Indicadores de Autocorrelação Local em São Paulo

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1 INDICADORES DE AUTOCORRELAÇÃO LOCAL EXEMPLO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO INTRODUÇÃO O ferramental de análise espacial em unidades de áreas é muito importante dentro do universo de possibilidades já disponíveis em diversos Sistemas de Informação Geográfica. Divisão geopolítica, setores censitários, unidades de paisagem, bairros são casos típicos de elementos geográficos representados por áreas, ou polígonos, onde para cada polígono há um valor do atributo associado. Este tipo de representação é também conhecida como mapa coroplético. Nestes mapas, a variação do atributo no espaço não é representada por uma superfície contínua, mas apresenta variações abruptas de valor. Apesar de limitadas às características de cada polígono (tamanho, forma, homogeneidade), muitas inferências sobre padrões ou comportamentos espaciais dos diversos atributos podem ser realizadas. As técnicas de estatística espacial de áreas foram desenvolvidas para tentar identificar regiões onde a distribuição dos valores possa apresentar um padrão específico associado a sua localização geográfica. A informação que se busca é quanto sou parecido com meu vizinho próximo e sou diferente do meu vizinho distante. Neste trabalho, foram utilizadas duas técnicas de estatística espacial que nos fornecem indicadores locais de autocorrelação. Cada polígono, ou unidade de área, terá um determinado valor de dependência espacial. O indicador de associação espacial local Moran (li) ( Anselin, 1994) explora o grau de dependência espacial a partir de uma estimativa de segunda ordem, ou seja, um tipo de covariância espacial entre os polígonos. A segunda estatística utilizada neste trabalho é conhecida como indicadores Gi e Gi* (Getis;Ord, 1992) e se baseia em estimativas de primeira ordem, como um tipo de estimador de médias móveis.

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INDICADORES DE AUTOCORRELAÇÃO LOCALEXEMPLO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO

O ferramental de análise espacial em unidades de áreas é muito importante

dentro do universo de possibilidades já disponíveis em diversos Sistemas de

Informação Geográfica. Divisão geopolítica, setores censitários, unidades de

paisagem, bairros são casos típicos de elementos geográficos representados

por áreas, ou polígonos, onde para cada polígono há um valor do atributo

associado. Este tipo de representação é também conhecida como mapa

coroplético. Nestes mapas, a variação do atributo no espaço não é

representada por uma superfície contínua, mas apresenta variações abruptas

de valor. Apesar de limitadas às características de cada polígono (tamanho,

forma, homogeneidade), muitas inferências sobre padrões ou comportamentos

espaciais dos diversos atributos podem ser realizadas.

As técnicas de estatística espacial de áreas foram desenvolvidas para tentar

identificar regiões onde a distribuição dos valores possa apresentar um padrão

específico associado a sua localização geográfica. A informação que se busca

é quanto sou parecido com meu vizinho próximo e sou diferente do meu vizinho

distante. Neste trabalho, foram utilizadas duas técnicas de estatística espacial

que nos fornecem indicadores locais de autocorrelação. Cada polígono, ou

unidade de área, terá um determinado valor de dependência espacial. O

indicador de associação espacial local Moran (li) ( Anselin, 1994) explora o

grau de dependência espacial a partir de uma estimativa de segunda ordem, ou

seja, um tipo de covariância espacial entre os polígonos. A segunda

estatística utilizada neste trabalho é conhecida como indicadores Gi e Gi*

(Getis;Ord, 1992) e se baseia em estimativas de primeira ordem, como um tipo

de estimador de médias móveis.

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A idéia da utilização destes indicadores de autocorrelação local para realização

do trabalho de curso surgiu quando tivemos acesso ao Mapa da

Exclusão/Inclusão Social da Cidade de São Paulo, trabalho coordenado pela

Prof. Aldaíza Sposati da PUC-SP. Este material possui uma série de

indicadores e resultados de pesquisas espacializados nos 96 distritos que

compõem o município de São Paulo. Além de ser um banco de dados

geográficos extremamente rico, o Mapa da Exclusão/Inclusão trazia em sua

gênese a tentativa de captação das discrepâncias e contradições sociais

existentes dentro da estrutura urbana de São Paulo. Dessa forma, o trabalho

se propôs a avaliar as potencialidades de aplicação destas duas ferramentas

estatísticas dentro desta perspectiva.

OBJETIVOS

Os objetivos principais deste trabalho foram:

Primeiro, estudar os métodos estatísticos Gi e Moran Local para detecção de

padrões de forte autocorrelação local e buscar o entendimento do seu

significado estatístico e de sua formulação matemática;

Discutir as semelhanças e diferenças entre estes dois indicadores a partir da

análise comparativa dos resultados obtidos para os distritos do município de

São Paulo sobre os dados presentes no Mapa da Exclusão/Inclusão de São

Paulo;

E, por fim, observar e explorar possíveis padrões quanto seu significado na

tentativa de mapear a exclusão social no município de São Paulo, uma vez que

um dos objetivos do Mapa da Exclusão/Inclusão era captar as diferenças intra-

urbanas entre os 96 distritos paulistanos.

