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BOLETIM SEMANAL RESERVADO 1 BS N° 11/17 SEMANA: 03/04/17 a 08/04/17 ASSUNTOS: COMO OS PROJETISTAS DE CHIPS ESTÃO SUPERANDO A LEI DE MOORE USO EM EXCESSO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS PODE SER UM VÍCIO SIM, TELAS VICIAM A INFORMAÇÃO DO FUTURO NÃO ESTÁ NA “NUVEM” - ESTÁ NA “NÉVOA” NOTA: OS ÍTENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES. 01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA Índice Tramitação do PLC 79/2016 – o futuro das Telecomunicações Brasileiras Oi vai negociar capitalização O “colapso” da Oi – Pare para pensar... A Oi e a Previdência Complementar Comunicado ao Mercado Oi – Participação da PointState Capital LP Projeto da Telefônica para explorar a inteligência de dados Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo:

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BOLETIM SEMANAL RESERVADO

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BS N° 11/17

SEMANA: 03/04/17 a 08/04/17

ASSUNTOS:

COMO OS PROJETISTAS DE CHIPS ESTÃO SUPERANDO A LEI DE MOORE USO EM EXCESSO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS PODE SER UM VÍCIO

SIM, TELAS VICIAM A INFORMAÇÃO DO FUTURO NÃO ESTÁ NA “NUVEM” - ESTÁ NA “NÉVOA”

NOTA: OS ÍTENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES.

01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA

Índice

Tramitação do PLC 79/2016 – o futuro das Telecomunicações Brasileiras Oi vai negociar capitalização

O “colapso” da Oi – Pare para pensar... A Oi e a Previdência Complementar

Comunicado ao Mercado Oi – Participação da PointState Capital LP Projeto da Telefônica para explorar a inteligência de dados

Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo:

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Tramitação do PLC 79/2016 – o futuro das Telecomunicações Brasileiras

O PLC 79/2016 caiu em relativo “esquecimento” por parte da imprensa. Está sendo aguardada uma decisão do STF, em relação ao MS impetrado por alguns Senadores. O Presidente do Senado, Eunício Oliveira, já informou que aguardará a decisão do STF para dar continuidade à sua tramitação no Senado Federal.

O fato novo foi a manifestação do Ministério Público Federal, por meio do Ofício Circular nº 09/2017/AC/3CCR, que foi juntado ao Processo, conforme se pode verificar da anotação de tramitação da matéria indicada no Site do Senado Federal, a seguir reproduzida:

30/03/2017 PLEN - Plenário do Senado Federal

Ação: Juntado aos autos do processo, original de manifestação do Ofício Circular nº 09/2017/AC/3CCR, do Ministério Publico Federal. (fls. 130/1142). ************* Retificado em 30/03/2017************* Juntado aos autos do processo, original de manifestação do Ofício Circular nº 09/2017/AC/3CCR, do Ministério Público Federal. (fls. 130/1142). Ofício ( PDF )

Recebido em: CDIR - Comissão Diretora em 30/03/2017 às 16h39

30/03/2017

CDIR - Comissão Diretora Ação:

À Assessoria Técnica por solicitação. Recebido em:

PLEN - Plenário do Senado Federal em 30/03/2017 às 15h02

O Ofício do MPF pode ser acessado clicando em legis.senado.leg.br/5210896.

A partir destas sintéticas informações o BS gostaria de fazer as seguintes considerações.

O PLS 79 e o futuro das Telecomunicações Brasileiras

O BS aponta o fato para simples registro. A consideração imediata é que, até algum tempo atrás, o PLS 79/2016 era considerado “peça-chave” para o futuro das Telecomunicações no País. Chegou a ser tratado como a base de um “Novo Modelo” para o Setor. Com a ocorrência de “imprevistos” no processo de tramitação da matéria o andamento “desacelerou”.

Alguns dos fundamentos que nortearam a elaboração do PL são, realmente, bastante importantes para o Setor. Portanto, com a inesperada “letargia” há a tendência para que o assunto seja “colocado na geladeira”; pelo menos, temporariamente. Mas, sem um tempo definido de retomada do processo!

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A visão do BS é que em tal acontecendo poderão ocorrer prejuízos irrecuperáveis para o Setor. A motivação principal do PL era ser um instrumento “facilitador” de novos investimentos nas Redes de Telecomunicações do País. Não só na sua expansão, como, na sua melhoria; ambos, se fazem urgentes.

Tal motivação permanece mais viva do que nunca. O País começa a dar sinais claros de sua recuperação econômica. As Telecomunicações respondem de modo direto a movimentos desta natureza. Crescimento econômico, significa mais uso dos Serviços. E, mais uso dos Serviços, contribui para a aceleração do processo de crescimento. Uma relação “virtuosa” que não pode ser desconsiderada em momento algum, pelos responsáveis pelas estratégias, planejamento, e, implantação das Redes de Telecomunicações Brasileiras.

Neste contexto, o BS defende fortemente que o processo seja retomado. As eventuais “deficiências” do PLS devem ser corrigidas. Não há dúvidas sobre a necessidade de estudos mais profundos. A elaboração de um PNBL (ou instrumento de Planejamento análogo) para o Brasil, com visão de mais longo prazo, é fundamental. Contudo, algumas medidas mais imediatas podem, e devem ser adotadas.

É absolutamente necessário que as maiores Prestadoras de Serviços de Telecomunicações que atuam no Brasil, sejam mais ativas neste sentido. Não se dispõe de nenhuma ideia dos Planos para o desenvolvimento de suas Redes, a não ser o anúncio, esporádico, do volume de investimentos que foram feitos, ou, poderão ser feitos no futuro.

Sabe-se que o processo é de grande competitividade e alguns detalhes são “segredos” empresariais e corporativos, bem guardados. Mas, há aspectos que, por natureza, são abertos e o BS não vê dificuldades para que eles, nos seus aspectos gerais, sejam liberados para o conhecimento público.

O conjunto das informações destas Empresas, devidamente tratadas, por si só, já seria um excelente início para se avançar na direção de planos mais aprofundados de longo prazo para o País, no Segmento das Telecomunicações.

Por que não tentar? É preciso “religar a chave”! Quem se habilita a colocar o “guizo no gato”!

Oi vai negociar capitalização

O BS convida à leitura do trecho que se segue da reportagem do Jornal Valor Econômico, com a manchete “Para sair do impasse, Oi vai negociar capitalização”, de autoria da jornalista Graziella Valenti. A reportagem completa pode ser acessada através do link para-sair-de-impasse-oi-vai-capitalizacao.

Posteriormente, serão feitas algumas considerações.

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Valor Econômico, 07/04/2017

Para sair de impasse, Oi vai negociar capitalização

Por Graziella Valenti | De São Paulo

A Oi decidiu iniciar conversas sobre uma capitalização que possa trazer dinheiro novo para a companhia já dentro do processo de recuperação judicial. "Consideramos que essa é uma conversa possível, desde que o dinheiro seja para a empresa e não para os credores", disse Marco Schroeder, presidente da Oi, em entrevista exclusiva ao Valor.

É uma grande modificação no posicionamento da Oi, com potencial para alterar completamente os termos para o plano de recuperação judicial, aprovados pelo conselho no dia 22. O executivo decidiu quebrar o silêncio para mostrar que a movimentação em torno de uma solução aumentou.

