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Inegi aposta nos mercados internacionais O Instituto de Engenharia Mecâ- nica e Gestão Industrial (Inegi), no Porto, vai estabelecer "no curto pra- zo" presença no Brasil e olha para outros mercados internacionais, co- mo a China, como forma de crescer. O vice-presidente do Inegi, Alcibíades Guedes, afirmou que ainda este mês, ou no início de Fevereiro, será aberta uma delegação em S. Paulo, no Brasil, onde o instituto marca presença na área das energias renováveis, sobre- tudo na eólica. "O negócio atingiu dimensões que justificam abrir uma delegação", dis- se, acrescentando que o Brasil tem "um plano bastante forte na energia eólica" e o Inegi "tem a noção clara de que é fora que vai fazer o seu percurso, até porque em Portugal não de prevêem muitos investimen- tos" nesta área. Alcibíades Guedes salientou que "os mercados interna- cionais representam um terço do volume de negócios na área da ener- gia eólica". Com um volume de negócios global de 6,5 milhões de euros, o Inegi, que comemora, em 2012, 25 anos de exis- tência, tem o objectivo de "continuar a crescer". Criado em 1986 no seio do departamento de Engenharia Mecâ- nica da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (UP), o Inegi conta atualmente com 62 associados, como a Sonae, BPI, Salvador Caetano, Adira, Silampos e AEP, entre outras, sendo a UP o parceiro fundador com maior peso. Lusa

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Inegi aposta nos mercados internacionais

• O Instituto de Engenharia Mecâ-nica e Gestão Industrial (Inegi), noPorto, vai estabelecer "no curto pra-zo" presença no Brasil e olha já paraoutros mercados internacionais, co-mo a China, como forma de crescer.O vice-presidente do Inegi, AlcibíadesGuedes, afirmou que ainda este mês,ou no início de Fevereiro, será abertauma delegação em S. Paulo, no Brasil,onde o instituto já marca presença naárea das energias renováveis, sobre-tudo na eólica.

"O negócio atingiu dimensões quejustificam abrir uma delegação", dis-

se, acrescentando que o Brasil tem"um plano bastante forte na energiaeólica" e o Inegi "tem a noção clarade que é lá fora que vai fazer o seu

percurso, até porque em Portugalnão de prevêem muitos investimen-tos" nesta área. Alcibíades Guedessalientou que "os mercados interna-cionais já representam um terço dovolume de negócios na área da ener-gia eólica".

Com um volume de negócios globalde 6,5 milhões de euros, o Inegi, quecomemora, em 2012, 25 anos de exis-

tência, tem o objectivo de "continuara crescer". Criado em 1986 no seio do

departamento de Engenharia Mecâ-nica da Faculdade de Engenharia daUniversidade do Porto (UP), o Inegiconta atualmente com 62 associados,como a Sonae, BPI, Salvador Caetano,Adira, Silampos e AEP, entre outras,sendo a UP o parceiro fundador commaior peso. Lusa

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Universidade destacaqualidade na formação

PORTO A vice-reitora da Univer-sida do Porto destaca a qualida-de da formação e da investiga-ção e a elevada empregabilida-de atingida pelos diplomados naUniversidade do Porto para expli-car o sucesso da instituição, queestá "entre as 100 melhores uni-versidades da Europa em diver-sos rankings. E queremos estarentre as 100 melhores do mun-do em 2020", sublinha Maria Lur-des Correia, à Lusa. A Universi-dade do Porto é a maior do país,com mais de 31 mil estudantes.

