Infidelidade e Traição

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    INFIDELIDADE E TRAIÇÃO (PSICÓLOGO ANALISA AS CONSEQUÊNCIAS PARA O CASAL)

    Independentemente da era, modelo econômico e social, oassunto da traição nos relacionamentos acompanha a própriahistória afetiva e sexual do ser humano. Obviamente por seucaráter de extremo sofrimento e dor, a matéria é sempre atual,mesmo que determinados modismos tentem se impor no padrãocultural de determinada época. uero deixar claro que as idéiasapresentadas abaixo não possuem um caráter !enérico, mas,apenas observaç"es de casos acompanhados clinicamente. A

     primeira premissa para uma u!ura !rai"#$ se%ua& $u ae!i'a $#$ a*$mpa+ame!$ ,a ima-em ps./ui*a /ue uma pess$a$rm$u a*er*a ,e seu *$mpa+eir$0 e se !a& ima-em pass.'e&$u #$ ,e sa!isa"#$ p&ea1 A es!imu&a"#$ ,a i&us#$ se2a pe&ase,u"#$ $u aus3*ia si4ima *$mp&e!a ,a !rai"#$0 sem /ue$*$rra e*essariame!e um e*$!r$ se%ua& *&a,es!i$1 A!es,a !rai"#$ se%ua& pr$priame!e ,i!a0 $*$rre a u-a $ p&a$em$*i$a&0 +a'e,$ a re*usa ,a a2u,a pera!e $,ese'$&'ime!$ ,as p$!e*ia&i,a,es am$r$sas ,e am5$s $s

     par*eir$s6 assim se,$0 a !rai"#$ m7%ima $ ,es8im$ ,e es!ar

    *$m a&-um. # psicolo!ia falhou no estudo deste tema, pois oselementos destrutivos tão bem estudados pela mesma, seaplicam diretamente $ questão da traição. %i!o isto, pois nocampo cl&nico notei que o dese'o de trair al!uém nasce muitasve(es diante da fraque(a do parceiro) revelando os conte*dos daa!ressividade, frustração e dese'o de poder sobre o outro) queirão catalisar a busca por novas pessoas.

    uanto maior a timide( de uma das partes envolvidas no tocante

    a exposição da perda de seus sentimentos, maior será acompetição do companheiro para alterar ou recuperar a situaçãoanterior. C$*&ui9se /ue a !rai"#$ es!7 i!imame!e &i-a,a :,ispu!a e *$mpe!i"#$1 D$ p$!$ ,e 'is!a mas*u&i$ +is!;ri*$ $,ese2$ ,e am5i"#$1 a e a*?mu&$ ,$ 8m5i!$ s$*ia& para a re&a"#$1 Oam$r mas*u&i$ *umu&a!i'$ e a-e pera!e $ ,esai$6 e *$m$ amu&+er sua p$sse p$,e a ,es!ra!ar $ /ua!$ /uiser0 ap;s a*$/uis!a) caso al!uém duvide é só se lembrar das experi+ncias

    da adolesc+ncia em relação $ competição !rupal acerca de quemiria sair com a mais bela !arota da escola. O homem na maioria

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    das ve(es carre!a esta dificuldade de não conse!uir amar, tendoa necessidade da conquista do ob'eto sexual valori(ado parasatisfa(er seu narcisismo perante o meio.

    # traição feminina se!undo al!uns psicólo!os tem a finalidade depor fim a determinado relacionamento que há muito tempo estáfalido. al conclusão é verdadeira em parte, pois a questãoultrapassa este conceito. # postura sexual da mulher não deixade ser um -espelho- perante todo o histórico do comportamentode seu par) a !rai"#$ emiia e*erra #$ apeas um*$mp$e!e ,e 'i-a"a re!e a$ /ue $ +$mem resis!iu em