É uma grande modificação no posicionamento da Oi, com potencial para alterar completamente os termos para o plano de recuperação judicial, aprovados pelo conselho no dia 22. O executivo decidiu quebrar o silêncio para mostrar que a movimentação em torno de uma solução aumentou.

Os valores considerados possíveis para a capitalização vão de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões - ou seja, coincidem com os declarados como disponíveis pelos interessados na operadora, segundo o Valor apurou com pessoas que já participaram de discussões a esse respeito. Questionado sobre a viabilidade de aporte deste volume, Schroeder afirmou que não falará em números neste momento.

A Oi entrou em recuperação judicial em junho do ano passado com R$ 65 bilhões em débitos e uma lista com 66 mil credores. Desse total, R$ 48 bilhões são dívidas financeiras - de títulos internacionais, bancos nacionais, estrangeiros e de fomento.

A mensagem de Schroeder é exatamente o que o governo gostaria de ouvir, depois de subir o tom e dar todos os sinais de que as chances de uma intervenção na Oi aumentaram consideravelmente.

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Dentro da recuperação judicial, a injeção de recursos aconteceria logo após a solução das dívidas. Para isso, o plano a ser votado pelos credores já tem de trazer a previsão do aumento de capital- incluindo a condição para definir o preço das novas ações e o volume almejado. Também ficaria previamente estabelecido que o dinheiro não seria usado para pagar dívidas.

A capitalização tem potencial de modificar de forma relevante a base de acionistas da Oi e, com isso, a governança da companhia.

Até dez dias atrás, Schroeder afirmava convictamente que seria melhor que os interessados na Oi entrassem após a recuperação judicial. Para ele, adicionar uma parte na negociação traria mais complicações ao processo.

Mas passou a considerar dinheiro novo parte da solução após diversos atores darem sinais favoráveis à medida - incluindo os bancos credores e o próprio governo. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sempre alerta sobre a importância de a tele retomar a capacidade de investir.

A mudança também deve-se a diversas sinalizações de disposição para aportes de capital, inclusive do próprio Tanure e da Pharol.

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O modelo de Schroeder é diferente do pretendido inicialmente por investidores interessados na tele como Elliott; Cerberus, com RK Partners; e Naguib Sawiris, com os bondholders da Moelis. A intenção deles era colocar dinheiro dentro da recuperação para dividir com os credores e pagar mais barato pela sua posição que os demais. Mas o executivo disse que defende o que é melhor para a Companhia.

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Em uma outra reportagem do Valor Econômico, de 07/04/2017, com o título “Oi planeja aumento de capital”, da mesma jornalista Graziella Valenti, é dito que:

“A direção da Oi pretende fazer uma capitalização que traga dinheiro novo para a operadora de telefonia. O valor estimado seria de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões - algo entre R$ 6,3 bilhões e R$ 9,4 bilhões. Os recursos seriam bancados pelos atuais acionistas e os que negociam para entrar na companhia. "Consideramos que essa é uma conversa possível, desde que o dinheiro seja para a empresa e não para os credores", disse ao Valor o presidente da Oi, Marco Schroeder”.

Na sequência são feitas algumas observações com base nas reportagens acima mencionadas e nas considerações postas no item “Impasse da Oi afugenta investidores”, do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA, do BS Nº 10/17, do qual um trecho é a seguir reproduzido, elaborada a partir de uma Nota do Jornalista Lauro Jardim.

“Impasse da Oi afugenta investidores

... ela, tão somente, confirma o que a imprensa de modo geral vem dando a entender nas semanas recentes: os investidores, estão “perdendo a paciência” com a Companhia e com o Processo de Recuperação Judicial. O Governo, segundo a Nota anterior de Lauro Jardim, também está!

É bem conhecido por aqueles que estão a par da situação da Empresa, que qualquer “solução” que se encontre para a Oi no sentido de mantê-la operacional - em condições de competir no mercado onde existir competição plena, que é a situação dos maiores mercados do País - passa pela necessidade de sua “capitalização”. São necessários investimentos vultosos, para expandir e atualizar tecnologicamente a Empresa.

Isto torna-se mais premente pelo fato de nos anos recentes a Oi, reconhecidamente, não ter investido cifras compatíveis com o tamanho de sua planta “continental” e modernizado sua Rede “legada”, que foi bastante útil e rentável nos tempos imediatamente após a privatização, mas, se tornou um “peso” na medida em que foi envelhecendo e ficando desatualizada.

Aliás, boa parte dos chamados “Bens Reversíveis” se enquadra nesta situação. Na verdade, eles já deviam ter sido substituídos em grande parte. Paradoxalmente, está em andamento uma discussão um tanto quanto esdruxula no sentido de sua valoração, como se eles tivessem um valor elevadíssimo, com vistas à sua possível utilização em programas de Universalização dos Serviços, mediante procedimentos que não estão claramente definidos. Nesta observação, cabe alguma ressalva em relação aos prédios e terrenos cujo valor está associando ao mercado imobiliário e não à prestação dos Serviços de Telecomunicações.

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Em palavras mais diretas: no caso da Oi, não basta resolver a questão da “dívida”. Deve ser aportado “dinheiro novo” – e em valor significativo – para sustentar os necessários projetos de expansão e atualização das Redes e dos Sistemas de Apoio à operação, bem como, intensificar ações de manutenção da planta, visando a melhoria das condições operacionais.

Nestas circunstâncias, a notícia pode ser avaliada sob dois prismas: um, positivo, por lembrar ao mercado que da forma como o assunto está sendo conduzido as possibilidades de sucesso ficam reduzidas a cada dia que passa; o outro, negativo, por deixar claro para o mercado que a “paciência” dos investidores se esgotou, e não estão dispostos a continuar “bancando” algo em que não confiam (no caso, o Setor Brasileiro de Telecomunicações).”

Considerações

Como se pode observar, a possibilidade levantada pelo Presidente da Oi está “em linha” com o que o BS sugeriu nos seus comentários, em relação à necessidade de sua capitalização. Ele só não chegou no nível de considerar tal medida como absolutamente essencial para que a Empresa consiga as condições mínimas, não só de se manter “viva” no mercado, como em condições de competir normalmente, dentro das disposições regulamentares associadas às Outorgas por ela detidas.

Nesta oportunidade, e agora “referendado” pelas palavras do Presidente da Oi, o BS reitera sua posição no sentido de que é necessário “dinheiro novo” – e em volume significativo – para que a Oi saia do Processo de Recuperação Judicial e continue a desenvolver suas atividades de uma forma mais proativa, e, não mantendo somente as condições operacionais mínimas, que mantenham num status apenas razoável as relações de prestação de serviço com seus clientes e usuários.

Vale lembrar, em relação à Qualidade de Serviço prestado pela Oi, as declarações do Presidente Juarez Quadros: "O serviço não piorou, mas não estão sendo feitos os investimentos necessários para que ela possa competir com as outras operadoras”. É, exatamente, esta “proatividade” que o BS considera ser necessária em qualquer alternativa de solução que venha a ser encontrada para a Oi: e ela, certamente, deverá existir!

Por outro lado, obviamente, tal “dinheiro novo” deve ser utilizado na forma mais eficiente possível. Fundamentalmente, em novos projetos visando a expansão e melhoria da planta nos aspectos que se demonstrarem mais prementes. Mas, também, para pagamento das dívidas mais críticas entre as quais o BS coloca a dos fornecedores de bens e serviços das redes e dos sistemas operacionais da Companhia.