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INDICADORES LOCAIS DE ASSOCIAÇÃO ESPACIAL

MORAN LOCAL

O Índice de Moran Local foi proposto por Luc Anselin (1994) como uma

ferramenta estatística para testar a autocorrelação local e para detectar objetos

espaciais com influência no indicador Moran Global. Esta família estatística

trabalha a partir da estimativa de segunda ordem do comportamento dos seus

dados, em outras palavras, a partir da análise das covariâncias entre as

diferentes unidades de área. Enquanto o Índice Global de Moran informa o

nível de interdependência espacial entre todos os polígonos em estudo, o

Índice Local de Moran avalia a covariância entre um determinado polígono e

uma certa vizinhança definida em função de uma distância d.

Em análises de associação espacial, assumir uma estabilidade estrutural ou

estacionariedade pode ser complicado, especialmente quando um grande

número de observações são utilizadas, (Anselin, 1994), é possível então a

utilização do Índice Local de Moran como uma ferramenta estatística que

possibilita uma indicação sobre a extensão da significância de um “cluster” de

iguais valores.

Anselin define o Índice Local de Moran como o produto do resíduo no polígono

de referência com a média local dos resíduos dos seus vizinhos adjacentes.

Desta maneira o Índice Local de Moran pode ser escrito como:

Onde:wij= valor na matriz de vizinhança para a região i com a região j em

função da distância d, e onde zi e zj são os desvios em relação à média.

A matriz Wij é a que define os vizinhos de um certo polígono. Esta matriz pode

ser gerada de diferentes maneiras, ou seja, existem várias possibilidades de

Ii = zi Σj wij zj

4

determinação de quem são ou não vizinhos. Neste trabalho adotamos como

critério de vizinhança a adjacência, assim, os valores correspondentes aos

polígonos com borda em comum assumem valor 1 na matriz de vizinhança, por

outro lado, entre os polígonos que não apresentam este tipo de relação o valor

então é nulo.

Como por definição os parâmetros zi e zj representam desvios em relação à

media, torna-se clara a semelhança entre o Índice de Moran e a fórmula da

correlação entre duas variáveis:

Cor= E (x – x) (y – y) / E (x – x)²

Dessa forma, o Índice de Moran Local permite duas importantes interpretações

combinadas: a indicação de “pockets” de não estacionariedade espacial

(indicação de “outliers”) e a possibilidade de teste da hipótese nula sobre a

interdependência dos dados. A relação existente entre o Índice de Moran Local

e o Global pode ser observada na fórmula que define o I global como a soma

dos Ii locais.

Σ Ii = Σ zi Σ wijzje

I=Σ Ii / [So (Σ zi / n)]

A interpretação mais direta do Índice Local de Moran é aquela onde valores

significativamente altos e positivos apontam a presença de um “cluster” tanto

de valores iguais tanto altos como baixos, já valores significativamente baixos

indicam um regime espacial de desigualdade na região, uma espécie de

padrão “anti-cluster”, ou melhor, zonas de transição entre um determinado

regime espacial e outro.

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Anselin expõe em seu trabalho a formulação matemática que define os

momentos de Ii ( E[Ii] e Var [Ii]) para a construção de intervalos de confiança

para a aceitação da hipótese nula de total aleatoriedade espacial. A partir desta

formulação e assumindo-se uma normalidade na distribuição destes índices

torna-se possível avaliar a significância da observação de um regime espacial

diferenciado.

ESTATÍSTICA Gi E Gi*

A estatística Gi e Gi* é uma ferramenta estatística apresentada por Getis e Ord

como um indicador de associação espacial local. Apesar da estatística G se

aproximar da estatística Moran enquanto objetivo, as informações que ambas

apontam são conceitualmente diferentes. Enquanto o Índice Local de Moran é

baseado na análise das covariância entre áreas o Índice G é na realidade uma

somatória de valores vizinhos definidos a partir de uma matriz de vizinhança

Wij.( Getis;Ord, 1992)

Desta forma Gi e Gi* podem ser escritos como:

Gi = Σj wij(d) xj / Σ xj para i ≠ j

e

Gi* = Σj wij(d) xj / Σ xj para i = j

Onde: Wij é a matriz binária e simétrica que define a vizinhança entre as áreas.

A única diferença existente entre o indicador Gi e Gi* é o fato do valor do

polígono referência ser incluído no cálculo do Gi* e não no cálculo do Gi.

Neste trabalho, a matriz de vizinhança utilizada para o cálculo dos índices Gi e

Gi* foi a mesma utilizada para a definição do Índice Local de Moran, apenas

áreas com bordas comuns foram consideradas vizinhas.

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Diferentemente do Índice Local de Moran, a estatística Gi e Gi* apresenta uma

interpretação mais direta sobre como os dados estão distribuídos no espaço.

