Índice - home.fa.utl.pthome.fa.utl.pt/~al7256/portfolio/outros/roy.pdf · Trabalha...

13
0

Transcript of Índice - home.fa.utl.pthome.fa.utl.pt/~al7256/portfolio/outros/roy.pdf · Trabalha...

 

0                                                  

  

 

1Índice  Introdução ‐2 

Biografia ‐ 3;4 

A Banda Desenhada e Roy Liechtenstein ‐ 5;6;7 

M‐Maybe ‐ 8 

Obras de Roy Liechtenstein – 9;10 

Conclusão ‐ 11 

Bibliografia ‐ 12 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2Introdução 

 Roy Lichtenstein, um dos mais emblemáticos da Pop Art, sempre foi para mim, um dos 

meus ídolos. 

Visto  ser um  adepto de banda desenhada e  ilustração,  sempre  achei  interessante  a 

mistura que ele  fazia em seus quadros e a  forma como ele elevou e melhorou a estética da 

banda  desenhada  da  sua  época,  que  passava  um  pouco  despercebida  no  que  toca  às  suas 

potencialidades. 

No entanto até á data deste trabalho, nunca me tinha debruçado a sério sobre o papel 

da banda desenhada na sua obra; será só uma técnica, um estilo, ou haverá algo mais sério por 

de traz daqueles grandes e coloridos quadros? – Bem, sendo‐me dada a oportunidade de fazer 

um trabalho sobre algo que considerasse interessante, no que toca á arte do século XX e XXI, 

achei  interessante  matar  a  minha  curiosidade  sobre  o  assunto,  e  assim  juntar  o  útil  ao 

agradável, aprofundando um pouco mais esta questão. 

Sendo assim, e como poderão ver ao longo do meu trabalho, este foca‐se 

principalmente na influencia e no papel da Banda Desenhada na obra de Roy Lichtenstein. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3Biografia 

 Roy Lichtenstein, o mestre do estereótipo, nasceu a 27 de Outubro de 1923, em 

Nova York, Estados Unidos, e a sua obra  foi uma das mais significativas da Pop Arte, 

quer  pela  capacidade  de  análise  visual,  quer  pela  ironia  da  exploração  dos  estilos 

passados. 

Proveniente  de  uma  classe média,  fez  o  secundário  em  uma  escola  privada 

Nova‐Iorquina,  e  embora  a  arte  não  fizesse  parte  do  currículo  académico  dessa 

instituição,  desde  logo  começou  a  desenhar  e  a  pintar  sozinho,  por  livre  vontade, 

sendo um dos pontos da sua inspiração Pablo Picasso. 

Acabada a secundária  frequenta aulas de arte, desenha sobretudo modelos e 

natureza, estuda ciências naturais e humanas e história de arte. 

No seu percurso, nota‐se grandes influencias cubistas e expressionistas e a sua 

obra vai se tornando cada vez mais solta.  

No  fim  dos  anos  30,  ainda marcados  pela  grande  iniciativa  do  «New Deal», 

aprendeu  com  o  pintor Reginald Marsh  o  lado  irónico‐social  de  uma  representação 

pictórica apegada á realidade, e que mais tarde aliado ao estilo BD irá usar em força. 

Durante os anos 40, continua os seus estudos com Hoyt L. Sherman, a pessoa 

que segundo Lichtenstein,  lhe ensinou a ver com olhos de ver. O ensino deste ultimo 

tinha  por  eixo  o  gestaltismo,  que  se  alicerçava  no  conjunto  da  produção  pictórica, 

integrando  níveis  de  percepção  que  diziam  respeito  à  psicologia  da  percepção  e 

situando a expressão universal no centro da teoria. 

Em  1951,  Roy  Lichtenstein  começa  a  trabalhar  como  gráfico,  projectista, 

decorador  de  montras  e  desenhista  em  folha  metálica.  Este  contacto  com  a 

publicidade e novas técnicas modernas irá ter um papel importante no seu futuro, um 

dos exemplos disso é o método Ben‐Day utilizado em suas obras. 