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¦Três dos melhores alunos por-tugueses, que entraram paraMedicina, Arquitectura e Bioen -genharia na Universidade doPorto, com médias perto dos 20valores, dizem que não abdicamda vida social. Ana Machado(Braga) entrou em Arquitectura,Diogo Magalhães (Maia) em Me -dicina, e Simão Faria (Rio Tinto,Gondomar), Bioengenharia. ¦

Vida socialpara alémdos estudos

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A paisagem não dura para sempreDespovoamento. 'Vida no Campo', do geógrafo Álvaro

Domingues, é uma metáfora sobre a perda do Portugal rural

Paisagem em Vilarinho das Furnas, em que a paisagem rural foi 'tapada' pelo betão da barragem

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JOANA DE BELÉM

A viagem começou em 2009 n' ABua da Estrada, onde Álvaro D o -

mingues escreveu e fotografou oscaminhos de Portugal com todasas suas idiossincrasias, mas aaventura não terminou ao virar daesquina. O geógrafo olhou para olado e traçou a Vida no Campo,uma metáfora sobre a perda do

Portugal Rural. Nas palavras do au-tor, um livro que é também "umantídoto contra o mau viver pelodespovoamento e abandono, ou,noutro registo, pela profunda me-tamorfose que vai lavrando pelopaís dos (ex) agricultores com o

desaparecimento das suas práti-cas ancestrais, modos de vida, ter-ritório e paisagens".

Apaisagemnão durapara sem-

pre, lembra. Este ensaio sobre a

destruição, onde mais uma vez os

textos se entrelaçam com as ima-gens, está no prelo da Dafne Edito-ra e é um 'monstro' que precisa de

amigos: se o primeiro livro foiapoiado pelas Estradas de Portu-gal, a crise não tem ajudado a en-contrar um novo mecenas. Para

que a sua impressão seja possívelantes de março foi lançada a cam-panha "500 subscritores" (verhttp:/ /www. alvarodomin-gues.net) , que receberão o livro emcasa numerado e assinado.

Ao longo de 320 páginas é-nosmostrada a transformação da pai-sagem portuguesa, "ruínas emmuitos casos", e, não sendo umscanningâe todo o País -j á que as

deambulações de Álvaro Domin-gues se fazem mais pelo Norte -,nem sempre importa o local ondeas imagens foram registadas.Diversidade impressionante"Portugal tem uma diversidadeimpressionante num território tão

pequeno. Mas o que se passa 'aqui'passa-se em todo o lado", diz o

geógrafo e docente da Faculdadede Arquitectura do Porto, paraquem este livro "foi como um bu-

raco negro, como cair num poço"."A questão da desruralização

toca tantas coisas, desde a PAC

(Política Agrícola Comum) até à

nostalgia da portugalidade, até aos

negócios dos condomínios, do tu-rismo rural- essa invenção relati-vamente recente em Portugal-, ouo famigerado sustentável".

Nesta linha, Álvaro Dominguesescreve que as "marcas e as me-mórias desse Portugal Rural vão--se decompondo com a desrurali-

zação e o seu rastro de efeitos cola-terais: o despovoamento, o enve-lhecimento, o abandono da pro-dução agrícola e dos campos, o

desaparecimento de certos estilosde vida, saberes e práticas cultu-rais - o interior, no dizer mais fre-quente sobre estas coisas."

A conclusão traça claramenteuma divisão de olhares entre os

que resistem no Portugal rural e o

os povoam densamente o litoral:"Os poucos que vão ficando vivemde uma economia assistida entrepensões, reformas, poupanças, ouremessas de familiares e quem po-de sai porque são escassos os em-pregos, e a miragem do bucolismo

e dos paraísos perdidos é mais de

quem está de fora (do tal interior)e pensa que o rural e natureza são

lugares para passar férias e turis-mo."

Terceira parte no verãoDepois de abrir esta caixa de Pan-dora, "os temas saltavam comopulgas" e era preciso escolher, se-leccionar. Também por isso aindanão é aqui que termina esta via-gem. Até ao verão, tomará formaVolta a Portugal, outro livro "indis-sociável deste". Aqui, com inspira-ção óbvia para o título na Volta a

Portugal a Bicicleta, um aconteci-mento desportivo que percorreboa parte do interior de Portugal.Com esta obra, Álvaro Dominguesterminará a trilogia. Sempre embusca de um país.