Uma vez que estes indicadores são compostos por uma somatória de valores

de atributos e não desvios em relação à média como no Moran, a observação

de valores significativamente altos de Gi e Gi* apontam a existência de altos

índices de ocorrência deste atributo, sendo o oposto um indício de

agrupamento de valores baixos.

Uma das comparações mais evidentes entre a estatística G e a Moran é a de

que apesar de medirem coisas fundamentalmente diferentes, ambas supõe

normalidade em suas distribuições para construírem intervalos de confiança

para a hipótese nula de total ausência de autocorrelação local.

Em circunstâncias típicas, a hipótese nula é a de que um certo quadro de

valores x dentro de uma distância d é uma amostra aleatória independente de

sua posição geográfica, então assumindo-se uma distribuição normal dos

resultados dos Gi podemos construir intervalos de confiança para um

determinado valor Zi, onde :

Zi = { Gi(d) – E [Gi(d)]} / (var Gi(d))½

A estatística G(d) mede a concentração total ou falta de concentração de todos

os pares de (xi, xj) desde que j seja vizinho de i. O índice Moran, por outro lado

mede a correlação entre cada xi com seus vizinhos xj. Desta forma, e como

poderá ser observado nos resultados obtidos com estes indicadores no caso de

São Paulo, é interessante adotar ambos indicadores na identificação de

autocorrelação espacial uma vez que estes trazem informações

complementares.

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DADOS E MATERIAIS

Para a realização deste trabalho foram utilizados os seguintes materiais:

- Dados extraídos do Mapa da Exclusão/Inclusão Social da Cidade de São

Paulo / Coord. Aldaíza Sposati / 1996 publicado pela educ;

- Excel 97 e Access 97/Windows para a manipulação dos bancos de dados

(tabelas);

- O software STATISTICS/Windows para análises estatísticas tradicionais;

- SpaceStat 1.9 /DOS para análises espacial dos dados georeferenciados e

Arcview 3.0/ Windows para manipulação e visualização destes dados.

MANIPULAÇÃO DOS INDICADORES

Os dados geográficos quando estão representados por unidades de área

poligonais apresentam uma dificuldade de interpretação básica que é a falta

de informação sobre o comportamento do atributo dentro da unidade espacial

básica de análise. A inacessibilidade a esta informação aliada à metodologia de

pesquisa e aos critérios de divisão do espaço em unidades torna a análise

espacial destes dados um pouco mais específica, na medida que uma se torna

necessária uma avaliação sobre o que realmente representa este dado

espacializado dentro de um determinado polígono de área igual a x.

A dificuldade de manipulação destes dados aumenta conforme a

heterogeneidade de polígonos. Isto se torna especialmente crítico em áreas

urbanas, onde existem áreas altamente povoadas (ti alto) e áreas pouco

povoadas, como áreas rurais (ti baixo) por exemplo. Este tipo de problema

surgiu logo nas primeiras análises dos dados, uma vez que São Paulo, como

caso típico, apresenta alta diversidade de tamanho, forma e densidade de

Distritos (polígonos), podendo ser identificado um padrão de área urbana com

polígonos menores e áreas na região sul que apresentavam características de

zonas rurais.

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A fim de minimizar o problema heterogeneidade nos polígonos foi aplicado aos

dados brutos um ponderador de intensidade, desta forma, os dados foram

ponderados pelo número de habitantes da área e pelo número relativo aos

outros polígonos. Esta técnica de manipulação foi proposta Besag e Newell em

1991 através da seguinte formulação:

qi = (ni – p ti) / [ ti p(1 – p)]!

onde: p = Σ ni / Σ ti

ni = número de casos observado

ti = população total do polígono I

Os valores (“scores”) que são obtidos a partir desta técnica variam de –100 a

100 e apresentaram uma classificação interessante dos indicadores escolhidos

para a análise. Como uma primeira avaliação, estão organizados a seguir em

ordem decrescente os onze primeiros distritos em função de a) número total de

pessoas idosas; b) porcentagem de pessoas idosas e c) o qi de pessoas

idosas.

POPULAÇÃO >70 % DE IDOSOS qi DE IDOSOS

V. MARIANA CONSOLAÇÃO JD. PAULISTAJD. PAULISTA JD. PAULISTA V. MARIANASAÚDE LAPA CONSOLAÇÃOSANTANA MOÓCA LAPAPERDIZES PINHEIROS PINHEIROSIPIRANGA BELÉM MOÓCAPENHA V. MARIANA STA. CECÍLIAJABAQUARA CAMBUCI SAÚDEITAIM BIBI BARRA FUNDA IPIRANGAPINHEIROS STA. CECÍLIA PERDIZESSTA. CECÍLIA IPIRANGA TATUAPÉ

SACOMÃ TATUAPÉ BELÉM

Neste trabalho foram utilizados três variáveis fornecidas pelo Mapa da

Exclusão/Inclusão de São Paulo. Foram elas:

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- número de domicílios alugados;

- número de chefes de família com renda até dois salários mínimos ;

- número de pessoas maiores de 70 anos.

