Individualismo
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Individualista, eu?Individualista, eu?Antônio Gabriel
FilipeJuliana
KatherineLuís Otávio
Individualista, eu?
A idéia mais comum que temos do individualista é a de alguém que só pensa em si mesmo. Seriam
pessoas com dificuldade de relacionamento e isoladas da sociedade, em uma espécie de
egoísmo.
Individualista, eu?
Entretanto, alguns pensadores até valorizam o lado positivo do individualismo, como consolidar
os direitos subjetivos (liberdade individual, privacidade, dignidade, autonomia, etc).Para Aristóteles, todas as coisas são
naturalmente individuais, tendo características próprias – para entender o grupo basta uma
concepção de base.
Grécia Antiga
Na Grécia antiga, a vida cotidiana era conjunta. O testemunho de cada um sobre as ações do
outro era importante.O ideal máximo era a conquista da imortalidade: a
única forma de se imortalizar era deixar marcas na memória de gerações futuras.
Idade Média
Na Idade Média, quem se torna eterna é a alma, não mais a memória. A religião torna-se o
caminho para a eternidade. Quem dirige a política são os reis. Não precisando mais se preocupar
com a imortalidade e o bem comum, as pessoas passam a cuidar de seus próprios negócios.
Idade Média
Desde esse tempo, nossa noção de indivíduo é politicamente conveniente, porque para os
governos é mais fácil que cada um cuide de si e não participe da vida comum.
Reforma Protestante
A Reforma Protestante foi uma forma de valorização do indivíduo: a pessoa conquistou o direito de sozinha falar com Deus e ler a Bíblia
em seu próprio idioma.
Revolução Industrial
Até a Revolução Industrial, o trabalhador era ligado à terra e às pessoas que lá trabalhavam,
sendo tais relações comunitárias.Com o advento da indústria, o homem passou a
ser ele próprio uma força de produção: o trabalho de cada um começa a ser vendido no mercado,
por contratos.
Até quando o individualismo é vantajoso?
Quando a atitude é superdimensionada, o individualismo torna-se uma patologia: a pessoa torna-se isolada e auto-referente. Este processo
leva a dois fenômenos: a morte do espaço público e a cultura do eu.
Até quando o individualismo é vantajoso?
Chegou-se a uma era chamada ”consumo de consciência”, com práticas de alcance
espetacular do mercado, como a auto-ajuda, o esoterismo, o culto do corpo e a religiosidade
como fuga da vida pública.
Coletivismo X Individualismo
Um exemplo entre a tensão entre o coletivismo e o individualismo, que existe nos dias atuais, é a crise do meio ambiente e as manifestações que tentam reverter a situação. O sujeito compra um carro baseado em seu direito de consumo, sem
pensar nos prejuízos nas gerações futuras.
Coletivismo X Individualismo
A Internet nos faz defrontar com o individualismo e o coletivismo: ao mesmo tempo que torna o usuário isolado (apenas com o computador), a
Internet conecta um ao outro, permitindo a comunicação entre pessoas distantes.
Soren Kierkegaard (1813-1855)
Para Kierkegaard, a finalidade do homem é tornar-se indivíduo, que tenha relações consigo
mesmo, com as pessoas e com Deus. Tal indivíduo é o oposto do homem da massa (que
não pensa sozinho) e do homem hermético (isolado de outros homens).
É importante que o homem deixe de viver por hábito e encontre uma verdade pela qual queira
viver e morrer.
Friedrich Nietzsche (1844-1900)
O filósofo desmistifica a idéia de que se deve trabalhar por grandes ideais coletivos, ou para se
ficar na História. Para ele, o trabalho deve ser feito porque é bom e se gosta de praticá-lo. O
benefício comum é conseqüência: um pesquisador pode descobrir coisas que
beneficiarão outros seres.
Friedrich Nietzsche (1844-1900)
Os pensadores que defendem este raciocínio não lidam com dicotomias (Bem/Mal,
individual/coletivo). Tudo está interligado.O individualismo é condenável no sentido de acumular coisas e nunca passar ao próximo.
Outras vantagens
Liberdades individuais:
Direito à privacidade, à inviolabilidade do lar, da correspondência, ao direito de locomoção (de ir e vir), de reunião e de livre-manifestação do pensamento.
Tais liberdades são um legado da Revolução Francesa e refletem a ideologia burguesa.
Então, qual a desvantagem?
O abandono que se nota não é nas relações coletivistas, mas no espaço coletivo: as praças estão despovoadas. Todavia, surgem outros espaços públicos, como os sites da Internet.
As pessoas também acham que o espaço público não é mais delas. Neste sentido, a crítica ao
individualismo é pertinente.
FimFim