É absolutamente essencial que nos trabalhos de recuperação que venham a ser desenvolvidos pela Operadora, ela tenha a seu lado uma indústria “aliada e colaborativa”; isto, só pode ser conseguido com a retomada de uma relação de “confiança e paz” entre o “vendedor e o comprador”.

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Neste sentido, o BS discorda parcialmente das palavras do Presidente Marcos Schroeder: "Consideramos que essa é uma conversa possível, desde que o dinheiro seja para a empresa e não para os credores”. Que seja para a Empresa, é o desejável e necessário: mas que não se paguem os “credores”, principalmente, os de bens, equipamentos, materiais, e, serviços, é questionável, dentro das considerações feitas anteriormente. Na verdade, pagar estes credores, é uma condição essencial para que a Empresa volta a ter crédito “na praça”!

Talvez a maneira de expressar do Presidente não tenha sido a mais adequada, no momento, pois, na sequência, a Companhia divulgou uma Nota na qual se afirma que os recursos novos seriam exclusivamente para investimentos:

"a Oi estuda alternativas dentro do processo de renegociação da sua dívida para incluir aumento de capital na companhia, tema que vem sendo abordado nas diversas interações que mantém com credores, acionistas e potenciais investidores. A análise sobre potencial emissão de capital, ainda em estágio inicial de discussão entre os atores no processo, seria para fortalecer ainda mais o balanço da companhia e não para equacionar as dívidas com os credores, mantendo os recursos novos exclusivamente para investimentos".

"Estamos comprometidos em buscar alternativas possíveis para equacionar a dívida da companhia e a injeção de recursos novos nesse momento parece que nos ajudaria a estabelecer um diálogo entre acionistas e credores e chegar num acordo. Estamos ainda em fase inicial de discussão sobre as condições e volume de aportes a serem feitos, mas os recursos poderiam vir de acionistas, credores e investidores externos. Essa iniciativa de trazer dinheiro novo para investimentos e não para pagamento de dívida mostra os movimentos que estão sendo feitos para garantir o fortalecimento da Oi".

No que tange às dívidas com o Governo, é importante que este seja “compreensivo” com a possibilidade de seu reescalonamento em prazos realísticos com a situação da Companhia; mas, não tolerante com possíveis tentativas de “aliviar” tais dívidas. Pelo menos, as inquestionavelmente caracterizadas. Isto, para não se criarem “precedentes” no mercado e colocar em risco a própria recuperação, diante de eventuais ações judiciais contestando tais medidas.

O “colapso” da Oi – Pare para pensar...

A palavra “colapso” tem sido usada nos casos do Processo de Recuperação Judicial da Oi, e no de uma eventual Intervenção, de modo relativamente “ligeiro”, sem se considerarem as consequências advindas de uma tão “radical” conclusão do processo. Afinal, se houver um “colapso” pode se deduzir que será o fim!

E, o que significa o fim? O fim, significará a “ramificação” desse colapso para além do Setor de Telecomunicações: um número importante de outros segmentos será, certamente, atingido pelo “tsunami”.

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Só para mencionar um, considere-se a redução do recolhimento do ICMS que atingirá as finanças de algumas Unidades da Federação nas quais a Telefonia (STFC) ainda é representativa no volume de receitas das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações, no caso, a Oi.

Imagine-se, a situação extrema, em que não se gerem receitas do STFC! No atual cenário, esta é uma situação previsível a longo prazo. Neste período, o “Sistema” terá de encontrar fórmulas para “compensar” a redução de receitas neste Serviço, pela tributação de outros Serviços.

Aliás, uma tarefa bastante sensível considerando-se a tendência da utilização de Aplicativos, em detrimento de Serviços que, tradicionalmente, foram os principais geradores de receitas das Companhias (Telefonia, SMS, Voz SMP, etc.), que são a base do recolhimento do ICMS. O futuro é da “banda larga” e do consumo (ilimitado) de Dados. Como este “Serviço”, que, atualmente, não é Serviço, poderá ser a fonte de tal compensação?

Voltando, à situação da Oi – que pode ser conceitualmente estendida a outras Operadoras – é fundamental que os Legisladores, Formuladores de Estratégias, e, Reguladores, considerem este tipo de correlação econômica entre o Setor de Telecomunicações e os demais Setores de atividade do País, inclusive os Governos Federal, Estadual, e, Municipal, quando se fizerem avaliações em relação aos possíveis desdobramentos de ações associadas a eventuais dificuldades com as quais se defrontem tais Empresas.

O objetivo a ser perseguido é “levantar” as Empresas, não deixar que elas “definhem” e morram. O País necessita de empregos, produção, e mais receitas que gerem impostos. Não se deve tolerar o princípio de que as “contas” do País, sejam fechadas com mais impostos sobre uma base estacionária ou regressiva. Isto, no médio prazo, levará à desestruturação completa do “sistema”.

O ideal é manter os impostos e aumentar a base de tributação? E, se tal base aumentar significativamente, passar à etapa seguinte que é a redução das alíquotas. Esta seria uma bandeira que o BS considera deveria ser defendida com toda a ênfase possível pelo Setor.

Uma mensagem final: os Estados que têm receitas expressivas no Setor de Telecomunicações, principalmente resultantes dos Serviços prestados pela Oi, deveriam estar acompanhando atentamente o processo.

A Oi e a Previdência Complementar

No Processo de Recuperação Judicial da Oi, e, mesmo, na possibilidade de uma “Intervenção”, o BS não tem detetado nenhuma menção na imprensa quanto à questão das obrigações da Empresa como Patrocinadora da Fundação Atlântico, e como Copatrocinadora da Fundação Sistel.

No Site da Fundação Atlântico pode-se ler o Comunicado aos Participantes abaixo reproduzido:

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COMUNICADO AOS PARTICIPANTES

Conforme divulgado pelos meios de comunicação, a OI S.A. formulou pedido de Recuperação Judicial perante a 7ª vara Empresarial do Rio de Janeiro.

É nosso dever tranquilizar todos os Participantes, informando que o mencionado procedimento não afeta a manutenção dos atuais benefícios, a concessão dos novos benefícios e dos Institutos (Resgate, Portabilidade, Benefício Proporcional Diferido e Autopatrocínio) previstos nos Regulamento dos Planos, ou seja, a Fundação Atlântico tem recursos suficientes para garantir todos os compromissos contratados com os Participantes e Assistidos.

Tampouco interfere na rotina mensal de pagamento das Folhas de Benefícios aos Assistidos da Fundação Atlântico, tendo em vista que a atual situação patrimonial dos Planos de Benefícios garante a manutenção do respectivo fluxo de desembolso.

A Fundação Atlântico permanecerá acompanhando o desdobramento desse contexto judicial, mantendo os Participantes e Assistidos informados sempre que necessário.

O Comunicado, naturalmente, não faz referência à possibilidade de o Processo de Recuperação Judicial da Companhia não ter o sucesso desejado com implicações, inclusive, na continuidade de sua existência (ver os comentários sobre um eventual “colapso”). Em tais circunstâncias, obviamente, as Entidades que dependem do seu Patrocinador e os Patrocinados, sentirão os reflexos de um desfecho desta natureza.

Os empregados da Companhia, nem através da Fundação, nem através de Sindicato de qualquer de suas categorias funcionais, se posicionaram publicamente sobre a questão. Pelo menos que seja do conhecimento do BS. Talvez não o possam ou devam fazer.