A escolha destas variáveis não procurou a princípio ilustrar de maneira

completa o quadro da exclusão social dentro do território urbano, mesmo

porque, o significado da exclusão social passa pela avaliação e ponderação de

inúmeras variáveis. Esta escolha partiu antes da facilidade de interpretação

que representaria a aplicação das estatísticas Moran e Gi.

ÁREA DE ESTUDO

O Município de São Paulo é a maior cidade do Brasil com cerca de 10 milhões

de habitantes, juntamente com mais 36 municípios a Região Metropolitana de

São Paulo representa uma das maiores aglomerações humanas do planeta.

Apesar destes números, todo o processo de expansão ocorrido neste século e,

particularmente nas quatro últimas décadas, foi extremamente rápido e caótico

culminando num quadro social gravíssimo na cidade atual.

O Mapa da Exclusão / Inclusão Social trabalha com o recorte distrital do

espaço urbano. São 96 distritos que correspondem a aglomerações

significativamente maiores que muitas cidade brasileiras.

A heterogeneidade das unidades básicas de análise, os distritos, é mais óbvia

quando são comparados os tamanhos e formas dos polígonos centrais aos

polígonos das regiões de borda, especialmente no quadrante sul. Devido a esta

heterogeneidade partiu-se para uma análise, ou que chamei de visão geral

sobre a área de estudo, onde são avaliadas as características de cada distrito

individualmente e dentro do conjunto total de polígonos. Basicamente busca-se

identificar a significância de cada distrito dentro do município.

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Fig. 1 . Divisão distrital do município de São Paulo classificado por população

total por distrito.

Fig.2. Distritos do município de São Paulo classificados por densidade

demográfica.

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APLICAÇÃO DOS MÉTODOS ESTATÍSTICOS AOS DISTRITOS DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

A partir das três variáveis qi construídas (idosos, alugueis e sem renda) foram

realizadas basicamente quatro tipo de análises a partir dos indicadores de

autocorrelação local Moran e Gi. Uma refere-se ao cálculo do Índice de Moran

Local tradicional e outra ao cálculo do Índice de Moran Local a partir de 99

permutações. A aplicação de permutações permite em tese uma melhor

aproximação a uma distribuição normal, dessa forma garantindo melhores

inferências aos dados. Os outros dois mapas gerados dizem respeito às

estatísticas Gi e Gi*. É importante relembrar que para ambas as estatísticas foi

adotada a mesma matriz de vizinhança Wij.

A interpretação dos diferentes mapas gerados, parte primeiro de uma análise

estatística básica sobre os dados. Todos os mapas estão acompanhados do

histograma e do gráfico de probabilidade de normalidade dos indicadores de

autocorrelação espacial, dessa forma torna-se mais direta a interpretação dos

valores e a coerência dos intervalos de confiança construídos.

Ao lado de cada mapa, ou resultados obtidos, o SpaceStat 1.9 gera uma lista

apontando os comportamentos mais extremos e os respectivos distritos

relacionados a estes comportamento. Para esta classificação de “outliers”, o

programa se vale da regra dos desvios padrões. Dessa forma, pode-se esperar

que se encontre uma estatística amostral real, S, situada nos intervalos de µµµµs -σσσσs a µµµµs + σσσσs, de µµµµs - 2σσσσs a µµµµs + 2σσσσs, ou de µµµµs - 3σσσσs a µµµµs + 3σσσσs,

aproximadamente em 68,27%, 95,45% e 99,73% de vezes respectivamente.

Como a identificação de comportamentos extremos se baseia

na construção destes intervalos de confiança, todos os mapas foram

classificados a partir dos desvios em relação à média. Assim a visualização e

identificação destes casos extremos se dá de maneira direta e intuitiva.

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ÍNDICE LOCAL DE MORAN PARA qi DE DOMICÍLIOS ALUGADOS

Fig. 3. Mapa dos índices de Moran Local gerados a partir da variável qi de

domicílios alugados e classificados em função da regra da média mais desvios

padrões.

Histograma do LM_qi_aluguel Gráfico de probabilidade normal

Distritos identificados como “outliers”: IBGE LM

SÉ 3.579176LAPA -1.55504SANTA CECÍLIA 3.128312REPÚBLICA 5.159141BOM RETIRO 2.788280BRÁS 2.360710

stog a o _ _ ( S 96c)96 * 1 * normal (x, 0.418074, 0.93681)

LM_Z_AL

Noofobs

0

10

20

30

40

50

60

-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6

o a obab ty ot VAR4

Value

ExpectedNormal

-3

-2

-1

0

1

2

3

-20 0 20 40 60 80 100

13

ÍNDICE LOCAL DE MORAN SOBRE PERMUTAÇÕES

Fig. 4. Distritos do município de São Paulo classificados de acordo com índice

de moran local sobre permutações para qi de alugueis.

