Indicadores Industriais | Junho 2014 | Divulgação 05/08/2014
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jun-11 dez-11 jun-12 dez-12 jun-13 dez-13 jun-14
A situação da indústria segue preocupante em 2014. Os resultados de junho apontam a quarta queda consecutiva da atividade industrial, com intensificação do movimento de baixa. O indicador dessazonalizado de horas trabalhadas na produção caiu 3,0% em junho frente a maio, e já acumula retração de 2,2% no ano.
A evolução do faturamento real e da Utilização da Capacidade Instalada (UCI) reforça a interpretação de fraca atividade do setor. O faturamento real se retraiu 5,7%, enquanto a UCI caiu 0,5 ponto percentual, e chegou a 80,1% em junho.
O reflexo da baixa atividade também já se evidencia no mercado de trabalho. Os indicadores de emprego e massa salarial real caíram pelo quarto mês seguido.
Dentre as explicações para o agravamento do quadro estão as interrupções de jornada e a queda nas vendas, ambas devido à Copa do Mundo.
Queda na atividade se intensifica em junho
Defla
tor:
IPA/
OG-F
GV
O resultado de junho de 2014 é 7,1% inferior
ao do apurado em junho do ano passado
JUNHO 2014Variação frente a maio – com ajuste sazonal
Faturamento realDessazonalizado - Índice base: média 2006 = 100
Caem 3,0% no mês
Horas trabalhadas na produção
Retração de 0,5 p.p.
Utilização da capacidade instalada
Queda de 0,5%Emprego
Retração de 0,8%Massa salarial real
Crescimento de 0,1%Rendimento médio real
Queda de 5,7%Faturamento real
Baixa de 1,0% na comparação do 1° semestre
de 2014 com relação ao 1°
semestre de 2013
INDICADORESINDUSTRIAIS
Indicadores CNIAno 16 • Número 6 • Junho de 2014 • www.cni.org.br
Queda de 5,7% em junho frente a maio
levou o indicador para o nível mais baixo desde
abril de 2012
Indicadores CNIAno 16 • Número 6 • Junho 2014 • www.cni.org.br
Queda mais aguda dos últimos 13 meses
Nível mais baixo desde abril de 2009
Retração no mercado de trabalho
Horas trabalhadas na produção
Utilização da capacidade instalada
Emprego
As horas trabalhadas na produção (indicador dessazonalizado) caíram 3,0% em junho frente a maio. Essa foi a quarta queda seguida na comparação mensal, e a de maior magnitude desde maio de 2013.
O resultado é ainda mais negativo na comparação com o ano passado. O indicador atual é 5,2% inferior ao apurado há 12 meses e mostra queda de 2,2% na comparação do primeiro semestre de 2014 com o de 2013.
A indústria operou, em média, com 80,1% da capacidade instalada em junho, o percentual mais baixo desde abril de 2009 – na série livre de efeitos sazonais. Isso foi resultado da queda de 0,5 ponto percentual (p.p.) da UCI na passagem de maio para junho, marcando a quinta retração consecutiva.
Também se observa pior situação na comparação com o mesmo mês de 2013, já que a UCI atual é 2,5 p.p. inferior à UCI registrada no ano passado.
O emprego industrial caiu em junho pelo quarto mês seguido. A variação do indicador (dessazonalizado) entre maio e junho foi de -0,5%.
Registra-se queda de 0,1% na comparação com junho do ano passado. Na comparação semestral, contudo, ainda se observa crescimento (de 0,9%).
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
Dessazonalizado (percentual médio)
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
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jun/11 dez/11 jun/12 dez/12 jun/13 dez/13 jun/14
Indicadores CNIAno 16 • Número 6 • Junho 2014 • www.cni.org.br
Indicadores Industriais | Publicação Mensal da Confederação Nacional da Indústria - CNI | www.cni.org.br | Diretoria de Políticas e Estratégia - DIRPE | Gerência Executiva de Política Econômica - PEC | Gerente-executivo: Flávio Castelo Branco | Gerência Executiva de Pesquisa e Competitividade - GPC | Gerente-executivo: Renato da Fonseca | Análise: Fábio Bandeira Guerra | Estatística: Edson Velloso e Maircon Ribeiro | Informações técnicas: (61) 3317-9472 - Fax: (61) 3317-9456 - email: [email protected] | Supervisão Gráfica: Núcleo de Editoração CNI | Assinaturas: Serviço de Atendimento ao Cliente Fone: (61) 3317-9992 - email: [email protected] | Autorizada a reprodução desde que citada a fonte. Documento elaborado em 04 de agosto de 2014
Veja maisMais informações como série histórica e metodologia da pesquisa em: www.cni.org.br/indicadoresindustriais
Queda se repete pelo quarto mês seguido
Alta de 0,1% interrompe sequência de quedas
Massa salarial real
Rendimento médio real
A queda da atividade industrial também teve efeito sobre a massa salarial real do setor, que sofreu a quarta baixa seguida em junho (de 0,8% frente a maio).
Mesmo assim, as comparações em 12 meses e semestral ainda mostram crescimento da massa salarial: de 0,2% e 3,8%, respectivamente.
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
1 Deflator: IPA/OG-FGV - 2 Deflator: INPC-IBGE
Indústria de TransformaçãoJun14/Mai14 Dessaz.
Jun14/Jun13
Jan-Jun14/Jan-Jun13
Faturamento real1 -5,7 -7,1 -1,0
Horas trabalhadas -3,0 -5,2 -2,2
Emprego -0,5 -0,1 0,9
Massa salarial real2 -0,8 0,2 3,8
Rendimento médio real2 0,1 0,3 2,9
Indústria de Transformação Jun14 Mai14 Jun13
Utilização da capacidade instalada - Dessazonalizada
80,1 80,6 82,5
Utilização da capacidade instalada
79,8 81,1 82,3
INDICADORES INDUSTRIAIS - JUNHO 2014Variação percentual Percentual médio
Defla
tor:
INPC
-IBGE
Defla
tor:
INPC
-IBGE
117
122
127
132
137
jun/11 dez/11 jun/12 dez/12 jun/13 dez/13 jun/14
103
108
113
118
jun/11 dez/11 jun/12 dez/12 jun/13 dez/13 jun/14
Depois de três meses seguidos de queda, o rendimento médio real do trabalhador subiu 0,1% em junho, ou seja, o indicador mostra estabilidade.
Comparado com o rendimento médio registrado há 12 meses, verifica-se que o dado atual é 0,3% maior. Embora ainda seja positiva, essa taxa desacelerou fortemente nos últimos três meses.