O tema é levantado, sem nenhuma intenção “alarmista”, tão somente, pelo fato de o BS o considerar relevante para os empregados da Companhia e para outros Patrocinados nos quais a Oi tenha obrigações decorrentes do processo de privatização do Sistema Telebras.

Comunicado ao Mercado Oi – Participação da PointState Capital LP

Mais a título de curiosidade, o BS tem divulgado e publicado os COMUNICADOS AO MERCADO da Oi, informando sobre alterações na sua estrutura societária. A ideia não é fazer nenhum tipo de

prospecção ou análise em relação a este aspecto, mas, tão somente, para se ter conhecimento do conjunto das Partes que por uma razão ou outra tem mais interesse no desenrolar do Processo de Recuperação Judicial da Companhia, e/ou, em outros movimentos que possam influenciar sua estrutura corporativa ou condições operacionais.

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Nesta oportunidade, é reproduzido o COMUNICADO AO MERCADO informando sobre correspondência recebida da PointState Capital LP, sociedade com Sede em Nova York, na qual anuncia a realização de operações que reduziram sua participação indireta na Oi S.A. que agora passa a ser de 4,40%.

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial COMUNICADO AO MERCADO

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial ("Oi" ou "Companhia"), em atendimento ao disposto no artigo 12 da Instrução CVM nº 358/02, comunica que recebeu, nesta data, correspondência do PointState Capital LP. com as informações que seguem abaixo transcritas:

"Prezado Senhor,

De acordo com o artigo 12 da Instrução CVM nº 358, datada de 3 de janeiro de 2002, conforme alterada ("ICVM 358/02"), a PointState Capital LP, sociedade com sede em 40 West 57th Street, 25º Andar, Nova Iorque, NY, 100019, registrada na U.S Securities and Exchange Comission sob o nº. CIK 0001509842 ("PointState") informa que, entre 4 de abril e 6 de abril de 2017, celebrou operações que reduziram sua participação indireta na Oi S.A. - Em Recuperação Judicial ("Companhia"), resultando, na presente data, em participação equivalente à 29.393.846 ações ordinárias emitidas pela Companhia, representativas de 4,40% das ações ordinárias emitidas pela Companhia, compostas por 8.500.631 ações ordinárias e 4.178.643 American Depositary Receipts - ADRs representativos de ações ordinárias emitidas pela Companhia.

A PointState informa que atualmente não tem a intenção de alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da Companhia.

PointState declara, ainda, que não possui outros valores mobiliários além das ações ordinárias e ADRs aqui mencionados, e que não é parte de qualquer acordo que regule o exercício de direito a voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da Companhia.

Por fim, em conformidade com o disposto no artigo 12, VI da ICVM 358/02, a PointState declara que o Sr. Carlos José Rolim de Mello, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob o nº. 075.711.958-10, é seu representante legal no Brasil para os efeitos do artigo 119 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada.

Atenciosamente, PointState Capital Lp."

Rio de Janeiro, 07 de abril de 2017.

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial Ricardo Malavazi Martins

Diretor de Finanças e de Relações com Investidores

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Projeto da Telefônica para explorar a inteligência de dados Com o título acima, o Teletime de 08 de abril de 2017, publicou uma entrevista de Samuel Possebon, com Eduardo Navarro – Presidente da Telefônica Vivo. O assunto central é a implantação no Brasil do Sistema Aura, lançado com grande visibilidade por ocasião do MWC 2017, realizado em fevereiro passado, em Barcelona. A entrevista chamou a atenção do BS, pois, o tema foi objeto de considerações no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 06/17 com o título: “Deixamos de ser uma Empresa burra” – nasce o AURA! Tendência para o Setor?”. Por se tratar de matéria que poderá trazer importantes inovações para o mercado brasileiro de telecomunicações e um diferencial para a Telefônica Vivo, é interessante ouvir as palavras de Eduardo Navarro e as perspectivas futuras sobre a implantação do Sistema no Brasil. Vale registrar que nas palavras do CEO mundial da Companhia a Telefónica deixará de ser uma Empresa “burra”. Este ponto mereceu algumas considerações do BS no item anteriormente publicado. 02. COMO OS PROJETISTAS DE CHIPS ESTÃO SUPERANDO A LEI DE MOORE Em uma edição anterior do BS foram feitos comentários a respeito do desenvolvimento da capacidade dos processadores e sua vinculação com a Lei de Moore, que estabelece o conceito de que a quantidade de transistores (dispositivos lógicos) integráveis em um chip duplica a cada 2 anos, em função da evolução tecnológica. Nos últimos anos, verificou-se que essa taxa estava ocorrendo a, praticamente, cada 18 meses. Mas, agora, tal Lei estaria sendo questionada por se ter chegado aos “limites” do desenvolvimento, uma vez que se alcançou a fronteira de utilização de átomos, para se conseguir fisicamente a implementação de um dispositivo lógico dessa natureza. O questionamento quanto a este aspecto relaciona-se com a capacidade de processamento das CPUs, pois, com as tecnologias tradicionais, tal capacidade está associada à quantidade de dispositivos lógicos que contém. Portanto, se houver uma impossibilidade física de dispor de mais dispositivos, também se estaria chegando ao “limite” da capacidade de processamento dessas unidades. As perspectivas, nesta hipótese seriam terríveis, pois, ao contrário, sabe-se que o desenvolvimento dos novos sistemas de automação, inteligência artificial e seus algoritmos “cognitivos”, além de outras funcionalidades cada vez mais presentes no dia a dia, leva à necessidade de “capacidade de

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processamento” e de “armazenamento”, cada vez maiores, nos aparelhos terminais, e nas gigantescas Bases de Dados que se instalam em ritmo veloz, em todas as partes do planeta. Isto, com o máximo de eficiência do processo, materializado em aspectos desejáveis, tais como, dispositivos cada vez menores, mais user friendly, com menor consumo, e, mais facilmente integráveis com outros dispositivos e sistemas, tornando-os o mais “abertos” e “universais” possível. Uma das “saídas” para tal dilema, pelo menos enquanto não se encontrarem novas formas de se implementarem praticamente novos “dispositivos lógicos” com muito maiores capacidades, é a utilização dos atualmente disponíveis, porém, com “estruturas computacionais”, ou, “arquitetura de sistemas” que permitam sua utilização, proporcionando o tão desejado aumento da capacidade de processamento, utilizando “artifícios” sistêmicos e estruturais, nesta direção. A maneira mais convencional, cujo conceito não é novo, mas havia sido deixado em um segundo plano nos últimos tempos, é o emprego do chamado “processamento distribuído”. Isto quer dizer que em vez de se concentrar todas as necessidades de processamento em um único dispositivo (CPU) que, portanto, demandaria capacidade cada vez maior, a alternativa consiste em empregar mais dispositivos, dedicados a diferentes funcionalidades, que possam ser tratadas de modo “independente”. Então, o trabalho a ser desenvolvido é como, ao final, se fará a “integração” das “funções” desenvolvidas por diferentes dispositivos que deverão trabalhar de forma “harmônica” para se alcançarem os objetivos desejados. Naturalmente, esta é uma ideia genérica e colocada de modo simplificado, que o BS traz para seus leitores. Os que, tiverem interesse particular, podem acessar intensa literatura sobre o assunto. A verdade indiscutível, é que o conceito terá cada vez mais relevância nas definições, estratégias, e configurações das “Redes do Futuro” que são um dos itens frequentes abordados neste BOLETIM. Por exemplo: estão “batendo à nossa porta” as Redes 5G (ainda não suficientemente definidas, mas, certamente exigidas) e as novas estruturas funcionais da chamada Internet das Coisas (IoT), as quais, na visão do BS, estabelecerão, inclusive, novas conformações para a Internet, tomando como referência as atualmente existentes. Sem entrar nos detalhes, um dos conceitos que a “Internet do Futuro” deverá assumir, é a “confiabilidade sistêmica”, de forma que se possam estabelecer padrões de “Qualidade de Serviço” (QoS). Esta é uma das grandes incongruências que persistem nas estruturas regulatórias dos dias atuais, pois, fazem-se exigências de níveis de qualidade que os Sistemas estruturalmente não estão preparados para fornecer. Em outras palavras: exige-se o que não é possível dar! Então, é necessário repensar o “modelo regulatório” de forma a, de uma vez por todas, estabelecer novos padrões para essas estruturas, garantidores da perseguida qualidade sistêmica com padrões bem definidos, ou, aceitar que o processo pode estar ajustado às necessidades da “nova sociedade”

