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Industrial Pró www.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Fevereiro – 2015 – ANO VII edição 60 EMPRESA Beraca fecha parceria com Clariant ENTREVISTA Cyro Miranda: atuação no Senado A releitura de Levy O que disse e como pensa o novo ministro da Fazenda ADIAL 60 novo_Layout 1 06/02/2015 10:26 Page 1

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IndustrialPrówww.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Fevereiro – 2015 – ANO VII

edição

60

EMPRESABeraca fecha parceria com Clariant

ENTREVISTACyro Miranda: atuação no Senado

A releitura de

LevyO que disse e como pensa o novo ministro da Fazenda

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Expediente Editorial

Para os que esperavam encerrar o tempestuoso 2014 paraum novo ciclo de bonança em 2015, seja bem‐vindo à rea‐lidade – que não é nada amigável. Para muitos, este ano

será até mais complicado. Primeiro porque acumula mais tempotravado e perdido nas confabulações, magias e mentiras daequipe econômica anterior e passa a sofrer com o duro choquede realidade da equipe econômica atual.

É da fantasia para a realidade em alguns segundos. O choqueserá histórico. Agregado a este novo tratamento e seus sacrifíciosnaturais, o País (estarrecido) assiste aos desdobramentos do quevirá a ser o maior caso de corrupção descoberto e apresentadona história do País.

São baques violentos que fazem de 2015 um ano incerto. Atentos a tudo, o importante é não tirar o foco do próprio ne‐

gócio, da empresa. As crises são transformadoras, pois os em‐presários revisam seus negócios com mais precisão, mas atenção.A PRÓ‐INDUSTRIAL, que alcança sua 60ª edição, em poucomais de seis anos. E, como matéria principal, uma varredura emtudo que disse o novo comandante da economia brasileira, Joa‐quim Levy. Em Goiás, ouvimos empresário Cyro Miranda, queencerrou ciclo no Senado. A edição ainda abre espaço para notasjurídicas e apresenta parceria estratégica da Beraca.

Boa leitura.

ADIAL ‐ Rua Dr. Olinto Manso Pereira, 837, 4ºandar ‐ Ed. Rizzo Plaza, Setor Sul, Goiânia Goiás.

CEP: 74.083‐060 Fone: (62) 3922‐8200www.adial.com.br

SUMÁRIO

Bem-vindo 2015

PRÓ-INDUSTRIAL

Pró-Industrial3

Presidente do Conselho de Administração Cesar HelouVice‐Presidente Financeiro Rodrigo Penna de Siqueira

Conselho NatoCyro Miranda Gifford Júnior, José Alves Filho e Al‐berto Borges de SouzaVices‐Presidentes e Conselheiros Domingos Sávio Gomes de Oliveira, Valdo Marques, An‐gelo Tomaz Landim, Alberto Borges de Souza, Maximi‐liani Liubomir Slivnik, Vanderlan Vieira Cardoso, AnaniasJus no Jayme, Ricardo Vivolo, Heribaldo Egídio da Silva,Paulo Sérgio Guimarães dos Santos, Wilson Luiz daCosta, Marley Antônio da Rocha, Márcio Botelho Tei‐xeira, Olympio José Abrão, Pedro Henrique PessoaCunha, Sandro Scodro, Domingos Vilefort Orzil, AlfredoSes ni Filho, Carlos Luciano Mar ns Ribeiro, Rivas Re‐zende da Costa, José Alves Filho, José Carlos Garrote deSouza, Juliana Nunes, Evaristo Lira Baraúna, Romar Mar‐

ns Pereira, André Luiz Bap sta Lins Rocha, Antonio Be‐nedito dos Santos e Luiz Alberto Rassi.Diretor Execu voEdwal Freitas Por lho “Chequinho”Produção GráficaContemporânea PUC

COMERCIAL ‐ ANÚNCIOS (62) 3922‐8200 ou (62) 8287‐5575

EMPRESA Beraca 16‐17

Fevereiro 2015 Nº 60 Ano VII

EDITORIAL Bem‐vindo 2015 3. // A NOVA POLÍTICA ECONÔ‐MICA O que pensa Levy 4‐6. REFLEXÃO Não tem almoço grá s7.//// ENTREVISTA Cyro Miranda 8‐10.// JURÍDICO Evento enotas 11.// INCENTIVOS Um ano novo de batalhas 12.//NOTASINDUSTRIAIS Indústria encolhe e Comex 13.// MARKETING &PRODUTOS Novidades na indústria 14‐15.// LEITURA LivrosEmpresariais 18.// OPINIÃO Rafael Lara e Cesar Helou 19‐20//

EMPRESAS E INSTITUIÇÕES CITADAS NA EDIÇÃOBeraca (3, 16 e 17), Enai (5), INSS (11), Senado (8,9, 10 e 11 e 12), Câmara Federal (10 e 11), STF (11), Ins tuto do Açúcar e do Álcool

(11), União (11), Carf (11), M Dias Branco (11), Confaz (11 e 12), Rede Globo (12), IBGE (13), SED (13), JBS Foods (14), Seara (14), Coca‐Cola (14), Kibon (14), Unilever (14 e 15), Del Valle (14), Brasil Kirin (14), Baden Baden (14), Nestlé (15), Nescafé (15), Doralgina (15),

Neo Química (15), YouTube (15), Confort (15), Hypermarcas (15), Clariant (16 e 17)

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NOVA POLÍTICA ECONÔMICA

O novo ministro da Fa‐zenda, Joaquim Levy, nãodá entrevistas toda hora equase só fala em coletivas. E

são poucas. Para resumir comopensa Levy, fizemos uma sele‐ção de frases que podem ajudara entender o novo pensamentoeconômico do governo.

Com a palavra,

Levy

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“Estamos podendoconsertar o telhadoem dia de sol”

“Você sabe que eu sou um cara de Chicago.O cara de Chicago não espera muito de preçofeito pelo governo. A gente vive com ele”Então secretário do Tesouro, em 2006, sobre se juros baixos eram necessários para o País conseguir o grau de investimento, alcançado em 2009

“São 27 legislações esta-duais, tem muita concessãode benefícios, é uma confu-são. A unificação do ICMSdeve ser a prioridadena agenda da re-forma tributária”

No Encontro Nacional daIndustria (ENAI), em

dezembro de 2013, sobreo sistema tributário

brasileiro.

