Indicadores de Programas - Jackson De Toni · Funções básicas dos indicadores • Descritiva :...
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Indicadores de
Programas
Programa de Formação de Técnicos
Estaduais e Municipais para
Elaboração do PPA 2014 – 2017
Fonte: “Indicadores de Programas, Guia Metodológico”, SPI/MP, 2010 e 2012
Indicadores – como escolher ?
• Primeira medida: analisar a consistência do Programa, coerência entre objetivos e ações
• O objetivo do programa está bem definido (SMART) ?
• Indicadores são instrumentos
• Medem determinado conceito, fenômeno, problema ou resultado de uma intervenção
• Medidas que quantificam um insumo, resultado, característica, desempenho de um processo, serviço, produto ou organização
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Funções básicas dos indicadores
• Descritiva: informa uma realidade empírica
• Valorativa: juízo de valor à situação em foco, dimensão avaliativa
• Ex-ante: no diagnóstico situacional, na definição do problema, no desenho da politica
• In curso: monitoramento e avaliação da execução
• Ex post: alcance das metas
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Propriedades essenciais dos indicadores
• Validade: representatividade, significante ao que se quer medir e acompanhar
• Confiabilidade: fontes confiáveis, metodologias transparentes, coleta, processamento e divulgação de informações
• Simplicidade: fácil obtenção, construção, manutenção, comunicação e entendimento pelo público externo e interno
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Propriedades complementares dos
indicadores
• Sensibilidade: refletir mudanças das intervenções
• Desagregabilidade: dimensão territorial
• Economicidade: relação custo / beneficio
• Estabilidade: séries históricas
• Mensurabilidade: alcance e precisão
• Auditabilidade: condições de verificação e acompanhamento
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Taxonomia de Indicadores
• Estratégicos: dimensão estratégica
• de Processo: desempenho do processo
• Produtividade e Eficiência
• Qualidade ou Eficácia
• Capacidade
• de Projeto: monitoramento da execução de projetos
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Natureza dos indicadores
• Econômicos: primeiros a serem produzidos, teoria geral mais consolidada, usados nas políticas de desenvolvimento, fiscal, monetária, cambial, comércio exterior, etc.
• Sociais: nível de bem estar e qualidade de vida da população
• Ambientais: desenvolvimento sustentável 7
Complexidade dos indicadores
• Indicadores Analíticos: dimensões sociais específicas, evasão escolar, taxa de desemprego, etc.
• Indicadores Sintéticos: são os índices, resultam da composição de indicadores analíticos, integram várias dimensões, muito usados por instituição internacionais: IDH, IDEB, PIB, etc.
• Objetividade: objetivos e subjetivos
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Indicadores Sintéticos => índices
Vantagens:
• Simplicidade de entendimento.
• Sumarizam questões complexas facilitando a mobilização e priorização de recursos.
• Permitam estabelecimento de ranking entre regiões, estados, países etc.
• Facilitam a comparação de performance.
Desvantagens:
• Mitificação do índice em detrimento do conceito original.
• Requer base conceitual e empiricamente consistentes (dimensões em geral têm dinâmicas e tratamentos próprios).
• Subjetividade na definição dos critérios de seleção e ponderação das dimensões envolvidas; podem assim ter a sua validade questionada.
• A simplificação pode induzir a decisões erradas.
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Indicadores sintético versus Sistema de
Indicadores
• Quando os conceitos são complexos não se pode reduzir a gestão de uma política ou programa à simples apreciação de um indicador sintético
• O IDH, por exemplo, resultado da ponderação de três temas distintos (economia, saúde e educação), busca melhor representar o nível de desenvolvimento socioeconômico de um país; porém, a sua composição mistura um conceito mais sensível às variações conjunturais e de prazo mais curto (PIB per capita) com conceitos estruturais menos sensíveis e de prazo mais longo de evolução (saúde e educação)
• Assim, uma variação anual positiva do IDH decorrente do aumento do PIB per capita pode, por exemplo, camuflar uma estagnação ou até um retrocesso nas outras dimensões estruturais do índice (saúde e educação)
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Indicadores no Fluxo de Implementação
• Insumo (input indicators): ex ante, área meio
• Processo (throughput indicators): in curso, esforço empreendido na utilização de insumos
• Produto (output indicators): metas físicas
• Resultado (outcome indicators): benefícios no público alvo
• Impacto (impact indicators): abrangente e multidimensional, estratégia, medio e longo prazo, sociedade como um todo
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Indicadores de Avaliação de Desempenho
• Economicidade
– minimização de custos
• Eficiência
– produtividade, fazer mais com menos
• Eficácia
– grau de alcance das metas
• Efetividade
– efeitos na realidade que sofreu a intervenção
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Limitações no uso de indicadores
• São abstrações, representações simplificadas da realidade
• A evolução da teoria do programa impacta na evolução dos indicadores
• O indicador não substitui o processo avaliativo
• Teorias complexas dificilmente são captadas por indicadores sintéticos
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Sistema Estatístico Nacional - IBGE
• Princípios: relevância, imparcialidade e acesso universal, ética e profissionalismo, confiabilidade e transparência, prevenção de erros, etc.
