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REFLETINDO SOBRE ALGUNS SENTIDOS 

ATRIBUÍDOS À INCLUSÃO EM EDUCAÇÃO NO 

ESPAÇO DA DISCIPLINA EDUCAÇÃO FÍSICA

KÁTIA R. X. DA SILVA kata!"#$%a&'$()(.*(+ COL,GIO PEDRO II-FCMUER/

LEANDRO T. DE BRITO t0($(.$0a23!(&'+a$.*(+ COL,GIO PEDRO II-PROPEDUER/

MÁRCIO N. DE SÁ +a!*(!*a2&'+a$.*(+ COL,GIO PEDRO II 

BRUNO R. SOARES !aa403&5a6((.*(+.)! COL,GIO PEDRO II

PRISCILLA C. S. OLIVEIRA 7!#*6!#8&5a6((.*(+.)! 

COL,GIO PEDRO II 

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo compartilhar algumas reflexões sobre os sentidos atribuídos à inclusãoem educação no espaço da disciplina Educação Física, por parte de alunos do oitavo e nono anos do ensinofundamental !niciamos apresentando as bases te"ricas #ue fundamentam nossas reflexões a respeito doconceito de inclusão em educação e sobre o papel da Educação Física escolar para promov$%la Em seguida,relatamos uma experi$ncia pedag"gica desenvolvida no contexto das aulas de Educação Física do &ampusEngenho 'ovo !! do &ol(gio )edro !! *&E'!!%&)!!+, #ue fe uso da metodologia -eb#uest como meio para

incentivar a discussão e o registro das reflexões dos estudantes sobre um dilema típico do cotidiano das aulasno componente curricular em #uestão. a escolha dos grupos para a pr/tica dos esportes coletivos Observamos#ue, apesar dos esforços para desenvolver pr/ticas pedag"gicas inclusivas durante as aulas do &E'!!%&)!!, aindah/ muito o #ue se faer, tendo em vista a inexist$ncia de reflexões ou alternativas divergentes #ue pudessemsuperar a iminente situação de exclusão presente no dilema apresentado 0e certa forma, as soluçõespropostas apontam para a aceitação de um tipo de atitude peculiar à condição social vivenciada na sociedadecontempor1nea. a exclusão de #uem ameaça o bom andamento dos processos e dificulta sucesso dosindivíduos e grupos Finaliamos o texto destacando a possibilidade de desenvolver os conte2dos da EducaçãoFísica numa perspectiva transdisciplinar, recorrendo aos temas transversais como eixo norteador assim comoos jogos, os esportes, as danças, as lutas, as gin/sticas e os conhecimentos sobre o corpo como meio paraatingir finalidades mais amplas #ue coadunam com a formação do cidadão, a partir dos preceitos #ue

defendemos sobre inclusão

PALAVRASC9AVE: Educação física escolar 3 !nclusão em educação 3 -eb#uest

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INTRODUÇÃO 

O presente trabalho tem como objetivo compartilhar algumas reflexões sobre

os sentidos atribuídos à inclusão em educação no espaço da disciplina Educação Física

por parte de alunos do oitavo e nono anos do ensino fundamental Este trabalho se

apoia no conceito de inclusão como um processo, em relação dial(tica com a exclusão

e #ue reconhece as diferenças e a diversidade no espaço escolar

!niciamos apresentando as bases te"ricas #ue fundamentam nossas reflexões

a respeito deste conceito de inclusão em educação e sobre o papel da Educação Física

escolar para promov$%la Em seguida, relatamos uma experi$ncia pedag"gica

desenvolvida no contexto das aulas de Educação Física do &ampus Engenho 'ovo !! do

&ol(gio )edro !! *&E'!!%&)!!+, #ue fe uso da metodologia Webquest  *-4+ como meio

para incentivar a discussão e o registro das reflexões dos estudantes sobre um dilema

típico do cotidiano das aulas no componente curricular em #uestão. a escolha dos

grupos para a pr/tica dos esportes coletivos

Finaliamos o texto destacando a possibilidade de desenvolver os conte2dos

da Educação Física numa perspectiva transdisciplinar, recorrendo aos temas

transversais como eixo norteador, assim como os jogos, os esportes, as danças, as

lutas, as gin/sticas e os conhecimentos sobre o corpo como meio para atingir

finalidades mais amplas #ue coadunam com a formação do cidadão, a partir dos

preceitos #ue defendemos sobre inclusão

A INCLUSÃO E SUAS RELAÇ

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6antos *7899+ afirma #ue os termos inclusão:exclusão9, diversidade e