"Para a gente segurar a inflação,é preciso que o governo não gastedemais. Se a gente fizer isso agora,vamos poder ter a inflação caindono ano que vem"

“O investidor tem con-vicção de que o Brasiltem coisas muitos boas eque se a gente não co-meter equívocos, essascoisas vão continuarproduzindo resultados”

“Não há almoço grátis (...) Tudo que o governo “dá” é pago pelo contribuinte”

"A gente provavelmente teráde pensar em rebalancear al-guns impostos já que algunsforam reduzidos há algum

tempo e essa receita estáfazendo falta"

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A NOVA POLÍTICA ECONÔMICA

“O que esperar pradaqui 4 anos? Um Brasil

mais competitivo”

“Empréstimo barato também é pagopelo contribuinte e tem que ser dadosó em situações muito especiais.”

“É muito espe-cial ter um pai quetrabalhou a vidainteira. O meu paitambém eraassim, continuouatendendo no SUSaté bem depois dos70 anos, e tenhoorgulho dele. E émuito justo e im-portante que aspessoas tenhamesse seguro daaposentadoria deinvalidez, se al-guma doençaacontece. (...) Asmedidas de con-tenção acontece-rão em outrasáreas, exatamentepara que o traba-lhador e a sua fa-mília tenhamtranquilidade”

“Quando a genteatende ao clientebem, estamos me-lhorando a econo-mia. Melhoramosaquilo que os eco-nomistas chamamde produtividade”

“Não adianta agente olhar uma

medida ape-nas. Tem que

entender oconjunto

delas”

“A experiênciamostra que as em-presas sabem sairda zona do confortoe vencer seus desa-fios quando o go-verno abre espaço”

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Na política, não existe almoço grátis

Analisar indi‐cadores in‐dustriais noBrasil temsido um pro‐

cesso depressivo. É assimhá dois ou três anos.Nada indica que mudemuito em 2015, principal‐mente no primeiro se‐mestre. O consumorestrito, o consumidor en‐dividado, os juros altos ea inflação persistente‐mente acima da meta são fatoresmais do que fortes para justificarum pessimismo com os números.

Sim, serão números nadaempolgantes, mas o contextopode mudar se as medidasadotadas surtirem efeito. Olamentável é ter de remar tudode novo quando se tinha, háquatro anos, uma economiaregular e consolidada. Mas, aospoucos, tudo foi corroído pelafantasia econômica emaquiagens das contas públicase das estatais que dominou nomandato anterior. Todos estãopagando seu preço.Trabalhadores perderam renda,estão endividados. Empresáriosperderam vendas, estão semcapital para investir. E o própriogoverno, que tem desintegradosua credibilidade e o legado deLula.

Na política e na economia,não existe almoço grátis. Alguémvai pagar, mesmo que não

perceba. Ações mal‐sucedidas ede planejamento duvidosotiveram como legado a conta deenergia que já subiu no fim de2014 e deve ter dois novosaumentos em 2015 – superiores a30%; elevação dos combustíveis,que em 60 dias subiram mais de20%, e podem subir mais;elevação da carga tributária e

corte de repasses aostrabalhadores e crédito,aos empresários. Essa éa conta. Adivinha quemvai pagar?

AVANTEMas não é hora de

oposição irresponsável.É compreensível que sedê tempo para a novaequipe trabalhar,mesmo sabendo queserão duras as medidas

de ajustes – proporcional aodesajuste vivido entre 2010 e2014.

Não se arruma tanto estragoem tão pouco tempo. A dúvidado empresariado é que se vaidepender de uma canetahistoricamente populista paraaprovar, por muito tempo,medidas impopulares. Comdois agravantes: governopossivelmente com forte quedade avaliação e pressão de Lula –antecessor que quer suceder –para não destruir sua história.

GESTÃONoves fora, nada. Não dá

para o empresário parar paraassistir este triste espetáculo dobaixo crescimento. Assim,ajustar a gestão interna, ter umolhar para oportunidades e unirequipe e também clientes serãoações acertadas para passar oturbulento 2015.

É o caminho que há.

REFLEXÃO

“Ajustar a gestãointerna, ter um olharpara oportunidades

e unir equipee também clientes

serão açõesacertadas para

passar o turbulento2015.”

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Nome: Cyro Miranda Área de atuação: Empresário

ENTREVISTA

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Michal Gartenkraut

Oempresário Cyro Mirandaencerrou no último mês omandato de senador. Um

dos fundadores da ADIAL (Asso‐ciação Pró‐Desenvolvimento In‐dustrial do Estado de Goiás), Cyrodestacou, para a Revista Pró‐In‐dustrial, como foi a experiência noSenado Federal e como funciona apolítica, as negociações e a impor‐tância do Legislativo. O industrialrevela que encerra este ciclo com osentimento de que cumpriu o seupapel e se diferenciou de um grupode políticos que atuam sem plane‐jamento e ética. Confira a seguir osprincipais trechos da entrevista.

O senhor sempre atuou na ini‐ciativa privada até assumir vagano Senado. Qual o valor destaexperiência?

Foram quatro anos e doismeses como senador e possodizer que foi uma das maiores ex‐periências pessoal e profissionalda minha vida. É um aprendi‐zado lidar com tantos temas, queenvolvem toda sociedade. O Se‐nado é uma casa revisora, interli‐gada à Câmara, onde oscongressistas recebem demandassociais para construir legislaçõese direcionar o futuro do País. Épreciso se dedicar e estudar

“No Senado, trabalhei muito ecom seriedade”

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Adotei um fun‐cionamento dogabinete como sefosse uma em‐presa. Cada umados 14 colabora‐dores que atua‐vam na estruturatinha função defi‐nida e trabalhavaem equipe, quesempre atuoumuito unida.”

