Influenza - Epidemiologia

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Influenza Lucas Oliveira Resende Luciana Naves Vieira Rosa Wilson Brabo F. Neto

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Seminário sobre epidemiologia do vírus Influenza no Brasil. Baseado no Guia de Vigilancia Epidemiologica

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Influenza

InfluenzaLucas Oliveira ResendeLuciana Naves Vieira RosaWilson Brabo F. NetoDescrio da doenaComumente conhecida como gripe, uma doena viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada;A sndrome gripal, que se caracteriza pelo aparecimento sbito de febre(38C a 40C), cefalia, dores musculares (mialgia), tosse, dor de garganta e fadiga a manifestao mais comum. Nos casos mais graves existe dificuldade respiratria associada, que geralmente requer hospitalizao; nesta situao, denominada sndrome respiratria aguda grave (SRAG), obrigatria a notificao s autoridades de sade.

Assintomatico : previamente imunizados e imunocompetentes . Sintomatica : SG 2EtiologiaVrus Influenza dividido em 3 tipos:A e B :epidemias sazonais, sendo o vrus influenza A responsvel pelas grandes pandemias.

C: infeces respiratrias brandas, no possui impacto na sade pblica e no est relacionado com epidemias.EtiologiaOs vrus Influenza A so classificados de acordo com protenas de superfcie : EtiologiaDentre os subtipos de vrus influenza A, os subtipos A(H1N1) e A(H3N2) circulam atualmente em humanos.Perodo de incubao : 1 a 4 dias

Perodo de transmissibilidade : 24 horas antes do incio dos sintomas e 5-10 dias depois do surgimento dos sintomas

Modo de transmisso : secrees das vias respiratrias de uma pessoa contaminada ao falar, espirrar ou tossir. O agente infeccioso pode penetrar diretamente pela boca , olhos e nariz .Susceptibilidade/ ImunidadeGestantes , idosos 60 anos , criana 2 anos, doenas respiratrias crnicas , cardiopatias, obesidade, diabetes descompensada, Sndrome de Down, imunodepresso e imunosupresso .

Deve-se vacinar ANUALMENTE contra o vrus: trabalhadores da sade,povos indgenas, privados da liberdade,funcionrios do sistema prisional.

Apesar de todas essas controvrsias, as politicas de vacinao de idosos devem ser mantidas, lembrando-se que a vacinao embora no confira proteo completa nem proteo contra todas as causas de morte, previne aproximadamente 30% dos casos fatais e no fatais em idosos, independentemente da etiologia, 40% dos casos de sndrome gripal e 50 a 70% das mortes em que o vrus influenza foi identificado em laboratrio Um estudo realizado no Brasil, sobre o perfil da morbidade hospitalar por causas relacionadas influenza (incluindo os cdigos do CID-9 e CID-10 referentes a pneumonias, influenza, bronquite crnica e no especificada e obstruo crnica das vias respiratrias no classificadas em outra parte) para o perodo anterior (1992 a 1998) e posterior (1999 a 2006) introduo das campanhas de vacinao contra a influenza, demonstram uma reduo do coeficiente, principalmente para as regies Sul, Centro-Oeste e Sudeste. Umas das hipteses levantadas nesse estudo que a introduo da vacinao contra a influenza dirigida populao idosa a partir de 1999 tem refletido positivamente na preveno das internaes por esse agravo.

DistribuioDistribuio global;Inverno : Hemisfrios Norte e Sul ;Durante todo o ano : Trpicos ;OMS: 5 a 15 % da populao acometida; 3 a 5 milhes de casos graves; 250.000 a 500.000 mortes/ano;

Distribuio espacial dos casos e bitos por SRAG confirmados para influenza por municpio de residncia e percentual dos vrus influenza identificados por regio. Brasil, 2014 at a SE 37.