diferença, tão presentes na literatura científica e em nosso cotidiano estão

intimamente ligados 0iversidade, como a autora aponta, pode ser considerado umtermo%irmão da inclusão, pois encontra%se presente em nossa sociedade como um

todo, faendo com #ue, a partir da din1mica da vida, nossas subjetividades e

ambiguidades se mostrem como constituintes de nossas identificações e significações

pr"prias, nos tornando diferentes e desta forma nos colocando suscetíveis a processos

de exclusão

)elo vi(s da desigualdade, a exclusão ( provocada #uando nosrelacionamos com o Outro *o diverso, o diferente+ a partir do #ueeste Outro tem para oferecer à sociedade dentro de padrõesprodutivistas, tão somente, e não pelo #ue se ( *6;'+

;o traer a Educação Física escolar para o debate da inclusão, se fa

necess/rio superar a #uestão hist"rica #ue permeia a /rea. a $nfase na aptidão física,

ainda muito presente nos currículos, planejamentos e projetos específicos da /rea

Fonseca ? 6ilva *7898+ apontam #ue.

)odemos observar #ue pelo menos ao nível do discurso, h/ umapassagem da valoriação do biol"gico para o s"cio%cultural, emboraas nossas pr/ticas permaneçam praticamente inalteradas 'oentanto, ( necess/rio superar a $nfase na aptidão física e dorendimento padroniado decorrente em referenciais pautados emconceitos biol"gico, higi$nico e militarista #ue caracteriaram aEducação Física como atividade física *p9+

Em pes#uisa sobre as #uestões de g$nero nas aulas de Educação Fisica escolar

e os processos de inclusão:exclusão, apresentando situações de exclusões #ueperpassam apenas o campo da defici$ncia, @rito ? 6antos *789=+ constataram #ue a

habilidade motora para a pr/tica dos esportes se mostrou como o fator predominante

de exclusão nas aulas, corroborando com a premissa de #ue os meninos mais

habilidosos são sempre exaltados no contexto da disciplina no espaço escolar 6ilva

*788>+, tamb(m nesta discussão, afirma #ue.

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 Os termos inclusão:exclusão são compreendidos atrav(s de uma relação dial(tica, pois de acordo com6aAaia *7899+ a sociedade exclui para incluir, sendo esta uma condição da ordem social vigente em #ueestamos submetidos 0esta forma t$m%se a dial(tica inclusão:exclusão

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BC a inclusão nas aulas de Educação Física tem como objetivo atentarprimeiramente sobre o pr"prio papel da Educação Física, #ue não (da seleção de novos talentos atl(ticos, ( de garantir a realparticipação de todos sem discriminação de nenhum tipo, na

a#uisição ou na produção de determinado conhecimento ; viv$ncia( a consci$ncia das diferenças *pD>+

evando%se em conta estas afirmações, refletir sobre as possiblidades de

promover a inclusão nas aulas de Educação Física se torna uma tarefa de tamanha

import1ncia no contexto escolar, foco #ue este trabalho busca apresentar, a partir do

relato de pr/ticas pedag"gicas #ue visam à conscietiação dos estudantes sobre o

tema, construindo novos olhares e perspectivas na busca por uma aprendiagem #ue

faça sentido na vida dos estudantes

REFLEX

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?@a3!( 1: U23a30# 33t*a# 7a!a ( 30#02%($%+02t( 3(# *(2t03(# 2a# a@$a# 30 E3@*a(F#*a 3( 0 H a2(# 3( E2#2( F@23a+02ta$ 2( CENIICPII

U23a3033t*a

O)0t%(#

1 T!+0#t!0:E3@*a( F#*aJ

#(*03a30 03%0!#3a30

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8 T!+0#t!0:A $2'@a'0+ #($'*a

3( *(!7(

O)0t%(#*(2*0t@a#

;nalisar os aspectoshist"ricos, sociais,culturais econtempor1neosrelacionados aosconte2dos da cultura

corporal domovimento

)osicionar%se de formacrítica sobre a relaçãomídia e esporte%espet/culo em nossasociedade

&ompreender asdiversas formas #ue ocorpo reage emsituações de esforço erelaxamento, antes,durante e ap"s a

pr/tica de atividadesfísicas

O)0t%(#7!(*03+02ta#

)articipar efetivamentedas aulas e dasviv$ncias pr/ticas comfoco nas habilidadesb/sicas e específicas de

 jogos, esportes, lutas,gin/sticas e danças

)articipar efetivamentedas aulas e dasviv$ncias e atividades#ue trabalhemcompetição ecooperação de formaintegrada