“O EMPRESÁRIO CYRO MIRANDACONTA COMO FORAM OS MAIS DEQUATRO ANOS QUE ESTEVE NO

SENADO, DOS PROJETOS, RELAÇÃOENTRE PARLAMENTARES E SOBRE

PROJETO FUTURO

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muito, temas que muitas vezesnão dominamos. No Senado,construí amizades e uma rede derelacionamentos muito forte. Pro‐pus e consegui aprovar bons pro‐jetos e me orgulho, por exemplo,o do Plano Nacional da Educação(PNE) para o decênio 2014‐2024,importantíssimo para o País e quejá deveria ter sido implantado em2011. Considero positivo o ba‐lanço do trabalho que ali realizei.

A visão de empresário e de líderde um setor importante para oPaís influenciou no Senado Fe‐deral?

Muito. Adotei um funciona‐mento do gabinete como se fosseuma empresa. Cada uma dos 14colaboradores que atuavam naestrutura tinha função definidae trabalhava em equipe, quesempre atuou muito unida. Tra‐balhamos com meta e resulta‐dos. No Senado Federal, não sepensa ou age assim. Falta plane‐jamento e acompanhamento.Trabalha‐se pouco e mal. Sena‐dores que entram para votar emuma comissão nem sabem otema. Ficam dispersos no celularou chegam atrasados, na horado voto, sem a mínima noção dotema, e decidem por meio desinal de outro colega parlamen‐tar que está acompanhando otrabalho. Se ele fizer sinal de po‐sitivo, vota a favor do relator; senegativo, vota contra. Se no Se‐nado existem aqueles senadores– maioria dentro da base do go‐verno – que não participam decomissões, só aparecem quandotem votação no Plenário e nemmesmo os servidores da Casanão os conhecem, temos tam‐

bém no Senado, parlamentaresdedicados e competentes. Digoque dos 81 senadores, pelomenos uns 30 são homens sériose valorizam o fato de estar ali,fazem com sentimento de pro‐duzir pelo País. É incompreensí‐vel porque uma pessoa enfrentaum processo eleitoral, enfrentavários desafios para se eleger se‐nador e, quando está no Senado,se torna um zero à esquerda. Éfrustrante, mas existe esse com‐portamento hipócrita. Tem umaparcela grande de hipocrisia noCongresso que a gente não vêem lugar nenhum na sociedade.Essa foi a parte que me decep‐cionei.

A política dentro do Congressoé um jogo de xadrez?

Exatamente. E eles jogam paraganhar espaço e poder. PMDB ePT dividem os maiores grupos deinteresse e dominam a conduçãodos trabalhos na Câmara e no Se‐nado. Eles são aliados mas, aomesmo tempo, são antagônicos econcorrentes. Tudo tem uma se‐gunda intenção, tudo é pensado.O parlamentar te oferece umpeão para pegar sua torre. O jogo

é pesado e nem sempre lícito,com muita troca de favores. Mui‐tos projetos são colocados paraprejudicar alguns segmentos dasociedade, para negociar. O pro‐jeto surge e, com favores econchavos de outros parlamen‐tares, acaba avançando. Se quiserque seu projeto ande rápido épreciso apoiar os colegas nos pro‐jetos de interesses deles. Damesma forma, engaveta‐se boasleis ou a fazem rodar vários anospor comissões. Mas a verdade éque, das funções do Senado, pro‐duz‐se leis em excesso e fiscaliza‐se pouco. São três leis por dia, sóno Senado. É absurdo. A quali‐dade de um político não deve sermedida pela sua produtividade,pois se fazem muitas leis inócuase desnecessárias – 95% dos proje‐tos podem ser rasgados e jogadosno lixo.

Quais os próximos passos?Nunca disputei cargo eletivo e

não tenho esse objetivo. Quandoaceitei a suplência na disputa doSenado de Marconi Perillo, foiatendendo uma indicação doFórum das Entidades Empresa‐riais. Tive medo quando foi paraassumir, pois Marconi é um polí‐tico moderno e evoluído, umícone respeitado da nossa política.Mas assumi e fui muito bem. Tra‐balhei muito e com seriedade.Com o fim do mandato, opteitambém assumir secretarias nogoverno estadual. O governadorMarconi Perillo me convidoupara ajudá‐lo em alguns projetosque visam o desenvolvimento doEstado e, com o retorno dele deviagem, vamos reunir e definirmelhor.

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Tem umaparcela grande dehipocrisia noCongresso que agente não vê emlugar nenhum nasociedade.”

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DIREITOS TRABALHISTAS ‐ As medidas provisórias (MPs)664 e 665, que alteram a concessão de direitos trabalhistase previdenciários como pensão, auxílio‐doença e seguro‐desemprego, serão discutidas por uma comissão tripartite,envolvendo o governo federal, as centrais sindicais e oCongresso Nacional. Após os encontros com ministros, noentanto, as centrais manifestaram que aceitariam o processode negociação do conteúdo das medidas porqueencontraram resistência por parte do governo federal pararevogá‐las.

DEFICIÊNCIA ‐ O benefício de amparo assistencial nãopode ser acumulado com qualquer outro benefício daseguridade social, salvo o da assistência médica e pensãoespecial de natureza indenizatória. Essa foi a tese adotadapela 2ª Turma do TRF da 1ª Região para dar provimento àapelação de uma beneficiária do Instituto Nacional doSeguro Social (INSS) contra a sentença que julgouimprocedente seu pedido para o restabelecimento debenefício de amparo social.

DIRF 2015 – Prazo de entrega encerra em 27 defevereiro. Portanto, empresas que optam pelo SimplesNacional, bem como pessoas físicas, titulares de serviçosnotariais e de registro, condomínios edilícios, entre outros,devem fazer a entrega da DIRF, dentro das normas previstaspela Receita Federal do Brasil.

ICMS NO COMÉRCIO ELETRÔNICO ‐ O Plenário daCâmara dos Deputados aprovou em segundo turno, aProposta de Emenda à Constituição (PEC) 197/12, doSenado, que fixa novas regras para incidência do ICMS nasvendas de produtos pela internet ou por telefone. A matériafoi aprovada por 388 votos a 66 e, devido às mudanças,retornará ao Senado para nova votação.