     pr$p$r*i$ar a mu&+er0 mas0 !am5m -uar,a uma mem;ria ae!i'ae se%ua& e%!remame!e e&e'a,a s$5re !$,as as si!ua"@es 'i'i,as1O i!eressa!e /ue $ s$rime!$ emii$ pera!e a !rai"#$

    reme!e a a&!a ,e am$r ,e seu par*eir$6 27 $ *as$ mas*u&i$0 a primeira &ei!ura s$5re $ ,esempe+$ se%ua&0 $u se $u!ra pess$a *$se-ue ir a&m ,e suas *apa*i,a,es0 re$r"a,$ $*ar7!er ,a *$mpe!i"#$ *i!a,a a*ima1 Ou!r$ a!$r i!eressa!e *$m$ *a,a um rea-e re!e : !rai"#$1 A mu&+er p$r mais eri,a/ue es!e2a0 ai,a !e!a e!e,er $ /ue a*$!e*eu $re&a*i$ame!$ /ue a*arre!$u !#$ !r7-i*$ epis;,i$6 $ +$mem a>a &ei!ura ,e /ue a !rai"#$ emiia sempre e> par!e ,e um ,es'i$,e *ar7!er ,a mu&+er0 !e!a,$ se e%imir ,e /ua&/uerresp$sa5i&i,a,e pess$a&1 O /ua,r$ *u&!ura& em /ue $ sermas*u&i$ $i *ria,$ ,i> /ue $ mesm$ =ama /uem #$ ,ese2a= 9sua esp$sa0 e =,ese2a /uem #$ ama= 9 se2a uma ama!e $ua'e!ura se%ua& /ua&/uer1 

    ssa dicotomia afetiva novamente retrata o caráter ambicioso ebancário dos relacionamentos. %i( ainda da delicada questão dabele(a ou sensualidade e como se lida com ambas. O homemprocura !al!ar poder e respeito perante seus pares, como foiexposto. # mulher encara a bele(a quase como uma

    -sobreviv+ncia- de sua parte afetiva que clama por consideração,tentando evitar o abandono por parte de seu companheiro)embora abaixo irei relatar al!uns aspectos nocivos de como o ser feminino lida com tal aspecto.

    # bele(a talve( se'a o &cone máximo da era moderna, seassociando a dinheiro, prest&!io e status. /ua função psicoló!icaé diminuir a an!*stia e sofrimento desesperador da rotina diária.O ser masculino a busca para esconder suas ambiç"es oudecepç"es que não conse!uiu efetuar. # mulher a nutre pelanecessidade de ser cultivada e servida, embora reclameconstantemente da obsessão e ci*me. # mesma ainda acusa o

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    homem por seu caráter essencialmente erótico) mas, o por queentão da preocupação exacerbada com a apar+ncia0 # fortunamovimentada pelas cl&nicas estéticas mostra um outro lado) ov&cio da mulher no tocante ao hábito de sedu(ir, e a mentira queal!umas ve(es passa ao tentar di(er que !ostaria de al!o maisprofundo, quando na maior parte do tempo alimenta apenas suavaidade. $ mesm$ pr$*ess$ /ue $*$rre *$m a&-um /ue ,e!me%!rema ama e se /uei%a ,$ *$s!a!e ass,i$ e i'as#$ ,e sua

     pri'a*i,a,e6 se,$ a ama seu *$m5us!.'e& ,i7ri$. # dissimulaçãoé !enerali(ada quando se conse!ue uma substancial dose devalor ou import1ncia. # bele(a é o se!uro mais atual contra todoo processo da fra!ilidade humana em todas as esferas. O modelosocial nos coloca a imposição da fama não apenas para sermosrespeitados, mas o que é pior) para obtermos determinadas

    satisfaç"es básicas, como a atenção ou afeto, citando doisexemplos.

