uma equipe até o convite do Paraná, em Julho. Ele tam-bém questionou a cobertura da impren-sa, citando o empate

com o Paysandu (0 a 0) como re-

ferência. "Depois do jogo eu vejo a crônica especia-lizada e é uma balbúrdia. É o mesmo jogo com três, quatro leituras diferentes. Em vários sites dizem, 'o Paraná entrou fechado, pra jogar por uma bola...' foi assim que foi o jogo? Tem gente que não vê o jogo e faz a crônica. E alguns que também não viram o jogo e 'chupam' a pronta errada!", comen-tou, em tom descontraído. Lisca disse que não tem nenhuma má-goa ou arrependimento de ter assumido o Inter virtualmente rebaixado. "Eu fui formado no Inter, meu avô foi goleiro do In-ter, meu bisavô foi treina-dor. É minha casa, eu fui criado lá dentro. Eu já era para ter ido antes, antes do Falcão, mas aí tinha aquilo do doido... aí foi o Celso Roth, e quando ele saiu o presidente me li-

gou, foi uma convocação, fui como franco atirador. Era uma situação difícil." Lisca revelou que jamais esteve cotado para ficar em 2017: "Eu já sabia que não ia ficar, o Antônio Carlos já estava acertado. Tenho um orgulho muito grande de ter tentado e não ter deixado o Inter na mão". Ainda se adap-tando à Curitiba, Lisca contou uma passagem pitoresca ao tentar acom-panhar a rodada da Série B na noite de terça. "Caiu meu sinal de TV e eu fui ali na Rua 24 horas, que-ria ver o jogo do Brasil com o Goiás (2 a 1). Os caras ficavam assim, será que é ele mesmo. Uns dois vieram me pergun-tar, 'mas tu é de carne e osso', eu digo, 'não eu sou de lata!'" Bem-humorado, Lisca afirmou que não sai para um jogo sem arru-

mar a própria cama, "Sei lá por que", e ainda rela-tou um caso na segunda divisão gaúcha. "Jogamos pelo Porto Alegre contra o Ce-râmica, e para entrar no estádio o ônibus tinha que ir de ré. Jogamos uma, perdemos, a outra, perde-mos...chegou a terceira, valia o acesso, o moto-rista foi entrar de ré, eu disse, 'não, vamos entrar de frente'. Aí ele me disse que não tinha como, que ia bater e eu 'azar do ôni-bus' e entramos de frente. E não é que ganhamos o jogo?"O Paraná é o sétimo colo-cado na Série B, com 31 pontos, a três de diferen-ça do Ceará, quarto lugar. Na sexta, Lisca coman-da o Tricolor paranaense contra um dos times que lhe deram notoriedade, o Juventude, quinto coloca-do com 34 pontos.