PERFIL

ALAVARO DOMINGUES> Nasceu em Melgaço (1959)> É professor na Faculdade de

Arquitetura da Universidade do

Porto, onde também é investiga-dor no CEAU - Centro de Estudos

de Arquitetura e Urbanismo.> Para além das funções na do-cência universitária, Álvaro

Domingues publica com regu-laridade sobre temáticas rela-cionadas com a geografia ur-bana, o urbanismo e a paisa-gem. Entre as obras mais re-centes destaca-se PolíticasUrbanas le Políticas Urbanas II(com Nuno Portas e JoãoCabral, 2003 e 2011).

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RODAGEM

'A Rua da Estrada' vai ser um filme> Graça Castanheira está a fil-mar a curta 'A Rua da Estrada',baseada no livro homónimode Alavaro Domingues, quetraça uma cartografia das es-tradas nacionais e da formacomo elas se abrem comomontra de uma cultura nacio-nal. A partir deste conceito, arealizadora Graça fará uma

versão em documentário noâmbito das produções previs-tas pelo Estaleiro, um projetode formação e programaçãocultural desenvolvido pelaCurtas Metragens, CRL, enti-dade que realiza, há quaseduas décadas, o Curtas Vila doConde - Festival Internacionalde Cinema.

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posição em Economia e MBA e em terceiro nosmestrados de Empreendedorismo e Gestão. AUniversidade de Stanford também aparece muitobem cotada, com dois primeiros lugares, em Ges-tão e em Recursos Humanos, ao qual acrescentauma aparição em terceiro do seu programa deMBA e presenças na quarta posição em Econo-

mia, Engenharia e Mercados Financeiros. Já aHarvard Business School parece tender a lideraras áreas em que mais aposta, com dois primeiroslugares em Economia e MBA mas sem mais ne-nhuma aparição no pódio dos 'rankings' de desta-

que no inquérito da Best Masters.Já que no que diz respeito aos 'rankings' eu-

ropeus, os resultados do trabalho da consultorafrancesa tendem a ser mais divididos. Ainda as-

sim, pode-se notar algum domínio das escolas

inglesas, nomeadamente a London BusinessSchool, que lidera o 'ranking' de Gestão, apareceem segundo lugar nos MBA e em terceiro nos

Executive MBA, e aUniversidade de Oxford, queconquista um terceiro lugar em Gestão, umquarto lugar em Economia e ainda duas presen-ças na quinta posição nas listas que classificam

os MBA, tanto os 'full time' como os mais voca-cionados para a formação de executivos.

Fora das ilhas britânicas, é de notar a presen-ça da holandesa Erasmus University Rotterdamem muitos lugares do topo, especificamente emEmpreendedorismo (2 o), Gestão Internacional

(3o), Engenharia (3 o), Recursos Humanos (4o) e

Marketing (5o). Quanto à escola suíça IMD - In-ternational Institute for Management Deve-

lopment, reconhecida internacional pelo seufoco na formação criada à medida das empresase uma forte ligação ao tecido empresarial, desta-

ca-se pelo seu segundo lugar nos 'rankings' eu-

ropeus de Gestão, terceiro nos programas deMBA e uma quinta posição dada ao seu mestra-do em Gestão Internacional. ¦ Pedro Quedas

METODOLOGIA

'Feedback' dos cx alunos é crucial

A metodologia desta selecção da

Eduniversal fundamenta-se em três

grandes componentes: reputação dos

programas, perspectivas salariais e salá-

rio de base inicial dos seus alunos apósa conclusão do programa e o seu nível

de satisfação com o mesmo.

A reputação dos programas é determina-

da através do contributo de profissionais

de recursos humanos inquiridos pelaconsultora. 0 dados sobre as perspecti-vas de carreira e o nível salarial de base

no primeiro emprego dos ex-alunos são

fornecidos pelas próprias escolas de ne-

gócio envolvidas no 'ranking', enquanto

que os inquéritos à satisfação dos alunos

são feitos, através da Internet a uma

amostra considerável dos alunos destas

escolas, sendo que cerca de 10% dos in-

quiridos respondem às questões

que lhes são enviadas. Os resultados

do 'ranking' da Eduniversal são influen-

ciados também pelo trabalho de umComité Cientifico Internacional compos-to por onze membros: um de cada zona

geográfica pela qual as listas se dividem(África, Ásia Central, Europa de Leste,

Eurásia e Médio Oriente, Ásia Oriental,América Latina, América do Norte,Oceãnia e Europa Ocidental)

e mais dois representantes da

consultora de origem francesa (o CEO

e coordenador internacional).