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que está emergindo, a qual não está tão preocupada com a questão da “qualidade” como ocorria com a “sociedade do passado”. Não que isto ocorra por “desleixo” das pessoas, mas, simplesmente, porque as necessidades são diferentes e a forma e alternativas de comunicação se diversificaram tanto, que os usuários são suficientemente inteligentes para buscarem as alternativas que melhor lhe convierem, sem lhe criarem transtornos que os levem a “reclamar” pelo que estão recebendo. No final, tudo poderá ser encarado como uma questão de “custo-benefício”. Sem desconsiderar, por óbvio, situações particulares em que a exigência de “confiabilidade” é imprescindível no contexto da operação de determinado sistema como ocorre, por exemplo, com a “monitoração” de dados vitais processados em sistemas de “missão crítica”. Obviamente, este conceito de “flexibilização” na prestação de Serviços, afronta a posição de muitos que defendem ardorosamente, com unhas e dentes, o “direito” de todos receberem Serviços com a mesma qualidade, e, até, com os mesmos preços. Na prática, é isto que ocorre quando se defendem Planos de Serviços Ilimitados de Dados para todos, sem qualquer restrição quanto ao processamento de tais Dados, quanto à sua procedência, uso, tipo de informação e sua destinação, entre outras características de diferenciação que possam ser estabelecidas. Neste sentido o conceito de Neutralidade de Rede, entendido na sua dimensão plena passa a ser, praticamente, inaplicável. Dentro desta linha de raciocínio, e sem entrar em outros detalhes, o BS convida a seus leitores a verificarem o texto de uma reportagem do Wall Street Journal, de autoria de Christopher Mims, com o título “How Chip Designers Are Breaking Moore’s Law”. Ele é interessante na medida em aborda, direta ou indiretamente, alguns dos pontos colocados acima pelo BS e dá uma ideia de como os cientistas e as empresas estão se posicionando e atuando para enfrentar esta situação, sem dúvida, relevante para o desenvolvimento da indústria de comunicações do futuro e para a vida das pessoas, da sociedade como um todo, e, até, das Nações. Wall Street Journal

How Chip Designers Are Breaking Moore’s Law Microprocessors got smaller, faster and more power-efficient, but as they reach their physical limitations, chip architecture is driving performance gains By Christopher Mims The Wall Street Journal Updated March 19, 2017 11:54 a.m. ET

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Jen-Hsun Huang, founder and chief executive of Nvidia, held up a Nvidia Xavier AI car supercomputer while delivering his January 4 keynote address at CES, the consumer electronics show in Las Vegas. PHOTO: RICK

WILKING/REUTERS

Two of the biggest semiconductor companies made announcements last week that might seem unrelated, but are linked. Intel announced its acquisition of Israeli startup Mobileye, which makes chips and software for self-driving cars. Nvidia announced the latest generation of a system intended to speed up machine learning, which is necessary for artificial intelligence.

Both were driven by “specialized computing,” that is, the transforming of specific software tasks into physical silicon chips instead of depending on an ever-faster do-it-all CPU, or central processing unit. It has existed in some form or another for decades, but it has lately become the driving force behind pretty much everything cool in technology, from artificial intelligence to self-driving cars. Why? Because those CPUs aren’t getting faster at the pace they once were. Moore’s Law is dying.

Moore’s Law is the notion that, every two years or so, the number of transistors in a chip doubles. Its popular conception is that computers keep getting faster, smaller and more power-efficient. That isn’t happening the way it used to. “It’s not like Moore’s Law is going to hit a brick wall—it’s going to kind of sputter to an end,” says Daniel Reed, chair of computational science and bioinformatics at the University of Iowa.

As Intel and the other chip foundries spend fortunes to keep the wheel turning, chip designers across the industry are finding creative ways to continue at the old pace of Moore’s Law, and in many cases increase device performance even more quickly.

“Most of the advances today come from [chip] design and software,” says Nvidia chief scientist William Dally. “For us it’s been a challenge because we feel under a lot of pressure to constantly deliver twice the performance per generation,” he adds. So far, Nvidia has accomplished that cadence even when the size of the elements on the chip doesn’t change, and the only thing that does is its design, or “architecture.”

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Here’s a less-than-exhaustive list of all the applications to which the principle of specialized computing has been applied: Artificial intelligence, image recognition, self-driving cars, virtual reality, bitcoin mining, drones, data centers, even photography. Pretty much every technology company that makes hardware or supplies it—including Apple, Samsung, Amazon, Qualcomm, Nvidia, Broadcom, Intel, Huawei and Xiaomi—is exploiting this phenomenon. Even companies that only produce chips for their own use, including Microsoft, Google, and Facebook, are doing it.

The Snapdragon Flight mini drone, one of world’s smallest 4K drones, at Qualcomm Inc.’s San Diego research robotics lab. PHOTO: K.C. ALFRED/SAN DIEGO UNION-TRIBUNE/ZUMA PRESS

Many years ago, almost all computing was done with the CPU, one thing after another in sequence, says Keith Kressin, a senior vice president at Qualcomm . Gradually, often-used but processor-intensive tasks were diverted to specialized chips. Those tasks were processed in parallel, while the CPU did only what was absolutely required.

These task-focused chips come in a wide variety, reflecting the breadth of their uses, and the lines between them can be blurry. One kind, the graphics processing unit—think Nvidia and gamers—found wider use for tasks to which it’s uniquely suited, including artificial intelligence. Later on, the rise of smartphones created a gigantic need for another type, digital signal processing chips, designed to enhance photography, for example.

“Our goal is to minimize the amount of software running in the CPU,” says Mr. Kressin. As a result, modern microchips like Qualcomm’s Snapdragon, found in dozens of Android smartphones, can contain not only CPUs but also two dozen or more separate digital-signal processors, as well as a graphics processing unit. Each element is optimized for a different task, from handling images to listening for the phone’s “wake word.”

Moving chores like image enhancement to digital signal processors typically speeds them up by a factor of 25, says Mr. Kressin. That’s one reason your smartphone is able to do so many things that your desktop computer can’t, even if the phone’s CPU isn’t as powerful.

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In phones, it was Apple that proved the utility of designing chips in-house, optimizing every nanometer of silicon for exactly the tasks it would handle, says Ben Bajarin, an analyst at market-research firm Creative Strategies. Apple’s huge investment in custom silicon is key to the smooth operation of its devices, and for new features, like the Touch ID fingerprint sensor.

