Índice Desenvolvimento Regional
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NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL2
Ficha tcnica
Ttlo
NDICE SINTTICO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Editores
Instituto Nacional de Estatstica, IP
Presidente do Conselho Directivo
Alda de Caetano Carvalho
Av. Antnio Jos de Almeida
1000-043 Lisboa
Portgal
Tel: +351 218 426 100
Fa: +351 218 440 401
www.ine.pt
Design e Composio
Institto Nacional de Estatstica, IP
Tiragem650 eemplares
ISSN 1647-3035
ISBN 978-989-25-0039-3
DL: 293 949/09
Periodicidade: Irreglar
Preo
8,50 (IVA incldo)
Departamento de Prospectiva e Planeamento e
Relaes Internacionais
Directora-Geral
Maria Manela dos Santos Proena
Av. D. Carlos I, 126
1249-073 Lisboa
Portgal
Tel: +351 213 935 200
Fa: +351 213 935 208
www.dpp.pt
INE, I.P./DPP, Lisboa - Portgal, 2009A reprodo de qaisqer pginas desta obra atorizada, ecepto para fins comerciais, desde qe mencionando o INE, I.P./DPP, como ator,o ttlo da obra, o ano de edio, e a referncia Lisboa-Portgal.
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NOTA DE ABERTuRA
A apresentao do ndice Sinttico de Desenvolvimento Regional constiti o objecto do
presente estdo.
A constro deste ndice e a sa qantificao para 2004 e 2006 so o resltado dem etenso trabalho de investigao desenvolvido em parceria pelos tcnicos Natalino
Martins (Coordenador), Filomena Fernandes, Maria Joo Seqeira e Ssana Barradas, do
Departamento de Prospectiva e Planeamento e Relaes Internacionais (DPP), e Francisco
Vala (Coordenador), Carla Coimbra e Maria Manel Pinho, do Institto Nacional de
Estatstica (INE).
Para a concretizao deste projecto concorre decisivamente a eperincia anterior de
ambas as Instities no desenvolvimento de indicadores sintticos para as regies
portgesas.
No pode deiar de salientar-se, contdo, qe a eeco deste trabalho com o gra de
eigncia imposto pela eqipa s foi possvel graas colaborao de m conjnto de
entidades qe se disponibilizaram para fornecer os dados estatsticos indispensveis e/
o otra informao qe lhes foi solicitada ao longo do desenvolvimentos dos trabalhos.
A todas essas entidades, qe se no enmeram para no correr o risco de qalqer
omisso indesclpvel, cmpre m profndo agradecimento do Institto Nacional de
Estatstica e do Departamento de Prospectiva e Planeamento e Relaes Internacionais.
Tambm aos reconhecidos peritos em Desenvolvimento Regional qe, no passado ms de
Fevereiro, se disponibilizaram para apreciar ma verso preliminar do ndice Sinttico de
Desenvolvimento Regional, a Direco do DPP e o Conselho Directivo do INE epressam
o se reconhecimento. As sas anlises e crticas constitram m prestimoso contribto
e estmlo para a conclso do trabalho qe agora se apresenta. No entanto, todas as
insficincias e imperfeies qe porventra persistam so da eclsiva responsabilidade
do Institto Nacional de Estatstica e do Departamento de Prospectiva e Planeamento e
Relaes Internacionais.
Lisboa, 18 de Maio de 2009
Alda Carvalho Manela Proena
Presidente do INE Directora-Geral do DPP
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Sumrio Executivo ....................................................................................................................................... 11
Executive Summary..................................................................................................................................... 11
Introduo ...................................................................................................................................................... 19
Parte I - Os novos desafios do desenvolvimento regional e das polticas
territorializadas .......................................................................................................................... 21
1. Factores de enqadramento ..................................................................................... 21
2. A integrao eropeia e o desenvolvimento regional: da coeso econmica e social
competitividade e sstentabilidade ..................................................................... 22
Parte II - Conceptualizao e operacionalizao do ndice Sinttico
de Desenvolvimento Regional .............................................................................................. 25
1. Opes de conceptalizao .................................................................................... 25
A competitividade .............................................................................................. 26
A coeso............................................................................................................ 27
A qualidade ambiental....................................................................................... 28
A tridimensionalidade implcita nas componentes do ISDR................................... 28
2. Opes de operacionalizao ................................................................................... 30
2.1. Caractersticas dos indicadores ........................................................................ 30
2.2. O algoritmo ..................................................................................................... 31
Procedimento de normalizao........................................................................... 32
Procedimento de agregao................................................................................ 35
Procedimento de apresentao........................................................................... 35
Anlise de evoluo temporal............................................................................. 36
2.3. Apresentao dos indicadores retidos .............................................................. 39
NDICE
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NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL6
Parte III - Anlise dos resultados .......................................................................................................... 45
1. Anlise do desempenho em 2006............................................................................. 45
ndice global de desenvolvimento regional.......................................................... 45
Competitividade................................................................................................. 47
Coeso............................................................................................................... 50
Qualidade ambiental.......................................................................................... 52
Integrao entre o ndice global de desenvolvimento regional
e as respectivas componentes............................................................................. 54
2. Anlise da evolo entre 2004 e 2006 .................................................................... 56
2.1. Anlise da evolo do desempenho ................................................................ 56
ndice global de desenvolvimento regional.......................................................... 56
Competitividade................................................................................................. 59
Coeso............................................................................................................... 61
Qualidade ambiental.......................................................................................... 63
2.2. Anlise de convergncia ................................................................................... 65
ndice global de desenvolvimento regional.......................................................... 65
Competitividade................................................................................................. 67
Coeso............................................................................................................... 69
Qualidade ambiental.......................................................................................... 71
Bibliografia .................................................................................................................................................... 73
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Figra 1 - Estrtrao do ndice Sinttico de Desenvolvimento Regional ........................... 26
Figra 2 - ndice global de desenvolvimento regional (Portgal = 100), NuTS III, 2006........ 46
Figra 3 - Competitividade (Portgal = 100), NuTS III, 2006 ............................................... 47
Figra 4 - ndice global de desenvolvimento regional e competitividade (Portgal = 100),
NuTS III, 2006 ................................................................................................... 48
Figra 5 - ndice global de desenvolvimento regional e competitividade, posio hierrqica,
NuTS III, 2006 ................................................................................................... 49
Figra 6 - Coeso (Portgal = 100), NuTS III, 2006 ............................................................ 50
Figra 7 - ndice global de desenvolvimento regional e coeso (Portgal = 100),
NuTS III, 2006 ................................................................................................... 51
Figra 8 - ndice global de desenvolvimento regional e coeso, posio hierrqica,
NuTS III, 2006 ................................................................................................... 51
Figra 9 - Qalidade ambiental (Portgal = 100), NuTS III, 2006 ........................................ 52
Figra 10 - ndice global de desenvolvimento regional e qalidade ambiental
(Portgal = 100), NuTS III, 2006....................................................................... 53
Figra 11 - ndice global de desenvolvimento regional e qalidade ambiental, posio
hierrqica, NuTS III, 2006 .............................................................................. 53
Figra 12 - ndice global de desenvolvimento regional, competitividade, coeso e qalidade
ambiental: sitao face mdia nacional (Portgal = 100), NuTS III, 2006 ....... 54
Figra 13 - Matriz de correlaes entre o ndice global de desenvolvimento regional,
a competitividade, a coeso e a qalidade ambiental, 2006 ............................. 55
Figra 14 - ndice global de desenvolvimento regional: taa de variao do desempenho
entre 2004 e 2006, NuTS III ............................................................................ 57
Figra 15 - ndice global de desenvolvimento regional: desempenho em 2004 e taa de
variao do desempenho entre 2004 e 2006, NuTS III ..................................... 58
Figra 16 - Competitividade: taa de variao do desempenho entre 2004 e 2006,
NuTS III .......................................................................................................... 59
Figra 17 - Competitividade: desempenho em 2004 e taa de variao do desempenho
entre 2004 e 2006, NuTS III ............................................................................ 60
NDICE DE FIGuRAS
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Figra 18 - Coeso: taa de variao do desempenho entre 2004 e 2006, NuTS III ............. 61
Figra 19 - Coeso: desempenho em 2004 e taa de variao do desempenho entre
2004 e 2006, NuTS III ..................................................................................... 62
Figra 20 - Qalidade ambiental: taa de variao do desempenho entre 2004 e 2006,
NuTS III .......................................................................................................... 63
Figra 21 - Qalidade ambiental: desempenho em 2004 e taa de variao do
desempenho entre 2004 e 2006, NuTS III ........................................................ 64
Figra 22 - ndice global de desenvolvimento regional: convergncia/divergncia face
mdia nacional entre 2004 e 2006 e taa de variao do desempenho face
mdia nacional entre 2004 e 2006, NuTS III ..................................................... 65