JURÍDICO EMPRESARIAL

IR não incide em benefício fiscalUma decisão da Câmara Superior do

Conselho Administrativo de Recursos Fiscais(Carf) permitiu que a fabricante de biscoitos emassas M Dias Branco deixe de recolher oImposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) sobrevalores recebidos como benefício fiscal dosEstados do Rio Grande do Norte e Ceará. Porunanimidade, foi aceita a tese da companhia deque o benefício é "subvenção para

investimento". A discussão interessa a diversas companhias

beneficiadas por governos estaduais e estárelacionada à guerra fiscal, pela qual Estadosconcedem incentivos fiscais, não aprovados peloConselho Nacional de Política Fazendária(Confaz) para atrair empresas. A M Dias Brancofoi autuada após aproveitar benefícios fiscais econtratar, por meio de bancos públicos,

empréstimos calculados com base no seurecolhimento mensal de ICMS.

Sobre os valores recebidos, entretanto, acompanhia não recolheu o IRPJ, por considerarque eles são subvenção para investimento. Deacordo com o Regulamento do Imposto deRenda, esse tipo de benefício não integra a basede cálculo do tributo se for destinado ainvestimentos na empresa.

LEI DO CAMINHONEIROSEMINÁRIO

A Diretoria da ADIALLOG informa que oI Seminário Goiano da Leido Motorista, ocorre nodia 10 de abril de 2015.

Pedimos que reservemesta data para que todosparticipem do evento.

Inscreva‐se(62) 3922‐8200

DECISÕES & NORMAS

Preço abaixo do custo é ilegalA 1ª turma do STF concedeu a uma usina de açúcar e álcool o direito de

ser indenizada devido à fixação de preços realizada pelo antigo Instituto doAçúcar e do Álcool, extinto em 1990. No entendimento da turma, a fixação depreços abaixo dos custos fere o princípio da livre iniciativa.

A decisão foi tomada no julgamento do AI 631016, no qual a 1ª turmaacompanhou por unanimidade o voto do relator, ministro Dias Toffoli. Segundoo relator, a jurisprudência do STF "está consolidada no sentido de que a fixaçãode preços em valores abaixo da realidade fere o princípio da livre iniciativa",sendo, portanto, um obstáculo ao livre exercício da atividade econômica. Nocaso específico da fixação de preços para o setor sucroalcooleiro, oentendimento segue precedentes da 1ª turma no mesmo sentido.

Para o colegiado, há a responsabilidade objetiva da União em face do atoque fixou preços em valores inferiores ao levantamento de custos da indústriasucroalcooleira. "A União, ao desprezar os preços indicados de forma arbitráriapelo Instituto do Açúcar e do Álcool, traz prejuízos à empresa."

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12 Pró-Industrial

Neste mês de fevereiro, muitoprovavelmente, serão reto‐madas as negociações da re‐forma tributária. Tudo leva a

crer que a pauta se concentrará nova‐mente na tentativa de realizar uma re‐forma do ICMS. O governo federal lutouentre 2010 e 2014 contra as políticas deincentivos fiscais dos Estados emer‐gentes e deve manter a tônica neste novomandato, tomando como base manifes‐tação da presidente Dilma Rousseff, emsua primeira entrevista ao vivo em umarede de televisão após eleita, a RedeGlobo, disse a expressão “guerra fiscal”por três vezes em poucos minutos.

Para isso, o governo Dilma terá querearticular sua base no Congresso, quesofreu uma derrota histórica na eleiçãoda presidência da Câmara e ganhou commargem menor do que esperava no Se‐nado.

A movimentação e planejamento jácomeçou. O secretário‐executivo do Mi‐nistério da Fazenda, Tarcísio Godoy, pas‐sará a presidir o Confaz e o ministroJoaquim Levy já se comprometeu a par‐ticipar da primeira reunião do Conselho

Nacional de Política Fazendária(Confaz), que reúne secretários estaduaisde Fazenda, para discutir o fim da cha‐mada guerra fiscal. É simbólico que oevento, após mais de uma década, ocor‐rerá em Goiânia.

A proposta em avaliação noCongresso prevê redução gradual de alí‐quotas interestaduais de ICMS, numprazo de oito anos, para reduzir a mar‐gem que governadores têm para conce‐der incentivos fiscais sem a aprovaçãounânime do Confaz. O problema serálevar adiante o convênio aprovado noano passado por 21 Estados que sóconcordam em convalidar os benefíciosconcedidos no passado se a reforma doICMS for simultânea. Para isso, espera aadesão de mais Estados. O convênio nãofoi assinado por Amazonas, EspíritoSanto, Ceará, Rio Grande do Norte,Goiás e Santa Catarina.

O Confaz deste ano sofreu grande re‐formulação, com a troca completa daequipe da Fazenda federal e de 18 secre‐tários estaduais da Fazenda. Para quemconhece o Confaz, esse aspecto é de rele‐vância pequena, pois as bases de nego‐

ciação e os interesses de cada agente en‐volvido foram mantidos. O que podemodificar o espírito de uma reforma (doICMS e/ou tributária é a própria dificul‐dade financeira dos Estados e União, oque deve exigir uma reforma mais lentae com prazos maiores.

Para especialistas, os Estados que vo‐taram contra a reforma querem mais re‐cursos para o fundo de compensação ede desenvolvimento regional e um prazomaior que 8 anos para unificação de alí‐quotas. A União não aceita discutir estespontos. Este é o dilema.

O ministro Levy pediu para Senadosegurar votação do projeto de lei comple‐mentar, já aprovado na Comissão de As‐suntos Econômicos, que permite oConfaz aprovar resoluções sem a unani‐midade exigida hoje. Seria o caminhopara aprovar o perdão dos incentivos fis‐cais concedidos no passado.

Negociações serão retomadas após ocarnaval. Por outro lado, os incentivosfiscais correm contra o tempo, pois o STFestá segurando julgamento de SúmulaVinculante que pode extinguir todos in‐centivos fiscais estaduais do País.

