Impresso Imobiliário nº 77

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OPINIÃO2 ANO VII | 2015 | Nº 77

Já escreveu o filósofo João Cruz Costa que oBrasil tem a sua própria história das ideias.

Desde o processo independentista foram ela-borados diversos projetos para o país. Alguns— menos ousados — optaram por discutir eapresentar propostas de questões mais imedi-atas. Mesmo sendo um país da periferia, temosum pensamento político e econômico. Mas,cabe reconhecer, que nem sempre fomos mui-to originais. No século XX, especialmente a par-tir dos anos 1930, o principal embate ideológi-co foi entre os marxistas e liberais. Na maioriadas vezes, os dois campos produziram pasti-ches adaptando a fórceps a especificidade bra-sileira aos cânones ideológicos ocidentais. Con-sequentemente, a qualidade e a originalidadeda produção e do debate político-econômicoforam ruins, não passando da recitação de slo-gans vazios.

Durante decênios assistimos a um embateentre dois modelos que o Brasil deveria seguir:o socialista (tendo na União Soviética a princi-pal matriz) ou o capitalista (a referência maiorera os Estados Unidos). Foi produzida amplaliteratura — geralmente de qualidade sofrível.Nenhum dos dois lados conseguiu identificarque o Brasil teve uma história muito distinta. Odesenvolvimento de um capitalismo tardio naperiferia deu ao nosso país tarefas e problemasa serem enfrentados que não eram os mesmosdos modelos apregoados pelos repetidores doliberalismo ou do marxismo.

O Estado forjado pela Revolução de 1930passou a ter decisiva presença na economiadevido a uma necessidade histórica. Não ha-via capitais privados para o enfrentamentodas tarefas indispensáveis ao desenvolvimen-to nacional. Sem isso, o Brasil continuaria umpaís de segunda classe. O problema foi que, deum lado, os marxistas idealizaram este pro-

cesso fechando os olhos para, entre outrosproblemas, o empreguismo e a corrupção. Poroutro lado, os liberais demonizaram o inter-vencionismo estatal como se não houvessedistinções radicais entre a formação históricabrasileira e a estadunidense. Apesar do opor-tunismo marxista, isto não alterou em nada aação repressiva estatal contra eles próprios.Também em relação aos liberais, seus prego-eiros silenciaram (quando não apoiaram) asditaduras (tanto a militar como a do EstadoNovo, ambas sob forte influência do positivis-mo).

Este processo de esquizofrenia política foise acentuando no fim do século passado. Aqueda do Muro de Berlim poderia ter conduzi-do a uma revisão do pensamento marxista (eseus assemelhados) e do liberalismo. Mas não.O primarismo analítico permaneceu. Os mar-xistas mantiveram o antigo inimigo (o imperia-lismo americano) e adaptaram sua visão demundo tendo no velho caudilhismo latino-americano — agora recauchutado — o pilarprincipal de atuação política. No caso brasilei-ro — como o caudilhismo clássico nunca foium elemento dominante — restou dar a Lulaeste papel, com nuances, claro, dada a distin-ção entre a formação social brasileira e a Amé-rica Latina de colonização espanhola. Já os li-berais adotaram como referência as ações de-senvolvidas nos Estados Unidos e na Inglaterranos governos Reagan e Thatcher, como se ocapitalismo tupiniquim fosse similar ao daque-les países.

Em meio a este terreno coalhado de nésci-os, pensar o Brasil na complexa conjuntura quevivemos não é tarefa fácil. Um bom caminho éretomar a nossa história das ideias, ler nossosclássicos, aqueles que pensaram de forma ori-ginal o Brasil. E desafios não faltam. O que fa-

zer com a Petrobras? Novamente temos deromper o círculo de ferro das soluções primá-rias. A questão central é entender o que aconte-ceu com a ex-maior empresa brasileira. Nãocabe dizer que tudo o que está ocorrendo nãopassa de uma conspiração externa e, portanto,deixar tudo como está. Ou afirmar como solu-ção mágica a privatização da empresa fazendocoro com o marido traído que resolveu trocaro sofá da sala. São dois meios de pensar quereforçam a adoção de soluções simples e, ge-ralmente, absolutamente equivocadas. Cabeentender histórica e politicamente como a Pe-trobras chegou a essa situação e quais os cami-nhos para retirá-la das mãos dos marginais dopoder e seu projeto criminoso antirrepublica-no e antinacional.