)articipar efetivamentedas aulas e usar ocorpo de forma salutare eficiente, evitandosituações #ue possamlevar a riscos à sa2de

O)0t%(#att@32a#

5econhecer e respeitaras diferenças do outro

a partir dodesempenho físico,habilidades motoras,g$nero, classe social,dentre outrosmarcadores sociais

Haloriar a cooperaçãoem pr/ticas corporais

relacionadas àcompetição durante asaulas

Haloriar a pr/tica deatividades físicas como

forma de promover a#ualidade de vida e asa2de

F(2t0: P$a20a+02t( 30 E2#2(J E@70 30 E3@*a( F#*a CENIICPII.

O presente relato de experi$ncia reflete sobre o processo de aplicação de

uma atividade realiada no contexto da primeira G0, bem como sobre os seus

resultados ; atividade em tela foi intitulada I!nclusão nas aulas de Educação FísicaJ e

utiliou como ferramenta o recurso denominado Webquest , Icriado em 9KKL por

@ernie 0odge, professor estadual da &alif"rnia *EG;+ tendo como proposta

metodol"gica o uso da !nternet de forma criativaJ *@5;6!, 789+ O -eb#uest (

caracteriado por &osta ? Moita *7899+ como

*+ uma metodologia de pes#uisa na internet, por meio do #ual são

desenvolvidas atividades voltadas para o processo educacional

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criatividade, de acordo com o objetivo #ue cada curso #ue o utiliadeseja atingir *p9>8+

; Webquest   apresenta uma estrutura específica #ue permite ao professor

organiar as tarefas de aprendiagem a partir de uma se#u$ncia de ações #ue o

estudante dever/ seguir para alcançar os objetivos propostos Em geral, essa

se#u$ncia de ações ( estruturada em sete seções. introdução, tarefa, fonte de

informação, avaliação, conclusão e cr(ditos *@5;6!, 789+ 'o caso da atividade

proposta, a Webquest  foi planejada para ser realiada em uma aula *-4 curta+, com o

objetivo de integrar o conhecimento desenvolvido nas atividades em #uadra e

favorecer a reflexão sistem/tica e o registro dessa reflexão sobre os conte2dos

conceituais, procedimentais e atitudinais referentes ao planejamento do primeiro

trimestre 0e maneira específica, a atividade objetivou promover a discussão sobre o

conceito de inclusão e como este pode ser desenvolvido nas aulas de Educação Física

do &E'!!%&)!!

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postagens foram armaenados em ambiente digital *Noogle drive+ para posterior

an/lise e discussão junto aos estudantes e à e#uipe de professores

O primeiro vídeo, intitulado "onviv#ncia  *http.::Poutube:uL>L9tdAPSo+ (uma animação, produida pela )ixar, #ue retrata uma situação de exclusão no

contexto de aves #ue possuem características diferentes O segundo, denominado

 Atitude $ tudo *http.::Poutube:#x0mFs6iT4 + , ( uma produção indiana #ue

demonstra a atitude de liderança de uma criança frente a um problema de ordem

p2blica e o impacto dessa atitude no envolvimento da coletividade para resolver o

problema instalado O 2ltimo vídeo, tamb(m uma animação, chama%se %rabal&o em

equipe  *http.::Poutube:-eD6'R6U

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do &ol(gio )edro !!, faça o #ue se pede 9 Escolha um aluno, dentreos tr$s novatos apresentados, para compor a sua e#uipe e diga. por#ue voc$ escolheu esse alunoW Expli#ue os motivos #ue o levaram aexcluir os outros dois alunos de sua e#uipe Obs. 'ão h/ uma escolha

certa ou errada #uanto ao jogador *a+ &ontudo, ( fundamental #uevoc$ expli#ue os motivos #ue o levaram a faer as suas escolhas

;l(m do posicionamento em relação às duas situações%problema, os

estudantes foram convidados a opinar e apresentar uma lista de sugestões sobre como

tornar as aulas de Educação Física um espaço #ue promove a inclusão ; an/lise sobre

os resultados desta experi$ncia indicam algumas possibilidades de reflexão sobre a

percepção dos estudantes acerca da dial(tica inclusão:exclusão e dos sentidos

atribuídos por eles à pr/tica dos esportes no contexto das aulas de Educação Física,

nesta instituição de ensino Organiamos essas reflexões em dois blocos. o primeiro,

problematia os crit(rios e motivos #ue justificam a escolha do novo integrante da

e#uipe e o segundo analisa as sugestões dos alunos para tornar as aulas de Educação