Figra 23 - ndice global de desenvolvimento regional: diferena da distncia face
mdia nacional entre 2004 e 2006 e taa de variao do desempenho
entre 2004 e 2006, NuTS III ............................................................................ 66
Figra 24 - Competitividade: convergncia/divergncia face mdia nacional entre
2004 e 2006 e taa de variao do desempenho face mdia nacional
entre 2004 e 2006, NuTS III ............................................................................ 67
Figra 25 - Competitividade: diferena da distncia face mdia nacional entre
2004 e 2006 e taa de variao do desempenho entre 2004 e 2006,
NuTS III .......................................................................................................... 68
Figra 26 - Coeso: convergncia/divergncia face mdia nacional entre
2004 e 2006 e taa de variao do desempenho face mdia nacional
entre 2004 e 2006, NuTS III ............................................................................ 69
Figra 27 - Coeso: diferena da distncia face mdia nacional entre 2004 e 2006 e
taa de variao do desempenho entre 2004 e 2006, NuTS III .......................... 70
Figra 28 - Qalidade ambiental: convergncia/divergncia face mdia nacional
entre 2004 e 2006 e taa de variao do desempenho face mdia nacional
entre 2004 e 2006, NuTS III ............................................................................ 71
Figra 29 - Qalidade ambiental: diferena da distncia face mdia nacional entre
2004 e 2006 e taa de variao do desempenho entre 2004 e 2006, NuTS III... 72
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Aneo 1 - Lista de cdigos associados a cada indicador .................................................... 76
Aneo 2 - Matriz de correlaes entre indicadores ............................................................ 77
Aneo 3 - CAE Rev.2.1, A31 .............................................................................................. 82
Aneo 4 - Classificao das indstrias transformadoras de acordo com o principal
factor de competitividade (OCDE, 1992) ............................................................ 83
Aneo 5 - Nomenclatra dos sectores institcionais (SEC95).............................................. 83
Aneo 6 - Ramos de actividade internacionalizveis (DPP, 2006) ........................................ 84
Aneo 7 - Classificao das indstrias de alta e mdia-alta tecnologia e dos
servios intensivos em conhecimento (OCDE, 2001) ........................................... 85
Aneo 8 - Classificao das actividades de Tecnologias da Informao e da
Comnicao (OECD, 2000) ............................................................................... 86
Aneo 9 - Nomenclatra de unidades Territoriais para fins Estatsticos, nvel 3
(verso 2002) ................................................................................................... 87
Aneo 10 - Nomenclatra de unidades Territoriais para fins Estatsticos, nvel 2 ................ 88
Aneo 11 - Resltados e ordenao do ISDR, NuTS III (verso 2002), 2006 ........................ 89
Aneo 12 - Resltados e ordenao do ISDR, NuTS II (verso 2002), 2006 ......................... 89
Aneo 13 - Resltados e ordenao do ISDR, NuTS II (verso 2001), 2006 ......................... 89
Aneo 14 - Resltados e ordenao do ISDR, NuTS III (verso 2002), 2004
(PT2006 = 100) .............................................................................................. 90
Aneo 15 - Resltados e ordenao do ISDR, NuTS II (verso 2002), 2004
(PT2006 = 100) .............................................................................................. 90
Aneo 16 - Resltados e ordenao do ISDR, NuTS II (verso 2001), 2004
(PT2006 = 100) .............................................................................................. 90
NDICE DE ANExOS
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SuMRIO ExECuTIVO
EXECUTIVE SUMMARY
1. A constro de m ndice sinttico de desen-
volvimento sob ma parceria entre o INE e o
DPP viso, atravs da combinao das valias
de ambas as instities nos domnios dasestatsticas e da anlise territorial, propiciar a
disponibilizao de m indicador qe, permi-
tindo sintetizar o desenvolvimento regional
nas diversas vertentes, pdesse servir para
apoiar a anlise de conteto das polticas
pblicas territorializadas o com impactos
diferenciados no territrio, bem como servir
de base de trabalho para mltiplos agentes
interessados nas qestes do territrio.
2. As problemticas do desenvolvimento regio-
nal sitam-se hoje, e cada vez mais, nm
plano mito diferente do passado:
2.1. no qe se refere ao se conteto - mar-
cado pela globalizao, pela integrao
econmica internacional e pela crescente
concorrncia entre territrios, bem como
pela crescente relevncia das qestes
ambientais; e,
2.2. no qe se refere aos ses paradigmas
mediante a passagem da concepo de
polticas assistencialistas aos territrios
menos desenvolvidos com as qais se pre-
tendia alcanar a eqidade de condies
de vida (coeso econmica e social), para
a concepo das polticas visando atribir
aos territrios eqidade nas condies
para a competitividade e coeso com as
qais se constri o desenvolvimento ss-tentvel (coeso territorial).
1. The construction of a composite indicator of
development is the result of the partnership
between Statistics Portugal and DPP (a body
from Ministry of Environment, Physical Plan-ning and Regional Development), taking ad-
vantage of the expertise of both institutions in
the field of statistics and territorial analysis.
It aims to making available a tool that can
support the context analysis of public policies
being of territorial nature or other policies
with different territorial impact, while making
it possible to synthesise regional development
with its different strands. It would also serve
as a tool for several actors with an interest
in territorial matters.
2. Regional development issues are nowadays
increasingly placed on a new perspective:
2.1. their context is now marked by the globali-
sation, international economic integration
and growing competition across territo-
ries, as well as by the increasing impor-
tance of environmental issues; and,
2.2. at present policies are designed to give
territories equitable competitiveness and
cohesion conditions on which sustainable
development (territorial cohesion) is built.
Previously policies were devised to help
less developed territories to achieving
equitable living conditions (economic and
social cohesion).
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3. Tomando a perspectiva da coeso territorial,
no sentido em qe eprime a concepo de
sstentabilidade do desenvolvimento assente
nma tripla dimenso (sstentabilidade eco-
nmica, social e ambiental), o ndice sinttico
qe agora se apresenta (ISDR - ndice Sinttico
de Desenvolvimento Regional) assenta nma
estrtra tridimensional em qe o desenvol-
vimento global de cada regio (epresso no
ndice global de desenvolvimento regional)reslta dos desempenhos regionais em trs
componentes essenciais:
3.1. a competitividade qe propicia capacidade
de penetrao nos mercados e crescimen-
to econmico;
3.2. a coeso qe, em resltado de nveis acei-
tveis de eqidade de condies de vida,
propicia condies sociais para a reprod-o social e econmica sstentvel e para
a atractividade dos territrios; e,
3.3. a qalidade ambiental, epressa nma
dpla e integrada perspectiva de condi-
es ambientais de vida na regio e de
sstentabilidade ambiental dos processos
de desenvolvimento econmico, social e
territorial.
4. Para cada componente, contam factores de
ordem diferenciada mas indispensveis
epresso da noo de desenvolvimento e
interactantes: potencialidades (as condies
para o desenvolvimento), comportamento
dos actores polticos, econmicos e sociais
(os processos) e eficcia em termos de resl-
tados.
5. Os ndices sintticos assentam em conjntos
de indicadores qe devem eprimir as vrias
dimenses do desenvolvimento qe se pre-
tende ver representadas. Esses indicadores
devem, por isso, ter relevncia analtica para
3. From the viewpoint of territorial cohesion,
meaning sustainability of development re-
lying on a threefold dimension (economic,
social and environmental sustainability), the
composite indicator presented herewith (ISDR
ndice Sinttico de Desenvolvimento Regio-
nal, the Regional Development Composite In-
dicator) is based on a tridimensional structu-
re. Through ISDR the overall development in
each region (measured by the overall indica-tor of regional development) results from the
regional performance regarding three major
components:
3.1. competitiveness, which gives rise to the
ability to penetrate markets and to gene-
rate economic growth;
3.2. cohesion, which as a result of acceptable
and equitable living conditions, fosters
the conditions for sustainable, social andeconomic reproduction and territorial at-
tractiveness; and,
3.3. environmental quality, expressed in an in-
tegrated platform of both environmental
living conditions in the region and envi-
ronmental sustainability of broad (econo-
mic, social and territorial) development
process .
4. Each component reflects the role of various,
different interacting factors crucial for de-
velopment: the potential resources (the con-
ditions for development), the behaviour of
political, economic and social players (the
processes) and effectiveness in terms of
results.
5. Composite indices rely on sets of indicators
that express the various development dimen-
sions. These indicators must comply with a
number of requirements such as: being rele-
vant for the component at stake; and being
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a respectiva componente e estar disponveis
para o perodo de referncia e desagregao
geogrfica do ndice.
6. Em termos estatsticos, os indicadores devem,
ainda, obedecer s segintes condies:
6.1. relativizao da dimenso regional, para
evitar distores resltantes das diferen-
tes dimenses das regies; e,
6.2. normalizao para, na sa agregao,
evitar enviesamentos resltantes das di-
ferentes nidades de medida e escalas
de variao, o qe, no ISDR, foi feito por
recrso seqencial a dois mtodos:
6.2.1. estandardizao estatstica (z-score),
para a normalizao estatstica propria-
mente dita; e,
6.2.2. reescalonamento minmaxpara desloca-
o dos indicadores normalizados para
intervalos de variao positivos.
7. Pelos modos como aqeles mtodos foram
aplicados, o ISDR ssceptvel de apoiar
anlises temporais baseadas na avaliao de
mdanas de posies hierrqicas e na evo-
lo dos prprios desempenhos regionais,
nomeadamente face ao desempenho nacio-
nal.
8. A agregao dos indicadores em componen-
tes, e das componentes no ndice global,
foi feita por mdia simples, e os ndices so
apresentados no se reporte mdia nacio-
nal (ndices referenciados ao desempenho de
Portgal), o qe facilita a sa interpretao.
9. Os resltados do ISDR, reportados a 2006,
do ma imagem assimtrica do Pas, em ter-
mos de desenvolvimento global e de compe-
titividade, mas mais eqilibrada do ponto de
available for the reference period and geo-
graphical desegregation of the index.
6. In statistical terms, indicators have also to
comply with the following conditions:
6.1. the regional dimension has to be seen in
the relative context in order to avoid dis-
tortions resulting from the different sizeof regions; and,
6.2. be normalized, so as to avoid distortions
resulting from different units of measure-
ment and variation scales. In the case of
the ISDR, this condition was carried out by
resorting to two methods sequentially:
6.2.1. z-score standardisation for the statisti-
cal normalization itself; and,
6.2.2. minma rescaling in order for stan-
dardised indicators to shift to positive
ranges.
7. As a result the ISDR allows for time analyses
of changes in hierarchical positions and of
scores change vis--vis the national average
performance.