Esta influência manifesta-se no factodo feedback 1 recolhido juntos dos ex-alu-

nos se concentrar numa lista das mil

melhores escolas de negócio escolhidas

anualmente por este comité.

*22Posição do Master in Economics da Nova

SBE, o melhor resultado português.

*31O 'ranking' da Eduniversal avalia programasem 31 categorias distintas.

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ISCTE

O ISCTE tem sete programas no Eduniversal Masters Ranking:seis do ISCTE-lUL e um da ISCTE Business School. O mais bemcolocado é o Mestrado em Gestão de Mercados de Arte (com

a FLUU, no 23° lugar na área de Artes e Gestão Cultural.O programa da área de Gestão de Sistemas de Informação

desta escola ocupa o 39° lugar. Aparecem ainda nestes

'ranklngs', nas diferentes categorias, o Msc In Human

Resources, Mestrado em Administração Pública, Mestradoem Direito das Empresas, Msc in Marketing e Mestradoem Comunicação, Cultura e Tecnologías de Informação.

EGP

A EGP tem seis pós-graduações no 'ranklngs' de mestrados.

pós-graduações da Eduniversal. A mais bem colocadaé a pós-graduaçâo em Gestão da Informação e Marketing

Intellígence, em 35° lugar na área de Business Intelligence,Conhecimento e e Gestão de Segurança. Aparecem ainda,

nas diferentes áreas de formação, as pós-graduaçõesda escola de negócio da Universidade do Porto

em Comunicação Empresarial, Gestão e Direcçãode Serviços de Saúde, Gestão Imobiliária, Gestão

de Vendas e Gestão de Turismo e Hotelaria.

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CATÓLICA

O programa mafs bem colocado da Católica é o Masterof Science In Business Administration in Innovatlon and

Technology, na 31a posição da área de Engenharia e Gestão deProjecto. Aparecem ainda, nas diferentes áreas, o Lisbon MBA

(Católica/Nova), o Masterof Science in Business Administration¦ In Accounting and Control, o Master in Law and Business, oMasterof Science In Business Admínfstration in Innovatlon and

Technology, o International Masterof Science in Business

Administration In Strategy and Entrepreneurshipe oInternational Master of Science in Business in Marketlng.

ISEG

O Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG)tem cinco programas nos "rankings' da Eduni versai.

Os que têm maior destaque são os mestrados em Gestão

e Avaliação Imoblliára, em 40° lugar na área de Gestão

Imobiliária/e o de Gestão de Sistemas de Informação,igualmente em 40° na sua área respectiva. Constam aindadestes 'rankings', nas diferentes categorias, os mestrados

desta escola em Economia Internacional e Estudos

Europeus, Gestão em Ciências Empresariaise o de Economia e Políticas Públicas.

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NOVA

A Universidade Nova tem três programas nos diferentes'rankings, por áreas de formação, das listas dos melhores

mestrados* pós-graduações e MBA da consultorafrancesa Eduniversai, divulgados no site "best-

masters.com": o Masters in Economics, na 22 a posiçãoda competitiva área de Economia; o Masters in

Management, em 37a posição, na área de Gestão,e o Lisbon MBA, programa conjunto das universidadesNova e Católica, que ocupa o 46° lugar nos melhores

Executive MBA da Europa Ocidental.

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Politécnico de Leiriaensina com a Apple

*462No Estado e nas empresas, há menos 462pessoas a trabalhar em I&D em 2010.

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IPL é a primeira instituiçãode ensino superiorportuguesa a apostar na"Apple on Campus" Store.

Renovação

tecnológica e

aproximação às empre-sas. Duas das priorida-des que estão no topo dalista de qualquer insti-tuição do ensino supe-

rior que se queira destacar no competi-tivo mercado actual. Com a introduçãoda "Apple on Campus" Store, o InstitutoPolitécnico de Leiria (IPL) procura ata-car esses dois desafios de uma só vez.

