Industria automob

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Competitividade da indústria automobilística no Brasil Autor: Rodrigo Octavio Celentano Barbosa Trabalho apresentado no 21º Seminário PROFUTURO: “As perspectivas pós-crise para o Brasil na próxima década” 18/03/2011 IBSN: 978-85-99809-02-0 Contato: Programa de Estudos do Futuro/FIA, [email protected] (11)3818-4021 – www.fia.com.br/profuturo

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Competitividade da indústria automobilística no Brasil

Autor: Rodrigo Octavio Celentano Barbosa

Trabalho apresentado no 21º Seminário PROFUTURO:

“As perspectivas pós-crise para o Brasil na próxima década”

18/03/2011

IBSN: 978-85-99809-02-0

Contato: Programa de Estudos do Futuro/FIA, [email protected]

(11)3818-4021 – www.fia.com.br/profuturo

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COMPETITIVIDADE NO MERCADO AUTOMOTIVO COM FOCO NO MERCADO DE AUTOPEÇAS BRASILEIRO

Rodrigo Octávio Celentano Barbosa

Orientador: Prof. Dr. Emerson Antônio Maccari

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OBJETIVO

• Discutir a competitivade do setor;

• Comparando fatores de custo e competitividade da • Comparando fatores de custo e competitividade da

indústria nacional com outros países que competimos

diretamente;

• Buscar soluções para os problemas decorrentes dos

desequilíbrios da balança comercial

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JUSTIFICATIVA

• Industria Automotiva ocupa a 6a. Posição mundial com mais de 3,5 milhões de veículos produzidos em 2010;

• Conta com 25 fabricantes de veículos e máquinas agrícolas, divididos em 50 unidades fabris em 8 Estados e 36 Municípios e 4.427 concessionárias em todo o país;

• 500 fabricantes de autopeças;

• Faturamento estimado em torno de USD 79bi (incluindo autopeças) – 23% do PIB industrial e 5% do PIB total em 2009;

• Emprega em torno de 1,5 milhões pessoas (diretos e indiretos);

• Industria com perspectiva de expansão até 2015 em torno de 6%/ano na produção e 8%/ano nas vendas

• Aumento da concorrência de forma significativa

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COMPETITIVIDADE

Autor Ano Conceito

Buckley, Pass e Prescott

1988Um processo em três estágios diferentes: desempenho competitivo, potencial

competitivo e processo gerencial.

Mario A. Batalha 1997

Capacidade de um dado setor produtivo de obter rentabilidade e manter

participação no mercado no âmbito interno e externo de maneira sustentada.

S. Dahab et. al. 1995Aptidão de uma empresa para manter ou aumentar seus lucros e sua

participação no mercado.

N. Serra 1996

Capacidade de uma empresa em oferecer produtos com padrões de qualidade

específicos, determinados pelo mercado, utilizando recursos iguais ou

inferiores aos de seus concorrentes

J.C. Ferraz 1997

Capacidade da empresa formular e implementar estratégias concorrenciais

que lhe permitam ampliar ou conservar, de forma duradoura, uma posição

sustentável no mercado.

Elisabeth Farina 1998A capacidade de sobreviver e, de preferência, crescer, em mercados

concorrentes e novos mercados.

Quadro 1 - Conceitos sobre competitividadeFonte: Elaborado pelo autor

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INOVAÇÃO

Autor Conceito

Bell e Keith Pavitt A inovação pode ser vista como um processo de aprendizagem

organizacional.

C.K. Prahalad Inovação é adotar novas tecnologias que permitem aumentar a

competitividade da companhia.

Ernest Gundling Inovação é uma nova idéia implementada com sucesso, que produz

resultados econômicos.

Giovanni Dosi Inovação é a busca, descoberta, experimentação, desenvolvimento,Giovanni Dosi Inovação é a busca, descoberta, experimentação, desenvolvimento,

imitação e adoção de novos produtos, novos processos e novas técnicas

organizacionais

Gary Hamel Inovação é um processo estratégico de reinvenção contínua do próprio

negócio e da criação de novos conceitos de negócios.

Joseph Schumpeter A inovação caracteriza-se pela abertura de um novo mercado.

Peter Drucker Inovação é o ato de atribuir novas capacidades aos recursos (pessoas e

processos) existentes na empresa para gerar riqueza

Ronald Jonash e Tom Sommerlatte

Inovação é um processo de alavancar a criatividade para criar valor de

novas maneiras, através de novos produtos, novos serviços e novos

negócios.

Quadro 2 - Conceitos de InovaçãoFonte: SIMANTOB e LIPPI (2003)

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METODOLOGIA

• Levantamento bibliográfico e documental sobre o tema

• Estudo de caso realizado em uma empresa canadense de autopeças instalada no Brasil – empresa Alfa

• Empresa Alfa ecomendou pesquisas à Roland Berger Strategy Consultants:

– Potencial e competitividade da indústria automotiva brasileira – Março 2010

– Oportunidades e desafios do mercado automotivo brasileiro – Janeiro 2011

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EXPECTATIVA CRESCIMENTO SETOR

Vendas (unidades) Produção (unidades)

•Gráfico - Perspectivas para produção e vendas de carros de passeio

•Fonte: Roland Berger Strategy Consultants (2011)