Ano novo, novas batalhas

INCENTIVOS FISCAIS

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Pró-Industrial13

Não poderia ser pior. O ano de2014 teve o mais fracodesempenho para indústrianos últimos cinco anos, comuma retração de 3,2%.

Significa que a indústria brasileira ficou menor,novamente. O agravante e torna o resultadoalarmante é que a base de comparação, quefoi o resultado de 2013, era baixa.

Basta avaliar os números da indústria nagestão Dilma para entender o tamanho dofracasso da sua política indústria. Noprimeiro ano do governo, estagnou, com0,4% de expansão. Piorou no segundo ano,com retração de 2,5%. Mesmo com essabase baixa, cresceu só 1,2% no ano seguinte.E, para fechar, encerrou o mandato comnova retração da indústria, encolhendo3,2%. É o pior momento da indústriabrasileira nos últimos 30 anos.

No período Itamar, a indústria cresceu7,5%. Nas gestões de FHC, avançou 1,3% e2,5%. Nas gestões Lula, 3,5% e 2,8%. Na gestãoDilma, acumula retração de 4,2%. Para mantero consumo da população, o País hoje tem decomplementar com importação de produtosque eram produzidos e as fábricas encolheramou fecharam.

Segundo dados divulgados pelo IBGE, aredução da atividade industrial na passagemde novembro para dezembro (‐2,8%) mostrouresultados negativos nas quatro grandescategorias econômicas e em 17 dos 24 ramospesquisados. Entre os setores, as principaisinfluências negativas foram registradas porveículos automotores, reboques e carrocerias(‐5,8%), máquinas e equipamentos (‐8,2%) ecoque, produtos derivados do petróleo ebiocombustíveis (‐2,5%), com o primeiroeliminando o acréscimo de 0,4% observado no

mês anterior; o segundo assinalando o quartomês seguido de queda na produção eacumulando ‐10,5% nesse período; e o últimointensificando a queda registrada emnovembro último (‐1,3%).

Outras contribuições negativasimportantes sobre o total da indústria vieramdas atividades de produtos têxteis (‐12,0%), deprodutos diversos (‐16,3%, eliminando oavanço de 17,2% verificado no mês anterior),de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (‐4,6%), de metalurgia (‐2,1%), de produtos deborracha e de material plástico (‐2,8%), deprodutos de metal (‐3,0%) e de produtos deminerais não‐metálicos (‐1,7%). Entre os cincoramos que ampliaram a produção nesse mês,destacam‐se confecção de artigos do vestuárioe acessórios (8,7%), perfumaria, sabões,detergentes e produtos de limpeza (2,3%),bebidas (2,8%) e indústrias extrativas (0,5%).

Indústriaencolhe3,2%, piorresultadoem 5 anos

Importação cai e Goiás tem saldo recordeO avanço de 1,3% nas exportações e o recuo

de 38,8% nas importações de janeiro, emrelação ao mesmo período do ano passado,produziram o primeiro superávit do ano nabalança comercial de Goiás. A diferença entre asvendas de US$ 402,489 milhões e compras deUS$ 246,490 milhões proporcionaram o saldo deUS$ 155,998 milhões, o maior para o mês no

histórico do comércio internacional de Goiás.O vice‐governador e titular da Secretaria de

Desenvolvimento Econômico (SED), José Elitonde Figuerêdo Júnior, avalia como de grandeimportância para a economia goiana o acúmulodo superávit comercial: “O último saldo negativoregistrado foi em janeiro do ano passado. Desdeentão, passamos a contar com saldos positivos

seguidos, o que fez com que fechássemos 2014com superávit de US$ 2,560 bilhões, o melhorresultado obtido por Goiás em toda a suahistória”, enfatiza. Em janeiro do ano anterior, odéficit foi de US$ 5,4 milhões.

Pelo quinto mês consecutivo, as carnes(bovina, suína e aves) lideraram a lista deprodutos vendidos ao exterior.

NOTAS INDUSTRIAIS

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Pró-Industrial14

A marca da JBS Foods apresenta suanova linha de frios Escolha Saudável,composta por Peito de Peru Defumado eFinesse de Peru. "Os produtos chegampara completar a linha de frios da Seara enos consolidar nesse mercado", explicaEduardo Bernstein, diretor de marketingda JBS Foods. Para comunicar olançamento, a Seara estreia umacampanha com Fátima Bernardes e oeducador físico Márcio Atalla. O vídeoterá 30 segundos e já está sendoveiculado em emissoras de TV.

JBS Foods

MARKETING & PRODUTOS

Del ValleA Del Valle vai lançar o 100% Suco, uma bebida

feita com 100% de suco, fibras e vitamina C. Anovidade será vendida somente no mercado brasileiro,nas versões uva e laranja, em embalagens de 1 litro ede 250 ml e estará nas prateleiras das redes varejistasao lado dos néctares da Del Valle e do suco MinuteMaid, pelo preço sugerido de R$ 5,90. Além da novalinha, a família Del Valle é composta por Del ValleNéctar, Del Valle Reserva, Del Valle Kapo, Del ValleLaranja Caseira e Del Valle Frut.

Kibon

Os sorvetes Cornetto, da Kibon (Unilever), tiveram as embalagens renovadas.Com cores vibrantes e novo logotipo, o sorvete de casquinha busca reforçar suaidentidade jovem. De acordo com a Unilever, os sabores ChocoMix, Sonho de Valsae Crocante estão entre os preferidos do público jovem e fãs de música. Nos últimosanos, a marca desenvolveu diversas ações para se aproximar do consumidor, entreelas a máquina Cornetto Cupidity que percorreu festas em São Paulo com aproposta de unir novos casais. “Cornetto é uma marca alegre e tem como propostaestar perto dos jovens por meio de suas afinidades. Por isso, entendemos anecessidade de trazer um visual mais moderno e atraente para esse público”, afirmaLeandro Teixeira, gerente de marketing da Kibon.