8. The aggregation of indicators into compo-
nents, and of components into the overall in-
dex, was done using the simple average. In
order to facilitate interpretation indices are
presented as reported at national average (in-
dices referenced to Portugal performance).
9. ISDR results for 2006 illustrate an asymme-
tric view of the country in terms of overall de-
velopment and competitiveness, albeit more
balanced regarding cohesion and, albeit to a
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NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL14
vista da coeso e, ainda qe em menor escala,
mais eqilibrada tambm do ponto de vista
da qalidade ambiental, embora neste ltimo
caso com inverso qantitativa do grpo de
sb-regies com desempenho sperior m-
dia nacional. Deste modo, em 30 sb-regies,
sitavam-se acima da mdia nacional:
9.1. no ndice global de desenvolvimento regio-
nal, apenas cinco sb-regies - por ordemhierrqica, Grande Lisboa, Pinhal Litoral,
Baio Voga e, marginalmente, Beira Inte-
rior Sl e Baio Mondego [Figra 2];
9.2. no ndice de competitividade, apenas
qatro sb-regies - Grande Lisboa, Bai-
o Voga, Grande Porto e Entre Doro e
Voga, ainda qe esta ltima sb-regio
se encontre limiarmente acima da mdia
nacional e o desempenho da Grande Lis-boa se destaqe face ao das restantes
[Figra 3];
9.3. no ndice de coeso, 14 sb-regies des-
tacando-se as segintes - Grande Lisboa,
Baio Mondego, Pinhal Litoral, Beira Inte-
rior Sl, Mdio Tejo, Pennsla de Setbal
e Alto Alentejo [Figra 6]; e,
9.4. no ndice de qualidade ambiental, 21 sb-
regies, evidenciando-se o seginte con-
jnto - Serra da Estrela, Beira Interior Sl,
Alto Alentejo, Beira Interior Norte, Pinhal
Interior Sl, Baio Alentejo, Doro, Alto
Trs-os-Montes, Regio Atnoma da Ma-
deira e Minho-Lima [Figra 9].
10. Considerando as sb-regies qe, em cada
caso, se sitam no grpo das 15 sb-regies
com melhor desempenho, os resltados do
ISDR revelam:
lesser extent, also more balanced regarding
the level of environmental quality. However,
in the latter case there is a quantitative re-
versal of sub-regions with performance levels
above the national average. Hence, out of 30
sub-regions, the following stood above the
national average:
9.1. as regards the overall indicator of regional
development, only five sub-regions inhierarchical order, Grande Lisboa, Pinhal
Litoral, Baixo Vouga and marginally,
Beira Interior Sul and Baixo Mondego
[Figure 2];
9.2. as regards the competitiveness indicator,
only four sub-regions - Grande Lisboa,
Baixo Vouga, Grande Porto and Entre
Douro e Vouga (the latter slightly); the
performance of Grande Lisboa stands out
[Figure 3];
9.3. as regards the cohesion indicator, 14
sub-regions, of which Grande Lisboa,
Baixo Mondego, Pinhal Litoral, Beira
Interior Sul, Mdio Tejo, Pennsula de
Setbal and Alto Alentejo stand out the
most [Figure 6]; and,
9.4. as regards the environmental qality in-
dicator, 21 sub-regions of which Serra da
Estrela, Beira Interior Sul, Alto Alentejo,
Beira Interior Norte, Pinhal Interior Sul,
Baixo Alentejo, Douro, Alto Trs-os-Mon-
tes, Autonomous Region of Madeira and
Minho-Lima stand out [Figure 9].
10. The ISDR results for the 15 sub-regions with
the best performance illustrate:
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NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 15
10.1. na competitividade , a conhecida oposio
entre o Litoral e o Interior, com maior
competitividade no primeiro caso, deven-
do, no entanto assinalar-se os casos de
ecepo do Baio Mondego e do Mdio
Tejo (sb-regio de charneira) qe se si-
tam abaio da mediana [Figra 3];
10.2. na qualidade ambiental, a mesma imagem
de oposio Litoral - Interior no Continen-te, mas invertida e no to acentada,
com as posies speriores a caberem a
sb-regies do Interior, ecepto nos ca-
sos da Regio Atnoma da Madeira, do
Minho-Lima e, tangencialmente, do Ave
[Figra 9];
10.3. na coeso, m Pas mais eqilibrado, sem
ma dalidade eplcita entre o Litoral e o
Interior, mas verificando-se algma opo-
sio Norte - Sl, com ma clara predo-minncia de sb-regies do Sl e centro
Sl no grpo com desempenho acima da
mdia [Figra 6]; e,
10.4. no ndice global de desenvolvimento regio-
nal, ma estrtra qe, em certa medida,
evidencia desempenhos mais positivos em
sb-regies do Litoral: do conjnto das
15 sb-regies com melhores desempe-
nhos, 10 localizam-se na faia Litoral e,
no grpo oposto, h apenas sete sb-regi-
es litorais e de charneira - Grande Porto,
Regio Atnoma da Madeira, Lezria do
Tejo, Mdio Tejo, Oeste, Alentejo Litoral e
Regio Atnoma dos Aores [Figra 2].
11. A Grande Lisboa a nica sb-regio qe se
sita acima da mdia em todos os ndices
qe constitem o ISDR, sendo a Lezria do
Tejo e o Algarve as nicas sb-regies qe se
sitam abaio da mdia em todos os ndices.
O facto de no haver mais sb-regies com
comportamentos homogneos em todos os
10.1. regardingcompetitiveness the well-known
contrast between Coastal and Inland re-
gions, with the Coastal area with higher
performance; in addition it is worth noting
the exception cases of Baixo Mondego and
Mdio Tejo (intermediate sub-region) that
stand below the median [Figure 3];
10.2. as regards environmental qality the
ISDR shows, albeit in a reversed and lesssharp manner, the same contrast between
Coastal interior (Mainland). The highest
ranks are thus occupied by sub-regions
from Inland, except for the Autonomous
Region of Madeira, Minho-Lima and mar-
ginally Ave [Figure 9];
10.3. as regards the cohesion component, the
ISDR displays a more balanced coun-
try, without explicit duality between the
coastal and inland regions. Nevertheless,it remains some North/South contrast,
where the Southern and Centre/Southern
sub-regions stand above the average
[Figure 6]; and,
10.4. regarding the overall performance the
ISDR partially shows better performan-
ces in Coastal sub-regions: of the 15
sub-regions better performers 10 are
located on the coastal strip and, among
the weaker performers, only seven Coas-
tal or intermediate sub-regions, Grande
Porto, Autonomous Region of Madeira,
Lezria do Tejo, Mdio Tejo, Oeste, Alentejo
Litoral and Autonomous Region of Aores
[Figure 2].
11. Grande Lisboa stands alone above average
as far as all indices comprising the ISDR are
concerned while Lezria do Tejo and Algarve
stand below average in all indices. It is no sur-
prise that no other sub-regions have homoge-
neous behaviour in all indices, when taking
into account tensions between occurrences
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NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL16
ndices afigra-se epectvel tendo em conta
as tenses entre os fenmenos representados
em cada ma das componentes, particlar-
mente entre a competitividade e a qalidade
ambiental, cja correlao entre os respec-
tivos ndices de -0,6. Estes resltados so
tambm reveladores da compleidade do de-
senvolvimento regional, qando interpretado
sob ma perspectiva mltidimensional.
12. Na evolo do ISDR entre 2004 e 2006, h
a assinalar os segintes factos principais:
12.1. ao nvel do Pas, o ndice qe registo
maior crescimento foi o da qualidade
ambiental, com 1%, segindo-se o ndice
globale o ndice de competitividade com
valores positivos mas inferiores, respecti-
vamente, 0,2% e 0,1%. O ndice de coeso
registo m decrscimo de 0,4%;
12.2. no caso do ndice global de desenvolvi-
mento regional, 17 sb-regies registaram
ma variao do desempenho sperior
mdia, tratando-se na sa maioria de sb-
regies do Interior qe, em 2004, regis-
tavam desempenhos inferiores mdia
[Figras 14 e 15];
12.3. no caso do ndice de competitividade, 19
sb-regies registaram ma variao do
desempenho sperior mdia (sendo sete
do Litoral) e, das trs sb-regies qe em
2004 registavam m desempenho spe-
rior mdia, o Baio Voga e o Grande
Porto cresceram acima da mdia, enqan-
to a Grande Lisboa cresce abaio desse
referencial [Figras 16 e 17];
12.4. no caso do ndice de coeso, 19 sb-regi-
es cresceram acima da mdia, embora
apenas 15 tenham registado ma evo-
lo positiva. Das sb-regies qe em
2004 estavam abaio da mdia, os desem-
penhos pioraram em cinco sb-regies do
in each component, in particular across
competitiveness and environmental quality
(correlation of -0.6). These results also show
the complexity of regional development when
interpreted through a multidimensional pers-
pective.
12. Between 2004 and 2006 some key facts
should be highlighted:
12.1. for the country as a whole, environmen-
tal qality indicator grew the most (1%),
followed by the overall indicator and the
competitiveness indicator both with lower
values but still positive, 0.2% and 0.1%
respectively. The cohesion indicator, in
turn, declined by 0.4%;
12.2. concerning the overall indicator of regional
development: 17 sub-regions grew above
the average, mostly sub-regions of the
Inland which had performed below avera-
ge in 2004 [Figures 14 & 15];
12.3. concerning the competitiveness indica-
tor: 19 sub-regions performed above ave-
rage (seven from the Coast); out of the
three above average performers in 2004,
Baixo Vouga and Grande Porto have grown
above average, while Grande Lisboa has
grown below average [Figures 16 & 17];
12.4. regardingcohesion: 19 sub-regions grew
above average, although only 15 with a
positive trend. From the 2004 below ave-
rage sub-regions, five from the North
(Entre Douro e Vouga, Douro, Ave, Cvado
and Tmega), three from Inland Centro
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NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 17
Norte (Entre Doro e Voga, Doro, Ave,
Cvado e Tmega) e em trs do Interior
Centro (Pinhal Interior Norte, Do-Lafes e
Beira Interior Norte), para alm do Algarve
[Figras 18 e 19]; e,
12.5. no caso da qualidade ambiental, 19 sb-
regies registaram taas de variao do
desempenho positivas, embora apenas em
14 casos acima da mdia nacional. Des-tas ltimas, qatro sitavam-se abaio da
mdia nacional em 2004 e eram do Litoral
(Algarve, Grande Lisboa e Oeste) o ins-
lares (Regio Atnoma dos Aores), e 10,
maioritariamente do Interior, sitavam-se
j acima da mdia nacional em 2004 [Fi-
gras 20 e 21].