    Uma ,as pr$'as ,$ am$r $ ,ese2$ *$s!a!e ,e ser'ir6ie&i>me!e a mai$ria ,$s *asais #$ *$se-ue a *$mui*a"#$,e *$m$ iss$ ,e'e ser ei!$ a pr7!i*a1 um 5$m !emp$ /uea ,isp$i5i&i,a,e #$ i*reme!a a -ra!i,#$ $u ,ese2$ ,$

     par*eir$1 A sesa"#$ ,e uma e%i-3*ia /ue 2amais a&-um p$,er7 *umprir0 ,issimu&a,$ $ a!$ ,e /ue a mai$ria ,as pess$as !em um -ra'e pr$5&ema em es!a5e&e*er *$mpr$miss$s$s ,ias a!uais1 A ,i*$!$mia $5ser'a,a se se!ir *$ia,$uma re&a"#$0 *&ama,$ p$r &i5er,a,e para $'as 5us*as 'ersus$ !err.'e& me,$ ,a s$&i,#$6 iss$ sem *$!ar a par!e ,es!ru!i'a /ue!$,$s *arre-am a 8sia $u ,ese2$ ,e =amarrar= a a&ma ,ea&-um1 O ,ese2$ ,e &i5er,a,e /ue e*&$,e /ua,$ es!am$s um,e!ermia,$ re&a*i$ame!$ ru!$ ,a 5ai%.ssima au!$$mia /ue

     p$ssu.m$s a esera e*$4mi*a e s$*ia&1 Trasp$r!am$s,e!ermia,as a&!as s$*iais para $s re&a*i$ame!$s1 2asvoltando ao tema da traição, o que fa(er quando se descobre a

    mesma0 sta sem d*vida al!uma é a per!unta que mais dilaceraquem passou ou está passando por tal experi+ncia. O ideal seriaque antes de tal catástrofe um dos dois discutisse não apenassua ambição por outras pessoas, como também a sensação deaprisionamento que a relação está produ(indo. 2as é quase quetolice buscar sinceridade na atualidade.

    O fato é que a descoberta da traição não apenas levanta aspectosou dese'os de vin!ança, abrindo caminho para pensamentosmuitas ve(es irracionais que a pessoa não possui nenhum tipo deexperi+ncia ou controle. 3arece que qualquer tentativa deresolução leva ao caos ps&quico. /e há o -perdão-, aparecem os

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    mecanismos de poder, sendo que o sentimento de d&vida ou afalha comportamental 'amais poderão ser restaurados. O perdãotrará também a consci+ncia que nem toda a má!oa ou escombromental pode ser removido, tendo que aprender a conviver comum -resto- de desilusão) apesar de que o perdão é o melhorinstrumento para se aferir se houve apenas um conflito que oparceiro não soube lidar, ou se as atitudes desenvolvidas pelomesmo fatalmente irão se repetir. /e ocorrer a dissolução darelação, o arrependimento por tão radical decisão inunda aconsci+ncia) isso sem falar na paranóia ou desconfiança que seinstalam automaticamente no conv&vio diário. 4ma dasmensa!ens cruciais é que dever&amos sem d*vida al!uma se!uirem frente. P$,em$s ierir /ue a !rai"#$ reme!e a $ssa a&!a ,ee%peri3*ia ,e *$m$ &i,ar *$m $ ;,i$0 e&eme!$ irm#$ ,a pai%#$

    $u am$r1 A rai'a resu&!a!e ,e uma !rai"#$ p$ssui um ,up&$se!i,$B primeirame!e u,ame!a& /ue p$ssa ser e%pressa para /ue $*$rra a &i5er!a"#$ psi*$&;-i*a ,e /uem es!7*$mp&e!ame!e a5s$r!$ $ s$rime!$1 P$rm0 $ *ui,a,$ ,e'eser e%!rem$ para /ue #$ se a&ime!e a *$!iui,a,e ,e a&-$esse*ia&me!e e-a!i'$0 re$r"a,$ a se,u"#$ ,e ser a '.!ima $!emp$ !$,$1 