For tasks involving artificial intelligence, switching from CPUs to graphics processors sped them up by anywhere from 10 to 100 times, says Nvidia’s Mr. Dally.

Similar performance gains for the AI behind self-driving technology are the reason that semiautonomous cars are already on America’s roads, and the reason that Intel bought Mobileye. Intel declined to comment for this piece, but integrating Mobileye’s silicon and software into Intel’s own chip technology would be a classic example of specialized computing.

Nvidia’s move into AI and self-driving tech is analogous, even if the company’s graphics processors are much more capable computers than the kind of ultra-specialized silicon typically used to speed up a process. Mr. Dally says the company has been tuning its graphics processors to be better for AI of every sort since 2010.

There are limits to the advantages gained by focusing on more specialized parts, as recent aviation history illustrates. “A [new Boeing ] 777 doesn’t fly any faster than a 707 did at beginning of the 1960s,” says Prof. Reed at the University of Iowa. But innovations, from lighter materials to computer controls, have yielded real benefits—planes are safer and more fuel-efficient. By the logic of his analogy, while raw chip performance might not improve, enabling a chip to handle dozens of specific tasks makes it more capable overall.

There’s also a problem of scale. Certain chip buyers—for instance, drone manufacturers—have had to make do with existing general-purpose microprocessors until they could demonstrate enough market demand, says Mr. Kressin. Qualcomm now makes Snapdragon chips specialized for drones: They have to crunch sensor information fast enough to keep the little autonomous copters from crashing or falling out of the sky.

The upside of all this specialization is that making faster chips is now primarily dependent on the cleverness of the chip designer, as opposed to the ability of manufacturers to etch ever more minuscule circuits into silicon, Prof. Reed says. As a result, microchips more than ever illustrate Steve Jobs’s famous quote paraphrasing computer scientist Alan Kay : “People who are really serious about software should make their own hardware.”

Corrections & Amplifications

Nvidia chief scientist William Dally asserted that his company has been tuning its graphics processors to be better for AI. In an earlier version, the comment was misattributed to Keith Kressin, an executive at Qualcomm. March 19, 2017

Appeared in the Mar. 20, 2017, print edition as 'How Chip Designers Are Breaking Moore’s Law.'

03. USO EM EXCESSO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS PODE SER UM VÍCIO

Na edição do BS Nº 09/17 constou o item “DROGAS E SMARTPHONES”. O comentário foi feito a partir de uma reportagem do New York Times que abordou a correlação entre a redução de jovens que deixaram ou reduziram a utilização de drogas, em função do uso de Smartphones. As conclusões foram baseadas em pesquisas feitas com adolescentes em idade escolar, nos Estados Unidos.

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Parece evidente que há uma preocupação da sociedade com os “efeitos” da utilização excessiva dos dispositivos móveis que geraria uma “dependência” das pessoas, da mesma forma que elas ficam “dependentes” em função do uso compulsivo de determinadas substâncias, geralmente tratadas como “drogas”.

Recentemente, o El País publicou uma artigo traduzido para o espanhol, escrito por Daniel J. Krueger, originalmente publicado no Site “The Conversation”, no qual o tema é abordado com o título: “O que há por detrás das vibrações imaginárias de seu telefone móvel?” (em tradução livre do BS). O subtítulo é bem indicativo do que se trata: “Os médicos e os pesquisadores continuam debatendo se o uso excessivo de dispositivos móveis pode constituir um vício”.

A situação pode parecer “patética”, mas, não se pode deixar de considerar a possibilidade de um dia alguém imaginar uma legislação que imponha às Operadoras, a obrigação de “limitar”, ou, “restringir” o acesso a determinados “endereços” da Rede, por parte de usuários específicos que, em termos médicos forem “diagnosticados” com esta nova “doença” dos tempos modernos. Nesta situação se criaria uma espécie de “síndrome” do Smartphone e, poderiam surgir “crises de abstinência” relacionadas com seu uso. Uma situação nova a ser avaliada por psicólogos e psiquiatras.

Do ponto de vista operacional, os efeitos práticos de uma situação desta natureza conduzem a ações que se opõem às tendências atuais da Neutralidade de Rede (devido à imposição de restrição pelas Operadoras Móveis), e, do uso “sem limites” do acesso à Rede (haveria limitações).

O BS pode estar “viajando” na abordagem, da mesma forma que algumas pessoas “viajam” na utilização de seus aparelhos móveis. Mas, é inquestionável que a utilização destes aparelhos passou a condicionar a forma de viver de muitas pessoas. Se é vício ou não é vício, talvez seja uma questão secundária a abordar, e os psicólogos vão estabelecer condicionantes para tanto. Mas, sem dúvida está se falando de “perfis” de uso que têm influência direta com o dimensionamento dos Redes. Nestas circunstâncias uns poucos usando muito podem estar prejudicando com seu “vício” os muitos que usam pouco.

Assim, pode valer a pena a leitura do artigo mencionado. Os leitores do BS podem tirar suas próprias conclusões, sempre com a perspectiva de que a “viagem” de hoje, pode ser o “problema” de amanhã.

Na sequência é reproduzida o Artigo conforme publicado no El País

¿Qué hay detrás de las vibraciones imaginarias de su teléfono móvil?

Los médicos y los investigadores siguen debatiendo si el uso excesivo de dispositivos

móviles puede constituir una adicción

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Daniel J. Krueger The Conversation 30 MAR 2017 - 01:01 BRT

Este es su cerebro conectado. Shutterstock

¿Ha experimentado alguna vez una llamada telefónica o un mensaje de texto fantasma? Está convencido de que ha notado que su móvil vibraba en el bolsillo o de que ha oído el tono de llamada, pero, cuando consulta el aparato, en realidad nadie ha intentado ponerse en contacto con usted. En estos casos lo más normal es que se pregunte dónde está el fallo; en el móvil o en usted.

Pues bien, probablemente esté en usted, y podría tratarse de una señal de hasta qué punto ha llegado a estar enganchado a su teléfono. No es el único: más del 80% de los estudiantes universitarios de nuestra encuesta han experimentado lo mismo. Ahora bien, si le sucede a menudo —más de una vez al día—, puede ser síntoma de que es psicológicamente dependiente del móvil.

No cabe duda de que los teléfonos móviles forman parte del tejido social en muchas partes del mundo, ni de que hay personas que pasan varias horas al día pendientes de ellos. Nuestro equipo de investigación acaba de descubrir que la mayor parte de la gente ocupa su tiempo de ocio jugueteando con el móvil. Otros lo hacen incluso en medio de una conversación, y la mayor parte lo consulta a los 10 segundos de ponerse a la cola para pedir un café o de llegar a un destino.

Los médicos y los investigadores siguen debatiendo si el uso excesivo de teléfonos móviles u otros dispositivos puede constituir una adicción. Esta clase de comportamiento ha sido incluida en la última actualización de la DSM-5, la guía de referencia de la Asociación Estadounidense de Psiquiatría para la clasificación y el diagnóstico de los trastornos mentales.

Sin embargo, dado que hay un debate, decidimos comprobar si las vibraciones y los timbres imaginarios podían arrojar algo de luz sobre el asunto.

¿Una droga virtual?

Las adicciones son estados patológicos en los que las personas buscan compulsivamente estímulos gratificantes a pesar de sus consecuencias negativas. Muchas veces oímos noticias que hablan de que

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el uso del móvil puede ser problemático para las relaciones y el desarrollo de verdaderas dotes sociales.