13. Tendo em conta as variaes de distncia face
mdia nacional entre 2004 e 2006, pos-
svel conclir sobre comportamentos conver-gentes (aproimao mdia) e divergentes
(afastamento da mdia):
13.1. no caso do ndice global de desenvolvi-
mento regional, apenas nove sb-regies
registaram divergncia face mdia,
destacando-se as trajectrias da Cova da
Beira e da Regio Atnoma da Madeira
[Figra 23];
13.2. no caso da competitividade , a divergncia
acontece em 13 sb-regies, evidencian-
do-se o afastamento relativamente m-
dia nacional registado na Regio Atno-
ma da Madeira, na Regio Atnoma dos
Aores e no Baio Mondego [Figra 25];
13.3. no caso da coeso, a divergncia ocorre
em 13 sb-regies, salientando-se, em
particlar, a evolo registada no Baio
Mondego, no Mdio Tejo e na Beira Inte-
rior Sl, na seqncia de ma variao do
desempenho positiva [Figra 27]; e,
(Pinhal Interior Norte, Do-Lafes and
Beira Interior Norte); and Algarve, have
deteriorated their results [Figures 18 &
19]; and,
12.5. regardingenvironmental qality: 19 sub-
regions have recorded improved perfor-
mance, although only 14 of them above
national evolution. Among the latter,four sub-regions from the coast (Algarve,
Grande Lisboa and Oeste) or the islands
(Autonomous Region of Azores) were be-
low the national average in 2004. In turn,
10 sub-regions, mostly from the Interior,
were above national average already in
2004 [Figures 20 & 21].
13. Taking into consideration the changes of the
distance to the national average between
2004 and 2006 one can identify convergingand diverging behaviours (moves closer to
and away from the average):
13.1. as regards the overall indicator of regional
development: only nine sub-regions diver-
ged from the average, in particular Cova
da Beira, and the Autonomous Region of
Madeira [Figure 23];
13.2. as regardscompetitiveness: some diver-
gence was observed in 13 sub-regions, and
particularly in the Autonomous Region
of Madeira, the Autonomous Region of
Azores and Baixo Mondego [Figure 25];
13.3. as regards cohesion, divergence was
observed in 13 sub-regions, and worth
noting changes in Baixo Mondego, Medio
Tejo and Beira Interior Sul due to positive
growth rates [Figure 27]; and,
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NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL18
13.4. no caso da qualidade ambiental, 18 sb-
regies registaram m distanciamento
face mdia nacional, destacando-se os
comportamentos verificados no Doro, no
Pinhal Interior Sl e na Serra da Estrela,
em resltado de ma taa de variao do
desempenho positiva [Figra 29].
13.4. as regardsenvironmental qality, 18 sub-
regions experienced a divergence process,
in particular, Douro, Pinhal Interior Sul
and Serra da Estrela as a result of positive
growth rates [Figure 29].
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INTRODuO
O Departamento de Prospectiva e Planeamento e Relaes Internacionais (DPP) tem por misso,
no mbito do Ministrio do Ambiente, do Ordenamento do Territrio e do Desenvolvimento
Regional, garantir o apoio tcnico formlao de polticas, ao planeamento estratgico e ope-
racional. O Institto Nacional de Estatstica (INE) tem por misso prodzir e divlgar de formaeficaz, eficiente e isenta, informao estatstica oficial de qalidade, designadamente, informao
estatstica de base territorial.
No mbito de m protocolo celebrado entre o INE e o DPP em 2007, de-se incio a m projecto
para a constro de m ndice sinttico de desenvolvimento regional (ISDR) para Portgal, qe
permitisse beneficiar de anteriores eperincias do mesmo tipo realizadas no Pas1, com o ob-
jectivo de disponibilizar, com ma periodicidade bienal, resltados qe permitam acompanhar
as assimetrias regionais e apoiar a anlise de conteto das polticas pblicas territorializadas
o com impactos territoriais diferenciados.
A principal valncia dos indicadores compsitos reside na capacidade de integrar ma vastaqantidade de informao nm formato de leitra simples (OECD, 2003: 3). Esta caracterstica
torna os indicadores compsitos nm elemento facilitador da anlise de fenmenos compleos,
sendo especialmente interessantes para sportar a avaliao objectiva de fenmenos mlti-di-
mensionais. Na realidade, significa transformar m conjnto de indicadores simples, relacionados
com determinado fenmeno, nm nico indicador sinttico e de fcil leitra. Neste sentido, os
indicadores compsitos constitem ma ferramenta til, simltaneamente, para os decisores
de poltica porqe fornecem informao de sporte tomada de deciso e para a sociedade
civil porqe permitem apreender com facilidade a evolo de fenmenos compleos.
So vrios os eemplos de tilizao de indicadores compsitos para a monitorizao de fe-
nmenos compleos ao nvel internacional2 e a discsso sobre a importncia deste tipo deindicadores para o acompanhamento das trajectrias de desenvolvimento encontra-se na agenda
poltica internacional: o Frm Mndial da OCDE realizado em 2007 atribi especial importncia
a esta temtica, bem como a conferncia internacional Beyond GDP dinamizada pela Comisso
Eropeia no mesmo ano. Simltaneamente, a Comisso Eropeia e o Erostat tm vindo a pro-
mover aces no sentido de divlgar a importncia dos indicadores compsitos.
Do ponto de vista territorial, os indicadores compsitos so particlarmente apelativos por
permitirem hierarqizar o desempenho de diferentes nidades territoriais, avaliar a respectiva
evolo ao longo do tempo e, conseqentemente, conhecer melhor os processos de conver-
gncia territorial.
1 Como o caso do ndice de Desenvolvimento Econmico e Social do DPP (Carvalho e Matias, 2004) e do ndice Sinttico de
Competitividade e Coeso Territorial (ISCCT) (Mates et al., 2005).2 Bandra (2006) refere 165 ndices compsitos.
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Contdo, a qalidade de m indicador compsito est, natralmente, dependente da disponi-
bilidade da informao com relevncia analtica para o fenmeno qe est a ser medido. Para
alm da seleco da informao de base, a constro de indicadores compsitos implica tomar
vrias opes metodolgicas, nomeadamente no qe respeita a mtodos de normalizao dos
indicadores de base, a mtodos de agregao e ponderao destes indicadores e ainda a mtodos
de apresentao do resltado final por forma a garantir a facilidade de leitra e interpretao.
Deste conjnto de procedimentos, reslta m distanciamento entre a informao de base se-
leccionada para retratar determinado fenmeno e os resltados do ndice e condz, no raras
vezes, referenciao dos indicadores compsitos como poco transparentes e de redzida
robstez (OECD et al., 2008: 13). , por isso, fndamental garantir qe a disponibilizao dosresltados provenientes deste tipo de indicadores seja correspondida por metainformao qe
tradza as opes metodolgicas associadas aos resltados e delimite o mbito das potencia-
lidades analticas do ndice.
Importa, assim, referir qe o apramento do ISDR foi sstentado nma anlise de sensibilidade
robstez dos resltados na qal, para alm da anlise de pertinncia dos indicadores esco-
lhidos, se procede a ma anlise comparativa de diferentes cenrios de apramento do ISDR,
nomeadamente os correspondentes a diferentes mtodos de normalizao e agregao, bem
como a ma anlise dos impactos nas revises do histrico do ISDR. No sentido de sstentar a
robstez dos resltados, promove-se ma sesso de discsso com m grpo de especialistas,
sobre as opes de conceptalizao e de operacionalizao do ISDR, bem como sobre os sesresltados, com base nma verso preliminar do ISDR.
O ISDR contempla as dimenses competitividade e coeso, semelhana da estrtra adoptada
em Mates et al. (2005), s qais se adiciono a dimenso qualidade ambiental, tendo em conta
a sa importncia nm conceito alargado de desenvolvimento regional. Estas trs dimenses
permitem acompanhar as trajectrias de evolo comparada das posies relativas das regi-
es portgesas, assegrando ma representatividade espacial correspondente s sb-regies
NuTS III e a estimao de resltados para Portgal, para as regies NuTS II em vigor e para a
delimitao correspondente aos mbitos de actao das Comisses de Coordenao e Desen-
volvimento Regional e dos Governos Regionais (verso de 2001 das NuTS II).
Este projecto tem como principal referncia, no qe diz respeito pertinncia da informao
estatstica de base territorial, o Sistema de indicadores de monitorizao do conteto em qe
se desenrolam as polticas pblicas, desenvolvido na Seco Permanente de Estatsticas de Base
Territorial do Conselho Sperior de Estatstica, e qe reslto do trabalho conjnto de vrias
entidades, entre as qais se inclem o Observatrio do QREN, as Comisses de Coordenao e
Desenvolvimento Regional, os Governos Regionais, o DPP e o INE.
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1. FACTORES DE ENQUADRAMENTO
Nesta seco, apresentam-se algmas das grandes dinmicas qe caracterizam actalmente a
economia internacional e a sa reorganizao espacial e qe condicionam o desenvolvimentodos territrios.