• IBGE (1938): Censo Demográfico, PNAD, PME, POF, PMC (comércio), MUNIC, AMS (assist. médico sanitária), PNSB (saneam. Básico), etc.
• Registros administrativos: registro civil, RAIS, Caged, Censo Escolar, DataSus, etc.
• www.metadados.ibge.gov.br
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Indicadores no PPA
• Qualidade do indicador (critérios de escolha)
• Quantidade de indicadores (regra do bom senso)
• Dimensão territorial (espacialidade)
• Transversalidade (programas horizontais)
• Fontes
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Passo 1: avaliar objetivos e metas
• Tentar entender a lógica conceitual do programa (qual teoria está explicando)
• Identificar a coerência interna entre objetivo e meta
• Identificar o problema e sua descrição
• Identificar a metodologia de desenho do programa (Modelo Lógico, Zoop, PES, etc.)
• Realizar entrevistas com a equipe gerencial do programa (se necessário)
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Passo 2: Identificar os principais
interessados
• Identificar os interessados, positivos e negativos em relação aos objetivos e metas do programa
• Identificar (se possível) os recursos estratégicos para o programa que estes atores controlam
• Identificar (se possível) o interesse e o valor que esses atores atribuem aos objetivos e metas do programa
• Refletir sobre que indicadores podem ser utilizados para monitorar o interesse desses atores
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Passo 3: Definir os tipos de indicadores
• Indicador Chave: conceito ou dimensão mais relevante, todo programa finalístico deve ter
• Indicador Complementar: expressam dimensões secundárias, ainda que igualmente importantes
• Indicador Específico: mensuram necessidades especificas dos gestores do programa ou outros atores
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Passo 4: Definir critérios de seleção
Eliminatórios
– devem ser obrigatoriamente atendidos
Classificatórios
– estabelecem um ranking de indicadores candidatos (potenciais)
– possibilita análise quantitativa ponderada
– ajuda na seleção intuitiva de medidas de desempenho
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Passo 4: Definir critérios de seleção
• Para operacionalizar a aplicação dos critérios classificatórios se requer uma subdivisão em:
• Grau de Atendimento dos Indicadores (0 a 2)
– é o grau de aderência dos indicadores sugeridos aos critérios estabelecidos
• Grau de importância (pesos de 3 a 9)
– é uma ponderação dos critérios classificatórios, varia de programa para programa
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Passo 4: Definir critérios de seleção
Critérios (sugestões):
• Representatividade
• Mensurabilidade
• Confiabilidade da fonte
• Tempestividade
• Facilitação de obtenção
• Confiabilidade Metodológica
• Desagregabilidade espacial
• Simplicidade de construção e entendimento
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Passo 4: Definir critérios de seleção
• Objetividade• Atendimento às necessidades de informação dos
interessados• Economicidade de obtenção• Estabilidade no tempo• Rastreabilidade• Desagregabilidade socio demográfica• Disponibilidade• Sensibilidade à intervenção• Existência de suporte técnico
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Passo 5: mapear indicadores candidatos
• Indicadores Simples: valores numéricos, quantidades de um produto ou serviço
• Indicadores Compostos: relação entre duas ou mais variáveis
– Razão: densidade demográfica
– Proporção: coeficiente de mortalidade
– Taxa: mortalidade infantil
– Porcentagem
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Passo 5: mapear indicadores candidatos
• (1º) pesquisar no Sistema Estatístico Nacional
• (2º) consultar em inventários e banco de dados de projetos e programas similares
• (3º) consultar técnicos especializados de instituições de pesquisa & estatística (IBGE, IPEA, CGEE, universidades, etc.)
