NBR 14545 Permeabilidade Carga Variável--------------------------------------------------------
Influência da composição química na permeabilidade em ... · na permeabilidade em massas de...
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Influência da composição química na permeabilidade em massas
de porcelanato esmaltado
Ana Virgínia Lot*, Vanessa L. Gallo*, Leidy J. J. Nieves*,
Suelen Nastri*, Murilo Inocentinni***, Vitor Malaguti***,
Fábio Gomes Melchiades**, Anselmo Ortega Boschi*
*Laboratório de Revestimentos Cerâmicos – LaRC, DEMa/UFSCar
** Centro Revestimentos Cerâmicos – CRC
*** Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP
Junho/2017
Introdução e Justificativa
Coração negro
Furos no esmalte
Introdução e Justificativa
Faixa de T°C Reações e transformações
<200°C Evaporação da umidade residual, água higroscópica
e substancias orgânicas
350-550 Oxidação de piritas (liberação de SO2)
350-650 Combustão de substancias orgânicas (liberação de CO2)
450-650 Evaporação da água estrutural
e destruição da estrutura cristalina
500-600 Transformação do quartzo
600-800 Oxidação do sulfeto de ferro (liberação de SO2)
800-900 Calcinação do carbonato – liberação de CO2
Eliminação da água de argilas ilíticas
800-1000 Início da reação entre silicatos e alumina
>1000 Fusão parcial e formação de eutéticos
* Esmaltes brilhantes = baixo ponto de amolecimento
propriedade de um material relacionada à maior ou menor dificuldade que o mesmo oferece
à circulação de um fluido através dele.
Permeabilidade
Poros FECHADOS
Fluido não penetra
Poros ABERTOS
Fluido penetra mas fica estagnado
próximo à superfície
Poros CONECTADOS
Fluido percorre os canais
Volume de poros
Tamanho de poros
Arranjo = CONEXÃO
Volume de poros
Tamanho de poros
Formato
Arranjo = CONEXÃO
Gás
Volume de poros
Tamanho de poros
Formato
Arranjo = CONEXÃO
Medir a permeabilidade a cru
e avaliar sua evolução com a temperatura -
para massas de porcelanato
a fim de identificar variáveis
que influenciam nessa característica
e que poderiam ser controladas na indústria
para otimizar o processo de produção
e evitar defeitos
Objetivo
Massas de porcelanato comparadas:
• Massa padrão (MP) de um porcelanato esmaltado
• Massa similar modificada para ser mais fundente (MF)
Metodologia
Composição das massas em porcentagem (%) das matérias primas utilizadas
Argila 1
Argila 2
Argila 3
Argila 4
Filito 1
Filito 2
Talco Calcário Albita Feldspato
MP 15,0 16,5 6,0 5,0 35,0 15,0 6,0 1,5 - -
MF 12,0 16,5 6,0 5,0 30,0 13,0 6,0 1,5 5,0 5,0
• Queimas para curva de gresificação
• 1170, 1185, 1200, 1215, 1230°C
• Absorção de água
• Retração linear de queima
Temperatura de queima (°C)
AA
(%
) R
Lq (%
) Curva Gresificação
MP – AA (%)
MP – RLq (%)
MF – AA (%)
MF – RLq (%)
Massas de porcelanato comparadas:
• Massa padrão (MP)
• Massa fundente (MF)
Procedimento Experimental – AMOSTRAS CRUAS
Variáveis fixas:
Resíduo moagem: 2 a 5% - 63µm
Umidade: 6,5%
Pressão: 380 Kgf/cm2
• Densidade aparente a cru
• Módulo de ruptura a flexão
• Permeabilidade
• Porosimetria de mercúrio
Medida da permeabilidade
AMOSTRA
P saída
P entrada
50mm
5mm
= v + v²
Medida da permeabilidade
AMOSTRA
P saída
P entrada
(Pentrada)² - (Psaída)²
2 . e. (Psaída)
μ
k2 k1
e = espessura da amostra
μ = viscosidade do ar ρ = densidade do ar
v = velocidade do ar
k1 = constante de permeabilidade Darcyana
k2 = constante de permeabilidade NÃO Darcyana
ρ
Equação de Forchheimer
Resultados – AMOSTRAS CRUAS
Massa Padrão (MP) Massa Fundente (MF)