A obra da sua juventude abrange uma paleta muito ampla e caracteriza‐se  por 

voltar sempre a abordar as relações entre o lúdico e o sério, a emoção e o intelecto, a 

realidade  e  a  abstracção.  Apogeus  e  ídolos  da  história  americana,  temas  western, 

modelos  tirados da história de arte e heróis da mitologia  clássica  são  transportados 

para  a  linguagem  própria  de  Lichtenstein.  Aliás  as  relações  com  o  classicismo,  o 

rococó, o romantismo e a arte primitiva são evidentes.  

Cézanne, Picasso, Klee, Miró,  Léger e  Stuart Davis  são personagens  artísticas 

com que Lichtenstein se confrontou muito a sério e com grande intensidade. Durante 

os primeiros anos em que criou, reagiu a esses modelos muito directamente, 

Trabalha  tradicionalmente  no  sentido  de  um  estilo  surrealista  marcado,  ao 

mesmo tempo, pelo expressionismo abstracto. Para terminar, Lichtenstein fará tombar 

no  absurdo  esse  expressionismo  abstracto  quando,  em  1958,  começou  a  fazer 

aparecer nas  linhas abstractas e confusas dos quadros e dos desenhos, personagens 

como Bugs Bunny, o Pato Donald e o Rato Mickey. 

 

4Com o começar dos anos 60 surgem as suas primeiras obras pop, em que este 

persegue  em  pintura  objectos  universalistas,  totalmente  comparáveis  às 

correspondências  ornamentais  que  lhe  servem  de modelo,  como,  por  exemplo  os 

ornamentos das culturas indianas ou da arquitectura grega.   

Nelas emprega técnicas e imagens inspiradas na impressão comercial, bem 

como na banda desenhada, objecto de estudo numa fase seguinte. 

Tornou sua arte comercial, não intelectual e popular, através de símbolos do 

capitalismo americanos objectos icónicos, de forma a criticar uma cultura de massa 

que subsistia. 

  Lichtenstein devolve a uma sociedade de massas a sua experiencia e percepção 

superficiais, estandardizadas em imagens interrogativas, desprovidas de mensagem, 

mas, por isso mesmo, muitíssimo expressivas. Em 1966, durante uma conversa com 

David Solomon, Lichtenstein declara: «A pop art serve‐se dos objectos vulgares do 

mundo do consumo, e esse material parece, em geral, estar despojado de qualquer 

forma de sensibilidade… É esse tipo de anti‐sensibilidade e de forma conceptual da 

obra que me interessa e que constitui a minha principal matéria.»  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5A Banda Desenhada e Roy Liechtenstein 

 Com inicio dos anos 60, Roy Lichtenstein começa a fazer as suas primeiras obras 

Pop  Art  e  nelas  se  nota  uma  grande  influencia  da  banda  desenhada,  e  esta  vai  se 

tornar a sua cara‐metade, o bocado que  lhe  faltava, pois com a Banda Desenhada é 

possível por em prática toda a sua teoria e intenção em relação á sua arte. 

  Em 1967 em uma  conversa  com Raphael  Sorin,  Lichtenstein declara «Devo  à 

banda  desenhada  os  elementos  do meu  estilo, mas  não  os  temas.»  ,  embora,  não 

seguido  à  risca,  visto  ele  usar mesmo  assim  alguns  temas  secundários,  esta  frase 

mostra um dos objectivos principais da sua arte. 

  Os meios pictóricos e os conteúdos da banda desenhada comercial resultam da 

sua  função, e  têm um poder extraordinário para a obra de Roy, pois através dela é 

possível generalizar e trivializar as emoções, os actos, os seres humanos e as coisas, de 

maneira  a  fazer  corresponder  a  concepção  popular,  alcançar  o  estereótipo  e  um 

gestaltismo eficaz. 

  Por métodos profissionais apurados, pela simplificação dos níveis humanos, a 

banda desenhada apela para os sentidos, dirige a acção e o movimento criando‐lhes 

uma  certa  atmosfera,  gerando‐lhes  uma  presença 

física,  animal,  sugerindo  o  que  não  é  dito,  o 

pensamento, o aspecto subjacente das coisas. 