• (4º) promover oficinas de brainstorming, grupos focais e entrevistas com partes interessadas
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Passo 6: Realizar análise de trade-off
Análise Quantitativa
– construir a Matriz de Priorização dos Indicadores
Análise Qualitativa
– utilizar critérios subjetivos oriundos de experiências anteriores, opinião especializada, analogia com outros Programas, indicações de instituições nacionais e internacionais e demais fontes
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Passo 6: Realizar análise de trade-off
Matriz de Priorização de Indicadores (MPI)
• Linhas: representam os indicadores candidatos • Colunas:
– interessado no acompanhamento do indicador– tipo do indicador: chave, complementar de
resultado e/ou específico– natureza: identifica se o critério é eliminatório
ou classificatório– total: apresenta o somatório dos pontos
obtidos pelo indicador candidato, a partir do atendimento ou não dos critérios estabelecidos
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Passo 6: Realizar análise de trade-off
• Critérios Eliminatórios: lógica binária, “0” para “não atende” e “1” para “atende”
• Critérios Classificatórios:
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Passo 6: Realizar análise de trade-off
• Pontuação final de cada indicador
– soma das multiplicações do grau de atendimento do indicadore ao critério (de 0 a 2) pelo grau de importância (pesos) de cada critério (de 3 a 9) previamente definido (... de cada programa)
– multiplica-se esta soma pelo resultado da multiplicação dos critérios eliminatórios (0 ou 1)
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Passo 7: validar os indicadores
selecionados
Verificação final de conformidade e pertinência num chek list:
• Os indicadores escolhidos são válidos para expressar resultados?
• Têm relação direta com os objetivos do Programa?• São oriundos de fontes confiáveis?• São mensuráveis?• São em quantidade suficiente para expressar as dimensões
envolvidas?• Consideram a dimensão territorial, quando necessária?• Expressam questões transversais, quando existirem?• As limitações inerentes aos indicadores foram consideradas?• Atendem ao critério de completude dos atributos exigidos para
o seu cadastramento?
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Passo 8: Cadastrar os indicadores
• Denominação (apresentação pública)
• Unidade de medida
• Índice de referência (situação mais recente)
• Índices esperados ao longo do PPA
• Índice final do Programa
• Fonte
• Periodicidade
• Base geográfica
• Fórmula de cálculo
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Simulação de Uso
• Programa: “Segurança Pública nas Rodovias Federais”
• Evidências do problema: 20 mil mortes e 400 mil vítimas em 2006 (RENAEST)
• Primeira causa de morte entre 11 e 40 anos
• Custo estimado em R$ 20 bilhões/ano
• Causas: excesso de velocidade, uso de alcool, má conservação, criminalidade nas rodovias, baixo efetivo da PRF, sinalização precária, etc.
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Simulação de Uso
• Problema: “elevado número de crimes e infrações nas rodovias federais”
• Público-alvo: usuários das rodovias federais (40 milhões de motoristas)
• Objetivo: “aumentar a segurança pública nas rodovias federais, mediante a prevenção e repressão de ações delituosas e reduzir os acidentes de trânsito”
• Passo 1: o objetivo está claro ? (é SMART ?)
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Simulação de Uso - Passo 2: principais
interessados
• Equipe Gerencial do Programa: responsável pelo desenho, implementação, monitoramento e avaliação do desempenho
• MMA: o Ministério do Meio Ambiente possui interesse em acompanhar a diminuição da incidência de transporte irregular de madeiras e contrabando de animais silvestres
• SEDH: a Secretaria Especial dos Direitos Humanos possui interesse no monitoramento das ocorrências de exploração de crianças e adolescentes às margens das estradas
• MT: o Ministério do Transportes tem interesse no acompanhamento das condições de uso das estradas
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Simulação de Uso - Passo 3: tipos de
indicadores
• O conceito de “segurança” envolve duas dimensões
• (1) “criminalidade” (prevenção e repressão a delitos)
• (2) “infrações” (acidentes, condutas ilegais na direção, etc.)
• Indicador Chave (no mínimo um) e indicadores complementares e específicos (criança & adolescente)
• Um total de 4 indicadores ... (?)
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Simulação de Uso - Passo 4: critérios de
seleção
• Eliminatórios
– proximidade com o objetivo do Programa
– capacidade de mensuração anual
• Classificatórios (cada critério tem um peso – grau de importancia)
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Simulação de Uso - Passo 6: realizar análise
de trade off
• Fazer a Matriz de Priorização de Indicadores (a MPI)
• Selecionados (Chave / complem. / especif.)
– Razão de mortes por tamanho da frota
– taxa de variação de acidentes
– transporte de animais silvestres por ano
– crianças & adolescentes vítimas de crimes por ano
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Simulação de Uso - Passo 7: validar e Passo
8: cadastrar
• Validação: ver chek list de perguntas
• Cadastramento:
– Razão de mortes em rodovias federais em relação ao tamanho da frota
– Índice de Referência: 16 (2006)
– Índices esperados: 08 (2011)
– Fonte: DPRF e Denatran
– Fórmula: óbitos para cada cem mil veículos
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Dinâmica de aplicação da metodologia
• Selecionar o programa e entender sua teoria• Realizar entrevistas com principais atores• Realizar pré-montagem da oficina (lista de
indicadores candidatos e critérios potenciais)• Realizar a “Oficina de Indicadores” (01 dia)
– nivelamento metodológico– aplicação do método “8 passos”– decisão final cabe ao gerente do programa– até 10 participantes– presença de um especialista no setor
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