O "Apple on Campus" Store é umaloja virtual que permite a estudantes e

docentes de determinados politécnicose universidades adquirir equipamentosApple com descontos especiais. Comesta aposta, o IPL tornou-se a primeirainstituição de ensino superior portu-guesa a usufruir deste programa.

"Já há algum tempo que diversos do-centes do IPLeiria desejavam umaaproximação à Apple, mas não haviauma acção concertada", revela NunoFonseca, docente do departamento de

Engenharia Informática da Escola Su-perior de Tecnologia e Gestão (ESTG) e

responsável pelo projecto de integraçãodas tecnologias Apple no IPL. Esta es-tratégia inclui, para além do "Apple on

TECNOLOGIA DA APPLENO INSTITUTO POLITÉCNICODE LEIRIA

Aposta tecnológicajá dá frutos"Um dos casos de sucesso foi a criaçãode um conjunto de vídeos, sobre des-

envolvimento de aplicações para iPho-

ne/iPad, que está disponível gratuita-mente no iTunes U. e que tem tidouma receptividade extraordinária, nãosó dentro do IPL, mas também ao nível

de Portugal e do Brasil, com milharesde downtoads semanais", explica Nu-

no Fonseca, docente do IPL O respon-sável pela introdução de conteúdos da

Apple no Politécnico de Leiria salienta

que "estes vídeos têm estado, de for-

ma continuada, nos primeiros lugaresdo top do iTunes U, quer em Portugal,

quer no Brasil". Mais do que uma prio-ridade, esta aposta é uma necessidade

para a evolução do nosso ensino. "Nos

cursos mais tecnológicos é fundamen-tal que o meio académico esteja aacompanhar o que de mais avançadose faz a ntvel mundial, uma vez quetemos de preparar profissionais não

para a realidade presente, mas paraa realidade futura, que os estudantesirão encontrar nos anos seguintes à

conclusão da sua formação", defendeNuno Fonseca.

Campus" Store, palestras temáticas, in-tegração de conteúdos Apple no Mes-trado de Computação Móvel e a criaçãodo Portal do iTunes U do IPL, onde osalunos podem aceder, entre outros con-teúdos, vídeos das aulas dadas durantecada semestre.

A revolução no IPL apenas espelhaa revolução que tem vindo a acontecerum pouco por todo o mundo. Um mun-do cada vez mais acelerado, tão rápido,aliás, que poucos parecem ter tempopara parar. "O futuro da informáticavai passar muito pela computação mó-,vel", explica Nuno Fonseca. "Todos osestudos apontam para que, dentro de

pouco tempo, a Internet seja muitomais utilizada através de dispositivosmóveis do que através dos computado-res tradicionais. E dentro da computa-ção móvel, obviamente, a Apple é a re-ferência a nível mundial", salienta o

professor.Esta nova atitude não poderá deixar

de afectar, também, o modo como se en-sina. "Uma aposta em novas tecnologiasnão passa apenas por mais computado-res ou mais páginas Web. É preciso ima-ginar novas formas de cruzar a tecnolo-gia com o ensino", explica o professordo IPL, com uma visão bem concreta do

que está para chegar. "O simples factode um estudante poder ter no bolso, noseu iPod, vídeos de todas as aulas de umsemestre, parece-me uma boa visãopara um futuro próximo". ¦ Pedro Quedas

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ÚLTIMAS

Doutorado da Brisano Ml I PortugalJorge Lopes é o primeiro doutorado na áreade transportes pelo MIT Portugal. 0 trabalhoapresentado por este investigador da Brisa

Inovação e Tecnologia propõe uma plataformade serviços capazes de gerar previsões de tráfegode curto-prazo para redes de autoestradas emcondições de tráfego recorrente e não recorrente,quando afectados por eventos não planeadosou incidentes.