As polticas regionais tm vindo a assmir contornos sbstancialmente diferentes dos prevale-
centes nm passado no mito distante, destacando-se trs aspectos essenciais da geoeconomia
internacional qe as inflenciam:
a globalizao, com a crescente mobilidade de prodtos, capitais e recrsos hma-
nos (especialmente, os mito qalificados) em direco s economias emergentes,
sobretdo da sia, colocando problemas graves s regies do Ocidente, em par-
ticlar, s regies cjo processo prodtivo mito baseado nas fases rotineiras e
massificadas da prodo indstrial e terciria;
a deslocalizao empresarial para as regies emergentes, qe impe s economias
ocidentais a necessidade de evolir para actividades intensivas em conhecimento
e criatividade, qe apresentam ma menor capacidade de absoro de recrsos
hmanos, em especial no qalificados; e,
a problemtica ambiental, qe tem vindo a ganhar novas dimenses com as alte-
raes climticas e a necessidade de sbstitio de fontes de energia, criando
algmas restries, mas tambm gerando oportnidades, ao desenvolvimento das
regies.
Deste modo, a viso tradicional da poltica regional, na qal as respostas e orientaes obedeciam
predominantemente a ma lgica redistribtiva, limitadora da importncia das especificidades
de base territorial na configrao de estratgias de desenvolvimento regional, tem vindo a
ser scessivamente reformlada. A viso de qe m amento do rendimento das regies mais
pobres e m acesso mais eqitativo a bens pblicos orientados para a satisfao das necessi-
dades bsicas condziriam ao se desenvolvimento altero-se, de modo a ir ao encontro das
novas realidades: a necessidade de conjgar os aspectos da coeso econmica e social com os
da competitividade e, mais recentemente, com os da sstentabilidade ambiental.
PARTE I
OS NOVOS DESAFIOS DODESENVOLVIMENTO REGIONAL E DAS
POLTICAS TERRITORIALIZADAS
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NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL22
Este eqilbrio, epresso na designada coeso territorial, permiti desenvolver ma leitra
mais abrangente sobre o desenvolvimento das regies ao considerar aspectos como o percrso
histrico, a cltra, as infra-estrtras fsicas, o dinamismo de base local, a capacidade organi-
zativa dos agentes locais e os recrsos hmanos e natrais. Trata-se, assim, de m conceito de
desenvolvimento assente no eqilbrio entre a valorizao dos recrsos locais para a afirmao
regional nm mercado organizado escala global e as macro-orientaes de poltica qe releva
o conceito de polticas pblicas de base territorial (Figeiredo, 2006).
O objectivo destas polticas, qer ao nvel nacional, qer ao nvel erope comnitrio passa
assim a ser o de dotar os territrios com os necessrios factores de coeso, de competitivida-de e de qalidade ambiental, promovendo ma maior e melhor integrao entre os diferentes
territrios nma perspectiva de eficincia e eqidade globais.
2. A INTEGRAO EUROPEIA E O DESENVOLVIMENTO REGIONAL: DA COESO ECONMICA
E SOCIAL COMPETITIVIDADE E SUSTENTABILIDADE
Nesta seco, apresentam-se os desafios com qe se deparam actalmente as polticas territo-
rializadas e a relao destas com o desenvolvimento regional, tendo como referncia particlar
o conteto erope.
Os scessivos passos de alargamento geogrfico da Comnidade Eropeia e de aprofndamento
da integrao (Mercado nico e Moeda nica) significaram a entrada, na maior parte dos casos,
de regies e pases menos desenvolvidos e ma maior eposio concorrncia, o qe condzi
ao reforo da poltica regional eropeia, com a dplicao das dotaes financeiras em 1989-
1993 e em 1994-1999, acompanhada de ma alterao nas regras de actao no sentido de
ma reorientao estratgica das decises de investimento. Para alm dos deseqilbrios ter-
ritoriais agravados, as regies mais desenvolvidas da Eropa confrontam-se progressivamente
com condies de concorrncia mais eigentes, movidas pelos EuA, pelo Japo e por pases
com economias emergentes, nm qadro de vlnerabilidade acrescida face globalizao e s
deslocalizaes empresariais associadas.
Neste conteto, tornaram-se progressivamente mais intensas as preocpaes com a coeso
territorial, tendo em conta os impactos da globalizao e os potenciais de eclso social as-
sociados s novas vertentes de desenvolvimento econmico baseadas na economia do conheci-
mento. A aprovao da Estratgia de Lisboa, em 20003, veio ao encontro destas preocpaes
ao definir como objectivo estratgico da unio Eropeia: garantir m crescimento econmico
sstentado, com mais e melhores empregos e coeso social.
Em 2001, a dimenso ambiental foi adicionada Estratgia de Lisboa, no Conselho Erope
de Gotembrgo4, gerando-se assim ma estratgia de crescimento sstentado assente em trs
pilares: econmico, social e ambiental. As orientaes da poltica regional passaram a integrar
esta nova abordagem e ganharam epresso, em 2005, na Estratgia de Lisboa renovada, cjas
3 Conselho da Eropa (2000).4 Conselho da Eropa (2001).
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NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 23
prioridades estiveram na base da definio da actal poltica regional eropeia dando lgar,
em 2006, a ma nova gerao de polticas epressa nos qadros de referncia estratgicos
nacionais para o perodo de 2007 a 2013.
Foram adoptadas, neste mbito, as orientaes estratgicas comnitrias 5 em matria de
coeso econmica, social e territorial, com o objectivo de fomentar os contedos estratgicos
da poltica de coeso com vista ao reforo das sinergias para ajdar a atingir os objectivos da
Agenda de Lisboa renovada. Em particlar, aqelas orientaes visam contribir para a defini-
o de polticas qe indzam a redo das disparidades entre os nveis de desenvolvimento
das diferentes regies e o desenvolvimento das regies menos favorecidas (qe, no contetoda atribio dos fndos comnitrios para a coeso correspondem s regies com m PIB per
capita, em paridades de poder de compra, inferior a 75% da mdia comnitria), inclindo as
zonas rrais. As orientaes procram estabelecer o eqilbrio entre o dplo objectivo da Agenda
(promoo do crescimento e do emprego) e a coeso territorial e serviram de qadro indicativo
para os Estados-Membros na preparao dos qadros de referncia estratgicos nacionais e dos
programas operacionais, para o perodo de 2007 a 2013.
5 Deciso do Conselho, de 6 de Otbro de 2006, relativa s orientaes estratgicas comnitrias em matria de Coeso
(Jornal Oficial da unio Eropeia, L 291, de 21.10.2006).
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1. OPES DE CONCEPTUALIZAO
Nesta seco, so descritas as opes sbjacentes conceptalizao do ISDR qe condzem
a ma estrtrao do ndice em dois nveis: o global e o relativo s trs componentes - com-petitividade, coesoe qualidade ambiental.
Face ao eposto na Parte I, torna-se pertinente qe o ISDR, enqanto instrmento qe visa mo-
nitorizar a evolo dos deseqilbrios regionais, contemple ma estrtra representativa das
trs dimenses fndamentais do desenvolvimento regional: competitividade, coesoe qualidade
ambiental, qe se compaginam com a Estratgia de Lisboa renovada.
Para tal, recorde-se o acordo alcanado no Conselho Erope de Gotembrgo, em Jnho de
2001, em termos de ma estratgia para o desenvolvimento sstentvel (os efeitos econmicos,
sociais e ambientais de todas as polticas devero ser analisados de forma coordenada e tidos
em conta no processo de deciso), qe se tradzi em acrescentar a dimenso ambiental aoprocesso de Lisboa relativo ao emprego, reforma econmica e coeso social: O desenvolvi-
mento sstentvel - qe spre as necessidades da gerao presente sem comprometer as das
geraes ftras - m objectivo fndamental lz dos Tratados, qe eige abordar as polticas
econmicas, sociais e ambientais, para qe estas se reforcem mtamente. A incapacidade para
inverter as tendncias qe ameaam a ftra qalidade de vida amentar em mito os cstos
para a sociedade o tornar tais tendncias irreversveis.6. O conceito de desenvolvimento
sstentvel do glossrio erope7 concretiza aqele objectivo fndamental: (...) m desenvol-
vimento economicamente eficaz, socialmente eqitativo e ecologicamente sstentvel..
O ISDR, para alm de posicionar cada regio no conteto nacional em termos de desenvolvimento
regional atravs do ndice global, pretende eprimir a sitao de cada regio em termos decada ma daqelas trs grandes dimenses. Neste entendimento, as polticas pblicas infliro
nos desempenhos regionais em termos de desenvolvimento, no apenas pelas medidas espe-
cificamente orientadas para cada ma das NuTS, mas tambm pelos impactos das polticas
sectoriais.
6 Conselho da Eropa (2001).7 http://eropa.e/scadpls/glossary/sstainable_development_pt.htm
PARTE II
CONCEPTuALIZAO EOPERACIONALIZAO
DO NDICE SINTTICO DEDESENVOLVIMENTO REGIONAL
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NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL26
A competitividade
A noo de competitividade assme matizes diversos, consoante seja aplicada s empresas e s
actividades prodtivas, o aos territrios e, dentro destes, s naes o s regies. Interessa,
por isso, revisitar o conceito de competitividade na sa aplicao aos territrios.
Em termos comnitrios, a abordagem da competitividade enqadra-se no pressposto de qe
se a unio Eropeia pretende ser competitiva, indispensvel qe se torne mais eficaz em
termos de investigao, inovao, tecnologias da informao e da comnicao, empreendedo-
rismo, concorrncia, edcao e formao8. Nesta acepo, a competitividade versa claramente
a eficincia das actividades prodtivas, informando polticas qe incidem sobre os factores
prodtivos, a inovao e as infra-estrtras do conhecimento.