    # tentativa histórica e moral das reli!i"es de coibirrelacionamentos fora do modelo do casamento, só potenciali(oua atuação destrutiva num n&vel além do alcance da maioria dosmortais, pois sempre teve medo de discutir as reais paix"eshumanas ne!ativas) embora até ho'e não consi!o visuali(aralternativas de relação não neuroti(adas, quando se fo!e dedeterminados preceitos históricos e morais. # traição revela aoutra faceta sempre ne!ada de qualquer ape!o ou depend+ncia)que tudo não apenas passou de ilusão, e que temos de fa(er umacerta lição de casa acerca de nossos sonhos e expectativas) ouperceber se no decorrer de nossas vidas estamos apenas

    investindo em terrenos estéreis. O mais dolorido nisso tudo é anossa instabilidade para o pra(er. /e'a a insatisfação do su'eitocom a rotina, ou a pessoa que ori!inou o processo da traição,todos se encontram numa total escuridão acerca do futuro. #decisão não cabe mais a nin!uém) somente a determinada fraseou elemento de impacto que tire todos do caos, perante os fatosocorridos.

     A !rai"#$ a e%p$si"#$ ,a *ar3*ia $u 5&$/uei$ ae!i'$ ,e !$,asas par!es e'$&'i,as1 N#$ +7 'e*e,$res6 apeas uma !r$*aa!ri5u&a,a ,a a!i-a se-ura"a em$*i$a& pe&a ,ispu!a *$mp&e!a1Fa>e,$ uma *$mpara"#$ em !erm$s s$*iais0 e/ui'a&eria a uma

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    ,emiss#$ $ 8m5i!$ pr$issi$a&0 ap;s *er!$ !emp$ ,ee%peri3*ia0 sem /ue $s reais m$!i'$s ,e !a& a*$!e*ime!$$ssem e%p&i*i!a,$s1 # disputa pelo ob'eto de dese'o !era umatotal ambi!5idade6 o narcisismo consciente ou não de quemtraiu, se sentindo sobrevalori(ado inconscientemente perante oepisódio) assim como a pessoa tra&da irá buscar a prova de seuvalor pessoal por todos os meios poss&veis) isso sem falar doálibi que al!uém tra&do pode usar contra todas as faltas do outro,fu!indo de suas pend+ncias psicoló!icas. 3or outro lado, osofrimento acarretado por tal disputa nasrc&sica levará ao -no'o-ou de!radação daquilo que era estimado.

    4ma questão importante no tocante $ traição, é que a mesmaremonta a sobreviv+ncia do e!o. # expectativa de uma

    miserabilidade se'a no campo econômico ou pessoal, é a tra!édiade nossa época. Ser !ra.,$ e/ui'a&e a uma esp*ie ,e a&3*iaem$*i$a&0 ps./ui*a e se%ua&1 O importante a frisar novamente é asedução de sentir ódio em qualquer situação afetiva. al emoçãovisa não apenas distrair a pessoa de suas má!oas oufrustraç"es, se tornando uma espécie de passatempo quepreenche por completo a alma de al!uém. O ódio se instala se'apela traição ou qualquer caracter&stica que se v+ no parceiro que!ere conflito. A +ip$*risia p&ea a ma!ria ae!i'a0 p$is +7mui!$ !emp$ 27 ,e'er.am$s sa5er ,a $ssa i!$&er8*ia $!erre$ em$*i$a&1 O ódio é o mais puro comportamentocotidiano) a felicidade remete $ unicidade, tornando uma pessoaespecial por se conhecer e lidar com todo o tipo de conflito. Ocontrato afetivo que quase nin!uém conse!ue estabelecer é opreço a ser pa!o pela conviv+ncia a dois. # pessoa que trai 'ul!anão apenas estar insatisfeita) sendo que seu dese'o de poderestá lon!e de ser conclu&do. O desafio se torna uma meta de vidasilenciosa e ile!al.