Da mesma forma, teremos de encontraros meios para combater a administração Dil-ma. Tudo indica que viveremos uma presidên-cia sob crise permanente. O governo nem bemcomeçou e já ocorreu um atrito entre a presi-dente e seu ministro do Planejamento. E é só oprimeiro. A bacharel — que durante anos seapresentou como “doutora” em Economia —chegou até a recusar um convite para um ban-ca de doutorado dizendo “não ter tempo paraessas bobagens” — vai querer dar seus pitacos,principalmente com o agravamento da situa-ção econômica. E, também nesta questão, te-

mos de fugir da velha polaridade.A crise política é inevitável. Os efeitos judi-

ciais do processo do petrolão vão atingir emcheio o Congresso Nacional e o Palácio do Pla-nalto. Teremos, efetivamente, o grande testedas nossas instituições — o impeachment, em1992, não passou de um ensaiozinho: chutarcachorro morto, todo mundo chuta. As anti-gas formas de pensar vão, como de hábito, re-citar suas ladainhas, eivadas de estrangeirismo,preconceito e autoritarismo. O desafio vai sero de encontrar uma saída democrática, origi-nal e de acordo com a nossa formação históri-ca. Pode ser o tão esperado momento de rup-tura que estamos aguardando desde 15 de no-vembro de 1889, quando a República foi anun-ciada, mas até hoje aguarda, ansiosamente, serproclamada.

Marco Antonio Villa é historiadorFonte: O Globo

Pensar a crise em portuguêsOs efeitos judiciais do processo do petrolão vão atingir em cheio o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto

José Humberto Pitombeira M. E - Rua Manoel Achê, 697 - sala 02 - Ribeirão Preto - SP - Jardim Irajá - [email protected] - Tel.: (16) 3043-6118Edição e Redação: José Pitombeira - João Pitombeira | Jornalista responsável: João Pitombeira MTB: 71.069/SP | Arte Final: Ney Tosca (16) 3019-2115Tiragem: 10.000 exemplares | Distribuição gratuita | Impressão: Gráfica Spaço (16) 3969-2904 - Sempre causando uma ótima impressão

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FALA DONA ADELAIDE4 ANO VII | 2015 | Nº 77

Fala Dona

Adelaide!

Neste ano eu queria só falá de coisa boa.Io vô fazê 100 ano im otubro!

Mios filho, neto e bisneto tá tudo lôcopra fazê festa!

Io nem tava ligando...Eh! Fazê 100 ano... E daí?Mais tem uma bisneta minha qui io gosto

muito. Ela é tão branquinha, tão buazinha...i faiz uns bolo que io gosto e como tudo! Elatá tão filiz cum mio aniversário! Acho atéqui é purque ela que vai fazê o bolo!

Ela faiz aqueles bolo cheio das melecadoce i grudenta no meio.

Disse que ia caprichá purque era o boloda Bisa!

Mais outro dia, ela tava muito triste. Veiochorando e me deu um abraço forte e cho-rava feito um bizerro dismamado!

Disse que tava triste purquê uns hometerrorista tinha matado umas pessoa.

Num lembro se era na França ou na Is-panha...

Sei que num foi na Itália, si não eu lem-brava... e tava put...

Bão, intão io disse: “Fica calma filha”,mais ela ficô chorando.

Ela é inteligente... Sabe iscrevê umas po-esia e fazê bolo!

Fiquei com dó dela. Falei: “ Filha, numfica triste. Gente morre todo dia. Só a Biza éque fica viva até o mundo acabá!”

Aí, a poverella me ispricô que os mortoera tudo gente boa. Era tudo artista! Diz queeles fazia desenho numa rivista!

Num intendí! Mataro os home purqueeles fazia desenho?

Intão eles desenhava muito mal!Ela disse: “Não Bisa! Eles era bão! Mais

fazia umas brincadêra côs árabe!”Num intendí! Agora num pode mais

brincá côs árabe?Intão, ela ispricô que eles fica muito bra-

vo. Inté mata as pessoa!Cáspite! Quando io era moça, tudo os

árabe era turco. E tudo os turco era árabe!O Seu Salim vendia as péça di pano di

porta im porta pra nóis fazê as rôpa. O SeuMamed tinha uma lojinha de armarinho quevendia as linha e os dedal. O Seu Usséf ven-dia panela...

Tudo eles anotava nas caderneta e nóisacertava no fim do mêis...Tutti buona gen-te!

Assim, nóis tudo vivia im paiz! Num ti-nha briga! Eles cunfiava ni nóis e nóis cun-fiava neles. Era só pagá o qui divia!

Quando contei isso pra ela, a minina cu-meçô a chorá de novo!

Disse que a briga era pur causa de Dio!Cazzo! Vai brigá pur causa de Dio? Dio é

grande, tem pra tudo mundo!Acha eu que era purcausa das conta e

dus preço...E aí ela disse qui os Dio deles é diferente.

Má cumo é diferente?Ela disse que os ára-

be, que é os turco temoutro Dio..,

Bão, num intendí. Dioé um só! Vaffanculo!!!

Um é pra tudo mun-do! Que Dio me perdona,ma io pensei que um Diosó tarveis num dá conta...

Má io vô faze 100ano... vontade dele... In-tão ele é grande!