IncidnciaAt SE 47/2009 : casos de SRAG em todo o Brasil;*SE 31/2009 : perodo de maior incidncia no Brasil sendo Sul e Sudeste os mais afetados; Confirmados 30.055 casos de SRAG Influenza pandmica : 93 % Influenza sazonal : 7 %

*SE 32: 1.165 casos graves SE 33: 639 casos graves SE 34: 151 casos graves ( 23 a 29 de agosto de 2009 )

Taxa de incidncia de SRAG por influenza pandmica (H1N1) 2009 : 14,5 casos / 100 mil hab.

Incidncia11/06/2009 : OMS declara estado de pandemia global;29/11/09 : OMS passou a divulgar apenas casos de SRAG e bitos confirmados de Influenza A ;At fevereiro de 2010, cerca de 213 pases reportaram casos confirmados de influenza pandmica A/ H1N1, incluindo 16.455 bitos ;Pelo fato de que a maioria das infeces pelo virus manifestava-se da forma leve a moderada .17Definio de caso suspeito

Indivduo com doena aguda (com durao mxima de 5 dias), apresentando febre (ainda que referida) e pelo menos um sintoma respiratrio (tosse ou dor de garganta), com ou sem outros sintomas (mialgia, cefalia) na ausncia de outros diagnsticos.A confirmao feita por meio dos exames realixados no paciente. Como h mais de um tipo de Influenza, cada uma detectada com base nas suas diferenas.Confirmao de caso Epidemiolgico feita por meio da vigilncia epidemiolgica. A vigilncia da influenza no Brasil feita atravs de uma rede de unidades sentinelas implantadas nas 5 macro-regies brasileiras que, semanalmente, coletam amostras clnicas para diagnstico laboratorial e informam a proporo de atendimentos por Sndrome Gripal, na sua demanda de pacientes.Objetivos:Monitorar as cepas dos vrus da influenza que circulam nas cinco regies brasileiras.

Avaliar o impacto da vacinao contra a doena.

Acompanhar a tendncia da morbidade e da mortalidade associadas doena.

Responder a situaes inusitadas20Confirmao de caso clnicoClinicamente, a doena inicia-se com a instalao abrupta de febre alta, em geral acima de 38 C, seguida de mialgia, dor de garganta, prostrao, dor de cabea e tosse seca.

Com a sua progresso, os sintomas respiratrios tornam-se mais evidentes e mantmse em geral por 3 a 4 dias, aps o desaparecimento da febre.

comum a queixa de garganta seca, rouquido, tosse seca e queimao retro-esternal ao tossirOs pacientes apresentam-se toxemiados ao exame clinico, com a pele quente e mida, olhos hiperemiados e lacrimejantes. H hiperemia das mucosas, com aumento de secreo nasal hialina.

O quadro clnico em adultos sadios pode variar de intensidade.

Nas crianas, a temperatura pode atingir nveis mais altos, sendo comum o achado de aumento dos linfonodos cervicais.

Os idosos quase sempre apresentam-se febris, s vezes sem outros sintomas, mas em geral a temperatura no atinge nveis to altos.Confirmao de caso laboratorialOs exames so realizados atravs de tcnicas de imunofluorescncia, e atravs de tcnicas de isolamento e cultura nos laboratrios de referncia nacional.

So utilizadas duas tcnicas laboratoriais para o diagnstico da influenza: Reao de Imunofluorescncia Indireta e Cultura para isolamento viral.Mtodos de ControleMedidas PreventivasImunizao Influenza SazonalA vacina a melhor estratgia disponvel para a preveno da influenza e suas consequncias, proporcionando impacto indireto na diminuio do absentesmo no trabalho e dos gastos com medicamentos para tratamento de infeces secundrias, das internaes hospitalares e da mortalidade evitvel. Essa vacina indicada para indivduos com 60 anos de idade ou mais e oferecida por meio de campanhas anuais, cujo perodo deve ser anterior ao perodo de maior circulao do vrus na populao do pas. Est disponvel, tambm, nos Centros de Referncia para Imunobiolgicos Especiais (CRIE) durante todo o ano, para pessoas consideradas de maior risco para a doena e suas complicaes, recomendvel, ainda, a vacinao de profissionais de sade que atuam na assistnciaMtodos de ControleMedidas PreventivasImunizao Influenza Sazonalportadores de cardiopatias, nefropatias, diabetes mellitus insulinodependente,cirrose heptica, hemoglobulinopatias, doena pulmonar obstrutiva crnica (DPOC),imunocomprometidos (transplantados, pacientes em tratamento de cncer, asmticos, portadores de HIV e miopatias),familiares que estejam em contato com os referidos pacientes.