Histograma do LM_qi_aluguel Gráfico de probabilidade normal

Distritos identificados como “outliers”:IBGE LMP

SÉ 3.579176LAPA -1.55504SANATA CECÍLIA 3.128312REPÚBLICA 5.159141

Histogram of LMP_Z_AL (NEW.STA 10v*96c)96 * 1 * normal (x, 0.418074, 0.93681)

LMP_Z_AL

No

of o

bs

������������������������������������

������������������

���������

���������������������������

������������������

���������

���������������������������

������������������

���������������������������������������������

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�������������

�������������������������������������������������������

����������������������������������������������������������������������������������������������������������������

��������������������������

������������������������������������ ���������������

0

10

20

30

40

50

60

-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6

Normal Probability PlotZ_GI__AL

Value

Expe

cted

Nor

mal

Val

ue

���������������������������

������������������

���������������������������������������������

������������������������������������

������������������

���������

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���������������������������

���������

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����������������������������������������������������������������������������������������������������

������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

-3

-2

-1

0

1

2

3

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

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ESTATÍSTICA Gi PARA qi ALUGUEIS

Fig. 5. Distritos de São Paulo classificados pelo valor de Gi.

Histograma de Gi para qi_aluguel Gráfico de probabilidade normal

Distritos identificados como “outliers” para Gi de qi de aluguel:

IBGE Z PROBCONSOLAÇÃO 3.7602 0.0002SÉ 3.6893 0.0002CAMPO LIMPO -3.0400 0.0024JD. ÂNGELA -2.7608 0.0058

Histogram of NG_Z_AL (NEW.STA 11v*96c)96 * 1 * normal (x, 0.008287, 1.521965)

NG_Z_AL

No

of o

bs

���������������������������

������������������

������������������������������������

������������������

���������

���������������������������

������������������

������������������������������������

���������������������������

����������������������������������������������������������������������������������������������������������

����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

��������������

������������������������������������

��������������������������������������������������������

��������������������������������������������������������������������������������������������������������

������������������������������������������������������������������

����������������������������

������������������������������������

����������������������������

0

5

10

15

20

25

30

35

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

Normal Probability PlotZ_LM_ZID

Value

Expe

cted

Nor

mal

Val

ue

���������������������������

������������������

������������������

���������

���������

���������������������������������������������

������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

������������������������������������������������������������������������������������������������

������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

-3

-2

-1

0

1

2

3

-2 0 2 4 6 8 10

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ESTATÍSTICA Gi* PARA qi ALUGUÉIS

Fig. 6. Distritos de São Paulo classificados pelo valor de Gi* de qi de aluguel.

Histograma de Gi* para qi_aluguel Gráfico de probabilidade normal

Distritos identificados como “outliers” para Gi* de qi de aluguel:

IBGE Z PROBSÉ 4.1501 0.0000 REPÚBLICA 4.0764 0.0000 JD. SÃO LUIS -3.2949 0.0010 CAMPO LIMPO -3.1093 0.0019

Histogram of Z_GI__SR (NEW.STA 10v*96c)96 * 1 * normal (x, -0.052278, 2.04597)

Z_GI__SR

No

of o

bs

������������������������������������

������������������������������������

������������������������������������

���������������������������������������������

���������

���������

���������

������������������

������������������

������������������

������������������

���������������������������

����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

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������������������������������������

������������������������������������

���������������������������������������

���������������������������

������������������������������������������������������������������������

������������������������������������������������������������������������

��������������������������������������������������������������������������������

������������������������������

��������������������

0

4

8

12

16

20

24

-6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6

Normal Probability PlotZ_GI__AL

Value

Expe

cted

Nor

mal

Val

ue

���������������������������

������������������

���������

���������

������������������������������������

���������������������������

������������������

���������

������������������������������������

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��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

-3

-2

-1

0

1

2

3

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

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RESULTADOS SOBRE DOMICÍLIOS ALUGADOS

Nas análises realizadas sobre a variável “qi” de domicílios alugados foi

possível identificar um comportamento diferenciado para os distritos da região

central da cidade. Todos os indicadores de autocorrelação gerados apontaram

o centro da cidade como a área da cidade que apresenta maior número de

famílias vivendo em imóveis não próprios. O quadrante sudoeste da cidade

também foi indicado como uma região com comportamento diferenciado em

relação à média da cidade, porém, neste caso os indicadores Gi apontaram

como sendo uma alta concentração de valores baixos da variável “qi”.

A indicação da região central da cidade como um “outlier” em relação ao

número de imóveis alugados poderia, em uma primeira análise, ser explicado

pelo alto número de cortiços, principalmente quando analisamos que este

comportamento se dá mais sobre o quadrante nordeste, quadrante que

engloba as regiões do Brás, Belém e Bom Retiro, conhecidos distritos com este

tipo de ocupação.