Agora tem mais que

um Dio! Só pode dá briga! Num tem mais oque inventá?

Primêro o tal do computador, agora maisde um Dio!

Acho que o Seu Salim, o Seu Mamed e oSeu Ussef não ia gostá disso.

Eles acreditava na paize no Dio que nóis acredi-tava tamém.

Era tudo hóme debem. Eles queria viver empaiz cum nóis e nóis cumeles.

Era tutti amici.Perdoava até quando

nóis não tinha o dinhêropra pagá no dia.

Ria e saia cantandonas língua deles. Mas osturco tão ficando diferen-te. Muito istranho. Porisso tô triste.

Invéis da vida melho-rá, tá tudo ficando pior,mais triste.

E desenhista é artis-ta! Artista isiste pra dá ale-gria!

Dio num gosta di gente que mata imnome de Dio!

Dio é que fez os artista pra dexá o mun-do mais feliz!

Escreveu o que eu mandei? Então, man-da.

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DIÁRIO DA CONSTRUÇÃO6 ANO VI | 2015 | Nº 77

Em época de escassez da água, o descasocom que tratamos o recurso hídrico -

seja por má utilização ou por desperdício -volta-se contra nós. Embora o mercado bra-sileiro disponha de tecnologias voltadas aobaixo consumo - como caixa acoplada à ba-cia sanitária, válvula de descarga com doistipos de fluxo, torneira automática, regula-dor de vazão, etc. - nada disso funcionaráadequadamente sem a conscientização detodos no que diz respeito à manutenção darede hidráulica e a de seus equipamentos.

Nas casas, essa responsabilidade recaisobre os moradores, o que pode facilitar aatenção contra vazamentos. Já num edifícioresidencial, é importante contar com a atitu-

de coletiva e fornecer ferramentas de traba-lho ao zelador. Em um estudo de caso deum edifício residencial, onde se criou umplanejamento da manutenção preventiva doprédio como um todo, com um zelador eajudante treinados por empresas que fabri-cam os equipamentos hidráulicos e pela pró-pria concessionária de água para detectar va-zamentos, classificá-los, regular mecanismosde descarga e fazer a troca das peças danifi-cadas, atingiu-se uma economia de 15% dovolume gasto anteriormente.

PREVINIR AINDAÉ O MELHOR REMÉDIO

Os dados abaixo valem para uma mora-dia de três quartos, dois banheiros, uma co-zinha e uma área de serviço, onde vivemquatro pessoas

CASAEstimativa de vazamento pelas buchas ve-dantes por mês: 0,72 m³Estimativa de vazamento pelas descargaspor mês: 5,40 m³Custo do desperdício de água: R$ 530,00Custo com mão de obra: R$ 300,00 (verifi-

cação de todos os pontos feita por um enca-nador)Custo com materiais: R$ 52,00ECONOMIA ANUAL: R$ 178,00

EDIFÍCIO COM 48 APARTAMENTOSEstimativa de vazamento pelas buchas ve-dantes por mês: 34,56 m³Estimativa de vazamento pelas descargaspor mês: 210 m³Custo do desperdício de água: R$ 21.180,00Custo com mão de obra: R$ 4.000,00 (trei-namento dos funcionários do prédio)Custo com materiais: R$ 2.500,00ECONOMIA ANUAL: R$ 14.680,00

FIQUE DE OLHO NASDICAS DE ECONOMIA!

•Cheque vazamentos em canos e não deixetorneiras pingando. Um gotejamento sim-ples, pode gastar cerca de 45 litros de águapor dia.•Deixe pratos e talheres de molho antes delavá-los.•Aproveite a água da chuva para aguar asplantas e o jardim. As plantas absorvemmais água em horários quentes, então mo-

lhe -as de manhã cedo ou no fim do dia.•Feche a torneira quando estiver escovandoos dentes ou fazendo a barba. Só abra quan-do for usar. Uma torneira aberta por 5 mi-nutos desperdiça 80 litros de água.•Em vez da mangueira, use vassoura e baldepara lavar pátios e quintais. Uma manguei-ra aberta por 30 minutos libera cerca de560 litros de água.•Reaproveite a água da sua máquina de la-var para lavar a calçada.•Saber ler o hidrômetro é muito simples epode ajudar a detectar problemascomo vazamentos, percebidos pelo •consumo fora do normal.•Não tome banhos demorados, 5 minutossão suficientes. Uma ducha durante 15 mi-nutos consome 135 litros de água.•Antes de lavar pratos e panelas, limpe osrestos de comida com uma escova ou es-ponja e jogue no lixo.

Ronaldo LeãoArquiteto e Urbanista com mestrado emInovação, Tecnologia e Desenho, pelaUniversidad de Sevilla, na Espanha.

www.moarquitetura.com

Economize água, gota a gotaQuanto se economiza realizando a manutenção frequente da rede hidráulica?

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ATERRAÇO

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