Mtodos de ControleMedidas PreventivasImunizao Influenza SazonalA vacina contra a influenza administrada por via subcutnea ou intramuscular. O esquema vacinal preconizado pelo Ministrio da Sade varia conforme a faixa etria do indivduo a ser vacinado, demonstrado na Tabela 2.

Mtodos de ControleMedidas PreventivasImunizao Influenza SazonalA contraindicao para esta vacina a presena de reao de hipersensibilidade, do tipo anafiltica, a protenas do ovo e galinhaIndivduos com histria pregressa de sndrome de Guillain-Barr.Mtodos de ControleMedidas em relao aos doentesA adoo de medidas adicionais de preveno e controle dependero dos achados da investigao epidemiolgica e da investigao clnico-laboratorial. Outras medidas de controle podem ser adotadas, baseadas em intervenes no farmacolgicas, para reduzir o risco de transmisso na populao, conforme detalhamento a seguir. Medidas de carter geral Higiene das mos com gua e sabo, depois de tossir ou espirrar, aps usar o banheiro, antesdas refeies, antes de tocar os olhos, boca e nariz; Evitar tocar os olhos, nariz ou boca, aps contato com superfcies; Proteger com lenos (preferencialmente descartveis a cada uso) a boca e nariz, ao tossir ou espirrar, para evitar disseminao de aerossis;

Mtodos de ControleMedidas em relao aos doentes Orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em perodo de transmisso da doena (at 5 dias aps o incio dos sintomas); Evitar entrar em contato com outras pessoas suscetveis. Caso no seja possvel, usar mscaras cirrgicas; Evitar aglomeraes e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes ventilados); Repouso, alimentao balanceada e ingesto de lquidos.

Mtodos de ControleMedidas em relao aos contatosCuidados no manejo de crianas em creches Encorajar cuidadores e crianas a lavar as mos e os brinquedos, com gua e sabo, quando estiverem visivelmente sujos; Encorajar os cuidadores a lavar as mos, aps contato com secrees nasais e orais das crianas, principalmente quando a criana est com suspeita de sndrome gripal; orientar os cuidadores a observar se h crianas com tosse, febre e dor de garganta, principalmente quando h notificao de surto de sndrome gripal na cidade; os cuidadores devem notificar os pais quando a criana apresentar os sintomas citados acima; evitar o contato da criana doente com as demais. Recomenda-se que a criana doente fique em casa, a fim de evitar a transmisso da doena; orientar os cuidadores e responsveis pela creche que notifiquem secretaria de sade municipal, caso observem um aumento do nmero de crianas doentes com sndrome gripal ou com absentesmo pela mesma causa.

Mtodos de ControleMedidas em relao aos contatosCuidados no manejo de crianas em creches Encorajar cuidadores e crianas a lavar as mos e os brinquedos, com gua e sabo, quando estiverem visivelmente sujos; Encorajar os cuidadores a lavar as mos, aps contato com secrees nasais e orais das crianas, principalmente quando a criana est com suspeita de sndrome gripal; orientar os cuidadores a observar se h crianas com tosse, febre e dor de garganta, principalmente quando h notificao de surto de sndrome gripal na cidade; os cuidadores devem notificar os pais quando a criana apresentar os sintomas citados acima; evitar o contato da criana doente com as demais. Recomenda-se que a criana doente fique em casa, a fim de evitar a transmisso da doena; orientar os cuidadores e responsveis pela creche que notifiquem secretaria de sade municipal, caso observem um aumento do nmero de crianas doentes com sndrome gripal ou com absentesmo pela mesma causa.