A convivncia com a concorrncia, em particlar internacional, tambm m factor de compe-
titividade ma vez qe condz a ganhos de prodtividade dados os estmlos qe da decor-
rem, tanto porqe a capacidade eportadora se baseia nm processo de aprendizagem, como
porqe os mercados de eportao tendem a seleccionar as empresas mais eficientes. Mas a
capacidade de colocar bens e servios nos mercados eternos no esgota o processo de in-
ternacionalizao da prodo: por eemplo, a presena de capital estrangeiro (em particlar,
atravs de investimento directo estrangeiro) , igalmente, m factor de competitividade dada
a natral selectividade do mesmo.
Deste modo, pode dizer-se qe m territrio competitivo qando capaz de vencer a concor-rncia no mercado internacional, no apenas em termos de comrcio, mas tambm em termos
de captao de investimento e de recrsos hmanos qalificados e de atraco de visitantes.
8 http://eropa.e/scadpls/glossary/competitiveness_pt.htm
Estrtrao do ndice Sinttico de Desenvolvimento Regional Figra 1
NDICE DE
COMPETITIVIDADE
NDICE DE
COESO
NDICE DE
QUALIDADEAMBIENTAL
NDICE GLOBAL
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NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 27
Todavia, o conceito de competitividade alarga-se noo de bem-estar das poplaes. Deste
modo, de acordo com o Relatrio da Competitividade de 2003, da Comisso Eropeia, a com-
petitividade revela-se nm elevado e crescente nvel de vida de ma nao, com o mais baio
nvel de desemprego involntrio possvel, nma base sstentada9 e, nma comnicao da
Comisso Eropeia, em 2002, a competitividade era referida como m crescimento sstentado
do rendimento real e dos padres de vida das regies e das naes, com trabalho disponvel
para todos aqeles qe desejam encontrar emprego10.
A coeso
As dimenses abrangidas pelo conceito de coeso econmica e social11 vo desde o desempe-
nho econmico, a criao de riqeza e a distribio do rendimento ao acesso eqilibrado da
poplao aos eqipamentos e servios colectivos. Porm, a noo de mera inclso social tem
sido progressivamente alargada ideia de qe ma sociedade coesa aqela qe capaz de
gerar sentimentos de identidade e solidariedade assentes em valores comns. Por eemplo,
para o governo francs social cohesion is a set of social processes that help instil in individu-
als the sense of belonging to the same community and the feeling that they are recognised as
members of that community12. Assim, a coeso social ltrapassa o acesso eqilibrado aos
eqipamentos colectivos, estendendo-se a otro tipo de necessidades (habitao, por eemplo)
e de oportnidades (acesso ao mercado de trabalho, por eemplo) e a otras dimenses qe
tambm conferem aos indivdos m sentimento de pertena.
No conteto erope, a coeso econmica e social remonta ao Tratado de Roma (1957), tendo
sido scessivamente reforada nos tratados sbseqentes. essencialmente concretizada atra-
vs da poltica regional eropeia. De acordo com o glossrio erope13, a coeso econmica
e social eprime a solidariedade entre os Estados-Membros e as regies da unio Eropeia.
Favorece o desenvolvimento eqilibrado do territrio comnitrio, a redo das diferenas
estrtrais entre as regies da unio, bem como a promoo de ma verdadeira igaldade de
oportnidades entre as pessoas.
Em termos territoriais, a coeso econmica e social previne o agravamento das desigaldades
entre regies e, por isso, refora a identificao das poplaes com a nao e com o espao
comnitrio, e contribi para o aproveitamento dos respectivos potenciais globais de cresci-
mento. Esta abordagem eige qe os problemas e as oportnidades especficos de cada tipo de
territrio (de qe constitem eemplos as reas rrais, as reas rbanas perifricas e as regies
ltraperifricas) sejam abordados de forma diferenciada.
9 Comisso Eropeia (2003).10 Eropean Comission (2002).11Como referido anteriormente, a noo de coeso territorial corresponde epresso do eqilbrio entre competitividade, coeso
econmica e social e qalidade ambiental.12 Eropean Concil (2005).13 http://eropa.e/scadpls/glossary/economic_social_cohesion_pt.htm
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A qualidade ambiental
O crescimento econmico e a epanso rbana tm impactos ambientais qe colocam em casa
m processo sstentvel de desenvolvimento. Atravs da actividade econmica, eploram-se
recrsos natrais e emitem-se elementos polentes, o qe eige medidas de racionalizao do
so dos recrsos natrais no renovveis e de proteco do ambiente, promovendo a sa valo-
rizao. A epanso rbana difsa e desordenada desperdia solos, desvitaliza os centros das
cidades e cria necessidades de comtao geradoras de congestionamentos e de eternalidades
negativas, nomeadamente as ambientais.
Assim, torna-se necessria ma eigncia cada vez maior em termos de padres ambientais de
sporte ao crescimento econmico e rbano. Esta eigncia, qe no crto prazo poder afectar
algns factores de competitividade das empresas, desencadeia porm inovaes ssceptveis
de amentarem a eficincia das actividades, por via da redo das referidas eternalidades, e/
o de se constitrem em oportnidades de negcio (as indstrias ambientais e relacionadas).
Essas inovaes contribiro para tilizaes das matrias-primas e da energia tambm mais
eficientes e respeitadoras do ambiente, melhorando no s a competitividade das empresas
(estratgias competitivas de criao de valor ao nvel das novas energias mais eficientes, por
eemplo), mas tambm a dos territrios em qe se inserem, pois a qalidade do ambiente
constiti m factor de atractividade das pessoas (empresrios, trabalhadores, nomeadamente
do conhecimento e criativos, e visitantes) e das empresas.
Para alm disso, a implementao de ma organizao rbana mais sstentvel cria tambm
oportnidades para actividades prodtivas, para ma maior eficincia da generalidade das
actividades econmicas e para ma maior qalidade de vida dos cidados em cada regio.
Reciprocamente e de ma forma mais abrangente, os comportamentos de pessoas e organizaes
inflem na qalidade dos parmetros ambientais, eigindo-se prticas qotidianas ambiental-
mente sstentveis, qe promovam a tilizao eficiente dos recrsos (consmo da ga, por
eemplo) e redzam a presso sobre as componentes natrais dos sistemas ambientais (prticas
de mobilidade sstentvel com impacto na redo de emisses, por eemplo).
A tridimensionalidade implcita nas componentes do ISDR
Na conceptalizao terica e estatstica de cada componente do ISDR (competitividade, coeso
e qualidade ambiental), procro-se ter em conta ma lgica tridimensional do fenmeno qe
se pretende representar, qe condzi a qe cada componente pdesse ser entendida como o
resltado conjnto das condies para m melhor desempenho, dos comportamentos e das
polticas pblicas e privadas qe corporizam processos de transformao das condies e dos
resultados qe eprimem de forma mais aproimada a concretizao dos objectivos delineados.
No caso da componente qualidade ambiental, distinge-se entre: presso, resposta e estado,
de acordo com o modelo PER (Presso-Estado-Resposta) (OECD, 1993).
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A lgica tridimensional de cada componente tem significados diferenciados, como se procra
eprimir de segida:
na componentea) competitividade, as condies eprimem o potencialeistente em
termos de caractersticas determinantes para qe a regio seja competitiva, como
os recrsos hmanos e as infra-estrtras fsicas. Os processos correspondem
trajectria, em termos de eficincia, do fncionamento das actividades prodtivas
por via das dinmicas edcacional, profissional e empresarial e da adaptabilidade do
processo prodtivo a novas realidades. Os resultados eprimem a eficciada evolo
econmica na gerao e atraco de riqeza e a eficcia na capacidade de o territriocompetir no conteto internacional;
na componenteb) coeso, as condies evidenciam o gra de acessoda poplao aos
eqipamentos e servios colectivos bsicos, bem como a qalidade desta oferta; os
processos procram eprimir dinmicas qe contribem para m maior potencial
de inclusosocial, decorrente de comportamentos e de polticas pblicas e privadas;
e os resultados reflectem a qalidade de vida e as disparidades na distribio do
rendimento, eprimindo a eficciadas polticas pblicas no domnio da coeso eco-
nmica e social;
no mbito da classificao dos indicadores qe integram a componentec) qualidade
ambientaldo ISDR, opto-se pelo modelo PER (Presso-Estado-Resposta) (OECD, 1993),
aplicado a Portgal na Proposta para m Sistema de Indicadores de Desenvolvimento
Sstentvel SIDS (DGA, 2000). Este modelo caracteriza-se por evidenciar as presses
eercidas sobre o meio ambiente pelas actividades econmicas e prticas sociais (por
eemplo, emisses polentes), as qais podem condzir a alteraes do estado do
mesmo (por eemplo, alteraes nos nveis da qalidade da ga para consmo hma-
no); com vista a redzir e a prevenir as presses e a melhorar o estado do ambiente,
a sociedade responde com comportamentos, programas e polticas adeqadas.
Dificldades de ordem conceptal e estatstica, limitativas das possibilidades de representati-
vidade eqilibrada de cada ma daqelas dimenses, desaconselharam a atonomizao das
mesmas ao nvel de cada componente do ISDR.
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2. OPES DE OPERACIONALIZAO
Nesta seco, so apresentados os critrios qe sportaram a operacionalizao do ndice. Em
concreto, so descritos os procedimentos de tratamento dos indicadores e o algoritmo qe
permite a agregao dos indicadores em ndices parciais para posterior obteno de m ndice
global, bem como as potencialidades analticas do ndice, designadamente nm conteto de
evolo temporal.
2.1. Caractersticas dos indicadores
Tendo em conta os objectivos do ISDR, anteriormente referidos, adoptaram-se como referenciais
territoriais as NuTS III, ainda qe os resltados sejam igalmente disponibilizados para as NuTS II.
