Influenza Humana e Aviária: riscos associados e estratégias de

enfrentamento

Fernando BarrosCoordenador de Vigilância de Doenças de Transmissão

Respiratória e Imunopreveníveis

Secretaria de Vigilância em SaúdeMinistério da Saúde

Maio de 2006

Três situações distintas para a saúde pública:

• Influenza Sazonal Problema Permanente

• Gripe Aviária Problema Atual

• Pandemia Problema Futuro e Incerto

Influenza

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

mês

taxa

100

000

hab

BRASIL NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO-OESTE

Taxas de Mortalidade por Influenza e causas associadas. Brasil e Regiões, 2005

Fonte: SVS/MS

No. Atendimentos de Síndrome Gripal (SG) nas Unidades Sentinela. Brasil, 2002 a 2005

Ano Total Atendimentos SG Incremento de SG(n°) (n°) (%)

2002 1.448.026 156.786 1002003 1.185.889 131.287 - 162004 1.216.377 209.399 592005* 1.227.612 156.661 Não concluído

OBS.: 2000 e 2001 – mudança de sistema de informação - dados não confiáveis* Dados referente até a SE 41

• Vacinação > 60 anos - Abril 2005 - 84%

Implantado AL (Maceió) AM (Manaus) BA (Salvador) CE (Fortaleza) DF (Brasília) ES (Vitória) GO (Goiânia) MG (Belo Horizonte e Três Pontas) MS (Campo Grande) PA (Belém) PE (Recife) PR (Curitiba) RJ (Rio de Janeiro) RN (Natal) RR (Boa Vista) RS (Porto Alegre, Caxias do Sul, Uruguaiana) SC (Florianópolis) SP (São Paulo) TO (Palmas) SE (Aracajú) PB (João Pessoa)

Em Implantação MT (Cuiabá); PI (Teresina) Não Implantado

Vigilância Epidemiológica da Influenza Brasil, 2006

Aumento do n° de unidades sentinelas

Amapá

Maranhão

Acre

Rondônia

INFLUENZA AVIÁRIA

Casos humanos de Influenza A (H5N1) até 23/05/06

Paíscasos óbitos casos óbitos casos óbitos casos óbitos casos óbitos

Azerbdjão 0 0 0 0 0 0 8 5 8 5Camboja 0 0 0 0 4 4 2 2 6 6

China 0 0 0 0 8 5 10 7 18 12Djibouti 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0

Egito 0 0 0 0 0 0 14 6 14 6Indonésia 0 0 0 0 17 11 25 22 42 33

Iraque 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2Tailândia 0 0 17 12 5 2 0 0 22 14Turquia 0 0 0 0 0 0 12 4 12 4Vietnam 3 3 29 20 61 19 0 0 93 42

Total 3 3 46 32 95 41 74 48 218 124Fonte: WHO

Total2003 2004 2005 2006

Cenário Mundial da InfluenzaPlano Brasileiro de preparação para uma Pandemia de Influenza

Plano Brasileiro de Preparação para uma Pandemia de Influenza

Pandemias de Influenza no século 20

Credit: US National Museum of Health and Medicine

1968: “Gripe de Hong Kong” (H3N2)

1957: “Gripe Asiática” A(H2N2)

1918: “Gripe espanhola” A(H1N1)

500 milhões de doentes e pelo menos 40 milhões de

óbitos750 mil a 1

milhão de óbitos 1 - 1,5

milhão de óbitos?

Fatores para a Emergência de uma Pandemia

Surgimento de nova cepa Influenza A

Eficiência da transmissão do agente infeccioso

Patogenicidade e a virulência da nova cepa

População com pouca ou nenhuma imunidade a esta nova cepa

Taxas de contato efetivo

Grau de desenvolvimento científico e tecnológico da sociedade

Capacidade de resposta rápida das autoridades de saúde pública

Plano de Brasileiro de Preparação para Pandemia de Influenza

Reduzir os efeitos da disseminação de uma cepa pandêmica do vírus influenza sobre amorbimortalidade

Reduzir as repercussões de uma pandemiade influenza na economia e no funcionamento dos serviços essenciais do país

Plano de Brasileiro de Preparação para Pandemia de Influenza

Objetivos Gerais

• Retardar a introdução/disseminação de um novo subtipo viral na população brasileira

• Fortalecer a infra-estrutura sanitária do país

• Fortalecer os mecanismos de coorperação e articulaçãotécnica no âmbito da administração pública federal

Plano de Brasileiro de Preparação para Pandemia de Influenza

Objetivos Específicos

• Desenvolver e ou fortalecer os mecanismos jurídicos e político-gerenciais necessários para apoiar o processo de tomada de decisão nas situações de emergência em Saúde Pública

• Desenvolver e ou fortalecer os mecanismos de cooperação com centros de produção de conhecimento científico e tecnológico

• Desenvolver e ou fortalecer os mecanismos de cooperação internacional.