    # traição di( de uma pessoa totalmente mimada, pois tenta su!aro máximo poss&vel na esfera afetiva e sexual) embora não possaconcordar plenamente que a traição reside apenas numadeterminada ambição. 7á uma tentativa avassaladora dedespotenciali(ar o parceiro por completo) uma espécie de inve'apor não ter incorporado elementos que lhe dariam mais poder ouse!urança. # dificuldade e timide( no tocante aos fatoresemocionais constituem outro caos emocional de nossaatualidade. O !.mi,$ *$m$ $5ser'ei e%aus!i'ame!e em $u!r$ses!u,$s6 e-a9se peremp!$riame!e : ,i'is#$ ,e /ua&/uere%peri3*ia .!ima1 O,eia a&ar ,e si6 usa,$ sua ,ii*u&,a,es$*ia& para u-ir ,e suas resp$sa5i&i,a,es ae!i'as1 Sua me!a

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    $5s!ruir $ =s$+$ ,$ $u!r$=0 p$is0 *as$ a&-um a!i2a $ =*&.ma%=*$m e&e0 !er7 um *$mpr$miss$ ,e re!ri5ui"#$ /ue #$ ,ese2aee!uar . 8ão que as pessoas que mais cometam uma traiçãose'am necessariamente t&midas, mas um ponto que queroressaltar é que a traição é uma forma de nivelar todos osenvolvidos pelo desespero. 2as o leitor irá se per!untar qual avanta!em de se produ(ir um sofrimento quase que insuportável02edo do envolvimento pleno, fu!a, anseios de poder frustrados,repetição de relacionamentos familiares destroçados eprincipalmente investimento apenas numa ima!em e!o&sta enarcisista de caráter. odos t+m o dever de aprender asequival+ncias dos processos onde estão envolvidos. O*asame!$ se !$r$u uma esp*ie ,e ='e,a=0 $,e !u,$

     pr$me!i,$ a!esB e*$!r$ ,e *asais0 $rie!a"#$ re&i-i$sa $u

    ma!rim$ia&0 ap$i$ s$*ia& e !ra,i"@es1 P$rm0 ap;s *er!$s*$&i!$s as pess$as se e*$!ram a5s$&u!ame!e,esampara,as0 se-ui,$ $ mesm$ pr$*e,ime!$ /ue $*$rre aesera e*$4mi*a e s$*ia&1 

    # sa&da de todo esse processo de terror seria a não intimidaçãoperante o v&cio de competir, que é sinônimo do modelo social eque acaba com a relação !radativamente. O auto respeito é nuncatrocar a se!urança pessoal por uma ima!em ou cópia deidiossincrasias coletivas. uem não conse!ue depender de sipróprio, abrirá caminho para todo tipo de situação neurótica e defuturo despra(er. 8ão que dese'e passar a mensa!em que todosdevem procurar a solidão) muito pelo contrário, aquele queaprendeu não somente a depender de si, sendo também receptivo$s possibilidades de trocas !enu&nas, estará muito próximo daarte do amor e satisfação quase que plena. alve( a coisa eterna esaudável em nossa vida não é a lembrança corriqueira de al!one!ativo, como nossa mente aprendeu a se concentrar, masprincipalmente a abertura e possibilidade no dia a dia de

    aprender, e nunca se abater ou contaminar por processos que 'áeram viciados desde seu in&cio.

    uanto maior o ape!o, maior a possibilidade de uma traição,pois, o medo da perda caminha em paralelo com a dificuldade dese expor $ !ratificação ou não no conv&vio com determinadapessoa. O ci*me acarreta o mesmo efeito) sufocar e não dar am&nima chance para que a pessoa possa mudar de idéia ou fa(eroutra escolha) assim sendo, a inse!urança é a mola propulsorainconsciente que pode tra(er $ tona o dese'o de trair em ambosos parceiros) sendo assim, não há inocentes nesta matéria. Oleitor poderá questionar se não é um tanto reli!ioso o modelo

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    aqui apresentado de expor todas as insatisfaç"es, como umaespécie de -confissão- emocional. O fato é que se não hánenhum par1metro de diálo!o ou conviv+ncia afetiva, onarcisismo exacerbado de um dos parceiros triunfará sobrequalquer possibilidade de troca verdadeira, com todas asconseq5+ncias danosas que conhecemos.