Una de las características de las adicciones es que las personas se vuelven hipersensibles a las señales relacionadas con las recompensas que ansían. Sea lo que sea, empiezan a verlo por todas partes. (En el colegio mayor tuve un compañero de habitación que una vez creyó ver una colmena hecha de colillas de cigarrillo colgando del techo).

Una de las características de las adicciones es que las personas se vuelven hipersensibles a las señales relacionadas con las recompensas que ansían. Sea lo

que sea, empiezan a verlo por todas partes

Siendo así, ¿podría ocurrir que las personas que esperan con ansiedad los mensajes y las comunicaciones de sus mundos sociales virtuales hiciesen lo mismo? ¿Es posible que interpreten equivocadamente algo que han oído como un tono de llamada, o el roce de su teléfono en el bolsillo como una vibración de alerta, o incluso que crean que han visto una nota en la pantalla de su móvil cuando, en realidad, no había nada?

Una disfunción humana

Decidimos averiguarlo. Partiendo de un parámetro contrastado de medición del uso problemático del móvil, extrajimos indicadores del grado de dependencia psicológica de estos dispositivos. Asimismo, inventamos preguntas sobre la frecuencia con que se experimentan los tonos de llamada, las vibraciones y los mensajes de texto. Después, realizamos una encuesta a más de 750 estudiantes universitarios.

Los que obtuvieron puntuaciones más altas en dependencia del teléfono móvil —aquellos que lo empleaban con más frecuencia para sentirse mejor, se volvían irritables si no podían utilizarlo y pensaban en usarlo cuando no estaban haciéndolo— tenían experiencias imaginarias relacionadas con el aparato más frecuentemente.

Los fabricantes de teléfonos móviles y los proveedores de servicios nos han asegurado que esta clase de experiencias no son un problema de la tecnología. Como diría HAL 9000, son producto de un error humano. Entonces, ¿en qué exactamente nos hemos equivocado? Vivimos en un mundo feliz de socialización virtual, y las ciencias psicológicas y sociales a duras penas consiguen seguir el ritmo de los avances de la tecnología.

Las experiencias imaginarias con el teléfono pueden parecer un problema relativamente insignificante en nuestra era de conexión electrónica, pero evocan el

fantasma de hasta qué punto somos dependientes de nuestros teléfonos

Las experiencias imaginarias con el teléfono pueden parecer un problema relativamente insignificante en nuestra era de conexión electrónica, pero evocan el fantasma de hasta qué punto somos dependientes de nuestros teléfonos y de lo mucho que estos influyen en nuestra vida social. ¿Cómo podemos orientar el uso de los teléfonos móviles para obtener el máximo de beneficios y

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reducir al mínimo sus riesgos, ya sea mejorando nuestra salud mental o perfeccionando nuestras aptitudes sociales cara a cara? ¿Qué otras nuevas tecnologías van a cambiar nuestra manera de relacionarnos con los demás? Nuestras mentes seguirán vibrando de expectación.

Daniel J. Krueger es profesor adjunto de investigación en la Universidad de Michigan.

Cláusula de divulgación:

Daniel J. Krueger no trabaja para ninguna empresa u organización que pueda beneficiarse de este

artículo, no las asesora, no posee acciones en ellas ni recibe financiación. Tampoco declara otras

vinculaciones relevantes aparte del cargo académico mencionado.

Este artículo fue publicado originalmente en inglés en la web The Conversation.

04. SIM, TELAS VICIAM

Por coincidência, o Blog LINK, do Jornal o Estado de S. Paulo, produzido por Pedro Doria, publicou um excelente texto que coloca, de forma mais direta os aspectos abordados no item anterior. Neste sentido, ele se torna um bom material para que os leitores do BS tirem suas próprias conclusões sobre tão “palpitante” assunto.

Na sequência, é reproduzido o texto em questão com o titulo:”Sim, telas, viciam”!

O ESTADO DE S. PAULO - LINK

Sim, telas viciam

Todos os ambientes digitais em nossas telas são construídos para que a gente volte

07/04/2017

Por Pedro Doria - O Estado de S.Paulo

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Tiago Queiroz/Estadão

Popularização de smartphones ajudou a conectar países como o Brasil, diz o estudo

Este é um bom momento para falar abertamente de um assunto delicado. Eu sou viciado. Aliás, você provavelmente também o é, prezado leitor. Somos viciados em nossas telas. E o problema é grave. Uma média de todos os usuários do app Moment, que calcula o uso diário do celular nos iPhones em que está rodando, informa que passamos entre três e quatro horas interagindo com o aparelho.

Um sexto do dia ligados em apenas uma das telas. Este vício é o tema de um livro que acaba de sair nos EUA: Irresistible: The Rise of Addictive Technology, do psicólogo social Adam Alter. Ou, em português, Irresistível, a ascensão da tecnologia que vicia.

Um vício, como Alter definiu para The New York Times, é algo que fazemos e causa satisfação no momento imediato, é nocivo a longo prazo, e, no entanto, continuamos a fazer de forma compulsiva. Como sacar o celular à toa, toda hora. Ou disparar o primeiro episódio de uma série, emendar no segundo, no terceiro. Uma das pesquisas consultadas para o livro mostra que, em média, 70% dos espectadores que assistem o segundo episódio de uma temporada até o fim não largam a série antes do último episódio.

Steve Jobs, em uma de suas últimas entrevistas, disse que não deixava os filhos usar iPhones ou iPads. Chris Anderson, ex-editor da “Wired” e autor de clássicos do estudo da tecnologia como “A Cauda Longa”, também é extremamente rigoroso com as crianças da casa.

Não é que tecnologia digital seja construída para viciar. Mas o modelo de negócio que a sustenta é, quase sempre, diretamente relacionado à quantidade de tempo que gastamos interagindo. Apps, redes sociais, séries, tudo depende de muitas horas de uso num ambiente de muita competição. Então se sofisticam, e sofisticam. Ganha quem consegue o produto capaz de nos manter grudados nas telas.

E grudamos.

Alter cita características que produzem, em nossos cérebros, esse desejo de mais.

A primeira é o feedback. Basta pensar em como botões de elevador são irresistíveis para crianças. Um clique e a luz acende. Você faz algo, há uma resposta. É um lado primitivo do cérebro este que tem o

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prazer secreto de ver um resultado para cada ação. E, quando o resultado da ação é aleatório, o impulso de buscar pela resposta bate mais forte. Como máquinas caça-níqueis em que puxamos a alavanca mais e mais na esperança da consequência ideal. Apps e games são cuidadosamente desenhados para ter estas pequenas consequências para cada ação para a qual respondemos sem controle.

Metas claras são igualmente importantes. O número de pessoas que termina maratonas na marca de 3 horas e 58 ou 59 minutos é muito maior do que aqueles que chegam em 4 horas ou quatro e um. Porque a gana de cumprir uma meta – fazer em menos de quatro horas os 42 quilômetros – provoca algo em nós. Apps que impõem metas por completar são apps aos quais costumamos voltar.

Assim, como, claro, sociabilidade. Do botão curtir à existência de comentários, retornamos ao lugar que postamos a foto para ver quem gostou, quem falou, queremos este retorno dos outros. Ansiamos por ele. Para não falar da gameficação: distintivos, pontos, rankings de usuários. Quanto mais aparecemos num ambiente, maior o reconhecimento que temos, quanto mais jogamos, mais recordes batemos. É o truque das companhias aéreas que fazem uma fila especial para clientes que voam muito. É uma conveniência, mas também um status.