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CARGA TRIBUTÁRIA - %PIB

Quadro - Carga Tributária BrasileiraFonte: PRADO FILHO (2011)

Quadro - Carga Tributária Brasileira IIFonte: PRADO FILHO (2011)

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CARGA TRIBUTÁRIA – VENDA DE VEÍCULOS

Impostos incidente na venda por tipo de motorização e tipo de veículo

Comparação imposto sobre vendas de veículos

Gráfico - Comparação das taxas de Vendas (%)Fonte: Roland Berger Strategy Consultants (2011)

Gráfico - Taxas de Vendas no Brasil (%)Fonte: Roland Berger Strategy Consultants (2011)

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JUROS E FINANCIAMENTO MERCADO AUTOMOTIVO

Taxa de Juros Venda Veículos NovosVolume Financiado (R$ Bi) e

Vendas Financiadas (%)

Gráfico – Volume FinanciadoFonte: Roland Berger Strategy Consultants (2011)

Gráfico – Taxa de Juros Vendas Veiculos Novos(%)Fonte: Roland Berger Strategy Consultants (2011)

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MÃO DE OBRA (1)

Gráfico - Custo da Mão de Obra por Hora TrabalhadaFonte: Elaborado pelo autor.

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MÃO DE OBRA (2)

CUSTO DA MÃO DE OBRA•USD/h

•Remuneração completa: salários, benefícios e taxas

Melhor

AUTOMAÇÃO E PRODUTIVIDADE• Notas de 1 a 7

•.Grau de automação, disponibilidade

de moderna tecnologia de produção,

número de máquinas por processo

CAPACIDADE DE INOVAÇÃO

•. Notas de 1 a 5

•. Apoio político, Investimentos em

P&D e Educação, patentes e

capacidade científica.

Melhor

Melhor

Quadro - Aspectos competitivos da indústria automotiva brasileiraFonte: Roland Berger Strategy Consultants (2011)

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Mão de Obra (3) e Aço

Custo Matéria Prima: AçoCusto Mão de Obra:

(sem efeito de produtividade e inovação)

Gráfico - Comparação de custosFonte: Roland Berger Strategy Consultants (2011)

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CAPACIDADE DE INOVAÇÃO

• Brasil passou da 50a. para 68a. posição no ranking mundial de inovação em 2010;

• Na América Latina passou da 3a. para a 7a. Posição

• Entre os BRIC ficou na última posição

Inovação - Categorias Posição no Inovação - Categorias Posição no

ranking 2010

Capacidade de Inovação 28

Investimento das empresas em P&D 29

Parceria Universidade-Indústria em P&D 34

Qualidade das instituições de pesquisa científica 41

Unidades de Patentes 59

Contratos do governo de produtos de tecnologia avançada 60

Disponibilidade de cientistas e engenheiros 60Quadro – Inovações: Posição brasileira no ranking mundialFonte: Roland Berger Strategy Consultants (2011)

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INVESTIMENTO EM P&D – FORNECEDORES DE AUTOPEÇAS

Investimento em P&D - % de vendas

Quadro – Despesas em P&D (% das receitas)Fonte: Roland Berger Strategy Consultants (2011)

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LIMITAÇÕES DO ESTUDO

• Pesquisa limitou-se aos fatores brasileiros mais

evidentes que dificultam a competitividade:

– Mão de obra; matéria prima (aço); tributação; custos de

financiamento; capacidade de inovação.

• O problema de competitividade é mais abrangente

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CONCLUSÕES

• Desenvolvimento de uma agenda para setor entre:

• Governo:

– Aumento acordos de livre comércio;

– Foco na redução de custos indiretos: impostos; custos de financiamento;

burocracia;

– Melhoria nos programas de incentivo a exportação (drawback; financiamento)

– Reformas tributária e trabalhista;

– Desenvolver infraestrutura melhorando custo logístico;

– Desenvolvimento de programas para melhoria de custo insumos básicos (Aço,

por exemplo);

– Melhoria nos incentivos relacionados a P&D

• Indústria:

– Melhoria contínua da eficiência administrativa e produtiva;

– Definição clara do papel do Brasil na rede produtiva global;

– Desenvolvimento da cadeia de suprimentos;

– Maior investimento em P&D;

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SUGESTÕES DE PESQUISAS FUTURAS

• Redução de custos de importação para componentes a matérias primas não produzidos no Brasil para aumentar a competitividade de produtos fabricados, montados no Brasil, evitando a importação de produtos com valor agregado maior;

• Mensuração mais objetiva do efeito na competitividade caso melhorias fossem efetivadas nos fatores estudados;

• Maior aprofundamento na análise de alguns fatores, por exemplo a tributação, levando em conta não somente a carga tributária excessiva, mas também o custo para poder cumprir a legislação fiscal

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LIÇÕES PRÁTICAS TIRADAS PARA A VIDA PROFISSIONAL

• Resultados apurados na pesquisa suportaram:

– Negociações Sindicais;

– Re-direcionamento e incremento de investimento em automação;

– Maior preparo no conhecimento das vulnerabilidades em termos de competitividade para melhor posicionamento junto aos clientes e à corporação.

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MUITO OBRIGADO !!!

COMPETITIVIDADE NO MERCADO AUTOMOTIVO COM FOCO NO MERCADO DE AUTOPEÇAS BRASILEIRO

Rodrigo Octávio Celentano Barbosa