A necessidade de operacionalizar o ndice ao nvel das NuTS III coloco restries adicionais
seleco dos indicadores, decorrentes da menor disponibilidade de informao estatstica a
este nvel territorial. Por otro lado, o ISDR deve ter por base m sistema de indicadores de
base anal (pelas sas caractersticas de operacionalizao), ainda qe a difso dos resltados
tenha ma periodicidade bienal.
A fase de seleco dos indicadores essencial j qe a qalidade do indicador compsito de-
pende da qalidade dos indicadores de base qe o compem. Assim, a seleco dos indicadores
de base teve em conta, por m lado, a sa relevncia analtica para os domnios de anlise e,
por otro lado, a disponibilidade e qalidade desta informao com a desagregao espacial e
a periodicidade pretendidas.
Nma primeira fase, procede-se a ma avaliao prospectiva14 da informao disponvel no
perodo de referncia do ndice, procrando redzir os desfasamentos entre os momentos de
referncia dos dados e os momentos de referncia do ndice. Os indicadores seleccionados no
abrangem variaes temporais, na medida em qe o ndice deve reflectir apenas as caractersti-
cas da estrtra socioeconmica de cada regio nm determinado ano, devendo a avaliao da
dinmica do desenvolvimento regional ser monitorizada com base na comparao inter-temporal
do prprio ndice.
Qando o objectivo se prende com o clclo de m indicador compsito para ma srie temporal,
h cidados acrescidos j qe se deve assegrar qe os indicadores de base esto disponveis ao
longo do perodo de tempo pretendido, de forma a no comprometer a comparabilidade inter-
temporal. Na realidade, ma alterao do valor o da hierarqia de determinada regio, entre
dois momentos do tempo, pode no se dever a ma alterao de desempenho nessa nidade
territorial, mas apenas a ma melhoria da qalidade da informao o a ma alterao meto-
dolgica. A informao estatstica deve, assim, para alm de possir ma qalidade aceitvel e
de ser comparvel territorialmente, obedecer ao reqisito da comparabilidade temporal.
14 O qe obrigo a algma avaliao da continidade das fontes estatsticas a tilizar, pese embora a sa falibilidade.
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NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 31
Foi ainda tida em conta a necessidade dos indicadores serem definidos e seleccionados em
termos relativos, ma vez qe os valores absoltos reflectem a dimenso das regies.
A seleco dos indicadores representativos, para cada NuTS, condzi a ma matriz de indica-
dores cja dimenso (R J) foi determinada pelo nmero de NuTS R(em linha) e pelo nmero deindicadores disponveisJ(em colna). Qalqer elemento
rjdesta matriz respeita observao,
na NuTS r, do comportamento do indicadorj.
Assegro-se ma relao de sentido positivo entre todos os elementos desta matriz e o gra de
desenvolvimento, o qe implico qe, em algns casos, os indicadores tivessem qe ser sjeitosa m tratamento especfico como se eplicita adiante no procedimento de normalizao.
Tendo em conta a necessidade de acatelar a no sobrevalorizao de dimenses analticas
dentro de cada ndice parcial, procede-se a ma anlise da correlao entre os indicadores de
base. A possvel eistncia de indicadores fortemente correlacionados foi alvo de estdo, de
forma a decidir sobre a respectiva eliminao, ma vez qe nem sempre o tipo de informao
fornecido pelos indicadores ecldos cabalmente assegrado pelos qe permanecem na
anlise. Com efeito, ma correlao elevada pode no implicar redndncia o dpla conta-
gem e, neste caso, no deve ser evitada (veja-se, no Aneo 2, a matriz de correlaes entre os
indicadores de base).
2.2. O algoritmo
Com a constro do ISDR, pretende-se transformar m conjnto de indicadores simples, ils-
trativos de determinadas facetas do desenvolvimento e ssceptveis de evoles diversas, nm
conjnto de indicadores compsitos, representativos de cada ma das dimenses da realidade a
analisar e do se conjnto. Deste modo, os indicadores compsitos tm a capacidade de resmir
fenmenos compleos e mlti-dimensionais, como o caso do desenvolvimento regional.
O ISDR, na sa primeira aplicao, reporta-se aos anos de 2004 e 2006. A sa constro teve
por base a seleco de m conjnto de indicadores de natreza econmica, social e ambiental
relativos s NuTS, qe, neste conteto, se designam de indicadores de base.
Com base nas opes conceptais j eplicitadas, o ISDR est estrtrado em dois nveis: o
global e o relativo s trs componentes - competitividade, coesoe qualidade ambiental. Cada
componente obtida por agregao dos indicadores de base e o ndice global obtido por
agregao das componentes.
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Procedimento de normalizao
Os indicadores seleccionados so medidos em nidades o escalas diferentes, tornando-se as-
sim fndamental epress-los nma nidade de medida e nma escala comns. A normalizao
serve este objectivo, eprgando as diferenas de valores entre indicadores das diferenas de
nidades de medida e de escalas.
A escolha do mtodo de normalizao deve ter em conta, por m lado, as caractersticas dos
vrios indicadores e, por otro lado, os objectivos do indicador compsito. H vrios factores
qe podem inflenciar a escolha do mtodo de normalizao tais como: se os comportamentosecepcionais devem ser sobrevalorizados o no, se o valor de determinada nidade territorial
deve o no ser considerado m valor de referncia o se a varincia (o desvio-padro) dos
indicadores deve ser tida em conta. Aps ensaios efectados com vrios mtodos de normaliza-
o, seleccionaram-se, nma primeira fase, os dois mtodos mais tilizados segndo a literatra
(OECD, 2003; Eropean Comission, 2005) - z-score (estandardizao estatstica) e minmax, qe
consistem, em termos de formlao, em:
mtodo z-score
O qando o indicadorjse associa com sentido contrrio ao gra de desenvolvimento:
onde,
representa o indicador de basejnormalizado na nidade territorial r,
representa o valor do indicador de basejna nidade territorial r,
representa a mdia da distribio do indicador de basej,
representa o desvio-padro da distribio do indicador de basej.
mtodo minmax
)dp(x
xxSx
j
jrj
rj
)dp(x
xxSx
j
rjj
rj
rjSx
rjx
jx )x(dp j
100
xx
xxNx
ref
mnimo, j
ref
mximo, j
refmnimo, jrj
rj
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O qando o indicadorjse associa com sentido contrrio ao gra de desenvolvimento:
onde,
representa o indicador de basejnormalizado na nidade territorial r,
representa o valor do indicador de basejna nidade territorial r;
representa o valor mnimo de referncia para o indicadorj,
representa o valor mimo de referncia para o indicadorj.
O mtodo de normalizao z-scoreelimina os problemas relativos nidade de medida e
escala, gerando indicadores normalizados com mdia zero e desvio-padro nitrio. As mdias
zero evitam a introdo de enviesamentos na agregao, resltantes das diferenas de mdia.
A diviso das mdias pelo desvio-padro permite reescalonar os indicadores, mas no impede
qe os indicadores com valores etremos tenham m maior impacto no indicador sinttico,
ma vez qe os intervalos de variao efectiva desses indicadores sero maiores. Este facto
ser positivo, se o objectivo do indicador sinttico for eactamente o de relevar as diferenas
entre as nidades estatsticas.
A aplicao deste mtodo para constro de ndices ao longo de m perodo de tempo, com o
objectivo de captar evoles de desempenho das nidades territoriais, em termos dos prprios
valores assmidos pelo ndice e no apenas das posies hierrqicas, sgere qe a mdia e
o desvio-padro sejam calclados para m ano de referncia (geralmente o momento zero) e
fios para os restantes momentos de operacionalizao do ndice (Eropean Comission, 2005:
47). Daqi reslta todavia qe, nos anos posteriores ao ano base, as mdias e desvios-padro
deiam de assmir os valores zero e m, respectivamente.
O mtodo de normalizao minmaxassenta nos valores mnimos e mimos de ma srie de
dados de cada indicador. Assim, toma como referncia o valor de ma regio com pior desem-
penho (valor mnimo) e o de ma regio com melhor desempenho (valor mimo). Ao contrrio
do qe acontece no mtodo z-score, o mtodo minmax transforma a escala dos indicadores
nm mesmo intervalo de variao, sitado entre 0 e 100, evitando valores negativos (qe no
z-score correspondem aos valores inferiores mdia), o qe lhe confere maior facilidade de
leitra. Contdo, este mtodo no permite a diferenciao entre valores etremos dos indica-
dores de base.
100
xx
xxNx
refmximo, j
refmnimo, j
refmximo, jrj
rj
rjNx
rjx
refmnimo, jx
refmximo, jx
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Este mtodo impe, no caso de sries temporais, qe a distncia entre a pior e a melhor regio
seja constante. Assim e ma vez qe no se trabalha com ma srie cronolgica definida
partida, o so de mimos e mnimos reportados a ma srie temporal levanta o problema de,
em cada nova aplicao do ndice, as aplicaes anteriores deverem ser revistas (Eropean Co-
mission, 2005: 48). Isso implicaria qe, em cada nova edio do ndice, no s os valores dos
ndices se alterariam, como h tambm a possibilidade de se alterarem as posies das regies
nas respectivas hierarqias. A alternativa seria definir os valores mnimos e mimos de toda
a srie, inclindo os valores ftros. Ora, na medida em qe a srie cronolgica completa no
est disponvel, os valores mnimos e mimos teriam qe ser definidos com base em previses
daqilo qe ser a evolo possvel das variveis, correspondendo a ma metodologia qesgere m gra de risco elevado no conteto do ISDR.