  O quadro de Roy  Lichtenstein  Takka  Takka  ,  é 

um  bom  exemplo  do  referido  acima,  em  que  o 

desenho de uma metralhadora a disparar faz com que 

se imagine e se veja uma explosão factual, fictícia.  

  Trata‐se  de  um  processo  natural  conservado 

pelo  cinema, pela  televisão, pela publicidade e que  afasta o homem da  sua própria 

realidade, da sua própria significação. 

  Na banda desenhada, a  linguagem em  imagens e os caracteres tipográficos, a 

repartição  do  texto  e  da  imagem  em  planos  sucessivos,  têm  algo  da  insistência  da 

linguagem  publicitária,  por  exemplo,  na  indústria  de  embalagens  ou  no  cartaz 

publicitário.  Os  mecanismos  para  «por  em  imagem»  ajudaram  Lichtenstein  a 

transformar  ambientes  calculados,  pré‐formulados,  para  exprimir  o  impacte  da 

realidade.  É  assim  que  ele  segue  de  perto  imagens  estereotipadas  da  realidade,  tal 

como  lhe  são apresentadas pela  sua época,  conservando uma distância artística em 

relação às coisas e a si mesmo.  

  Ou  seja  nos  quadros  de  Roy  Lichtenstein  propõem‐se  desindividualizar  as 

emoções e as atitudes, objectivá‐las.  

  A sua pintura tem por fim uma perfeição muito semelhante à mecânica. Busca 

o efeito da perfeição e do anonimato, como se fosse executada por um gráfico. Para 

isso usa em seus trabalhos um processo inspirado num método de impressão chamado 

 

6BenDay,  inventado por Benjamin Day. No  início executado de  forma manual, depois 

através de máscaras. 

  Quanto  aos  «vestígios  da  sua  escrita»  ‐  por  exemplo,  defeitos,  imprecisões, 

modificações  ‐, ele resolve suprimi‐los ou anulá‐los pela cor, «são obras de  limpeza». 

Reside aí a banalidade com que Lichtenstein descreve o  seu perfeccionismo durante 

uma  conversa  com  John  Coplans,  em  1967,  enquanto  em  1961  ainda  deixava  ficar 

algumas  correcções  em  seus  quadros,  á medida  que  desenvolvia  a  sua  técnica  de 

representação, Lichtenstein empregava a sua estratégia conceptual; Ou seja manifesta 

o  conteúdo  da  forma  como  quereria  precisamente  vê‐lo  num  executante  da  banda 

desenhada ou num criador de publicidade, cujas ideias se orientam por uma percepção 

média e pelo pragmatismo de consumo. 

  Mas o ponto de partida de Roy Lichtenstein vai modificar o contexto funcional 

dos modelos de banda desenhada e de outros média. Ele isola os efeitos superficiais e 

as  correspondências  da  sua  evidência  admitidas.  O  insignificante  torna‐se 

extremamente significante.  

  «Tenho  tendência para escolher  temas de banda desenhada particularmente 

típicos,  ou  seja,  temas  que,  no  seu  âmbito,  não  exprimem  apenas  uma  ideia.  Por 

outras palavras, em geral, não escolho temas de grande alarde, mas sim aqueles que 

encerram qualquer declaração  significativa, ou que parecem  arquétipos  clássicos do 

seu género. É o que me  interessa mais: partir desses temas para chegar a uma forma 

quase clássica, esforçando‐me muito por enriquecer o tema com algo que se situe fora 

do  tempo,  que  pareça  impessoal  e  mecânico…  A  banda  desenhada  é  um  campo 

experimental para excitar o imaginário» (conversa com David Pascal, 1966). Ao isolar o 

modelo da sua sequência feita em  imagens, fazendo‐lhe perder assim o curso da sua 

lógica  narrativa,  Lichtenstein  dá  à  cena  um  sentido  novo  e  inesperado.  Como  ele 

afirma  «O  que  eu  faço  é  forma,  ao  passo  que  a  história  em  quadradinhos  não  é 

formada no sentido em que estou a usar a palavra; a banda desenhada  tem  formas, 

mas não  foi  feito o esforço de  torná‐las  intensamente unas. O objectivo é diferente, 

pretendemos pintar e pretendemos unificar.» 