Brasil KirinA Baden Baden, cervejaria de Campos do Jordão (SP)

que pertence à Brasil Kirin, relança a cerveja escura tipoTripel, com teor alcoólico de 14%. A bebida é acondicionadaem garrafas de cerâmica de 600 mililitros decoradas comrótulos banhados a ouro. A Baden Baden Tripel temprodução limitada de 2580 garrafas numeradas. Aembalagem é protegida por uma lata redonda de aço.

A primeira campanha da Coca‐Cola em 2015 noPaís vai ter nomes nas embalagens novamente.“Bebendo uma Coca‐Cola com” é um convite para queo consumidor encontre o nome de alguém especial ecompartilhe uma Coca‐Cola com quem gosta. “Share aCoke” é de 2011, na Austrália, e já percorreu mais de70 países. Apesar da semelhança com a campanha“Descubra sua Coca‐Cola Zero”, de 2012, os conceitossão diferentes. Na época, a proposta era o consumidorencontrar seu nome. Na nova campanha, a ideia écompartilhar. A campanha gira em torno da interação,da conexão entre as pessoas, do compartilhamento deideias, emoções, aventuras e histórias.

Coca‐Cola

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A nova campanha deDoralgina – medicamentoindicado para o alivio de dorde cabeça da Neo Química –chegou ao Top 10 no rankingdo Youtube no mês dedezembro de 2014 como a8ª campanha mais vistapelos brasileiros. Foram mais de um milhão de acessos.Desenvolvida em parceria com a agência Today, a campanha traz oslogan “Dor de Cabeça? Doralgina e esqueça!” de forma bem‐humorada, em uma paródia da famosa “Dança do Quadrado. Ofilme brinca com situações atuais que acontecem com frequênciano dia a dia das pessoas e sugere Doralgina como a solução paraacabar com estas dores de cabeça do mundo digital.

A Hypermarcas termina o relançamento de todo seuportfólio de consumo, que inclui itens de higiene e beleza eadoçantes. A revitalização das marcas começou em 2012,quando a companhia optou por descontinuar 40% dos ativosadquiridos nos anos anteriores, mantendo apenas aquelesconsiderados rentáveis. O índice de inovação foi de 70% noprimeiro semestre, o maior nível até hoje. A taxa correspondeà participação, nos últimos 12 meses, da venda de produtoslançados nos últimos dois anos. Após os lançamentos maisrecentes, o índice deve ser ainda maior nesse segundosemestre, mas no longo prazo deve se acomodar entre 40% e50%, com renovação a cada dois a três anos.

Hypermarcas Nestlé

ComfortA Comfort traz este

mês ao Brasil a linhadesenvolvida para ocuidado com as roupas debebês e de pessoas compeles sensíveis. Olançamento é a principalaposta da marca noprimeiro semestre do ano.Com a novidade, a Unileverespera repetir o sucesso deoutros países como ReinoUnido, onde a variante parapeles sensíveis é líder devendas, segundo aempresa.

NescaféA Nestlé anunciou que passará a fabricar cápsulas de Nescafé Dolce

Gusto no Brasil. A empresa investirá cerca de 200 milhões de reais na novafábrica, que trará ao país uma tecnologia presente atualmente apenas naEuropa. “Temos investido continuamente em pessoas, tecnologia e inovaçãono Brasil ao longo dos anos. A nova fábrica de Nescafé Dolce Gusto refletenosso compromisso de longo prazo com o Brasil e evidencia nossa confiançaem um país onde temos operações bem sucedidas há mais de 90 anos”,afirmou Paul Bulcke, CEO da Nestlé. A fábrica irá gerar inicialmente cerca de90 empregos diretos e outros mil indiretos. Como maior produtor mundial decafé, o Brasil tem grande potencial de crescimento no segmento de dosesindividuais, que cresceu mais de 45% em 2013.

A Nestlé chega ao mercadobrasileiro com mais de 15lançamentos e traz opções de ovoscom uma nova massa de chocolateque possui mais leite. A Nestléaposta também na marca Alpino, oKitKat e Suflair, e noslicenciamentos infantis, com o ToyStory, Carros e Star Wars. A marcanão informa investimentos, masafirma que terá uma queda novolume de ovos para este ano.

Doralgina

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AClariant, uma das empre‐sas líderes mundiais emespecialidades químicas, ea Beraca, uma empresalíder em ingredientes na‐

turais sustentáveis e inovadores, anuncia‐ram uma parceria estratégica com aintenção da Clariant de adquirir 30% dasações da divisão de Health & PersonalCare da Beraca, com possibilidade demaior participação no futuro. A transaçãoestará sujeita a determinadas condições

prévias e às aprovações regulatórias.A Beraca é uma fornecedora líder de

ingredientes naturais e orgânicos certifi‐cados e extraídos de forma sustentável dabiodiversidade brasileira. A empresa éconhecida e valorizada por clientes detodo o mundo como referência em desen‐volvimento sustentável, graças ao seu ex‐clusivo Programa de Valorização daSociobiodiversidade® e pela total rastrea‐bilidade das matérias‐primas dos biomasbrasileiros, principalmente da Floresta

Amazônica – a maior e mais diversificadafloresta tropical do mundo. A Beraca tra‐balha em estreita colaboração com as co‐munidades e associações locais, a fim degarantir a adoção de padrões e práticasecologicamente sustentáveis na aquisiçãoe fabricação de seus produtos.

Michael Willome, diretor da BU In‐dustrial & Consumer Specialties da Cla‐riant, comenta: “O investimento com aBeraca aumentará a capacidade de inova‐ção da Clariant na área de ingredientes

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EMPRESA

Beraca e Clariantavançam parceria

EMPRESA BRASILEIRA, LÍDER EM INGREDIENTES NACIONAIS SUSTENTÁVEIS, ANUNCIOUPARCERIA COM GRUPO SUÍÇO CLARIANT, LÍDER MUNDIAL EM ESPECIALIDADES QUÍMICAS

Pró-Industrial

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A Beraca é uma empresa brasileiracom 7 unidades no Brasil, uma na Françae uma nos Estados unidos. Atuante emtodo o território nacional e comdistribuição em mais de 40 países aoredor do mundo, a empresa éespecializada no desenvolvimento detecnologias, soluções e matérias‐primasde alta performance para os mercadosde tratamento de águas, cosméticos,nutrição animal e para a indústria dealimentos e bebidas.