    3ara tudo se cria a possibilidade de !anhar dinheiro. 8a traição, acoisa não funciona de modo diferente. # ind*stria dos detetivesou fla!rantes de uma suposta traição movimentam um mercadode !randes somas econômicas. #o invés de se alimentar essaparanóia, seria interessante que as pessoas lidassemprofundamente com seus sentimentos de desamparo eabandono. 9ansei de observar pessoas totalmente inse!uras,

    que seu ob'etivo máximo de vida era apenas delatar ou encontrarprovas da infidelidade do parceiro. Quem p$ssui p&eame!eae!$ $u am$r 2amais p$,er7 se *$si,erar *$m$ !ra.,$0 $m7%im$ e> uma pssima es*$&+a0 se2a p$r a!$res es!!i*$s $u*$mp$r!ame!$s eur;!i*$s /ue reme!em a um passa,$ ma&res$&'i,$1 A 'er,a,e /ue as pess$as se usam $ !emp$ !$,$0 e $re&a*i$ame!$ se asseme&+a a es!ar em ,e!ermia,$ empre-$sempre : espera ,e uma $p$r!ui,a,e me&+$r1 3ara o su'eito quesofreu a traição, a per!unta é se realmente o mesmo sentia afelicidade de estar com a pessoa, ou se apenas tudo não passoude um ensaio acerca do que seria realmente sua satisfaçãopessoal0 # obri!ação de relacionamentos duradouros queanti!amente fa(iam parte do cotidiano deu lu!ar $ absolutaincerte(a de quanto uma relação irá perdurar em nossos dias.-udo pode acabar a qualquer instante-) 'á que o mandamentomáximo imposto por uma era de solidão e desespero é a nãocobrança de dese'os ou afetos. %ever&amos prestar mais atençãoao que realmente perdura em nossas vidas.

    # traição seria realmente a perda de um investimento emocionalprofundo, ou uma tola ilusão de que uma pessoa poderia seencaixar num perfil dese'ado0 #l!uém exi!e a fidelidade por umreal compromisso amoroso, ou não admite nenhum arranhão emsua ima!em e!óica0 9ertamente tais per!untas são cruciais nodesvendamento do problema apresentado. alve( muito mais doque um aspecto ético ou reli!ioso, a traição subliminarmente estádi(endo de al!uém que se tornou uma espécie de -nômade-afetivo. A ,is*uss#$ s$5re $ /ue ,ura,$ur$ u,ame!a& paraapr$u,arm$s a /ues!#$ ,a !rai"#$1 N#$ seria a pr;priais!i!ui"#$ ma!rim$ia& um ,esai$ a a!.,i*a /ues!#$ ,a m$r!e*$m$ ess3*ia +umaa Pe"$ apeas a re&e%#$ para !a& p$!$1 A

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    m$r!e sempre ,7 siais a!e*ipa,$s ,e sua u!ura $*$rr3*ia0sem /ue +a2a per,as $u si!ua"@es 5$m57s!i*as1 O lamentável éque poucos sabem interpretar tais fatos. O !rande dilema é o queaceitar ou escolher para o curso de nossas vidas6 dor, amar!ura,desespero, ódio, ou pot+ncia pessoal e criatividade.