  A  imagem  é  confrontada  com  hábitos  visuais,  com  estruturas  perceptivas  e 

semânticas, como se lhes fosse estranha. O tamanho dos quadros também aumenta a 

insignificância  do  modelo.  Vêm‐se  juntar  a  estes,  outros  processos  artísticos 

transformadores  da  banda  desenhada.  Lichtenstein  reduz  e  põe  em  tensão  os 

elementos essenciais da expressividade visual, simplifica ainda mais a estandardização 

do processo criativo. A composição, as relações entre os personagens e entre estes e o 

ambiente tornam‐se mais evidentes, os contornos lineares e as cores concentradas, no 

azul, vermelho, amarelo  (às vezes verde), o preto e o branco  revelam‐se ainda mais 

insistentes. 

O modelo  sofre,  pois,  um  processo  progressivo  de modificação:  Lichtenstein 

trabalha de novo a tipografia dos textos e unifica a cor por meio de acréscimo de uma 

trama preestabelecida de pontinhos coloridos. «Sirvo‐me da cor tal como me sirvo da 

 

7linha. Quero‐a extremamente simplificada. Tudo o que pode ser vermelho, terá de o 

ser,  efectivamente.  A  insensibilidade  é  apenas  aparente. O  valor  verdadeiro  da  cor 

resulta da utilização do tamanho, das formas e da  justaposição… Por outras palavras, 

quero que o tema pictórico se oponha às técnicas pictóricas da distância e da reflexão» 

afirma em uma conversa com John Coplans (1967). 

  Lichtenstein  procede  analiticamente,  tendendo  a mostrar  que  a  pintura  por 

aquilo que é ou pode ser, ou seja, uma arte de transformação de qualquer coisa real 

numa linguagem específica, artificial, quase insignificante.  

Para si, a pintura não está ao serviço de um objectivo preestabelecido, quer se 

trate  de  uma  representação  significativa  ou  de  uma  finalidade.  A  pintura  é 

exactamente o  lado oposto: os diversos níveis da  realidade  tornam‐se o material de 

uma pintura liberta e purificada das emoções subjectivas e das intenções idealistas. 

«Sirvo‐me de aspectos do nosso ambiente social… como de um material, mas o 

que me  interessa realmente é a pintura» essa concepção, pode comparar‐se a certas 

fases clássicas ou aproximadas ao classicismo na história de arte, onde a realidade, os 

conteúdos  e  os  idealismos  servem  um  estilo  impessoal  e  contemporâneo,  essa 

características só são possíveis através de uma combinação fantástica de  intelecto de 

Lichtenstein e da banda desenhada, algo que até então não era realmente valorizado. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

8M‐Maybe 

  

O que estimulou particularmente o  seu  interesse na banda desenhada, disse 

uma  vez  o  artista  numa  entrevista  com  o  crítico,  conservador  e  fotógrafo,  John 

Coplans,  foi  o  contraste  entre  o  conteúdo  muito  emocional  e  a  forma  «fria»  de 

representação 

  Especialmente nos muitos quadros de raparigas realizados durante a primeira 

metade  dos  anos  60,  Lichtenstein  encenou  este  contraste  com  uma  virtuosidade 

surpreendente, dando às composições uma tensão vibrante.  

Em M‐Maybe, uma atraente loira dirige para nós os seus olhos azuis, e contudo 

parece olhar para além de nós, preocupada com os seus próprios pensamentos. Com a 

cabeça  apoiada  na  mão  esquerda,  com  a  luva 

branca,  uma  visão  tradicional  de melancolia,  ela 

pensa,  como  nos  revela  o  balão,  por  que  é  que 

ficou  em  vão  á  espera.  Aparentemente  algum 

homem não compareceu ao encontro. 

A  natureza  vulgar  desta  situação 

desencadeia  imediatamente  uma  empatia  da 

nossa  parte  e  não  é  certamente  difícil 

identificarmo‐nos com esta rapariga – não fosse a 

forma  estandardizada  com  que  o  artista  a 

representou. 