Do Facebook ao app de corrida, da organização do Netflix à do Linkedin, todos os ambientes digitais em nossas telas são construídos para que a gente volte. Funciona.

05. A INFORMAÇÃO DO FUTURO NÃO ESTÁ NA “NUVEM” - ESTÁ NA “NÉVOA”

O texto desta reportagem de Nacho Palou, publicada no El País, é autoexplicativa e interessante. Ela trata das desvantagens do chamado armazenamento de Dados na “Nuvem” e a tendência futura para que isto ocorra na “Névoa”.

O BS sugere sua leitura aos interessados, por se tratar de uma matéria com aspectos técnicos específicos. Mas, pode interessar aos leigos na medida em que se trata de uma tendência que pode, brevemente, estar à sua disposição; no seu Smartphone!

Para aqueles que apreciam os detalhes o BS chama a atenção para a questão da “distribuição” da informação, como forma de garantir a privacidade e tornar o armazenamento da informação menos vulnerável, ou, invulnerável, à intrusão de terceiros.

Vale salientar alguns aspectos colocados no item “COMO OS PROJETISTAS DE CHIPS ESTÃO SUPERANDO A LEI DE MOORE”, onde os projetistas de chips estão lançando mão do “processamento distribuído” como forma de aumentar a capacidade de processamento das CPUs.

No caso, ainda que seja uma situação diferente, está se utilizando o conceito da “distribuição” da informação, num sentido diferente do que está se colocando no presente item. O ponto a observar é que a elevada concentração de informação, em um mesmo ponto, pode se tornar uma situação

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inconveniente que exige alguma forma de tratamento para superar as dificuldades verificadas. O tratamento “distribuído” pode ser a maneira de criar soluções ajustadas às necessidades de cada situação.

Na sequência é reproduzido o texto da reportagem do El País.

La informática del futuro no está en la nube, está en la niebla

La computación en la niebla descentraliza la nube y distribuye los datos entre diversos

dispositivos para mejorar la seguridad y el acceso a la información

Nacho Palou

El País, 5 ABR 2017 - 08:35 BRT

La computación en la niebla se refiere al uso de uno más dispositivos como el móvil para distribuir la información en lugar de enviar los datos a un único servidor en internet.

La expresión "computación en la nube" o cloud computing se refiere al uso de servidores remotos para almacenar información y para ejecutar todos o algunos de los procesos que hacen funcionar servicios y aplicaciones a los que el usuario normalmente accede desde el ordenador o el móvil. Para que la computación en la nube sea posible es necesario transferir grandes cantidades de datos a través de internet, de modo que la computación en la nube requiere una conexión a internet de gran capacidad y alta disponibilidad. Por ejemplo, por wifi y 4G en dispositivos móviles y ADSL o fibra óptica en viviendas y oficinas.

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Entre otras cosas, gracias a la computación en la nube un teléfono móvil puede ver ampliada su capacidad para almacenar fotografías hasta casi lo infinito: transfiriendo las fotografías hechas con la cámara del móvil a los servidores remotos de Dropbox o de Google Drive, por ejemplo, esas imágenes no ocuparán espacio en la memoria del teléfono. Otro ejemplo: no todos los ordenadores personales son capaces de editar vídeos en resolución HD o 4K, pero enviando el vídeo a los servidores de YouTube si será posible editar el vídeo desde ese mismo ordenador, porque serán los servidores de YouTube los que harán el trabajo duro de manejar y de procesar el ingente volumen de datos que requiere la edición de ese vídeo. Sin la computación en la nube tampoco podrían existir los asistentes de voz como Siri o Google Voice.

“El problema es que aunque es muy útil disponer de la potencia y capacidad de un servidor remoto", dicen en TechRadar, "también existe el riesgo de que ese servidor se vea comprometido y todos los datos que contiene queden expuestos”.

Para reducir ese riesgo Rosario Culmone y Maria Concetta De Vivo, de la facultad de tecnología de la universidad de Camerino, en Italia, han propuesto el desarrollo de protocolos que hacen uso de tecnologías ya utilizadas en internet para desmenuzar los datos a procesar. De ese modo, la información no se enviaría a un servidor remoto concreto, sino que estaría repartida, troceada, entre muchos servidores menores. Se trataría de “información inmaterial en el sentido de que en ningún momento la información existe en su forma completa en ningún lado”, explican.

La información inmaterial permanece distribuida en redes redes públicas y privadas, sin quedar almacenada en un lugar concreto. De este modo no hay un servidor que pueda ser objetivo de ataques maliciosos y solo el dueño legítimo de la información pueden acceder a ella cuando la necesite: “Es como si enviaras una carta por correo sin destinatario pero con un dispositivo de seguimiento: la carta pasaría de una oficina de correos a otra y nunca se entregaría en ningún sitio, pero en cualquier momento se puede recurrir al dispositivo de seguimiento para saber dónde está y recuperarla”, dicen las investigadoras.

Esta descentralización de la computación en la nube se conoce como computación en la niebla o fog computing. El término fue acuñado por Cisco hace algún tiempo y se refiere al uso de uno o de más dispositivos cercanos al usuario, incluyendo su móvil, para distribuir la información en lugar de enviar los datos a un único servidor en internet. “Mientras que la nube está ahí arriba en algún lugar del cielo, distante y remota y deliberadamente abstraída, la niebla está cerca del suelo, donde las cosas se concretan”, explica el columnista de The Wall Street Journal Christopher Mims.

La distribución de la información entre uno o más dispositivos y centros de datos menores geográficamente más próximos al usuario supone también una mejora en la velocidad de acceso, en el tiempo de latencia, y en la disponibilidad de los datos. Parte de esos datos pueden quedar distribuidos en redes locales entre los dispositivos del usuario, por que la computación en la niebla ofrece teóricamente una mayor seguridad con respecto a la computación en la nube. Además de que

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los datos se reparten entre diversas máquinas y dispositivos una parte de esa información puede quedar a este lado del router, en una red local, por ejemplo, reduciendo en gran medida el riesgo que implica transferirlos por internet.

La distribución de la información entre uno o más dispositivos y centros de datos más próximos al usuario supone una mejora en la velocidad de acceso, en el tiempo

de latencia, y en la disponibilidad de los datos

La computación en la niebla tiene una estrecha relación con el internet de las cosas o el internet de todo (IoT, IoE, respectivamente), la idea de que los objetos cotidianos incorporen ordenadores más o menos capaces y estén conectados entre sí. Por tanto entre los dispositivos candidatos a formar parte de una red de computación en la niebla se pueden incluir también todos aquellos aparatos conectados con los que convivimos habitualmente: tabletas, teléfonos móviles y ordenadores, puntos de acceso, routers y switches de red, videoconsolas o impresoras, sin descartar tampoco un televisor o una nevera como cualquier aparato que pueda participar en el internet de las cosas.

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NOTA: Os comentários do presente BOLETIM SEMANAL bem como a edição final do texto são de responsabilidade de Antonio Ribeiro dos Santos, Consultor Principal da PACTEL. A precisão das informações não foi testada. O eventual uso das informações na tomada de decisões deve ocorrer sob exclusiva responsabilidade de quem o fizer. Também não se assume responsabilidade sobre dados e comentários realizados por terceiro scujos termos o BS não endossa necessariamente. É apreciado o fato de ser mencionada a fonte no caso de utilização de alguma informação do BOLETIM SEMANAL.