Com mais de 50 anos de história, aBeraca é uma empresa genuinamentebrasileira, reconhecida pela suacapacidade de inovação e adaptação. Hátrês gerações, a Beraca supera desafios ese destaca nos seus mercados deatuação. Seu compromisso com o bem‐estar das pessoas ao redor do mundo vaialém da oferta de produtos e serviçosinovadores. Suas atividades levam emconsideração as gerações futuras, com

foco em soluções que garantam asustentabilidade. O desenvolvimento deseus produtos conta com oconhecimento e tecnologia 100%nacionais, fator que contribui para oBrasil se tornar referência em pesquisade produtos em prol de um mundosustentável.

A Clariant é uma empresa lídermundial em especialidades químicas,com sede em Muttenz, Suíça, e mais de100 unidades industriais e comerciaisnos cinco continentes, onde trabalhamcerca de 18.000 colaboradores.Apresenta produtos e serviçosinovadores, desenvolvidos sob medidapara atender às necessidades atuais efuturas dos mais diversos setores emercados.

Adota práticas eficientes esustentáveis, que contribuam para ageração de riqueza preservando osrecursos naturais e o meio ambiente.

AS DUAS EMPRESAS

naturais para cosméticos e aplicações dePersonal Care, bem como ampliará aoferta de soluções valiosas para nossosclientes e consumidores finais. Ambas ascompanhias estão ansiosas para desen‐volver conjuntamente a nova Beraca ebeneficiar nossos clientes globais e regio‐nais.”

“A Beraca é essencial para o aprimo‐ramento do portfólio da Clariant no quese refere a ingredientes naturais, extratosativos biológicos e emolientes, além deproporcionar aos nossos clientes acessoexclusivo a ingredientes cosméticos derelevância provenientes do Brasil", de‐clara Manlio Gallotti, diretor da BU ICS,Clariant América Latina.

De acordo com Ulisses Sabará,presi‐dente da Beraca: “Nossa empresa une asustentabilidade e o conhecimento cien‐tífico da incrível biodiversidade brasi‐leira às necessidades e padrões declientes locais e globais. Estabelecer umaparceria com a extensa expertise tecno‐lógica da Clariant em química e aplica‐ções cosméticas, além de sua presença nomercado global de Personal Care, seráessencial para atualizarmos o portfólioda Beraca e levá‐lo a novas regiões.Temos certeza de que essa parceria aju‐dará a indústria de Personal Care a aten‐der as tendências dos consumidores e osrequisitos de mercado em todo o mundo,no presente e no futuro.”

A Beraca continuará sendo umacompanhia administrada de forma inde‐pendente. A Clariant e a Beraca mante‐rão seus atuais canais de distribuição esuas operações industriais no mundo.

Óleo de açaí é um dos produtos desenvolvidos pela Beraca Sabará

Ulisses Sabará, presidente da Beraca,apontaganhos futuros a empresa com nova parceria

Linha de produtos inclui oléo de buri

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ESTRATÉGICOEste livro apresenta conceitos considerados básicos e importantes e

ferramentas de análise ambiental que, no processo de discussão e de reuniõesestratégicas, servirão como fomentadores de ideias, de observações, conclusões edecisões, as quais, segundo os autores, dificilmente seriam tomadas se o processoformal não fosse organizado. abandonadas.

MUNDO DOS NEGÓCIOSO livro apresenta os primeiros passos para compreender as diferentes facetas que integram os

negócios internacionais. Com a crescente internacionalização dos mercados, a expansão das trocascomerciais, a porosidade apresentada pelas fronteiras nacionais e a tendência na formação de organismosinternacionais que regulamentem e integrem o comércio internacional são alguns dos movimentos queprecisam ser debatidos e analisados de forma a possibilitar uma atuação mais assertiva de diferentesatores na cena global.

O LIVRO DE 2014

Quais são as grandes dinâmicas que regem a acumulação e a distribuição de capital? Asquestões sobre a evolução da desigualdade a longo prazo, a concentração da riqueza e asperspetivas de crescimento económico estão no cerne da economia política. Mas é difícil obterrespostas satisfatórias devido à falta de dados corretos e de teorias claras. Em "O Capital noSéculo XXI", Thomas Piketty analisa um conjunto exclusivo de dados de vinte países, quepercorrem mais de três séculos, para discernir os padrões socioeconómicos fundamentais.

FOCO NO DESIGNAgora mais que nunca, a gestão do design torna‐se um aliado estratégico para o sucesso das empresas. Ser

focado em design não significa fazer produtos maravilhosos, simplesmente. Significa como uma empresaconsegue transmitir uma idéia emocional positiva para os clientes. O livro mostra como implantar um ótimodesign em sua cultura comercial. O design de experiências centrado no cliente é a chave para transformar asempresas. O livro inclui ainda dois temas altamente inovadores: A Gestão da Cadeia de Suprimentos dasEmpresas e Importância de se Criar um Portal de Experiências Estes dois itens são fundamentais natransformação de uma empresa.

SELEÇÃO ECONÔMICAEscrito por um grupo de economistas, professores, jornalistas e analistas financeiros, O

Livro da Economia apresenta as bases do pensamento que pautou a evolução e as diversasteorias da economia em todo o mundo. Numa escrita ágil, o livro aborda a história de comoa humanidade criou e entendeu o dinheiro, o comércio, a especulação, as crises econômicasa partir dos principais nomes desta ciência.

LEITURA EMPRESARIAL

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Auxílio jurídicotrabalhista estratégico

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Historicamente écomum os empresá‐rios (e alto executivos)relegarem o tema “re‐lações do trabalho”

para o “segundo escalão”. Mas estavisão “excludente” tem sido modifi‐cada – infelizmente, muito mais peloimpacto financeiro que ela representado que pela conscientização.

O custo do emprego no Brasiltem se tornado assustador. Aliado auma legislação rígida, difícil de sercumprida e juridicamente insegura,as relações de trabalho ocupamcada vez mais espaço nos orçamen‐tos anuais, pautas de reunião e to‐madas de decisões.