Neste qadro, importa sblinhar os principais objectivos associados ao ISDR e qe devero
orientar a escolha do mtodo de normalizao:
leitra mlti-dimensional do desenvolvimento qe se tradz nma estrtra de cons-
tro piramidal, sendo o desenvolvimento regional fno do desempenho na com-
petitividade, na coesoe na qualidade ambiental;
anlise da evolo dos desempenhos regionais ao longo do tempo: o(s) ndice(s)
dever(o) permitir avaliar processos de convergncia e divergncia das regies, o
qe remete para anlises de evolo em termos de resltados cardinais;
avaliao da distncia das regies face ao desenvolvimento mdio do Pas, o qe
remete para ma escala cardinal de resltados regionais e para a estimao cardinal
do gra de desenvolvimento do Pas.
Dados os objectivos definidos para o ISDR e as caractersticas de cada m dos mtodos, opto-
se pela normalizao dos indicadores de base pelo mtodo z-score combinada com o reescalo-
namento pelo mtodo minmaxcomo forma de anlar os inconvenientes analticos resltantes
dos desempenhos negativos inevitveis no mtodo z-score e garantir a incorporao da varia-
bilidade entre valores etremos presente nos indicadores nos resltados obtidos. Saliente-se
qe os resltados obtidos com o reescalonamento minmaxassmem correlao nitria com
os obtidos atravs do z-score.
Assim, na aplicao do minmaxcomo mtodo de reescalonamento dos indicadores j normali-
zados pelo z-score com a mdia e desvio-padro fios no momento 0, tomam-se o mimo e o
mnimo dos valores de toda a matriz de indicadores, considerando as sries anais de todo o
perodo de referncia do ndice. Deste modo:
garante-se qe, em cada nova edio do ISDR, embora os valores do histrico dos
ndices se alterem, as posies hierrqicas mantm-se constantes; e,
enqanto operao apenas de reescalonamento, os novos valores do histrico corres-
pondem a transformaes lineares dos anteriores, com eles apresentando correlao
nitria.
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NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 35
Procedimento de agregao
Os indicadores de base, aps a sa normalizao e reescalonamento, sero agregados dando
origem a ndices parciais. Estes vrios ndices parciais so, em termos metodolgicos, m passo
intermdio para a constro do ndice global.
uma vez qe a metodologia definida pelo ISDR no contempla, por opo, a tilizao de anlise
mltivariada nem a ascltao de especialistas na anlise dos fenmenos estdados (em qe
os ponderadores so obtidos por recrso a tcnicas estatsticas associadas a este tipo de anlise
o definidos por esses grpos de trabalho), os ponderadores foram definidos a priori. Nestecaso, na escolha dos ponderadores a serem tilizados na agregao pode ser adoptado m de
dois mtodos: agregao com ponderadores igais para todos os indicadores o agregao com
ponderadores diferenciados com os qais se associa a cada indicador a importncia conferida
respectiva dimenso do desenvolvimento regional. Independentemente do mtodo escolhido,
os ponderadores tm a propriedade de tornar eplcitos os objectivos inerentes constro do
ndice sinttico, atravs da relevncia atribda a cada m dos indicadores qe o compem.
No caso do ISDR, opto-se pelos segintes procedimentos:
cada componente foi obtida por agregao, atravs de mdia simples, dos respecti-
vos indicadores;
para obteno do ndice global, recorre-se mdia simples das componentes sig-
nificando, por isso, qe os resltados reflectem ma viso tripartida do desenvolvi-
mento regional, em qe competitividade, coesoe qualidade ambientalassmem a
mesma importncia.
Procedimento de apresentao
A apresentao dos resltados do ISDR reqere especial ateno j qe inflencia a
compreenso e a anlise da informao. uma primeira deciso prende-se com os resltados
qe se pretende divlgar. Para a compreenso das dinmicas territoriais, relevante avaliar
tanto os resltados do ISDR como os dos ndices relativos s componentes.
uma segnda deciso esteve relacionada com a escolha entre ma escala ordinal e ma escala
cardinal na divlgao dos resltados do ISDR. uma escala cardinal tem a vantagem de fornecer
os resltados permitindo ma distino imediata entre os valores de cada nidade territorial e
permitindo aferir a distncia, em termos de gra de desenvolvimento entre regies, enqanto
a escala ordinal releva a posio hierrqica de cada regio. A escala cardinal permite ainda,
em termos inter-temporais, analisar a evolo dos desempenhos regionais, nomeadamente no
conteto da evolo do prprio desempenho nacional. Tendo em conta a complementaridade
dos respectivos contedos, opto-se por apresentar os resltados dos ndices parciais e do
ndice global em ambas as escalas.
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Cada ndice ao nvel das NuTS III foi transformado por diviso com a respectiva mdia nacio-
nal (estimada atravs da mdia das NuTS III ponderada pela respectiva poplao residente),
obtendo-se ndices relativos referenciados ao valor nacional, de modo a facilitar a sa leitra,
pois os ndices assim transformados permitem aferir a distncia de cada NuTS III em relao
ao conjnto do Pas. Da aplicao deste mtodo, reslto a opo de estimao dos ndices
relativos s NuTS II por mdia ponderada pela respectiva poplao dos ndices das respectivas
NuTS III, como forma de assegrar a compatibilidade entre mdias nacionais apradas em cada
m destes tipos de desagregao regional.
Opto-se, ainda, por apresentar os resltados tablados, para o conhecimento preciso da posi-o de ma nidade territorial, e pela sa representao atravs de mapas temticos, para ma
leitra territorialmente contetalizada.
Anlise de evoluo temporal
Os objectivos do ISDR associados avaliao da evolo do desempenho das regies port-
gesas e ao acompanhamento das assimetrias regionais em Portgal sgerem a necessidade do
ndice compsito proposto possibilitar a elaborao de comparaes inter-temporais.
A comparabilidade inter-temporal, com a opo de normalizao z-score para os indicadores,
obriga a qe a mdia e o desvio-padro sejam fiados em determinado ano qe, em geral, se
assme ser o momento zero de operacionalizao do ndice (OECD, 2005: 61; Eropean Comis-
sion, 2005: 47). A opo pelo mtodo de normalizao z-score com reescalonamento minmax
ao nvel dos indicadores para a operacionalizao do ISDR implica qe, em cada momento de
divlgao do ndice, os scoresdivlgados anteriormente tenham qe ser alvo de reviso apesar
de se manter inalterada a escala ordinal. Esta imposio reslta da necessidade de garantir qe os
valores mimos e mnimos de referncia para o reescalonamento dos indicadores normalizados
sejam os mesmos, devendo corresponder aos valores mimo e mnimo da matriz de indicado-
res de base da srie temporal de dados completa, sob pena de se invalidar a possibilidade de
comparaes inter-temporais dos valores dos ndices (Eropean Comission, 2005: 48).
Tendo em conta qe o mtodo de normalizao adoptado se revela adeqado para o desen-
volvimento de anlises inter-temporais e conseqente avaliao da evolo das dinmicas
regionais de desenvolvimento, a anlise inter-temporal teve como base a adeqao entre as
medidas eistentes e os objectivos pretendidos como forma de avaliao das evoles regio-
nais [Caia 1]:
qando se pretende avaliar a evolo do desenvolvimento de cada regio entre
vrios momentos (se a regio se desenvolve o, pelo contrrio, regredi), dever
analisar-se a taxa de variao do desempenho das regies com base nos valores
do ISDR para a srie de ndices de base fia (dados referenciados ao desempenho
de Portgal nm ano fio);
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se o objectivo ma avaliao da evolo das regies contetalizada na evolo
do Pas, dever analisar-se a variao de desempenho das regies com base nos
valores do ISDR referenciados ao desempenho de Portgal no respectivo ano;
se a anlise for no sentido de possibilitar a avaliao de m processo de convergn-
cia/divergncia das regies, esta deve basear-se na diferena, entre dois momentos,
da distncia entre os valores regionais do ISDR referenciados aos ndices de base
anal e os valores de referncia do desempenho de Portgal nos mesmos perodos
de anlise.
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NDICE SINTTICODE DESENVOLVIMENTO REGIONAL38
Taxa de variao do desempenho da regio r, entre os momentos t-p e t (com
p>0), no ISDR referenciado aos ndices de base fixa (BF):
Variao do desempenho da regio r entre os momentos t-p e t (com p>0), no
ISDR referenciado aos ndices de base anual (respectivamente Bt-p e Bt) ou aos
ndices de base fixa (BF):
Variao, entre os momentos t-p e t (com p>0), da distncia da regio r face
ao desempenho nacional, em termos do ISDR referenciado aos ndices de base
anual (respectivamente Bt-p e Bt) ou aos ndices de base fixa (BF):
Em cada ano de divlgao do ISDR, a apresentao dos ndices de base temporal fia garante
as possibilidades de avaliao das evoles regionais sob as vertentes acima apresentadas.
Indicadores de avaliao das evoles regionais nm
conteto de anlise temporal Caia 1
100
ISDR
ISDRISDRFB
pt,r
FB
pt,rFB
t,r
-
-
ptBpt,r
tBt,r ISDRISDR
-- 100/ ISDRISDRISDR FB
-pPT,tFB-pr,t
tBr,t
= ( (
100ISDR100ISDRISDRISDRISDRISDR -pt
B
-ptr,tB
tr,-ptB
-ptPT,-ptB
-ptr,tB
tPT,tB
tr,
100/ISDRISDRISDR100ISDR F
BPT,t
FB-pPT,t
FB-pr,t
tBr,t -p
-
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2.3. Apresentao dos indicadores retidos
A seleco dos indicadores atende s trs componentes em qe o ndice estrtrado - com-
petitividade, coesoe qualidade ambiental, e necessidade da definio tridimensional de cada
ma, procrando, implicitamente, contemplar condies, processos e resltados. Os indicadores
seleccionados procram reflectir e avaliar os posicionamentos regionais em termos de desen-
volvimento,