    # traição é a recusa completa na crença de que o conv&vio afetivopoderia ser ocupado por uma pessoa muito mais qualificada. #frustração ce!a por completo qualquer tipo de esperança acercado futuro. emos o hábito milenar da concentração na vin!ança ereparação, ao invés da análise de futuras possibilidades e sobreo que estamos atraindo para nossa vida. # verdade é que somosquase que totalmente inefica(es para estabelecer o ponto ideal dequando dever&amos ir embora) prova disso são as constantes

    sensaç"es de culpa ou arrependimento. # traição soa como umavolta temporal no relacionamento a determinado está!io ondenão havia v&nculo ou compromisso) como se perd+ssemostotalmente a se!urança que achávamos que det&nhamos. Outraquestão importante a se levantar é a dificuldade de se manter oucultivar uma relação que é até a!radável) porém, fica expostatotalmente $ fantasia ou pensamento obsessivo de umaincompletude que parece que 'amais poderá ser preenchida.3arece que apenas a perda nos mostra como sempre estamosdistantes das pessoas que 'ul!ávamos amar.

    #té o momento, estive falando sobre ambição, posse e outrossentimentos que !eram ou são !erados pelo poder. Uma re&a"#$a $ssa a!ua&i,a,e pare*e *$m$ uma es*$&+a /ue semprea*arre!a a sesa"#$ ,e *&ausura6 ,espr$'i,a ,e uma se/3*ia*ria!i'a0 $u /ue pr$,u>a um *$s!a!e es!a,$ ,e &i5er,a,e6 es!e?&!im$ se !$r$u $ a!4im$ ,$s *$mpr$miss$s *$m$ es!a'a,i>e,$ $ *$me"$ ,$ es!u,$1 Pare*e /ue !$,$s 'i'em a*$!ra,i"#$ ,e ,ese2arem ser &i'res6 para&e&ame!e a$ ,ese2$ ,e

    =pes#$= $u ap$se!a,$ria $ 8m5i!$ ae!i'$0 /ua,$ es*$&+em'i'er *$m uma pess$a1 7 ai,a $ a!$r ,a *$s!ru"#$ ,e 5esma!eriais para sup$s!ame!e serem ,esru!a,$s a ,$is6 se,$/ue #$ se per*e5e /ue a mai$ria ,as 'e>es !a& me!a apeases*$,e a pr;pria isa!isa"#$ pe&a perma3*ia ,a re&a"#$. staárdua tarefa é outro fator !erador da traição, pois uma pessoaque se sente sobrecarre!ada irá tentar desafo!ar o peso extra deal!uma forma. O que não se percebe neste exemplo é que todasas expectativas são direcionadas para uma ilusão de pra(er nofuturo, se esquecendo por completo da car+ncia do presente.

    : trá!ica a pre!uiça coletiva de se perceber o si!nificado de

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    determinados processos. O centro do conflito de qualquerrelação afetiva é o temor de expor hábitos ou comportamentosque ainda não foram pass&veis de compreensão ou solução peloindiv&duo, causando ver!onha e humilhação quando percebidos adois. #pesar disto, nunca nossos dese'os se tornaram tão refénsde outras pessoas. alve( poucos este'am atentos para o fato deque o esforço pessoal de uma pessoa muitas ve(es é diri!idopara uma área que compense aquilo que a mesma está em déficithá anos, se recusando a lidar com seus complexos. 3enso que asolução mais viável para todos os problemas apontados seria oequil&brio ener!ético. 8a prática passa pela conscienti(ação deque um relacionamento ou ami(ade é al!o vital, que requermanutenção ou investimento diário, assim como nossa tarefa desobreviver. 9onsumimos a maior parte de nosso tempo em

    coisas forçadas ou que estão desprovidas de um sentido maisprofundo) quando podemos decidir por al!o no tempo livre quenos resta, sur!em a ansiedade e an!*stia como inibidoras deal!o novo. # lição básica é a aferição do presente em qualquertipo de encontro ou relação. 4m ideal ou ima!em é meramenteuma construção psicoló!ica para acomodar a mente numsuposto pra(er, ou fu!ir do medo. 3ortanto, sua perda nunca seráa rai( da traição, mas do en!ano pessoal potenciali(ado.