Densidade Aparente (g/cm³) 1,88 1,91 Desvio 0,02 0,01
Módulo de Ruptura Flexão (MPa) 1,6 1,8 Desvio 0,2 0,2
Constante de permeabilidade
k1 (10-15 m2) 1,34 1,67
Desvio 0,09 0,24
Constante de permeabilidade
k2 (10-13 m) 0,85 1,14
Desvio 0,17 0,17
1,34
0,09
0,85
0,17
Composição das massas em porcentagem (%) das matérias primas utilizadas
Argila 1
Argila 2
Argila 3
Argila 4
Filito 1
Filito 2
Talco Calcário Albita Feldspato
MP 15,0 16,5 6,0 5,0 35,0 15,0 6,0 1,5 - -
MF 12,0 16,5 6,0 5,0 30,0 13,0 6,0 1,5 5,0 5,0
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,01 0,1 1 10 100
Vo
lum
e d
e p
en
etra
ção
(cm
³/g)
Diâmetro de intrusão (μ)
Resultados – AMOSTRAS CRUAS
MP
MF
D50 = 0,32μ
D50 = 0,3μ
Desenvolvimento das reações
PERMEABILIDADE A CRU
ESTRUTURA DE POROS
Compacto Verde
Características das Matérias Primas
Condições de Prensagem
Permeabilidade em ALTAS TEMPERATURAS
QUEIMA
• Permeabilidade • Absorção de água • Porosimetria de mercúrio
• 750°C • 850°C • 950°C • 1050°C • 1100°C • 1150°C
50mm
5mm
PRENSAGEM
Variáveis fixas:
• Resíduo moagem: 2 a 5% - 63µm • Umidade: 6,5% • Pressão: 380 Kgf/cm2
Resultados – Permeabilidade X Temperatura de queima
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
700 800 900 1000 1100 1200
k 2 (
10
-13
m)
Temperatura de tratamento térmico (°C)
MP
MF
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
700 800 900 1000 1100 1200
k 1 (
10
-15 m
2)
Temperatura de tratamento térmico (°C)
MP
MF
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
700 800 900 1000 1100 1200
AA
(%)
Temperatura de tratamento térmico (°C)
MP
MF
Resultados – Absorção de água
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
0,01 0,1 1 10 100
Vo
lum
e d
e in
tru
são
(cm
³/g)
Diâmetro de intrusão (μ)
1100°C
1150°C
MP
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
0,01 0,1 1 10 100V
olu
me
de
pe
net
raçã
o (
cm³/
g)
Diâmetro de intrusão (μ)
950°C
1050°C 1100°C
1150°C
750°C
750°C
850°C
850°C
950°C
1050°C
MF
0,2
0,7
1,2
1,7
700 800 900 1000 1100 1200
Temperatura de tratamento térmico (°C)
MP
MF
Diâ
me
tro
mé
dio
de
intr
usã
o (
µ)
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
700 800 900 1000 1100 1200
k 1 (
10
-15 m
2)
Temperatura de tratamento térmico (°C)
MP
MF
0,2
0,7
1,2
1,7
700 800 900 1000 1100 1200
Temperatura de tratamento térmico (°C)
MP
MF
0
5
10
15
20
25
700 800 900 1000 1100 1200
AA
(%)
Temperatura de tratamento térmico (°C)
MP
MF
Diâ
met
ro m
éd
io d
e in
tru
são
(µ
)
Para as massas avaliadas:
Antes da queima apesar da maior densidade, a massa fundente apresentou permeabilidade mais elevada. Provavelmente houve contribuição do maior
tamanho de poros na estrutura devido à maior fração de partículas grosseiras.
A permeabilidade das massas aumentou até uma dada temperatura, o que pode ser atribuído ao aumento do tamanho dos poros com a sinterização.
Nas temperaturas em que a absorção de água começou a atingir níveis mais baixos, esse fator passou a ser mais relevante na determinação da
permeabilidade da peça, que começou a diminuir.
Conclusões
A medida da permeabilidade se mostrou uma importante ferramenta
para o estudo da microestrutura a verde da peça
e da evolução dessa microestrutura na queima.
Os resultados auxiliam a identificar variáveis importantes na
determinação da permeabilidade das massas
em diferentes faixas de temperatura.
Tais resultados podem auxiliar no controle/ajuste dessas variáveis
no processo de produção dos revestimentos na indústria
de forma a evitar defeitos e otimizar a produtividade
Conclusões
Obrigada