O comportamento apontado no quadrante sudoeste, sobretudo nos distritos de

Campo Limpo, Jardim Ângela e Jardim São Luís poderia ser explicado pela alta

concentração de loteamentos irregulares e invasões presentes nestas regiões.

É interessante notar que através de apenas uma rápida especulação sobre o

significado destas estatísticas, já pudemos identificar dois padrões distintos de

ocupação e uma forte polarização nordeste/sudoeste dentro do espaço urbano.

No caso desta variável é possível observar como a aplicação da técnica de

permutações consegue um ajuste significativo em relação à normalidade dos

dados (veja Fig.3 e Fig.4). Os indicadores Gi e Gi* apresentaram distribuições

onde a aceitação da normalidade é bem coerente.

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ÍNDICE LOCAL DE MORAN PARA qi DE CHEFES DE FAMÍLIA SEM RENDA

Fig. 7. Mapa dos distritos de São Paulo classificados em relação ao Índice

Local de Moran para a variável “chefes de família sem renda”

Histograma de Ii para qi_sem renda Gráfico de Prob. de Normalidade

“Outliers” apontados pelo SpaceStat:IBGE LOCAL MORANCONSOLAÇÃO 3.372106JD. PAULISTA 5.925623ITAIM PAULISTA 4.440743JD. HELENA 3.608146MOEMA 4.258492

Histogram of Z_LM_SR (NEW.STA 14v*96c)96 * 1 * normal (x, 1.644937, 2.55723)

Z_LM_SR

No

of o

bs

������������������������

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������������������������

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0

10

20

30

40

50

60

-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Normal Probability Plot VAR4

Value

Expe

cted

Nor

mal

Val

ue

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����������������

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-3

-2

-1

0

1

2

3

-20 0 20 40 60 80 100

18

ÍNDICE LOCAL DE MORAN SOBRE PERMUTAÇÕES

Fig. 8. Índice Local de Moran após 99 permutações para a variável “chefe de

família sem renda” para os distritos de São Paulo.

Histograma de Ii para qi_sem renda Gráfico de Prob. de Normalidade

“Outliers” apontados pelo SpaceStat:IBGE LOCAL MORANCONSOLAÇÃO 3.372106JD. PAULISTA 5.925623ITAIM PAULISTA 4.440743JD. HELENA 3.608146MOEMA 4.258492

Histogram of P_LMP_SR (NEW.STA 14v*96c)96 * 0.5 * normal (x, 0.762699, 1.20694)

P_LMP_SR

No

of o

bs

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���������

���������������������������

������������������������������������

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��������������

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0

10

20

30

40

50

60

-1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6 6.5 7

Normal Probability Plot VAR4

Value

Expe

cted

Nor

mal

Val

ue

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������������������

���������

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��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

-3

-2

-1

0

1

2

3

-20 0 20 40 60 80 100

19

ESTATÍSTICA Gi PARA A VARIÁVEL qi CHEFES DE FAMÍLIA SEM RENDA

Fig. 9. Distritos de São Paulo classificados de acordo com o valor Gi calculados

para a variável “chefes de família sem renda”.

Histograma de Gi_sem renda Probabilidade de normalidade

“Outliers” apontados para qi_sem rendaIBGE Z PROB VILA CURUÇÁ 4.1568 0.0000 SÃO MIGUEL 3.7919 0.0001 MOEMA -4.6730 0.0000 ITAIM BIBI -4.5468 0.0000

Histogram of Z_NG_SRE (NEW.STA 14v*96c)96 * 1 * normal (x, -0.066983, 1.845625)

Z_NG_SRE

No

of o

bs

���������������������������

���������������������������

���������������������������

���������������������������

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������������������

������������������

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������������������

������������������������

������������������������0

4

8

12

16

20

24

-6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6

Normal Probability PlotZ_NG_SRE

Value

Expe

cted

Nor

mal

Val

ue

������������������������

����������������

��������

��������������������������������

������������������������

����������������

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���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

-3

-2

-1

0

1

2

3

-6 -4 -2 0 2 4 6

20

ESTATÍSTICA Gi* PARA A VARIÁVEL qi CHEFES DE FAMÍLIA SEM RENDA

Fig. 10. Classificação dos distritos do município de São Paulo em relação ao

valor de Gi* calculado para a variável qi de chefes de família sem renda.