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Católica do Porto homenageiapai da Bioétiea em PortugalEm homenagem a Luis Archer, pioneiro daGenética Molecular e da Bioétiea em Portugal,o Instituto de Bioétiea da Católica Porto organizoutrês conferências a cargo de grandes figurasda área a nível mundial. A primeira decorreu na

passada semana, a próxima será já esta quinta-feira, com Diego Garcia, médico e docenteda Universidade Compultense de Madrid, ea última no dia 8 de Fevereiro, com RobertoAndorno, investigador da Faculdade de Direitoda Universidade de Zurique.

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Nomedo cursosuperior jánão garanteemprego

Saídas. Com o desemprego a subir, esforçodo aluno e prestígio da faculdade que frequen-ta valem muito mais do que o nome do curso

PEDRO SOUSA TAVARES

Excetuando Medicina (após o in-ternato) e Engenharia Biomédica,já não existem cursos de empre-gabilidade garantida. Numa altu-ra em que o desemprego até temcrescido mais rapidamente entreos diplomados, o que ainda faz a

diferença, além do desempenhoindividual do aluno, são os nomesde algumas universidades e, den-tro destas, certas escolas, comfama de formar trabalhadoresprontos a vencer.

Um exemplo de faculdade emalta é a School of Business andEconomics, da Universidade No-va de Lisboa. O nome, recém-ado-tado, diz tudo sobre as ambiçõesda instituição, que já está em 39.°

lugar no rantíngda categoria dojornal Financial Times (FT}. "Que-remos afirmar-nos como uma dasmelhores escolas de economia da

Europa", diz ao DN Rita Mendia,responsável pelo departamentode carreiras da faculdade.

Com uma taxa de empregabili-dade de 100% após seis meses en-tre os alunos de mestrado, esta es-cola tem 700 empresas inscritas nasua bolsa de emprego, em que pu-blica mil ofertas por ano. E, mais do

que ajudar os alunos a encontrartrabalho, preocupa-se em encami-nhá-los para a área certa. "53% dosalunos aceitam ofertas antes de ter-minarem o curso, mas o que procu-ramos é, enquanto estão cá, fazer a

ponte entre eles e o mundo empre-sarial, para que descubram por si

própriosasua vocação." RitaMen-dia considera que os alunos da es-cola, em que se incluem 20% de es-

trangeiros, "são muito bons, estãobem preparados e são flexíveis: po-dem trabalhar aqui, na China, emSão Paulo, não interessa".

Também a Universidade Cató-lica (UCP) tem plena empregabili-dade entre os mestres da LisbonSchool of Business, ainda maisbem cotada (33. a) no rankingFT:"83% desses alunos chegarammesmo a receber duas ofertas de

emprego e 22% receberam três oumais ofertas", disse fonte da insti-tuição, que conta ainda com níveis

próximos dos 100% em áreas co-mo a Engenharia e o Direito.

Já ao nível dos desempenhosglobais de uma universidade, aTécnica de Lisboa é provavel-mente a mai bem cotada, com95% dos alunos no mercado aofim de um ano. Mais raro é haveruniversidades a analisar não só o

acesso mas a permanência nomercado. Segundo a Universida-de de Lisboa, apenas 2,8% dosseus diplomados dos últimos seis

anos não têm emprego. A Univer-sidade do Porto, num inquéritoque recua a 2004/05, concluiutambém que 83% dos ex-alunosestão empregados.'Marca' não chegaO certo é que mesmo o nome da

instituição não garante empregopara formações que o mercado detrabalho não está a absorver. Osúltimos dados do Gabinete dePlaneamento (GPEARI) do Minis-tério da Educação e Ciência(MEC), relativos a diplomados en-tre 2009 e 201 1, mostram os cur-sos de Serviço Social do Institutode Serviço Social do Porto e da Ca-tólica no topo dos inscritos noscentros de emprego, respetiva-mente 67 e 63 . A Psicologia e a En-fermagem são outros exemplosde formações para as quais pare-ce existir uma crise de procura(ver tabela), independentementedo nome da instituição.

Já alargando o leque a todos atodos os diplomados da última dé-cada, desde 2001 as ciências em-presariais são as que mais contri-buem para alista de desemprega-dos (16,3%), seguindo-se asciências sociais e do comporta-mento (11,8%) e as formações deprofessores (10,6%).