Os problemas trabalhistas nãomais se resumem a “reclamaçõestrabalhistas” com os repetidos pedi‐dos de horas extras ou qualqueroutro direito que se afirma teremsido relegados. As ações judiciaistêm se tornado complexas. Não étão raro se deparar com cifras “mi‐lionárias” após se liquidar umacondenação de um único trabalha‐dor. Como se não bastasse, as açõescoletivas estão se tornando mais co‐muns, sempre buscando reparos ju‐rídicos de um grande número deempregados de uma só vez, usual‐mente aliadas a danos morais e so‐ciais. Isso sem falar nas multas eTermos de Ajustes de Conduta demilhares (ou milhões de reais) quebatem às portas das empresas.

O pior é que algumas dessascondenações são situações jurídicasinseridas em um limbo de difícil per‐cepção e decisão, muitas vezes gera‐das por uma interpretação extensivaou restritiva do Direito do Trabalhopelo poder judiciário, criando umclima de insegurança jurídica patro‐nal. O empresário ou o executivo

submete‐se a uma avalanche de in‐formações “técnicas” diariamente.Abre‐se o e‐mail ou rede social e láestão as notícias de condenações, es‐tratégias, multas ou soluções aparen‐temente perfeitas de outro grupo. Oímpeto e o costume da alta veloci‐dade da informação torna sedutor“pegar emprestada” uma dessas so‐luções sem qualquer análise.

Para ajudar nessas decisões, nãobasta mais os empresários constituí‐rem um jurídico trabalhista – in‐terno ou externo – para ser mero“gestor de processos” ou realizar o“consultivo” do RH. É preciso pen‐sar em auxílio jurídico trabalhistaestratégico, trazendo para o pertodo negócio quem tem aptidão parapensar em relações de trabalho semperder o foco empresarial, mensu‐rando riscos e cenários prováveis.

Esse profissional estará presentenas reuniões de Conselho, nasmesas de planejamento estratégicoe até nas tomadas internas de deci‐sões importantes. Na prática, isso jáacontece com o especialista em tri‐butos. Só não se pode esquecer quecompartilhar conhecimento e segre‐dos do negócio não deve ser levadoa meros consultores, mas a profis‐sionais da mais absoluta confiançae preparo técnico na área trabalhistaque se possa encontrar.

OPINIÃO

por Rafael Lara Mar ns

"É preciso pensar emauxílio jurídico trabalhistaestratégico, trazendo parao perto do negócio quemtem aptidão para pensarem relações de trabalhosem perder o foco empre‐sarial, mensurando riscose cenários prováveis."

Rafael Lara Mar ns, advogado econsultor jurídico da Adial‐Log

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Pró-Industrial20

A vilã é a carga tributária

Aindústria brasileira,infelizmente, não deupassos firmes nos últi‐mos quatro anosrumo a sua consolida‐

ção estratégica para o desenvolvi‐mento nacional. Muito pelocontrário. O setor que já represen‐tou 27% do Produto Interno Bruto(PIB), nos anos 80, hoje tem umaparticipação muito mais modesta,cerca de 13,3%, menor representati‐vidade desde 1955.

Bons fundamentos da economiaalcançados foram ruindo neste tur‐bulento período, em que a produçãodesacelerou, estagnou e, para algunssetores, encolheu. Este ciclo, de 2010a 2014, não poderia terminar pior,encerrando com o pífio resultado: re‐tração industrial de 3,2%. É terceiropior resultado desde o início dosanos 90, sendo melhor apenas que1992, ano do impeachment de Col‐lor, e 2009, em razão da crise interna‐cional iniciadas nos EUA. Ou seja,dois anos atípicos de caos político ecrise mundial, o que não foi o caso de2014.

A falta de um fato catastróficotorna o resultado de 2014 mais dra‐mático, pois apenas repetiu o cicloem que foram quatro resultadosmedíocres seguidos. Sinaliza que apolítica industrial do governo fede‐ral, de 2011, lançada às pressas esem dialogar com os industriais, foiequivocada, assim como errou re‐petir a estratégia de privilegiar os

setores “campeões” para desonerare financiar.

Mas, a grande questão que seabre é quanto à competitividade dosetor e aos investimentos. A iniciaro mandato anterior lançando umacruzada violenta contra os incenti‐vos fiscais, o governo federal tra‐vou os investimentos do setor.Inseguro com a injustiça tributária,o industrial brasileiro segurounovos investimentos. Os estrangei‐ros, cada vez menos optam peloBrasil.

É questão de observar os fatos econcluir o óbvio: os custos de pro‐dução no Brasil são proibitivos. Ocomportamento adotado pela in‐dústria, de buscar Estados menosonerosos tributariamente, revelauma luta pela sobrevivência. Tantodas indústrias quanto dos Estadosem desenvolvimento. Não são osincentivos fiscais que fecham em‐

presas em São Paulo ou outros Es‐tados tradicionais, é a alta carga tri‐butária a grande vilã.

Será extinguirem os incentivosfiscais e criarem alíquotas semel‐hantes para todos Estados vai re‐solver? E se, como a últimapolítica industrial, essa não for asolução? Vai destruir o único mo‐delo tributário industrial no Paísque funcionou nos últimos trintaanos. Deu tão certo que incomodatanto.

Por que não pensar o inverso,buscando condições razoáveis decompetitividade para a indústriabrasileira produzir e exportar seusprodutos?

Até aqui, caminhamos no ca‐minho inverso. Elevaram‐se im‐postos que tornaram os produtosbrasileiros caros, afetando inclusivea competição com estrangeiros nomercado nacional e, ao mesmotempo, voltou‐se a estimular umapolítica de importação de produtosindustrializados. Tínhamos tudopara ser uma potência industrialexportadora, mas somos hoje coad‐juvantes em um mercado mundialocupado por países bem mais mo‐destos que o nosso. E não avança‐remos se o pensamento arcaicodominar a formatação da políticade desenvolvimento do País.

OPINIÃO

por Cesar Helou

Cesar Helou é empresário e presidente da ADIAL

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