Histograma de Gi*_sem renda Prob. Normal

“Outliers” apontados para Gi* de chefes de família sem rendaIBGE Z PROB VILA CURUÇÁ 4.3464 0.0000 ITAIM PAULISTA 4.0837 0.0000MOEMA -5.0586 0.0000 ITAIM BIBI -4.8552 0.0000

Histogram of Z_GI__SR (NEW.STA 14v*96c)96 * 1 * normal (x, -0.052278, 2.04597)

Z_GI__SR

No

of o

bs

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��������������������������������

������������������������

����������������

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��������������������

0

4

8

12

16

20

24

-6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6

Normal Probability PlotZ_NG_SRE

Value

Expe

cted

Nor

mal

Val

ue

������������������

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������������������������������������

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�������������������������������������������������������������������������������������������

-3

-2

-1

0

1

2

3

-6 -4 -2 0 2 4 6

21

RESULTADOS SOBRE CHEFES DE FAMÍLIA SEM RENDA

Novamente o padrão altamente polarizado pode ser observado. Neste caso,

porém, o contraste ocorreu mais fortemente entre os distritos do chamado

centro expandido e os distritos do extremo leste da capital. É possível avaliar

as técnicas estatísticas Local Moran e Gi através desta variável e perceber que

o Indicador de autocorrelação local é mais restritivo na atribuição de nível de

confiança para aceitação da hipótese de ausência de regime espacial extremo.

Apesar da distribuição dos indicadores Moran não apresentarem uma

normalidade, nem mesmo após aplicada a técnica de permutações, os

resultados encontrados em comparação aos levantados nas estatísticas Gi são

muito compatíveis e coerentes.

A zona leste é caracterizada pela ocupação dos grandes projetos habitacionais

das décadas de 70 e 80, e são na realidade verdadeiros distritos dormitórios

dentro da estrutura urbana da capital paulista.

A polarização é extrema quando estes distritos da zona leste são comparados

aos da região do centro expandido onde os distritos de Moema e Itaim Bibi

indicados como “outliers” por todas as estatísticas. Num primeiro momento

parece óbvio o resultado alcançado nestas estatísticas, uma vez que é

bastante conhecido o processo de apropriação do espaço urbano pelas elites

paulistanas no decorrer da história. Este deslocamento no sentido do

quadrante sudoeste começou já no início do processo de metropolização da

cidade com as grandes mansões nos Campos Elísios, posteriormente Av.

Paulista, Av. Brasil e atualmente a Av. Berrini. Neste aspecto é muito

interessante a visualização do indicador Gi, pois o mapa desenha quase que

perfeitamente este processo de apropriação.

22

ÍNDICE DE MORAN LOCAL PARA qi DE POSSOAS IDOSAS

Fig. 11. Distritos de São Paulo classificados pelo índice de Moran Local

calculados sobre a variável qi de pessoas idosas.

Histograma de Ii_qi_idosos Prob. Normal

Outliers identificados para o Moran Local de qi de pessoas idosas:

IBGE LOCAL MORANSANTA CECÍLIA 2.273214CONSOLAÇÃO 2.640032JD. PAULISTA 3.812878VILA MARIANA 3.018939

Histogram of Z_LM_ZID (NEW.STA 14v*96c)96 * 1 * normal (x, 1.4539, 1.639666)

Z_LM_ZID

No

of o

bs

���������������������������

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���������

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0

5

10

15

20

25

30

35

40

-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Normal Probability PlotZ_NG_SRE

Value

Expe

cted

Nor

mal

Val

ue

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������������������������������������

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������������������

������������������������������������

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�����������������������������������������������������������������������������������������

-3

-2

-1

0

1

2

3

-6 -4 -2 0 2 4 6

23

MORAN LOCAL APÓS 99 PERMUTAÇÕES PARA qi DE PESSOAS IDOSAS

Fig. 12. Distritos classificados de acordo com o índice local de moran após 99

permutações sobre qi de idosos.

Histograma de LMP_qi_idosos Prob. Normal

“Outlier” indentificados para local moran após permutações:

IBGE LOCAL MORANSANTA CECÍLIA 2.273214CONSOLAÇÃO 2.640032JD. PAULISTA 3.812878VILA MARIANA 3.018939

Histogram of LMP_ZIDO (NEW.STA 14v*96c)96 * 0.5 * normal (x, 0.659648, 0.749906)

LMP_ZIDO

No

of o

bs

������������������������

������������������������

������������������������

������������������������

����������������

����������������

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������������������������������������������������������������

0

5

10

15

20

25

30

35

40

-1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5

Normal Probability PlotZ_NG_SRE

Value

Expe

cted

Nor

mal

Val

ue

����������������

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-3

-2

-1

0

1

2

3

-6 -4 -2 0 2 4 6

24

ESTATÍSTICA Gi PARA qi DE IDOSOS

Fig. 13. Distritos paulistanos classificados segundo o Gi encontrado para a

variável qi de idosos.