Números que refletem as atuaisdificuldades de absorção de traba-lhadores qualificados nalguns sec-tores, de que é exemplo maior o

caso dos professores, que têm sen-tido o impacto da redução drásti-ca de efetivos que o Ministério daEducação tem promovido nesteséculo. Isto apesar de os cursos de

educação até estarem a reduzir aoferta de vagas há pelo menosquatro anos.

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O que o mercado queragora pode mudaralerta Especialistas avisam

que ter diploma continuaa ser muito melhor,e que pode ser perigosodesinvestir nalgumas áreas

Para Natália Alves, socióloga daeducação da Universidade de Lis-boa, e uma das pioneiras dos in-quéritos à empregabilidade dos

alunos, a atenção ao futuro profis-sional dos alunos é hoje "uma ques-tão incontornável" para as institui-ções, até porque "os dados [do de-semprego] são públicos".

No entanto, avisa, condicionar aoferta ao que o mercado pede é "umrisco enorme. O que o mercadoquer agora pode não ter nada quever como que lhe fará falta no futu-ro", diz. "Agora é normal que nãoexista trabalho no Serviço Social,porque é uma área que depende daoferta estatal e das IPSS, estandoambos em contenção. O mesmo se

pode dizer dos engenheiros, dos en-fermeiros. São tendências."

O perigo, acrescenta, é que umalógica demasiado virada para omercado "possa levar ao desinves-timento em áreas que têm um pa-pel muito importante, como asciências sociais".

Também António Rendas, reitorda Nova e presidente do Conselhode Reitores (CRUP) , sublinha queos cerca de 44 mil diplomados nodesemprego continuam a ser umagota no oceano de meio milhão de

portugueses nessa situação: "As

pessoas qualificadas representamuma enorme mais-valia para qual-quer empresa."

Por também representarem salá-rios mais altos, acrescenta, "nestafase de contração económica, as

empresas também estarão a con-trair-se e a abrandar a contrataçãodos recursos humanos mais qualifi-cados. Mas esta é uma mera reaçãoconjuntural das empresas, sendo a

exceção e não a regra", garante. An-tónio Rendas defende ainda que"nunca as universidades acompa-nharam tanto" os seus diplomados.

> Mais de 40 mil licenciadosdesempregados fizeram au-mentar a procura dos gabi-netes de saídas profissionaisdas universidades, que sereúnem hoje e amanhã naFoz do Arelho. Uma das pro-postas do encontro é organi-zar uma rede nacional de ga-binetes de saídas profissio-nais das várias instituições.

GABINETES DE APOIO

Encontro nacionalà procura de soluções

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SUCESSO IMEDIATO

"Vejo-me a fazercarreira no estrangeiro"

acima da média Inês Serra licen-ciou-se em Economia, com médiade 17 valores, começou a trabalharem Londres, como traderâe moe-da na Morgan Stanley, uma dasmaiores instituições bancárias domundo, e prepara-se paradefender a tese de mes-trado, em fevereiro, naNova School of Eco-nomics, esperandodesde já uma nota"entre os 16 e os 17valores".

Aos 22 anos, ape-sar de apenas estar adar os primeiros passosna sua carreira, já tem umpercurso inatingível para muitosprofissionais da sua área. Masmantém os pés assentes na terra,preferindo focar-se em garantirque não vai desiludir as altas ex-petativas criadas à sua volta:"Quero continuar nesta área du-rante vários anos e sei que emPortugal não teria uma oportuni-dade igual à que estou a ter. Nospróximos cinco anos vejo-me afazer a minha carreira no estran-geiro", adianta.

Sem desvalorizar o próprio es-

forço, Inês elogia o papel daSchool of Business and Econo-mics da Nova na sua trajetória. "A

escola foi superim-portante. No mes-trado, temos vários

módulos que nosajudam a procurar a

área certa. Desde Eco-nomia, Finanças, Consulto-

ria... Num desses módulos, a Mor-

gan Stanley trouxe à faculdade ex--alunos da Nova. Mais tarde con-corri a um estágio de verão."