Mtodos de ControleMedidas em relao aos contatosCuidados adicionais com gestantes (2 e 3 trimestres), bebs, para evitar infeces secundrias (pneumonia), e parturientes, para evitar a transmisso da doena ao beb. Gestante buscar o servio de sade caso apresente sintomas de sndrome gripal; na internao para o trabalho de parto, priorizar o isolamento se a mesma estiver com diagnstico de influenza; purpera aps o nascimento do beb, se a me estiver doente, usar mscara e lavar bem as mos, com gua e sabo, antes de amamentar e aps manipular suas secrees. Essas medidas devem ser seguidas at 7 dias aps o incio dos sintomas da me. A parturiente deve evitar tossir ou espirrar prximo ao beb; beb priorizar o isolamento do beb, junto com a me (no utilizar berrios). Os profissionais e mes devem lavar bem as mos e outros utenslios do beb (mamadeiras, termmetros).

Mtodos de ControleMedidas em casos de epidemiasOs aspectos relacionados gesto implicam no estabelecimento de compromissos, cadeia de comando, estruturas, organizao de servios para a execuo e acompanhamento das aes planejadas tanto na fase de conteno quanto de mitigao. Apesar de se destinar ao setor sade, O Plano Brasileiro de Preparao para Enfrentamento de uma Pandemia de Influenza aborda tambm os objetivos, responsabilidades, compromissos e aes de diversos outros setores, inclusive a populao, que tero que desempenhar papeis importantes por ocasio de uma pandemia na fase de conteno e de mitigao. Fase de Conteno: identificao precoce, tratamento e isolamento de casos e no seguimento de seus contatos prximos. Fase de Mitigao: (monitoramento da situao epidemiolgica e de priorizao da assistncia aos casos graves ou com potencial de complicao).Assim, os principais objetivos, competncias, responsabilidades e aes por rgo esto descritas a seguir.

Mtodos de ControleMedidas em casos de epidemias

Mtodos de ControleMedidas em casos de epidemias

Mtodos de ControleMedidas em casos de epidemiasApesar de se destinar ao setor sade, O Plano Brasileiro de Preparao para Enfrentamento de uma Pandemia de Influenza aborda tambm os objetivos, responsabilidades, compromissos e aes de diversos outros setores, inclusive a populao, que tero que desempenhar papeis importantes por ocasio de uma pandemia na fase de conteno e de mitigao.Mtodos de ControleMedidas em casos de epidemiasMinistrio da SadeSecretaria de Vigilncia em SadeCentro de Informaes Estratgicas e Resposta em Vigilncia em SadeCoordenao Geral de Vigilncia Epidemiolgica de Doenas TransmissveisCoordenao Geral de Laboratrios de Sade PblicaCoordenao Geral de Programa Nacional de ImunizaoSecretaria de Ateno SadeSecretaria de Gesto do Trabalho e Educao em SadeAssessoria de Comunicao

Agncia Nacional de Vigilncia SanitriaServios de SadeNcleo de Gesto do Sistema Nacional de Notificao e Investigao em Vigilncia SanitriaMinistrio do Desenvolvimento AgrrioMinistrio da Agricultura, Agropecuria e AbastecimentoMinistrio dos TransportesMinistrio do Desenvolvimento Industrial e Comrcio Ministrio da DefesaAgencia Nacional de Aviao Civil

Mtodos de ControleMedidas em casos de epidemiasFase de Conteno: identificao precoce, tratamento e isolamento de casos e no seguimento de seus contatos prximos.Fase de Mitigao: (monitoramento da situao epidemiolgica e de priorizao da assistncia aos casos graves ou com potencial de complicao).