Plano de Brasileiro de Preparação para Pandemia de Influenza

Objetivos Específicos

ApresentaçãoIntroduçãoCapítulo 1: O risco de uma nova pandemia de influenzaCapítulo 2: A vigilância epidemiológica da influenza

humanaCapítulo 3: Diagnóstico laboratorial dos vírus influenzaCapítulo 4: Ações de imunizaçãoCapítulo 5: Vigilância em portos, aeroportos, fronteiras e

recintos alfandegadosCapítulo 6: Atenção á SaúdeCapítulo 7: Planejamento de Comunicação do Governo

FederalCapítulo 8 : Aspectos jurídicosAnexos

ConteúdoPlano de Brasileiro de Preparação para Pandemia de Influenza

1. Expansão e aprimoramento do sistema de vigilância epidemiológica da influenza (avaliação, supervisão e assessoria técnicas)

2. Definição do mecanismo de distribuição do oseltamivir caps.

3. Estudos para a formulação do fosfato de oseltamivir

4. Expansão da capacidade técnica para diagnóstico laboratorial dos vírus influenza humana (implantação de cultura e PCR em 5 LACEN)

Plano de Brasileiro de Preparação para Pandemia de Influenza

Atividades Estratégicas em Andamento

5. Revisão da legislação específica para melhor embasar as ações de vigilância, prevenção e controle da influenza em uma situação emergencial

6. Estudo de alternativas tecnológicas para o tratamento de resíduos em aeroportos

7. Conclusão do estudo de modelagem (cenários pandêmicos)

8. Reestruturação da estratégia de monitoramento da introdução da HPAI no país

Plano de Brasileiro de Preparação para Pandemia de Influenza

Atividades Estratégicas em Andamento

Ilha de Itamaracá/PE

Galinhos/RN

Manaus/AM

Lagoa do Peixe/RS

Foz do Iguaçú/PR

Coari/AM

LOCAIS

Pantanal/MS

Arquipélago de Bailique/AP

ReentrançasMaranhensses/MA

Mangue Seco/BA

Águas Emendadas/DF

Inquérito viral para detecção de vírus influenza em aves migratórias

Parceria MS / IBAMA / MAPA

9. Plano de Logística

10. Interligação de bases de dados para tomada de decisão do Governo Federal em situações de emergência (fases 5 e 6)

11. Plano de capacitação

12. Fortalecimento da infra-estrutura de atenção à saúde

Plano de Brasileiro de Preparação para Pandemia de Influenza

Atividades Estratégicas em Andamento

Plano de Preparação Estadual para o enfrentamento de uma Pandemia de Influenza

Assessorias realizadas: AL, PB, RN,PE, PI, BA, AC

Data: 11.05.06

* Sem informações nesta data

*

*

Fase final1

(n=11)

Fase intermediária2

(n=15)

Fase inicial3

(n=1)

1 Possuem versão preliminar

2 Versão preliminar em elaboração

3 Formação Grupo de Trabalho

Pandemia de baixa transmissibilidade (R0=1.4)Eventos (1:100.000) Otimista Intermed PessimistaCasos 96 132 182Complicações 13,2 28,4 70,5Hospitalizações 0,9 3,7 17,6

Pandemia de alta transmissibilidade (R0 = 2.8)Eventos (1:100.000) Otimista Intermed PessimistaCasos 448 660 914Complicações 57,2 124,2 308,5Hospitalizações 3,5 16,1 77,1

Curvas Epidêmicas

Cenários Pandêmicos

No. de eventos esperados no pico da pandemia

Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Plano Brasileiro de Preparaçãopara Pandemia de Influenza, abril de 2006.

Pontos chaves para a Vigilância

1. Qual o risco para a saúde humana caso hajaintrodução de HPAI no Brasil

2. Como se dará a identificação de um novo subtipo viral em seres humanos

3. Quais as evidências epidemiológicas do surgimento de uma nova pandemia de

influenza

Portaria SVS no. 05/2006(Influenza)

NOTIFICAÇÃO IMEDIATA (em no máximo 24 h.)• Caso suspeito ou confirmado de influenza humana por um novo subtipo viral

• Surto ou agregação de casos ou óbitos de influenza humana

• Epizootias e/ou mortes de animais cuja suspeita seja HPAI

• Resultados laboratoriais de casos individuais de influenza por novo subtipo viral e de amostras procedentes de investigação de surtos de influenza humana

a) Síndrome gripal em comunidades fechadas (influenza sazonal)

b) Casos suspeitos de infecção por novo subtipo viral:

indivíduos com história de febre elevada (pelo menos 38o C) + tosse OU dor de garganta OU dispnéia E a seguinte história de exposição nos últimos 10 dias:- a áreas afetadas pela epizootia de H5N1- a pessoas comprovadamente infectadas por H5N1 ou que,

nas áreas afetadas pela epizootia, tenham morrido de doença respiratória grave sem diagnóstico

- manuseio de amostras clínicas de pacientes e de aves comprovadamente infectados por H5N1 ou manuseio deste vírus em laboratório (exposição ocupacional)

Notificar

Notificarnotificação imediata ao CIEVS 0800-644-6645 e

e-mail: notifica@saude.gov.br

Implantação do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde - CIEVS

Preparação para uma Pandemia de Influenza

Obrigado !

gripe@saude.gov.br

(61) 315 2729 e (61) 315 3520

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