Histograma de Gi_qi_idosos Prob. Normal

“Outliers” apontados pelo SpaceStat para os Gi do qi de pessoas idosas:

IBGE Z PROBVILA MARIANA 3.9700 0.0001 MOEMA 3.6893 0.0002PARELHEIROS -2.7774 0.0055 JOSÉ BONIFÁCIO -2.5313 0.0114

Histogram of GI_Z_IDO (NEW.STA 14v*96c)96 * 1 * normal (x, 0.13141, 1.94596)

GI_Z_IDO

No

of o

bs

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��������������

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���������������������

���������������������

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������������������������������������������������

0

4

8

12

16

20

24

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6

Normal Probability PlotZ_NG_SRE

Value

Expe

cted

Nor

mal

Val

ue

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������������������������

��������������������������������

����������������

��������������������������������

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���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

-3

-2

-1

0

1

2

3

-6 -4 -2 0 2 4 6

25

RESULTADOS DAS ANÁLISES SOBRE qi DE IDOSOS

Novamente o padrão apontado por todos os indicadores revelam dois regimes

espaciais distintos, um na área mais central e outro antagônico nas periferias.

Dentro desta variável é possível observar que as áreas que apresentam

maiores qi de idosos coincidem com as áreas mais abastadas do espaço

urbano. Não seria equivocado estabelecer esta relação, na medida em que o

acesso a serviços de saúde, as condições de habitabilidade, violência e

padrões de renda são fatores diretamente relacionados à longevidade da

população.

Nesta variável, tanto as periferias leste como sul foram apontadas como tendo

um comportamento extremo porém negativo, ou seja, há uma clara

necessidade de se investigarem os aspectos listados acima para que se estude

até que ponto as condições de vida estão influenciando esta variável.

É interessante notar nos indicadores locais de moran a presença de uma

espécie de anel de polígonos com baixos valores justamente nas áreas de

transição entre o regime espacial da região central com o regime espacial das

periferias. Este tipo de informação é só é possível no Moran Local, é por este

motivo que quando utilizamos o Moran Local em conjunto com as estatísticas

Gi, podemos observar o comportamento espacial das variáveis de maneira

muito mais global.

A construção dos intervalos de confiança para “outliers” pode ser questionada

até certo ponto, uma vez que as distribuições apresentaram um certo de grau

de assimetria, fator que interfere diretamente nesta inferência.

26

CONCLUSÕES

O que se pode concluir ao final deste trabalho é muito mais do que as

observações sobre os resultados observados nos mapas de indicadores de

autocorrelação. Entende-se que estes tipos de análises espaciais são

processos complexos uma vez que toda uma manipulação de indicadores de

pesquisas, verificação do suporte gráfico (mapa coroplético) e pesquisa de

ferramentas estatísticas são peças fundamentais para a coerência das

análises. Como conclusões mais diretas podemos apontar:

- A escala dos dados (tamanho e semelhança entre os polígonos) é um fator

decisivo para qualquer tipo de análise espacial. No caso dos distritos de São

Paulo a heterogeneidade tanto espacial quanto em relação às características

internas de cada distrito limitaram uma visualização mais refinada das análises.

Fica agora como sugestão para próximas pesquisas a necessidade de se

buscar uma base com áreas mais refinadas (escala mais local) e que englobe

toda a região metropolitana, uma vez que alguns desvios observados poderia

ser explicado pela localização de borda de um polígono.

- A manipulação dos dados brutos deve sempre estar relacionada a que tipo de

informação se quer extrair. As diferenças internas de cada polígono com

relação a número de habitantes e densidade de habitantes é um complicador

para o entendimento do que estes dados estão nos revelando. A utilização do

ponderador de intensidade aparentemente se mostrou uma possibilidade

bastante interessante.

- Ambos indicadores de autocorrelação local apresentaram bons resultados e

apontaram padrões coerentes à realidade do Município. Como já foi apontado

antes, estes indicadores quando utilizados em conjunto nos propiciam uma

visão muito mais abrangente da situação em estudo.

27

- Dentro da perspectiva de se mapear a exclusão social no município de São

Paulo estas duas ferramentas estatísticas se mostraram de grande valia. A

capacidade de síntese e a visualização cartográfica destes indicadores.

Podem ser observados através destes indicadores regimes espaciais

extremamente polarizados dentro do ambiente urbano, a caracterização das

zonas de centralidade (incluídos) e das periferias (excluídos) ocorre em

todos os dados analisados e evidencia o paradoxo que vivem atualmente

nossas cidades.

28

BIBLIOGRAFIA

Anselin, L., Local Indicators of Spatial Association – LISA. In: GeographicalAnalysis, Vol. 27, No. 2 (April 1995)

Anselin, L., SpaceStat 1.8 user’s guide, Technical Report S-92, National

Center for geographic Information ans Analysis, 1992.

Bailey, T.; Gatrell, A.C., Interactive Spatial Data Analysis., Longman Group

Limited, England, 1995.

Getis,A.; Ord, J.K., Local Spatial Autocorrelation Statistics: Distribuitional Issues

and an Application., In: Geographical Analysis, vol. 27, No.4 (October

1995)

Getis,A.; Ord, J.K., The Analysis of Spatial Association by Use of Distance

Statistics. In: Geographical Analysis, Vol. 24, No. 3 (July 1992)

Sposati, A., Mapa da Exclusão/Inclusão da Cidade de São Paulo, Editora da

PUC-SP, São Paulo, 1996.