Física mais inclusivas

Em relação ao primeiro bloco, observamos #ue a escolha do aluno ;maral foi

#uase unanimidade entre os alunos do oitavo e nono anos O argumento #ue mais se

destacou para justificar a escolha foi o bom desempenho atribuído a esse novato,

tendo em vista #ue, na visão dos alunos, essa ( uma condição determinante para obter

sucesso nos jogos Os estudantes tamb(m ressaltaram #ue o fato do novato eleito não

possuir boas notas não o impediria de se destacar nos jogos e #ue a indisciplina na sala

de aula tamb(m não afetaria sua contribuição nas atividades desenvolvidas durante a

Educação Física ; capacidade de trabalhar em e#uipe foi, depois do bom

desempenho, o segundo argumento #ue justificou a alta fre#u$ncia da escolha de

;maral &omo di 6ilva *788>+, a Educação física ainda carrega uma marca hist"rica

excludente, na #ual os mais aptos e mais habilidosos terão sempre ve nas atividades

)or outro lado, os argumentos #ue justificam a exclusão da aluna &armem,

diferente do #ue se possa pensar, no senso comum, não estão relacionados a #uestões

de g$nero, isto (, ela não foi excluída por Iser meninaJ Os estudantes concentraram

suas justificativas no fato de #ue &armem ( IfominhaJ, não aceita as regras e Inão

sabe trabalhar em e#uipeJ Embora &armem tenha sido eleita por dois grupos, foi

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H 

creditada ao pr"prio grupo a responsabilidade de persuadi%la a trabalhar em e#uipe,

em nome do sucesso de todos )ara @rito ? 6antos *789=+ a problematiação de

#uestões de g$nero nas aulas de Educação Física, contribui para a desmistificação dasexclusões advindas do tema, promovendo possibilidades de uma participação efetiva

entre meninos e meninas em aulas conjuntas

;penas tr$s grupos escolheram o aluno -ilson, sob os argumentos de #ue ele

sabia jogar e possuía características físicas ade#uadas à pr/tica do esporte )or(m, a

maioria dos grupos o excluiu alegando #ue a defici$ncia visual poderia oferecer riscos

para o pr"prio -ilson ;l(m disso, tamb(m argumentaram #ue tanto a Idefici$ncia

visualJ de -ilson #uanto a Ifalta de espírito de e#uipeJ de &armem poderiam

IatrapalharJ o bom andamento do jogo

4uando #uestionados sobre como tornar as aulas de Educação Física um

espaço #ue promove a inclusão, sugeriram, entre outros aspectos. faer times

mistos:separar meninos e meninasQ promover atividades em grupo:esportes em

e#uipeQ treinar os alunos menos providos de talentoQ pedir sugestões à turma:faer

atividades #ue todos gostamQ não obrigar os alunos a praticar atividades das #uais não

gostamQ ter paci$ncia com #uem não sabe jogarQ conversar com os alunos #ue

excluemQ e#uilibrar as e#uipes em relação ao desempenho:balancear os times ;penas

uma fala dos alunos fe menção à #uestão da defici$ncia.

'a nossa escola, os professores não excluem nenhum aluno porconta de defici$ncias mentais:físicas, então os alunos deferiam faero mesmo Mas isso muitas vees não acontece, a exclusão desse tipode aluno ocorre constantemente !sso poderia ser evitado se asatividades fossem adaptadas para todo tipo de alunos

X interessante notar #ue nenhum dos grupos buscou reflexões ou alternativas

divergentes #ue pudessem superar a iminente situação de exclusão presente no

dilema apresentado 0e certa forma, as soluções propostas apontam para a aceitação

de um tipo de atitude peculiar à condição social vivenciada na sociedade

contempor1nea. a exclusão de #uem ameaça o bom andamento dos processos e

dificulta sucesso dos indivíduos e grupos 0e acordo com 6aAaia *7899+ a exclusão (

um processo complexo, multifacetado, sutil e dial(tico, #ue envolve os sujeitos por

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inteiro em suas relações com o outro X uma configuração de dimensões materiais,

políticas, relacionais e subjetivas, como pudemos constatar nas an/lises realiadas

CONSIDERAÇ

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FO'6E&;, Michele )ereira de 6ouaQ 6!H;, ;na )atrícia da O #ue ( inclusãoW5eflexões de professores acerca desse tema L0*t@!a# E3@*a*2 F#*a 5 D07(!t0# *@uenos ;ires+, v ;\o 9, p Enero de 7898, 7898

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