    %everia haver espaço para tudo ;sexo, ale!ria, diversão) assimcomo para coisas ne!ativas do tipo6 rotina e tédio

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    oculto de traição de ambas as partes. /e aceita tranq5ilamenteque o aprofundamento pode levar a dor) como conseq5+nciaapenas é solicitada uma mera companhia. # solidão é vista comouma doença terr&vel, sendo que o remédio é tomado apenas pelametade, 'á que a d&vida ou compromisso é evitado. # inversão deprioridades tem sido a tônica dos dias atuais. 9omo asobreviv+ncia no plano material ocupa a cada dia mais espaço,ocorre um relaxamento no plano da pessoalidade. #penas o bomsenso e discernimento são os instrumentos válidos para que tipode ação tomarmos diante da traição) se'a a continuidade ouseparação do relacionamento. # a'uda profissional é fundamentalnão como um 'u&(o de valor perante o ocorrido, mas para-escavar- as causas que ori!inaram todo o histórico.

    # premissa rom1ntica tão propa!ada da procura da -alma !+mea-possui um cunho de verdade, porém, poucos a percebem onde amesma ocorre verdadeiramente. 3or pior que se'am osacontecimentos ocorridos num relacionamento, a experi+nciacl&nica e análise do inconsciente comprovam que o casal secompleta totalmente no sentido de que cada um possui bloqueiossemelhantes, embora de ori!em diversa, e que poderiam sea'udar na superação dos mesmos. ualquer relação por mais&nfima que se'a carre!a o peso de duas almas que procurama'uda e ainda não perceberam tal fato. O terr&vel é que a falta dafranque(a irá esconder o potencial de cada um no tocante acar+ncia extrema do outro. uando se inicia um namoro ourelação, a mesma é quase sempre movida pela atração ou dese'osexual. Es!e #$ a ess3*ia ,a &i5i,$ *$m$ mui!as es*$&as ,a

     psi*$&$-ia a*re,i!aram p$r ,*a,as0 mas re&e!e p$r a!ure>auma am5i"#$ .!ima ,e uma esp*ie ,e =*$!ra!$= /ue-$s!ar.am$s ,e es!a5e&e*er *$m a&-um para $*u&!ar $ $ss$*ami+$ #$ per*$rri,$1 O /uase *e!e7ri$ *$*ei!$ ,$*$mp&e%$ ,e ,ip$ se a2us!a $ /ue $i ,i!$1 N#$ $s !$ram$s

    eur;!i*$s p$r es!arm$s i%a,$s a ,ispu!a *$!ra um ,$s-ei!$res p$r mais a!e"#$ e am$r /ue -$s!ar.am$s ,e re*e5er,$ $u!r$6 es!e *$mp$r!ame!$ ,e !e!ar re!irar a&-um ,e $ss$*ami+$ apeas ,e&a!a $ssa a-?s!ia p$r pr$*urar a&-$ $'$6/ua& $ pr$p;si!$ ,e arris*ar uma re2ei"#$ ae!i'a *$!raes!ra+$s0 se p$,em$s $r"ar /ue $ss$s pais $s ,3em !u,$0i*&usi'e a!asias er;!i*as O *$mp&e%$ ,e ,ip$ apeas pr$'a$ me,$ ,$ err$ $ra ,$ *.r*u&$ ami&iar1

    # traição é a imposição sobre nossa consci+ncia para quelidemos com a dor da in'ustiça pessoal, que quase sempre sederiva da coletiva. nfim, será que sofremos por não termos

  • 8/20/2019 Infidelidade e Traição

    11/11

    atin!ido um sonho) e se o obtemos muitas ve(es não restaapenas o va(io existencial0 ualquer ato de transformação sóserá válido quando se inicia pelo &ntimo. 3odemos ou não ter asorte de encontrarmos al!uém que realmente nos amou) talquestão infeli(mente fo!e completamente de nossa vontade) mascom toda +nfase afirmo que está sob nosso controle aadministração das seq5elas e nossa esperança de um recomeçomais maduro e harmonioso.

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    = Fide site central com vários estudos sobre a timide(

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