Conseguiu ser aceite na insti-tuição, num processo que envol-veu várias etapas, com muitoscandidatos a ficarem pelo cami-nho. Mais tarde, entre colegas dasmelhores universidades da áreana Europa, conseguiu sobressair.Diz que a formação foi decisiva:"Em relação a colegas de estágiode outros países, senti que temosum ensino mais virado para a prá-tica, para a utilização dos meios, Eisso fez toda a diferença."

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"Uns choramoutros vendem lenços"TRABALHADOR Com 28 anos, Ricar-do Gomes é engenheiro da em-presa de construção Jular, ondetrabalha já há seis anos no proje-to Tree House (primeiras casaspré-fabricadas de madeira portu-guesas). No "tempos livres",este antigo forcado criacavalos lusitanos, nu-ma propriedade do

pai, no Alentejo, e

está a finalizar atese de mestradona Católica.

"Sempre fui umbocado acelerado",confessa este engenhei-ro civil que fez o curso a tra-balhar e tinha uma oferta de traba-lho, da atual empresa, no dia emque se licenciou, aos 22 anos.

"O meu pai sempre cultivounos filhos a ideia de que temos detrabalhar para ter sucesso. Ele está

ligado à construção e também játrabalhei na área. Quando lhe dis-se o curso que queria seguir, dis-se-me: 'Ninguém é engenheiro ci-vil sem conhecer uma obra' ", re-corda o jovem licenciado.

Na empresa, a experiência deterreno foi uma vantagem: "Feztoda a diferença. Ainda hoje sou o

segundo engenheiro mais novo,mas não sinto que me tratem de

forma diferente porisso. Quando en-trei, talvez tivessem

dúvidas sobre as mi-nhas capacidades,

mas quando falaramcomigo, e perceberam que

sabia alguma coisa do assunto,essa imagem desapareceu."

Numa altura de crise, em quemuitos engenheiros civis estãosem trabalho, Ricardo Gomesprefere destacar os aspetos posi-tivos que encontrou no sector.Fala da "internacionalização" da

empresa onde trabalha e destacaa aprendizagem do trabalho sob

pressão: "Acho que nunca evoluítanto como no último ano." Umafilosofia que sintetiza com maisuma máxima herdada do pai:"Em tempos de crise, uns chorame outros vendem lenços. Eu soudos que querem vender lenços."

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"Por alguma razão fui para o contencioso"talentoso Não há muitos esta-giários de advocacia que se pos-sam orgulhar de ter aparecido emquase todos os órgãos de comu-nicação social portugueses. Gon-çalo Carrilho é um desses casosraros. Falar em público não o in-timida nada.

Com 22 anos, o ainda presiden-te da Associação Académica daFa-culdade de Direito da Universida-de de Lisboa, recém-licenciadoem Direito com a média de 16 va-lores, ainda dá os primeiros passosna sociedade de advogados Mo-rais Leitão, Galvão Teles, Soares daSilva & Associados, mas a sua ca-

pacidade de argumentação jádeve ser conhecida até pelo basto-nário dos advogados, AntónioMarinho e Pinto, que o

ouviu protestar maisdo que uma vez con-tra os exames de

acesso à Ordem."Agora parece quetambém terei de osfazer", brinca.

Ainda a "apalparterreno" na firma e aestudar as "várias possi-bilidades" que a carreira tempara oferecer, Gonçalo, que toda avida se conheceu a envolver-se

"em causas", não es-conde uma certa incli-

nação para a barra dostribunais, onde poderia apro-

veitar melhor o dom para a orató-ria: "Por alguma razão fui coloca-

do no contencioso", confessa.Para já, a par das médias altas,

não tem muitas dúvidas de que o

seu percurso até ao momento lhefacilitou o acesso ao mercado detrabalho: "Acabei o curso e no dia

seguinte estava a começar o está-

gio. Sei que não é muito fácil con-segui-lo", admite.

No entanto, Gonçalo tambémnão esquece a universidade: "Nocaso da Faculdade de Direito, te-mos a vantagem de ter muitosprofessores que estão ligados a

grandes escritórios." E há um "tra-balho de aproximação" dos alunosao mercado.

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