Isso coloca a infeliz rapariga a uma distância indefinível e vaga, e em relação à 

qual a nossa potencial empatia se torna uma forma especial de hipocrisia. 

A  relação entre  a pintura  e o observador parece basear‐se  inesperadamente 

em  falsas  premissas,  a  artificialidade  do  estilo  corresponde  à  imagem  feminina 

estereotipada  proveniente  das  bandas  desenhadas  e  o  mesmo  sucede  com  os 

sentimentos fáceis que esta imagem deve provocar no espectador, e que nos coloca de 

súbito no papel de  cães de Pavlov  (cães envolvidos em experiencias  sobre  reacções 

condicionadas). 

Acentua os clichés da banda desenhada ao  levar a sua técnica a um clímax de 

impetuosidade:  cores  primárias,  fortes  contrastes  e  um  impressionante  desenho 

unificador. Desta maneira por assim dizer ele optimiza a estética popular. Lichtenstein 

enfatiza sempre que melhorou esteticamente a estética vulgar da banda desenhada. 

O seu primeiro passo ao realizar um quadro era projectar o original sobre tela 

com a ajuda de um projector de  slides, criando assim uma analogia ao nível  técnico 

ente a produção mecânica e o mundo dos sentimentos triviais. Depois a cara é coberta 

com  um  padrão  pontilhado  –  um  vestígio  do  original  impresso,  despojado  da  sua 

função, ganhando uma vida estética própria na obra de arte. 

 

9Obras de Roy Lichtenstein 

 

  

   

 

  

 

 

  

 

 

 

       

                     

Self‐Potrait, 1978 Óleo e magna sobre tela,  177,8 x 137,2cm Colecção Particular 

Magnifying Glass, 1963 Óleo sobre tela,  40,6 x 40,6 cm Colecção Particular 

Eddie Diptych, 1962 Óleo e magna sobre tela, dois painéis  Paris, Colecção Mr. E Mrs. Michael Sonnabend 

Drowning Girl, 1963 Óleo e magna sobre tela,  171,8 x 169,5 cm Nova  Iorque,  Collection,  The  Museum  of Modern Art 

 

10

                                   

Yellow and Green Brushstrokes, 1966 Óleo e magna sobre tela,  214 x 458 cm Franoforte do Meno, Museum für Modern Kunst

As I opened fire, 1964 Magna sobre tela, três painéis,  172,7 x 142,2cm cada um Amesterdão, Stedelijk Museum 

Mr. Bellamy, 1961 Óleo sobre tela,  143,5 x 107,9 cm Colecção Verno Nickel 

Explosion , 1965 Metal lacado,  251 x 160 cm Colónia, Musem Ludwig 

 

11

Conclusão  

Bem para mim Roy Lichtenstein é daqueles artistas completos que combinam tudo, em 

que tenta‐lo caracterizar com uma só palavra seria um crime. 

  Como diz Waldman, Lichtenstein é um clássico encapotado, com um sentido de forma 

extremamente desenvolvido. As suas obras combinam simplicidade concisa com elegante 

sofisticação e precisão intelectual. 

  Com o decorrer deste trabalho fui me apercebendo de toda a filosofia e ideologia do 

seu trabalho, em que a descoberta da banda desenhada foi um dos aspectos mais fulcrais, 

aparentemente deixada de lado menosprezada por parte dos outros artistas, Roy Lichtenstein 

contraria esse aspecto, apoderando‐se dela, entendendo, espremendo‐a, e transformando‐a 

pilar indispensável da sua obra. 

  Todas as suas ideias, teorias e filosofias, abraçadas ao gestaltismo entre outros 

aspectos só foram possíveis de concretizar e por em prática de uma forma tão eficaz e concisa 

graças ao emprego deste tipo de arte, a banda desenhada. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

12

Bibliografia 

 Livros: 

 

Osterwold, Tilman;  Pop Art; Tashen 

Honnef, Klaus; Pop Art; Colónia; Tashen Público; 2005 

Ingo F. Walther; Arte do Século XX; Índia; Taschen; 2005 

Internet: 

 

http://www.pintoresfamosos.com.br/?pg=roy